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INFORMAÇÕES

INFRA-ESTRUTURA PROSPECÇÃO DIVULGAÇÃO

T RANSPORTE á Aéreo á Rodoviário á Ferroviário á Serviços e facilidades

HOSPEDAGEM á Hotéis á Pousadas á Campings á Turismo Rural á Serviços prestados

FEEDBACK á Índice de satisfação

SERVIÇOS DE AGÊNCIA

á Reservas á Informações diversas á Preços e condições

&DUDFWHUL]DomR�EiVLFD�GRV�SULQFLSDLV�VHJPHQWRV�GD�&DGHLD�á 6HUYLoRV� GH� $JrQFLD� há um grande número de agências de turismo no

Estado, principalmente nas regiões de maior movimentação turística, devidoaos recursos naturais disponíveis. Em geral, as empresas são pequenas, comno máximo 20 colaboradores e atuam localmente, com baixa interface comoutros municípios. Possuem parcerias com empresas aéreas e rodoviárias.Sofrem o paradigma que “negociar com agência é mais caro”, o que nemsempre é verdade, devido ao maior poder de barganha que as agências temcom as empresas de transporte. Parte delas dedicam-se a pacotes turísticosem geral para fora do Estado, devido ao baixo alcance que têm sobre clientesde outras regiões do país.

á 7UDQVSRUWH��O Estado possui apenas empresas rodoviárias para viabilizar oturismo. As empresas aéreas são todas de outros estados ou internacionais. Osestabelecimentos de hospedagem afirmam que em épocas de temporada, aslinhas aéreas são limitadas, causando problemas com relação à infra-estrutura.As estradas-chave (BR 101, BR 116, BR 470 e BR 282) estão em obras ou temgargalos em seu fluxo devido às más condições de conservação.

á +RVSHGDJHP��Os estabelecimentos hoteleiros existentes em Santa Catarinaconstituem pequenas empresas em sua maioria, com reduzidas práticas degestão implantadas. Isto fica ainda mais evidente quando analisamos arealidade da sazonalidade na lotação dos hotéis: sobram vagas na baixatemporada – faltam vagas em épocas de pico.

0(5&$'22�785,602�(0�6$17$�&$7$5,1$

A indústria do Turismo em Santa Catarina destaca-se pela diversidade de atrativosturísticos. Poucos estados, e até mesmo países, podem igualar-se a Santa Catarinaem termos de atrativos naturais: o potencial existente é muito grande.

Em um espaço de 95 mil quilômetros quadrados pode-se encontrar os maisvariados contrastes da natureza. São serras que se elevam a uma altitude de1.400 m, um litoral pontilhado com belas praias, baías, enseadas e ilhas, passandopor planaltos e vales de colonização européia. São inúmeras as fontes termais doEstado, onde a temperatura varia de 35ºC no verão a temperaturas negativas noinverno.

São gerados 8.235 empregos diretos pelos meios de hospedagem em SantaCatarina. São 811 empreendimentos instalados com capacidade para 68.921 leitosem 28.336 unidades habitacionais. As microrregiões de Itajaí e Florianópolisconcentram, juntas, 58,9% da oferta total do Estado.

As 10 cidades catarinenses mais visitadas são:

��� %DOQHiULR�&DPERUL~��� )ORULDQySROLV��� %OXPHQDX��� -RLQYLOOH��� /DJXQD��� /DJHV��� 3RUWR�%HOR��� 6mR�)UDQFLVFR�GR�6XO��� %UXVTXH����&KDSHFyOs principais mercados emissores de turistas são Paraná, Rio Grande do Sul, SantaCatarina (turismo interno) e São Paulo, além dos países do Mercosul, onde é lídera Argentina, seguida pelo Paraguai, Uruguai e Chile.

527$6�0$,6�(;(&87$'$6�3(/26�785,67$6Como já foi dito, Santa Catarina larga na frente no Turismo devido àgenerosidade da natureza, evidente em cada ponto turístico percorrido. Abaixo,listamos as principais rotas executadas pelos turistas, com o objetivo deidentificarmos os tipos de turismo que vem sendo efetuados no Estado.

á )ORULDQySROLV� É uma ilha com 439 km2 rodeada de praias para todos osgostos. Ao norte ficam os balneários mais urbanizados, como Canasvieiras,Ingleses e Jurerê. Ao sul as praias de Armação, Campeche e Pântano do Sulconservam áreas de vila de pescadores.Para turistas mais aventureiros,existem praias selvagens, como Lagoinha do Leste e Naufragados, somenteacessíveis por trilhas íngremes com mais de 3 km.Outras, como Santo Antôniode Lisboa e Ribeirão da I lha, conservam em suas vilas uma arquitetura

açoriana, herança dos imigrantes dos Açores que ocuparam a ilha entre 1748 e1756. No Centro as atrações mais visitadas são o Mercado Público e aAlfândega, onde são vendidos trabalhos de artesãos catarinenses. Nospasseios de escuna chega-se aos fortes de Santo Antônio dos Ratones. Outroprograma é visitar a I lha do Campeche e percorrer as trilhas que levam aossítios arqueológicos.

á /DJXQD� A cidade apresenta uma variedade de atrações. Além das praias dapesca noturna do camarão, o visitante pode passear pelo Centro Histórico eobservar as casas preservadas da época colonial. Os destaques são a antigaresidência de Anita Garibaldi, que foi sede da República Juliana, e o Farol deSanta Marta, construído pelos Franceses em 1891.

á 3HQKD� O Beto Carreiro World atrai turistas de todo país para a Praia daArmação de I tapocorói. Outro atrativo é experimentar a culinária açoriana.

á )UDLEXUJR� Colonizada por alemães e italianos, a cidade tem na maçã aprincipal atração.Há roteiros programados para visitas à fábrica e ao pomar daRenar, e também é possível comprar diversos produtos derivados da fruta, desucos a sabonetes.

á /DJHV� A pioneira do turismo rural no país abriu as portas das fazendas paraos turistas em busca da rotina do campo. O dia começa com visita ao curralpara o camargo, passeio a cavalo pela serra, churrasco e pratos típicos noalmoço, fogo de chão e termina com roda de chimarrão à noite. A cidadetambém é famosa pela conhecida festa do pinhão, realizada em junho e pelasbaixas temperaturas. O acesso do litoral sul para a região serrana passa pelasinuosa Estrada do Rio do Rastro, via São Joaquim.

á 6mR�-RDTXLP� A neve é a principal atração desta cidade, que fica a 1360 mde altitude. Apesar do frio ,que pode chegar a -10ºC , o município perde paraUrubici o Título de recordistas em baixas temperaturas no país. O acesso paraquem vem do litoral é uma atração à parte. Pela Serras Do Rio do Rastro, oviajante aprecia vistas panorâmicas entre curvas e precipícios.

á -RLQYLOOH� É o município mais populoso e industrializado do Estado. Os 5shoppings da cidade atraem turistas e moradores da região. Durante junho acidade se mobiliza para o festival de dança, que reúne até 3 mil artistas.Também de Joinville saem os passeios de barco na baía de Babitonga, comparada na histórica São Francisco do Sul.

á %DOQHiULR� &DPERUL~� No verão, a vida noturna atrai jovens turistashospedados nos municípios vizinhos. Fora da temporada, as prioridades são asconvenções e o turismo de terceira idade. Inaugurou um teleférico que liga à

Praia de Laranjeiras, um percurso de 1,6 km. A cidade é usada como basepara se divertir no Beto Carrero World, fazer compras em Brusque e bebercerveja na Oktoberfest, em Blumenau. As praias do Centro ficamcongestionadas na alta temporada. Quem quer mais sossego deve seguir paraas praias que ficam ao sul: Taquarinhas, Taquaras, Estaleiro, Estaleirinho ePinho, esta exclusiva a naturistas.

á %OXPHQDX� Colonizada por alemães, exibe vários prédios em estilo enxaimel.A Oktoberfest, um dos maiores eventos do país em termos de número devisitantes e as lojas das fábricas de confecções e de cristais, além da boa infra-estrutura e cultura para o Turismo são algumas das principais atrações quetem cativado os turistas.

á ,WDMDt� A cidade realiza em Outubro uma grande festa Portuguesa, aMarejada. Entre pratos à base de bacalhau e de frutos do mar , sãoapresentadas danças folclóricas. Outra atração é a boa oferta de restaurantes,os melhores da região.Longe do porto, a Praia brava oferece as ondas maispropícias para surfe do norte de Santa Catarina. No meio do caminho fica aPraia de Cabeçudas, calma apesar de urbanizada. Tempo: 1 dia Regiãorodeada por montanhas com muitas cachoeiras, cascatas e rios caudalososque vem se destacando como um pólo de turismo aventura. O rapel e ocamyoning podem ser praticados no vale das cachoeiras, em PresidenteGetúlio. O rafting para iniciantes e o radical são desempenhados nascorredeiras do rio I tajaí-Açu,em Ibirama.

á %UXVTXH� A terra do marreco recheado também é berço da indústria de fiaçãode santa Catarina. Os turistas percorrem os 4 grandes centros comerciais naentrada da cidade atrás de roupas prontas e tecidos. Em agosto a cidade évisitada por milhares de romeiros em peregrinação ao Santuário de N.S. doCaravaggio, no Vale do Azambuja.

á &ULFL~PD� A única mina de carvão aberta à visitas é ideal para quem querconhecer a história da mineração carbonífera no Brasil. O passeio de 300mrealiza-se em um vagonete através de um túnel baixo. Outra atração é acidade de Nova Veneza,a 17 km de criciúma, onde é servida a galinha compolenta no fio, prato dominical típico das famílias italianas que chegaram naregião em 1870.

á *DURSDED� A antiga vila de pescadores vem recebendo a cada ano maisturistas. Muitos são surfistas que encontram nas praias Silveira e Ferrugemboas ondas para praticar o esporte. Nas dunas da praia do Siriú há outrasespécies de surfe: o sandboard, que consiste em tentar desce em pé ummonte de areia de até 40 m equilibrando-se em uma prancha de madeira. Paraquem prefere um lugar mais urbano, a opção é a cidade de Garopaba, que

oferece uma boa infra-estrutura em hotéis e restaurantes, mas não tem boasreferências para o banho.

&21),*85$d­2�'$�,1'Ò675,$&$3$&,'$'(�*(5(1&,$/�(�25*$1,=$&,21$/

As empresas consideradas competitivas são aquelas que adotam práticasinovadoras de gestão a fim de captar e manter clientes a partir de competênciaspróprias e de terceiros, com vistas a se manter no mercado com níveis aceitáveisde sucesso.

Podemos observar que os estabelecimentos de hospedagem em Santa Catarinadispõem de uma baixa estrutura de gestão, resumindo-se na maioria das vezes a“esperar o cliente” em seu estabelecimento, realizando poucas ações pró-ativas.

Os estabelecimentos são isolados – não há uma política de união de forças em prolda alavancagem do Turismo como negócio. Há uma terrível guerra de preços,principalmente nas épocas de Temporada (Verão), onde os mais “enxutos”sobrevivem.

De uma forma geral, as ações governamentais são incipientes e pouco sinérgicas aponto de visualizarmos claramente que Santa Catarina se restringe a meramenteexplorar seus recursos naturais, sem oferecer quaisquer opções inovadoras aosturistas que se predispõem em visitar o Estado.

No Verão, em Florianópolis e Balneário Camboriú, entre outras praias, há falta deleitos, o que causa situações de constrangimento frente ao turista. Além do mais,muitos estabelecimentos de hospedagem têm baixa qualidade no atendimento eestrutura, o que prejudica a imagem que o turista faz do Estado. Neste sentido, éinteressante a comparação com outras regiões do Brasil, como Porto Seguro, quepossui uma vasta estrutura de hotéis, restaurantes, passeios, lojas,entretenimento, city tours, parcerias com agências, além de outras facilidades, oque garante lotação nos estabelecimentos no decorrer de todo o ano. Como SantaCatarina ainda não dispõe desta mentalidade turística – onde primeiro deve vir oinvestimento para aí sim se obter retorno do Turismo, fica a mercê dasazonalidade e de épocas onde a natureza atrai o turista.

Na serra catarinense, o exemplo acima fica bastante claro: as fazendas de turismorural lotam nos finais de semana prolongados, feriados e em boa parte dos fins desemana normais, além é claro do movimento no inverno e datas como Carnaval,Natal e Ano Novo. Fora isso, os estabelecimentos ficam vazios, forçando os

gestores a enxugar a estrutura, fazendo com que “o capataz do meio de semanase transforme no garçom do fim de semana” ou, no litoral “o pescador setransforma em garçom”!

Apenas 39% dos estabelecimentos voltados ao Turismo desenvolvem programasformais de qualidade, muitos deles ainda restringindo-se a pequenas iniciativas naimplantação de práticas como o 5S s.

&$3$&,'$'(�(�,129$d­2�7(&12/Ï*,&$Muitos estabelecimentos voltados ao Turismo estão passando por reestruturação, apartir da profissionalização da gestão, mas ainda estão aquém da mentalidade quese percebe em outras “indústrias” do Estado, que se encontram num estágio dedesenvolvimento muito mais avançado.

No entanto, há diversos cursos de graduação em Turismo sendo criados, cursos etreinamentos ministrados pelo SENAC, entre outras escolas, para melhorar o níveldos colaboradores.Com a criação de cursos de Pós Graduação e o constanteaumento da demanda destes profissionais, conclui-se que a profissionalização doTurismo em Santa Catarina é uma situação irreversível, o que aumentariaconsideravelmente a competitividade no Estado.

Considera-se que todas estas iniciativas citadas precisam estar mais bemconjugadas entre os diversos estabelecimentos e o Estado, para identificardemandas e potencializar efetivamente os gestores e colaboradores das empresasintegrantes da cadeia.

O mercado disponibiliza periódicos e revistas que incitam a inovação nosestabelecimentos voltados ao Turismo, contudo a linha adotada pelas empresascatarinenses é uma baixa agressividade em investimentos quanto à infra-estruturae treinamento, sendo que os maiores investimentos são em pequenas melhoriasem prol do conforto turista: situação que já deveria estar sanada há muito tempo,como no caso dos hoteleiros, que ainda vem implantando benefícios que jádeveriam estar intrínsecos a condição dos serviços prestados.

,1)5$�(6758785$�9,È5,$Não há dúvida que o Estado carece de uma melhor estrutura viária quanto àqualidade das estradas existentes. Contudo, quando comparada a outros estados,a estrutura viária de Santa Catarina é exemplar quanto ao número de acessos àscidades, até porque o Estado é territorialmente pequeno, o que facilita o trânsito

entre as cidades, pois as maiores distâncias situam-se entre o oeste e o litoral, quenão passam de 750 km.

No mapa abaixo, tem-se uma boa noção das principais rodovias e as interligaçõesentre os municípios catarinenses:

5(*,0(�'(�,1&(17,926O PRODETUR – Programa de Desenvolvimento ao Turismo foi implantado em nívelnacional com o objetivo de fornecer uma linha de crédito especial às empresas queauxiliem na alavancagem do Turismo em seus respectivos Estados. Entretanto, oprograma está sendo lançado por etapas. No Nordeste, houve boa aceitação pelasempresas. No Sul, está sendo operacionalizado a partir dos próximos meses, masninguém foi beneficiado pelo PRODETUR no Estado.

Os empresários vêem a necessidade de redução de tributação para as empresasque cumprirem metas de aumento de volume de faturamento, empregos gerados,

expansão das instalações, entre outras ações que contribuam com o crescimentodas atividades da Cadeia do Turismo.

321726�)257(6�(�321726�)5$&26�/(9$17$'26321726�)257(6

á Presença de entidades como o SENAC, SEBRAE e as Universidades,com destaque para UFSC e UNIVALI.

á As Secretarias Municipais de Turismo desenvolvem um trabalhovoltado às competências da região.

á Presença de associações de classeá Belezas naturais que o Estado oferece.á Reconhecimento da importância em envolver a comunidade nos

projetos ligados ao Turismo;á Posição central de Santa Catarina com relação ao Mercosul.á Consciência dos empresários no que tange a novos investimentos e a

capacitação das equipes de trabalho.á Empresas que fazem parte de redes nacionais saem na frente quanto

à estruturação de um sistema de gestão e integração entre asregiões do Brasil.

321726�)5$&26á Sucateamento das instalações de alguns hotéis e restaurantes.á Ações individualizadas.á Gestão familiar na maioria dos hotéis atrapalha o profissionalismo.á Sazonalidade de clientes.á Baixa relação com instituições financeiras para obtenção de

recursos.á Baixa intensidade de formação de parceriasá Falta de articulação por parte dos órgãos competentesá Marketing insipiente.á Falta de sinergia entre os agentes de fomento do Turismo, em

prol de elaborar rotas para pacotes turísticos para o Estado todo.

*$5*$/26�'(�&203(7,7,9,'$'(A seguir, listamos os Gargalos de Competitividade encontrados na Cadeia deTurismo em Santa Catarina:

D��)DOWD� GH� SHUFHSomR� H� FXOWXUD� GD� LPSRUWkQFLD� GR� 7XULVPR� SHOR3RGHU�3~EOLFR�H�SHOD�VRFLHGDGH� as pessoas de um modo geral e o

Poder Público não têm cultura para o Turismo, no que tange aoatendimento ao público, sistemas de informações ao turista,manutenção das belezas naturais e agregação de valor às belezasartificiais da região. Em especial, ressaltamos o povo catarinense, quenão tem uma cultura de receber e tratar bem o turista, melhorando ovisual e o atendimento de seu negócio, a fim de encantar o clientecomo vimos em regiões com Gramado, Porto Seguro e Fortaleza.

E��%DL[D�FDSDFLGDGH�GH�JHVWmR�GRV�HVWDEHOHFLPHQWRV�GH�7XULVPR�as gestões das empresas ainda são bastante incipientes quanto amétodos e estratégias adotadas. Muitas empresas permanecem nomercado por ações isoladas que acabam proporcionando “algum”resultado positivo, que satisfaz o empresário em suas estreitasexpectativas quanto ao Turismo.

F�� )DOWD�GH�YLVmR�GH�IXWXUR�SDUD�R�7XULVPR�&DWDULQHQVH�SRU�SDUWHGDV�HPSUHVDV� há dificuldade de se entender o turismo como negócio.As pessoas que conduzem estas empresas têm pouca experiência naabordagem aos clientes e na designação de uma visão de longo, médioe curto prazo para o negócio, independente das iniciativasgovernamentais. Há pouca ousadia e as empresas vivem de pequenasmelhorias que são operacionalizadas ao longo do tempo.

G��)DOWD�GH�VLQDOL]DomR�GH�SRQWRV�WXUtVWLFRV�QDV�HVWUDGDV�IHGHUDLV�HVWDGXDLV�� PXQLFLSDLV� H� QDV� YLDV� XUEDQDV� quando comparamoscom outros Estados como o Paraná, vemos a falta desta sinalização demodo mais veemente. Há pontos turísticos importantes, mas o turistaacaba por não conhecer devido à falta de informações no trânsito sobreestes locais, a fim de que possa usufruir ao máximo sua estada emSanta Catarina.

H��([FHVVR� GH� H[SORUDomR� GDV� EHOH]DV� QDWXUDLV� H� FDUrQFLD� GHVHUYLoRV� LQRYDGRUHV� a gama de serviços oferecida pelos hotéis eentidades afins é bastante reduzida. Em dias de tempo ruim, o turistafica sem opção na maior parte das cidades com potencial turístico emSanta Catarina.

I�� )DOWD� GH� SURJUDPDV� GH� LQFHQWLYR� H� UHFXUVRV� S~EOLFRV� SDUD� R7XULVPR� hoje não há quaisquer incentivos fiscais e/ou provimento derecursos para empresas que tratam do Turismo. Trata-se um setor dealtos índices de crescimento e que, ao longo do tempo, auxiliará nocombate ao desemprego no Estado.

J��([SDQVmR� GRV� QHJyFLRV� p� UHVWULQJLGD� SRU� UHVWULo}HV� jVHGLILFDo}HV� as prefeituras, através de seus planos diretores,restringem construções em prol do Turismo, devido a normas dedistância da costa, áreas de construção e tamanho do empreendimento.Isto dificulta e burocratiza as atividades de expansão e crescimento dosnegócios.

K��)DOWD�GH�XQLmR�HQWUH�DV� LQVWLWXLo}HV�H�HPSUHVDV�TXH�IRUPDP�R7XULVPR� tanto as associações como as empresas em si mantêm poucatroca de experiências e se vêem na maior parte das vezes, comoconcorrentes selvagens, em uma grande guerra de preços. Com isso, ocliente não é beneficiado, pois a qualidade dos serviços tende a baixar,pela inconstância nos relacionamentos internos.

L�� $XVrQFLD� GH� VLVWHPDV� GH� LQIRUPDo}HV� FRQVLVWHQWHV� QDVHPSUHVDV� há um baixo volume de informações sobre clientes doTurismo. Não há práticas de tele-marketing regularizadas, nemtampouco práticas de Pós-Venda, exceto os questionários de satisfaçãode clientes, onde poucos tomam ações sérias sobre ao assunto.

M�� )DOWD� GH� TXDOLGDGH� QD�PmR�GH�REUD� RSHUDFLRQDO� HP� KRWHODULD�para atividades operacionais-chave em hotéis, bares e restaurantes,como camareiras, garçons, mensageiros e recepcionistas, a qualificaçãoda mão-de-obra é limitada, pois não há órgãos formadores deste tipode mão-de-obra com o nível de qualidade desejado pelas empresas.

N��)DOWD� GH� GLVSRQLELOLGDGH� GH� IRUQHFHGRUHV� SDUD� JUDQGHVTXDQWLGDGHV� GH� DOLPHQWRV� para eventos de maior monta, asempresas obrigam-se a buscar alimentos de São Paulo, Curitiba ouPorto Alegre devido a não existir fornecedores especializados nasquantidades requeridas, o que demanda em maior necessidade deestoque e alta dependência de fornecedores quanto a prazos deentrega.

O�� )DOWD� GH� FRQWUROH� GD� VD]RQDOLGDGH� as empresas têm sériasdificuldades de previsão de faturamento, manutenção do quadrofuncional e da estrutura montada, devido a sazonalidade – na altatemporada e em feriados estratégicos, o movimento turístico soberapidamente. Em outras épocas, o movimento reduz-se drasticamente,devido à falta de oportunidades de turismo fora de temporada.

)217(6�%,%/,2*5È),&$6LANZER, Edgar. CASAROTTI FILHO, Nélson. CUNHA, Cristiano et al. ANÁLISE DA

COMPETITIVIDADE SISTÊMICA DO SETRO TURÍSITCO EM SANTA CATARINA.Florianópolis: BRDE, 1998.

CUNHA, Idaulo José. O salto da indústria catarinense - um exemplo para o Brasil.Paralelo 27. Florianópolis, 1992.

CUNHA, Idaulo José. A ECONOMIA CATARINENSE RUMO A UM NOVO SÉCULO:Relatório Executivo. Instituto Cepa/SC. Secretaria de DesenvolvimentoEconômico e Secretaria da Qualidade e Produtividade. Florianópolis, 1999.

SANTA CATARINA EM DADOS – 1999. Federação das Indústrias do Estado deSanta Catarina. Setor Econômico-Estatístico. Florianópolis, 1998.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. ESTATÍSTICA DA INDÚSTRIABRASILEIRA – 1999.

Gazeta Mercantil S/A – Santa Catarina. ARTIGOS SOBRE O SETOR DE TURISMOEM SANTA CATARINA. Florianópolis, 2000.

Gazeta Mercantil S/A – Balanço Anual – Santa Catarina. Florianópolis, 2000.

Revista Expressão: AS 300 MAIORES EMPRESAS DO SUL. Florianópolis, 2000.

Empresas e entidades entrevistadas (Fazenda Rancho do Boqueirão, Fly TourTurismo, Costão do Santinho, Cambirela Hotel, Parthenon Lindacap, RR Tur,Fazenda do Barreiro, UFSC, UNIVEST, Serratur e Santur).