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RECURSOS

ERGOGÊNICOS E

DOPING

UNIDADE II

STEPHANIE CARVALHO BORGESJEAN CARLOS FERNANDO BESSON

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SOBRE OS AUTORES

Stephanie Carvalho BorgesMestre em Ciências Biológicas na área de atuação em Biologia Celular e Molecular pela UniversidadeEstadual de Maringá – UEM.Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD.

Stephanie  Carvalho  Borges,  mestre  em  Ciências  Biológicas  na  área  de

concentração  em  Biologia  Celular  e Molecular  e  atualmente  é  doutoranda  na

mesma área de concentração. Possui experiência de cinco anos em sala de aula,

incluindo dois anos em Ensino Superior pela Universidade Estadual de Maringá

–  UEM.  Atua  nas  áreas  de  morfologia,  histologia,  biologia  celular,  biologia

molecular  e  bioquímica,  com  enfoque  em  sistema  nervoso  entérico,  isquemia  e

reperfusão, doenças parasitárias, diabetes mellitus, obesidade, estresse oxidativo e

tratamento antioxidante.

Jean Carlos Fernando BessonMestre em Ciências Biológicas, área de Concentração – Biologia Celular e Molecular – UniversidadeEstadual de Maringá (UEM) – Maringá-PR.Especialista em Microbiologia Clínica e Laboratorial – Academia de Ciência e Tecnologia (AC&T) – São Josédo Rio Preto-SP.Graduação em Ciências Biológicas (Bacharelado) – Universidade Paranaense - UNIPAR/Toledo-PR.

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Jean  Carlos  Fernando  Besson,  Doutorando  em  Ciências  Biológicas,  Mestre  em

Ciências Biológicas, na área de concentração em Biologia Celular e Molecular e

especialista em Microbiologia Clínica e Laboratorial, possui experiência nas áreas

de  bioquímica,  inflamação  e  morfologia,  trabalhando  especialmente  com

síndrome  e  programação metabólica;  cicatrização  de  feridas  cutâneas;  doenças

inflamatórias intestinais; neuroproteção no Sistema Nervoso Entérico; inflamação;

estresse oxidativo; biotecnologia médica, atuando na pesquisas de novos fármacos

bioativos  presentes  em  plantas  e  ambientes  marinhos.  Realizou  uma  parte  do

doutorado na Mayo Clinic – Rochester – Minnesota – EUA, realizando pesquisas

relacionadas com neuroregeneração do Sistema Nervoso Entérico.

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Introdução

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IntroduçãoSeja bem-vindo(a) aluno(a) às discussões  sobre Recursos Ergogênicos e Doping,

um tema atual e amplamente presente na sociedade contemporânea, não só em

centros  esportivos  e  de  exercícios  físicos,  mas  no  cotidiano  da  maioria  dos

indivíduos  que  buscam  qualidade  de  vida  e  saúde  corporal.  Esse  material  foi

elaborado  com  o  objetivo  de  esclarecer  conceitos  sobre  o  tema  e  introduzir

aspectos relevantes relacionados a exercícios físicos e alimentação. O conteúdo se

baseia em artigos científicos e livros.

Na  unidade  I  serão  abordados  aspectos  sobre  a  nutrição  ergogênica  e  os

principais conceitos que a definem. Será discutida a legislação e classificação dos

elementos  nutricionais;  as  principais  classes  de  recursos  ergogênicos  e  sua

indicação.

Na unidade  II você  tomará conhecimento  sobre a  formação dos  radicais  livres

que  ocorrem  normalmente  nos  organismos  e  entenderá  como  que  a  formação

exacerbada dessas  substâncias  pode  causar  o  estresse  oxidativo. A partir  dessas

discussões, será possível compreender como que os sistemas antioxidantes atuam e

de que forma podemos auxiliar na homeostase corporal por meio da alimentação.

A  unidade  III  permitirá  compreender  sobre  as  principais  classificações  e

exemplos de hormônios e/ou substâncias e métodos que não devem ser utilizados

por praticantes de esportes e não praticantes.

Para  finalizar,  pautamos  na  unidade  IV  a  caracterização  dos  recursos

ergogênicos  e  suas  diversas  formas  de  uso.  A  partir  desses  conhecimentos  será

possível compreender o que é doping e de que maneira ela está inserida no meio

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desportivo  e  na  sociedade.  Finalizaremos  conceituando  ética  e  sua  relevância

para os praticantes de esporte, frequentadores de academias, atletas profissionais

e Comitês Olímpicos.

Por  fim, ao  final do estudo, você  encontrará  indicações de  livros  e artigos que

permitirão a otimização deste processo de ensino e aprendizagem. Esperamos que

consiga  internalizar  os  conteúdos  e  compreender  os  principais  conceitos

envolvidos. Bons estudos!

Stephanie Carvalho Borges

Jean Carlos Fernando Besson

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UNIDADE II

Estresse oxidativo e ação

antioxidanteStephanie Carvalho Borges

No contexto da unidade II, cujo tema central de estudos é a formação de

espécies reativas e suas diversas funções, o objetivo inicial é conceituar radicais

livres e compreender seus efeitos, que podem ser siológicos ou patológicos. Os

conteúdos aqui desenvolvidos serão amparados, em perspectivas de autores da

área, e terão um viés para que se compreendam os processos patológicos

ligados a esse tema, que tem como nalidade o estudo geral do chamado

estresse oxidativo e as potenciais ações antioxidantes cujo propósito é

combater as espécies radicalares e, consequentemente, o dano oxidativo.

Para compreensão intrínseca do tema, será abordado primeiramente os

conceitos referentes a cada estrutura estudada, e a posterior conexão entre

cada elemento, de forma a facilitar a percepção do panorama geral que

engloba todo o estudo de estresse oxidativo. A partir desse ponto, será possível

relacionar alimentação adequada com a manutenção da homeostase corporal,

por meio da identi cação dos alimentos que possuem potencial antioxidante.

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Radicais livresno  meio  científico,  a  teoria  da  evolução  é  um  dos  temas  mais  discutidos,

principalmente no que se refere à teoria da evolução celular, que propõe, e que é

amplamente  aceito,  a  endossimbiose  entre  células  anaeróbicas.  Desse

englobamento  ocorrido  a  milhares  de  anos,  surgiram  organelas  nas  células

eucariontes e um desses compartimentos agora chamado de mitocôndria possui a

capacidade de sintetizar adenosina trifosfato (ATP), a moeda energética celular.

A  síntese de ATP  só  é possível por meio de  reações  com moléculas de oxigênio

(O2),  o  que  caracteriza  uma  importante  evolução  para  as  espécies  no  planeta

Terra.

Essa  característica  proporciona  aos  organismos  a  capacidade  de  realizar

inúmeras  vias metabólicas,  de  possuir  uma  enorme  diversidade  funcional  e  de

aproveitar de forma inteligente os nutrientes advindos da alimentação. Assim, as

células  são capazes de participar tanto de reações anabólicas quanto de reações

catabólicas,  e  é  a  partir  desse  processo  de  oxidação  de  macromoléculas  na

presença de oxigênio que a maioria das espécies reativas são produzidas, ou seja,

a  síntese  de  radicais  livres  são  subprodutos  naturais  formados  por  nosso

organismo.

 

O que são radicais livres?

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O que são radicais livres?Os átomos são constituídos basicamente por prótons (carga positiva) e nêutrons

que se localizam centralmente; os elétrons, que possuem carga negativa, circulam

em volta do núcleo  em diferentes  orbitais,  de acordo  com  seu número atômico.

Radicais  livres  são átomos ou moléculas que possuem elétrons desemparelhados,

portanto  se  encontram  instáveis  e para  se  estabilizar  retiram elétrons de outros

átomos ou moléculas tornando-os também instáveis, causando assim uma cascata

de formação de radicais livres.

Esses átomos ou moléculas  instáveis  “sequestram” elétrons preferencialmente de

lipídeos  de membrana,  proteínas  e  DNA,  podendo  transformar  essas  estruturas

em  novas  espécies  reativas  ou  simplesmente  alterar  suas  estruturas  químicas

fazendo com que percam sua função básica. Sabendo que essas estruturas são de

fundamental  importância  para  a  constituição  e  para  a  fisiologia  celular,  sua

alteração é extremamente prejudicial às células.

Espécies reativasa produção de espécies reativas é parte integrante do metabolismo humano e é

observada nas diversas funções biológicas. Quando falamos de espécies reativas,

nos referimos às estruturas desestabilizadas eletronicamente, as quais derivam de

alguns  elementos  químicos  presentes  normalmente  no  nosso  organismo.  As

espécies radicalares podem ser extremamente reativas, enquanto que espécies não

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radicalares,  ou  seja,  não  reativas,  não  atuam diretamente  como  radicais  livres,

porém  possuem  propriedades  que  proporcionam  a  formação  de  espécies

radicalares.

A partir deste panorama podemos destacar as espécies derivadas de cloro como

o ácido hipocloroso HOCl e o cloreto de nitrila NO Cl; as derivadas de enxofre,

por  exemplo,  o  radical  tiíla  RS ,  e  os miscelâneos  e metais  como  o  Fe,  Cu, Mn,

entre  outros.  Porém,  as  principais  espécies  reativas  formadas  no  organismo,  são

aquelas  derivadas  de  oxigênio  e  nitrogênio.  Para  espécies  reativas  de  oxigênio

temos o ânion-radical superóxido O  e o poderoso radical hidroxila OH que são

as principais formas encontradas, além disso destacamos também a formação de

radicais peroxila RO  e alcoxila RO, além do oxigênio  singlete  O * e o ozônio

O . Não podemos deixar de falar do peróxido de hidrogênio H O , que apesar de

não ser uma espécie reativa de oxigênio, é intermediário para a formação destas.

Para  espécies  reativas  de  nitrogênio,  destacamos  principalmente  o  óxido  nítrico

ou monóxido de nitrogênio ON e o dióxido de nitrogênio NO . Há também uma

poderosa espécie radicalar chamada peroxinitrito ONOO  que é formada a partir

da reação de um ânion superóxido e um óxido nítrico O + ON → ONOO .

 

Formação dos radicais livres

2

.

2.- .

2. . 1

2

3 2 2

. 2.

-

2.-  . -

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Os radicais livres podem ser formados a partir de indutores exógenos ou agentes

endógenos,  que  mediante  alterações  químicas  causam  o  desequilíbrio  redox

celular. Várias são as fontes exógenas de produção de espécies reativas: radiação

solar e nuclear, poluição do ar, uso indiscriminado de anti-inflamatórios, cigarros,

bebidas alcoólicas, drogas, dietas alimentares pobres e xenobióticos, por exemplo,

aditivos alimentares.

Porém, é de difícil controle sobre a produção endógena de espécies reativas, pois

sintetizamos  normalmente  espécies  radicalares  e  não  radicalares  em  nossas

células.  Podemos  citar  principalmente  as mitocôndrias  como  fonte  produtora  de

ânions superóxido e os peroxissomos como fonte de peróxido de hidrogênio, além

de  sistemas  enzimáticos  como  o  citocromo  P450,  NADPH  oxidase  e  sistema

xantina oxidase. Além disso,  também ocorre uma produção de espécies reativas

de oxigênio (EROs) e espécies reativas de nitrogênio (ERNs) durante infecções e

processos inflamatórios, onde podemos citar a mieloperoxidase que utiliza de sua

capacidade de síntese de radicais livres para eliminar patógenos.

 

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Reflita

Uma vez que podemos evitar a produção exacerbada de espécies reativas

devemos tomar certos cuidados diários, evitando tomar sol em horários de

maior incidência dos raios UV e sempre fazendo uso do protetor solar, evitar

o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros, evitar a automedicação e o

consumo exagerado de “fast food”.

FIGURA 1.2 - Agentes indutores da formação de radicais livres FONTE Google Imagens

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Estresse oxidativocomo vimos anteriormente, a produção de espécies reativas no nosso organismo

pode  ser  induzida  por  meio  de  fatores  exógenos  ou  pelo  próprio  organismo

mediante  as  reações  bioquímicas  que  nele  ocorrem.  Sabendo  que  essas  espécies

contribuem de maneira benéfica, mas também podem atuar causando prejuízos,

ao longo de milhares de anos, por intermédio da evolução, sistemas antioxidantes

foram  criados  a  fim  de  combater  as  diversas  espécies  reativas  e  manter  a

integridade corporal. O sistema antioxidante endógeno é constituído de sistemas

enzimáticos  e  não  enzimáticos  cujo  único  objetivo  é  combater  as  espécies

radicalares  e  não  radicalares  a  fim  de  manter  o  equilíbrio  redox  das  células,

sendo  que  esses  sistemas  atuam  inter  e  intracelularmente  protegendo  células,

órgãos e sistemas.

Quando,  devido  a  vários  fatores,  ocorre  uma  síntese  exacerbada  de  radicais

livres  e  os  sistemas  antioxidantes  endógenos  não  são  capazes  de  controlar  e

reestabelecer  o  equilíbrio  bioquímico,  ocorre  o  que  chamamos  de  estresse

oxidativo.  Portanto,  o  estresse  oxidativo  resulta do desequilíbrio  entre  o  sistema

pró e antioxidante (SCHAFER, 2001; FINKEL, 2000).

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O  dano  oxidativo  ocorre  primariamente  no  DNA,  lipídeos  e  proteínas,  o  que

pode  acarretar  na  perda  da  função  e  até  mesmo  morte  celular.  Além  de

causarem  alterações  genéticas  quando  atacam DNA,  os  radicais  livres  quando

sequestram  elétrons  de  lipídeos  de  membrana,  provocam  uma  cascata  de

produção  de  espécies  reativas,  chamada  peroxidação  lipídica,  onde  o  lipídeo

atacado se torna uma espécie reativa capaz de sequestrar o elétron do lipídeo ao

lado. A peroxidação  lipídica  é  um  indicador  secundário  de  estresse  oxidativo  e

pode  promover  uma  desestruturação  celular  e  até  mesmo  o  rompimento  da

membrana.

Outro  marcador  padrão  de  estresse  oxidativo  se  refere  a  ataques  de  radicais

livres  a  proteínas  celulares,  causando  a  carbonilação  de  proteínas  como

consequência oxidativa. Quando as proteínas  sofrem ataque, grupos  carbonilas,

como  aldeído  e  cetonas,  aparecem  em  suas  estruturas  e  por  meio  de  técnicas

bioquímicas é possível avaliar o estado oxidativo celular ou tecidual.

A peroxidação lipídica e a carbonilação de proteínas são os principais produtos

da  ação  dos  radicais  livres.  O  tamanho  do  dano  oxidativo  depende  do  estado

redox das células, uma vez que podem se encontrar extremamente reduzido ou

extremamente  oxidado  e  assim  as  células  respondem  de  maneiras  diferente  a

diferentes graus de  estresse  oxidativo. Dependendo do estado oxidativo,  lipídeos

quando atacados, por exemplo, podem promover quebra de cadeia e aumento da

fluidez  e  permeabilidade  da membrana. As  proteínas  sofrem modificações  sítio

específicas de aminoácidos, fragmentação de cadeia, alteração de cargas elétricas,

perda da função e aumento da susceptibidade de proteólise. Por fim, o DNA pode

sofrer  remoção  de  nucleotídeos,  modificação  de  bases,  ligação  indevida  à

proteínas e quebra de cadeia.

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Reflita

O processo de estresse oxidativo só irá surgir caso ocorra algum processo

patológico no indivíduo, onde a quantidade de radicais livres supera a

capacidade antioxidante endógena. Uma vez que o indivíduo não apresenta

patologia, cabe somente a ele o controle na síntese de espécies reativas, pois

ele é capaz de evitar os indutores exógenos: raios UV, bebidas alcoólicas,

cigarros e principalmente alimentos pobres em nutrientes.

Uma  vez  que  instalada  o  processo  de  estresse  oxidativo,  certamente  ocorrerá

dano celular que pode implicar em envelhecimento ou doença, porém os sistemas

antioxidantes  enzimáticos  e  não  enzimáticos,  quando  eficientes,  são  capazes  de

combater as espécies reativas e manter a homeostase fisiológica e a integridade

corporal.

 

 

 

Biologia dos radicais livres

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Uma  vez  que  a  oxidação  é  parte  integrante  da  via  aeróbica  e,  portanto,  do

metabolismo, as espécies reativas tanto de oxigênio (EROs) quanto de nitrogênio

(ERNs) estão sendo produzidas a todo o momento em nosso organismo. Quando

falamos  de  radicais  livres,  logo  remetemos  a  efeitos  danosos  às  estruturas

celulares,  porém  algumas  espécies  reativas  possuem  papel  fundamental  em

determinadas reações bioquímicas que ocorrem nas células e entre elas. Porém, de

maneira geral, a maioria dos radicais sintetizados pode atuar de forma deletéria

causando danos e até mesmo a morte celular.

 

Processos siológicosA  presença  de  espécies  reativas  no  corpo  permite  que  alguns  processos

bioquímicos  ocorram  a  fim  de  facilitar  o  equilíbrio  celular  e  a  homeostase

corporal. Essa  capacidade de utilizar  espécies  reativas que,  teoricamente  seriam

danosas,  em  substâncias  benéficas  só  foi  possível  graças  a milhares  de  anos  de

evolução das células e organismos aprendendo a conviver com os radicais livres

produzidos por eles mesmos.

EROs  e ERNs desempenham papéis  fisiológicos  importantes.  Eles podem atuar

no controle da pressão sanguínea, na sinalização celular, apoptose, fagocitose de

agentes patogênicos, fertilização de ovos e amadurecimento de frutos (VASCONCELOS

et al., 2007). Além disso, estão relacionados à transformação celular e ao processo de

envelhecimento. O óxido nítrico em especial desempenha funções imprescindíveis

como  regulação  do  fluxo  sanguíneo,  da  motilidade  intestinal  e  contração

muscular, além de desempenhar funções metabólicas como aumento da oxidação

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de ácidos graxos, redução da síntese de triacilgliceróis e redução da lipogênese no

tecido adiposo (JOBGEN et al., 2006). Assim sendo, são substâncias que, dependendo da

sua  forma de atuação  e  capacidade de alteração bioquímica, podem contribuir

positivamente para o controle de reações bioquímicas importantes e manutenção

diária do organismo.

Processos patológicosDna,  lipídeos  e  proteínas  são  os  principais  alvos  de  ataque  dos  radicais  livres,

sendo  que  a  ordem  de  preferência  depende  de  vários  fatores,  como  a

disponibilidade  de  íons  metálicos  e  sua  capacidade  de  se  associar  a  essas

moléculas,  a  localização  de  síntese  dessas  espécies  reativas  e  a  capacidade

relativa de uma macromolécula  ser oxidada. É  importante observarmos que as

células  possuem  maquinaria  especializada  em  degradar  lipídeos  e  proteínas

modificadas que já não são mais capazes de executar suas funções básicas, porém,

a molécula de DNA, portadora de todas as informações genéticas, não sofre esse

tipo  de  degradação  e  a  célula  que  sofreu  lesão  no  seu  material  genético,  se

encontra permanentemente comprometida. Assim sendo, a ação de radiais livres

sobre o DNA é responsável por mutações e aparecimento de câncer.

Além de indução do câncer, espécies reativas podem atuar de maneiras nocivas

no  organismo  contribuindo  na  fisiopatologia  de  muitas  doenças  crônicas,  por

exemplo,  em  doenças  autoimunes,  doenças  cardíacas,  doenças  pulmonares,

intoxicação por xenobióticos e na propagação da AIDS em pacientes soropositivos

(HIV+).  Doenças  como  o  Alzheimer,  esclerose  múltipla,  diabetes  mellitus  e

anemia  falciforme  também  estão  relacionadas  às  alterações  do  estado  redox

celular (VASCONCELOS et al., 2007).

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É  importante  salientar  que  também  somos  responsáveis  por  grande  parte  da

síntese  de  radicais  livres  em nosso  organismo. Alta  percentagem da  população

possui  uma  dieta  alimentar  pobre,  faz  uso  de  álcool  e  cigarros  e  não  possui

prática diária de exercícios físicos, o que caracteriza sedentarismo.

Porém, exercícios físicos devem ser realizados de acordo com a capacidade física

de  cada  indivíduo,  uma  vez  que  segundo  Bloomer  e  colaboradores  (2007),

atividades  físicas  extenuantes podem promover danos  e mudanças bioquímicas

na área afetada, levando à geração de citocinas inflamatórias e espécies reativas

de oxigênio que podem degradar proteínas musculares e contribuir para os sinais

e  sintomas  de  lesões  como  a  perda  de  força  muscular  e  extravasamento  de

proteínas  celulares para o  sangue. A produção de  espécies  reativas de  oxigênio

ocorre  por  meio  do  processo  de  isquemia  e  reperfusão  que  acontece  durante  o

exercício  físico,  devido  a  um  desvio  natural  da  circulação  sanguínea  para  os

músculos  em  atividade  causando  temporariamente  uma  hipóxia  em  outros

tecidos  e,  portanto,  produzindo  radicais  livres,  que  podem  contribuir  para  o

envelhecimento e para o aparecimento de doenças.

Contudo, de maneira geral, indivíduos menos treinados, que realizam exercícios

com intensidade e duração além do estado de condicionamento físico, são os mais

atingidos  pela  síntese  excessiva  de  espécies  reativas.  Em  contrapartida,  o

treinamento físico com sobrecargas progressivas e ajustadas além de poder gerar

adaptações, é capaz de prevenir contra os efeitos danosos causados pelos radicais

livres.

Umas das teorias mais plausíveis para explicar os benefícios do exercício físico se

refere a mitohormesis, a qual se refere a adaptação de antioxidantes endógenos e

consequente  aumento  da  capacidade  de  defesa,  mediante  graduais  estresses

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oxidativos (NAVARRO et al., 2012).

 

Ação antioxidanteO  organismo  se  protege  contra  os  efeitos  deletérios  causados  pelas  espécies

reativas por meio de um complexo sistema antioxidante o qual possui substâncias

enzimáticas  e  substâncias  não  enzimáticas.  Essas  substâncias  são  capazes  de

retardar ou inibir a oxidação dos substratos e assim impedir o processo de estresse

oxidativo  provocado  pela  formação  de  radicais  livres.  O  sistema  antioxidante

ainda  é  capaz  de  interagir  com  determinadas  espécies  reativas  tornando-as

menos tóxicas ao organismo.

De acordo com Halliwell  (2000), antioxidante é qualquer substância que quando

presente em baixa concentração comparada a do substrato oxidável, regenera o

substrato  ou  previne  significativamente  a  oxidação  do  mesmo.  Esses

antioxidantes  são  macro  e  micromoléculas  de  origem  endógena  ou  obtido

diretamente  da  alimentação  que  quando  presentes  no  organismo  podem  agir

diretamente  na  neutralização  da  ação  dos  radicais  livres  ou  participar

indiretamente dos sistemas enzimáticos.

 

Antioxidantes endógenos enzimáticos e não

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Antioxidantes endógenos enzimáticos e nãoenzimáticosAs enzimas participantes do sistema antioxidante são encontradas em todas as

células e em seus compartimentos, como mitocôndrias, núcleo e citoplasma, além

disso,  estão  presentes  também  no  espaço  extracelular.  A  proteção  enzimática

baseia-se  quase  que  exclusivamente  na  decomposição  do  ânion  superóxido  ou

dismutação do peróxido de hidrogênio:

a. Superóxido  Dismutase  (SOD):  é  a  primeira  linha  de  defesa  enzimática  e

dependendo de sua localização encontra-se complexada com Zn, Cu ou Mn.

A SOD  catalisa a dismutação do ânion  superóxido O convertendo-o  em

O  e H O .

b. Glutationa Peroxidase (GPx): reduz o peróxido de hidrogênio H O à H O e

O . Essa enzima utiliza como cofator e doador de elétrons o tripeptídeo GSH

também chamado de glutationa reduzida. A GPx se encontrada no citosol,

mitocôndria e espaço extracelular.

c. Catalase (CAT): assim como a GPx, reduz o peróxido de hidrogênio H O a

H O e O porém ela se encontra dentro dos peroxissomos.

d. Glutationa  Redutase  (GR):  responsável  por  regenerar  o  tripeptídeo  GSH,

uma  vez  que  quando  oxidado  se  encontra  na  forma  de  GSSG.  O  GSH

trabalha como doador de elétrons participando das reações da GPx, assim,

para  que  essa  enzima  trabalhe  na  redução  de  peróxidos  é  necessário  a

manutenção dos níveis de GSH, por isso a importância da enzima GR.

 

2.- 

2 2 2

2 2  2

2

2 2 

2 2, 

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Além das quatro enzimas acima citadas, a Glutationa-s-transferase (GST), que

trabalha com o GSH como cofator, impede indiretamente a formação de espécies

reativas,  uma  vez  que  participa  dos  processos  de  desintoxicação  de  compostos

xenobióticos,  por  exemplo,  toxinas  ambientais,  agentes  quimioterápicos,  outros

medicamentos,  pesticidas  e  aditivos  alimentares,  impedindo  assim  que  esses

compostos se acumulem no organismo causando danos.

Com  relação  ao  sistema  antioxidante  endógeno  não  enzimático  já  citamos  a

glutationa  reduzida  (GSH),  um  tripeptídeo  capaz  de  doar  elétrons  para  as

enzimas GPx e GST, as quais inibem estruturas radicalares e não radicalares. Já a

tiorredoxina  possui  um  grupamento  tiol  em  sua  estrutura  capaz  de  doador

elétrons  participando  assim  de  processos  antioxidantes.  Ela  está  presente  no

citoplasma,  membranas,  mitocôndrias  e  espaço  extracelular.  Por  fim,  podemos

citar  os  hormônios  melatonina  e  o  estrogênio,  que  possuem  propriedades

antioxidantes, a melatonina atuando sinergicamente com as vitaminas C e E e o

estrogênio agindo similarmente à vitamina E.

 

Antioxidantes exógenosquando nos alimentamos,  ingerimos substâncias que são essenciais para o bom

funcionamente  do  corpo,  facilitando  a  atividade  das  vias  metabólicas  e

dificultando o aparecimento de doenças oportunistas. Mediante uma alimentação

saudável  adquirimos  nutrientes  que  atuam  como  antioxidantes,  uma  vez  que

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esses  nutrientes  possuem  a  capacidade  de  doar  elétrons  neutralizando  espécies

reativas.  Além  disso,  algumas  dessas  substâncias  podem  ainda  participar

indiretamente  dos  sistemas  enzimáticos.  Os  antioxidantes  exógenos  são

extremamente  importantes,  pois  combatem  direta  e  indiretamente  os  radicais

livres mantendo a saúde corporal.

Uma dieta suplementada com antioxidantes fornece uma abordagem prática e

razoável para a redução do nível de estresse oxidativo, pois ela também é capaz

de regenerar os danos causados em sistemas biológicos essenciais:

a. Ácido  ascórbico  ou  vitamina  C:  desempenha  papéis  metabólicos

fundamentais  possuindo  papel  redutor,  assim  ele  é  capaz  de  ser  oxidado

pela maioria  das  ERO  e  ERN. No  organismo  é  encontrado  na  forma  de

ascorbato,  que  é  a  forma  que  atua  como  antioxidante  e  se  localiza

preferencialmente  no  citosol  e  em  fluidos  extracelulares  atuando

diretamente sobre o ânion superóxido, radicais hidroxil e oxigênio singlete,

convertendo-os  em espécies  inofensivas  (BARREIROS, 2006).  Pode  ser  obtido por

meio do consumo de frutas e vegetais e encontra-se em maior quantidade

na acerola, limão, laranja, brócolis, repolho, couve-flor e pimentão verde. O

consumo  de  bebidas  alcoólicas  e  o  ato  de  fumar  podem  reduzir  ou  até

mesmo esgotar os níveis de vitamina C no organismo.

b. Vitamina E: sua forma biológica mais ativa é o α-tocoferol que atua como

eficiente  inibidor  da  peroxidação  de  lipídios.  Pode  ser  adquirido

principalmente  mediante  o  consumo  de  sementes  de  cereais,  abacate,

brócolis e folhas verdes.

c. Carotenoides  incluindo  a  vitamina  A:  alguns  carotenoides  atuam  como

precursores na síntese da vitamina A. Estão presentes em vegetais e frutas

com  coloração  intensa,  como  frutas  amarelas  e  alaranjadas  e  em  folhas

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verdes.  Sua  função  antioxidante  em  vivo  se  constitui  em  desativar  do

oxigênio singlete ou como sequestrador de radicais peroxila (BARREIROS, 2006).

d. Polifenois  incluindo  flavonoides:  os polifenois  compreendem os  flavonoides,

fenóis,  ácidos  fenólicos,  ligninos  e  taninos.  São  encontrados  nas  frutas,

vegetais,  vinho  tinto,  nozes,  cervejas,  chás,  sementes,  grãos,  temperos  e

plantas medicinais atuando como importantes antioxidantes. De acordo com

Pietta (2000), pode ser ingerido de 50 a 800 mg/dia. Podemos citar como

exemplo o resveratrol presente nas uvas, vinho tinto e ameixas; quercetina

presente  na  cebola,  chás,  brócolis  e  vinho  tinto;  antocianinas  presente  em

frutas de coloração avermelhada e as catequinas encontradas no chá verde

e no cacau.

e. Minerais:  Zinco  (Zn),  Cobre  (Cu), Manganês  (Mn),  Ferro  (Fe)  e  Selênio

(Se) são componentes-chaves das enzimas que possuem ação antioxidante,

sendo, portanto, importante estarem presentes na dieta cotidiana.

 

Para  que  o  organismo  possa  adquirir  uma  suplementação  adequada  desses

antioxidantes exógenos é necessário que se faça uma dieta balanceada para que

o  organismo  não  se  sobrecarregue  e  que  mantenha  os  níveis  ideais  dessas

estruturas a fim de propiciar um ambiente saudável, resistente e livre de doenças.

Para  indivíduos  que  estão  em  processos  de  recuperação,  uma  combinação  de

antioxidantes pode ser uma via interessante de suplementação.

Durante  o  exercício  físico,  espécies  reativas  têm  sua  produção  aumentada  e

podem  promover  lesão  muscular  e  inflamação.  Atletas  buscam  a  todo  o

momento,  proteção  contra  esse  tipo  de  estresse,  encontrando  nos  antioxidantes

uma  via  interessante  de  suplementação,  que  podem  atuar  inibindo  os  efeitos

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danosos dos  radicais  livres  e acelerando o processo de  recuperação (Figura 2.2).

Deve-se ainda  levar  em consideração  fatores  como a  idade,  estado emocional  e

nutricional,  nível  de  treinamento  e  tipo  de  exercício  físico,  pois  esses  fatores

podem influenciar nos resultados da suplementação com antioxidantes.

 

FIGURA 2.2 - Exercício físico e a suplementação com antioxidantes: Estilo de vida saudável

FONTE Google Imagens

 

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Fique por dentro

Atividade física intensa altera o estado redox celular promovendo a

produção de radicais livres, o que pode favorecer o aparecimento de

doenças e o envelhecimento, portanto é ideal que a intensidade dos

exercícios seja feita de maneira progressiva para que o organismo se adapte

de maneira saudável. Além disso, a suplementação com antioxidantes deve

ser feita com o acompanhamento de um profissional da área, pois apenas

em pequenas quantidades que essas substâncias trabalham de maneira

benéfica diminuindo as espécies reativas e promovendo saúde e bem-estar.

Indicação de leitura

Nome do livro: Editorial: Estresse Oxidativo, causa ou consequência

Vale  ressaltar  que  nenhum  fármaco,  alimento,  suplemento  ou  recurso

ergogênico é capaz de promover tantos efeitos benéficos, mediados pelas espécies

reativas, quanto a prática regular de exercícios físicos prescritos (NAVARRO et al., 2012).

 

 

 

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Editora: Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício

Autor: Francisco Navarro (Editor Chefe)

ISBN: 1981-9900

Trata-se de um editorial escrito e revisado por mais de 20 estudiosos da

área, que aplicam seus estudos sobre exercício físico aos estudos recentes de

estresse oxidativo.

Indicação de leitura

Nome do livro: Aspectos Bioquímicos do exercício excêntrico e a

suplementação de antioxidantes

Editora: Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte

Autor: SILVA, L. A.; PINHO, C. A.; SOUSA, L. C.; SILVEIRA, P. C.; PINHO, R. A.

Artigo científico direcionado para as implicações bioquímicas da

suplementação de antioxidantes sobre osmarcadores de estresse oxidativo

decorrentes do exercício excêntrico.

Conclusão

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ConclusãoComo vimos na leitura desse livro, o uso de recursos ergogênicos é uma prática

comum  presente  em  todas  as  esferas  da  sociedade,  e  é  motivado  por  muitos

aspectos, entre eles a melhora na estética, no desempenho físico e na qualidade

de  vida.  As  pessoas  estão  cada  vez mais  se  acostumando  às  novas  tendências

alimentares e desportivas, o que vêm modificando os estilos de vida e os valores

sociais.

Motivado por essas mudanças, profissionais da área esportiva e nutricional vêm

se  especializando  e  se  adequando  às  novas  perspectivas  dessa  geração.

Suplementos, vitaminas e sheiks vêm sendo consumidos em grande escala e cabe

a esses profissionais auxiliarem no consumo sadio e coerente.

Quando recursos ergogênicos ou outras substâncias que alteram o metabolismo

ou a composição corpórea do indivíduo são utilizados de maneira inapropriada,

efeitos  colaterais  podem  surgir  e  tal  fato  ocorrendo  entre  atletas  profissionais  é

caracterizado  doping.  Por  isso,  devemos  saber  a  importância  de  utilizarmos

corretamente os recursos ergogênicos  lícitos para promover a  igualdade entre as

pessoas e a melhora na qualidade de vida.

Portanto, o conteúdo desse livro permite a(o) aluna(o) uma visão mais criteriosa

em  relação  aos  recursos  ergogênicos,  substâncias  e  métodos  proibidos,  dando

enfoque  final  nas  questões  éticas  e  morais  que  envolvem  a  sociedade.  Ficam

nossas  recomendações  de  complementação  de  leituras  e  atualização  de

conhecimento, visto que dia a dia novos  conceitos e novas  formas de aplicação

surgem como métodos de aprendizagem.

 

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Stephanie Carvalho Borges

Jean Carlos Fernando Besson

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Referências

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Atividades - Unidade II

Sobre o conceito de espécies reativas, assinale a alternativa correta:

A) São lipídeos de membrana, proteínas e DNA.

B) Moléculas que possuem um ou mais átomos desemparelhados em sua estrutura.

C) Átomos ou moléculas que possuem elétrons desemparelhados.

D) Átomos ou moléculas que possuem elétrons em diferentes orbitais.

E) Espécies reativas são formadas a partir de lipídeos de membrana, proteínas e DNA.

Assinale a alternativa correta:

A) Radicais livres são formados a partir de reações enzimáticas que ocorrem nos lipídeos, proteínas

e DNA.

B) Raios UVA e UVB são os principais causadores de espécies reativas e por isso devemos sempre

fazer uso de protetor solar.

C) Radicais livres podem se formar a partir de estímulos exógenos e/ou endógenos e sua produção

exacerbada causa um desequilíbrio redox nas células prejudicando a homeostase celular.

Atividades

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D) Lipídeos de membrana, proteínas e DNA são as principais fontes endógenas de radicais livres.

E) Podemos evitar a síntese exacerbada de radicais livres de fontes exógenas e endógenas

mediante atitudes simples como evitar bebidas alcóolicas, cigarros e uso indiscriminado de

anti-inflamatórios.

A molécula de oxigênio é fundamental no processo de oxidação sofridopelos alimentos nas vias catabólicas, porém é um dos principais responsáveisno processo de produção de espécies reativas de oxigênio. Considerado essaafirmação, assinale a alternativa correta:

A) O oxigênio absorvido na respiração é responsável pela produção de radicais livres sendo que

uma dieta alimentar menos calórica diminuiria a quantidade necessária de absorção de

moléculas de oxigênio e, por fim, seriam produzidos menos radicais livres.

B) Graças a presença da molécula de oxigênio nos sistemas biológicos, é possível a síntese de ATP e

como consequência a produção de radicais livres, que possuem apenas efeitos deletérios nas

células.

C) Os alimentos sofrem oxidação nas diferentes vias catabólicas com o objetivo final de síntese de

ATP e para que esse processo ocorra é necessário que moléculas de oxigênio estejam presentes

para evitar a produção de radicais livres, uma vez que essa é a única fonte de espécies reativas

nos sistemas biológicos.

D) A evolução celular permitiu que o oxigênio fosse utilizado nas vias catabólicas com o propósito

de evitar a produção excessiva de espécies reativas de oxigênio, uma vez que essa molécula

trabalha como aceptor de elétrons na membrana mitocondrial interna proporcionando a

eficiente síntese de ATP.

E) A evolução celular permitiu que espécies reativas fossem produzidas a fim de trabalharem em

diferentes vias metabólicas do organismo resultando na síntese de ATP.

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Sobre os marcadores para estresse oxidativo, assinale a alternativa correta:

A) Morte celular e envelhecimento atuam como marcadores de estresse oxidativo, uma vez que

são de fácil identificação nos indivíduos.

B) Os marcadores de estresse oxidativo são lipídeos, proteínas e DNA, que uma vez alterados

indicam ataque por radicais.

C) Peroxidação lipídica e carbonilação de proteínas.

D) Os marcadores para estresse oxidativo são: peroxidação de lipídeos e DNA alterado.

E) Apenas carbonilação de proteínas e DNA alterado são marcadores para estresse oxidativo.

Assinale a alternativa que conceitua corretamente o termo estresseoxidativo:

A) Estado redox nas células alterado induzido por fatores exógenos.

B) O desequilíbrio entre os sistemas pró-oxidante e antioxidante causam a síntese exacerbada de

radicais livres, que atua de maneira deletéria nas células causando o estresse oxidativo.

C) Estresse oxidativo ocorre quando as defesas antioxidantes são eficientes e/ou ocorre controle na

produção de espécies reativas.

D) Estresse oxidativo são alterações sofridas no DNA, lipídeos e proteínas por ataque de radicais

livres que sequestram elétrons para se tornarem estáveis.

E) O desequilíbrio entre os sistemas pró e antioxidante causam o estresse oxidativo, uma vez que a

síntese de radicais livres está diminuída e os sistemas antioxidantes endógenos são eficientes.

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Fazem parte dos processos fisiológicos promovidos por radicais livres:

A) Controle da pressão sanguínea, transformação e sinalização celular, alterações bioquímicas de

lipídeos e proteínas, envelhecimento, morte programada e geração de citocinas inflamatórias.

B) Controle da pressão sanguínea, transformação e sinalização celular, apoptose,

amadurecimento de frutos, fagocitose de agentes patogênicos, envelhecimento e fertilização

de ovos.

C) Transformação celular, apoptose, amadurecimento de frutos, fagocitose de agentes

patogênicos, envelhecimento, ativação de proteólise e alteração do material genético.

D) Apoptose, sinalização celular, envelhecimento, proteólise, fagocitose de agentes patogênicos,

transformação celular e controle da pressão sanguínea.

E) Câncer, mutação, proteólise, alterações em lipídeos de membrana, alteração do material

genético e geração de citocinas inflamatórias.

Considerando os processos patológicos causados por excesso de radicaislivres no organismo, assinale (V) para alternativa(s) verdadeira(s) e (F) paraalternativa(s) falsa(s):

A) Quando radicais livres se encontram em excesso, eles podem atacar várias estruturas celulares e,

consequentemente, haverá mutação no material genético das células afetadas, de maneira

que acarreta no desenvolvimento de vários tipos de câncer.

B) Indivíduos menos treinados, com fraco condicionamento físico ao fazerem exercício extenuante,

têm maiores chances de produção acentuada de radicais livres, enquanto que indivíduos

treinados e adaptados têm maiores chances de se prevenir contra os efeitos danosos causados

pelo excesso de espécies reativas.

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C) A síntese exacerbada de radicais livres ocorre por algum defeito genético, ou seja, por meio de

processos endógenos, sendo que os indivíduos afetados não são responsáveis pelo controle do

aparecimento de espécies reativas.

D) Doenças crônicas, câncer, diabetes, esclerose, Alzheimer e intoxicação por xenobióticos são

exemplos fisiopatológicos de doenças relacionadas ao aparecimento de radicais livres.

E) Isquemia e reperfusão é um processo que pode ocorrer durante o exercício físico, causando

hipóxia temporária nos tecidos e com isso promovendo a síntese de radicais, os quais causam

envelhecimento e pode contribuir para o surgimento de doenças.

Assinale a alternativa que compreende o sistema antioxidante enzimático:

A) Superóxido dismutase, glutationa reduzida, glutationa redutase, catalase e glutationa-s-

transferase.

B) Superóxido dismutase, glutationa peroxidase, catalase, glutationa redutase e glutationa-s-

transferase.

C) Superóxido dismutase, catalase, glutationa reduzida, glutationa redutase e tiorredoxina.

D) Glutationa redutase, catalase, glutationa peroxidase, glutationa-s-transferase, glutationa

reduzida e superóxido dismutase .

E) Glutationa redutase, glutationa reduzida, tiorredoxina, melatonina e estrogênio.

Considerando os sistemas antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos,assinale (V) para alternativa(s) verdadeira(s) e (F) para alternativa(s) falsa(s):

A) Fazem parte do sistema antioxidante não enzimático apenas o GSH, a tiorredoxina, a

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melatonina e o estrogênio.

B) Uma dieta suplementada com antioxidantes é importante para os atletas, pois eles ingerem

substâncias capaz de combater espécies reativas e de se integrarem nos sistemas enzimáticos.

C) Fazem parte do sistema antioxidante não enzimático substâncias sintetizadas pelo próprio

organismo como o GSH, a tiorredoxina, a melatonina e o estrogênio e também substâncias

adquiridas por meio da alimentação, como vitaminas e minerais.

D) Os sistemas antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos trabalham de maneira integrada, a

fim de promover uma eficiente defesa contra espécies reativas produzidas no dia a dia ou até

mesmo durante a prática de exercícios.

E) Antioxidantes adquiridos pela alimentação servem apenas para aumentar a proteção contra

radicais livres, uma vez que já possuímos um sistema antioxidante enzimático endógeno capaz

de manter a homeostase corporal.

Analisando o panorama geral que envolve estresse oxidativo, assinale aalternativa correta:

A) Os radicais livres podem ser sintetizados pelo próprio organismo ou por meio de indutores

exógenos, porém, o sistema antioxidante enzimático está presente no organismo para impedir

que ocorra a síntese desses radicais, o que poderia provocar o aparecimento do estresse

oxidativo.

B) Indutores endógenos e exógenos promovem a síntese de radicais livres, causando o chamado

estresse oxidativo.

C) O estresse oxidativo ocorre apenas em indivíduos que estão expostos aos indutores exógenos.

São eles: fumantes, alcoólatras e obesos.

D) Os radicais livres podem ser sintetizados pelo próprio organismo ou mediante indutores

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exógenos, porém os sistemas antioxidantes estando operando de forma eficiente, são capazes

de combater as espécies reativas e impedir o aparecimento do estresse oxidativo.

E) Radicais livres podem atacar estruturas celulares a fim de transformá-las em novas espécies

reativas. Quando há um descontrole entre os sistemas pró e antioxidante surge o estresse

oxidativo e apenas a suplementação com vitaminas e minerais na dieta é capaz de neutralizar

as espécies reativas e reestabelecer a homeostase corporal.