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58 HEVISTA
-O rompimento d11 Cem·l'nse contra os Equili· bristns. A desvantagem e sem razüo de semelhante proceder. Opposit;ilo do Senador Aleuear a este rom· pimento. Conscqueucias perig-osas das divisões dt)S partidos. A concilia�,:�o geral como un ico meio dr sal var a proví ncia. Cearil, ?.:3 de Fe,·ereiro de lt-:47. Typ. de .Joaquim Antunes do Oliveira, Rua rlo Quar· te:! 11." ;3.
-- Uyei/'11.� (lhseri·a,Jies sobre algumas en furmicJades elos orgüos annexos ao globo oeeular c a Oph · talmia aguda em geral, these apresentada <Í Fac· u ldnde de :Jledic:ina do Rio de Janeiro c sustentada cm �� d0 :\I aio de I Si')O. Foi approvadn. com dis· ti nvçü o c louvor. Impressn na Typ. de Francisco elo Paula Brito, Pnu;a da Constituição n." l1-l·, Rio.
-fie(t�fmJío rí.'f cofmuniu.� de Antonio Theodorico. Fortaleza, 1866, TypogTaphia Bmzilcira de .Toüo Entng-clistn, Rua Formosa, n.'' 8�.
-.1 chegada nesta t.·apital (tio l'eará) no dia 26 de .Junho dos presidentes: do l\lanwhão, o Sr. commendador Dr . . José Bento da Cunha Figueiredo .Ju. nior ; do Pará o Sr. Barão da Villn da Barra; e do Amazonas o Sr. Dr. Domingos :Monteiro Peixoto, etc. Fortaleza. IB/2, 8 pp. de 2 columnas, in 4.".
JOSÉ MANOEL DOS SANTOS BRIGlDO rPactre<.-Natural do lcó, nasceu no primei ro decennio do se�ulo passado.
Ordenou-se no antigo seminario llc. Olinda, e l'oi vig1ll'ÍO do Exú, em Pornambuco, do .Jardim neste Estado, do Papari no Hio-grantle-do·HOitc, fi. nalmcnte do Perciro neste Estado.
Falleceu em l i:\79, tendo dado ex�mplos alli da 111aior abncp;<-�çào por ol'casi;To da peste e fome. Resistiu ús maiores penurias, succumbindo entre seus parochianos assoberbados pela miseria, apesar de instaneim; de seus parentes t� amigos, para retirar se.
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Foi advogado de Pinto Madeira, affronta .ndo no jury do Crato a sanhudos in imigos delle que _queriam a sua morte e o fizeram fusil a.r, obstando e recusando o recurso interposto da sentença de morte.
Em viagem pam Pcrnê!mbuco, ainda estudante, assignalou-sa pela sua coragem num combate em que tomou parte contra os negros catttrd.�, nas mattas de Pernambuco, sendo um dos viajantes que melhor se houveram nessa It•cta até a clispcrsü.o do bando, por morte do. chefe delles.
Professava tambem a advocacia e era civ il ista notavcl. Foi deputado provincial do Rio grande - do norte na legislatura de 1847 a 11;.51.
JOSÉ MARIA VOSSIO BRIGIDO.-:-Filhv do Coronel Raymundo Vossio B rigido , nasceu na antiga villa d e Imperatriz e m 1870. Fez o curso d e preparatorios no Lyceu do Ceará. Poeta e deli cado conteur, collahorou em muitaR folhas litterarias do Ceará, Alagôas e Paraná, e é um dos fundadores da Padaria. Espi1·itual, com o pscudonymo d e Moghat• .Jandyra.
Tem promptos dous Yolumes, um de Contos é outro de versos, ])elucu/.os. Reside no Estado de Paraná, aonde é l .o escripturario da Alfandega.
JOSÉ MAR IANO DE ALBUUUERUUE CAVALCANTI.-Nasceu a 20 de Mai o de I í72 na fazenda Pau ca-hido, da povoação e hoje cidade de Sant'Anna, c foram seus progenitores o pernambucano Antonio Coelho de Albuquerque e D. Maria da Conceiç:ão do Bomfim, natHral de Sobral.
Transportando-se para Pernambuco onde vivia poderosa a família paterna, apezar de lhe escassear a protecção que della esperava �onseguiu as sym· pathias de .João de Barros Lima, o Leão eoroado das chronicas Pernambuca nas, e a seu conselho abráçou a carreira das armas; isso levou-o a tomar
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parte conspícua na Revoluç�ão de 1817, que se iniciou pela morte do brigadei ro l\1anoel .Joaquim Barbosa de Castro e se estendeu a outras Províncias, o Ceará inclusiYe.
Vencida a revoluçi"ta, foi .José M ari ano recolhido ás prisões do Recife e remcttido no brigue illcrcurio para as da Bahia. Entre seus companheiros de infortunio fi gurav a o Desembargador Antonio Carlos.
Vietorioso em Portugal cm 1821 c no Brasil o partido da Constituição, El Rei D . .João ü.o deu am· nistia a todos os presos pol iLicos, mas nfw aproveitando a José Mar iano a a mnistia porque, alem de rc voltoso, accusavam-o do assassinato do Brigadeiro )!anoel Joaquim, foi elle condcmnado n degredo per· petuo para um dos pre,;idios da Asia, pena que tambem não foi cumprida.
Rcmettido para Lisboa e logo depois pcr·doado graças ao valimento ele am igos p1derosos, voltou ao Recife e ahi foi do numero dos patrio tas que concorreram para a deposição da .Junta organisada com a expulsão de Luiz do Reg·o.
Restituído à sua patente de tenente Secretario do Regimento a que pertenc ia; pediu e obteve reforma.
Com a proclamação da Intlepericlencia c con v ocada a Consti tuinte foi José Mariano um dos deputados que representaram nella o Cuani e nesse posto jamais desertou das id e ias c princípios liberaes.
Após a abdicação do 1.0 Imperador, foi nomeado president� do Cea.r<i. A Carta de sua nomeação traz a data de 29 de Agosto de 1831. Entregou-lhe as redea.s do govemo o vice-presidcntc Rocha Lima a 8 de Dezembro do dito ar111o.
JÓsé 1\Iariano teve log·o que enfren tar com P i nto Madeira, Vigario Antonio l\Ianoel c seus pa.rtidarios , os quaes muito animados com a victoria de Burity
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haviam invadido varios pontos da Provinci[l. Em pessoa foi elle dat lhes combate, fazendo-se prece· der do Major 'l'orres a testn de grande n�mero ·de praças.
St:w pcripccias des::;a Jucta fratricida a derrota dos revoltosos cm i\lissilo V c lha, a fuga de· Pinto · Madeira e do Vigario Antonio Manoel para Jardim e posteriormente para SorJsa pelo log[.r Porteiras, a volta de Pinto Mncleira ao Crato, a chrgnda do genernl Pedro Lnbatut ao campo das operaç-ões, a r1�n· diç.:lo dos reYultosos, inelusi\·e os chct'es, no logar Corrcntinho, e o regresso de .José Marinno para. Fortaleza, onclc chegou a I G ele Setembro de V:\32, havendo então grandes manifestações de regosijo, entre ns quaes um cspcc-taculo de gala no thcatro Concordia. com a rcprcscr:tac;üo da trngcdin. Bruto, e a l'undHÇ<lo da Soeiedadc l>lJilopatria da qual foi acclamndo presidente o pruprio .José .Mariano.
Durante seu p:oYcruo, que se protrahiu nté 26 de Novembro de ltíi�J, te\'(� logar a execuç�ào dú Co· <.ligo do Processo Criminal (:\laio de J8:t3), foi instai· lada a Thesouraria da F<•:t.encla (8 de Julho de 1830) c rebentou n sediç<lo militar de 10 de NoYcmhro ehcfiada. por Torres, .Joüo Antonio de :\oronhn, Soa· rcs CarncYiva c João Pedreira.
Substituiu a .José �l<�riano na prcsideucia da Provincia o Tencnte-Cr!J·oncl lg-nacio Correia ele Vasc'lnccllos, cheg-ado a :!� de Novembro a bordo da Con·eta Bertioga.
Ern Maio lic Jl{·3·1 .José l\lr.riano tomou assento na Camara. Tcmpor<.tria c cnecrnvla P-Ila presidiu as Pro\'incias dü S. Catharina 1 f8'3!)-:)6) c Sergipe (1837!, retirnn clo -sc dessa ultima por moti\'o da rcnunch. do reg-ente Feijó.
Falleccu ·a 20 de Agosto de 1844 no seu sitio Guapémerim, proviucia do Rio de Janei.·o.
JUSÉ MARTINIANO DE ALENCAR (Scnador).-Nas-
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ceu no povoado de Barbalha, entito pertencente ao Crato, a 16 de Outubro ele 17!H � teve por mfte uma heroína, D.a Burharn. Pereira de Alcnenr, mulher que ern do negocinnte portu.!!·ucz .José Gon<;·�lves dos Santos.
Tendo seguido para eernambuco, entrou para o Seminario de Olinda, c simples diacono c estucl<mte de rhetorica mereceu por seus talentos, li;.;aç-ões cl e famil ia c princípios I i bernes, que profl:;;sn v a, ser escolhido pelos r�\·oltosos ele 181':" ·para \'ir ao Ceará a seniço das no\·as ideic1s. ContaYa-sc cm beneficio da re\·oluçüo principalmente com a influencia que e!le exercia sobre o animo do padrinho c protector, o Vigario do Crato Padre Miguel Carlos da Silva Saldanha , grande amigo do popular Capitàomór Filgueiras.
li. :� de Maio Alencar proclama <lo pulpito a·· republica entre alegrias e aclhesões, mas, logo alguns dias depois, faltando-lhe o apoio de Filgueiras, que se declara pela contra-revoluçüo, vê se preso com sua mãe e mais pessoas salientcd da família, algc·- ·
macio e conduzido a Fortaleza, de cujas apertadas priEões foram enYíados ils do Hecifc e posteriormente ás da Bahia.
Serenadas n� paíxõ0.s e restituído Alencar ao CearA, foi dlc cJcito 1.0 supplcntc IHlR elciç:ócs a que se procedeu no Brazil a 24 de Dezembro de 1t-l21 para deputndos ú Constituinte Portug-ueza c porque o deputado .Tosó Tg·nacio Gomes P;l.!'Pntc nüo poude por doente tomar assento, l'oi cllc rcprcs0ntar ali o Ccnrit.
Manietados em seus tentamcns patrioticos, mal vistos c perseguidos, varios dos representantes Brnzileiros, c entre clles A lcncar, abandonaram ns Cortes e fug-iram para Falmouth na InglaterT<t onde publicararn manifesto explicando as c:n1�as do seu proceder.
No entre tanto operava se no Brasil o 7 de Se-
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tembro e D. Pedro convocava uma Constituinte '" reunir-se no Rio de Janeiro. l'ara esse conclcwe de Bra z.ileiros illustres por seu saber e patriotismo designou o Cearú n Alenear como um dos seus repre· scutantes, mas dissolvido o Parlamento voltou Alencar no C'ca1 á c Yeio tomar parte na Confederação do Eq�tudor, da qual foi um dos deputados eleitos e cu.ias ideias e program ma aliás desconfessou em uma celebre Supplica, cujo original tenho Bm meu archivo, Suppliea que preptrou o te1;reno para que fosse julgado innoeente pela Commissào Militar, que a outros menos protegidos levou ao patíbulo .
A partir de 18:3') a vida p ublica de Alencar se enche tlc factos memoraveis. Naquelle anno o Cearú c �liuas U craes o P-seolhem para deputado e elle, como era natural, prefere a província natal, sendo substituído em Minas pelo respectivo supplente .Jo:lo Antonio de I ,cmos.
s .. �gu<'m-se o 7 de Abril c os suceessos que occasionura m a abLlic::H,,üo; apoz. vem sua escolha. para Senador por Carta ele 10 de Abr i l de 18!32, para prc!lid('Jllc do Ccarú por Carta de :!� de Agosto de 18H4_, período cn1 que> te\'C Jogar o assas.sinato jurídico de l ' into l\ladeira e se installou :1 A ssembléa Leg-isl01.tiva Provincial, de novo para presidente do Cearit l'lll 18W por Carta de to de Setembro, deixando o cargo pela demissão do l\'linisterio da Maioridade cujo tleleg-a.du era. Sempre considerado um dos prn1·ercs c mentores do parlido liberal , o Senador Alencar f:lllcccu no Rio de Janeiro a 15 de Março de 18liU. Foi victirna de um accesso pe rni · cioso.
Alem de seus inn umeros diseur�os pai-lamentares cscrevP.u AlcJH'11r:
-' Jraçüo f'nnebre que pelo mo ti v o da morte da muito altl'l c muito poderosa Imperatriz do Brazil, a senhora dona Maria Leopoldina .Josepha Carolina, recitou no funeral que fez. a ca.mara da capital da
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prov·incia do Cearú no diain de Ferereiro de 1827. Cearit, in H.'' de :2 pp.
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Foi reimpressa na Exposi<;ào das éxcquias de Sua l\lagcstade a I111pcrntriz do Brnzil etc., Rio de .l;mci r o, I ti-!0.
- Cm·ta, que, aos eleitores da província do Ccarú dirige .Josl.'l ?rlartiniano de Aleneur, d0 putn do 1wla mesma prov íncia . Rio de Janeiro, Typ. de Tvrr0s, I ��0, 20 pp.
- Preciso do.<; sw:eesso.<; que occasionarnm o grande acontecimento de faustoso dia Sete de Abril, dirigido aos cem enses pelos seus deputndos. Rio de Jnnciro, 1831, a pp in folio. A:<:!'ignHram tmnhcm esse doe:t.Hncnto .Manoel do Nascimento Ca.;;tro c· Sil\·a, Antonio Joaquim de ::\loura, l\lanoel Pachce:o Pimento! c Francisco de Paula Barros.
-· Re.�posf,t dada ao Senado pelo Scnr. dor .T O!';t· Martininno de Ale t war sobre a pronuncia contra cllc feita. pelo .Juiz M unicipal da :!.a ,·ara Bernardo Augusto NascPntes de Azambuja no processo organiE'aúo na Corte prlos moYimentos de S. Paulo e l\linas. Rio de .Janeiro. T�·p. Nac., J 84:3, in 4." de 13 pp.
JOSÉ MARTINIANO DE ALENCAR (Cot)s.o)-·Esse il· lustre Ccarensc , o cre ador do romance Brasileiro, dramaturgo, poeta, juriscon�ulto, pnrlumentar, nasC<'U rm McrC'jana a I de :Maio de 1829. Foi seu pne o Senador José l\Tartininno de Alencar, aeima citado.
Aos dezcscte aJJnos, c depois de ha\·er feito os estudos prcpn rato rios no colleg·io .ln nua rio l\latheus Fcrrl'irn, matriculou·&c na Fa culdad e de Dir0ito de S. Paulo e fez a fo t m a tu ra (fi Hf:lO, havendo, porem, estudado o 4.o anno cn1 Pe1 twmbu(o. Em 1848 fundou a Revista Ensaios l.itl�ral'iMs, de que foi redactor principal, e na qual Pntre outros publicou um trabalho sobre o índio Cnmarão.
'l'endo mudado de residencia cm 1850 para a Capital do l mperio, abriu ahi banca de advogado.
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Pouco drpois re cebeu a nomeaçfto de professor de Direito MerP.:mtil no In�tituto Commercial.
De I 1-..;> 1 a 18i)f) fez parte do corpo redaccional do Co1T<'io :1/í:n·autil, s<.'ndo desse tempo seus notaYeis folheti11S sob o titulo Ao cm'l'el' da penna.
Foi cnUtO egualmcntc colluborador do .lú1'1Wl d n Com riU J•âri.
Em ü'utubro de 1855 chamou a si a direcção e reda cçüo do Vicwin do Rio de .Joneh·o em que se accentu:nnm seus meritos de jornalista.
Nns columnas do ]Jim·io apparecC'I'll lll suas ce· 1<-brcs Cartas sob1·e a conf'edeJ·ar;i'io dos 'l'amoyos, o eonhccido poema. de ( ; vn�·a I \"CS de l\1 ngalhães, Vis· eoude de Arngtwy:L As�ignaYa os com J.q, as primeiras lettras do nome Igua!!su, a beroi lía do poema.
Em 18M} foi nomeado chefe de secção da Secretaria do .l\linisterio da Justiça.
Em H.60 os Ccarcnses fizernm·o seu representnnte na Camara Gcrnl, facto que por Yezcs, e mui merccidnmcnte, se ·H'JW!iu (ltü9, 72 e 77).
Em 1869 subindo ao poder o partido conserYador, o M:nque:z de I taboraby, orgunisador do Ministerio de 1 G de Julho, e C; nvidou à José de· Alencar para n pnsta da justiça. Dh·ergencias no seio do Gabinelc fon;anm-o a abandon:.lr o posto a 10 de .Janeiro de 1870 t a lançar -se no l'ampo da opposiç.:-to.
De 18G!) a 1�70 redigiu o Dezesei.� de Julho. Por motivo.de molestin tran3portou·Sl' a Europa
Pt11 IH7fi, mas não logTando restabelecer-se voltou it patna para. falleeer no Rio de Janeiro ,'\ 12 de Dezembro lle 1877. \'ictin1ou-o uma affecção pulmonar.
Levou-o a morte qunndo estava a imprimir o seu poem a r )s filho.� de 'l'upan, de que pretendia tirar uma pequena ediçü o para distribuir entre os. amigos.
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São os seguintes os primeiros versos dessa sua notaveJ prodtwçiio:
I
Ao deserto, minh'almn! Sobre os píncaros Da branca pene d ia , emquanto o vento Nos antros da montanha ulula e brame, Solte n rude pocema o cant0 fero Dns filhos de Tupan. }1; ruja a inubia Troa11do pela v arzen os som; bravios.
II
Salvo, Amazona.;;� R.-�i dos reis das nguas, Tamu,v dos rios, filhos du dilttvio! Mar, que do bojo golphas tantos mares, Fonte do ahysnio que soneu a America, E mais tarde .- quem sahe:>--lla ele sumi! a.
Salve, Amazonas! Como o ::;o! és unico, Gigante, que o maior dos oceanos Gerou n0s flanc.os dn maior montanha! l\lonstro voraco, o mundo tragnrins Se Deus, te sol'l'reando a l'uria indomita, N:1o c:wára em prineipio o \'asto Atlantico, E só para Cilnt-er te a immcnsitlade.
És origem do liquido elemento Que circumdn. o uni v erso '! E's tu qtte pejas Do pclago sem fim ns l)rol'undczas, Onde matam a sôdc o céo e n terra? És pai das ondas, ou tyranno dellas '!
Colosso ingente, que l'und:u em aguas O verbo de um artista omnipotente, A cabeça reclinas sobre os Andes Ao céo rasgnndo as largas cataractas. O dorso enorme rcsupino estendes, . Pela. terra que \'e rga eom teu peso;
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Os mil braços, que alongas pelas serras, Abrangem tanto espaço qu� outros mundos Couberam inda neste mundo no,·o,
Feito para teu berc;o. Com desprezo Aos pés o collo esmagas do oceano, Que mugindo se roja pelas praias; l\Ias prostrado e ven cido, nüo vassallo, O mar soberbo ús vezes se revolta. Alçada a fronte, a juba desgrenhada, S'erri �,:a c r ai v a e rup;u e ronca c troa; E a longa , immensa caud<J, destorccndo, Te enlaç·a o corpo no impotente esforço.
Tem .José de Akncar num<t. das praças ela Capital Federal nma bell a estatua, devida ao esculptor Rodolpho Bernardclli e innu�urada a 1 d e Maio de 1897. Sobre tüo justa homenagem ao grande cea· rcnsc l6a se a B.e,·ista elo CearA correspondente ao armo cl c 18!17 ..
Quando o Ceará pagar:t a Alencar cgual tl'i· buto, honra n do - se a �i e ao filho, que tanto o ceiebrisa ?
A lista dos trabalhos deixados por .Jose de Alen · car é muito extensa ; aqui coJisigno os principa.cs:
-0 C:nm·any: episodios da historia do Bnisil nos tempos coloniae�;, Hio de Janeiro, 1�57, 4 vo· l ttmcs in·tl.t: Ha 2.a cdic. ele Paris, 186H, em 2 volumes,. 3.a c 4." edic. tambem de Paris, 2 \'Olumes in·8.o, 5.a edic. suhida no Rio de Janeiro cm 11:)87. Essa notavcl producçà.o apparcceu pt·imitivarnentc cm folhetins no !Jim·io do Rio de ./aneil'o, I8Z1o. Desse romance que é o mais pop11lar de tantos, que cs ·
creveu, ha tmducçõcs cm francez, alletnào, italiano c inglez. 1\'ingueth ig-nora que do seu contexto fcr. o poeta ScaJvini o libreto para a opera (J Guarany, que immortalisou o rnaetitro Carlos Gomes.
-�r J J/ai'(JileZ de Prn·antí., traços hiographicos, H.io ele .Janeiro, I t::>6, in·l ti, de 3:) pp. com retrato.
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-Cinco minuto.�, A riuânlw, romnnce, Hio de .ra. nc•iro, 1856, 8?> pp. i n r<.o
-O demonio finniliar, ��omcdia rm 4 actos, Rio de Ja.neiro, JH.:>7, in t-:." de l!>!l pp. E' uma obra de propaganda contra a cscravidúo.
-- l�el'8o e /(ea·rNo, coml'dia em c!ous actos. HJO de Janeiro, Ji67, in H.o de 7� pp.
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-Carta que aos eleitores ela prod11Cia do Ceará dirige etc., Rio ele .Janeiro. I�liO, :!0 pp. in folio.
-A noite s. .futio. eomcd ia h-rica e111 :! a<"tot:. Fez a musica o mac�tro Elin::: Lob<; . l{i') de .l<�llciru. 11'60, in H o ele 4!J pp.
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-As aZtlS de ltrll anjo, \'Omedia em I prolog·o. -1, netos e 1 epilogo, Rio dr:J .Janeiro. lt'l:iO, in 8." de 215 pp.
- l.u. iola, perfil de mulher, P:1ris, 185.:!, l!l-l pp. in 8.o. Te,·e 2-'\ n.n c .1-,a cclic. tod as de Paris. c �).".· do Rio de Janeiro.
-
-.h .1/ina.Y de Jll'ata, roman r�c l!istoriC'.o, Rio de .Janeiro, IK62. Esta. cdi1Jto ll<to fico11 eomplcta; SL'g-Uiltse lhe uma outra, Hio de .J;ul<'iro, p.q;;), ti ,·oft:. i11 �-" Desse romance ha t;1miJc111 11111a cdi1·. de ]';lris, 1�17.
-Diw, perfil de mulher, com:� Nli1:IH'S de l'<tris, 1861, in �."ele Hi-! pp., l'aris, I �ti�. Pnri:>, IH70.
-Iracema, lenda do Ccarú, Rio de .Janeiro. 1 'fi;), in 8.0 Lenda delitiosa. de aroma, <·nsopada de poesia, magnificamente csplcndida, bot'dilda na ,·chemcncia d'uma. candidez >,c:Íslll:ulor.t, como di:�. Pereira de :-:am paio no seu r J /:m:il .1/r'llflll, pag-. K í.
U editor Va,·iJ Contzzi, d1• J.i�ho:1, ind11ill a lmce111.a entre os \·olumes dil /:i/Jlintheco f 'uiHl'.�at, antiga e moderna.
Alem da edil:. de !8(i0 ha mais uma de p.;;o, ou
tra, essa d1� Pari.". de I H 'i�,, Olltra ele 1 !'--!Hi. E' it m;tis Brasileira rl<ts obras do amor, c �:· uniL:;t
no genero. Da .. J/'fu·ema ha uma tnvluc1J10 ingleza, de,· ida <'t
penna de Burton.
' . · .· .. � : .... :-.� .
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-Ao Imperador, carta� politica.<? de E1·a.�mo. Rio . Ele .Jan�iro, 1866, in 8.'' de 92 p p. Com 2." edic .. em
Paris, 186.:J, e 3.a no Rio de Janeiro, 11:!66 . . -Ao lmperadm·, not:as cal'ta.<; politicas de El'asmo,
Rio de .Janeiro, 1 8M, 82 p p. -Ao ])ovo, carta.� polithas de Era>�mo. Ao Jlw·quez
de Olinda, ao Visc:uwle de Itabomhy. Rio de .Janeiro, 11:166. :'ão anonvmn.s.
- Z)agina ia actnalidade. o.� J>.u·tido.�. Rio .de .Ja .
neiro, in 4.0 de 32 p p. -()jttis,J de !Jen�. l'i.<�ão de Job, parnphleto poli
tieo, Rio de .Janeiro, I R67. - L'ma these con�titueional. A Princeza imperial
e o príncipe consorte no conselho de Edtado, lUo de .Janeiro , lt)ti7.
-A col'fe do leão, obra escripht por um asno, Rio de .Janeiro, 1Hti7, in 4.o de 16 pp.
·-0 J[a;·rznez de Caxia�, biogn1phia, Rio de Janeiro, 1867, in -L''
-A E.x:piw;tiu, comod ia cm quatro actos: Rio de .Janeiro, 1 868 , in s.o de 14� pp.
-Cama.m dos D�putados. Di.scussão do voto ele graça.s . ./Ji.�w,·:w proferido na sessão dl� 9 de agosto de 1869. Rio de .Janeiro. Typ. ele .J. A. dos Sa ntos Cardoso, rua de Gon<;al ves Dias n.'' 6tt, 18(i9.
Nesse tempo J. de A. era. iUinistro c Secretario de EsUtclo do� Negocios da. Justiça.
-0 Gaúcho, romance bra;,ileiru por :-:>enio, Rio de .Janeiro, 1870, "2 \·ols. ill H."
·-A pata da fia.<ella, ronHtncc bra�dlciro por Senio, Rio de Janeiro, 1 8íU
() troneo do i,111;, romance hr;l zileiro por S·'nio, Rio de Janeiro, ll:i71, 2 vols. in 8.0
-8onho.� de ow·o, romanc.c br<tzilciro por Senio, Rió de Janeiro, 1 87:!, 2 vol:>. in S.o
-G-uen·a dos nw.�cate<. chronica dos tempos coloniaes, por Senio, Rio de Janeiro, 187:;, 2 vols. in t-;.0
-Alfarrabios, ehronicas dos tempos coloniaes,
(. · .-:\�� ,..,_ � ·•.
t' 't.'
-�-.('. ' o
70 HI!:VJ8TA
Rio de J aneiro, 1 H73. :-;,·w � vols . in H.", o 1 . " dos q uacs con tem '' garot 11ja, c o 2." f J e 1·m itllo da fitoria c a Alm n do ln.w ro.
--- fJ Noro r'M1done irn, serie de cartus a um a m i go, 1 874 .
-- Chirnjam, l e n d a t u py , R i o ck Jan e i ro, 1 1-i í \ in 8." rle 208 pp .
- Til, romance b ra z; i l c i ro . H i o de J a n eiro, 1 ::;7:\ :! vols . i n fj ."
Está trad u s i d o c m al ln mito por ( ; , T IL I [of fma n l l . -1Jiscur.<os prnfcr idos n a Cam:tra d os d 1 :r r r ta dt Js
durl'l n tc a. scssüo de l :c-74. IUo de .l .tnc i ro . Typ . de ,] . V i l lenen \·c & C.a . I � H, C IJl K." d e 1 :!:! p p .
- -"enho1·a , p e rfi l ele m u l he r, R i o d l' . J an e iro, 1 8 7 .') , c m ::! vols. in 1-i ."
Essa o h r<t, hem < �omo 1-ttcio/a f' !Jh:o est<i.o ass ign a d a s pn r U . .:\!.
- '' je8aitrr , d rama e m -l a c t o s . 1\ io d e .Lt n c i ro , 1 8 7;), in 8. · • ele :!:!ri pp.
- EncorJwr:rlu. I'O l ll iL IH:e p t t b l i c a d o n a s <:o l u m nas el o I Jiario 1-'opnhr, I{ i o, c t. LIJO p r c 1; o m o t H' t a r i o I" • J i app l i eaJo p e l o a u t o r · (ts ,- i < · t i r n a.o: d a :<;!' C C ; � d o I ::-;7-;- . .J:t a n tf' ri o r m e n t c o t :nunnt.'f c o n t r i b u í ra e o 1 11 u m eo n to ele n:• i s para a .--i�t n t a Casa d e : H i se r i e o r d i a de Fo r t a leza.
-RsfJO('OS ju t·idiaJS, l{ i o d e . J a n c• i ro l l L . c : arn i c r, I , i \Te i ro Pd i tor, . i 1 Hu; t. do Ot1 v i dor, I ::-; ;..: :; _ :!:Hl pp . ! " 0 1 11 Ulll i L i l l t l ' i ld ! l t ' (: ;'t l) .
-- -· . L pt'<�!'''ie la:k I ' Hn Ll ! l l t prd fal; ·w d i.l E x m . Sr. Cons.o A n to n i o .J oaq u i m R i b:ts . H.io d e . Jane i r o , B . L. ( -i a rnÍ I' l', L i V l'0 Í I'•) e . l i t ·) J" , 7 ! B tl < l el o i l t l v i cl o r , l b8. 1 . :! 1!l pp . e I 'J eap i t � l i os . _ \. j m : l' , ; c,·. ·r.o r'• d n I :! p p .
- Cn mo ,, fl"l'lf l le -< �'t ,.,"wtnci.,· l a , c·d i rarl o p o r sc1 1 f i l ho Mario A le rwar t : :n A h r i l dt\ 1 :--i\ I :L
- 'J <:J'I'rt.:fo. eo: J i l:. l i ; • �� !11 .-, a• · Lq.; , p tth l i r·. : t l a n a Re v i s ta B nt !. i k i l'i l , l �W> -- ! 1 1 . Fo i <' 'w r i pta ! ' 1 11 1 :<>7 .
. �;lo c o r t i J t ' l 'O e :'l t l l d t > sohrn t lllL t. i n rJ i ,· id tH i i d ad l! Brasi l e i ra q u e s� a \·an ta.ic ao d r' A rn r i pc . l u l l i •J r ::; o b r n
. �· •"''
DA A C A DEMIA CEARENSE 7 1
A lencar (Lítel'atum B1'azileíra, José d e Alencar, J .a ed ic. de 1 88:2 e 2.a C' d i c . de t S94, in 8.0 de 204 pp).
Vê-se desse estudo que Alenca r d ei xo u l arg·a co-pia de trabal hos n i nda i n e d i tos.
·
·A lem do c i ta d o trabalho de Araripe consultem
se sob re A le n ca r : i\fagu lhàes d e Azeredo, Jo�>é de Alencm·, d isc ur
so pron un ci ado n o Cassi no ll'luminensc em lb9- L .José V er issimo, E.�tudo.� B1·azi.Ze}ros, Rio d e .Janeiro, 1 8 7 7 - 1 �85, e E.�tndo.<; de Utteratttra Brazíleira, Rio d e Janei ro , I 90:-3. - -..; y l v i o Roméro , A Litte1·atu1'a B1·aztleira, e a C1·Uica Mode1'1w, Rio de .Jan eiro, 1 880. Brandào P i nhei ro , E."StiJ,.dO.'J Lítterm·ims e Biographicos, Rio de .Jan ei ro , 1 882.-.,._o pcs Tro vão, José de Alenc a1', o romand.sta, Rio de Ja n eiro, 1!:197, n a Bibliotheca da Li v raria d o Povo . - Teixeira de l\Iello, Epheme,·ides .Vaôonw�.s.
O Ceará lllusi'l·ado, a n no J . o, n .o 2, de 1 1 de l\larç:o de 1 H\14, traz o seu retrato e bi ographia..
Dando o seu retra to, que é m u i to fiel , o Contempm·aneo, tle :10 de Novem bro do mesmo anno de 1877, conclue por estes termos as l i nhas q u e lhe consagra. : .
• A .J osé de A le n car, que é tambem u m abalisado j u risconsulto e valente tribun o · politico, b�tstaiJ) as gl or i as littemrias p ara. que o seu n om e b r i l he perd ura.v cl, em le ttras d e ouro, no gra n de l i v ro da patri a � .
JOSÉ MARTINIANO PEIXOTO DE ALENCAR.- F i lh o d e Carlos A ugusto Pe i xoto de A len ca r e natural de Fo rtaleza, nasceu a 18 de Se tem bro de 1 84 1 .
A 4 d :� Fe vere iro de l f.l65; com seu i rmão Napoleão Pei xoto de Alcn l'a.r, offereceu-se para ma rchar para a guerra con tra. o g:o vemo do Para.guay, e 4 d ias de pois no jornal r'edru :l.c pub licou proclama
ção enth usi a stica eon v idando os seus patrícios pi:u·a, coin elle, tlefen derem os brios nacio naes.
--. ..
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72 REYIS'l'A
José M a r t i n i a no d i s p u ta a Isrncl lkzc rrn ( Y ejasc e sse n onw ·1 a h o n ra de t e r sido o p ri m e i ro cearr�nse q u e s e a l i stou como Y o l u n t a ri o . sendo < � (·e e i to ,; r · u p a t r i o t i c u o fl'c•n• c i rl : e n t o p e l o presi cl e J J t P ele ent:1 0 Conse l h e i ro Laf:J \ C t t c Hoiz l'ncira ; pcrco rTt'U o d ist r i <· to da C<� p i ta l P H Serra d e Bat uri t t:• <' fez n c q u is i <;ú o d e um gra u d u n u nwro d e companh0i ros, i n cc J J d i d m� . como e l k , em ;.:·e n e ro"-o n m o :· pn tr io .
A i'> d e A b ri l d e l �(i:> e m b;l reo u <:om o I ." <'o rpo de v ol u n ta r i o;; , q ue n'<'<' IJ c r; r m n a o e <·<J s i ;i o da p n rt i d a u m a hn J J d e i ra o f l"c- re c i d a p e ] ;l s SC' l l horns e !' ;l renses.
No thca tro c l a guerra d e ,pua fé ele ol'f icio ( 'Oils ta o segu i n te : P a ss o u o P n ra l l ú p a rn. o t e rritor io 1-'a.· r a �:r u aY i i. I (: d t' Ah r i l d t' 1 i-'!\fi.
' · A'ssi sti u aos r ·oJnbates d essL' d i n , 0 a o d e 1 7 do 1m�srno J J J e z , j u n to no fo r te de I tapirú. Assistiu n o c om hn te d e :� de :M a io . n o q ual te v e na pnrte tln d:t por es te córpo a segu i n te i n fo n n a ç·ão - Ec;;tc o l'f ic i a l c rn o porta ba n d e i ra ; c m o strou com que Y a lor sabia s us t 2 n t a r a hn n d c i r< � , que :-; u a s com prov i n ei n n a ::; l h e ti l l h 1l l l l e n treg ; � d o n a occn siüo de p:l r t i r el o Ccarú est<' Corpo . -- .:\ ss b t i u ú passagPm d o 1-:�;t e ro Be l l at:o a ::!0 do t · i t a d o m e ;�, d e l\l a io, c :'t hatal h n d <• .:!<-l� n a q l l a l foi fe r i d o c ba ixou ao h ospit:d de s a n g u n n a m csnm d ata .
Em Y i rt ud(· d a onkm d e- d i n do (� uartcl O c n c ral d o Fomn t i l l l l lo C l l l t ' l l dc d o Ex<>n·i to, soh 1 1 ." 1 :!�1, d e ;> d 1 � Fr� Y ! ' I'<' i ro t k I :-:t i l . fo i e x < - l u i d o a 1 -l d P O u t t J hro d o m e s m o a J t u n , p o r t e r H'�·u id o p. 1 ra o B r a z i l .
Regress o u a o Cea rit a 2 7 d e Sci.<'mhro (] ( ' l �l1G. Por Deercto ck 1 7 de Agosto de l i't ili foi c o n
d e c o ra d n L' O tn a Y C n t� l ' i l d e (' a v n l leiro da Orde tll d e Christo , e n. S t il> :\ [ a i n d 9 l �t:i7 nome a d o n l r r· ros ho n o ra r i o d o e x erci to.
E111 ! �C:! ::;c n· i u , g ratuita m e n te, col llo pra t i c:mte tla SL' l' l'l� ta r i a d o ;:·o yerno por t' nfczcs.
. .
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D A ACADDHA CEAI::E� NSE 73 . . - - . . -- ·---- - - · -----
Por a cto d e ] (J d e NoYem br o d e 1 � 67 foi nomeado A l feres d o Corpo ele Pol i c i a . A 7 de. Outubro dP- HW9 pedi u e obte v e exon era ção d o dito posto.
Foi d r p u t n u o p r o v i n c i n l no bienn io de 1 882 a I t<8:3.
Em I � 9ÇJ foi n o m e n do Tenente-Coronel Com nHm d a n t e do R a t n l h ii o d e H esena de Fortaleza .
r o r Decreto de 1 0 de K o Y cmbro de lb98 foi n omeado J . o s•1pplen t e d o .J u i z subst i tuto Seccional d a c i rc u mscri pção d e Pora n gaba, r · n de actualmente reside.
Em Novembro dc • 1 889 a. Republ ica A rgen tina o agraciou pelos sen· i ç-os p re::;tados na g·uerra contra o Parnp:ua� .
JOSÉ MENDES DA CRUZ GUIMARÃES (Coron el) .-Soeio de importt. J t tc firma com m er c i u l de Fortaleza , m n s i n fel i z no u l tirno período ue sua e x i stencia. Coron e l d e lrgüo c com a reforma da guarda nacion a l Chefe d o esta do m a i o r d o com m a n d o su perior d e FGrtaleza, posto c m que s e reformou e m 1 8G9.
Fn.Jieceu em Fortal eza na noi te de 23 de Nov.� de ! H';'4 , v ictimn d e u m a congestão e:erebra l . Coútavit íJ an nos d e edade.
Era c · a nl i le iro da Ordem de Christo.
JOSÉ MENDES DA CRUZ GUIMARÃES. - Filho pri m o -g·L· n i t o do Com menda d o 1· .Joaq u i m M endes da Cruz ti u i marü.<'s, de q urm já . me occupei , I ta scP-u em Fortalc::m a 14 do J?overoiro de 1 �:!5.
D<' \' O l ta da Eu ropa on de fez sua eclucação, entrt•gou se ú v i d a elo c n m mcrcio e fez parte d :t firma Pa checo c Mendes, d e gra n d e i m portar�ia na Cap i tal d a Pro ví n c i a , P- em A raca ty. Nesta u l ti m a localidade foi chefe do e s tado maior da guarda nac ional . l\ ludnndo -se para a província do Rio G rande
. .. . .
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74 REVISTA
do Norte abra çou a vida de 8 gri cult or e m on to u o en gen ho cham ado d� Bica no termo do Cettrú-mirim.
Falleceu d e febre b i l iosa a 213 d e Deze m bro de 1 8 7 S �m N a t a l , cap i cn l do Rio U randc do Norte .
Do seu casamento, q ue em 1 8i'>í cele b ro u com sua pr i ma D. (iu iteria Pa checo ·M endes ficaram-lhe v a.rios filhos, e n t re os quaes o Dr . .J . i\Iendes Pacheco , q ue foi j u i z m u n i cipa I cm ( �oya n inha c o Doutor e m M e d i c ina A n tonio Pach eco l\1 cn 1es, jit citado .
JOSÉ MENDES PEREIRA DE VASCONCELLOS.- Nasci-d o em San t' A n na a 7 d e .J aneiro d e I �·H, é fi l ho de A nton i o M en d es Perei ra de Vasconcel los .
Bacharelot,�-se em scie n c i a s socia es c j ur id i ea s n a F11 cu l d a d e d e D i re i to d o Reci fe em I Hí I . Foi escri ptura.r io da A l fa n d eg-a de Pern �u n b uco , j u i z m un i cipal de .Süo Bernardo d as Russas e d e Vil la-V i çosa, i nspec tor do Thcso u ro p ro v i n cial do Ceará , depu ta d o provinci a l n o b i e n n i o de 1 882 a 1 883. Foi eleito � reeonheciclo sen ad o r estad ual em I R9 1 .
Fundou o hebdom ad'ario .llunicípio dt> 8ant'Anna e redig-iu -o por cspa çoo de se i s a n nos.
E' o pro v e dor da Casa de Cari dade de San t' A n n a , c nessa cidade ex erce a profissPio d e adv ogado .
JOSÉ NAVA ( Dr). - :\'l �dieo e pharmac�utico pela Facu ldad e do Rio d e .hmeiro, e x - i n terno da Clínica C i rurg ica da Pol i r - l i n i ca gemi do Rio de .J ane i ro , ' exi nterno da Casa de S a u de d o D r. F� iras, ex-mem bro d o G rc r n i o dos i n tc m os dos Hospita es d o Rio de .J a
n e i ro . . N a sceu cm Fortnleza a I R d '3 Setembro de 1 876,
e foram seus p a es Ped ro ela S i l n1. Na. v a , n egocian te, e D.n A nna. Pa rn p l o n a. Na\'a. .
Sua these d e d o u tormnento apresen ta da à Faeuld a de a :) de Outubro de 1 90 1 v ersou sobre He.,pmu;abilidode juridica d11H a1Jhasico.�. in 1).0 de 1 01 pp. T�·p. d' A 'I'I'ihuna, r ua M o reira Ccscu n ." 1 :3�. Rio, HIO I .
DA ACADEM I A CEA KKNS E 75
E' actualm ente 11111 dos reda ctores d o Boletim da Sociedade de :lfedic�ina e Cú·urgia em .J uiz de Fora, Minas, ci dade onde exerée a p rofissão.
·
JOSÉ NOGUEIRA BDRGES DA FONSECA (Dr.) Nasceu em ?r l a ranguape a. 1:"1 d e Agosto el e 1 8;)0 e fa l lcceu a 27 de .lunho d e 1881 no dia qu e ahi chega ra e em eaminho para o sitio Pirapora. Fi lho de Camillo N ogueira Borges dtt Fonse ca e D. IreTtc Pontes de Agui ar .
Doutorou·sc em mc!l ie ina na Fa.cüldade do Rio de Janeiro a 1 2 de Jcmeiro · d e 1 878, sendo a pprovada com distincçã.o s u a these sobre o Diagno.�tico e
. tratamento da .-:yphilis vi.�ceml. Foi o orador escolhid o pelos doutorandos para
o a cto solemne da collação do grau , e seu d iscu rso vent publicado no .Jomal do Comme1·eío de 1 3. de Ja nei ro e tra nsc ripto na Cnn�tituir;âo, de Forta leza., d e 2 de Fe vereiro. ·
O Dr . .José Nogueira era poeta, nào' p ublicou , p o rem, volume algum de Yersoa, de i xou-os espalha ·
dos pelos jornaes de seu te m p o d@ estu dan te. Depois de sua morte g ra nde nu mero d e poesias suas foram dadas à hz.
Escriptas na m aior p a r te no gcncro J'ecitativo, cm voga en tão, i n d a hoje süo canb.tdas pelas jovens Cearenses algumas ele sua s poesias, o reeitati\·o Confideuda por exem plo, p ara. nilo citar outras .
Esr::revcndo sobre o poceta, d iz o D r . A raripc .J u n i o r , pa trí c io e con tempora neo, <:]Ue o conheceu d e perto : �O Dr . .José Nogueira era o que se pode cl i zcr- un, a organ i saeü.o l�'l'ir:a, mas de um Jvriswo
JOSÉ NUNES DE MELLO (Coronel) . --Filho de �Ia·
· " . ·.r
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'i6 REVISTA
noel N u nes d e :\lel lo c D.a Paula Maria d e .Jesus, nasceu a S de Junho de 1 8 2:3 em �'o r taleza à l'lla rl o Quartel.
Occupou var i os cargos d e cle iç-fi.o popu la r c de n o meação do G o verno, data n d o sua \' i d a p u b l i ca d e 1 838 quando foi n o meado coi laborador da Secreta.· ria do Governo ·sem o rdt;nado pe lo p rc:; i d e n tc d e então :Manocl Fcl is<trdo.
Aposentado no carg.o d e offi c ial maior da S c eretaria do G o v e rno, passou a o de Comma n d a n te •. d o Corpo Pol icial at0 18iS.
Er� condecorado com o O fficia lato d a O rdem da Rosa por serv iç·o:-:; presta do1::i à G uerra do Para.g-uay ( .J ulho d e 1 Ro 7 l e Corond d o I . r · Bata.lhito d a Guarda Nacional d v :Vl u n i c i p i o do For talsza ( 1 3 d e Agosto de 1 867) .
Represen tou a p roví ncia como deputado pro v i n · cial nos biennios d e ! 8 jS , l Stjú, I 8f i:!, I Ho.), 1 R 7 2 c I H H .
Fal leeou aos 58 a n no� d e cdade c �m Fortaleza a 24 de Fevere i ro d e l �K:2, te 1 1 do sen· i clo com 40 presiden tes e v i cc - p rcsidnn tcs um exerc í c i o .
Red igi u o Inclepr!nd('.nfe, cujo 1 . " n " (� ele I :.! d e Maio d e 1 87/:1. Era u m jornal c m o p p o s i ç ü o ú, ad m i nistra1;üo J osé .J u l i o .
P u b l i co u : -Refutcll;{w ao ro l hcto do :::lr . .! oit o Brigi d o - A
eleição d o rl .o d i s t r i cto d o Ceará, Fortaleza. Ty p . da A umra Cea ren�e, i m p resso por J os1': LeoP a d i o Fe r re i -' ra. Soa res, l tlti i, i n -l." d e t -l p p .
JOSt ONOFRE MONIZ RIBEIRO \ Ur. ) - l!'i l h o de Onorre Muniz Ribei ro e 1 > . Tare i l l a Ferrci r:t Ri b e i ro .
·
Nasceu cm Sobra l . C u rsou a Fae u l d a cl e de -M e d i cina ri o R i o d e Jane i ro , forma n d o s e c m :)c te m b ro de 1 887.
Sua d i sse rtaçii.o d e thcsc fo i - Cadeh·a rle Ana tomia topogl'llJlhica e t)pf' I'OÇàO lJa ampulaçrirJ rle Pil·o[fO({; suas i n d i eac;.õcs e co n t ra i n d i caçôcs.
DA ACADEMIA CEA RENSE
Sua thesc apres entada á F<.Lc u l d ad 3 a 30 d e Agosto c!·� 1 H86 fo i s :.Bten tad a a ::! 4 de Sete m b ro d e 1 8 8 7 .
Pernia neceu por m u i t o tem po no Es tudo de S. Paulo e depois no R i o d e J a n e i ro, onde fa l l e ce u em Agosto de 1 903.
JOSÉ PACHECO DE L IMA. - E· a uctor cto Jiappa geo · gra phic.o d a Pro v íncia do Ceará o EI'c reci clo a S. l\I. o Sr. D. Ped ro H por i n terme d io do Exm . Sr. Con · selhei r o Vicente P i res d a Mot t<t, actu a l Presiden te desta P ro v í ncia , por José Pacheco d e L i m a , p i loto hyd rogra p h i eo a.p proYado pela Acad e m i a, de L isboa , cujo trabalho propo z. · se a faz e r a s u a c usta já a tem pos, v i n do ;L co n c l u i r c m 1 85:3 , t i r :m do pratica mente e m rumo magf1etico, i g- u al m e n te p o r ter v isto as grandes alteraçõas que t.em no 1\I a p pa d o Braz i l e o u t ro s q u e t ê m a.pparecido q u e até fe i xa a Serra Grande com tt do Perci ro e A p o d i h a v e n d o u m a grande d istancia ; e t:unbem p ara t i ra r o s m e us pa · t l" icios d e alguns enganos lU g·13 ')g1·a phia . C idade da Fortaleza, :J8 de .J ul ho d e 1 854 .
.
JOSÉ PACIFICO CARAG.�) C D r. l - F i l h ·1 de José Paci fico da Costa Ca racas c D. A n na. I•'cl ic ia d e Li m a nasceu c m Ba turité a 4 d e A g·osto d e 1 8;)6. M ed i co ad j •. m cto d o H ospi ta l O e ra l d e J\l i ser · ico rd i a , d o R i o de J a n e i ro , e x - i n terno d a C l í n i ca C i ru rg-iea d a Facul · d a de no mesmo Hosp i t a l .
Cursou a s Faeuld acl cs d a. Bah ia c do R i o . Pa r:t receber o d iploma d e d o u to r apresentou e sustentou theses a 1 4 de Dezem b ro de 1 88 : .
· A d i ssertaçüo d e suas thescs versou sobre o Volor áa.� il�jet·c,·ii .�s hypvdermicas no t1·ata mento da.� mole . .,tia.o.; e as p ropo r<>iç:õe� sobre };;tudo m edico legn.!. das m a n chas d e esperma, , l n�.o.;t/wsir;o,, A l".'troba, sn t a cçüo ph,y . siologica e therapeutic:a.
,.;
. ;
7-8 REVISTA •
JOSÉ P'ATRJCIO DE CASTRO, NA:rALENSE.-Filho do tabellião de Canindé F ra n c i sco d e Paula Natalense, fa l-. l eci do em 1 878, e d o D. Innoce n c i a Carolina de Castro.
·
N a-sceu em Qui xcramobim a 1 7 ele i\J arç�o de 1 840, formou - se cm sc icn ci ns j u rí d ic as e sociaes n a Facw ld a d e d e Pern a m b u co em Novem bro de 1 870 . c m orreu n 1 4 d e .J u n ho de 1 89:l como j u i z de d i rei to d a coma rca d e �- F ra nci sco d e Paula d e Cima da Serra, Rio Gra n de d o Sul , pnm a q u a l fôra nomeado e m Junho d e 1 890. .Foi n a Pro v í nc ia j u i z m un i cipal ct ·e M a r i a Perei ra.
Publ i cou q un n d o C'stud a n te um l i v ro de ,-er sos sob o titulo A Camponeza , d epois de formado, em 1 883, o poemeto A Cea1'eida e O B1'(1zi/ J,i1:1·e, Epi logo da Cearei da ( A holiç·ão ela escntYatu ra ) Cea rá 1 888, 'l'�· p . E conom ica, Pra ça do Ferreira, 4H.
JOSÉ PEREIRA DA GRAÇA marüo d e A racaty).Filho d o n ego ci a n te portug·uez José Pe re i ra da G raça e de D. l\laria. Cand ida Carnei ro l\Ion te i ró , nasceu na c i da de do A n �a t,v a. : 4 de l\1 arço el e 1 8 1 :.!.
Depo is d e fa zer os estudos pri nw ri os em sua cidade n ata l, scgu i n para. Coi mbra , rei n o de f'ortup;a l, onde n p ren de u os preparn torios pn ra o curso d e d i re i to . Regresf3 a n d o n o Hrnsi l , m n tricnlou-se n a Acn dcm i a d e s c i e 1 1 c i n s soc i n es e j u r í d i cas e l"orn:ou· se em O l i n da em lf:<14. C'a so u · sc em R ed t:e cm 1 8:3H com D: .M aria A d e l a i d e de A lt> n caRtro, fil ha lcp; it ima de J osó .J o a q u i m d e A lencastro e D. M.a ria .I!�cl u a .rda Carneiro Leão .
Fixando sua resid e n d a cm sua p ro \'i nc ia n a ta l , a h i exerceu os cargos· d e J u i z d e di re i to do Ieó, Quix eram obim c Aracaty, c como d e p u t a d o p ro v ín cia. ! fez parte e m d i vc r'"'as legisla t u nt R . HeprPse n tou o Cear.á <' O m o dep uta do gera l supp len te n a h." l egislatura. d e 1 84:1 - 1 844 e como depu tado effecth'o na 8.a l eg is la t u ra el e 1 8 50 - 1 852. Pela Assembléa Pro-
-.
DA ACADEM�A CEARENSE 79
v i ncial foi nomeado em commissào com o Dr. Migael Fcrn andcH \ ' ie ira e o Coronel Fra ncisco Xav ier 'l'or· rcs cm 1 9 de O u tubro de 1 �42 para cum primeritar ao I m pera dor D. PeJ ro :?." pelo casa m e n to com D. Thcreza. Ch risti na. M.aria.. Perte n ceu sem p ... e ao parti· do consen ador, em cujas l u te� s pol i tie11 s e n a im· p rensa tomou parte a c ti v a , até que reti r o u -se á vida v t·i vada � � \' i da d e mero múgistrado em 1 852.
Por Deereto de H i d e .Janeiro de l �f>7 foi n o meado Desembargador d a H.elaçào d o i\1 11 ran hão. Ex· crccu o cn r�o de Adj u n cto e de Presi dente do Tribun a l . do CoJtlmcrcio da m esma P ro v í ncia ; e foi ele· \' ad o ao de Presidente da Rel a ção por Deereto de 4 de .J u l ho de 1 8i -l . Tev e o titulo de conselho por Dec reto ti e ;-H de .J u l h o do mesmo a nno. E em 22 de Dezembro de I8i ( ; foi nomeado M e mb ro do Su· premo T ri b u u a. l da J nsti�a, ca •·go em q ue a ped ido se aposentou com todos os vencimento8 pelu Decreto de 26 de Fe v ereiro de I H8i, galard oan do-u cn tiio o G o verno I rn perial com o ti tulo de Ba ri'w de Ara· caty por seus set• v iç;os p rest:> dos it m agistratura e ao Estado.
Admini stro u , como i:> vice·pres i dente, a p rovíncia do l\Iar..tn lião, por quatro vezes, em 1 870, 1M7 l , H fi2 e I �75, torna.udo·se notascl por sua mod eração, cri terio, zelo e econom i a . Em semelha n te qualidade, apresen tou, jit a seus successores, já à Assem bléa pro \' i ncial, m i n u dosos relatorios q ue foram i m pressos.
Falleccu no Rio cte Janeiro a 29 de Janeiro de 1 889, deixand<) larga descen dencia, d igname n te re· p resentada por seus f i l hos v arões Dr. Heraclito G ra· ç·a (ex -presidente de pro víncia c ex deputado geral), Desemba rg·ad or Ahel G ra ça, Ben jam i n G raça (consul em d ispon i b i l i d a de) general José Pereira da G raça Junior, Con tr'al m í ra nt e A ffonso de A len castro G raça, Dr. Henri q u e ( i raç:t (J uiz de Direito) e A dolpho Alencastro G raça , capi t:1o de i n fa n teria ( todoi cearenses, menos o genernl .José Pere i ra da G raç:a Ju-
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n i o r, n asci d o em Pernam bu co) e por trez filha s, d u a s das q uaes ca!;a d a s no M a ranhà0, uma cem o negocia n te l\I a n oel S i ! vl:'stre d a S i l ViJ Couto e o utra com o jornalista Comme ndador Thcm istocles da Si l va :M ac i e l A rauha, s e n d o , portanto, o Barão de A racaty o a Y ô de G ra ça A ra nha, m e m bro da Ac'l demia Brasi leira c n u c tor da Cha nnmt .
JOSÉ PEREIRA DE AZEVEDO (Dr. ) - Conheddo no A ra caty, o n d e nasceu, p o r .J o�é Cotia. , appellido que l h e foi posto por Fidel is .M a i a , q u e e n tão era emp regado na casa e:ommercinl de G u i l h e nue Pereira ú e A ze v ed o . Foi s<>u p u e o portug-uez J osé Fran cisco el e O l i v e i r a , o .J osé d o Cam i l l o como lhe chamaviw ; a i tH.la v i vem no A racaty u m a sua i rmã c um i rm ;'to que é p e dreiro. Foi e d ucado por D. Thereza de A ze Yedo, esposa de A n tonio Pere i ra de Azev edo, que nelle d eseu b l 'i r� c x traordinaria aptidão p a ra as le t tras. Ji'o i exímio tocad or de piston c
a pon tado c m seu tempo como o me lhor estudante de l a tim n o .Aracaty segundo o . d i zer do p rop rio p rofesso r R v d . Conego Fran c isco Piuhciro.
l�s tuda\·a no <:J y nmasio d e Pernambuco qua ndo te v e o i n fortu n i o d e pe rder sua p rote ctora ; essa , p o rém, não o esq u ecera porquan to con tl.:\m p lo u · o n o testam e n to com u m legado cle_q ua tro con tos de reis.
Em companhia de um genro da f inada José: Pereira transportou se para Portugal e depois de fre q u e n ta r as Academias recebeu <J la u rea d e douto r c m m e d i cina.
Nunca m a i:-; v o l to u ú te rr a do berço. Faz pa rte do corpo medico da m a rinha Portugueza, tflndo patC'nte superior.
JOSÉ PEREIRA MARTINS.-- N asceu c m l\Iecojn na e111 1 8 7 2, sendo seu s p u es .J osé Perei ra. 1\I a rtins c D,:l Ray m un d a da Costa Martins, am bos n aturaes elo A ra ca ty .
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DA A CADEMIA CEAI\ENSE 8 1 ------Em I kR6 �n i ciou a vida de typographo nas offi-_
cinas do Cem·ense e d esde então tem trabalhado nos jornaes A Pof1·ia, o C'nmbate (no cara cter de gerente), O I Jím·io, () Xm·te, e nas officinas Studart, das quaes sah i u pa ra a Hepublica, onde perma nece.
M u i to ded icado ao estudo e ao cultivo das letras .José l\la.rtins tem p u b l i ca.do l igei ros t rabalhos e são :
- Impl'e.�st]es de viagem, 'l'yp. d'A Republica, 1 892. - 11ainel rustíco, Typ. Studart, 1 895. - lJe.��.·ripçüo de um J>re.�epio, Typ. da Republica,
1 i:\\) �. - fzmwa, conto, Forta.kza, 1 901 , i n 4.o d e 17 pp,
T�·p. �! i nerva. - H;1Jlp/w.�, l i v ro de v ersos, in 1 6. 0, 38 pp. 1 898-
1 \30 1 , Fo rta leza , com prefacio de José de Castro. - G:anticvs, l i v ro de versos, Fortaleza, 1'902 - 1 903,
in 8 .o de !4 p p . com p refacio de .Joaqui m Fabricio. l';om Francisco de Vasc onccllos e outros mem
bros da socieda de de S. Vicente d e Paulo publicou a 8 de Se tem hro de 1 90� o Pão dos Pob1·e.<J.
JOSÉ PINHEIRO BEZERRA DE MENEZES. - Nasce u em Jlila gres c é filho d e I ri neu Pi n heiro Bezerra de Menezes e de D.a .J oaq u i na Moreira Bezerra de Mene· zes. Seu p ae v i u vando ordeno u-se :l e presbytero e é actualmen te Viga rio d e Mecejan a .
Corneyo u o s estudos n o Sem inario d o Crato em 1 893 donde p:l.ssou se p a ra o H.io d e Jan ei ro: mas de lá foi obrigado a voltar por doento para a Serra de Baturité, onrle residia e n tão se u p ae .
Resta l>clccen d o · se, matricu lou·sc em 1 899 n o Sem i nn.rio da Fortaleza c ahi concluiu os prepl!ratorios !lO anno seguinte. Foi i n cumbido pelo P.e Ped ro Esmcra ldo, orador de n omeada c e n tão presidente da soci!3dade l i t teraria c scientifica « Reereio Li tterario » para apresen tar um trn bu lho geolog ico á. sessão solemne de 1 9 de .J ulho de 1 900 da referida sociedade da qual o n osso biogra phado fci successivamente
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• nrador offk.ial, na inauguração, 2.0 vice- presidente e depois 1 .0 viee p residen te c presidente de varias comm i!>sões.
No momento em que escre vo csta� l i nhas José P i n h e i ro Beze rra de Menezes cu rsa as au las da. Es · cola M il itar do Rea l engo.
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Public<>u : ·-
- iVm·aví/Jtas .;.Vatume.� da A mel'iea ou Disc u rso geologico sobre a Ameriea e cspecial mcutc sobre o Ceará recitado na sessão solemne ele 1 9 de .J ulho do 1 900 no Sem i nario d e Fortaleza, Ceará. - Fortaleza , Typ . M i n cn'a, de A ssis Bezerra, 1 90 1 , i n 8.o de 3 1 pp.
JOSÉ PINTO COELHO n'ALBUOUERQUE ( Coronel ). - · F ilho do cap itão A n tonio Cosme d 'Aibuq uerq uc Mel · lo e D. Candida P i n to ci 'Alb u q uc rquc, 1Ja$Ceu na c i dade do Icó n i?'> d e M arço e le J B,i9.
Na d ita cidade fundol l u m a casa. commercial com o titu lo uO G ua. rnn y » , a q u a l l i quidou m u i to honrosamente quando m u do u -se pam a Fortaleza
· cm 1 894.
Na mesma c i da d e t\Xerc e u os cargos de Secretario da C amara, l�scri v ão da Col lcctoria Pro v i ncial , Promotor publ i co int<:.ri no, Verea dor ga Camara, s u pplente do .Juiz M u nicipal e foi o prime i ro In ten dente depois da Re publ ica, cabendo-lhe a honra d e consti tuir o m u n i c í p i o E' o rga n i sar toda3 as suas leis.
Em 1 892 foi elei to d e p u tado á ." ssembléa Cons· t i t u i n te do �stado, c uj a J .a sessiio p resid i u e foi
eleito para. a lii J l egislat.u ras que s� segu iram a té 1 90 !, occupa n do o lol!;ar de 2.o Vicc presidente. Obteve d i ploma para a 4 .:1 legisl a t u ra futura d e 1 905
a 1 908.
Na Fortaleza. cxcrC'.eu o loga r de A uxil iar d a E. d e Ferro d e Bat uri té, pa ra o q ual foi nomeado a 3 1 de Outubro de I f:\9;{, o de Administrador das t:apatasi.:ts da A l fan d cg;t., n o meado a �4 de Agosto
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d e 1 894, o •lc Delegad o da Directoria G erelil de Est atis.tica, n omeado a 7 d e A gosto de 1 1::00 e exe rce p resentemente o l oga r de Admi nistrad or . dos Correios do Estado, por nomeaç·ào de 27 de Dezembro de 1 901 .
Publico u : - Relatol'io da ad minis t ração el os Correiel!! d;o
Ceará, a pr�sen ta do e m 1 903 ao l<�xm. Snr. Dr. Ltüz Betim Paes Leme, Director Geral dos C orreios, pelo admi n istra dor José Pin to Coelho d!AJbuq-uerque. Forta leza, 4H Typ. Eco n o m i c a 1 ' . do Fe rreira , 11)03.
- Relato1·io da ad min istração dos Correios d o Ce� rú., apresenta d o e m 1 904 a o Exm. Snr. Dr. Luiz Betim Paes Leme, d i rector G eral d.os Correios pelo ad ministrador José P i n to Coelho de A lb uquerque. Ceará, Typ. Eco nomiea 4:3, Praç;a. do Ferreira., 1 90 ! .
JUSÉ PINTO NOGÚEIRA (Dr.) - Nasceu no Icó a 29 de Setemb ro de l �fJ5, se n d o seus paes o negociante Tenen te ·Coronel Cas i m i ro Pinto :\ ogucira, nascido a 2 de Março de 1 83:!, clv�fc do partido li·beral do Icó, c D. An·na. Pi nto Nog u e i ra.
E' o medi co da Ga mara M u n i cipal de Fo rtále· za e ajudan te do Insp ec tor de Hygiene do Ceará por nomeaç·ã o ele 4 de Novcm bt•o de 1 898 .
.Sua these para o do utoram e n to r. pre8e ntad a á Fa c u l d ad€: da B a h i a v e r·sou sobre Arsenicaes, .<ua hüstoria nafural, acção phy.siologica e 'ffeitos thera:pe1dico.<:, e foi i m pressa n a Typ. dos Dous i\ l u n d os, Rua Const>lhe i ro Sa ra·i Y a n." 44. 1 88'-1, in 8." de 46 pp.
JOSÉ PBMPEII BE ALBI1011EROUE GAU/A6ANTE. FilbG· de José Cav a lca n te e D. Josepha l\I a ri a. Ca va·J ean tc, nascf'lu a 1 0 d e A b r i l de !'8:39, e dedicando-se á en gen haria. m i l itar fo rmou-se em 1 8fif> seguindu logo em comrnissào para. a provín cia do Piauh y.
Deix ando a carre i ra m i l i w r, na qual attingiu ao posto de Capitão, vol to u ao Ceará a cujo pt�o·
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gresso material e i n tel lec tual desde �ntão en tregou -s e com amor. '
Foi vereador e p reside n te d a camara m u n i ci p a l d -e Forta leza, engenheiro da Proví n cia, dep u tado e p residen te da assemb léa p ro vi nc ia l c deputado geral t•m tn�z legislaturas e no Rio de .Jan eiro fisc;t l da Empreza de v i ação ee n t.ral c in tendente da Ca mara. Mun icipal d a C;1 p i ta l Federal .
Illuminou por m ui to tem po com seus esc r i p tos as pagi nas do Cem·cn-�e, org-a m l iberal ela Pro
. vincia. Falleeeu n o Rio clP. J a n eiro, on d e fixa ra resi
dencia desde 1 885, v icti mado por um arieurysma. ela aorta, a H de .Julho de 1 89 1 .
E' autor dos segu i n tes trabal hos . -Discurso pronunciado _ a 1 8 de Fe vereiro el e
1 87 7 p o r occasiào d e co llocar- s.c no Gabinete Cearense de Leitura o retrato do Dr. A n tonio Dom i n mingue& da Silva. Encon tra se pu bl icado no .1/en·a n til, d e 1 de l\Iarço.
-Retrospecto sobre os projectos de m elhoramento do porto da Fortaleza pelo Engenheiro J . Pompeu . Ceará, 1 878, 8 . o d e ti5 pags.
O vol . contém a serie de artigos que o A. publicou n o jornal Cem·ense em l t-:159.
- 0 Cem·á em 1NR7. Choi'O{J1'aphia da. Pro v í n c i a do C eará por Jose Pom pe u de A. Cavalcante, n atural da mesma p ro v inda. I m p ren sa N;.u : ion a l , ! 888. l:l.0 de 322 pp. contendo as n l t im a s H I pags. um Esboço H istorico do Cearit .
-Aponta mentos sobre a const1 ucç:ito de aç-u-des.
Vei_xou por acapar um rom :mcc h istorico A.� LaVl·as da ,_lfangabeira ou as .llina.� do Ceauí c u m Di ccionario geographico e h istor ico do Cea.rú . . Da que � /c p11blicou J ulio Pom peu, seu f i lho, o 1 ." e 2." cap i tu \os na Xot'icia (scc çào Au jour le jour) e Debate (n .'' iW l ) , d o R)o d e Janeiro .
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DA A CADEMIA CEAHENSE 85
JOSÉ POMPEU PINTO ACCIOLY. (C."') -- Filho do Com mcnda dor Dr. A n to n io P i n to Nogueira Aecioly e D . Maria Tbereza Pom pe-u P i n t o A ccioly, nasceu em Fortnleza a 7 de l\faio de 1 873.
A 8 de Maio d � 1 8!;9 matriculou-se na Escola Mi l i ta r do Ceará, da q ual foi em 1 893 desl igad o p o r en fermo .
Em Dezem bro do d i to anno apresentou-se á Escol a , cmbarca n Jo no XictheJ·oy, da esquad ra legal no ct nal perma neceu até a term i naçào da re volta de Setembro. Em l\Ia io de 1 89 ! foi promovido ao posto de alferes.
Em 1 89f> matrk ulou se n o v amente n a Esco la do Ceará, onde concl u i u o c u rso d e preparatorios, segu ind o a 22 d e Fevereiro de 1 89G para a Escola de Porto A legre cm cujó 1 . 0 a n n o d o curso geral se m atriculou.
Em J unho d o mesmo a n n o pediu desl iga men to por moti \To de molestia , voltando então ao Ceará. Em Novembro tendo sido j ulgado cm. junta med i ca
. m ilita r incapa:.� para o sen· i ço do exercito, ped i u c ob teve demissão d o posto d e. a l fe res.
Em Dezembro ain d a do mesmo anno foi eleito dep utado es tadoal e nomeado d epois Secretario do Interior, cargo q ue exereeu até J ulho d e 1$l ·o.
Foi reeleito dep utado estadoal para o qua triennio de 1 900 a I HOJ, cabP.ndo lhe o diffici l e honroso papel de leader d a maioria .
Em Julho d e l !J04 foi nov a men te cha ma d o a ex e rcer as funcç.ões de Secretario do Interior. E' len t0. de Geometria do Lvceu de Fortaleza.
Por a lgu ns mezes estev e a seu cargo a rectacção d' A Hepnblica, orgam offici al do Estado .
Escreveu : , - Relat01·io a presen ta d o a o Exm.0 Snr. Presi
dente do Esta•io do Ceará, Dr. An tonio Pinto No gueira Acci1.l elo Secre tario dos negocios d o in·
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tei-ioi·," josé Pompeu � i n to A c e i oly. J unho elo 1 89 7 . fi1o,rtaleza, T�· p . Econ o m i ea, P1:aça d u Ferre i ra , 43. 1 898.
--- Relatorio a p resen ta d o n o Exm.o Snr. h·esidentc do Estado elo Ceará, Dr. Antonio Pi n to Nogueira .Accíoly, pelo secre ta rio d os neg1>cios do i n terior José Pom p eu P i n to Acciol v - J unho d e 1 8H�.
- Fortaleza, 1 898, Typ. Eco\iom ica " -- Relaforio a prese n t a do a o Ex m.o S1ü·. P resi-
dente d o Estado elo Ceará, D r. A n ton io P i n to Nogueira Accioly, pe lo Secre ta ri o dos 1 1 egocios du i n terior .J osé Po l!l pe u P i n to A c eioly. J u nho d e 1 8\.N. Forta leza, 1 899, Typ. Econom ica .
- Relatorio a p resentado ao Ex m : Snr. Pres i den te do Est[,do d o Ceará, Dr. A n ton io Pinto Nogueira Accioly, pelo secretario dos n eg-oc ios d o i n terior
· .· José l 'ompcu P i n to A c cioly . .J unho de 1 !101 1 . Fortaleza 1 900, Typ. Economiea.
JOSÉ RUFINO SOARES VALAMIRA ( Padre). - Nasceu n a fasen da G ra cio sa, termo da Cra tehus, cm 1 8 1 8 , sendo seus paes o C a pitào l\lan oe l Pereira Soares c
D. l\I ar ia Soares de l\I0l lo . Era. repu tad o ta l e n to d e p ri meira ord em .
Foi v igario em l\ l a r v ào, Valencia c A marante, onde fal leeeu ·em 1 �94.
JOSÉ 0UJNTINO DA CUNHA:-N a scc u em S . Francisco d e Urubu rcta m n. a :?4 de ,J u l ho de l l:ii5, se ndo o 2." f i lho d o casame n to el e .Joüo t�_u i n tino d a Cunha com D . l\Iaria l\fa�imína d a Cunha.
Foi alumno <.l a Escola lVI i l í ta r do Ceará, e hoje en trega-se á- v i da de a d \'vgado no Estado elo A m a z o n as, a c u j a. magistratu ra pertenceu tambem p o r al gum tempo.
Estreou na i m p re n sa aos 1 1 a nnos de ed adc. Rc · d igi u o A lbwn d e Ba turi té c col laborou n o C1'1tzeiro, Oitenta e .Nov� e Jlimicip-io, da mesma cidade, Cettl'd,
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DA ACADEMIA CEARENS'E 8,7 '
Jmcema c E.�tado do Çeará de Ji,orta leza, Noticia do· Rio d e J a neiro, Pah·ia d e Man áos.
Faz parte d o Cen tro Littc rario, d e Fo rtaleza. Pub l i cou : Cabelleil'(t ( A m o rte d e), elegia, Typ. d ' 0 Muni:
eipio, Baturité, 1 902, 39 pp.
JOSÉ S!LVI W DE VASGil iCEL!.OS ( P.c)-- Fi lho . de José
Fe rre i ra de Vasco nce l los e D. A n na Francisca d e Vaseon cc!los, ord enou -se n esta Diocese.
Foi v iga rio de S. Franc isco de Uruburctama don de re t"i ro u -�e por doente e é residente cm So· bral .
Nasceu cm San t' A nna .
JOSÉ SOMBRA (Dr . ) -Fil ho d o Coronel Joaquim .José Souza Sombra, de quem já me occupei, e D.
Se veri na Correia Somb ra., n asceu cm l\faraP. g uap e a 4 de Dezembro d e 1 852.
· Aos 14 a nnus de cdade deixou o Ceará ·indo e s t u d a r prepara torios no Collegio G ymnasio Bah iano, onde por s ua i ntellige nr.ia e applicação r e cebe u u ma m e d a l h a de prata .
H a vend o-se m atl'iculado em 1 8 72 · na Faculdad e de l\le d ic i na d a .Bahia tra nsp or tou - se para a d o Rio d e Janei ro c ne!l:J, recebeu a laurea de dou tor cm 1 88 1 . No anno seguinte p artiu para a E u ropa e
· em ,V i cn n a d'A ustria e Paris ded icou se princi pal m e n te aos cstud()s d e gynecologia. De v ol ta á terra nata l, pouco se entrego u á v i da da clínica, m i n a n d o - l h e as f· · rças d i u tu r n a e per ti naz cnfermi . dacle.
Desde os te mpc s dos preparatorios José'Som bra Eal ien to u-sé en tre os com p an heiros p elo amor aos estudos d e philosophia c l inguís tica e estes estudos ellc o� ap erfeiçoou posteriormen te. Sl..\a bibliotheca n esse particular era ti melhor provida c esco lhida
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que em Fortaleza existi a ; por varias m i'i o s se dispersou e lia com a m orte do dono ..
O amor de José Som bra pelos estu dos didacticos revelo u-se com e:x u ber[l n cia quando era simples acade m i co ; p rova-o a discussão que travou em Ou · tubro de 1 877 n as p a gin a s da Constituição escrevendo os artigos sob o titulo Compendio de G1•ammaUca da Lingua Nacional p o r l\lanoel .Soares da Si lv<t
-Bezerra. A esses a rtigos respon dia o Dr . .M an oel Soa res n a Tribuna Cath11lica com a epigra phe Ra.<;posta á critica de um 8m· . .Estudante á m inha Omm matica.
S ua. thesc de dou tora mento versou sobro Con díções Pathogenícas das palpitações d o 'coração e meio.<; de combatel-as c sahiu da Imprensa Industrial, Rio de .Janeiro, rua d a Ajuda n.o 75, 1882.
Falleceu em Fortalc·za a : G de Ma rço de 1 888. Um mez após sua morte o Insti t u to do Cearú,
de que era t hcsoureiro, celebrou em sua memoria solemnissima sessão, p ro n u n ci ando discursos funebres o p resi den te c o orador dessa Associação Snrs. Dczem bargador Pauli n o Nogueira Borges da Fonseca e Julio Ceza r da Fonseca Filho. U ma e outra peças oratorias v êm publicadas na R e v ista do Instituto, 2.o Trimestre el e 1 888.
JOSÉ TEIXEIRA DA GRAÇA (l\f onsenhor) . -Filho do Coronel A n tonio Pereira da G raça , n asceu em 1 853 na cidade do A ra c a ty , e estudou no 8eminario do Ceará recebendo a s orde n s de preHby tero cm t 876.
Nonwado Vigari o de Para ngaba, presto u os inais relevan tes serviços na secca de 1 87 7 - 79 ; da Vigararia de P arangaba passou se para a capel lan ia de Passagem das Pedras, ct e onde foi chamado para o Curato da Sé de Fortaleza.
Foi p residente d a Assemblt�a Prov inda! d a an tiga Prov í ncia c p resirlente da Socieda de Uniilo do Cluo, e mereceu de Leüo XIII o 3Io nsenhorato e o titulo de Camareiro Secreto.
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Consultado p::1.ra acceita r o bispado do Pará, recusou essa hon raria por tan tos appe tecida . .
Fal lcceu cm Fortaleza pela m a d rugada de 24 .de J u l ho de 1 8�H. Seu enterro foi u ma verdade i ra apo · theose.
Sobre o facto escre v i as seguin tes l inhas n a Ed içfto Especial , q u e a A l 'e1·dade d e u a 2 de A gosto cm honra do illust rc morto, que era seu redactor· c hefe, 0.diçào cm q u e collabora ram tambem Paulino Nogue i r& , Antonio Augusto de Vasconcelllls, Ferreira do V a lie , Epaminond a s da Fro ta, José Lino, Pc-. dro rl e Queiro;-., .J osé Ca rlos, G on çalo Souto, Alvaro de A l encar e outros:
" Preriro desv i a r os olhos de m i n h a a lma d o estrei to quarto c da h u milde cama c m que contem · piei , estortegando \· encid a pela d oença, aquella pujnnto orga n isaç�ão para espraial -os, m uita v ez cmbadados pela lagrima, sobre a m u l ti dão movida pelo mesmo sentimen to · em sua romaria á cidade dos f i n ados .
Não que me sinta insurrecto con tra a i déa da morte .
Fôra isto um desacerto ante as doutrinas,· que com m ungo .
Fôra sentir- m e em contrad icção com os meus se n ti m entos de pensador ch ristão .
Pois que o tum ulo é o porti co da Chanaan ccleste não posso rebellar-me con tra o desfecho d ' esse d rama q ue é a v i da , nem revoltar-me porque a l · g uem tenha atti ngido o m arco ultim o d a s u a pere gri n ação .
Mas eu prefiro reeordai· aquelle oeeano de povo, eloquen tissimo cm sua m u dez resignada, prestando a u l ti m a homenagem a u m simples padre, p roclamando a bellcza da alma do combatente para quem ce rra ra-se o cyclo da vida terrena e affirmando ao m esmo tempo suas p ropri as crenças na dou trina do dôcc J esus.
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Porqu e é u m fa cto : aqucllas cinco m i l pessoas a pós o fcre t ro do v i r t uoso cura da Sé emm uma homenagem ao m orto c tn mbüm h Rcl igiào de I'}UC ellc fôra o mini stro bom e pied oso.
G ra n d i osa m n n i festa ç·ü o ! .Sccna tocan te c singula rmen t e · C o m m o ..- cd ôra !
Agucllc morto não t inha-se gu i n dado ás cumcad as do r> odel', nüo l h e embalaram o berço as car i cias da fo rtu n a, nem sentara m-se cm torno d o leito el e seu som n o d e rrad eiro pare n tes pod erosos ou de nomes con hecidos nos no!Ji l ia.rios, e n:·w obstante a n o va de sua enfe rm i d a de a balou a gra n d e alma elo p o vo ccarensc, n ão obstante gran des c peque n os, os ricos e pobres, c estes sobretu do, sentiram se feridos no golpo q u e lhe v ibrou a morte.
Quem o u o q u e sagro u o en tüo na conscieucia. de seus con c i d a d ãos ?
Quem ou o q u e transfo rmou o d i a d o passamento d e u m pobre sacerdote cm data d e lu to n acional ?
Porq ue s u a c;tmpa orvalh:1-3c com as lagri mas da patria e junto a cl la Ycla-sc de crepes o anjo da R eligião ?
Ellc foi o pad re segundo o E vangelho e v i r :un o todos sempre nos caminhos elo bem, eis porque d e ram-lhe tudos a lagrima pura da sauda d e c c n · cher:tm · l hc a cam pa com as olorosas f l ores da gra · tidfto c d o a m o r quando o Sen h o r clu :n ou o à etema S i ão, cuj<tS grandezas cllc c a n t .1ra tanta vez em seus a rroubos d e crentü » .
Seus restos rcp ous:l.m n o ccmitcrio d e S. Joüo B ap tista c m m ausoléu leva n tado pelos n m igos c a d m i ra J orcs.
E' a uthor do : Relatol'io a prese n tad o pelo J .o V i ce-p resi dcnte . . .
aos 2 1 de Setembro d e 1 882, 3 . 0 an n i v e rs a r i o el a funrlCl Çilo do G ab i ne te ele Lei tura A r:tcatyensc, pu bl icado no Pecl1·o II, jornal de Fortaleza.
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DA ACADEMIA CEAUENSE 9 1
JOSÉ VICENTE DUARTE BRANDAo -Ba�har<'l e m sci e n : c i as j u rí d i ca s c aociaes p ela Facu ldn.dc d o Recife . De d i c o u-se ú. ngricul tun1 .
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Fa l l13ccu em Perna m b uco em I H87 q u a ndo re n dei ro d o e n genho Camori m , freguezia el e S. Lourenço.
�ra i r müo do Barão do Cra to, de quem j<l. me occn p e i .
JOSÉ VICENTE FRANCA CA V ALCANTL · - N a se c u n a c i d ad e d e �obra ! a �W de J unho de 1 H52, e foi f i l h o d o c n p i tào 'V i cente Cn n d icl o Cav a l c a nti, já fal lecido, \' de D.a Philadclpha d a Frnnca, f i l h a. d o Coronel , Joaquim Lourenço da Fn, n r a e S i l v a c de D.n l\Iariu. Ca rolina.
Occupou o ca rgo d e Sec retario d a Cama ra 1\T u n i c: i pal ele Sobra l c m 1 88:3, p o r n.lg-tms a11 nos, por portaria ele 1 3 el e A gos t o el e 1 88S foi n o m ead o Cn p i tii.o d a G ua r da N a c i o m ll do Bat al h ã o 1 1 .0 1 5 da frcguezia da .1\lerll oca c por t itulo de O u tubro 1 888 Tabclliào P u b l i c o c Off icin l d o Hl'gistro.
Tom o u a d i rccçüo d 0 joma l - A C1·dem no dia 28 de Setembro de 1 8 �7 , q u a n d o foi fu ndado pelo a n tigo partido Conser v ador, sen do m a is tarde proprie· tario clelle a té a tla ta d e seu Cnllccimen to, que teve lo· ga r a 14 d e Fevereiro de 1 898. Daq uella da ta em d i a n te a 01·dem. p assou a ser propriedade de seu filho A n tcnor Ca\'al c a n ti .
Na s paginas desse jornal José 'v' icente publicou i n teressan tes ;,Vufw> p a ra u H istoria de i:iobral .
. JOSÉ VIEIRA RODRIGUES DE GARV ALHO E SILVA . -FJ ! h o llc outro ele eg·u;d nome, q•w foi juiz de direito e chde el e policia n a a n tiga Pro v i n c:.ia , e natl1 rn l de Forta leza.
Ded i ca ndo se ú \' i d a ele em prega do publico fez parte d o quad ro da 'l'h esourn ria de Fazenda c da A l fandega de Ceará e postcriormcn te d a A l fa ndega de Paranú. Escreveu :
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92 REVISTA
Apontamentos tdeis aos despachantes das Alfa nde ga.�. Fortaleza, Typ. Uni versal, rua Formosa n.o 33, Cunha., Ferro & C.a - 1 89:3.
JOSÉ WELLINGTON CABRAL DE MELLO ( Dr.) --Nasceu a 19 de Agosto de 1�5') c m Paca.tu ba , sendo seus paes o Commeud��dor Antonio Cabral de l\Iel lo e D. Henriqueta Herminia Cabral .
Para se doutorar em Mcdicin;.t escreveu : lJos nneurysmas em geral. Das relações q ue ex istem en tre o adenoma, o sarcoma e o carcinoma da g-la1 1 •
dula mamaria na m u lher e do diagnostico em sua evolução inicial. Acção physiologica . e thera peu ·
tica do salic:ilato de 8oda. Do op : o chi mica, pha rmacologicamente considerado. Thc.>e aprcscn tttda 1t Faculdade de :Vlcdicina do Rio de J aneiro em 28 de Setembro d e 1 883 e perante ella sustentnda a l o de Dezembro. Rio d e Janeiro. Typ. d e G . Lcuz i ngcr & Filhos, 3 1 , Rua do O u vidor, 1 81::>3.
ERRATA - .\' pag. H, l inha 26, : � junte se ú Jfen.yagem do Cent1·n Cearense as pala v ra � ao CeaNi.
A' p::�g. ()5, l inha 22, lêa 1Hfi8 em vez ele J;�lf.'J .