62079938 2957370 igreja gnostica a arnold krum heller

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Breve apontamento biográfico sobre o autor. O Dr. Krumm Heller, nasceu como Arnold Krumm-Heller a 15 de Abril de 1876 Aos 16 anos, partiu ao encontro de alguns familiares na América do Sul, em busca de trabalho. Aí viajou extensivamente onde ,é suposto, terá aprendido métodos curativos e técnicas medicinais com os índios nativos da Argentina, Chile etc. Aos vinte e poucos anos, regressou à Alemanha, onde entrou para a fraternidade iniciática Rosa Cruz. Mais tarde voltou à América Latina e criou várias instituições denominadas: “Fraternatis Rosacruciana Antiqua”. Estabeleceu-se na Cidade do México, n qual criou o centro da sua fraternidade iniciática. Foi nomeado deão de linguísticas na Universidade do México, chegou a militar com patente no exército mexicano e foi, igualmente, doutorado em medicina pela Universidade de Berlim. Era aí conhecido pelo nome que adoptou interiorizar: Huirocacha, que é um dos Mestres do Raio da Medicina e Ciência. Samael Aun Weor, para muitos o primeiro avatar da era do Aquário, foi estudante na instituição inicática criada por Huirococha, enquanto jovem, como se pode depreender do que está escrito no livro “As três Montanhas” Arnold Krumm-Heller (Heller, era o nome de solteira da sua mãe) escreveu muitos livros sobre esoterismo e a Irmandade Rosacruziana. Um dos seus dos seus trabalhos mais conhecidos foi precisamente este; “A Igreja Gnóstica”. Krumm-Heller, expressou sempre o seu desprezo pelos “ensinamentos mortos” das instituições que floresciam durante a primeira parte do século XX. Defendeu que o ensinamento vivo tem sido preservado por certos pequenos grupos de índios no Peru, Colômbia e outros lugares na América Latina. Mais do que apenas ler sobre misticismo em escritos remotos, ele declarou que o verdadeiro conhecimento é o que está acessível a quem o procura. Disse sempre que nunca fugido para a Índia “para comer raízes e usar trapos”, numa clara alusão ao que faziam os teosofistas seus contemporâneos. Pelo contrário, afirmou, os verdadeiros ensinamentos, podem estar ao alcance a todo aquele que ponha em prática certos exercícios esotéricos e busque em si próprio a Verdade Interior.

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  • Breve apontamento biogrfico sobre o autor.O Dr. Krumm Heller, nasceu como Arnold Krumm-Heller a 15 de Abril de 1876Aos 16 anos, partiu ao encontro de alguns familiares na Amrica do Sul, em busca de trabalho. A viajou extensivamente onde , suposto, ter aprendido mtodos curativos e tcnicas medicinais com os ndios nativos da Argentina, Chile etc.Aos vinte e poucos anos, regressou Alemanha, onde entrou para a fraternidade inicitica Rosa Cruz. Mais tarde voltou Amrica Latina e criou vrias instituies denominadas: Fraternatis Rosacruciana Antiqua. Estabeleceu-se na Cidade do Mxico, n qual criou o centro da sua fraternidade inicitica. Foi nomeado deo de lingusticas na Universidade do Mxico, chegou a militar com patente no exrcito mexicano e foi, igualmente, doutorado em medicina pela Universidade de Berlim. Era a conhecido pelo nome que adoptou interiorizar: Huirocacha, que um dos Mestres do Raio da Medicina e Cincia. Samael Aun Weor, para muitos o primeiro avatar da era do Aqurio, foi estudante na instituio inictica criada por Huirococha, enquanto jovem, como se pode depreender do que est escrito no livro As trs MontanhasArnold Krumm-Heller (Heller, era o nome de solteira da sua me) escreveu muitos livros sobre esoterismo e a Irmandade Rosacruziana. Um dos seus dos seus trabalhos mais conhecidos foi precisamente este; A Igreja Gnstica. Krumm-Heller, expressou sempre o seu desprezo pelos ensinamentos mortos das instituies que floresciam durante a primeira parte do sculo XX. Defendeu que o ensinamento vivo tem sido preservado por certos pequenos grupos de ndios no Peru, Colmbia e outros lugares na Amrica Latina. Mais do que apenas ler sobre misticismo em escritos remotos, ele declarou que o verdadeiro conhecimento o que est acessvel a quem o procura. Disse sempre que nunca fugido para a ndia para comer razes e usar trapos, numa clara aluso ao que faziam os teosofistas seus contemporneos. Pelo contrrio, afirmou, os verdadeiros ensinamentos, podem estar ao alcance a todo aquele que ponha em prtica certos exerccios esotricos e busque em si prprio a Verdade Interior.

  • A IGREJA GNSTICA

    Primo intelligere,Deinde crederePRLOGOJ que a quarta edio deste livro se esgotou, com todo o gosto que dou autorizao Livraria Nicolas B. Kier, para que lance de novo este ensaio to necessrio aos meus amigos da Ibero-Amrica.Confesso que at agora este livro foi um fracasso, fracasso que me doeu muito como autor. Mas a verdade h que confess-la.No um fracasso de vendas, pelo contrrio, venderam-se milhares e milhares de exemplares. Mas, chegarei algum dia a ser compreendido?Nas suas pginas fao um resuma sinttico de uma quantidade de Sociedades Iniciticas do passadoFalo do Nazarenos, dos Peratas, dos Pitagricos, dos mistrios do Egipto, da Grcia, de Roma, Babilnia, Sria, Prsia, da ndia, do Mxico e do Peru, cito uma quantidade de autores como Basilides, Simo O Mago, Valentim, Santo Agostinho, Tertuliano, Santo Ambrsio, Irenio, Hiplito, Epifnio, Clemente de Alexandria. Origenes, Marco Cerdn, Empdocles, os Evangelhos Apcrifos, e nunca esperei que nunca me pedissem a chave de tudo isto.Ningum o fez. No leram estas obras. Ningum estudou a Gnosis. Celebraram a Missa Gnstica com a mesma rotina com que o fazem as demais igrejas. No Brasil publicaram uma Revista mas por no tratar em nenhum dos seus artigos da face oculta da Gnosis, no merece o nome que tem.Por isso, agora que volta a sair este livro, eu suplico aos meus leitores que no o leiam superficialmente, mas que repitam a sua leitura vrias vezes, que estudem a literatura mencionada em seguida me peam prticas, s assim teremos os primeiros Gnsticos, porque at este momento, tenho pena de confess-lo, estou s e se no houver mudana, no voltarei a permitir que se volte a publicar nova edio.Assim todos os amantes dos estudos hermticos sabem o que fazer.Se conseguirmos que alguns penetrem nos mistrios, j me darei por satisfeito e ficarei contente.Que se avanceavanceDr. Krumm Heller (Huiracocha)Arcebispo da Santa Igreja Gnstica

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  • INTRODUO.Os arcebispos e Bispos da Santa IGREJA Gnstica, reunidos em pleno conclio com a devida autorizao do Patriarca Supremo de Jerarquia da Igreja e com pleno poder da Fraternidade Branca a que pertencemos, enviamos nossa bno Apostlica a todos os humanos sem distino de Sexo, Casta, Raa ou Cor, desejando que a Roda Evolutiva deste ciclo de Vida acelere o seu passo, para que a Fraternidade Universal encarne em todos os Filhos do Pai e o Logos Divino faa florescer a Rosa bendita da Espiritualidade sobre a Cruz gigante da Nossa Terra.Ns, com os poderes que nos foram conferidos, demos autorizao ao Arcebispo da nossa Santa Igreja, Frater Huirococha, para que divulgue este livro em que faz uma exposio doutrinria de quantos so e o que significam os Nossos Sagrados Mistrios, j que chegado o momento, para que esta Primitiva e Verdadeira Igreja Crist, saia ao encontro da humanidade na altura em que est comeando a Era do Aqurio.Sculos e sculos em silencioso recolhimento e fechada na sua concha para no ser profanada pelo materialismo reinante esteve dormitando a nossa Igreja. Embora encarnando nela a Religio da Razo Mais Pura, possuidora da verdadeira Gnosis do Smbolo e do Mistrio e dando-os a conhecer gradualmente em toda a sua nudez virginal, no eram os tempos cheios de egosmo do passado, os mais favorveis para uma sementeira divina que mais do que trigo branco, haveria de dar, ao invs, frutos espinhosos.Hoje a humanidade ansiosa de melhorar, necessita ser esprito e procura incessantemente o Messianismo que todos aspiram como um vento de redeno que acaricia as Almas levando-as para um caminho desconhecido Mas necessita de Uma Voz, uma Palavra, um Grito, um sinal que lhe indique a via ou espera que, de entre todos, surja de novo o Homem que os redima e morra de novo sacrificado s mos dos mesmos Escribas e Fariseus.Mas a tua redeno, oh Humanidade dolente, j a tiveste uma vez. A Profecia foi cumprida e a Doutrina Santa do Salvador ainda brilha como fogo vivo nas entranhas do santurio de onde se tornar forte e poderosa, nesta poca propcia para o derrube do edifcio do sectarismo que ofendeu as verdades mais puras.Vinde, pois, beber nesta Fonte. A Igreja Gnstica no apenas mais uma igreja ou um novo ideal religioso inventado ao sabor dos tempos. a Igreja de Cristo, a que pregou Jesus, o divino Rabi da Galileia, com todos os seus Sagrados Mistrios Iniciticos. a Igreja da Redeno, a primitiva Igreja Crist que sofreu todos os combates do sectarismo catlico cuja doutrina adaptou aos seus fins e interesses egostas. a Igreja que possui as mais santas revelaes, as interpreta e d a conhecer a Verdade na sua mais cristalina pureza e sem mculas.A nossa doutrina Cincia e religio ao mesmo tempo. Como Cincia, remonta a algo superior, supremo, infinito, ultra-cientifico, que est muito acima dos baixos conhecimentos vulgares para que possa encarnar o Saber por Excelncia. E como religio procura que o Homem, suprema hierarquia humana, v despertando em si mesmo os poderes divinos que lhe so peculiares para alcanar um dia a Santa Unio com a Causa primeira que a sua gnesis. Dentro deste dualismo tem-se em ateno o princpio latino que diz: Primo intelligere, Deinde credere. (Primeiro entender, depois acreditar.Este livro, querido leitor, vem preencher uma das maiores necessidades da poca actual. o expoente de uma nova teoria, que apesar de ser to arcaica ao mesmo tempo o arauto, o percursor do restabelecimento da Santa Igreja Gnstica no Mundo.

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  • A IGREJA GSTICAAssim como existe em quase todas as religies um livro sagrado, Bblia ou um conjunto de ensinamentos e doutrinas que integra cada uma, tambm, ns, os Gnsticos dentro da nossa Igreja, dispomos de um Livro Santo. Advertimos, no entanto, aqueles que quiserem comear por este livro o seu estudo, que para compreender os diferentes autores h que tomar em conta no s a poca bem como o sentido esotrico em que foram escritos.Aquilo que para os semitas o Thalmude, o Bhagavad-Gita para os budistas, o Coro para os muulmanos, a Bblia para os cristos, para ns a PISTIS SOPHIA.Vejamos pois, em sntese, o que acerca dela diz um historiador, para podermos concluir que a Pistis no apenas e s um livro, mas igualmente e por sua vez, uma entidade espiritual.Trata-se do livro Cimeiro de todas as Doutrinas Gnsticas tendo sido publicado em latim em 1851 por Schwartz e Pettermann, de acordo com um Cdigo que se encontra no museu de Londres chamado Askeniano, que por sua vez remonta ao sculo III, segundo uns, para outros ao sculo V. (Opus Gnosticum Valentino adjudicatum est Cdice manuscripto Cptico Londinese descripsit et latin vertit M.G. Schwartz).O original deste Cdigo, escrito em Grego, que serviu de base nos primeiros sculos, nunca foi encontrado. Apenas existe o texto Sahdico, que uma traduo em copta do manuscrito primitivo. O Papiro Copta, pelo contrrio, foi encontrado no Egipto sem que sem que se possa testemunhar se o original grego foi escrito assim mesmo ou pelo povo egpcio. Numa coisa esto de acordo todos os investigadores: que esta Obra advm de algumas das mltiplas Escolas ou Sociedades Gnsticas Primitivas, tendo-se por mais certo que pertenceria aos Ofitas.Divide-se em 148 captulos. Em quatro grandes partes ou livros. O primeiro no tem qualquer inscrio, o Segundo, no entanto, encabeado pelo seguinte ttulo: Segundo Livro da Pistis Sophia. Tem depois uma inscrio no final que diz: Parte dos Volumes do Salvador. Esta mesma inscrio repete-se no final do Terceiro Livro, que aparece sem ttulo.Esta falta de homogeneidade o que faz supor a alguns historiadores, que a Pistis Sophia, no foi escrita sob um plano e arranjos unitrios e que a maioria dos seus escritos so de pocas diferentes. Por tal, asseguram, que o Livro Quarto mais antigo que os outros.Ao redigir-se esta Obra, pensa-se tero passado onze anos aps a ressurreio de Jesus e que esse tempo ter sido passado com os seus discpulos, provavelmente, no Monte das Oliveiras, dando-lhes ento a conhecer As Supremas Verdades Iniciticas. O Cristo rodeado pela Luz que o veste, pde atravessar o Mundo Supra Sensvel e indo de esfera em esfera, foram-lhe franqueadas todas as portas, atemorizando os Arcontes ou Guardies daqueles Lugares, que o adoraram.Jesus chega ao plano onde esto esses Arcontes ou Senhores Tiranos, cujo Prncipe Adamas. Eles vem a ser os donos do Destino.* (Os senhores do Karma para os Tesofos).Jesus conta aos seus discpulos a histria deste Ser Misterioso, que estava parado no Eon 12 e pretendia chegar Regio da Luz Suprema atravessando 12 Eons. Desse intento e no seu voo ascendente, impedida pelos tais Arcontes que a atiram ento para a imensido do CaosEsta a triste situao da Pistis, at ao dia em que o Pai envia Jesus como Libertador. Ento Jesus, apela a Gabriel e a Miguel para que a levem, sem que nenhuma das suas partes se perca nas Trevas, e assim transportada desde o Caos at ao lugar onde se encontra; abaixo do Eon 13. Por fim e depois de uma luta enorme; Jesus despoja os Arcontes da sua

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  • luz, e conduz a Pistis Sophia at ao seu Lugar Sagrado, donde passa a morar desde a com os seus irmos invisveis.Na histria da Pistis Sophia, o seu relato, feito por Jesus, muitas vezes interrompido, por vrios hinos que ela fazia chegar desde o Cais da Luz. No total de 13. Cada vez que Jesus recita um hino, convida cada um dos seus discpulos a dar-lhe uma interpretao. Eles fazem-no com frequncia referindo as Santas Mulheres, Maria ou Salom. Outras vezes, algum apstolo como Andr, Pedro, Mateus ou Filipe, interpretam os hinos da Pistis juntando algum salmo de David ou Salomo. caracterstico dos Gnsticos Coptas, o facto de no irem buscar outra autoridade para confirmar os seus escritos que as Sagradas Escrituras, e se se observa algum secretismo neles apenas mais na forma do que nas ideias. Depois, conta-se neste livro, a sorte que esperam as almas no alm, para l da morte, revelando-nos o que acontecer a cada uma das diferentes categorias de homens. As alegrias e privilgios que aguardaro uns e as penas e tormentos que afligiro a outros. O seu tema principal a Redeno das AlmasNa Primeira parte ocupa-se, da Sorte das almas privilegiadas, isto , dos Apstolos, das Santas Mulheres, dos Perfeitos e Iniciados que haviam feito a renncia da matria e dos bens terrenos.Na segunda parte revela-se, o destino que reservado s outras almas, especialmente as que se arrependem das suas culpas (pecados). Logo em seguida, outra parte, trata dos Mistrios e da sua eficcia e finalmente, na ltima, trata de descrever as penas dos que so condenados.Veremos mais adiante que OS MISTRIOS so o mais importante e que tudo o resto gira em redor deles.No Livro Quarto, fala-se da ressurreio de Jesus, aquele de quem se sabe ter vencido os Arcontes do Destino e da Fatalidade, cuja sombra nefasta deixou desde a de pousar sobre os homens.Aqui refere tambm Jesus aos discpulos, as faanhas destes Arcontes filhos de Adamas que, persistindo no seu af de procriar, fizeram nascer os Arcanjos, Anjos, Liturgos e Decanos, at que interveio Je, a que Jesus chama Pai Do Meu Pai. Como Jabhora, Adamas e os seus persistiram obstinadamente no seu erro (pecado), Je prendeu-os na Esfera onde actualmente formam parte do Zodaco, vindo a ser aos Arcontes do Destino, que tiranizam os homens e cujos passos investiga a AstrologiaSo ainda descritas a maneira e as formas de tortura como os Arcontes penetram nos homens e os incitam ao mal, atraindo depois sobre eles terrveis castigos e perdies absolutas.Mesmo agora, quando pensamos atentamente, percebemos que os ensinamentos deste Livro Sagrado no podem ser mais aprofundados nem por historiadores ou investigadores, apenas pela falta de Chaves.Pistis para ns significa f. No a nossa habitual f, proveniente da aceitao de qualquer opinio estranha, resultante do que nos contado. No. A f em sentido Bblico, uma fora. fora mgica, da tal que basta ter um gro de mostarda, para mover uma montanha e lan-la ao mar. Sophia sabemo-la cincia. Por tal forma Pistis Sofhia poder - cincia, teurgia, magia branca, cuja chave naturalmente no pode ser dada neste livro mas apenas

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  • em cursos secretos. Nisto de diferencia da teosofia ind. Nesta teoria muitos so at contra as prticas de magia. O Gnstico exige primeiro o manejo da Pistis e em seguida a comprovao dos factos. , pois, antes de tudo, a prtica real racional e efectiva, sem qualquer especulao partida.Parece ser de aceitar o raciocnio de alguns crticos, que ao pensarem que por falta de concordncia e homogeneidade das suas partes, esta Obra no foi escrita com obedincia a uma unidade e a um plano preconcebidos. No entanto, isto apenas se ficou a dever ao facto de que da traduo de Schwartz, e ainda do Cdigo do Museu de Londres, apenas existem fragmentos que foram, no entanto, indubitavelmente deixados dispersos pelas Primitivas Escolas Gnsticas. O Livro integro, inteiro, o verdadeiro Original Grego, tal como foi escrito com toda a pureza de ensinamentos, est em poder da nossa Santa Igreja, como relquia esotrica no sendo dado a conhecer seno aqueles que esto em condies de receber as suas profundas e claras verdadesA ns tero que vir necessariamente. o nosso Patriarcado o fiel guardador desta preciosa jia.Nesta preciosa Obra Sagrada esto condensados todos os nossos rituais. por isso que a crtica histrica, no pode falar mais acertadamente daquilo que foi em todos os tempos a Bblia Sacra dos Gnsticos.A vida moderna oferece um grave perigo. A humanidade pode querer perder o seu lado humano e tornar-se mquina. Este perigo tanto mais evidente quando se trata de aniquilar a personalidade como procura a Teosofia tanto a Oriente como a Ocidente. A nica Salvao s pode ser encontrada do Cristianismo Esotrico que trata precisamente da salvao do EU. Seno veja-se o apocalipse de So Joo. Um EU forte e potente com os adiantamentos da tcnica, ser o eixo e o norte da humanidade do futuro e tudo o que ponha obstculos a este avano deve ser combatido.Nas Oraes bem sentidas vibra a substncia de Cristo. Os sete Rishis Sagrados ensinavam aos seus discpulos a orao seguinte: Tu, Ego Solar, que s a base de todo o Amo, penetra em mim, ilumina-me e faz-me progredir, porque sem ti, Logos Solar, nada pode ter existncia Os Rishis foram aqueles que ensinaram os grandes mantras da iniciao de Zaratrusta e falam tambm da substancia Solar que o prprio de Deus. Francisco de Assis orava na sua montanha sagrada dizendo: Glria a Ti, Oh Senhor, e a todas as coisas por ti criadas, sobretudo o nosso irmo Sol. Ele trabalha e Tu, Senhor, O QUE O ALUMIA. Ele formoso e irradiante como teu smbolo. Oh Altssimo. Quando na Idade mdia se lia a parte do evangelho que diz: Eu sou o Po da Vida, o sacerdote olhava ento o solo, depois, quando dizia: Eu sou a Luz da Vida, olhava para cima, por fim, quando dizia: Eu sou a porta, olhava em frente.Um dos pintores iniciados foi tambm Dudero. Basta examinar os seus trabalhos sobre o Apocalipse. As suas obras O Cavaleiro passando entre Deus e o diabo e A Trindade e os Santos manifestam-no claramente.Sobre o smbolo da Cruz, fala-nos tambm Plato para nos dizer o significado da Terra Material, de onde vem a alma para ser crucificada e poder converter-se em esprito. Sendo muito curioso que a Cruz de Plato est estendida, enquanto a de Cristo se levanta com a cabea para cima.

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  • Outra diferena notvel: os orientais pem-se, para fazer as suas oraes, numa posio difcil para nos de imitar em que escondem os ps para que a corrente terrestre no passe atravs deles. Na realidade pretendem evitar a realidade terrena, para ao abstrarem-se de si prprios, serem apenas mundo supra sensvel, fora dos sentidos. Os ocidentais, pelo contrrio, ao mesmo tempo que elevam as suas oraes ao Invisvel, ao alto, a Deus, dobram os joelhos para receber a corrente terrena, pois apenas na conjugao harmnica desses Mundos se encontra a Luz, a Iniciao, a Redeno.Pois bem. A Igreja Romana manteve sempre os interesses que criou e a sua actuao intolerante comeou quando comearam os seus negcios materiais. A mesma coisa aconteceu Sociedade Teosfica em Inglaterra, Austrlia e Estados Unidos, etc. por causa dos seus direitos autorais, dos seus imveis e outros bens. Mesmo em Espanha, h interesses editoriais a quem no convm que o Teosofismo mude de rumo ou tome outra orientao. Mas isso so casos isolados, como o que se passou de quando a nossa viajem Amrica, em que eles se serviram dela para terem mais xito nas suas intenes.O estudo dos problemas Gnsticos h-de levar-nos a concluses definitivas, fazendo parecer, toda a obra teosfica do passado, como infantil e preliminar.Com as coisas como esto, a nossa pretenso limita-se a que os nossos irmos tesofos no se fechem num crculo de intolerncia. Podem seguir, com ns, fazendo sempre parte da Sociedade Teosfica, mas seria justo que estudassem tambm as nossas Obras atentamente, porque nada perdem e bem possvel que os nossos ensinamentos lhes proporcionem um novo alvorecer.No quisemos propositadamente na Amrica, tocar no ponto sexual, nem mencionar o gnosticismo para poder dar maior amplitude a este nosso livro, que aqui deixamos considerao dos nossos leitores. Por aqui podero observar todos, que as nossas ideias Rosa Cruz Gnsticas, oferecem um positivo avano e disso podero testemunhar bem os diferentes tesofos e espiritualistas, que sem abandonar a sua prpria filiao, nos vem seguindo. So os nossos ensinamentos matria para controvrsias? A nossa revista est disposio de todos aqueles que queiram expor livremente o seu critrio e sero sempre bem recebidos.Por outro lado, uma vez que o Gnosticismo e o Livro da Igreja Gnstica requerem uma maior amplitude de explicaes, embora todos sejam igualmente compreensivos, um tesofo que est connosco e sempre se distinguiu pela sua liberdade, hoje Nncio Apostlico da nossa Igreja, ir Amrica para se por s ordens das classes, ramos e centros, onde poder falar sobre estas matrias e nos seus pontos de contacto com as ideias Rosa Cruz.Os Gnsticos aceitam igualmente as Sagradas Escrituras dos Cristos.A Bblia Crist, como vermos adiante, teve por interpretes os Gnsticos, e s para dar um exemplo vejamos algo sobre o Apocalipse de So Joo.A parte inicial do magno livro bblico, sempre foi ignorada por aberrao da igreja oficial, que nunca fez mais nada do que ler as capas das Sagradas Escrituras, fazendo apenas delas activamente a sua interpretao, umas vezes sem qualquer m f, mas outras com supina ignorncia. Os Gnsticos, desde os tempos remotos que do sobre este assunto uma clara, bela e sublime explicao; pena que a Igreja Catlica se tenha afastado deste luminoso caminho.

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  • No versculo sexto, principia o Santo da Revelao, por nos dizer que fomos feitos para Reis e Sacerdotes e no para pobres e pecadores, como lembra a todo o momento a Igreja catlica. O mesmo dizer que Reis e Sacerdotes, so os que mandam e ensinamNunca nenhum pintor criou quadros com tais sublimes detalhes. No necessrio para ler este sagrado Livro, ter dele pavor ou medo do dia a dia que vir, mas sim um esprito aberto e cheio de sentimento artstico.Todo o Gnstico deve pois ser como um rei e um sacerdote, esperando que os nossos ensinamentos o levem a cumprir esses propsitos.Uma chave para tornar mais compreensvel o Apocalipse d-nos Fausto, uma vez que as obras Iniciticas tendem entre si, a explicar-se e a complementarem-se. No Fausto encontramos o duplo aspecto de Mefstoteles. Na primeira, aparece esta figura a manobrar com as suas fantasias as paixes individuais, e na segunda, as colectivas. Primeiro faz as suas vtimas entre as pessoas isoladamente e por fim mata toda a humanidade.No Apocalipse, encontramos tambm estes dois aspectos de Lcifer e Ariman. No captulo 13 fala-se de dois animais ou bestas. A primeira vinda do mar que tinha sete cabeas e dez cornos, e a segunda nascida da terra, tinha os seus cornos semelhantes a um carneiro.Estes animais representam os nossos mundos. O Fsico, onde habitamos naturalmente e o Espiritual, de onde vimos e onde teremos que regressar, e que est sempre patente em ns. O homem ao descer desde a sua Manso Celestial do Mundo do Esprito ao plano fsico, enceta uma luta entre eles, os dois princpios interiores, em que o segundo se manifesta por tentaes, vcios e erros, e sempre com diferentes cabeas. Nunca um problema humano igual em duas pessoas diferentes, tal como nunca existem dois rostos iguais. No possvel. Assim cada um requer uma soluo bem diferente.Para encontrar realmente o cada problema, necessitamos de LUZ e RAZO, havendo no entanto uma grande ferida com que temos de contar: a ferida da ignorncia. No captulo 17, faz-se uma referncia a essa mesma ferida que ir sarar pouco a pouco medida que vamos recebendo Luz e Sabedoria. A Bela Adormecida habitava nas Sete Montanhas, com os gnomos (anes). Um dia a rainha olhou-se no espelho e perguntou-lhe: Quem a mulher mais bela do meu reino? O espelho respondeu-lhe: Tu, mas a Bela Adormecida que habita com os seus gnomos nas Sete Montanhas a mais bela de todas. Quer isto simbolizar, que nesse outro Mundo, onde parece estar a Bela Adormecida, o Mundo Espiritual, que tudo ainda mais bonito. Este o mesmo enigma do Castelo de Klimgsor e o Santo Graal.A Cincia e a sabedoria em luta constante. Essa eterna luta entre o Espiritual e o Fsico.Surge depois a grande rameira, Babilnia a Grande, a me das fornicaes e abominaes da Terra, de nefasta condenao. Nela vimos representados o aspecto fsico, a poltica, o imperialismo egosta, o comunismo, as escolas filosficas e tudo aquilo que lamentavelmente nos faz perdem tempo como se o perdssemos com uma prostituta - sem nos preocuparmos com o Mundo Espiritual, que deve ser a nossa verdadeira morada. Essa rameira o trao grosseiro e material de todas as coisas que se opem ao espiritual. No essencial utilizamo-la sem saber que o estamos a fazer nem do que feita. Um pouco da mesma forma como utilizamos a electricidade, a manejamos sem que ningum nos diga o que ela em si. Se estudssemos o mundo das causas sob o aspecto espiritual de tudo o existe, saberamos o que a electricidade e quantas maravilhas poderamos fazer com ela, e descobriramos muitos dos problemas obscuros que ainda hoje inquietam a humanidade.

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  • to simples a electricidade. No tem outra fonte que seno o prprio Sol. O carvo, e o crude de onde se extrai de entre outras coisas o petrleo, no so mais que simples plantas que no passado se saturaram completamente de Sol e que agora extramos das entranhas da Terra e nos oferecem essa energia condensada e oculta.Podemos dizer que uma pedra e um pedao de ferro, so coisas mortas, no entanto quando batemos com elas fortemente, saem fascas. Esse fogo a parte espiritual da matria radiante cuspindo matrias gneas. um processo alquimista instantneo o que se produz e ns, os Rosa Cruz Gnsticos, estudamos atentamente esse fogo vivo que surge da pedra que como causa tem a substncia do Logos Solar, o Cristo, que por sua vez radica na causa de tudo.A cincia e a sabedoria, mencionadas anteriormente, esto hoje representadas pela Roma e a Rssia. Dois animais ou bestas apocalpticas Mas para alm delas, est indubitavelmente o nosso Mundo Espiritual que o nico com que podemos contar para revolucionar o Mundo.Voltando ao Apocalipse de So Joo, diramos que s os Gnsticos acertaram na devida interpretao, como disso so prova as simples embora contundentes explicaes que nos foram legadas e que tm plena aplicao na nossa poca. Anteriormente mencionamos Roma e Rssia, para sintetizar esses dois aspectos, pessoal e colectivo, que vnhamos falando. Em seu lugar ponhamos agora o fascismo e do comunismo. O fascismo pretende encontrar a salvao concentrando-a somente num homem, numa personalidade francamente conservadora que devolve ao Papa os seus domnios temporais. O bolchevismo ignora completamente a personalidade individual e repele o sentimento religioso. Como resultado infalvel de ambos, esto os homens na misria e cheios de srias e vrias ameaas por todos os lados.Noutro sentido, a ndia representou tambm uma espcie de comunismo religioso no dia em que pretendeu acabar com a personalidade individual, matando o EU. No entanto, na Gnosis renascente, vislumbramos uma espcie de fascismo, ainda que com aspecto diferente, que parece no se conformar em esperar tudo da nossa personalidade, parecendo antes querer-nos transformar num gnero de Mussolini, uma personalidade consciente, de rei e sacerdote. No entanto o vidente Joo, no nos diz que Deus fez UM rei e um sacerdote. O que ele afirma que Deus nos fez a TODOS Reis e Sacerdotes. Sendo, por isso, de todo o interesse que TODOS as pessoas possam levar prtica, individualmente, o cuidado de serem Reis, Sacerdotes. Homens que saibam mandar e abenoar.As sete cabeas do monstro apocalptico, representa a Hidra Septenria que desde os tempos remotos foi aceite na ndia por Germanos e Gnsticos.No mesmo captulo 17, faz So Joo referencia ao mistrio do sexo, quando menciona as maldies que cairo sobre os actos de fornicao, dizendo ento: E o anjo me perguntou: Porque te maravilhas? Eu te direi que o mistrio da mulher a besta que a trs com sete cabeas e dez cornos.Vemos nisto, na duplicidade, os aspectos do mundo material e as suas paixes e o Mundo Espiritual com as suas virtudes, enquanto as sete cabeas simbolizam os sete corpos ou estados do SER.No captulo 6, fala-se dos quatro selos que representam o quaternrio inferior, pelo qual a humanidade teve que passar fazendo o seu caminho medida que ia rompendo esses selos. Os quatro animais que influenciam os quatro corpos inferiores nos doze signos do Zodaco, esto representados duplamente pelos quatro ancios, porque em tudo existe h mesma dualidade. Tenhamos em considerao que existem dois Zodacos: o espiritual e o material. O

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  • primeiro est relacionado com o aspecto qumico e o ter de Luz ou o Tatwas. O Cavalo Branco fala-nos da inspirao que tiveram os antigos em pocas passadas. O Vermelho, simboliza a poca do ferro, as armas o egosmo. O Negro a cincia e o pensamento material, a balana da justia, que representa o querer que tudo decorra com peso e medida material. Por ultimo o Cavalo Incolor o prprio Tatwa, onde todo o estado indefinido. Fala da volta do Cristo, mas diz que vir como um ladro de noite tal como a Sabedoria. Ela acerca-nos e regressa a ns, como regressou Persifal, ao no ficar no Castelo da Cincia de Klingsor, mas sim assaltando como um ladro o Castelo do Graal. Quando o Graal conquistado, conquista-se o verdadeiro EU, j que o nosso eu, apenas uma caricatura habitual.Descreve a mulher com um cinturo ou escrito na carne, o nome do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Est o REI na frente dos desgnios da carne este o mistrio sexual.Por fim, todo o Apocalipse perfeitamente explicvel atravs de coisas naturais, uma vez que absurdo, como acreditam os fanticos, pensar numa nova vinda de Cristo A Jerusalm divina, um estado espiritual, um mundo invisvel. Logo, no nos devemos esquecer, que vivemos em dois mundos diferentes, o astral e o material. No primeiro existem Anjos, Mestres que cuidam de ns mudando as estaes do ano. Razo porque, por exemplo, na Uno Eucarstica Gnstica esto as hostes de Uriel, no Vero, as de Miguel, no Outono e as de Gabriel na Primavera. O sacerdote deve invoca-los nessa estaes.No captulo 30, fala-se de um Anjo que desce do cu e trs uma Chave e uma Grande Corrente, como se quisesse dizer humanidade que faa a sua escolha entre as religies que a amarram ao Eu, ou a chave do Gnosticismo para que obtenha a cincia do EU.Fala ainda o Sagrado Livro, do reino dos mil anos e do anticristo, o que provoca que muita gente se encontre na expectativa da chegada dessa poca anunciada, cheia de Paz e de Luz. A Bblia diz que antes que principiem mil anos o diabo ser solto... Pois bem. agora o tempo em que o diabo anda solta. O anticristo da cincia material, contra o Cristo verdadeiro, contra a sabedoria verdadeira. J passou esse tempo por que muitos esperavam e a natureza vai seguindo o seu caminho.Os doze filhos de Jacob, do Antigo Testamento, representam as dozes pocas em que as influncias zodiacais foram completamente fsicas. Os doze Apstolos as influncias zodiacais da poca astral em que actualmente vivemos e por ultimo, viro os doze Anjos que representam os tempos vindouros.No fim diz-se como sntese: eu sou o Alfa e o mega, que o mesmo que dizer o A e o O, o Princpio e o Fim. Aos que tiverem sede lhes darei gua, da Fonte da gua da Vida gratuitamente. Eu sou o Alfa e o mega. Bem-aventurados os que lavem as suas vestes (os sete corpos) com o Sangue do Cordeiro, (a substancia Solar, no equincio da primavera) para que possam entrar nas portas da Cidade.Assim, e em consequncia desta promessa, acerca-se, vem at ns o nosso Anjo para conseguir com que nos conectemos com ELE, que a finalidade da Iniciao, e ento verifica-se o despojo, a unio de um mundo com outro. ELE vem com o seu prmio para nos recompensar. Mas cuidado com aquele que mate o seu EU com as horrorosas voluptuosidades, perdendo as benditas emanaes do Logos! Para esses, os fornicadores, diz o captulo 21, o seu destino ser um lago ardendo em fogo e enxofre, que a segunda morte.

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  • Por isso o nosso dever, para que recebamos os benefcios dos tempos que se aproximam, fortalecer e conquistar o EU. EU SOU. Quando SOU CRISTIANIZADO, quer dizer que convertido o Logos Solar em substancia Crstica. nessa a substancia que havemos de fazer florescer, impulsionando-a do interior da semente, para que lhe rompa a casca que a envolve com a sua negra dureza.Vejamos agora o que nos dizem alguns autores dos primeiros sculos.Origenes conta-nos, que um Governador da Judeia, chamado Pilatos, depois de lavar as mos como smbolo da sua prpria ignorncia acerca da culpa de Jesus, mandou inscrever na Cruz do Glgota, o clebre letreiro reconhecido pela cristandade: INRI, redigido em trs idiomas diferentes, hebreu, grego e latim. Esta triplicidade de lnguas, que primeira vista parece desnecessria, foi aplicada pelo Magistrio Romano no sentido de querer dar a entender ao povo judeu algo que embora estando ao seu alcance, mas que no pode na altura ser compreendido pelas massas sedentas do sangue do redentor. Mas na verdade est contido nele esotericamente algo de muito importante, que verdadeiramente de um enorme valor simblico. Os gregos deram a conhecer os Mistrios. Os hebreus, as Escrituras e a Cabala e os romanos, suportando-se nestes pilares, iniciaram uma nova poca de transformaes. A ponte que d acesso do Antigo ao Novo Testamento feita pelo Evangelho de So Mateus, que foi o nico escrito em hebreu. Todos os outros foram escritos em grego como tambm o Antigo Testamento, na sua parte septuagsima, foi redigido em grego.O hebreu e o grego so idiomas completamente diferentes em sentido ideolgico. Eis o motivo porque se encontram tantos erros nas tradues bblicas, que por sua vez, foram motivos mais do que suficientes para que existissem lutas encarniadas sustentadas pelos Gnsticos e a Nova Seita Crist. Os primeiros, os primitivos, exigiam a aceitao da Bblia na genuna escrita grega. Os neo-cristos, discordando, mandaram compor sua maneira uma traduo em latim. Hoje os Gnsticos modernos estudam essas diferenas, que constituem investigaes passivas mas de sumo interesse.Disse um grande filsofo, que os judeus formaram Cristo, os gregos compreenderam-no e os romanos aproveitaram-no. E foi nesta falsa base, que o cristianismo se constituiu religio de estado, depois do sculo IV, que para alm de desdenhar dos escritos gregos negou a verdadeira origem.Todos os verdadeiros santos da Igreja Gnstica receberam e explicaram todos os seus ensinamentos em grego. Tanto Santo Agostinho, como anteriormente Tertuliano, escreveram os seus ensinamentos em latim. Por fim Santo Ambrsio, So Jernimo e mesmo Santo Agostinho, deram um timbre romano religio, mudando-lhe ento o puro e santo Gnosticismo, para uma espcie de romanismo convencional. A sabedoria, foi ento substituda pelo dogma judeu. O hebreu, lngua que o povo judaico fala, tem um fundo significativamente comercial e materialista, enquanto o grego e as suas gentes so, na sua essncia, puramente espirituais. Por isso, natural que todos os interesses materiais da actual igreja romana, tenham origem genuinamente no povo judeu. Mas aconteceu, como sempre ocorre nas coisas que foram feitas para serem derrubadas, que houve Gnsticos que transigiram e permitiram concesses que deram origem a seitas, com as quais hoje nos deparamos. Ao fazer estudos, encontramos diversos sistemas e to diferentes, tanto nos que se mantiveram fiis ao grego, como os que se uniram aos latinos. De todos estes sistemas, surgiu um hertico, aquele que sempre foi combatido pelos telogos sem darem conta que era o verdadeiro, o que continha a verdade em toda a sua pureza. Provem do grego e foi o que sempre foi conservado, at aos nossos dias, nas Sociedades Ocultas e que agora os Gnsticos voltam a por ao alcance da humanidade.

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  • So Jernimo que viveu quarenta anos em Belm, foi o verdadeiro autor da Vulgata Latina. Foi ele que satisfez a encomenda do Papa Dmaso para que a traduzisse, tendo em causa os aspectos que interessavam ao Catolicismo. A prpria igreja no tem hoje qualquer inconveniente em confessar isto. Por isso, as posteriores tradues da Bblia, incluindo a Luterana, ao basearem-se nos trabalhos de So Jernimo, inicial e intencionalmente adulterados, resultam defeituosas. Embora os luteranos assegurem que Lutero fez a traduo do Original Grego, isso no verdade, pela simples razo de que ele no sabia grego. Apenas conhecia latim e um pouco de hebreu. Ns, os Gnsticos, no andamos a encobrir no prprio interesse dos ensinamentos Bblicos, tradues falsificadas. Oferecemos ao Mundo, a que verdadeira, um livro imenso, oculto e de grande poder inicitico.Os antigos, isto , os anteriores aos gregos, tinham trs tipos de Escrituras: a epstologrfica, a heliogrfica* e hieroglificogrfica. A primeira era comum a todos, a segundo s usada pelos jerarcas e a terceira apenas pelos Iniciados.Origenes fala-nos tambm dos mantras ou palavras mgicas que existem na Bblia, devendo-se a eles os exorcismos empregados hoje friamente pela igreja, sem qualquer resultado, enquanto ns, conhecedores de todo o seu valor, os aplicamos seguramente. Mais, refere-se ainda certeza que existe na Magia Bblica como uma Arte Real ou Arte Santa, repetindo frequentemente que tanto as sagradas Escrituras, como os Evangelhos so letra morta, se no se possui a chave da sua leitura. Ridiculariza ainda a descrio do Gnesis lamentando que haja espritos to infantis que ainda acreditem que tudo aconteceu como est escrito, aceitando a lenda do Paraso, sem excluir a ma, dizendo que tudo o que l se escreve, profundamente e estritamente simblico e encerra grandes mistrios sexuais.Quando hoje lemos as obras de Origenes e temos muita pena que ele tenha sido to perseguido e martirizado. Se os Papas da sua poca lhe tivessem dado ouvidos, temos a certeza de que hoje todo o cristianismo seria Gnstico.Para l de tudo isto, Alemn Eberhard Nestle, prova com documentao irrefutvel, que as autoridades da igreja romana, nos primeiros sculos, escolheram alguns correctores a quem deram incumbncias no sentido de modificar os textos, juntando ou tirando-lhes sentidos, quer no Antigo quer no novo Testamento, de tudo aquilo que no conviesse ortodoxia imperante e aos fins polticos da igreja. Vindo em seguida, em Conclios, as explicaes caprichosas desses mesmos sacerdotes, as declaraes do interesse apcrifo, fazendo com tudo isto um maremoto. O que nos obriga a estudar de novo os originais gregos se queremos saber a verdade sobre esses livros que, h que sublinh-lo acentuadamente apenas a Igreja Gnstica os possui, porque os guardou em Sociedades Secretas como os Rosa Cruz, durante tantos e tantos sculos.Reconhecendo-se isto entre diferentes seitas crists, embora no tendo meios para o resolver, foi a Igreja Catlica Liberal a que se valeu das faculdades clarividentes (?) de alguns dos seus adeptos para dar a conhecer o Evangelho dos Doze Santos que, enquanto ensaio esprita, no entanto pior que a vida de Jesus contada por ele prprio.J observmos por diversas vezes o quanto se faz e como o executa nesta igreja. E temos verificado que apenas ocorrem verdadeiras foras angelicais, quando celebra Leadbeater a missa. Noutras ocasies aparecem verdadeiras foras sinistras, porque enquanto ritual, lhe falta a base da verdadeira Magia Cerimonial que possui a Igreja Gnstica. Sabemos ainda dos esforos da Igreja Liberal na tentativa de misturar os tesofos com o nosso irmo e Mestre Racokzi, no entanto ns que o conhecemos pessoalmente sabemos que ele apenas e quanto a isso, encolhe os ombros.

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  • De toda a maneira, j aqui ficou bem expresso, tudo aquilo que aconteceu com a actual Bblia Catlica, admitida tambm pela Igreja Liberal, que est muito distante de interpretar os verdadeiros ensinamentos e o verdadeiro sentido do texto original. foroso, consequentemente, voltar aos primrdios na sua prpria e genuna raiz, para que no consigam confundir-nos com a sua invaso tendenciosa, aqueles que tm interesse em ofuscar a verdade para tirar um proveito que j no possvel nos tempos actuais.A verdade s UMA, e ela h-de abrir caminho custe o que custar. A proximidade da era do Aqurio assim o indica. Podem fazer a obstruo que entenderem todas as seitas. Por isso ns vamos preparando essa Pscoa da Ressurreio, cujas campanhas j anunciam um novo advento, uma nova Primavera para o Mundo.Depois de feita a comparao das duas Bblias, a Gnstica e a Romana, na qual se fundamenta a religio, perguntamos... Necessitamos ns de uma religio?Se observarmos a Histria da Humanidade, vemos que os primitivos povos nmadas se fixaram para se poderem dedicar agricultura. Isto, que um feito verdadeiramente biolgico em sentido material, tende a repetir-se a todo transe na vida espiritual do homem. Porque hoje espiritualmente falando podemos afirmar que somos primitivos, nmadas, em busca do nosso alimento anmico onde quer que o possamos encontrar, ainda que muitas vezes o faamos dentro de um verdadeiro caos. No entanto na poca do Aqurio que advm, haver a apropriada disciplina onde se cultivaro os estudos por forma a encontrarmos a verdade sem sugestionamentos. A Verdade!Se no fizermos a pergunta sobre o que a verdade, colocamo-nos perto da inquietao de Pilatos e quando nos sentirmos vencidos e impotentes sem ter resolvido o problema, estamos ento como Nietzche, e podemos dizer como ele: Para qu falar da verdade... prefervel ocuparmo-nos da Fora. No. Os Gnsticos vivem a Verdade e imitando at mesmo os jesutas, mas em sinal contrrio, como sempre sucede.Na segunda semana dos exerccios jesuticos, obrigam o penitente a ouvir, cheirar, provar e tocar o abismo insondvel das trevas. Acreditam que com esta prtica provocam um verdadeiro horror ao Inferno e por consequncia, pem o invocado no melhor lugar para conseguir a obedincia e a submisso. Numa palavra: exploram o medo! Nas nossas prticas, pelo contrrio, recomendamos ao discpulo que se sinta dentro da Verdade como se fosse uma rvore debaixo do Sol. Basta que repita QUE SEJA A VERDADE e concentrar-se profundamente sobre esse pensamento, para que pouco a pouco se comecem a vislumbrar os primeiros raios da Verdade. o egosmo imperante em todas as coisas, uma das causas porque os sistemas Yoga conseguem to parcos resultados. A Verdade tem que estar sempre fortemente unida Vontade, de outra forma, este atributo estaria em perigo. O sistema americano, da passadeira contnua, desenvolvido por Ford, faz com que o homem seja um ser mecnico executando o trabalho num determinado movimento sem pensar e quase sem querer. Nas prticas de vida modernas, nas tendncias politicas e religiosas imita-se o mesmo sistema. Por isso os catlicos no precisam de pensar nem ter vontade prpria. Basta-lhes que disso se ocupem o Papa e os sacerdotes, uma vez que aos fiis o nico papel que lhes resta obedecer.No assim. No se lembram, lamentavelmente, que nada fazem nem oferecem qualquer proveito, quer dentro das colectividades quer no interior das escolas. O ensinamento tem que ser adequado a cada indivduo, a cada temperamento, segundo o seu prprio registo e o seu

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  • prprio ritmo, para que a potncia, que se encontra adormecida em cada um de ns, possa despertar. este o sistema Gnstico.Ns mesmos educamos e preparamos cada um dos membros da nossa Igreja. outra a memria das enfermidades que nos aoitam. Perdemo-la na sua maior parte e devemos exercitarmo-nos para a recuperar. Aos nossos discpulos ensinamos estas normas. Todas as noites, e em momento de recolhimento, devemos recordar tudo aquilo que fizemos durante o dia. Seguida esta linha de conduta um dia aps outro, deveremos ao fim de cada ms fazer uma recapitulao de todos os acontecimentos; e, logo, cada ano. Assim sucessivamente, para observarmos ao mesmo tempo a mo do destino. Por isso que seja to interessante a nossa prpria crtica para evitarmos que as ideias intrusas entrem na nossa individualidade espiritual, sem estudo prvio e sem antecipada comprovao. Primum intelligere, deindre credere...Recomendamos ainda aos nosso discpulos, que perguntem: Quem foram as trs pessoas que lhes deixaram uma impresso mais forte? Quais foram os trs momentos de mais emocionante alegria? E quais foram os trs mais duros e aborrecidos no sentido da dor?Depois necessrio meditar naquilo que disseram essas trs pessoas, sobre as circunstncias de alegria e de dor em que estiveram envolvidos esses momentos, para repelir a fora negativa da amargura e viver em seguida com a nossa imaginao os verdadeiros e supremos momentos de felicidade, onde radica a verdadeira e positiva beleza da vida. Por essa razo se torna to necessrio uma Religio em que se possam interligar o bom, o santo e o divino. No entanto, embora uma religio no seja to necessria como o po para a boca, porque dentro de ns existe um alento feito pela divindade, devemos congregarmo-nos debaixo de uma bandeira ou comunidade religiosa que apenas nos oferea algo de positivo, algo de real, algo que se ajuste e tenha uma relao directa com as necessidades da poca. O mesmo dizer que jamais nos deveremos juntar a uma seita pequena, pobre, depauperada... mas apenas com algo que represente UM TEMPLO UNIVERSAL.Esta necessidade fez com que em muitos pases se tenha seguido a teosofia como uma religio, tendo sido determinante para que os seus dirigentes criassem a Igreja Liberal, em cuja identidade nada existe nem de liberal nem de catlica. Noutros lugares deu-se destaque ao espiritismo, que constituram uma seita com os seus ritos e oraes. Nada disto foi feito para durar, porque no tem nem solidez nem qualquer tradio.Tratam por outro lado de amalgamar os ensinamentos do Oriente com os do Ocidente, esquecendo-se que aos orientais, embora possuidores de poderes interiores, lhes falta a personalidade, o ego. Ao contrrio dos ocidentais a quem lhes sobra personalidade, como o demonstra os adiantamentos da cincia e da tcnica, carecem de poderes interiores. Assim se explica como um nmero reduzido de ingleses manejaram milhares de indus como escravos.Esta ligao com as qualidades necessrias entre o Oriente e o Ocidente, tem-no conseguido atravs dos sculos a Igreja Gnstica, guardando a formula a aplicar para o alcanar.O catolicismo romano destruiu, por seu lado, os poderes do ego, nas suas congregaes, atravs dos seus dogmas nefastos. O dano que provocam os padres na congregao terrvel e seria bom que eles abrissem os olhos. Pelo contrrio, os Gnsticos abominamos o dogma, porque o que nos faz falta ter um fim, uma meta ou lugar onde chegar.Precisamos de um caminho. No de uma lei.

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  • Tambm ignoramos palavras de autoridade, porque aquilo de que precisamos o Verbo da Vida. Todas as religies seguem um caminho com as tendncias vindas de fora, no entanto os Gnsticos, buscam-no dentro de ns e na procura do Oculto.Buscamos a LUZ. E onde est?Cristo disse: Eu sou a Luz do Mundo... No entanto ns no nos conformamos com aquilo que Eles disse, mas sim com a forma com que cada um de ns, trate de ser uma Luz, uma rstia no meio do caminho.Os Gnsticos encontraram em Cristo essa Luz que SUBSTNCIA. essa Substncia Crstica que aplicamos em toda a razo e forma, com toda a cincia e os meios necessrios para descobrir a verdade. Eis o Gnosticismo.A grei catlica est cuidada e conservada exoticamente, como plantas numa estufa. Ns, no entanto, procuramos empurrar os nossos seguidores para que sejam a Luz do Sol de uma Primavera Radiante.Com os protestantes tudo se transforma em prdicas. Para os seus adeptos o altar e o culto no tm importncia. Contrariamente; para os catlicos o altar tudo, sendo o plpito apenas um meio, um instrumento, de onde lanam as suas diatribes para que se faa uma prtica acomodada aos seus fins.Os Gnsticos, neste ponto, apenas querem cumprir com o ensinamento do Grande Iniciado de Nazar, quando na sua qualidade de Logos Solar, disse: Eu sou o po da Vida. Eu sou o po vivo. Aquele que comer este po viver eternamente. Aquele que comer da minha carne e beber do meu sangue, ter a Vida eterna e eu o ressuscitarei. Aquele que comer da minha carne e beber do meu sangue mora em mim e eu nele.Este po descende do cu, e no nos devemos esquecer, ao pensar nesta declarao de Jesus, que Ele, com sua pureza, foi feito de substncia solar no seu corpo fsico, e que atravs do seu contacto, as partculas solares vivas se desprendem do po para ento se comunicarem connosco, com a nossa carne e com o nosso sangue, fazendo-nos imortais. Em consequncia disso, a Santa Igreja Gnstica, uma constante e santa afirmao como religio arcaica, primitiva e baseada nos Grandes Mistrios. Os alicerces se mantiveram, apesar do grandioso Edifcio que a alberga ter ficado invisvel durante tantos anos, perante o avano materialista das pocas, para o que tanto contribuiu a guerra incessante do catolicismo. Gostaramos que compreendessem que no somos uma nova religio formada ltima hora com quaisquer fins, mas que apenas imos a bandeira secular de uma primitiva igreja, que guarda a mais vera e pura revelao em cujas guas bebeu o Nazareno para depois pregar a sua Santa Doutrina. Com Ele, voltamos aos tempos remotos em que as religies eram formadas de luz e de belezas e ofereciam-nos um caminho de rosas... No como os cristos sectrios, que construram um caminho de dor, coroas de espinhos e horrorosos sofrimentos na cruz.Ns somos filhos de uma religio que tem como norma a Alegria e o Optimismo.Somos os Epcuristas espiritualistas, porque sabemos que Epicuro foi iniciado nos nossos Mistrios.Antes de prosseguir, vamos entrar um pouco na histria sobre as doutrinas das mais proeminentes escolas, seitas e congregaes Gnsticas.Encontramos em primeiro lugar os nazarenos, que tiveram considervel importncia nos primeiros sculos da nossa era. Adoravam a serpente e por isso foram declarados herticos.

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  • Mas confessam os historiadores que foram muito versados nas cincias e que eram possuidores de grandes e intocveis virtudes. O nico que pode ser reprovvel neles, foi a adorao aos Nahas(Serpentes) e a crena que sustentavam que o liquido obtido atravs destes animais, na sua maior parte venenoso, servia para redimir os homens dos seus pecados. Em grego serpente Ophis. Por isso os nazarenos gregos se chamavam Ofitas. Os seus ensinamentos foram aprendidos de S. Toms e no Evangelho dos Egpcios. Nos escritos dos nazarenos, descreve-se o homem com uma natureza trplice. Um aspecto andrgino, a que davam o nome de Adamas, que era tambm o pai dos Aenes, que mais tarde se convertiam em Girones, formando-se assim a trindade de Corpo, Alma e Esprito. Todos estes princpios, em todo o seu perfeccionismo absoluto, convergem em Cristo. Diz S. Toms, que este Cristo se encontra no smen das crianas e se encontra escondido at idade de sete anos, para se manifestar aos catorze. Explicando que por isso a aura de satura dessa seiva.Reconheciam o Demiurgo como a entidade encarregada de criar os mundos, ou pelo menos o nosso mundo. Eram astrlogos fantsticos que punham em co-relao os sete planetas e os sete signos do Zodaco, com os sete centros internos do nosso organismo. A forma do seu culto foi adoptada pelos gregos e egpcios. Simbolizavam ainda Hermes munido de um pnis em ereco, a quem davam o ttulo de dador de razo.Empdocles diz que os seres humanos foram trazidos a este mundo de Ado, para que servissem de nmero, ao Deus Jaldabaoth, que com uma vara na mo, em que florescia uma rosa, qual se atribua o poder, quando se aproximava dos homens, de os fazer adormecer ou despertar segundo os desejos desse Deus. Conta igualmente Homero que um membro viril com esta figura, era quem tinha mais poder sobre a vida e a morte, mas para lidar com ele era necessrio usar o chicote para o dominar.O mesmo nos recorda Nietzshe, quando diz: Se vais onde est a mulher, no esqueas o chicote... Esta frase, motivou imensos protestos no sexo feminino que pareceu esquecer-se que foi no entanto Nietzsche, mais do que ningum, aquele que soube respeitar e adorar a mulher. Quem leia aquele frase e a interprete letra erra por desconhecimento.No acto sexual deve-se separar Deus da besta, o Anjo do macho bravio. A volpia carnal foi o que mais denegriu o homem, tomando em conta que no momento do xtase do amor se deve confundir com a fmina. Os que no sabem dominar-se e pr isso em prtica, necessitam desse chicote que o to proeminente filsofo aconselha.A reencarnao aceite pelos nazarenos. Baseava-se e estava representada pelas altas e baixas mars. Diziam aquelas antigas Escrituras: Todos vs sereis deuses se sairdes do Egipto e passares o Mar vermelho...As descries do Antigo testamento eram altamente interpretadas por eles e o caminho do povo de Israel pelo Jordo era apenas simblico e um sinal para explicar a nossa sistemtica evoluo interior.Conheciam o poder dos mantras e o domnio da Trade Humana. Era empregue na magia sacra. Kawlakaw Sawlasaw Zeesar, era pronunciado secretamente. Kawlakaw era o homem superior. Sawlasaw, o interior, e Zeesar o Mediador o Cristo Redentor.Tinham como objecto sagrado ou smbolo, um clice. Em que guardavam o smen de Benjamim. Diziam que esse smen era composto de vinho e gua. Celebravam a Uno Eucarstica, uma espcie de missa actual e nela colocavam diversos smbolos havendo entre eles uma serpente alada com muitas semelhanas com a dos Maias de Yutacan, como se pode observar em San Juan de Teotihuacn.

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  • Vem depois os Peratas ou Peraticenos.A denominao de Peratas vem de Perasai, porque assim foram chamados os que constituram aquela religio. Afirmavam que eram eles os nicos que podiam ultrapassar toda a corrupo da poca. Eram, com toda a certeza, de uma altssima moral e conheciam os grandes segredos da natureza.Como os nasarenos, dividiam o mundo em trs. A Primeira parte desta trade era a Perfeio, o Deus Causa. A segunda era o Mundo Astral; e a terceira o Mundo fsico ou visvel. Tinham trs verbos e trs mentes. Desde o Mundo Superior, era espargida toda a semente que frutificava no Mundo Visvel; e entre o Pai-Causa e o Mundo Manifestado, havia um mediador o Crestos, sem o qual era impossvel chegar Perfeio... A serpente ou rgo sexual, figurava como smbolo principal no culto dos Peratas. Num dos seus livros, falam de Cristo, a quem consideravam como um Nirvanacaya que veio voluntariamente para se encarnar, para salvar denodadamente a UNIDADE, isto , a Trade dispersa. Diz uma das suas passagens: Sou a huangadilha que vem despertar a fora que est no espao, que est no mais no-mundo: Sou o que no Mar masculino e feminino e tem doze aberturas para tocar flauta. O meu nome Chozar. Existe na ignorncia, mas tem uma pirmide de cinco ngulos, que se chamam OU, AOAL, OUO, OUOAB e KORE, que representam todo um conjunto... Cantam e tocam beleza, e dizem que o seu segredo est no masculino-feminino, que, aproveitado devidamente, nos mantm sempre jovens. Afirmavam ainda que existiam duas formas de nascimento. A da carne, originada pelo coito e outra bem diferente para aquilo que no era precisado. Da primeira saam homens condenados morte e da segunda, da concepo do Esprito Santo, Anjos. Que o nosso dever era evitar a concepo carnal e alcanar a espiritual. O passar de um estado para outro era chamado, a caminhada do Povo de Israel pelo Mar Vermelho.No simbolismo religioso, existe um grande papel no feito de Moiss, que no deserto, mostrava ao seu povo a serpente transformada em vara, dizendo que o que aproveitava a essa serpente no seria prejudicado durante o trajecto. O poder e a fora, que acompanhavam Moiss na sua peregrinao, foram os da serpente sobre em vara, que logo se converteriam na prpria vara. Foi ela que devorou as outras serpentes e a mesma que falou com Eva. Na Trindade, com o Pai-Deus num extremo e a Matria no outro, no podem ser entrelaadas seno por Cristo enquanto lao de unio. Mas Cristo nada pode fazer sem o auxlio da serpente, porque a fora e o poder apenas residem nela.Nos seus mistrios encontramos pura Fisiologia. O Pai a cabea, o crebro no criado. Na sua base e no extremo oposto, a matria, o organismo duro concebido pela carne. No meio, o lquido, o smen criado por ele mesmo.Vem depois os Setianos.Esta seita prestava culto sabedoria divina, e foram, indubitavelmente, os primeiros tesofos. Diziam que Set era filho da sabedoria. A sua Trade acabava representada por Set, Caim e Abel. Sendo Caim a carne e Abel o mediador. Enquanto Set, era Deus-Sabedoria. Afirmavam que Cristo e Set eram a mesma coisa enquanto filhos da sabedoria.Quando se encontrou a sarcfago de Set, a igreja catlica escondeu o Livro dos Mortos, no Vaticano, perdendo-se para a maioria ensinamentos de valor inestimvel.Os setianos adoravam a Grande Luz, diziam que o Sol, nas suas emanaes, era substncia divina, a qual formava em ns um ninho que, por sua vez, constitui a serpente. Que o homem

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  • apenas deveria temer a obscuridade, o que ela representa ou seja, o inferno, j que a Luz est aprisionada por esta mesma obscuridade e tenta dela libertar-se. Esta obscuridade est contida num grande tero ao qual dever chegar um Grande Vento o Grande Hlito, para a libertar. Nos mistrios, a Luz representada por um ancio e a obscuridade por uma jovem formosa, e os poetas setianos cantavam essa perseguio.Existe um Livro Sagrado entre estes iniciados que se chama O Discurso de Set.Nazarenos e setianos, tinham ensinamentos absolutamente idnticos aos da teosofia moderna. uma pena que a Mestra Blavatzky no tivesse dado com os Tesouros Gnsticos. Se o tivesse conseguido com o seu trabalho, teria sido bem diferente a realidade, sem a necessidade de importarmos coisas praticadas no Oriente. no entanto tambm possvel que isto pudesse ter sido uma convenincia, porque de outra forma, a igreja catlica naqueles tempos, teria feito com que ela se calasse.No entanto, ns no devemos contentar-nos com a teosofia oriental, apenas devemos lanar mos ao nosso cristianismo esotrico, tal como o vimos pregando h vinte e cinco anos.Mais tarde apareceu Justino, formando a Escola dos Justinianos.Nunca a igreja catlica fez mais falsificaes que com as Obras de Justino, aquele que, tendo sido discpulo dos Apstolos, criou uma grei e em seguida foi morto como mrtir. Por ter sido Gnstico, a igreja queimou as suas verdadeiras Obras e reformou-as substituindo nomes. Por isso, hoje, se pode dizer que temos dois Justinos; o verdadeiro e o falsificado pelos catlicos.Justino pedia aos seus discpulos, um juramento tremendo em que os obrigava a jamais revelar, aquilo que lhes era ensinado sobre os Grandes Mistrios. Foi ele o autor do Apocalipse Baruc, que muito diferente do que actualmente se conhece. O verdadeiro est em poder de diversas Sociedades Secretas. E neste livro repete-se um conto de Herodoto, em cujo simbolismo se acredita est o Mistrio da Criao:Hrcules andava em viajem, e numa noite, ao atravessar o deserto e vencido pelo cansao deixou-se adormecer. Sonhou ento que o cavalo, que o acompanhava na viajem, tinha fugido; ao despertar e no meio das diligncias para o encontrar, veio ter com ele uma mulher muito formosa que lhe disse conhecer o paradeiro do animal. Ao perguntar-lhe Hrcules, em que lugar se encontrava a sua montada, esta respondeu que no lhe diria uma s palavra enquanto ele no a considerasse sua amante e realizasse com ela o coito. Imediatamente Hrcules a repudiou at porque s a metade superior dela era de uma mulher formosa. Os membros inferiores eram os de uma serpente horrorosa. Mas como mesmo assim ela lhe devolveu o cavalo ele acedeu. Essa Mulher Serpente concebeu de Hrcules e dessa relao nasceram ts pessoas numa. Uma figura de Mulher dividida em trs partes: metade de Corpo Humano; metade de Serpente, e no meio, a Parte Sexual de ambos. Daqui nasceu a Trindade.Nesta Obra o povo de Israel no uma simples tribo, mas sim o smbolo do mal, a parte feminina... Fala ainda dos doze Anjos bons e dos doze maus. Segundo Justino, Baruc foi um Anjo, que encontrando Jesus, o iniciou nos Sagrados Mistrios. Justino foi um dos maiores Iniciados e a sua fama chegou a ser Universal. No podendo, por esse motivo, a igreja deixar de explorar o seu nome, sumiu os seus verdadeiros Livros, dando-lhe paternidade a outros que ele jamais pensou em escrever.Temos ainda Simo O Mago.Este foi contemporneo de Justino e louvado por este. Hoje a igreja diz, naturalmente, que Justino se enganou a respeito dele. A verdade que os romanos lhe erigiram esttuas com a

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  • inscrio Simon Deo Sancto. Conseguiu tal desenvolvimento das suas faculdades interiores, que conseguiu operar verdadeiros milagres e segundo contam teve uma controvrsia com So Pedro em que este ter afirmado que as coisas de Deus no se adquirem com dinheiro... Pelos vistos, a igreja emendou esta frase do primeiro Pontfice e hoje o Papa entrega e oferece muitas coisas mediante retribuio...Simo O Mago, acredita no imenso poder do fogo e assegura que na ntima essncia deste elemento, encerra-se um poder imenso, do qual o Mago se deve valer sem qualquer dvida. Esse fogo encontra-se tambm dentro de ns, na transmutao das foras sexuais. ensinado aos nossos estudante avanados.Foi o primeiro que naquele poca deu a conhecer o Septenrio Teosfico, descrevendo o manusear da mente falada dos quatro elementos. Descreve o caminho que empreendem as foras seminais at chegarem ao corao, deixou-nos uma infinidade de frmulas e receitas de toda uma Magia cerimonial. Muito dos escritos, que foram publicados por Papus, e outros autores, acerca da magia nos ltimos anos, foram copiados de Simo O Mago.No seu livro A Pregao, diz: Para vs eu falo em metforas; mas deveis compreender-me...Dois rebentos nascem de toda a Seriedade e h um princpio sem fim. Ambos vem da mesma Raiz ou seja do Poder Infinito, do Silencio Invisvel. Um dos rebentos eleva-se. o poder , o entendimento do grande Todo que a tudo chega e masculino. O outro desce. a grande mente, o produtor incansvel e feminino. na unio de ambos que est a resoluo de todo o problema. O poder em si mesmo masculino e feminino alternadamente.Simo O Mago, pregava o amor ideal e a obrigao de combater a volpia carnal e isso foi quanto bastou para que tivesse sido uma vtima da igreja, que mais tarde o santificou.Continuemos com os valentinianos.Valentim, faleceu em 161, foi contemporneo de Harpcrates. Era um dos Gnsticos de maior renome e foram muito grandes as lutas para no ser conquistado pela Igreja Catlica, que acabou por excomunga-lo como herege. No entanto a heresia de Valentim, consistia em ter um conhecimento mais fundo e transcendente, que o dos sectrios da Igreja Catlica, e em que as suas mais puras virtudes foram o seu maior patrimnio durante a sua vida. Os seus grandes poderes de mago foi o que mais eficazmente despertou os cimes dos seus adversrios. A literatura deste Mestre, naturalmente agnstica, visto ele lhe ter acrescentado uma srie de sofismas e erros, propositadamente, para com eles esconder a sua verdadeira Doutrina, que chegou a ser ignorada por completo. Valentim. Como quase todos os Gnsticos, valeu-se da analogia do nascimento de um ser humano para explicar a Criao dos Mundos, chegando a construir todo um edifcio filosfico com este sistema. Sustentou que Jesus foi Gnstico em toda a acepo da palavra e que por causa da Igreja Catlica, no pode interpretar as escrituras devido ao facto de lhe faltar a chave necessria para o efeito. Era ainda um grande matemtico e fez a sua filosofia com o Santo e o Numero. Foi o primeiro a pr em prtica o sistema decimal, tendo-o provavelmente ido buscar Cabala dos Zefirotes ou os dez caminhos para chegar a Deus. Foi racionalista e falava da razo como o primeiro atributo que Deus oferece aos homens. A ele se deve a diferena estabelecida entre Cincia e Sabedoria e ainda, no erro que existe quando se tem por adquirido, ao pensar que a Matria nasce por mediao da Carne.Todo o sistema Gnstico pode ser descoberto estudando Valentim, e ento se ver a maldade dos seus inimigos ao querer destruir uma coisa verdadeiramente santa. As suas teorias sobre a forma de transmutao das foras sexuais e os seus ensinamentos, so muito idnticos aos de outros Mestres ou Escolas, por isso no se torna necessrio repeti-las.

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  • Mais tarde Hiplito ocupou-se em explicar o sistema de Valentim provando que sem dvida Jesus, durante trinta anos da sua vida e no tempo em que estudou no Egipto, foi Gnstico e que as suas ideias acabaram por ser adulteradas pela nova seita que veio a constituir o cristianismo.Marcos, aquele que nos deu a missa Gnstica, foi um dos mais interessados na Uno Eucarstica. Pertenceu seita dos Esenios entre os quais, ao que sabemos, se praticava o Agape e que Jesus o ter celebrado com os Apstolos em casa de Jos de Arimateia. A forma utilizada por Marcos, na prtica do Agape, difere em parte da nossa, que alm de mais bonita , desde logo, mais til nesta nossa poca.Marcos d uma extrema importncia vocalizao da frmula e diz que toda a verdade est encerrada no alfabeto grego. Ordena as letras desse alfabeto, sucessivamente, em cabea, pescoo ombros, peito etc., fazendo passar o lquido espermtico, perante essas foras e pelo corpo interno. Nenhum dos ocultistas modernos falou to franca e claramente dos Grandes Mistrios como ele.Fazendo meno s 24 letras que na realidade existem e so vistas pelos Iniciado assegura que o nome de Cristo se compe igualmente de 24 letras para ser Logos, cujo resultado 888, ou seja trs vezes oito ou trs vezes o infinito.Marcos ofereceu-nos ainda os mantras necessrios para evocar os anjos que certamente produzem efeitos, como ns podemos comprovar. A igreja romana tem a bom recato todos os segredos deixados por Marcos, porque se assim no fosse, seria o seu fim completo, o que prepararia o florescimento e a instituio da Igreja Gnstica.A obra de Marcos merece que dela se fao um livro especial. No entanto, no possvel dizer mais alguma coisa, enquanto os que me lem no se encontrarem mais bem preparados.Surge Basilides.Basilides o Gnstico, chama-lhe a igreja gnos catlica a este grande filsofo. Todos aqueles que se dedicaram dos Amuletos, plagiaram este Mestre cuja frmula de consagrao recebeu directamente dos Anjos Invisveis. Foi um grande alquimista. Est no Museu de Kircher, no Vaticano, guardado Livro de sete folhas de chumbo feito por ele. Tendo chegado nos seus trabalhos com os metais ao ponto de preocupar os arquelogos, que at hoje ainda no conseguiram descobrir, naturalmente, o seu significado oculto. Os seus trabalhos so ainda confundidos com os do seu filho, que herdou toda a sabedoria de seu pai. Basildes sustenta, nas suas obras, que os Apstolos tinham conhecimentos bastante mais profundos que aqueles que deixaram expressos nos eus escritos, falando ainda de forma bastante clara dos aspectos exotricos e esotricos das coisas de Deus, como as que lhe havia ensinado S. Matias que lhe deu a conhecer a parte secreta dos ensinamentos de Jesus, que no passou para a igreja catlica, porque apenas ficou como patrimnio exclusivo dos Gnsticos. As ideias expostas por Basilides so difceis de compreender. Sobretudo quando fala do Grande Nada e da criao da Semente. No entanto a reencarnao e o karma, esto muito melhor explicados por Basilides que pelos indus. O nosso Patriarca tomou o seu nome como smbolo inicitico e com o seu imenso saber parece compreende-lo melhor que a maioria dos seus discpulos.Saturnino de Antioquia.Foi o Gnstico que melhor conheceu o Zend Avesta, tendo sido um cabalista profundo.J Mestre Encausse, quando estudvamos com ele, nos confessou que a maioria das suas frmulas as tinha aprendido em Saturnino.

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  • Assegurava, nos seus ensinamentos, que o Jahave, Deus dos judeus, era um dos Anjos cados, que pode chamar, em virtude dos seus conhecimentos, ao seu povo, de povo predilecto...Mas a Suprema Causa, o Principio Desconhecido, o Grande Deus, no pode reconhecer essa diferena que se afastava da verdadeira justia e equidade com que ELE abraa todos os povos da Terra.Os Saturninos eram sbrios, muitos castos e completamente vegetarianos, levando as suas normas morais a extremos inconcebveis.Para compreender Saturnino em toda a extenso dos seus ensinamentos e necessrio entender e estudar primeiramente os seus antecessores.Marcin da Ponto filho de um bispo da igreja catlica. Sendo amigo ntimo de Cerdon, teve de lutar com ele denodadamente em Roma, para que os sectrios cristos regressassem verdadeira igreja crist para manter sempre inclumes os princpios morais do Gnosticismo, mas o egosmo e os interesses da seita romana no lhe deram ouvidos e excomungaram-no.Defendia o dualismo ou o princpio dual de todas as coisas e admitia haver um Deus inominado (sem nome) e outro manifestado em toda a essncia de tudo o que existe.Carpcrates era grego e foi o fundador das primeiras Escolas Msticas do Gnsticismo. Nos primeiros sculos existiram em Espanha muitos conventos Carpocratianos onde se recolhiam os Rosa Cruz, para aprender e estudar os ensinamentos do sbio Mestre. Carpcrates, fala da monada com ainda maior profundidade que os tesofos e assegura nas suas prdicas que Jesus tinha desenvolvido a clarividncia de tal maneira que podia recordar tudo o que tinha visto e vivido noutros mundos e noutros cus. Foi um verdadeiro mago e nos seus conventos se ensinava a Magia cerimonial. Os Gnsticos conservam os conhecimentos transcendentais deste Mestre e todas as nossas frmulas sobre medicamentos e preparaes, na nossa botnica Rosa Cruz, devem-se ao legado por ele sobre esta importante questo.O maniquesmo, ao qual no segundo sculo, pertenceram sacerdotes como Santo Agostinho aceitavam, embora a igreja diga que s aparentemente, que a emanao do cu ou do sol, que se realizava na terra, passando ento a chamar-se terra lcida, era feita pelos ies de Deus. Luz portanto a mesma. E hoje a encontramo-la com o nome de Substancia de Cristo ou Essncia do Logos Solar.Entre os continuadores dos Gnsticos primitivos encontramos os Albigenses. Conheciam igualmente uma substncia divina que reconheciam ser a causa de todas as coisas que foram feitas. conhecida a espantosa guerra que se iniciou contra esta seita, em que o beato abade Arnoldo dizia: Matai, matai-os todos, que depois Deus distinguir os seus. Como a sua aco se desenvolveu na Catalunha, existem ali dois conventos onde foi encontrado muito material de prova das doutrinas teosficas dos Albigenses.Com tudo isto, julgamos ter falado dos mais proeminentes e significativos Gnsticos dos primeiros sculos. Entre as obras que podem ser consultadas para melhor informao sobre a importncia da nossa Escola, esto algumas de Ireneu, Hiplito, Epifaneo, Tertuliano, Clemente de Alexandria., Origenes, Odea Gnstica, Bardesanes, Marco e Cerdon, que so os mais destacados historiadores depois de Herodoto. Aparte destes, coisas divinas, tero ascendido em alas do Pleroma ou plenitude da inteligncia.As vulgares igrejas do positivismo religioso, a respeito e sob o aspecto do til e do prtico nada nos ensinaram, uma vez que tanto os seus fundamentos como os seus ensinamentos foram degenerando em dogmas indiscutveis, que o que hoje resta da dura concha do materialismo de que padecem.

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  • No entanto, podemos acercar-nos de diversas fontes de filosofia, uma vez que temos tantos e to sbios filsofos. Mas aqui que os mesmos textos se contradizem e a verdade se escapa por uma vertente resvaladia. Mais ainda: se temos a m ideia de ler Balmes, que tanto inspirou a juventude de Espanha e Amrica, seramos envolvidos numa rede de crassas estultcias e de sofismas espantosos.No falemos pois de universidades. O ensinamento escolstico, em sentido religioso, foi o que maiores danos fez, obscurecendo e nublando a nossa prpria razo para que no vssemos a plena Luz. No dia em que nos disponibilizarmos para ser livres emancipando-nos de tanto prejuzo intil, saberemos o seu custo.Por tal razo se queremos levantar o vu e ver o horizonte ilimitado das coisas, se queremos prescindir do falso envolvimento que encobre a verdade, e desejamos alcana-la tal como existe e no como a apresenta a mediocridade ambiente, temos que recuar. Tomar a nossa linha o nosso elo de Ariadna e recomear da primeira fonte de onde brotam e tiveram conhecimento todos os ensinamentos humanos. J na nossa obra, Logos, Mantras, Magia, mencionava-mos os Elohim. Essa espcie de anjos ou mandatrios de Deus, que ao separarem-se do seu ncleo, desceram das divinas esferas sobre o Caos insondvel e foram os possuidores de toda a Gnosis e de todas as leis que governam o imenso infinito da natureza. E dizemos de todas as Leis e de toda a Gnosis, porque eles no s eram possuidores da Cincia nos seus diferentes aspectos, como ainda eram detentores da sabedoria.Estes Elohim ou divindades secundrias, foram os criadores do mundo, os primeiros arquitectos. So os pranjapatis do Veda Ring, que lhes chama os construtores da Obra Universal, que deixaram ao homem, como herana, todos os conhecimentos absolutos que detinham. Por isso os primeiros humanos que experimentaram este divino Saber, como uma Santa Revelao Mstica, chamaram-se Gnsticos. verdade que a cincia moderna em grande forma se adiantou sendo muitos os conhecimentos que proporciona. Mas pensemos no entanto no muito que ainda se ignora. Temos que procurar um meio, uma vereda mgica, um caminho livre e seguro que nos conduza aqueles conhecimentos que como herana nos chegaram, isto se queremos ir a esse mais alm oculto, que radica em todas as coisas que faltam Cincia descobrir com a lentido da sua miopia.Temos no entanto o dever de avisar que essas Divindades, no nos deixaram esses conhecimentos em livros impressos. Para nos dar as suas msticas revelaes e os seus ensinamentos construram uma espcie de Representaes Teatrais em cujo enredo pontificava vivamente toda a Santa Gnosis revelada. A estas representaes deram-se-lhes o nome de Mistrios.Foram clebres na histria, os Efesos, os Orficos, os Samotracicos e sobretudo, os Eleusinos.Estes dramas religiosos no eram outra coisa seno representaes simblicas de lendas divinas, com exibio pblica de objectos sagrados, em que nelas imperava a mmica.Os actores que desempenhavam os papis eram os sacerdotes e as sacerdotisas dos templos.No entanto o verdadeiro Misterium, a Gnosis esotrica, o Arcano intimo, apenas se dava a conhecer aos msticos ou a candidatos Iniciao por um Hiriofante, colocando-os em particular e privilegiando contacto com o mundo invisvel da Divindade.

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  • Temos que estudar, porventura, os Mistrios se queremos chegar perto da mesma Fonte de onde partiram todos os conhecimentos que tornaram sbios os homens primitivos.Para isso. necessrio chegar a ns. Os Gnsticos. Ns somos, por excepo, aqueles que com mais propriedade podemos dizer que guardamos a ligao o contacto com essas primeiras Jerarquias Elohininas, tendo nas nossas mos todos os filamentos dessa ligao misteriosa que foi deixada dispersa entre os humanos e que vem chegando at aos nossos dias desde antes da Criao.Limitamo-nos a estudar a parte essencial, purificada e santa de todas as coisas, deixando de lado todo o intil, o desnecessrio, a folhagem, que no mais do que uma maneira ou forma de ferir a nossa depauperada retina.Observamos a natureza face as suas mltiplas cambiantes, para que se possa ver a mo de Deus manifestada em tudo. E, como procuramos a quinta essncia escondida em quanto existe, analisamos a pedra, a rvore, o animal e o homem. Todo aquele que tem em si, sem dvida, a aura da Divindade.Somos pitagricos. Analisamos o Numero atentando na frase lapidar do Mestre: Deus geometriza tudo. Por isso o Santo Numero reina em toda a parte.Assim . Com efeito.Por onde quer que a nossa vista alcance, existe Numero e mo geomtrica cristalizados na sua forma.Se so flores aquilo que observamos, prescindamos da sua beleza e perfume. Observemo-las com olhos ocultistas e vejamos que nos oferecem um determinado nmero de folhas e ptalas formando cruzes-pentagramas harmoniosos. Se estes no existem porque houve alguma causa no harmnica que ensombrou a sua perfeio.Mais tarde quando vamos cortar umas destas flores, utilizamos a nossa prpria mo. E quando a estendemos verificamos que nela h cinco dedos... Precisamente o numero cinco havia de estar na mo do homem.Os antigos representavam o mundo por meio deste nmero, baseando-se no facto dele significar a Terra, A gua, O Ar, o Fogo e o ter ou Esprito. Da o vocbulo Pentagrama, cuja palavra deriva do grego pente (que significa cinco)e de pan (que tudo). Por isso, o homem tudo, dentro da ordem da Natureza, o seu nmero representativo dever ser o 5 e a figura geomtrica que o caracteriza, a estrela pentagonal cuja compreenso simblico-ocultista tem tanta importncia para os Gnsticos.Contrariamente, se vemos a mo dum homem com seis dedos, recebemos instantaneamente um choque impossvel de conter e compreender que um fenmeno anormal, extra natura, rompeu com a nica e verdadeira harmonia que lhe peculiar.Nas plantas v-se manifestada a Trindade, com a raiz, folhas e flor. A flor no ar balanceia-se ao vento e parece querer chegar ao Sol, at ao do cu. a ascenso de Nosso Senhor. A raiz, pelo contrrio, mergulha, quer afundar-se, sulca a terra em busca do oculto. Como as foras do Logos na sua misericordiosa actuao, empurram para baixo enquanto ao mesmo tempo provocam a ascenso, logo a flor sendo uma fora imanada que atrai do mais baixo das suas razes para as elevar ao mais alto redimindo-as e purificando-as. Onde encontramos, pois, a intercesso da Cruz naquilo em que estas foras se dividem? Deixemos este smbolo chegar at ao homem lembrando-lhe aquilo que j dissemos noutras ocasies sobre o plexos solar.

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  • Tenhamos em conta que os mencionados quatro elementos: Terra, gua, Ar e Fogo, que formam a base de toda a cincia Rosa Cruz Alquimista, so os que do impulso e vigor a tudo quanto existe. Seriam no entanto foras de inaco, foras perdidas se dentro delas no acalentassem, como que um hlito divino, O Logos Supremo.Dizem os Livros Sagrados dos Maias, que os primeiros homens foram quatro: Balam Quitze, Balam Akab, Mahucutah, e Ike Balam. Eles nasceram sem me, pois as suas origens so de outro mundo, anterior ao nosso. Eram a imagem do inonimado como uma fora criadora , pois deles saram logo os outros seres e as outras coisas. de capital importncia para o Gnstico o Quaternrio Sagrado. Com esta expresso simbolizava Pitgoras, o nome inefvel de Deus, o princpio eterno, que em hebreu se compe de quatro letras, e que os antigos davam conhecer como smbolo do ser vivo que tinha em si o Delta ou o Triangulo Divino, como portador de Deus. Nele est compreendido, ainda, o Septenrio, j que os trs princpios inferiores podem reduzir-se a quatro e o Fogo, por ele prprio, representar a Trade.A resoluo deste problema oculto e extremo e no o podemos aqui dar a conhecer. Apenas o podemos indicar para que cada um possa, segundo a sua prpria intuio, extrair a seiva do conhecimento que lhe seja possvel.Na nossa obra anterior, Quirologia Mdica, falmos da importncia do ferro. Sem o seu descobrimento no existiriam mquinas nem indstrias nem os problemas que hoje coexistem no corpo social, no teriam razo de ser. Se no tivssemos tido metais, teramos certamente utilizado apenas as lascas de pedra. No haveria ferro vias, nem vias de comunicao, nem telgrafos, nem avies, nem muitas das coisas que hoje dispomos no mundo moderno. At a imprensa seria desconhecida. A Cincia no teria surgido e os conhecimentos humanos seriam conservados em smbolos gravados nas pedras. Os Rosa Cruz antigos e os Mistrios primitivos, viram todas essas possibilidades e por isso foram to grandes as suas revelaes. Para ns, isto j no representa hoje, uma constante preocupao.Mas tenhamos em considerao que nunca teramos tomado conhecimento do ferro sem o fogo. Foi este elemento que arrancou todos os metais da terra e s com ele possvel que tudo seja transformado.. Por isso os Rosa cruz sustentam o seu princpio de Igne Naturua Renovarum Integra. No esqueamos que sem o ferro e o fogo nada pode existir e que o seu manejo pertence exclusivamente ao homem, para quem o fogo foi arrancado do Cu por Prometeu. Os animais podem desenvolver-se dentro dos demais elementos, mas horrorizam-se perante o fogo.O Fogo pois, uma parte de Sol, como que uma energia dinmica que impulsiona e d vida planta. Por isso vimos sobre a pedra quadrada do altar, velas de fogo formando um tringulo ascendente, desde a parte inferior, uma larga chama. O Avental Manico representa esse mesmo altar com a chama de fogo estando nele contido o Septenrio Rosa Cruz. Mas garantimos que os Maes o ignoram.Somos, por isso, adversrios da Maonaria que se desviou do seu caminho metendo-se em poltica, fazendo geralmente grandes males sociais. A maonaria no serve como politica nem como religio; o seu papel est em conservar, aplicar e estudar o sentido oculto dos seus rituais, acontecendo geralmente, que os aderentes a essa causa, ignoram em absoluto o significado oculto dessas prticas.A planta, a rosa, necessita de terra. Mas se a plantamos numa terra fria apenas, no floresce vida. Necessita de gua, humidade para germinar, e ento ela desenvolve-se desde a

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  • semente onde misteriosamente est contida toda a planta. Precisa, mais tarde, de ar para a sua transpirao sem cujo elemento no pode ascender, ainda que tivesse terra, ar e gua, nunca cresceria na sua plenitude. necessrio o fogo da alquimia, para que seja operado o milagre da transformao.Tomemos o seu exemplo figurado e observemos o homem. O ser humano necessita de um corpo, de um invlucro, sem o qual no teria personalidade. Precisa do elemento gua que representa a vida. Mas ainda que com corpo e vida, seria igual a uma msera pedra e nunca chegaria sequer a ser planta. Necessita ento de algo mais que a conscincia que o ar, mas essa conscincia sem o impulso divino que o Fogo do Esprito no seria concebida. Temos aqui pois os quatro elementos. O INRI da Cruz do Homem.E j que falmos no homem devamos perguntar: O que o homem? Conhecemos os vares. Conhecemos as fmeas. Mas o homens como ser substantivo, como Unidade, quase impossvel de imaginar. Apenas a dualidade em que est envolvido nos faz ter uma ligeira suspeita.Porque o homem no a concha, no a casca, no o invlucro, no a sua figura mais ou menos bonita. No. O homem est mais internamente escondido, mais recolhido, est muito mais para alm do sexo. Apenas por esta via se pode procurar e ele a nica chave para o encontrar. Contende o sexo e tereis robustecido o vosso Mediador...Sem dvida, muito difcil conter o homem, saber o que o EU, o UNO. Por isso to ridcula a pretenso da nova seita Vida Impessoal, recentemente estabelecida em Buenos Aires, quando querem realizar aquilo que eles prprios nunca experimentaram.Eu e o Pai, Somos Um, disse Jesus. Donde podemos concluir, em consequncia, que o EU o Pai, quer dizer, DEUS MESMO e que Nada Chega Ao Pai Sem Ser Atravs De Mim.Temos trs figuras que jogam um papel importante dentro da Religio. Deus - Pai (o Jeov da criao). O Diabo que, assim como filho ao manifestar-se tomou o corpo humano, ele igualmente o fez, segundo a lenda Bblica, sob a forma de uma serpente. O Corpo, a parte material, o Diabo, o Demiurgo, que por sua vez, o Gnio da Terra. O Filho a Vida em aco, a parte astral e s por ela, mediante esse veculo de vida manifestada, encontramos o Pai, chegamos a Deus, que reside dentro de ns sem que consigamos comunicar com ele, apesar de todas as igrejas, bblias ou imagens. S existe um nico caminho para chegar a Deus. De nada nos serve que Jesus tenha nascido em Belm, se ele no nascer no nosso corao e a sua morte na cruz do Glgota, no morre igualmente dentro de ns e nos redime tambm.Temos todos dentro de ns um Deus todo-poderoso com o seu omnisciente poder a manifestar-se, mas s e apenas quando nos podermos manifestar com ele. Poderemos depois voltar a encontr-lo nas igrejas, nas escrituras, nos sacerdotes; mas antes no, sem aquela condio bsica nada existe...nada. esta, pois, a Trindade Gnstica.Os Gnsticos dizem: Deus a nica realidade o nico positivo. Tudo o que no seja Deus no pode ser real, no podem ser de Deus. As doenas, as dores, a pobreza ou diabo, so coisas negativas e no so mais que produto dos humanos. No podiam existir se no os produzssemos. A doena, o mal, existe, porque constantemente sustentado pela nossa mente. Por isso a religio catlica, sempre em torno das dores semeia penas e crucificaes. Tal como a teosofia com as suas negaes. No, o karma acaba-se quando o homem se

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  • sente redimido pelo Logos Solar. Para aquele que viva essa fora de Cristo dentro de si, no tem karma a pagar.Existe na frica uma seita chamada de satanistas. Eles adoram e elevam as suas oraes ao Diabo e muito logicamente manifestam que se Deus est no cu e todo bondade e misericrdia, no pode fazer mal algum s pessoas, formadas, como foram, sua imagem e semelhana. Isto seria contra os seus atributos pessoais e consideram os cristos como uma patranha. Pelo contrrio, o Diabo, o princpio do mal e como tem muito poder para o fazer e maltratar os homens, a ele que elevam as oraes e lhe pedem benevolncia. A lgica est sem dvida, do seu lado.Eles pensam igualmente que a Terra, que este escabroso vale de lgrimas, este conjunto de penas, males e imperfeies, no pode ter sido obra de Deus. Teve que o ser do Diabo, do princpio do mal, e nisto existe alguma similaridade connosco os Gnsticos, porque at certo ponto tambm supomos isso embora de forma simblica.A forma cristaliza, mediante a Terra, a gua e o Ar. Mas a Vida, oferece-a o Fogo. Por isso o Diabo sem Deus, absolutamente impotente e nada pode fazer se considerarmos que ele mesmo tambm obra da Divindade, como anjo e logo como produto humano. Devemos combate-lo dentro de ns repelindo todo o pensamento perverso, termos apenas ideias ss e lev-las prtica. necessrio que o Gnstico, seja bom e purificado quer dentro ou fora de si. Devemos trazer dentro de ns o labor de uma eterna criao.Eis porque, os Gnsticos sustm que o Universo foi indirectamente criado por Deuses directamente por aquelas Legies de Anjos, chamadas Elohim, que at hoje nos tm custodiado com a sua guarda perptua. A UNIDADE no se compreende. Seria til fazer uma reflexo sobre ela e achar a sua definio. Apenas se percebe, se sente e se vive. A Dualidade, por troca, atravs da sua polaridade perfeitamente entendvel. Por isso a Deus o entendemos pelos seus divinos atributos, mediante a existncia do Diabo, por tratar-se de dois plos contrrios, de sinal oposto em todas as religies. O Uno o Principio do Bem; o outro, o do Mal. Mas a verdade de todas as coisas, a sua essncia, a verdade cardinal de tudo quanto existe, est radicada muito para l do Bem e do Mal.A UNIDADE, mesmo na planta, baseia-se no facto de queres ser o Sol e a Terra ao mesmo tempo. esse o seu instinto, o seu esforo, o seu impulso evolutivo.O Clice sobre o Altar simboliza todos os Reinos. O prprio Altar representa o reino mineral. O Vaso unido pelo p, a planta com o caule e a raiz. A Cavidade, a flor, que igualmente a chama de fogo sobre a terra. pois necessrio que o Clice esteja sempre sobre o Altar, porque o Fogo s tem aco sobre a terra.Nos Elementos cabem todas as paixes que assaltam o homem. Os vcios, os prazeres, a corrupo...No ar encontra-se igualmente a Cincia, que no Fogo radica em Sabedoria. Se a cincia e a religio habitual nos ensinam as coisas pela rama, apenas o seu aspecto exterior, foroso que o Gnstico aprenda a ver atravs do vu e apure o olhar para que possa ver mais fundo, para que possa encontrar assim a mais pura realidade.Este sentimento bem marcado em ns, aquele que nos deu o impulso para, nestes ltimos anos, dar forma a diversos livros, que dando a sensao de serem de temas diferentes, formam sem dvida e em conjunto um Edifcio Filosfico.Dizamos no nosso Rosa Cruz (Novela Inicitica), a respeito do trio Matria, Energia e Conscincia, que ainda estava tudo por resolver. Quando concebamos a Matria, esta no

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  • podia ser explicada sem lhe considerar inerente uma Energia. Nem a esta, por sua vez, sem uma Conscincia ou Inteligncia. O que o mesmo que a Trindade: Pai, Filho e Esprito Santo... como encarnao iniludvel que est em tudo o que existe.No nosso Biorritmo, tnhamos falado nos trs ritmos: masculino, feminino e intelectual, nas suas diferentes fases. No entanto se observarmos com ateno este ltimo, o intelectual, veremos que uma espcie de mediador. O princpio que nada tendo de masculino nem feminino, pertence a ambos como se fosse hermafrodita. assim Cristo. Tem de homem e tem de Deus e por conseguinte um verdadeiro Mediador aos princpios a q