6.001 - avaliaÇÃo da sensibilidade ao contraste visual acromÁtica em … · 2014-05-27 ·...
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6.001 - AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE AO CONTRASTE
VISUAL ACROMÁTICA EM RITMO DIÁRIO
Andrade, M. J. O. , Oliveira, A. R. , Neto, A. A. C. , Santos, N. A. ,
Departamendo de Psicologia - UFPB Instituto Federal do Mato Grosso -
IFMT
Introdução:
Os seres vivos enfrentam variações diárias de luminosidade que afetam
processos fisiológicos e comportamentais associados à visão. A luz exerce um
papel fundamental para formação de aspectos perceptivos e cognitivos da
visão. Dessa forma, a luz é um sincronizador circadiano adaptativo para as
funções visuais durante um ciclo de 24 horas.
Objetivos:
Avaliar a função de sensibilidade ao contraste (FSC) acromático para
estímulos de grades senoidais verticais de frequências espaciais de 0,2; 0,6; 1;
3,1; 6,1; 8,8; 13,2 e 15,6 ciclos por grau de ângulo visual, em um ritmo de 24
horas.
Métodos:
Esse estudo foi submetido na base unificada de registros de pesquisas
envolvendo seres humanos (Plataforma Brasil) e aprovado pelo Comitê de
Ética da Universidade Federal da Paraíba. Participaram deste estudo 18
voluntários do sexo masculino com idade entre 19 e 31 anos. Todos possuiam
acuidade visual normal avaliada pelos cartões de optotípos E de Rasquim
(20/20). Os participantes foram divididos em grupos de acordo com o
cronotipo: Matutino (n = 5; M = 22,8; DP = 2,39), Intermediário (n = 9; M =
24,78; DP = 4,32) e Moderadamente vespertino (n = 4; M = 22,7; DP = 1,25).
Utilizaram-se como instrumentos o teste de Stroop e o software Metropsis
para avaliar a FSC. Os estímulos foram apresentados em um monitor de vídeo
colorido CRT (Cathodic Ray Tube), com tela plana de 19’; resolução de 1.024
x 786 pixels e taxa de atualização de 100 Hz. O monitor foi controlado por um
microcomputador por meio de uma placa de vídeo com entrada VGA e DVI,
conectado ao ViSaGe, um hardware gerador de estímulos com linguagem
computacional Matlab capaz de controlar precisamente a voltagem da tela do
monitor em 14 bits.
Resultados:
Os participantes foram dormir aproximadamente às 00h20min (DP = 45’15
min) e acordaram às 06h40min (DP = 40’30 min) apresentando uma
amplitude de sono de 06h20min (DP = 58’03 min). As medidas mostraram
índices satisfatórios para qualidade (M = 0,82; DP = 0,7), latência (M = 0,81;
DP = 0,9) e duração do sono (M = 0,75; DP = 0,6). Além disso, os dados
mostraram escores atencionais e de qualidade de sono constantes. A FSC
apresentou variação diária para indivíduos Matutinos [F (2; 9) = 11,45; p <
0,05; η² = 0,87] e Intermediários [F (2; 161) = 1,94; p < 0,05; η² = 0,28].
Dessa forma, indivíduos Matutinos são mais sensíveis para frequência
espacial média (3,1 cpg) durante o período da manhã, quando comparado ao
período da tarde e noite. Ainda, indivíduos Intermediários são mais sensíveis
para frequência espacial média (1 cpg) durante o período da manhã quando
comparado ao período da noite.
Conclusão:
Os estímulos fóticos modulam informações visuais. A sensibilidade ao
contraste é um aspecto importante para o estudo da percepção visual
circadiana, sugerindo que os mecanismos sensórios que processam o contraste
visual estão diretamente relacionados à hora e o padrão do cronotipo.
Apoio Financeiro:
Os estímulos fóticos modulam informações visuais. A sensibilidade ao
contraste é um aspecto importante para o estudo da percepção visual
circadiana, sugerindo que os mecanismos sensórios que processam o contraste
visual estão diretamente relacionados à hora e o padrão do cronotipo.
Gerado em: 2014-5-21 16:20:31
6.002 - AVALIAÇÃO DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS MEDIANTE O
CONSUMO MODERADO DE ÁLCOOL
Oliveira, A. R. , Medeiros, P. C. B. , Silva, J. B. S. , Feitosa, L. C. , Santos,
N. A. dos,
Pós-Graduação em Psicologia Social - UFPB DEPARTAMENTO DE
PSICOLOGIA - UFPB DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA - UFPI
Introdução:
A alta prevalência do consumo de álcool é considerada um grave problema de
saúde pública mundial, por ocasionar grandes prejuízos, tanto individuais
como sociais. Tendo em vista que o etanol apresenta – se como uma
substância psicoativa depressora do sistema nervoso central, observa-se que
sua ingestão pode causar prejuízos à maturidade do córtex pré – frontal
(Alcohol and Alcoholism, 42: 92, 2007). Algumas das alterações
neuropsicológicas podem ser notadas sobre as funções executivas, tomada de
decisão, perturbações nas funções mnemônicas e atencionais (Journal of
Neuroscience, 30: 7749, 2010).
Objetivos:
Avaliar as funções executivas sob o nível moderado de alcoolemia em 0,08%
BAC (Blood Alcohol Concentration ou Concentração de Álcool no Sangue).
Métodos:
CAAE: 0434.0.045.000-11 Esta pesquisa foi registrada no Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) – UFPI, obtendo parecer favorável de número CAAE:
0434.0.045.000-11.Trata-se de um estudo quantitativo e experimental.
Contou-se com 50 voluntários (m = 22,7 anos; dp = 2,88) que participaram
tanto da Condição Controle (CC), ingerindo placebo, como da Condição
Experimental (CE), ingerindo bebida alcoólica. A maioria (57%) era do sexo
masculino. Utilizaram-se os instrumentos: questionário sociodemográfico, um
etilômetro digital (BDF-40), Cálculo da quantidade de álcool a ser ingerido
para se atingir o valor de 0,08% BAC, e Teste Wisconsin de Classificação de
Cartas (WCST) para avaliar as funções executivas. No início das sessões, foi
verificada a concentração de álcool no sangue, o peso e a altura para fazer o
cálculo da quantidade de álcool a ser ingerido. A administração de álcool foi
realizada sob a forma de vodka, diluída em suco. Na CC, substituiu – se o
álcool por duas colheres de sopa de suco de limão. Algumas gotas de vodka
foram acrescentadas para deixar um aroma da bebida alcoólica. Após 30
minutos da ingestão, aplicou-se o WCST. Ao final, foi feita a mensuração do
teor alcoólico no sangue, para que o participante deixasse o recinto de
aplicação com o mesmo valor verificado em sua chegada. Os resultados
alcançados no teste foram corrigidos segundo o manual do instrumento e
plotados no pacote estatístico PASW – 18, sendo realizados testes descritivos
e inferenciais dos resultados do instrumento.
Resultados:
O WCST é classificado segundo seis categorias: Número total de erros; Erros
perseverativos; Erros não – perseverativos; Números de categorias
completadas; Ensaios para completar a 1ª categoria e Fracasso em manter o
contexto. Os resultados foram submetidos ao teste de normalidade
Kolmogorov – Smirnov, o qual apontou a não normalidade dos dados. Diante
deste resultado, utilizou – se o teste não paramétrico de Wilcoxon. Os
resultados apontaram uma diferença estatisticamente significativa somente
para Número de categorias completadas (z=-3,11, p<0,05), considerando-se
que o número de categorias completadas por cada participante foi maior
quando eles estavam na condição placebo (M=5,52) em comparação ao grupo
experimental, ou seja, sob efeito de álcool (M=4,90).
Conclusão:
Os resultados encontrados corroboram a maioria dos estudos que avaliam o
efeito do álcool sobre as funções cognitivas. Sugere-se a realização de mais
pesquisas com amostras maiores e utilização de outros testes, mensurando
outros aspectos cognitivos.
Apoio Financeiro:
Gerado em: 2014-5-21 16:20:31
6.003 - O diabetes melittus induzido por estreptozotocina promove
alterações na corrente de Na+ de neurônios do sistema nervoso
autonômico.
Silva-neta, I. P. , Silva, F. W. F. , Silva-alves, K. S. , Vale, O. C. , Oliveira,
A. C. , Coelho-de-souza, A. N. , Cardoso, J. H. L. ,
Centro de Ciências da Saúde - ISCB/UECE Departamento de Medicina
Clínica - UFC
Introdução:
O Diabetes Melittus (DM) é um distúrbio metabólico que tem como
complicação mais prevalente a neuropatia e que atinge o sistema nervoso
autonômico. O gânglio nodoso (GN) é um componente do sistema
autonômico que inerva órgãos internos e vísceras. Os neurônios respondem às
variações no potencial transmembrana e uma dessas modificações é
ocasionada pelas correntes de Na+ (INa+). Modelos animais de DM induzidos
por estreptozotocina (STZ) relatam alterações na expressão e função dos
canais de Na+ no gânglio da raiz dorsal. Contudo, não há estudos mostrando
essas alterações no GN.
Objetivos:
Portanto, o objetivo deste trabalho foi estudar as alterações na INa+ do GN de
ratos diabéticos induzidos por STZ.
Métodos:
12777143-3 CEUA/UECE Ratas Wistar, idade 8 semanas e massa 150-180 g,
foram induzidas ao DM (grupo DB) por injeção única i.p. de STZ 65 mg/kg
dissolvida em solução veículo. O grupo controle (CONT) recebeu apenas
solução veículo. O DM foi constatado 48 h após a indução e na 12ª semana os
animais foram sacrificados, dissecados os GN’s e realizada a dissociação
neuronal por meio de etapas enzimáticas e mecânicas. A técnica do whole-cell
patch clamp, clampeamento de voltagem, foi utilizada para o registro da INa+
e os registro feitos entre 2 – 9 h após dissociação. Os dados estão expressos
como média ± E.P.M, onde o valor entre parênteses representa o número de
experimentos, e duas médias foram consideradas significantes pelo teste-t
quando p < 0,05. Todos protocolos experimentais foram submetidos ao CEUA
da UECE e aprovados sob o número: 12777143-3.
Resultados:
Após 48 h da indução, os animais CONT e DB apresentaram glicemia de
112,75±3,97 (5) e 456,91±15,93 mg/dL (5), respectivamente, e esses valores
mantiveram-se estáveis até o sacrifício do animal. A capacitância das células
dos grupos CONT e DB foi 19,35±1,34 (14) e 24,26±1,57 pF (19) e curvas
corrente-voltagem da ativação e inativação estacionária foram medidas nos
grupos. O pico da INa+ no CONT foi de -1423,09±221,32 pA (14), no DB foi
de -2731,47±435,22 pA (19) e houve diferença estatística entre essas médias.
Houve aumento na densidade de corrente no CONT de 70,98±8,25 para
113,37±16,73 pA/pF no grupo DB e na condutância total de 54,62±6,48 para
79,19±9,93 mS, embora não houve diferença estatística significante (p=0,05
para densidade de corrente e p=0,065 para condutância). Com relação a curva
de ativação, o DB apresentou desvio estatisticamente significante para a
esquerda em comparação ao CONT de ~8 mV. Na inativação, os valores da
INa+ para os grupos CONT e DB foram -1034,16±171,60 (11) e -
3575,40±515,93 pA (11) e houve diferença estatística significante. Assim
como a curva de ativação, a curva de inativação estacionária do grupo DB foi
desviada para esquerda em torno de 10 mV em relação ao controle.
Conclusão:
Os dados mostram que a indução do DM promove alterações na INa+ do GN,
aumentando sua amplitude e modificando suas cinéticas de ativação e
inativação. O desvio da curva de ativação do grupo DB indica ativação da
INa+ em potenciais mais negativos. Contudo, o desvio da curva de inativação
demonstra uma menor disponibilidade dos canais de Na+ contribuindo para a
INa+. Assim, essas modificações podem levar a alterações na excitabilidade
nervosa dos neurônios do GN devido à indução do DM.
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, FUNCAP, UECE
Gerado em: 2014-5-21 16:20:31
6.004 - Efeito antinociceptivo do salicilato de bornila em camundongos
Monte, L. O. , Oliveira, K. H. D. , Penha, A. R. S. , Salgado, P. R. R. ,
Carvalho, F. L. , Simoes, S. M. Q. , Rodrigues, L. C. , Almeida, R. N. ,
LABORATORIO DE PSICOFARMACOLOGIA - UFPB
LABORATORIO DE QUIMICA ORGANICA SINTETICA - UFPB
Introdução:
A dor é um grave problema de saúde pública, afeta a qualidade de vida de
seus portadores e traz inúmeros prejuízos para a sociedade. A ciência continua
buscando novos fármacos analgésicos mais potentes e com menos efeitos
colaterais. O salicilato de bornila (SB) é um derivado salicílico obtido pela
esterificação do ácido salicílico com o monoterpeno (-)-borneol.
Objetivos:
Avaliar o efeito antinociceptivo do SB em modelos experimentais de
nocicepção aguda em camundongos.
Métodos:
Certidão nº 0104/13 Camundongos Swiss machos, albinos, com 2-3 meses de
idade e pesando entre 25-35g foram tratados com SB nas doses de 50, 100 e
200 mg/kg por via intraperitoneal (n=8) e submetidos ao teste das contorções
abdominais induzidas por ácido acético, teste da formalina e teste da placa
quente. Os resultados são expressos como média ± e.p.m. Para a análise
estatística foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis seguido pelo Post Hoc de
Dunn’s e os valores foram considerados significativos quando p<0,05.
Resultados:
No teste das contorções abdominais induzidas por ácido acético, o SB nas
doses de 100 (589,8 ± 93,0 s) e 200 mg/kg (838,6 ± 41,2 s) aumentou o tempo
de latência para a primeira contorção quando comparado ao grupo controle
(242,1 ± 8,1 s). As doses de 100 (3,9 ± 1,3) e 200 mg/kg (0,5 ± 0,3) também
diminuíram o número total de contorções em relação ao grupo controle (21,3
± 3,1). Na fase neurogênica do teste da formalina nenhuma das doses do SB
testadas (50: 75,3 ± 6,2 s; 100: 66,6 ± 6,4 s e 200 mg/kg: 61,3 ± 6,1 s) alterou
significativamente o tempo de lambida da pata dos animais em relação ao
grupo controle (78,9 ± 8,1 s). Porém, as doses de 100 (67,9 ± 27,4 s) e 200
mg/kg do SB (65,4 ± 31,3 s) reduziram o tempo de lambida da pata na fase
inflamatória do teste quando comparadas ao grupo controle (189,6 ± 24,7 s).
No teste da placa quente somente a dose de 100 mg/kg do SB aos 120 minutos
após o tratamento (6,3 ± 1,4 s) foi capaz de aumentar o tempo de resposta dos
animais em relação ao grupo controle (2,0 ± 0,3 s).
Conclusão:
O salicilato de bornila apresentou efeito antinociceptivo provavelmente
envolvendo mecanismos periféricos.
Apoio Financeiro:
O salicilato de bornila apresentou efeito antinociceptivo provavelmente
envolvendo mecanismos periféricos.
Gerado em: 2014-5-21 16:20:31
6.005 - Avaliacao do balanco energetico em ratos machos tratados com
fluoxetine
Silva, A. I. , Braz, G. R. F. , Pedroza, A. A. , Freitas, C. M. , Lagranha, C.
, Castro, R. M. ,
Departamento de Nutricao - UFPE Nucleo de Educacao Fisica - UFPE
Introdução:
A exposicao neonatal a antidepressivos, incluindo os inibidores seletivos da
recaptacao de serotonina (i.e fluoxetina), induz alteracoes funcionais que
persistem na vida adulta. O controle do balanco energetico em parte e
realizado pelo sistema serotoninergico via controle homeostatico e hedonico.
Objetivos:
Neste estudo objetivamos avaliar o balanco energetico global (quantidade de
calorias ingerida vs calorias dispendida) em ratos machos tratados com
fluoxetina no periodo pos-natal (do 1 ao 21 dia de vida).
Métodos:
23076.015276/2012-56 Filhotes machos da linhagem Wistar receberam
injecao subcutanea diaria de fluoxetina (Fx: 10mg/kg p.c) ou solucao salina
(0,9% NaCl p.c) do 1 ao 21 periodo de vida. Apos o desmame os ratos
receberam dieta de bioterio. Aos 60 dias de vida foram realizados as
avaliacoes de peso corporal, consumo alimentar aos 7, 14 e 21 dias de vida,
ingestao alimentar de 24 horas, atividade locomotora livre em 24 horas e
avaliacao da temperatura corporal apos estimulo termico de -15C em 90
minutos.
Resultados:
Observamos uma reducao de peso corporal desde o periodo de aleitamento ate
60 dias de vida. A reducao do peso corporal esteve associada a uma menor
quantidade de tecido adiposo branco da cavidade retroperitonal no grupo Fx
aos 60 dias de vida (Fx=0,89+/-0,12; C=1,54+/-0,21 gramas;p<0,05). O
consumo alimentar aos 7, 14 e 21 dias nao apresentaram diferenca
significativa, bem como a a ingestao alimentar de 24 horas. Em relacao ao
dispendio energetico avaliamos a atividade locomotora livre e nao
observamos diferenca significativa (Fx=25292+/-1377; C=27666+/-1170
segundos). Entretanto quando avaliamos a temperatura corporal apos estimulo
termico de -15 graus celsius observamos que os animais Fx perdem menos
calor para o meio do que o grupo C (Fx=4,56 +/- 0,55; C= 7,42+/- 0,47 graus;
p<0,01).
Conclusão:
Nossos resultados sugerem que a exposicao a fluoxetina no periodo de
desenvolvimento atua no cerebro modulando os centros controladores do
balanco energetico global.
Apoio Financeiro:
FACEPE e CAPES
Gerado em: 2014-5-21 16:20:31
6.006 - INFLUÊNCIA DO CONSUMO DA CASTANHA DE CAJU
DURANTE A GESTAÇÃO E LACTAÇÃO SOBRE O GANHO DE
PESO E ONTOGENIA REFLEXA DA PROLE.
Medeiros, D. M. F. , Pereira, D. E. , Sousa, M. M. , Santos, N. M. , Soares,
J. K. B. , Pires, M. Q. , Frazão, M. F. ,
ciências da saúde - UFCG
Introdução:
A oferta adequada dos ácidos graxos essenciais durante o período crítico do
desenvolvimento é de suma importância, uma vez que esses podem
influenciar no desenvolvimento e crescimento do concepto de forma efetiva
através da incorporação dos fosfolipídios nas membranas celulares. As
sementes oleaginosas, incluindo a castanha de caju, são ricas em ácidos
graxos essenciais (linoleico e linolênico) e poli-insaturados de cadeia longa
(araquidônico e docosahexaenóico) e seu consumo durante a gestação e
lactação tem relação direta com o amadurecimento neurológico e velocidade
de crescimento.
Objetivos:
Analisar os efeitos de uma dieta à base de castanha de caju sobre o ganho de
peso e ontogenia reflexa da prole de ratas tratadas durante a gestação e
lactação.
Métodos:
Protocolo CEP nº 108-2013 Foram utilizadas fêmeas primíparas da linhagem
Wistar. Aos 90 dias de vida estas foram acasaladas, para obtenção de ratos
lactentes. Após confirmação da prenhez através de esfregaço vaginal, tais
animais foram divididos em dois grupos, com dieta com teor de 7% de
lipídios, sendo estes denominados de: Grupo Castanha de Caju (GCT) (n=15)
cuja fonte lipídica foi à castanha de caju e Grupo Óleo de Soja (GS) (n=12)
cuja fonte lipídica foi o óleo de soja. Os animais foram mantidos no
Laboratório de Nutrição Experimental da Universidade Federal de Campina
Grande (UFCG) – campus Cuité/PB em condições - padrão: temperatura 22 ±
1°C, com ciclo claro-escuro (12h; início da fase clara às 6:00h), umidade ±
65%, recebendo ração e água ad libtum, desde o primeiro dia de gestação até o
final da lactação. Foi avaliado o peso da prole (g) desde o 1º dia de vida até o
final da lactação (21º dia), para tal análise foi utilizada balança de precisão
digital. Esses dados foram expressos em média e desvio padrão. Para
avaliação da ontogenia reflexa foram analisados os seguintes parâmetros:
desaparecimento da Preensão Palmar (PP), e aparecimentos das seguintes
respostas: Recuperação Postural de Decúbito (RD), Colocação Espacial
Desencadeada Pelas Vibrissas (CPV), Aversão ao Precipício (AP), Geotaxia
Negativa (GN), Resposta ao Susto (RS) e Recuperação do Decúbito em Queda
Livre (RDQL). Para tal análise considerou-se o tempo máximo de observação
de 10 segundos. Os dados foram expressos em mediana do dia, mínimo e
máximo.
Resultados:
O peso corporal dos neonatos do GCT foi significantemente maior em relação
ao GS, respectivamente: no 7º dia (18,66 ± 1,23 x 16,17±2,17), 14º dia (34,66
± 1,45 x 32,22±3,06) e 21º dia (54,66 ± 3,52 x 50,50±5,20) (P<0,05). A
maturação dos reflexos foi acelerada no GCT comprado com o GS,
respectivamente: PP [4(2-5) vs 7(6-10)], RD [4(1-7) vs 2,5(1-5)], CPV [9(7-
10) vs 11,5(8-11)] e RDQL [14(10-16) vs 15(13-19)] (P<0,05). Para os
demais resultados não houve diferença estatística significante.
Conclusão:
Diante dos resultados concluiu-se que a dieta contendo castanha de caju
ofertada a ratas durante a fase inicial da vida possibilitou ao organismo
materno ofertar pela placenta e através do leite materno os nutrientes
necessários ao desenvolvimento reflexo e crescimento da prole.
Apoio Financeiro:
CNPq Chamada Universal – MCTI/CNPq Nº14/2013
Gerado em: 2014-5-21 16:20:31
6.007 - Efeito antinociceptivo do extrato etanólico bruto de Sargassum
polyceratium em camundongos
Santos, A. K. F. S. , Monte, L. O. , Salgado, P. R. R. , Fonseca, D. V. ,
Muniz, V. M. , Dias, C. S. , Torres, P. A. , Almeida, R. N. ,
Laboratório de Psicofarmacologia - UFPB Labotatório de Fitoquímica -
UFPB
Introdução:
O tratamento da dor tem sido motivo de vários estudos. O uso de plantas e
seus derivados com finalidades terapêuticas têm ocorrido de forma extensiva e
crescente em todo o mundo, conforme dados obtidos junto ao mercado
farmacêuticos e às altas cifras que circundam a comercialização de
fitomedicamentos, observados na última década. Os produtos naturais
marinhos passaram a ser valorizados devido à representação de uma nova
fonte de prospecção por novas drogas e pela complexidade de suas estruturas
químicas distante daqueles encontrados em plantas terrestres. Sargassum
polyceratium é uma espécie de macroalga bentônica que está distribuída entre
as águas litorâneas caribenhas do sudoeste da Florida ao Nordeste do Brasil.
Objetivos:
Avaliar a atividade antinociceptiva pelo teste da contorção abdominal
induzida pelo ácido acético do extrato etanólico bruto de Saragassum
polyceratium (EEBSp).
Métodos:
01006/13 Camundongos Swiss machos, albinos, com 2-3 meses de idade e
pesando entre 25-35g foram tratados com EEBSp nas doses de 50, 100 e 200
mg/kg por via intraperitoneal (n=8) e submetidos ao teste das contorções
abdominais induzidas por ácido acético. Todos os procedimentos
experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais do
CBiotec / UFPB, sob a certidão nº 01006/13. Os resultados são expressos
como média ± e.p.m. Para a análise estatística foi utilizado a Análise de
Variância (ANOVA) com teste de Dunnett (post hoc) pelo programa
GraphPad Prism versão 5.01 para Windows e os valores foram considerados
significativos quando p<0,05.
Resultados:
No teste das contorções abdominais induzidas por ácido acético, os animais
tratados com as doses do EEBSp 50, 100 e 200 mg/kg, apresentaram uma
redução significativa do número de contorções abdominais nas doses de 100
(5,3 ± 1,8 s) e 200 mg/kg (2,0 ± 1,3 s), e um significativo aumento da latência
para a primeira contorção na dose de 200 mg/kg (707,4 ± 100,5 s) quando
comparado ao grupo controle (388,8 ± 113,7 s).
Conclusão:
Os dados acima indicaram um efeito antinociceptivo para o EEBSp.
Apoio Financeiro:
CNPq, UFPB.
Gerado em: 2014-5-21 16:20:31
6.008 - MODELO DE PROTEINÚRIA AGUDA INDUZ ALTERAÇÕES
NA EXCITABILIDADE E CONDUÇÃO NERVOSA DE FIBRAS
SENSORIAIS
Fernandes, T. A. A. , Silva, K. F. , Silva, F. W. F. , Gomes, M. D. , Neves,
C. C. , Cardoso, J. H. L. ,
Centro de Ciências da Saúde - ISCB/UECE Departamento de Biofísica -
IBCCF/UFRJ
Introdução:
A doença renal é um problema de saúde pública com um importante aumento
na incidência e prevalência em países ocidentais.Nos estágios finais da doença
renal a polineuropatia urêmica representa o principal sintoma, o que contribui
para aumento da dor e limitações dos movimentos. Nesse contexto, as fibras
envolvidas na percepção da dor são especialmente as fibras do tipo fibras C e
Aδ. Apesar de inúmeros dados na literatura científica demonstrarem que os
primeiros sinais de lesão glomerular são a proteinúria e a albuminúria e que
estas ocorrem, em parte, devido ao estresse oxidativo e inflamação, enquanto
que a neuropatia parece estar relacionada com a uremia, não existem relatos
que correlacionem modelo de proteinúria aguda com alterações
neurofisiológicas, ou ainda na excitabilidade de fibras sensoriais.
Objetivos:
Estudar a excitabilidade das fibras C e Aδ do nervo ciático de camundongos
em um modelo de proteinúria aguda.
Métodos:
126337309-4 Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética para Uso de
Animais (CEUA/UECE), sob o protocolo 126337309-4. Camundongos
Swissadultos machos (30-35g) foram divididos aleatoriamente emdois
grupos:CTRL e BSA. Os animais receberam, durante 7 dias, injeção de
solução salina estéril (i.p., 400 µL, n = 10, grupo CTRL) ou de albumina
sérica bovina (10 g/Kg/dia, i.p diluída em solução salina estéril, n =10, grupo
BSA). Ao final do tratamento, os animais foram sacrificados e estudos
eletrofisiológicos foram realizados no nervo ciático para avaliar a
excitabilidade das fibras C e Aδ, por meio das técnicas de registro
extracelular. O teste t-student foi utilizado para análise estatística, sendo
considerado o nível de significânciade 5%.Os resultados foram expressos
como média ± desvio padrão.
Resultados:
Nas análises de fibras A, os dados de amplitude positiva, amplitude pico a
pico, VCN e reobase não diferiram estatisticamente entre os grupos CTRL
(3,930 ±0,688 mv, 4,576 ±0,764 mv, 12,202 ±0,788 m/s e 3,110 ±0,046 V,
respectivamente) e BSA (5,002 ± 0,852 mv, 6,004 ±0,957 mv, 12,165
±0,892m/s e 3,133 ±0,075 V, respectivamente). Em contrapartida, a cronaxia
se mostrou significativamente menor no grupo BSA (52,761 ±2,454 µs)
quando comparada com o grupo CTRL (60,714 ±1,540 µs).Nas análises de
fibras C, os dados de amplitude positiva, amplitude pico a pico e reobase não
diferiram estatisticamente entre os grupos CTRL (0,068 ± 0,015 mv, 0,626
±0,146 mv e 3,184 ±0,093 V, respectivamente) e BSA (0,427 ±0,3380mv,
1,171 ±0,433mv e 3,080 ±0,112 V, respectivamente). Entretanto, a VCN está
significativamente maior nos animais do grupo BSA em relação ao CTRL
(1,082 ±0,223 m/s e 0,870 ± 0,148 m/s, respectivamente), enquanto que a
cronaxia nos animais do grupo BSA está significativamente menor quando
comparada com os animais do grupo CTRL (50,444 ±2,439µse 64,538
±3,382µs, respectivamente).
Conclusão:
O modelo de proteinúria aguda pode induzir alteraçãona excitabilidade de
fibras C e Aδ, assim como na velocidade de condução nervosa em fibras C.
Apoio Financeiro:
CNPQ, FUNCAP e UECE
Gerado em: 2014-5-21 16:20:31
6.009 - POPULAÇÕES CELULARES DOPAMINÉRGICAS NA
RETINA DO MOCÓ (Kerodon rupestris)
Resende, N. S. , Oliveira, F. G. , Andrade-da-costa, B. L. S. , Junior, E. S.
N. , Cavalcante, J. S. , Soares, J. G. , Cavalcante, J. C. , Morais, P. L. A.
G. , Costa, M. S. M. O. ,
Departamento de Morfologia - UFRN Departamento de Ciências
Biológicas - URCA Departamento de Fisiologia e Farmacologia - UFPE
Introdução:
O mocó (Kerodon rupestris ) é um roedor crepuscular característico do
Nordeste Brasileiro que apresenta algumas peculiaridades em seu sistema de
temporização circadiana, e que tem sido utilizado como modelo animal em
estudos cronobiológicos.
Objetivos:
O presente estudo tem como objetivo analisar parâmetros para a sensibilidade
à luz da retina, caracterizando populações de células dopaminérgicas, também
envolvidos na ritimicidade deste tecido
Métodos:
Protocolo 015/2009 Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética para uso
Animal da UFRN, Protocolo 015/2009 e a coleta animal devidamente
autorizada pelo IBAMA, SISBIO nº 22403-1, de 24/12/2009). Seções
verticais da retina e montagens planas de 6 animais adultos foram processadas
para evidenciar a imunoreatividade à enzima Tirosina Hidroxilase (TH),
marcador de dopamina. A coexistência de GABA em células TH-
imunorreativas (TH-IR) também foi analisada.
Resultados:
Nas montagens planas da retina, a população total de células TH-IR foi 2156
± 469 células em retinas com área total de 198,164±20,4 µm². Considerando a
distribuição topográfica, o nível de estratificação na camada plexiforme
interna (IPL) e parâmetros morfométricos, dois tipos de células TH-IR foram
detectadas. Células tipo 1, com o tamanho do soma variando entre 120,047 a
269,373 µm² e processos estratificando na sublâmina 1 da IPL. Células tipo 2
apresentaram menor tamanho dos corpos celulares (54,848 a 177,142 µm²),
foram tenuemente marcadas e localizadas principalmente na IPL e
compreendem ~10% do número total de células TH-IR. Algumas células TH-
IR também foram detectadas na camada de células ganglionares. Ambas as
células tipos 1 e 2 estavam concentradas predominantemente em uma faixa ao
longo do eixo naso-temporal da retina superior. Nesta região, células tipo 1 e
tipo 2 mostraram densidade máxima de 22±3 e 8,2±2 células/mm²,
respectivamente. A presença de GABA foi detectada em ambos os tipos de
células TH-IR.
Conclusão:
A distribuição topográfica semelhante de dois tipos distintos de células
dopaminérgicas na retina mocó sugere que ambos os tipos celulares podem
contribuir para aumentar o ganho em sensibilidade na retina superior, sob
condições fotópicas e, especialmente, sob condições mesópicas, quando esta
espécie mantém o pico de sua atividade exploratória.
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, FAPERN, FINEP, PPPg-UFRN.
Gerado em: 2014-5-21 16:20:31
6.010 - EXPRESSÃO DA PROTEÍNA FOS NO NÚCLEO PRÉ-
MAMILAR DORSAL DE CAMUNDONGO EM RESPOSTA A ODOR
DE GATO OU DE COBRA
Oliveira, K. C. , Andrade, W. M. G. , Costa, S. E. L. , Nascimento Junior,
E. S., Cavalcante, J. C. ,
Departamento de Morfologia - UFRN
Introdução:
Os substratos neurobiológicos das respostas defensivas tem recebido bastante
atenção de neurocientistas, que têm utilizado experimentos com exposição a
predadores como meio de desvendar fatores ameaçadores e estressores na
atividade e plasticidade de regiões cerebrais. A habilidade inata de executar
comportamentos antipredatórios constitui uma parte do repertório
comportamental essencial para a sobrevivência. É bem conhecido que
roedores são muito sensíveis a pistas olfativas e que a exposição a odor de
predador pode eliciar vigorosos comportamentos defensivos. Pesquisas com a
proteína Fos, um marcador de ativação neuronal, e com lesões mostram que o
núcleo pré-mamilar dorsal (PMd) de rato, um distinto núcleo do hipotálamo, é
um importante núcleo no sistema neural de defesa contra predadores,
funcionando como uma espécie de amplificador do estímulo aversivo em
direção à áreas efetoras e de memória. No entanto, pouco se sabe sobre a
resposta deste núcleo ao odor de diferentes predadores ou seu papel em
camundongos.
Objetivos:
O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo da ativação do PMd,
componente do Sistema Hipotalâmico de Defesa, frente a odor de gato e de
cobra.
Métodos:
018/2009 Foram utilizados 20 camundongos Swiss, machos, ± 36g. Os
camundongos foram mantidos isoladamente por um período de adaptação
sempre com maravalha limpa até que foram expostos ao odor de gato (grupo
OG n=6) ou cobra (Boa constrictor grupo OG n=5) ou a mais maravalha limpa
(grupo controle CT n=9) por 90 minutos. Em seguida foram anestesiados com
Cetamina 10% (0,2mL/10g) e Xilazina 2% (0,02mL/10g) e passaram por
perfusão transcardíaca. Após a fixação, os encéfalos foram crioprotegidos
com tampão sacarose 30%, congelados e seccionados em cortes na espessura
de 30µm. Para análise da presença de células imunorreativas a Fos o tecido
passou por uma imunoperoxidase pelo método ABC utilizando DAB e NAS
como cromógeno. Para o estudo da citoarquitetura do núcleo, utilizamos a
coloração pelo método de Nissl, com a tionina como corante. Foi feita a
contagem de células que expressaram Fos dentro dos limites do PMd,
utilizando o programa ImageJ (NIH). Os dados foram analisados
estatisticamente através do programa SigmaPlot 10 utilizando Análise de
Variância one way, com margem de erro de 5% (p≤0,05).
Resultados:
Como resultado, obtivemos maior expressão de Fos em camundongos
expostos ao odor de gato (OG 85,3±16,8 n=5) que ao odor controle (p<0,001)
e ao odor de cobra (p<0,001). O PMd de camundongos expostos ao odor de
cobra teve uma expressão de Fos intermediária (OC 29,1±2,5 n=6), mas
mesmo assim significantemente maior que a expressão de Fos de animais
controle (CT 5,2±0,5; p≤0,05 n=9).
Conclusão:
Diante da significativa ativação do PMd nos animais expostos as pistas
predatórias em contraste aos animais controle podemos inferir que este
núcleo, de fato, tem um importante papel na circuitaria neural do sistema
defensivo de camundongo que ele age diferencialmente mediante pistas
olfativas de diferentes predadores, sendo o odor de gato um indicador de uma
ameaça mais incisiva que o odor de cobra.
Apoio Financeiro:
FAPERN, CAPES, CNPq, FINEPE
Gerado em: 2014-5-21 16:20:31
6.011 - PODE O TAMANHO DA NINHADA ALTERAR A
ATIVIDADE LOCOMOTORA DE RATOS AO DESMAME?
Manhaes-de-Castro, R. , Cavalcanti, C. C. L. , Santos, P. C. P. , Araujo-
Filho, J. C. , Da Silva Aragao, R.,
Núcleo de Educação Física e Ciências do Esporte - UFPE Departamento
de Nutrição - UFPE Departamento de Fisioterapia - UFPE Programa de
Pós-graduação em Nutrição - UFPE
Introdução:
O período pós-natal é um dos períodos críticos para o desenvolvimento da
locomoção. Ao final da lactação, ratos já apresentam o padrão de locomoção
semelhante ao animal adulto. Fatores como nutrição, atividade física, estresse,
entre outros, podem alterar o desenvolvimento da atividade locomotora. É
sabido que, em roedores, o tamanho da ninhada não somente altera a oferta e a
competição pelo leite entre os filhotes, como também modifica o
comportamento materno e a interação mãe-filhote. Esses fatores podem
interferir no desenvolvimento locomotor da prole.
Objetivos:
Avaliar os efeitos do tamanho da ninhada sobre a atividade locomotora da
prole ao desmame.
Métodos:
23076.015551/2013-12 Foram utilizados ratos Wistar. Um dia após o parto,
foram constituídas ninhadas de diferentes tamanhos: Grande Ninhada (GN,
n=7, mãe e 12 filhotes), Ninhada Normal (NN, n=10, mãe e oito filhotes),
Pequena Ninhada (PN, n=10, mãe e dois filhotes). Ao desmame, os filhotes
machos (no máximo, dois de cada ninhada, GNf=12, NNf=16, PNf=16),
tiveram livre acesso, por dois minutos, a um campo aberto de 1m de diâmetro,
enquanto eram filmados por uma câmera com luz infravermelha. A avaliação
ocorreu no ciclo escuro de luz. Os dados da atividade locomotora foram
analisados off-line por um software de análise automática. Foram avaliados os
parâmetros: distância translacional (DT, em m), distância rotacional (DR, em
m), velocidade média (VM, em m/s), tempo de imobilidade (TI, em s),
número de parada (NP), gasto energético (GE, em Kcal) e tempo de
permanência nas diferentes áreas do campo (área central, TP-C; área
intermediária, TP-I e área periférica, TP-P, em s). Os dados foram
comparados usando Anova One-way (DT, DR, VM, TI, NP e GE) ou Anova
Two-way (ninhada x área) para as áreas. Foi utilizado pós-teste de Tukey.
Significância foi considerada se p<0,05. Todos os procedimentos foram
aprovados pelo CEEA da UFPE, processo 23076.015551/2013-12.
Resultados:
Em relação ao peso corporal, o grupo GNf apresentou menor peso que os dois
outros grupo (p<0,001) e o grupo PNf também apresentou maior peso que o
grupo NNf (p<0,001). Os animais do grupo GNf apresentaram menores
valores de DT (p<0,01), DR (p<0,001), VM (p<0,05) e GE (p<0,01) quando
comparados aos grupos NNf e GNf. Enquanto que o grupo GNf apresentou
maior GE (p<0,05) que o grupo NNf. Não houve diferenças no TI e no NP
(p>0,05). Em relação às áreas, o grupo GNf apresentou menor TP-I (p<0,01) e
maior TP-P (p<0,001) quando comparados aos dois outros grupos.
Conclusão:
O aumento do número de filhotes por ninhada leva ao atraso na locomoção da
prole ao desmame. Isto é caracterizado por menor mobilidade no campo
aberto, com menor distância percorrida, menor velocidade média e redução do
gasto energético total. Ademais, esses animais apresentam perfil de maior
ansiedade pois permanecem mais tempo na área mais externa do campo. Essas
alterações podem ser devidas à desnutrição que o grupo GNf é submetido pela
diminuição da oferta e aumento da competição pelo leite, como também pela
menor interação e cuidado que as mães dispensam a esses filhotes.
Apoio Financeiro:
CNPq, PROPESQ/UFPE.
Gerado em: 2014-5-21 16:20:31
6.012 - EXPERIÊNCIA SUBJETIVA NO RECONHECIMENTO DE
PALAVRAS CODIFICADAS EM DIFERENTES NÍVEIS DE
PROCESSAMENTO
Sousa, A. W. P. , Albuquerque, F. S. ,
DFP - UFPB
Introdução:
O sistema de memória episódica (MEP) é definido como a capacidade de
registro simultâneo do o quê-quando-onde de um episódio. Estudos
experimentais sugerem que aves e ratos possuem uma memória do “tipo”
episódica, abrindo caminho para a construção de um modelo animal para o
estudo de patologias da MEP. Para avançar nesse campo, a replicação em
humanos de testes usados com animais se apoia no paradigma lembrar-saber
(referente à experiência subjetiva associada à memória) e usa as respostas
“lembrar” para identificar a contribuição da MEP no desempenho. Esse
paradigma é estudado em testes que manipulam o nível de processamento
durante a codificação do evento.
Objetivos:
Analisar o efeito da manipulação do nível de processamento durante a
codificação (profundo ou superficial) e do tipo de palavras (com coesão
semântica e sem coesão) sobre a experiência subjetiva em um teste de
reconhecimento.
Métodos:
02935812.0.0000.5188 ) Participaram do estudo 21 voluntários (4 homens). O
teste foi aplicado em grupo e as palavras foram apresentadas na taxa de 2 s
cada. Na codificação superficial, foi solicitado ao participante observar se a
palavra (total 8) estava escrita em maiúscula ou minúscula. No nível
profundo, foi solicitado que ele pensasse o significado da palavra (total 8). Em
cada tipo de codificação, 4 palavras possuíam coesão semântica e 4 não. Após
um intervalo de 30 min., preenchido com atividades distratoras, cada
participante recebia uma folha de resposta contendo 32 palavras em ordem
alfabética (16 alvos e mais 16 distratores) e informava para cada uma se
(SIM) reconhecia que a palavra pertencia à lista estudada ou não. Se sim, era
preciso indicar a experiência subjetiva associada: lembrar – se lembrava do
momento da codificação; saber – se sabia que a palavra fazia parte, mas não
lembrava nada específico da codificação ou se a resposta era um “chute”; e
indicar a confiança na resposta (de 0 a 5). As análises usaram testes t
pareados.
Resultados:
Em média 73% das palavras foram reconhecidas corretamente (DP:10), sendo
10% delas através do “chute” (DP:10); O desempenho com a codificação
profunda (M:85%; DP:17) foi maior do que o superficial (M:43%; DP:19)
(t(20) =8,50; p<0,01). As palavras com coesão (M:71%; DP:15) foram
reconhecidas significativamente mais do que as neutras (M:61%; DP:15)
(t(20) =2,17; p<0,05). Ocorreu 13% (DP:10) de alarme falso para distratores
coesos e apenas 9% (DP:10) para os neutros, diferença não significativa.
Considerando os acertos associados à experiência subjetiva de lembrar ou
saber, não houve diferença significativa nos resultados em um mesmo tipo
codificação ou de palavras. Houve mais respostas associadas ao lembrar na
codificação profunda (M:54%; DP:36) do que na superficial (M:23%; DP:18)
(t(20) =3,33; p<0,01). Na análise da atribuição da confiança na resposta,
Lembrar (M: 4,1; DP:1,3) e Saber (M: 3,1; DP:1,7) não diferiram
significativamente.
Conclusão:
Esses dados replicaram os achados da literatura com o paradigma lembrar-
saber em relação ao nível de processamento da codificação. O nível de
confiança indica que respostas lembrar não refletem apenas aquelas mais
confiantes. O melhor desempenho para palavras coesas foi condizente com a
literatura e não influenciou a experiência subjetiva.
Apoio Financeiro:
Gerado em: 2014-5-22 10:04:04
6.013 - CARACTERIZAÇÃO ELETROFISIOLÓGICA E
FARMACOLÓGICA DAS FIBRAS MIELINIZADAS DO TIPO A E
NÃO MIELINIZADAS DO NERVO VAGO DE RATOS.
Silva-Sampaio, T., Nunes-Guimaraes, M. V., Silva-Alves, K. S. ,
Albuquerque, A. A. C. , Ferreira-da-Silva, F. W. , Leal-Cardoso, J. H.,
Centro de Ciências da Saúde - UECE
Introdução:
O nervo vago(NV) é considerado o maior nervo autonômico do corpo e
estudos recentes o apontam como sendo alvo para o entendimento de
patologias do sistema nervoso autonômico. Uma maneira eficiente de estudar
o funcionamento dos nervos é registrar o potencial de ação composto(PAC),
que representa o somatório dos potenciais de ação de cada fibra do
nervo.Embora existam estudos sobre o PAC de troncos nervosos, como o
nervo ciático, para o NV existem poucos relatos que caracterizem essa forma
de registro.
Objetivos:
Assim, esse trabalho objetivou caracterizar eletrofisiológica e
farmacologicamente as fibras do NV de ratos.
Métodos:
12777143-3 CEUA/UECE NV’s de ratos e ratas Wistar, idade 8-10 semanas e
massa 170-220g, foram dissecados, acondicionados em uma câmara de
registro e nutridos por solução de Locke.Em uma extremidade, o NV era
estimulado e na outra era obtida a resposta do PAC. Para as fibras
mielinizadas do tipo A, utilizou-se um pulso de 40V e 0,1ms, enquanto para
fibras do tipo C, o pulso foi de 60V e 1,5ms.Os sinais obtidos foram
monitorados em osciloscópio e os dados armazenados em computador.Para
comprovar a veracidade do PAC, os NV’s foram expostos à solução isotônica
ØNa+ e soluções hipertônicas com altas concentrações de K+ (20, 40 e 60
mM). Para os estudos farmacológicos, utilizou-se a tetrodotoxina (TTX, 1 e 3
μM), lidocaína (1, 3 e 10 mM) e capsaicina (10 mM). Os dados estão
expressos como média ±E.P.M e o número de experimentos entre parênteses.
Todos os procedimentos foram aprovados pelo CEUA-UECE sob o número
12777143-3.
Resultados:
O registro do PAC da fibra C mostrou três ondas, denominadas de 1ª, 2ª e 3ª
componente C, enquanto a fibra A mostrou uma componente denominada 1ª
componente A. As amplitudes da 1ª, 2ª e 3ª componente C do PAC foram
1,47±0,16; 1,75±0,23 e 0,60±0,06mV(25) enquanto as velocidades de
condução foram 1,36±0,05; 0,59±0,02 e 0,28±7,24 m/s(22).Para a fibra A, a
amplitude e velocidade de condução foram 0,58±0,09mV e 7,41±0,71m/s(20).
Ao administrar a solução ØNa+ à câmara de registro, o PAC de ambas as
fibras foram bloqueadas.Nos experimentos com solução hipertônica de K+, as
amplitudes das fibras A e C foram reduzidas de forma dependente de
concentração, e na solução de K+ 60mM a 2ª e 3ª componentes C foram
totalmente bloqueadas, enquanto a 1ª componente das fibras C e A sofreram
redução para 48,33±1,88% e 20,44±5,16%(4) do valor controle.Os efeitos
sobre as componentes das fibras A e C quando expostas à TTX e lidocaína
também foram dependentes de concentração. 3µM de TTX bloqueou
completamente a amplitude da 2ª e 3ª componente C e 25%(5) da 1ª
componente.Lidocaína 10mM bloqueou totalmente a amplitude da 3ª
componente C e reduziu a 1ª e 2ª componente para 85,25±9,36 e
27,48±13,43%(4)do valor controle. Já para fibra A, a amplitude da 1ª
componente foi reduzida para 28,45±4,83%(4).A capsaicina 10mM(3)
bloqueou completamente todas as componentes das fibras C.Os efeitos de
bloqueio das soluções ØNa+, hipertônica de K+ e dos fármacos foram
revertidos quando o nervo foi novamente exposto à solução de Locke.
Conclusão:
Os resultados mostram que os estímulos utilizados deflagram respostas de 3
componentes C e 1 componente A das fibras do NV e que esses componentes,
dada a velocidade de condução, correspondem a fibras não mielinizadas e
mielinizadas, respectivamente.As fibras não mielinizadas foram mais
sensíveis ao bloqueio com solução hipertônica de K+ e com os fármacos, e
seus efeitos foram dependentes de concentração.
Apoio Financeiro:
CAPES, CNPq, FUNCAP, UECE.
Gerado em: 2014-5-22 10:04:04
6.014 - CARACTERIZAÇÃO DOS NÚCLEOS DA RAFE DO
MORCEGO Artibeus planirostris
Leite, M. D. , Santana, M. A. D. , Barros, M. A. S. , Cavalcante, J. C. ,
Costa, M. S. M. O. , Nascimento Junior, E. S.,
Departamento de Morfologia - UFRN
Introdução:
A serotonina ou 5-hidroxitriptamina (5-HT) é uma substância encontrada em
muitos tecidos do organismo, inclusive no sistema nervoso atuando como
neurotransmissor. Dentro do neuro-eixo, a localização da maioria dos
neurônios 5-HT se sobrepõe com os núcleos da rafe do tronco encefálico, na
linha média ou em suas proximidades, de tal maneira que a 5-HT neuronal
pode ser considerada um marcador dos núcleos da rafe. Os neurônios
serotonérgicos projetam-se para praticamente todas as áreas do cérebro.
Estudos mostram a participação da serotonina na regulação da temperatura,
comportamento alimentar, comportamento sexual, ritmos biológicos, sono,
função locomotora, regulação da nocicepção, aprendizagem, entre outras. A
anatomia destes grupos foi revisada em muitas espécies, inclusive em rato,
coelho, gato e primatas.
Objetivos:
Este trabalho teve como objetivo caracterizar os núcleos da rafe no morcego
Artibeus planirostris, através de imunoistoquímica para serotonina.
Métodos:
O presente trabalho está isento de aprovação do CEUA (Parecer de Isenção
CEUA Nº 001/2014) uma vez que os sujeitos utilizados foram obtidos através
de outro projeto, previamente autorizado pelo comitê local (Protocolo CEUA
Nº 09/2012). Cinco morcegos machos adultos da espécie Artibeus
planirostris (Microchiroptera, Mammalia) foram utilizados nesse estudo
(Autorização SISBIO Nº 25233-2). Os animais foram anestesiados,
perfundidos por via transcardíaca e tiveram seus encéfalos removidos.
Secções coronais do encéfalo congelado dos morcegos foram obtidos em
micrótomo de deslizamento e submetidos a reação imunoistoquímica para 5-
HT.
Resultados:
Delimitamos os núcleos linear caudal (CLi), dorsal (DR), mediano (MnR),
paramediano (PMnR), pontino (PnR), magno (MgR), pálido (RPa) e obscuro
(Rob) da rafe, além dos grupamentos B9 e ventrolaterais (VL) rostral e
caudal.
Conclusão:
Os núcleos da rafe nesta espécie de quiróptero apresentam morfometria e
citoarquitetura relativamente semelhante ao descrito em roedores e primatas,
confirmando a estabilidade filogenética desses grupamentos celulares.
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, FAPERN, PROPESQ
Gerado em: 2014-5-22 10:04:04
6.015 - PROJEÇÃO RETINIANA E NEUROQUÍMICA DA ZONA
INCERTA DO MOCÓ (Kerodon rupestris)
Costa, M. S. M. O. , Cavalcante, J. C. , Morais, P. L. A. G. , Cavalcante,
J. S. , Junior, E. S. N. ,
Departamento de Morfologia - UFRN
Introdução:
INTRODUÇÃO - A Zona Incerta (ZI) é um grupamento neuronal
embriologicamente derivado do tálamo ventral, em continuidade com o núcleo
reticular do tálamo. Diversos estudos com traçadores retrógrados e
anterógrados revelaram a conexão da ZI com diversas estruturas do sistema
nervoso central. Dados moleculares e citoquímicos revelaram que a ZI é um
dos grupamentos neuronais com maior diversidade neuroquímica e
citoarquitetônica do diencéfalo, e estudos hodológicos e neuroquímicos
permitiram considerar o envolvimento da ZI em diversas funções, as quais se
destacam a nocicepção, atenção, estado de alerta, controle e manutenção da
postura e controle da atividade visceral.
Objetivos:
Este trabalho tem por objetivo caracterizar o conteúdo neuroquímico da ZI do
mocó (Kerodon rupestris), bem como a aferência óptica presente neste núcleo
nesta espécie.
Métodos:
Protocolo 015/2009 e a coleta animal devidamente autorizada pelo IBAMA,
SISBIO nº 22403-1, METODOLOGIA: Foram utilizados quatro mocós
machos de idade adulta, submetidos a perfusão transcardiaca, e os encéfalos
removidos para posterior microtomia. Foram obtidas secções de 30 µm
distribuídas em seis compartimentos, processados para revelação do padrão de
Sintetase do óxido nítrico (NOS); tirosina hidroxilase (TH) GABA;
Subunidade b da toxina colérica (CTb), em seguida montadas em lâminas
histológicas e analisadas no microscópio, onde obtivemos fotomicrografias. A
utilização dos mocós nesse trabalho foi devidamente aprovado pelo Comitê de
Ética do Uso de Animais (CEUA) da UFRN, protocolos 015/2009 e 041/2009.
Resultados:
RESULTADOS: A ZIc recebe projeção da retina contralateral, apresentando
fibras Classe II ou “modulator”, sugerindo um caráter modulatório da
informação fótica; A ZI do mocó, assim como em outros roedores e primatas,
é caracterizada por uma complexa rede neuroquímica. Células IR-GABA
estão presentes em todas as subdivisões da ZI, apresentando formato
alongado, apresentando importante função na motricidade. A IR-TH foi
positiva na ZIr, apresentando formato triangular e desempenhando um
relevante papel no controle endócrino e na ingestão hídrica e alimentar. A IR-
NOS foi detectada na ZIr, ZIv e ZIc, com pequenos neurônios ovalados.
Estudos sugerem que o NO modula a transmissão dopaminérgica, auxiliando
assim os neurônios IR-TH a desempenhar suas funções.
Conclusão:
CONCLUSÕES: Esses dados demonstram a grande riqueza neuroquímica da
ZI do mocó, auxiliando para explicar o envolvimento em um amplo repertorio
funcional.
Apoio Financeiro:
APOIO FINANCEIRO: Capes, CNPq e PROPESQ.
Gerado em: 2014-5-22 10:04:04
6.016 - EFEITOS DE CITALOPRAM E BROMAZEPAM NO VALOR
REFORÇADOR DE UM REFORÇO CONDICIONADO
Knaus, Y. C. , Garcia-mijares, M. ,
Psicologia Experimental - USP
Introdução:
Existem muitas lacunas no conhecimento de como drogas utilizadas como
antidepressivos ou ansiolíticos afetam os processos básicos do
comportamento. Um exemplo é a falta de informação de como tais drogas
afetam diferentes dimensões na relação de organismos com os ditos
reforçadores condicionados (Sr). As drogas escolhidas para o estudo,
Citalopram - um Inibidor Seletivo de Recaptação de Serotonina - e
Bromazepam - um agonista GABA -, são usadas na clínica para o tratamento
de vários transtornos comportamentais, especialmente quadros depressivos
e/ou ansiosos. Entretanto, não há nenhuma pesquisa que avalie seu efeito
sobre Srs, que são um dos focos de atenção na intervenção comportamental
desses transtornos. Para esta investigação foi utilizado o paradigma de que o
custo de resposta - ou seja, a exigência para a obtenção de um estímulo - está
positivamente relacionada com o valor reforçador desse mesmo estímulo.
Objetivos:
Investigar possíveis efeitos de Citalopram e Bromazepam sobre o valor
reforçador de Srs.
Métodos:
CEPA 008.2013 20 rattus norvegicus da cepa Wistar, fêmeas (9 m, 300 grs).
Como reforçador primário foi utilizada uma solução de açúcar dissolvida em
água na concentração 10%. Como Sr foi apresentado um estímulo luminoso.
Ambos os estímulos foram fornecidos em função de pressões à barra sob um
esquema de razão progressiva. O experimento foi constituído de 4 fases: (1)
Razão Progressiva - Linha de base, (2) Razão Progressiva - Administração das
drogas, (3) Extinção do Reforçador Primário, (4) Extinção do Reforçador
Secundário. A partir da fase 2 os animais foram alocados em 4 grupos:
Bromazepam, Citalopram,Citalopram+bromazepam e Salina. As drogas
foram administradas por via intraperitoneal uma hora antes do início das
sessões das fases 2 a 4, nas doses: Citalopram, 10 mg/kg e Bromazepam, 1
mg/kg. A frequência de respostas e break-points (BPs) foram analisados por
inspeção da curvas de aprendizagem obtidas em todas as sessões. A
comparação entre os BPs obtidos em sessões críticas foi realiza por um Type-
Anova misto.
Resultados:
Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos nem
interação nos efeitos agudos e crônicos das drogas em nenhuma das
comparações realizadas. Houve, entretanto, diferenças significativa entre os
últimos dias da Fase 2 e o primeiro da Fase 3 (QA=45,792, gl.=1,00, p=0,00)
indicando diminuição das respostas em função do tempo . A análise das
curvas individuais revelou diferenças claras entre o grupo salina e os grupos
que receberam citalopram na Fase 3, indicando que a administração dessa
droga sozinha ou junto ao bromazepam acelerou a extinção da resposta
mantida por Srs.
Conclusão:
Embora não tenha havido diferenças estatísticas entre os grupos, foi evidente
o efeito da administração crônica de Citalopram sobre o valor reforçador do Sr
nas curvas de aprendizagem. A ausência de significância estatística deve ser
vista com cautela pois pode se dever ao baixo n da amostra. É de interesse que
esse estudo seja refeito com um maior n.
Apoio Financeiro:
A pesquisa foi conduzida com apoio da CNPq em forma de bolsa de mestrado.
Gerado em: 2014-5-22 10:04:04
6.017 - EFEITOS DA ADMINISTRAÇÃO ORAL DO SUMO DE
SPONDIAS SP. NA RESPOSTA ANTINOCICEPTIVA DE
CAMUNDONGOS
Freitas, G. A. , Fônseca, D. V. , Oliveira, K. H. D. , Luna, V. R. , Lima, E.
Q. , Pordeus, L. C. M. ,
Departamento de psicologia - UFPB Departamento de fisiologia e
patologia - UFPB Unidade Acadêmica de Ciências Biológicas - UFCG
Departamento de Farmácia - UFPB Departamento de Nutrição - UFPB
Introdução:
A dor é funcionalmente debilitante, e a prevenção e tratamento da dor de
forma segura e eficaz ainda é um desafio, que consiste em uma importante
meta a ser alcançada. Plantas do gênero Spondias, pertencentes à família
Anacardiaceae, apresentam frutas, de sabor exótico e qualidade nutricional,
que são bastante apreciadas para o consumo in natura. Uma ação sedativa e
antipsicótica foi descrita para o extrato das folhas de S. mombin. Entretanto, a
atividade antinociceptiva de Spondias sp. ainda permanece indeterminada.
Objetivos:
Avaliar uma possível ação antinociceptiva de Spondias sp., em roedores.
Métodos:
0112/12 Camundongos Swiss (Mus musculus), machos, com
aproximadamente 60 dias, pesando em média 34g, foram alocados em
diferentes grupos (n= 6), e mantidos sob condições padrões. Os animais
receberam água e ração ad libitum, e foram tratados por via oral durante 30
dias, de acordo com o protocolo experimental: grupo controle (água:
1mL/100g de peso do animal), PEC (pectina: 100mg/Kg de peso do animal,
diluída em água (1 mL/100g de peso do animal) e cremofor 2,5%), CAJ I
(Sumo: 1mL/100g de peso do animal) e CAJ II (Sumo: 2mL/100g de peso do
animal). Para avaliar a atividade antinociceptiva foi realizado o teste de
contorções abdominais induzidas por ácido acético. Este modelo consiste em
um teste pouco preditivo, porém é muito sensível, e deste modo, útil para o
rastreio inicial de propriedades farmacodinâmicas de substâncias
potencialmente analgésicas. Vinte e quatro horas após o fim do tratamento,
uma solução de ácido acético (0,85%) foi injetada por via intraperitoneal, e o
animal foi colocado individualmente em uma caixa de observação. O período
de latência para a primeira contorção abdominal, e o número de contorções
abdominais seguidas de extensões dos membros posteriores ocorridas entre o
período compreendido entre cinco e vinte minutos foram registrados. O
trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB
sob protocolo número 0112/12. Os dados foram analisados por GraphPad
Prism 6, através do teste de KrusKal-Wallis, seguido de Dunns, e estão
expressos em mediana e intervalo interquartílico. Foram considerados os
valores significantes estatisticamente para o p <0,05.
Resultados:
Os animais tratados com sumo de Spondias sp., no volume de 1mL/100g de
peso do animal, v.o. (CAJ I) reduziu o número de contorções abdominais
induzidas por ácido acético (17; 10,25-23), em comparação ao grupo controle
(29,50; 27-38,5). Entretanto, a latência para a primeira contorção abdominal
não diferiu entre os grupos. Nenhum efeito foi observado para os grupos CAJ
II e PEC.
Conclusão:
Spondias sp. demonstrou potencial antinociceptivo, em modelo animal de dor,
diferindo os seus efeitos de acordo com a dose utilizada.
Apoio Financeiro:
CAPES.
Gerado em: 2014-5-22 10:04:04
6.018 - Mapeamento das limitações da Análise de Componentes
Principais como método de detecção de Assembleias Neurais
Deolindo, C. S. , Kunicki, A. C. B. , Brasil, F. L. , Moioli, R. C. ,
Pós Graduação em Neuroengenharia - IINN-ELS
Introdução:
A caracterização anatômica e funcional de assembleias neurais (AN) é um dos
principais desafios da neurociência. Um método muito utilizado para sua
detecção é a Análise de Componentes Principais (ACP), em que
tradicionalmente se consideram apenas interações excitatórias entre neurônios.
Este trabalho complementa esses estudos e analisa o desempenho da ACP em
dois cenários pouco explorados: assembleias contendo padrões de interação
neural 1) inibitórios e 2) com atrasos. Esta análise é relevante, pois há
evidências de que neurônios participam de múltiplas assembleias com padrões
de interação excitatórios, inibitórios, e com atraso.
Objetivos:
Mapear as limitações da ACP na detecção de AN.
Métodos:
0948/09 Simulamos em computador a atividade elétrica de 20 neurônios
através de dois métodos biologicamente plausíveis, com estatísticas definidas
por disparos de neurônios do córtex motor primário de ratos Wistar (Comissão
de Ética e Pesquisa do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo CAPPesq 0948/09). No primeiro método, os
disparos seguiram uma distribuição de Poisson com média 5,12 disparos/s. As
AN foram determinadas modificando-se, para mais ou para menos, a taxa de
disparos em 300 instantes aleatórios na janela de tempo (J. Neurosci.
Methods, 220:149, 2013). No segundo método, valores de covariância cruzada
não nulos definiram a constituição das AN (Neural Comput., 21(2):397,
2009). Eram membros da AN neurônios cujos autovalores desta matriz
possuíssem módulo superior a 0,2. Ambos os métodos foram testados em 3
categorias de AN: disjuntas; com ao menos um neurônio disjunto; e sem
neurônios disjuntos. Por fim, determinou-se a eficácia da ACP na distinção
dessas AN tendo como hipótese nula a distribuição de Marcenko-Pastur.
Resultados:
No primeiro método, tanto para AN especificadas por um aumento nos
disparos síncronos de seus membros como para inibições seletivas, a ACP é
capaz de identificar o número de AN e seus elementos apenas para
assembleias disjuntas. Ao variarmos gradativamente (passo de 1%) a taxa dos
disparos simultâneos até 95% para cima e para baixo em relação à taxa basal,
o número de AN e seus elementos detectados corretamente é de
IC95%(18,6±0,8)%. Para taxas de disparo com mais de 50% de diferença em
relação à taxa basal o desempenho aumenta para IC95%(70,7±1,8)%.
Neurônios com atrasos de fase maiores do que uma janela de tempo não são
detectados como parte da AN. No segundo método, para AN disjuntas e com
interações de co-ativação, a ACP obtém (95,12±3,7)% de acerto se o modulo
da correlação cruzada entre neurônios da AN for superior a 0,1. Quando
interações inibitórias são inseridas, o módulo dos autovalores diminui e
produz falsos negativos. Por fim, a ACP não foi capaz de determinar as AN
que compartilham neurônios.
Conclusão:
A ACP apresenta limitações para identificar AN nos casos com atrasos
(Poisson). Ainda, nota-se que a distribuição estatística dos disparos também
influi no desempenho da ferramenta. Portanto, são necessários métodos
alternativos à ACP tradicional.
Apoio Financeiro:
AASDAP, CAPES, FINEP, INCEMAQ (Programa INCTs do CNPq/MCT),
FAPERN
Gerado em: 2014-5-22 10:04:04
6.019 - ANÁLISE DE PARÂMETROS ACÚSTICOS DE
VOCALIZAÇÕES DE SAGUIS COMUNS (Callithrix jacchus)
Ribeiro, M. W. , Moioli, R. C. , Brasil, F. L. , Fuentes, R. , Araújo, M. F.
P. ,
Pós-Graduação em Neuroengenharia - IINN-ELS
Introdução:
Vocalizações de saguis comuns são estímulos complexos, e determinar quais
das suas propriedades acústicas evocam as respostas neurais registradas e
quais parâmetros são necessários para a sua discriminação e categorização é
desafiador. Para contornar tais limitações, foram elaborados modelos
computacionais, denominados vocalizações virtuais, para quatro de seus
chamados a partir da extração de parâmetros acústicos das vocalizações de 8
indivíduos (J. Neurophysiol. 95: 1244, 2006). É possível, no entanto, existir
uma variação intraespecífica desses chamados. Nesse caso, os parâmetros
utilizados nas vocalizações virtuais podem ser representativos do grupo
estudado, mas não da espécie. Portanto, para que esse modelo possa ser
amplamente utilizado em estudos de neurofisiologia em saguis, é necessário
verificar se os parâmetros acústicos estão dentro da variação natural que
ocorre em diferentes grupos dessa espécie.
Objetivos:
Comparar os parâmetros acústicos utilizados no modelo de vocalizações
virtuais com os das vocalizações produzidas por saguis mantidos em cativeiro
no Centro de Pesquisa de Macaíba do Instituto Internacional de Neurociências
de Natal - Edmond e Lily Safra (IINN-ELS).
Métodos:
03/2013 Todos os procedimentos foram aprovados pela Comissão de Ética no
Uso de Animais da Associação Alberto Santos Dumont de Apoio a Pesquisa
(Protocolo 03/2013). As vocalizações espontâneas dos animais mantidos no
IINN-ELS foram gravadas durante um mês. Para tanto, foi utilizado um
microfone (K6, Senheiser) conectado a um pré-amplificador (4x4 Mobile
USB Audio/Midi, M-Audio). O sinal captado foi gravado utilizando-se o
software Fast Track Pro (M-Audio). As gravações foram analisadas com
auxílio do software XBAT v7 (Cornell Lab. Of Ornithology). Todos os
espectrogramas característicos das vocalizações “phee” e “trill” foram
isolados. Para cada chamado, foram extraídos e analisados a duração,
frequência central (fc) e, apenas para os “trills”, a modulação ao redor da
frequência central. O teste t de Student foi usado para comparar os dados
obtidos aos utilizados no modelo de vocalizações virtuais.
Resultados:
A análise das 20h de gravação resultou em 46 “trills” e 48 “phees” que não
apresentavam interferências de outras vocalizações, grandes ruídos, ou
atenuação inferior a 35dB. A comparação dos parâmetros do “trill” e “phee”
indicou diferenças significativas entre os dados obtidos e os utilizados no
modelo de vocalizações virtuais. Especificamente, foram encontradas
diferenças na duração [t(113) = 2,03; p ≤ 0,05], na fc [t(1044) = 4,47; p ≤
0,05], e na modulação [t(260) = 8,38; p ≤ 0,05] dos “trills”. Além disso, foram
encontradas diferenças na fc [t(1550) = 8,25; p ≤ 0,05] dos “phees”. Pro outro
lado, não foram obtidas diferenças significativas na duração dos “phees”
[t(49) = 0,25; p > 0,05].
Conclusão:
Os parâmetros acústicos dos “phees” e “trills” emitidos pelos saguis do IINN-
ELS diferem dos utilizados no modelo de vocalizações virtuais. Um ajuste dos
parâmetros do modelo é, portanto, necessário para que vocalizações virtuais
possam ser utilizadas em estudos de neurofisiologia com esses animais.
Apoio Financeiro:
AASDAP, FINEP, INCEMAQ (Programa INCTs do CNPq/MCT), FAPERN,
CAPES.
Gerado em: 2014-5-22 10:04:04
6.020 - Papel do receptor NMDA na consolidação e evocação da memória
do tipo episódica em ratos Wistar
Souza, I. B. M. B. , Barreto, D. D. C. C. S. , Golzio, R. A. , Lucena, J. D. ,
Neves, L. R. , Medeiros, P. H. S. , Barbosa, F. F. ,
Departamento de Psicologia - UFPB
Introdução:
Memória episódica é um subtipo específico da memória, responsável por
codificar eventos temporal e espacialmente, refletindo a capacidade de
recordar o que, onde e quando um evento específico aconteceu de forma
integrada. Atualmente, papel do glutamato nos processos de memória tem se
mostrado bastante importante, e existe uma forte evidência do envolvimento
dos receptores NMDA na memória e aprendizagem.
Objetivos:
O estudo buscou avaliar os mecanismos neurais da memória episódica através
de um antagonista do receptor NMDA, o MK-801, em ratos Wistar na tarefa
de memória similar à episódica.
Métodos:
Protocolo: 0412/12 A tarefa é composta inicialmente de dois treinos, cada
treino dura cinco minutos com intervalo de uma hora entre eles. Na primeira
sessão, quatro objetos idênticos (A) são dispostos no campo aberto e, na
segunda sessão de treino outros quatro objetos (B) são apresentados no
campo. Na etapa do teste, realizada 1 hora após o segundo treino, são
apresentados quatro objetos, sendo dois recentes (B) e dois antigos (A), dois
deslocados (A2 e B2) e dois estacionários (A1 e B1). Foram utilizados no total
42 ratos Wistar machos, sendo 18 animais no grupo controle, 12 animais no
grupo salina (salina administrada via i.p. pós-treino) e 12 animais no grupo
experimental (0,1 mg/kg de MK-801 administrado via i.p. pós-treino). Todos
os procedimentos foram submetidos ao comitê de ética da UFPB (Protocolo:
0412/12). As respostas comportamentais foram avaliadas pelo tempo de
exploração dos objetos. Após o teste de normalidade, foi realizada uma
análise paramétrica dos dados utilizando média e desvio padrão para a taxa de
exploração dos objetos antigos (fixo e deslocado) e recentes (fixo e
deslocado).
Resultados:
Para o grupo controle, nos cinco minutos de teste, o teste t-student pareado
mostrou diferença significativa na taxa de exploração entre os objetos antigos
(A1 > A2) [p=0,025] e uma tendência na taxa de exploração entre os objetos
recentes (B1 < B2) [p=0,071]. O grupo salina não apresentou diferença
estatisticamente significativa na taxa de exploração entre os objetos antigos
[p=0,118], mostrando essa diferença apenas entre os objetos recentes (B1 <
B2) [p=0,034]. Já a taxa de exploração dos objetos para grupo experimental
apresentou diferenças estatisticamente significativas tanto para os objetos
antigos (A1 > A2) [p=0,012], como para os recentes (B1 > B2)[p=0,015].
Conclusão:
Os animais foram capazes de evocar os três elementos da memória episódica,
entretanto, o estresse causado pela administração da salina pode ter
influenciado na integração desses três elementos e, por isso, o padrão
apresentado no grupo controle não se manteve para o grupo salina. Já o grupo
experimental, por apresentar diferenças nas taxas de exploração entre os
objetos antigos e recentes, deslocados e não deslocados, teve um prejuízo na
consolidação/evocação da memória episódica, caracterizada pela
administração do antagonista do receptor NMDA, o MK-801.
Apoio Financeiro:
CNPq; UFPB
Gerado em: 2014-5-22 10:04:04
6.021 - O núcleo do trato solitário, a nocicepção e anestesia: uma
avaliação por estimulação de Fos.
Soares, J. G. , Oliveira, K. C. , Morais, P. L. A. G. , Silva, K. D. A. ,
Cavalcante, J. S. , Cavalcante, J. C. , Costa, M. S. M. O. , Santana, M. A.
D. , Nascimento Jr, E. S.,
Morfologia - UFRN
Introdução:
A identificação e localização dos alvos nociceptivos, bem como o
desenvolvimento e compreensão de terapêuticas que modulem esses alvos é
de suma importância para compreender a interação entre os órgãos viscerais e
o processamento sensorial. Sabe-se que, após a aplicação de um estímulo, a
ativação neuronal resultante gera a expressão de genes específicos que
determinarão o início de eventos bioquímicos. Esses genes são divididos em
dois grupos, sendo um de resposta precoce e outro de resposta tardia. O
primeiro é o mais estudado e a proteína resultante de sua expressão (proteína
Fos) possui 380 aminoácidos, sempre sendo encontrada no interior da célula,
onde, na ausência de estímulos, permanece em níveis basais muito baixos.
Objetivos:
Identificar o núcleo do trato solitário como um grupamento nociceptivo
visceral e ver sua resposta frente a agentes anestésicos.
Métodos:
030/2011 No presente trabalho foram utilizados dez ratos Wistar adultos
jovens, que foram divididos em dois grupos, o primeiro composto por cinco
animais receberam uma dose de 0,6ml de ácido acético 5% para cada 100
gramas de peso vivo, por via intraperitoneal (procedimento aprovado pelo
CEUA-UFRN, protocolo nº 030/2011). O segundo de igual número foi
anestesiado com uma mistura de Ketamina e Xilasina e, após entrar no plano
anestésico, passaram pelo mesmo procedimento do grupo controle. Após 90
minutos, tempo esse reconhecido por ser o ideal para o pico máximo da
expressão de Fos, foi realizado a anestesia geral de todos os animais
utilizando quetamina, xilasina, diazepam e tramadol por via intramuscular,
uma vez atingido o plano anestésico (cerca de 5 a 10 minutos após a aplicação
das drogas) foi realizado a perfusão transcardíaca. Depois de fixados os
encéfalos foram cortados em micrótomo de deslizamento na espessura de
30μm. Em seguida foi realizada a imunoistoquímica para revelação da Fos.
Resultados:
Pode-se observar que houve uma grande marcação de Fos em toda extensão
do núcleo do trato solitário no grupo controle. Já no grupo anestesiado com a
combinação de ketamina + xilasina não houve marcação de Fos.
Conclusão:
Os achados indicam que, apesar do núcleo do trato solitário estar envolvido
em várias funções orgânicas, o presente trabalho aponta esse núcleo com forte
evidência na participação do processo de retransmissão da nocicepção
peritoneal. E que a combinação dessas drogas é indicada na supressão de
neurônios desse núcleo em questão.
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, FINEP, PROPESQ-UFRN, FAPERN
Gerado em: 2014-5-22 10:04:04
6.022 - ANÁLISE DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA AGUDA APÓS
IMPLANTE DE MICROELETRODOS EM SAGUI (Callithrix jacchus)
Costa, K. B. , Cavalcanti, P. , Freire, M. , Fuentes, R. , Araújo, M. F. P. ,
PPG Neuroengenharia - AASDAP CPN - AASDAP
Introdução:
O implante de microeletrodos no cérebro de animais é uma técnica bastante
difundida em estudos de neurofisiologia, pois permite o registro simultâneo,
inclusive em diferentes áreas cerebrais, de populações de neurônios. Essa
técnica pode, também, vir a ser utilizada no desenvolvimento de neuropróteses
em seres humanos. No entanto, por ser um procedimento invasivo, o implante
de microeletrodos pode causar alterações indesejáveis no tecido cerebral. Tais
alterações, além de comprometerem a qualidade da captação do sinal neural,
podem promover a degeneração tecidual. Nesse sentido, tem-se procurado
cada vez mais conhecer e caracterizar as alterações teciduais que ocorrem a
curto, médio e longo prazo após o implante de diferentes tipos de
microeletrodos. Neste trabalho, avaliamos a resposta inflamatória aguda após
implante de microeletrodos de tungstênio no estriado de um sagui através da
análise da imunorreatividade astrocitária à proteína glial fibrilar ácida (GFAP)
e da imunorreatividade macrofágica ao ED-1 em secções do cérebro do
animal.
Objetivos:
Caracterizar a resposta inflamatória aguda no estriado de um sagui (Callithrix
jacchus) 3 dias após o implante de microeletrodos de tungstênio nessa região.
Métodos:
Protocolo 11/2011 CEUA-AASDAP Um sagui macho adulto pesando 400 g,
mantido em cativeiro no Centro de Pesquisa de Macaíba do Instituto
Internacional de Neurociências de Natal - Edmond e Lily Safra, foi usado
neste estudo. Todos os procedimentos foram aprovados pela Comissão de
Ética no Uso de Animais da AASDAP (Protocolo 11/2011). Uma matriz com
32 eletrodos foi implantada no córtex motor primário e no estriado de cada
hemisfério cerebral do animal. Três dias após o implante, seu cérebro foi
coletado e processado para avaliação imunohistoquímica (GFAP e ED1) do
padrão de inflamação do tecido. Para cada marcador, foram analisadas 3
secções nas quais os rastros dos eletrodos podiam ser facilmente identificados.
Nas secções marcadas com ED-1, o número total de macrófagos ao redor dos
rastros e em regiões sem rastro foi determinado. Além disso, foi feita uma
análise qualitativa da morfologia dos astrócitos marcados por GFAP nas áreas
com e sem rastros de eletrodos.
Resultados:
A análise das secções marcadas com ED-1 revelou a presença de um pequeno
número de macrófagos (0,62/10000µm² ± 0,15) nos rastros dos implantes.
Não foram encontrados macrófagos em regiões sem contato direto com os
microeletrodos. Do mesmo modo, nas secções marcadas com GFAP,
astrócitos ativados, caracterizados por corpos celulares hipertróficos e
processos curtos, foram observados apenas redor dos rastros. No restante do
tecido, todos os astrócitos apresentaram uma morfologia não ativada (corpos
celulares não hipertróficos e processos alongados).
Conclusão:
A reatividade glial aguda ao implante de microeletrodos foi relativamente
pequena e localizada, caracterizada pela presença de macrófagos e astrócitos
ativados apenas no tecido adjacente aos implantes.Esses resultados indicam
que microeletrodos de tungstênio, a curto prazo, não provocam uma resposta
inflamatória substancial nas regiões de implantes no cérebro de saguis.
Apoio Financeiro:
AASDAP, FINEP, INCEMAQ (Programa INCTs do CNPq/MCT), FAPERN
Gerado em: 2014-5-22 10:04:04
6.023 - Construção e validação de um banco nacional de expressões
faciais
Rodrigues, M. R. , Leime, J. L. , Batista, N. S. , Alves, N. T. ,
Psicologia - UFPB
Introdução:
A percepção de expressões faciais tem um papel essencial nas relações
interpessoais, sendo sugerido por alguns estudos que o reconhecimento pode
variar de cultura para cultura e algumas críticas têm sido feitas em relação à
utilização de estímulos estrangeiros.
Objetivos:
O presente estudo teve como objetivo a construção e validação de um
conjunto de expressões faciais de brasileiros.
Métodos:
A pesquisa foi dividida em dois subprojetos: de composição e validação. Para
a fase de composição, 15 atores, sendo nove homens e seis mulheres, com
idades entre 18 e 30 anos (M=24 anos) foram selecionados. Estes
participantes foram instruídos a treinarem as seis expressões faciais por 1 hora
antes do início da sessão de fotos. Durante o processo de coleta das
fotografias, uma câmera Canon EOS Rebel T3i foi posicionada em um tripé e
a iluminação foi feita com um flash do tipo Nissin Mark II Di 866. Após este
ensaio, os participantes foram fotografados ao evocar cada emoção do modo
mais natural possível. O processo resultou em 173 fotografias: 15 modelos (09
homens e 06 mulheres) com as 7 expressões básicas (alegria, tristeza, medo,
raiva, surpresa, nojo e neutra). Para a fase de validação, 35 estudantes
universitários, sendo 16 homens e 19 mulheres com idades entre 18 e 30 anos
(M=24 anos) foram solicitados a sentar-se em frente ao computador e
receberam as instruções. O software Superlab 2.0 foi usado no controle da
apresentação dos estímulos e coleta das respostas dos participantes. Cada face
foi apresentada na tela do computador em conjunto com sete possíveis opções
de resposta, o participante deveria indicar no teclado numérico a expressão
reconhecida.
Resultados:
Para a análise dos dados foram calculadas as frequências de respostas das
emoções atribuídas e para avaliar a sensibilidade na discriminação das
emoções foi calculado o d’ (d’=Z(frequência de acerto) – Z(frequência de
falso alarme). As expressões de alegria, raiva, surpresa, nojo, tristeza e a face
neutra apresentaram alta freqüência de reconhecimento, acima de 60% e bons
desempenhos de discriminação (d’ acima de 2,07). A expressão de alegria e a
face neutra tiveram melhores reconhecimentos, com taxas de 93,00% e
90,03%, com d’=3,650 e 3,415 respectivamente. A expressão de medo
apresentou baixo reconhecimento, com média de 53% e d’=0,893, sendo
confundida com a expressão de surpresa, 87,6%.
Conclusão:
Essa confusão na atribuição das expressões de medo e surpresa se encontra de
acordo com estudos anteriores que indicam semelhanças nas suas unidades de
ação muscular superiores. Em função dos bons resultados para a maioria das
expressões o banco de faces nacional é um instrumento útil para fins de
pesquisa e avaliação na área dos estudos das emoções.
Apoio Financeiro:
Apoio Financeiro: Este projeto conta com o financiamento do CNPq sob o
processo nº 479366/2011-0.
Gerado em: 2014-5-22 11:29:05
6.024 - AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA HÁPTICA PARA TAREFAS DE
RECORDAÇÃO LIVRE EM ADULTOS E IDOSOS.
Gadelha, M. J. N. , Silva, J. S. C. , Fernández-Calvo, B. , Viana, D. N. M.
, Silva, J. A. , Santos, N. A. ,
Psicologia - UFPB
Introdução:
A memória háptica tem sido pouco estudada no esquecimento de idosos
saudáveis quando comparada a memória visual e auditiva. Esse tipo de
memória envolve a exploração de objetos em 3 dimensões de forma ativa e
voluntária através da mãos (Front. Hum. Neurosci. 6:1, 2012).
Objetivos:
Comparar as taxas de esquecimento da informação processada na modalidade
háptica para tarefas de recordação livre após os intervalos de 1, 10 ou 20
minutos.
Métodos:
0338/2011 (CCS-UFPB). Participaram do estudo 36 pessoas, sendo 18 adultos
com idade entre 20 e 30 anos (23,39 ± 0,9) e 18 idosos a partir de 60 anos
(69,33 ± 1,67). Ambos os grupos tiveram equivalência razoável quanto a
distribuição do sexo, com 72,2% de mulheres e 27,8% de homens no grupo de
adultos, e 77,8% de mulheres e 22,2% de homens no grupo de idosos. Além
disso, não apresentavam demência (com pontuação ≥ 27 no Mini Exame do
Estado Mental) e tinham capacidade de leitura e escrita. Foram estabelecidos
6 grupos, compostos por 6 pessoas, considerando a idade e os intervalos de
tempo: GA-1 (Adultos - Recordação após 1 minuto); GA-10 (Adultos -
Recordação após 10 minutos); GA-20 (Adultos - Recordação após 20
minutos); GI-1 (Idosos - Recordação após 1 minuto); GI-10 (Idosos -
Recordação após 10 minutos); GI-20 (Recordação após 20 minutos). Para a
realização das tarefas de recordação foi utilizada uma caixa de madeira
estímulos hápticos, com 50cm de altura e 40 cm de comprimento, possuindo
duas aberturas frontais para as mãos com seguimentos até o interior da caixa,
e com abertura do lado oposto ao participante. Foram utilizados 45 objetos
divididos em 3 conjuntos de 15, distribuídos aleatoriamente e
contrabalanceados ao longo dos 3 intervalos de tempo, de forma que cada
participante teve acesso a conjuntos de estímulos diferentes ao longo das
condições experimentais. O procedimento consistiu em duas fases. Durante a
primeira fase, a pessoa era solicitada a colocar as duas mãos no interior da
caixa e fazer a exploração háptica dos 15 objetos, em que cada objeto
permanecia na mão do participante por 5 segundos. O intervalo entre a
apresentação de um estímulo e outro foi de 1 segundo. A segunda fase tratava-
se de uma tarefa de recordação livre, que ocorria após os intervalos de 1, 10
ou 20 minutos. Nesta fase, os participantes tinham que falar o mais rápido
possível o nome dos objetos que lembrava ter explorado. Os dados foram
agrupados a partir das médias da tarefa de recordação para os três diferentes
intervalos de tempo.
Resultados:
O teste Kruskal-Wallis não apresentou diferenças significantes (p >.05) para
as comparações entre as tarefas de recordação livre após os três intervalos de
tempo quando comparados dentro dos grupos, tanto para os adultos (23,39 ±
0,9, n = 18) como para os idosos (69,33 ± 1,67, n=18). Já o teste Mann-
Whitney U mostrou diferenças significantes (p < .05) quando comparadas as
taxas de recordação entre GA-10 (10 ± 0,5, n = 6) e GI-10 (7,67 ± 0,5, n = 6)
e entre GA-20 (M = 10,33 ± 0,67, n = 6) e GI-20 (7,2 ± 0,8, n = 6).
Conclusão:
Os resultados sugerem que ocorre pouca perda da informação quando
processada hapticamente após os intervalos de 1, 10 e 20 minutos, tanto para
adultos como para idosos. Além disso, os resultados apontam que a
recordação livre após intervalos de 10 e 20 minutos pode ser afetada pelo
envelhecimento.
Apoio Financeiro:
Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).
Gerado em: 2014-5-22 11:29:05
6.025 - UMA RESTRIÇÃO PROTEÍNA NO PERÍODO PERINATAL
INDUZ A PEROXIDAÇÃO LIPÍDICA NO TRONCO ENCEFÁLICO
DE RATOS MACHOS JOVENS.
Rodrigues, M. M. , Silva, S. C. A. , Santana, E. L. , Santana, D. F. , Costa,
B. L. S. A. , Lagranha, C. J. ,
Fisiologia e Farmacologia - UFPE Fisiologia e Farmacologia - UFPE
Introdução:
Estudos mostram que uma deficiência nutricional no período crítico do
desenvolvimento aumenta o risco de doenças metabólicas na vida adulta, entre
elas está a pressão arterial. Um possível mecanismo indutor é o aumento das
espécies reativas de oxigênio.
Objetivos:
Investigar se uma desnutrição proteica altera o estado redox no tronco
encefálico e para isso testamos a hipótese de que essa restrição é capaz de
aumentar a peroxidação lipídica no tronco encefalico de ratos machos.
Métodos:
23076.018417/2013-73 Utilizamos ratos Wistar machos jovens (N=3-4) (30
dias) dividido em grupo de controle (C) que receberam dieta normoproteíca
(17% caseína) e pesavam ~100g e grupo experimental (E) que receberam
dieta hipoproteíca (8% caseína) que pesavam ~70g desde o período do
acasalamento até a gestação e lactação. Os resultados são apresentados em
média ± desvio padrão da média. Do sistema antioxidante foi avaliado, através
da cinética enzimática, as enzimas Superóxido Dismutase (SOD), Catalase
(CAT), Glutationa Peroxidase (GPx) e os níveis de produção de
malondialdeído pelo método do TBARS e os níveis de Glutationa Reduzida
(GSH).
Resultados:
Os resultados obtidos mostraram que não houve alteração significativa a
atividade enzimática da SOD nos animais experimentais comparado aos
controles (C:14,0±5,4 versus E: 15,0±7,9 mmol/min/mg de proteína; p>0,05),
nem GPx (22,2±2,1 versus E: 21,1±0,2 U/mg de proteína; p>0,05) e CAT (C:
1,4±0,15 versus E: 2,1±1,1 U/mg de proteína; p>0,05). Em relação a produção
de malondialdeído, houve um aumento significativo no grupo experimental
em comparação com o grupo de controle (C:2,37±0,48 versus E: 3,45±0,36
n/mg de proteína; p<0,05) e não houve diferença nos níveis de GSH (C:
0,139±0,01 versus E: 0,137±0,018 n/mg de proteína; p>0,05).
Conclusão:
Nossos resultados preliminares sugerem que uma restrição dietética em
proteína no período crítico do desenvolvimento induz peroxidação lipídica nos
animais experimentais em comparação ao grupo de controle como foi
proposto inicialmente na nossa hipótese, muito embora não foi encontrado
alterações na atividade enzimática da SOD, GPx, Catalase assim como os
níveis de GSH.
Apoio Financeiro:
FACEPE
Gerado em: 2014-5-22 11:29:05
6.026 - Caracterização imunohistoquímica do modelo animal da doença
de Parkinson baseado na expressão de Alfa-sinucleína
Silva, J. N. , Brys, I. , Schneider, B. , Nicolelis, M. A. L. , Fuentes, R. ,
Psicobiologia - UFRN Pós Graduação em Neuroengenharia - IINN-ELS
Department of Psychology and Neuroscience - Duke University Educação
Física - UnP Institut des Neurosciences - EPFL
Introdução:
A Doença de Parkinson (DP) se caracteriza pela perda de neurônios
dopaminérgicos na via nigroestriatal e pela ocorrência de sintomas motores
debilitantes como tremor de repouso, acinesia, bradicinesia e alterações da
marcha. A proteína alfa-sinucleína é o principal constituinte dos Corpos de
Lewy, marcadores biológicos na doença. Mutações no gene codificante dessa
proteína estão relacionadas a casos de DP hereditário. Modelos animais com a
expressão de alfa-sinucleína na substância nigra de ratos através de vírus
adeno-associados (VAA) têm sido utilizados para modelar o processo
neurodegenerativo progressivo da doença.
Objetivos:
Caracterizar um padrão imunohistoquimico do modelo animal da DP baseado
na expressão da proteína alfa-sinucleína na substância nigra de ratos mediante
VAA, sorotipo 6 (VAA6).
Métodos:
12/2011 O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Associação Alberto
Santos Dumont para Apoio à Pesquisa, protocolo 12/2011. Ratos Sprague-
Dawley adultos foram distribuídos em dois grupos: Controle Unilateral (n=8)
e Alfa-Sinucleína Unilateral (n=9). Sob anestesia com isoflurano, os animais
receberam uma injeção de 2µl de suspensão viral VAA6 vazio (Controle
Unilateral) ou contendo o gene para expressão da proteína humana alfa-
sinucleína (Alfa-Sinucleína Unilateral) diretamente na substância nigra. Após
dez semanas, os animais foram perfundidos, os cérebros foram coletados e
submetidos a procedimentos imunohistoquímicos para marcadores de tirosina
hidroxilase (TH), Alfa-sinucleína e de ativação microglial (ED1) na região
nigroestriatal. A perda de projeções dopaminérgicas para o estriado foi
avaliada através de densitometria óptica em quatro níveis coronais usando o
software ImageJ. A quantificação da morte dos neurônios dopaminérgicos na
substância nigra foi realizada em três níveis coronais através do software
stereo investigator. Os dados foram comparados com a região correspondente
no hemisfério intacto.
Resultados:
Nos animais injetados com o vetor viral para expressão de alfa-sinucleína,
houve 32.9%±10.1 de redução da inervação do estriado em comparação com o
hemisfério controle intacto. A perda de neurônios dopaminérgicos na
substância nigra foi de 43.4%±4.6. Houve super expressão de alfa-sinucleína
na região nigroestriatal causando resposta inflamatória no hemisfério injetado.
Conclusão:
Os resultados imunohistoquímicos caracterizam o modelo animal baseado na
expressão de alfa-sinucleína e demonstram sua proximidade ao que acontece
na Doença de Parkinson.
Apoio Financeiro:
AASDAP, FINEP, INCEMAQ (Programa INCTs do CNPq/MCT), FAPERN
Gerado em: 2014-5-22 11:29:05
6.027 - Modelo Experimental de Dor Neuropática a partir da Ligadura
do Ramo Sural do Nervo Isquiático.
Rocha, A. D. L. , Oliveira, A. S. , Araujo, V. O. , Silva, L. F. S. ,
PPGCAn - UFPB DCV - UFPB
Introdução:
A dor neuropática é iniciada ou causada por uma lesão primária ou disfunção
no sistema nervoso. Com o objetivo de se estudar a dor neuropática em 1988
Bennett e Xie desenvolveram o modelo clássico de dor neuropática por
constrição crônica do ciático (CCC). Contudo o modelo de CCC, como tantos
outros, provoca um déficit motor considerável, o qual pode interferir nos
resultados obtidos.
Objetivos:
Desenvolver um modelo de dor neuropática de fácil reprodutibilidade que
resulte hiperalgesia e dor espontânea durante um longo período com o mínimo
de alteração da função motora do membro afetado.
Métodos:
CEUA Nº 0308/13 Trabalho aprovado no CEUA-CBIOTEC sob número de
registro 0308/13. Foram utilizados 18 ratos Wistar, machos, pesando entre
200 e 250 gramas e com idade aproximada de 75 dias. Estes animais foram
separados em dois grupos com 9 cada. O primeiro grupo foi submetido à
cirurgia de CCC que consiste na realização de 4 ligaduras frouxas no nervo
isquiático com fios de algodão (4,0) tendo 1 a 2 mm de espaçamento entre
elas. O segundo grupo foi submetido a cirurgia de Ligadura do Ramo Sural do
Nervo Isquiático (LRS) que consiste na realização de 4 ligaduras no ramo
sural do nervo isquiático com fios de algodão (4,0) tendo 1 a 2 milímetros de
espaçamento entre elas. A sensibilidade dolorosa mecânica foi mensurada
através do teste de Von Frey, o qual avalia a força em gramas capaz de iniciar
uma resposta algésica de retirada. A função motora foi avaliada pelo teste da
pegada. Nesse teste os animais tiveram a sua pata posterior esquerda tingida e
foram colocados para caminhar, sobre uma folha de papel, através de um
corredor de vidro. As impressões emitidas sobre o papel foram escaneadas e
analisadas, sendo consideradas a medida transversal e a medida longitudinal
da pegada. Os resultados foram expressos em valores médios ± o erro padrão
da média (EPM) e analisados por uma análise de variância de duas vias para
medidas repetidas, seguido do teste de Tukey.
Resultados:
Observamos que os modelos de CCC e LRS produziram reduções semelhantes
no limiar nociceptivo, indicando o desenvolvimento de hiperalgesia (p >
0,05). Neste sentido, a CCC promoveu uma redução no limiar nociceptivo de
30,8 ± 4,26g para 22,0 ± 2,5 g 3 dias após a ligadura.. O grupo LRS a redução
no limiar foi de 37,6 ± 4,5g para 25,9 ± 1,3 g no terceiro dia após a cirurgia.
Estas alterações permaneceram durante todo o período experimental. No teste
da pegada o grupo LRS apresentou níveis de alterações motoras
significativamente menores que os animais do grupo CCC. O grupo LRS
apresentou medidas longitudinais de 26,9 ± 0,76mm e medidas transversais
de 20,8± 0,6 mm as quais não se alteraram significativamente (p > 0,05)
durante todo o período experimental. Enquanto que o grupo CCC apresentou
um aumento nas medidas longitudinais basais de 24,4 ± 1,3 mm para 38,9 ±
0,6 mm a partir de 3º dia de experimentos. Enquanto que as medidas
transversais passaram de 20,9 ± 0,86 mm para 14,4 ± 0,88 mm a partir do 3º
dia de experimento. As alterações no grupo CCC permaneceram por todo o
período experimental.
Conclusão:
Assim os nossos resultados sugerem que o modelo LRS é tão eficiente quanto
o modelo CCC no desenvolvimento de dor neuropática. Porém o modelo de
LRS produz um comprometimento motor consideravelmente menor que o da
CCC.
Apoio Financeiro:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Técnologico.
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
Gerado em: 2014-5-22 11:29:05
6.028 - Evidência para relação entre TDAH e o fenômeno do `Piscar
atencional`
Torro-Alves, N. , Amador-Campos, J. A. , Bezerra, I. A. O. , Aznar-
Casanova, J. A. ,
Departamento de Psicologia - UFPB Departamento de Psicologia Básica -
UB Departamento de Personalidad, Evaluación y Tratami - UB
Introdução:
Crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
usualmente apresentam dificuldades em processos voluntários, como
redirecionar a atenção para um novo estímulo, bem como sustentar o nível de
atenção e perseverar em algumas tarefas (Develop. Psychopat. 17:109-127,
2005; Clin. Psych. Rev. 33: 1237-1252, 2013). De uma maneira geral, quando
participantes são instruídos a prestar atenção a dois estímulos (T1 e T2)
apresentados em momentos diferenteseles geralmente são piores na
identificação do segundo estímulo (T2). Esse fenômeno se chama Piscar
Atencional (PA).
Objetivos:
Explorar o mecanismo temporal da atenção em crianças com TDAH e
controles.
Métodos:
IRB00003099 Foi utilizada a tarefa de Rápida Apresentação Visual Seriada
(RAVS), que consiste na apresentação de duas letras (T1 e T2) em uma curta
proximidade temporal com estímulos distratores (PA). Trinta crianças com
idade entre 9 e 13 anos (M = 10,97 e DP = 1,06) participaram do estudo.
Foram formados dois grupos: (1) Experimental: com 12 crianças (9 meninos)
previamente diagnosticadas com TDAH, e (2) Controle: 18 crianças (10
meninos) sem o referido diagnóstico. Ambos os grupos se submeteram aos
dois tipos de tarefas do experimento. Na tarefa simples eles deveriam
identificar apenas a letra alvo (T1), já na tarefa dupla eles deveriam identificar
a letra alvo (T1) e a letra prova (T2). A letra prova poderia se localizar nas
posições +1, +2, +3 ou +4 em relação a T1. Para cada participante, a média
das proporções de detecção de T1 foi calculada dividindo o número total de
respostas corretas pelo número de ensaios (40 na tarefa simples e 80 na tarefa
dupla). Uma ANOVA foi realizada para comparar as proporções entre os
grupos de acordo com o seguinte modelo: [2(Grupos) x 2(Tipos de ensaio)]. A
medida repetida foi o Tipo de Ensaio. Por último, um Teste T foi empregado
para comparar as médias dos grupos.
Resultados:
A comparação entre os grupos na tarefa simples mostra que não houve
diferenças significativas nos tempos de execução [F (1,28) = 0,927; p =
0,344]. Entretanto, na tarefa dupla foram encontradas diferenças significativas
entre os grupos no que se refere ao tempo de detecção da letra prova (T2) nos
intervalos +1 [T (28) = 2,24; p = 0,033] e +4 [T (28) = 2,62; p = 0,014].
Conclusão:
Nossos dados apontam para a relação entre TDAH e o fenômeno Piscar
Atencional. Isso indica que processos de alto nível (tais como aqueles
relacionados com a atribuição de recursos de processamento) são menos
eficientes em crianças com TDAH em comparação com controles.
Apoio Financeiro:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) –
Programa Ciência sem Fronteiras.
Gerado em: 2014-5-22 11:29:05
6.029 - AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO
EXTRATO HIDROETANÓLICO DE PRÓPOLIS VERMELHA
Cavendish, R. L. , Silva, R. O. , Cardoso, J. C. , Albuquerque-júnior, R.
L. C. , Paixão, A. O. , Thomazzi, S. M. , Santos, . J. S. , Gomes, M. Z. ,
Laboratório de Morfologia e Biologia Estrutural - UNIT Departamento
de Fisiologia - UFS
Introdução:
A própolis vermelha é um produto natural apícola característico da região
Nordeste do Brasil que possui atividades biológicas descritas, tais como
antioxidante e antimicrobiana. Popularmente, é utilizada para tratamento de
estados inflamatórios e infecciosos, que frequentemente estão associados à
dor.
Objetivos:
Avaliar a atividade antinociceptiva do extrato hidroetanólico da própolis
vermelha (EHPV).
Métodos:
Experimento somente com animais. Os procedimentos foram aprovados pela
Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade Tiradentes
(protocolo número 011213). Camundongos Swiss adultos machos (n =
6/grupo, 25 – 30 g) foram pré-tratados com EHPV nas doses de 3, 10 e 30
mg/kg (v.o.) e depois de 60 minutos foram submetidos aos testes de
contorções abdominais induzidas por ácido acético, testes de nocicepção
induzida por formalina ou glutamato (pata traseira) e teste de campo aberto.
Como controle negativo foi administrado veículo (Tween 80, 0,2% em salina
0,9%) e como controles positivos foram utilizados o ácido acetilsalicílico
(AAS, 300 mg/Kg, v.o.), morfina (3 mg/kg; i.p.) ou haloperidol (0,2 mg/Kg,
i.p.). Os resultados foram analisados por meio de análise de variância de uma
via seguida do pós-teste de Bonferroni. Também foi realizada análise química
para caracterização do EHPV por cromatografia líquida da alta eficiência.
Resultados:
O EHPV promoveu redução no número médio de contorções abdominais, de
maneira dose dependente em relação ao veículo (46,6; 73,7 e 88,9%
respectivamente a 3, 10 e 30 mg/Kg), enquanto o grupo tratado com o AAS
apresentou uma redução de 83,7%. A aplicação de formalina induziu
comportamento nociceptivo na fase neurogênica e inflamatória do teste (72 ±
3,8 e 95,4 ± 8,2 segundos, respectivamente, p<0,001). O tratamento com
EHPV a 30 mg/Kg produziu redução significativa na fase neurogênica (61%)
e todas as doses testadas reduziram a fase inflamatória (77,2; 75,8 e 83,7%,
p<0,001). A morfina também causou inibição significativa de 62,1 e 91,4% na
primeira e segunda fase, respectivamente, e o AAS causou inibição de 35,8 e
82%. O tratamento oral com EHPV a 30 mg/kg atenuou a nocicepção
induzida por glutamato (74,1%), resultado semelhante ao observado para a
morfina (75,9%, p<0,001). Nenhuma dose de EHPV alterou a atividade dos
animais no teste de campo aberto. A análise química evidenciou a presença de
21,62 mg/g de formononetina no EHPV.
Conclusão:
Os resultados indicam que o EHPV apresente ação antinociceptiva central e
periférica.
Apoio Financeiro:
FAPITEC/SE
Gerado em: 2014-5-22 11:29:05
6.030 - Efeito do tratamento com o antioxidante apocinina no
desenvolvimento e manutenção da dor neuropática.
Oliveira, A. S. , Rocha, A. D. L. , Araújo, V. O. , Silva, L. F. S. ,
Departamento de Ciências Veterinárias - UFPB Departamento de
Educação em Saúde - UFS
Introdução:
A dor neuropática é considerada uma síndrome dolorosa de tratamento difícil.
De acordo com diversos estudos, as espécies reativas de oxigênio (ERO)
atuam normalmente nos processos celulares e seus níveis são regulados por
antioxidantes. Contudo, o aumento nos níveis das ERO pode ser relacionado
com o desenvolvimento e manutenção de dor persistente, como a neuropática.
Adicionalmente, a lesão de nervos periféricos pode levar a um aumento na
produção dessas substâncias.
Objetivos:
O presente estudo foi conduzido com o objetivo de se avaliar a participação
das ERO periféricas no desenvolvimento e manutenção da dor neuropática
induzida pela constrição crônica do ciático (CCC)
Métodos:
CEPA Nº 0207/10 Para tanto, 45 ratos Wistar, pesando entre 200 e 250
gramas, com aproximadamente três meses, foram submetidos à cirurgia de
CCC. Os protocolos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em
Pesquisa Animal do LTF/UFPB (CEPA Nº 0207/10). Os animais foram
divididos em três grupos: 1. tratamento prévio – animais (N = 12) tratados por
três dias com apocinina (APO), antes da CCC; 2. tratamento crônico – animais
(N = 15) tratados cronicamente com APO a partir da CCC e 3. tratamento
tardio - animais (N = 18) tratados com APO por 7 dias, após o 14º dia da
CCC. Os testes algesimétricos foram realizados com auxílio do von Frey
eletrônico, o qual avaliou a força em gramas necessária que o animal retirasse
a pata posterior esquerda da origem do estímulo. A pressão em gramas
registrada foi considerada como sendo o limiar de retirada da pata (LRP). Para
análise dos resultados foi utilizada uma análise de variância de duas vias (two-
way ANOVA) para medidas repetidas, com p < 0,05, seguido por um pós-
teste de Tukey.
Resultados:
. Em todos os grupos controles a CCC produziu uma redução no LRP,
indicando o desenvolvimento de hiperalgesia. O tratamento prévio com APO
não foi capaz de prevenir o desenvolvimento da hiperalgesia (p > 0,05). Por
outro lado, o tratamento crônico foi capaz de reduzir significativamente a
hiperalgesia induzida pela CCC (F(3, 39) = 3,469; p = 0,0251) no 3º dia de
20,07g ± 3,11g (controle) para 34,00g ± 2,13g (APO) e no 7º dia de 21,10g ±
2,79g no controle e de 34,60g ± 2,98g no grupo tratado com APO. No 14º o
tratamento com APO não impediu a redução do LRP (22,80g ± 4,76g) pela
CCC. O tratamento tardio reduziu significativamente a hiperalgesia pela CCC
no 17º dia (F(1, 80) = 6,637; p = 0,0203), para valores de 23,64g ±1,62g,
quando comparados com os valores de 18,49g ± 1,47g do grupo controle.
Assim, nossos resultados apontam para uma participação das ERO no
desenvolvimento e manutenção da dor neuropática. Além disso, a
administração crônica pode prevenir, temporariamente, o desenvolvimento da
hiperalgesia. Enquanto que o tratamento tardio pode promover uma redução
leve da hiperalgesia, mesmo após a instalação da mesma.
Conclusão:
Assim, nossos resultados apontam para uma participação das ERO no
desenvolvimento e manutenção da dor neuropática. Além disso, a
administração crônica pode prevenir, temporariamente, o desenvolvimento da
hiperalgesia. Enquanto que o tratamento tardio pode promover uma redução
leve da hiperalgesia, mesmo após a instalação da mesma. Palavras-chave:
alodinia; analgesia; radicais livres.
Apoio Financeiro:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Gerado em: 2014-5-22 11:29:05
6.031 - BAIXO NÍVEL DE EXPOSIÇÃO A VAPORES ORGÂNICOS E
PERDAS NEUROCOGNITIVAS EM FRENTISTAS BRASILEIROS
Oliveira, A. R. , Andrade, M. J. O. , Neto, A. A. C. , Santos, N. A. ,
Pós-Graduação em Psicologia Social - UFPB Instituto Federal do Mato
Grosso - IFMT
Introdução:
Frentistas brasileiros são expostos, diariamente, a vapores orgânicos. Esses
vapores são lipofílicos e possuem grande afinidade ao tecido neural, podendo
destruir a bainha de mielina e causar alterações aos processos sensoriais e
neurocognitivos, como a atenção e as funções executivas. Diante dos efeitos
tóxicos provocados, às concentrações das substâncias químicas são
controladas por limites de tolerância. No caso da gasolina, adota-se os limites
regulamentados pela Conferência Americana de Higienistas Industriais
Governamentais (ACGIH). Porém, este valor refere-se a composição típica da
gasolina americana que é distinta da brasileira, gerando críticas de sua
eficácia.
Objetivos:
Determinar o nível de exposição diário dos vapores da gasolina e do etanol na
atividade de frentista e avaliar o funcionamento cognitivo relacionado a
atenção visuoespacial e as funções executivas.
Métodos:
Após aprovação do Comitê de Ética do Centro de Ciências da Saúde da
Universidade Federal da Paraíba (protocolo nº 0390/12), foi avaliada a
exposição diária dos vapores da gasolina e do álcool etílico pelas amostragens
passiva (lapela) e ativa (bomba de sucção), ambas com cromatografia gasosa.
Foi utilizado o Trail Making Test nas suas partes A e B para a avaliação
neurocognitiva. Participaram 38 frentistas do sexo masculino (Grupo
Exposto), com idade média de 32,7 anos (DP = 1,30), com 9,68 anos de
estudo sequenciais (DP = 0,34) e 38 voluntários (Grupo Controle) também do
sexo masculino, sem histórico de exposição a produtos químicos,
considerados saudáveis, com idade média de 31 anos (DP = 1,54), com 9,84
anos de estudo (DP = 0,34), todos com acuidade visual de 20/20 ou corrigida.
Foram utilizados testes paramétricos e não-paramétricos para verificar a
diferença entre os níveis baixo (1 a 3 anos de serviço), médio (3,25 a 7 anos) e
alto (8 a 20 anos) de exposição crônica.
Resultados:
Em 20 dias de coletas nos postos, as concentrações médias diárias para a
gasolina na amostragem passiva (máximo 168,20 e médio 29,05 ± 46.28
ppm) e ativa (máximo 113,40 e médio 34,34 ± 45,32 ppm) ficaram abaixo do
limite de tolerância (300 ppm). O etanol, medido na amostragem ativa
(máximo 3,8 e médio 2,20 ± 1,25 ppm), também ficou abaixo do limite (1000
ppm). Os frentistas necessitaram de maior tempo para realizar as trilhas dos
testes Trail Making A (p < 0,01) e B (p < 0,05) e seus escores correlacionaram
positivamente com o tempo de serviço na variação A (ρ = 0,40; p < 0,05) e B
(ρ = 0,37; p < 0,05) e também com a idade nas etapas A (ρ=0,42, p=0,009) e
B (ρ=0,36, p=0,025). A partir de 8 anos de atividade, as consequências foram
significativamente maiores entre os frentistas (α < 0,017).
Conclusão:
Mesmo em níveis abaixo do limite de tolerância para os vapores da gasolina e
do etanol, os resultados sugerem alterações na atenção visuoespacial e na
flexibilidade mental dos frentistas, tendo maior alteração a partir do oitavo
ano de serviço contínuo. Isso sugere que o limite de tolerância diário pode
acarretar prejuízos neurocognitivos relacionados a exposição a vapores
orgânicos.
Apoio Financeiro:
Mesmo em níveis abaixo do limite de tolerância para os vapores da gasolina e
do etanol, os resultados sugerem alterações na atenção visuoespacial e na
flexibilidade mental dos frentistas, tendo maior alteração a partir do oitavo
ano de serviço contínuo. Isso sugere que o limite de tolerância diário pode
acarretar prejuízos neurocognitivos relacionados a exposição a vapores
orgânicos.
Gerado em: 2014-5-22 11:29:05
6.032 - INFLUÊNCIA DOS ÁCIDOS GRAXOS ORIUNDOS DA
CASTANHA DE CAJU CONSUMIDOS DURANTE A GESTAÇÃO E
LACTAÇÃO E SEU IMPACTO SOBRE OS INDICADORES DE
MATURAÇÃO SOMÁTICA DA PROLE.
Sousa, M. M. , Medeiros, D. M. F. , Pereira, D. E. , Pires, M. Q. ,
Medeiros, N. S. , Soares, J. K. B. , Frazão, M. F. ,
Ciências da Saúde - UFCG
Introdução:
Diversos estudos têm destacado a importância dos ácidos graxos
poliinsaturados de cadeia longa (AGPICL), ácido docosahexaenóico (DHA) e
ácido araquidônico (AA) no período crítico do desenvolvimento. Nesta fase
há uma necessidade aumentada desses componentes e uma adequada dieta
materna, além de manter o bom estado de saúde da mãe, oferta via placenta,
nutrientes essenciais para a formação das membranas celulares,
neurodesenvolvimento e crescimento adequado da criança.
Objetivos:
Este trabalho investigou a influência do consumo de ácidos graxos oriundos
da castanha de caju no período da gestação e aleitamento sobre os indicadores
de maturação somática de ratos neonatos.
Métodos:
Protocolo CEP nº 108-2013 Foram utilizadas fêmeas primíparas da linhagem
Wistar, com 90 dias de vida. Estas foram acasaladas, na proporção de duas
fêmeas para cada macho, para obtenção de ratos lactentes. Após confirmação
da prenhez através de esfregaço vaginal, tais animais foram divididos em dois
grupos com dieta com teor de 7% de lipídios, sendo estes denominados:
Grupo Castanha de Caju (GCT) (n=15) cuja fonte lipídica foi à castanha de
caju e Grupo Óleo de Soja (GS) (n=12) cuja fonte lipídica foi o óleo de soja.
Os animais foram mantidos no Laboratório de Nutrição Experimental da
Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) – campus Cuité/PB em
condições padrão: temperatura 22 ± 1°C, ciclo claro-escuro (12h; início da
fase clara às 6h), umidade ± 65%, recebendo ração e água ad libtum, desde o
primeiro dia de gestação até o final da lactação. Para a análise de Maturação
Somática utilizou-se o Mann-Whitney Rank Sum test onde avaliou os
seguintes indicadores: Abertura do Pavilhão Auricular (APA), Abertura do
Conduto Auditivo (ACA), Erupção dos Dentes Incisivos Inferiores e
Superiores (EII e EIS), Abertura dos Olhos (AO), e Comprimento da Cauda
(CC). Tais indicadores foram pesquisados diariamente, entre 12 e 14 horas do
2º dia ao 21º dia pós-natal até a sua consolidação. Os dados foram expressos
em média e desvio padrão.
Resultados:
Houve a antecipação da Erupção dos Dentes Incisivos Inferiores (EII) do
grupo cujas mães consumiram dieta com teor de 7% de lipídios oriundos da
castanha de caju (GCT) em relação ao (GS) [7±0,51 vs 9,5±0,66]. Com
relação à evolução do comprimento da cauda dos lactentes, durante toda a
lactação, o grupo cujas mães consumiram dieta com teor de 7% de lipídios
oriundos da castanha de caju (GCT) apresentou uma evolução
significantemente maior principalmente no 1º, 7º, 14º e 21º dia em relação ao
grupo que consumiu óleo de soja (GS) [(1,85±0,28); (3,36±0,92); (5,59±2,11);
(8,29±0,27) vs (1,70±0,25); (3,13±1,08); (5,11±2,47); (7,68±3,73)].
Conclusão:
Os resultados obtidos sugerem que a oferta de ácidos graxos oriundos da
castanha de caju durante a gestação e lactação antecipou a maturação somática
e influenciou o crescimento da cauda dos filhotes.
Apoio Financeiro:
CNPq Chamada Universal – MCTI/CNPq Nº 14/2013.
Gerado em: 2014-5-22 11:29:05
6.033 - Projeções dopaminérgicas no córtex insular controlam
comportamentos alimentares
Freire, M. A. M. , Araujo, I. E. ,
Department of Psychiatry - YU
Introdução:
O córtex insular (CI) ou ínsula contém a representação do córtex primário
relacionada à quimiosensação oral, incluindo a gustação, possuindo um papel
importante nos aspectos relacionados ao controle adequado do comportamento
alimentar. Sabe-se que a resposta à saciedade independe da ação direta dos
receptores orais (Neuron 57: 930, 2008), sendo regulada por receptores
internos do organismo.
Objetivos:
O presente trabalho visa caracterizar as alterações comportamentais e de
ingestão calórica em animais com lesão química induzida por 6-
hidroxidopamina (6-OHDA) no CI.
Métodos:
A2011-1 Dezoito camundongos adultos da linhagem C57Bl/6 foram
utilizados, sob licença do J. B. Pierce Laboratory Institutional Animal Care
and Use Committee (IACUC) (A2011-1). Os animais foram anestesiados com
uma mistura de ketamina/xilazina (100/15 mg/kg). Após isso foi feita uma
incisão na linha média do abdômen, expondo totalmente o estômago. Em
seguida um tubo de silicone foi implantado no estômago e ancorado no
músculo da parede abdominal, com a outra extremidade sendo inserida
subcutaneamente e saindo na região do pescoço, para a infusão de uma
emulsão lipídica (Intralipid, Baxter Healthcare, Deerfield, IL, USA) em
diferentes concentrações (30%, 15% e 7,5%), com o auxílio de uma bomba
peristáltica. Os animais foram entãodivididos em três grupos (n=6 por grupo):
1. Injetados com solução salina 0,9% no CI (1 µl) (coordenadas: AP:1,25
ML:3,25 DV: 2,5 a partir do bregma); 2. Injetados com 6-OHDA no CI (1 µl,
2µg/µl, Sigma Company, USA); e 3. Injetados com 6-OHDA no CI após
prévia injeção sistêmica de desipramina (15 mg/kg, Sigma Company, USA),
utilizada para proteger os neurônios noradrenérgicos. Após uma semana de
recuperação da cirurgia os animais foram treinados em uma tarefa alimentar
(lambidas em um bico de mamadeira metálico, sem alimento) de modo a
receberem infusões intragástricas da emulsão lipídica. Os animais foram então
testados na tarefa supracitada diariamente durante duas semanas de modo a
avaliar seu comportamento na realização da mesma com diferentes
concentrações da emulsão lipídica. Ao final do procedimento os animais
foram perfundidos com solução salina heparinizada 0,9% aquecida a 37ºC e
paraformaldeído a 4% resfriado a 4ºC. Seus cérebros foram crioprotegidos
com solução de sacarose a 20% e seccionados a 50 μm no plano coronal com
o auxílio de um criostato, com as secções obtidas sendo submetidas a técnicas
histológicas para confirmação do local de injeção da 6-OHDA.
Resultados:
A curva de aprendizado revelou uma diferença significativa entre os
comportamentos dos grupos controle e lesionados (6-OHDA e desipramina).
Os animais controle foram capazes de distinguir as diferentes concentrações
de emulsão intralipídica, realizando mais lambidas e infusões na concentração
calórica mais baixa (7,5%), comportamento não observado nos animais com
lesão no CI, que não conseguiram realizar a tarefa de obtenção calórica em
qualquer das concentrações de infusão intralipídica, como evidenciado pela
menor quantidade de lambidas e infusões.
Conclusão:
Nossos resultados indicam que os animais sem lesão no CI são capazes de
regular a quantidade de calorias ingeridas na ausência de pistas palatáveis
obtidas na cavidade oral, com o número de infusões sendo inversamente
proporcional à concentração da solução lipídica. Os animais lesionados, em
contrapartida, não apresentaram a capacidade de modificar seu
comportamento em face às mudanças de concentração lipídica, evidenciando
que o CI tem papel importante na regulação dos mecanismos de busca
calórica. O resultado similar observado entre os grupos lesionado e
lesionado+desipramina indica o papel preponderante do circuito
dopaminérgico no comportamento alimentar.
Apoio Financeiro:
John B. Pierce Lab; NIH; Yale University.
Gerado em: 2014-5-22 11:29:05
6.034 - Parcelamento cortical e padrão de distribuição de neurônios
reativos à proteína ligante de cálcio parvalbumina no córtex visual do
sagui (Callithrix jacchus)
Cavalcanti, P. F. , Mendes, T. G. , Santana, M. B. , Freire, M. A. M. ,
Laboratório de Neurobiologia Celular - IINN-ELS
Introdução:
O sagui (Callithrix jacchus) é uma espécie de primata de pequeno porte
endêmica da região Nordeste do Brasil, de fácil manejo e reprodução em
cativeiro. Seu cérebro é lissencefálico, livre de giros e circunvoluções, o que
facilita sobremaneira o acesso às suas diversas regiões. Tais características
elegem esta espécie como um modelo adequado para estudos no Sistema
Nervoso Central (SNC).
Objetivos:
O presente trabalho objetiva caracterizar o parcelamento do córtex visual do
sagui empregando técnicas histológicas (coloração de Nissl) e histoquímicas
(citocromo oxidase), além de avaliar a distribuição dos neurônios reativos à
proteína ligante de cálcio parvalbumina (PV+) ao longo das diferentes áreas
visuais.
Métodos:
08/2011 Três saguis machos adultos foram utilizados (protocolo 08/2011,
CEUA/IINN-ELS). Os animais foram perfundidos com solução salina
heparinizada 0.9% aquecida a 37ºC e paraformaldeído a 4% resfriado a 4ºC.
Seus cérebros foram crioprotegidos com solução de sacarose a 20%,
separados em três blocos e congelados. O bloco posterior, contendo o córtex
visual, foi seccionado a 50 μm no plano coronal com o auxílio de um
criostato. Secções adjacentes foram então submetidas ao método de Nissl para
delimitação das camadas corticais, à histoquímica para revelação da
reatividade da enzima citocromo oxidase (CO) e à imunohistoquímica para o
ligante de cálcio PV. Após montagem, as lâminas foram submetidas à
inspeção qualitativa e quantitativa com o programa Neurolucida (MBF
Bioscience Inc., USA).
Resultados:
A distribuição da enzima CO permitiu a delimitação inequívoca das áreas
visual primaria (V1), secundária (V2) e terciária (V3). A maioria dos
neurônios reativos a PV ao longo das três áreas apresentou corpo celular em
formato arredondado ou ovalar. A análise quantitativa revelou uma
distribuição heterogênea dessas células ao longo do córtex visual: em V1 os
neurônios distribuem-se de maneira homogênea entre as camadas supra e
infragranulares. Na camada infragranular pode-se identificar uma banda de
marcação que demarca os limites da área. Em V2, em contrapartida, há
tendência de localização dos neurônios PV+ ao longo das camadas
infragranulares. Já em V3 os neurônios possuem um aspecto mais fracamente
reativo, estando localizados especialmente nas camadas infragranulares.
Conclusão:
A distribuição dos neurônios reativos a PV no sagui segue o padrão descrito
para algumas outras espécies de primatas não humanos (J. Chem. Neuroanat.
16: 77, 1999), sugerindo que o padrão de organização cortical é
filogeneticamente conservado neste grupo. A distribuição distinta ao longo
das áreas V1, V2 e V3 pode estar relacionada a aspectos diferenciais do
circuito cortical nestas regiões.
Apoio Financeiro:
AASDAP, FINEP, INCEMAQ (Programa INCTs do CNPq/MCT), FAPERN.
Gerado em: 2014-5-22 11:29:05