57093875 um estudo sistematico de doutrina biblica apostila

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57093875 Um Estudo Sistematico de Doutrina Biblica Apostila

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Um Estudo Sistemtico de Doutrina BblicaAutor: Thomas Paul Simmons, D.Th.

ndice:Cap 1 -A Existncia de Deus Cap 2 - A Bblia Cap 3 - A Inspirao da Bblia Cap 4 - Objees Inspirao Verbal Cap 5 - A Natureza e Atributos de Deus Cap 6 - A Vontade de Deus Cap 7 - A Doutrina da Trindade Cap 8 - A Relao de Deus com o Universo Cap 9 - O Senhor Jesus Cristo Cap 10 - O Esprito Santo Cap 11 - A Doutrina dos Anjos Cap 12 - Satans: Sua origem, obra e destino Cap 13 - A Criao do Homem Cap 14 -Os Elementos da Natureza Humana Cap 15 - A Natureza Moral do Homem Cap 16 - O Estado Original e a Queda do Homem Cap 17 - A Doutrina do Pecado Cap 18 - A Responsabilidade Humana Cap 19 - A Livre Agncia do Homem Cap 20 - A Doutrina da Eleio Cap 21 - A Doutrina da Expiao Cap 22 - As Chamadas Eterna e Interna Cap 23 - O Novo Nascimento Cap 24 - A Converso Cap 25 - Arrependimento e F Cap 26 - A Justificao Cap 27 - A Santificao Cap 28 - Os Trs Tempos da Salvao Cap 29 - A Perseverana e a conservao do Salvo Cap 30 - A Doutrina Da Igreja Cap 31 - A Doutrina Do Batismo Cap 32 - A Ceia Do Senhor Cap 33 - Porque o Lava Ps no uma Ordenana Cap 34 - O Ofcio de Bispo Cap 35 - O Diaconato Cap 36 - O Lugar da Mulher Na Igreja Cap 37 - O Estado Atual dos Mortos Cap 38 - O Milnio Cap 39 - A Segunda Vinda de Cristo Cap 40 - As Duas Fases da Vinda de Cristo Cap 41 - O Perodo da Grande Tribulao Cap 42 - O Homem do Pecado Cap 43 - A Batalha do Armagedon Cap 44 - Os Estados Finais dos Justos e dos mpios

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Cap 1 -A Existncia de DeusO fato da existncia de Deus tanto o ponto de partida lgico como o escriturstico de um estudo sistemtico da doutrina da Bblia. o ponto de partida lgico porque o fato da existncia de Deus sotope-se a todas as outras doutrinas da Bblia. Sem a existncia de Deus, todas as outras doutrinas da Bblia seriam sem sentido. o ponto de partida escriturstico porque disso nos

capacita o primeiro verso da Bblia. I. A existncia de Deus est assumida na Bblia. A Bblia principia por assumir e declarar a existncia de Deus sem empreender prov-la. Isto um fato digno de nota. Ao coment -lo, diz J. M. Pendleton em "Christian Doctrines": "Moiss, sob inspirao divina, teve, sem dvida, as melhores boas razes para o curso adotado por Moiss; a saber: O autor cr que isto verdade e cr que h pelo menos trs razes para o curso adotado por Moiss; a saber: 1. ISRAEL, EM CUJO BENEFCIO MOISS ESCREVEU PRIMARIAMENTE, J CRIA EM DEUS Da, o propsito de Moiss, que foi mais p rtico que teolgico, no erigiu uma discusso de provas da existncia de Deus. 2. AS EVIDNCIAS DA EXISTNCIA DE DEUS SO VISVEIS E VIGOROSAS Assim, foi necessrio, mesmo para a raa humana como um todo, que um discurso prtico tratasse das evidncias da existncia de Deus. Mas o nosso estudo teolgico bem como prtico; logo, -nos oportuno notar estas evidncias visveis e vigorosas. Elas nos vem da: (1) Criao Inanimada A. A matria no eterna e, portanto deve ter sido criada. 3 George McCready Price, autor de "Fundamentals of Geology" e outros livros cientficos, diz: "Os fatos da radioatividade probem muito positivamente a eternidade passada da matria. Da, a concluso silogstica: a matria deve ter -se originado ao mesmo tempo no passado..." (Q. E. D., pg. 30). O Professor Edward Clodd diz que "tudo aponta para uma durao finita da criao atual" (Story of Creation, pg. 137). "Que a forma presente do universo no eterna no passado, mas comeou a ser, atesta-nos no s a observao pessoal seno tambm o testemunho da geologia" (A. H. Strong Sistematic Theology, pg. 40). B. A matria deve ter sido criada por outro processo que no os naturais; logo, a evidncia de um criador pessoal. Diz o Prof. Price.: "H uma ambigidade de evidn cia. Tanto quanto a cincia moderna pode lanar luz sobre a questo, deve ter havido uma criao real dos materiais de que se compe o

nosso mundo, uma criao inteiramente diferente de qualquer processo agora em voga, tanto em qualidade como em grau". (Q. E. D. pg. 25). A origem das coisas no se pode computar sobre uma base naturalstica. Buscando assim fazer, Darwin foi obrigado a dizer: "Estou num lamaal desesperado." Algum podia falar tanto de livros serem escritos pelas leis da soletrao e da gramtica como do universo ser feito pela operao de mera lei. Assim est a Bblia de inteiro acordo com os achados da cincia moderna quando ela declara: "No princpio Deus criou os cus e a terra." (Gnesis 1:1). (2) Criao Animada A. A Matria viva no pode provir da no-viva. Escrevendo no "London Times", disse Lord Kelvin: "H quarenta anos perguntei a Liebig, andando nalgum lugar pelo campo, se ele acreditava que o capim e as flores que vamos ao nosso redor cresciam por meras foras qumicas". Ele resp ondeu: "No mais do que eu podia crer que um livro de botnica que as descrevesse pudesse crescer por meras foras qumicas". Numa preleo perante o Instituto Real de Londres, Tyndall afirmou candidamente os resultados de oito meses de rduos experincias como segue: "Do princpio ao fim do inqurito no h, como vistes, uma soma de evidncia a favor da doutrina de gerao espontnea... Na mais baixa como na mais 4 elevada das criaturas organizadas o mtodo da natureza : que a vida ser o produto de vida antecedente". O Professor Conn diz: "No h a mais leve evidncia de que a matria viva possa surgir da matria morta. A gerao espontnea est universalmente vencida" (Evolution of Today, pg. 26). E o Sr. Huxley foi forado a admitir: "A doutrina que a vida somente pode vir da vida est vitoriosa em toda a linha" (The Other Side of Evolution, pg. 25). B. Desde que a matria no eterna, a vida fsica, que envolve a matria viva, no pode ser eterna. O fato de a matria no ser eterna probe a suposio que a vida fsica o resultado de uma srie infinita de geraes. E desde que, como vimos, a matria no pode provir da no-viva, somos forados a aceitar o fato de um criador pessoal, no -material. (3) A Conscincia Humana Para fins prticos, a conscin cia pode ser definida como a faculdade ou poder humano de aprovar

ou condenar suas aes numa base moral. O apstolo Paulo, um dos maiores eruditos do seu tempo, afirmou que os pagos, que no tinham ouvido de Deus ou de Sua lei, mostravam "a obra da lei escrita em seus coraes, testificando juntamente a sua conscincia e seus pensamentos, ora acusando-se, ora defendendo-se" (Romanos 2:15). Paulo assim afirmou de homens que no aprenderam de um padro moral autorizado e tinham um senso comum do direito e do errado. Eruditos modernos nos dizem que os povos mais rudimentares da terra tm conscincia. No se pode dizer, portanto, que o homem tem conscincia por causa dos ensinos morais que ele recebeu. No se pode duvidar que a instruo moral agua a conscincia e faz sua sensibilidade mais pungente; mas a presena da conscincia no pago ignorante mostra que a educao moral no produz conscincia. A conscincia, ento, nos capacita da existncia da lei. A existncia da lei implica a existncia de um legislador; logo a conscincia humana atesta o fato da existncia de Deus. (4) Ordem, Desgnio e Adaptao no Universo, 5 Ordem, desgnio e adaptao permeiam o universo. "Desde que a ordem e a colocao til permeiam o universo, deve existir uma intelign cia adequada para dirigir esta colocao a fins teis" (Strong, Systematic Theology, pg. 42). Vemos ordem maravilhosa nos movimentos dos corpos celestes. Observamos desgnio admirvel no fato de o homem respirar ar, tira muito do oxignio e devolve o ar c arregado de dixido de carbono, que intil ao homem. As plantas, por sua vez, tomam o dixido de carbono, um alimento essencial da planta, do ar, e deitam oxignio. Temos admirvel adaptao no ajuste do homem para viver sobre a terra e no ajuste da terr a para lugar de habitao do homem. Tudo disto evidencia um criador inteligente. o suficiente para convencer a quaisquer cujas mentes no esto cegadas pelo preconceito. Algum podia crer do mesmo modo que por acidente que os rios nos pases civilizado s banham povoaes e cidades como crer que a ordem, o desgnio e a adaptao no universo so produtos de mero acaso. (5) A Bblia A referncia aqui no ao testemunho da Bblia concernente existncia de Deus. ilgico dar a

autoridade da Bblia como prova da existncia de Deus, porque a autoridade da Bblia implica a existncia de Deus. Semelhante curso vale por perguntar a pergunta: Mas referimos aqui a: A. A natureza do contedo da Bblia Bem falado foi que a Bblia um livro tal que o homem no o podia ter escrito, se o quisesse, como no o teria escrito, se pudesse. Ela revela verdades que o homem, deixado a si mesmo nunca podia ter descoberto. Uma discusso mais ampla desta fato vir no prximo captulo. E, se o homem pudesse, porque escreveria e le um livro que o condena como criatura pecaminosa, falida, rebelde, merecendo a ira de Deus? da natureza humana condenar -se assim a si mesma? B. A profecia cumprida O cumprimento minucioso de dezenas de profecias do Velho Testamento est arquivado em o Novo Testamento, o qual traz a evidncia interna de uma histria verossmil. O cumprimento da profecia evidencia um ser supremo que inspirou a profecia. 6 C. A Vida de Jesus Aceitando o testemunho do Evangelho como possuindo as credenciais de uma histria verossmil, vemos em Jesus uma vida singular. Nem a hereditariedade, nem o ambiente, as duas foras naturais na formao do carter, podem dar conta de Sua vida. Assim temos evidncia de um ser divino que habitou Jesus. D. A Ressurreio de Jesus A ressurreio de Jesus, como um fato sobrenatural e bem atestado mostra que Ele era divino. Temos assim subsequente evidncia de que h um ser divino. Prova da ressurreio de Jesus. Depois de ouvir uma conversao num trem entre dois homens que discutiam a possibilidade de ser enganado sobre a ressurreio de Jesus, W. E. Fendley, advogado de Mississippi, escreveu um artigo que foi publicado no "Western Recorder" de 9 de dezembro de 1920. Ele abordou a matria como advogado e deu as trs seguintes razes para negar a plausibilidade da sugesto que o corpo de Jesus foi roubado: (1) "No era ocasio oportuna para roubar o corpo". O fato que trs festas judaicas ocorreram no tempo da crucificao certifica que as ruas de Jerusalm estariam cheias de gente. Por essa razo o Sr. Fendley diz que no era boa ocasio para roubar -se o corpo. (2) "Havia cinco penalidades de

morte ligadas ao roubo do corpo e nenhuma delas foi imposta ou executada". As penalidades so dadas como sendo: primeira, por permitir que o selo fosse rompido; segunda, por quebrar o selo; terceira, por roubar o corpo; quarta, por permitir roubar o copo; quinta, por dormir quando em servio. (3) "Nego outra vez o alegado sobre o fundamento de testemunho premeditado e no premeditado." E ento ele mostra como os soldados vieram do sepulcro e disseram que um anjo os enxotar de l e que, quando peitados pelos fariseus, disseram que o corpo de Jesus fora roubado enquanto eles, soldados, dormiram. O Sr. Fendley prossegue dando cinco pontos que se devem crer p ara cr-se neste relatrio dos soldados, que so: (1) "Devem crer que sessenta e quatro soldados romanos sob pena de morte dormiram todos de uma vez". (2) "Devem aceitar o testemunho dos dorminhocos". (3) "Devem crer que os discpulos, que estavam to medr osos, todos de uma vez se tornaram tremendamente ousados". (4) "Outra vez, devem crer que os ladres tiveram bastante tempo de dobrar as roupas 7 morturias e coloc-las aceiadamente de um lado". (5) "Tambm devem crer que esses discpulos arriscariam suas vidas por um impostor defunto, quando o no fizeram por Salvador vivo". 3. O FATO DA EXISTNCIA DE DEUS ACEITO QUASE UNIVERSALMENTE Isto se d como a terceira razo que justifica o curso seguido por Moiss em assumir e declarar o fato da existncia de Deus sem oferecer quaisquer provas. Os raros que negam a existncia de Deus so insignificantes. "As tribos mais baixas tem conscincia, temem a morte, crem em feiticeiras, propiciam ou afugentam maus destinos. Mesmo o fetichista, que a uma pedra ou a uma rvore chama de um deus, mostra que j tem a idia de Deus" (Strong, Systematic Theology, pg. 31). "A existncia de Deus e a vida futura so em toda a parte reconhecidas na frica" (Livingstone). Os homens sentem instintivamente a existncia de Deus. Por que, ento, alguns a negam? por causa de falta de evidncia? No, somente por no lhes agradar este sentimento. Ele os perturba na sua vida pecaminosa. Portanto, conjuram argumentos que erradiquem o pensamento de Deus

de suas mentes. Todo ateu e agnst ico lutam, principalmente para convencer se. Quando eles apresentam os seus argumentos a outrem, em parte por um desejo de prov los e em parte em defesa prpria, nunca por um sentimento que suas idias podem ser de qualquer auxlio a outros. Um ateu um homem que, por amor ao pecado, entremeteu -se na sua mente e a trouxe a uma condio de guerra com o seu corao em que a mente assalta o corao e tenta arrebatar dele o sentimento de Deus. O corao contra -ataca e compele a mente a reter o pensamento de Deus. Neste prlio a mente, portanto, est constantemente procurando argumentos para usar como munio. Ao passo que descobre esses argumentos, desfere -os contra o corao com o mais alto barulho possvel. Isto porque o ateu gosta de expor seu pensamen to. Est em guerra consigo mesmo e ela lhe d confiana quando ele ouve seus canhes roncarem. H evidncias, contudo, de que a mente do ateu nunca est inteiramente vitoriosa sobre o seu corao. Hume disse a um amigo quando andavam numa noite estrelada: "Ado, h um Deus". Shelley, que foi excludo de Oxford por escrever um panfleto sobre a "Necessidade de Atesmo", deliciou-se em pensar de um belo esprito intelectual permeando o universo. Voltaire, diz-se, orou numa tempestade alpina e, ao morrer, disse : " Deus - se houver um Deus - tem 8 misericrdia de mim". Portanto, pode -se concluir com Calvino: "Os que julgam retamente concordaro sempre em que h um senso indelvel de divindade gravado sobre as mentes dos homens." Antes de passar adiante, presume -se bom notar as fontes desta crena quase universal na existncia de Deus. H duas fontes desta crena; a saber: (1) A Tradio. Cronologicamente, nossa crena em Deus vem da tradio. Recebemos nossas primeiras idias de Deus de nossos pais. No h dvida que isto tem sido verdade de cada sucessiva gerao desde o princpio. Mas no basta a tradio para dar conta da aceitao quase universal do fato da existncia de Deus. O fato que somente uns poucos repelem esta aceitao ( duvidoso que algum sempre a rejeite completamente) mostra que h uma confirmao ntima na crena

tradicional da existncia de Deus. Isto aponta -nos segunda fonte desta crena, que : (2) Intuio. Logicamente, nossa crena em Deus vem da intuio. Intuio a percepo imediata da verdade sem um processo cnscio de arrazoamento. Um fato ou verdade assim percebidos chama-se uma intuio. Intuies so "primeiras verdades", sem as quais sria impossvel todo pensamento refletivo. Nossas mentes so constitudas de tal modo a envolve rem estas "verdades primrias" logo que se apresentem as devidas ocasies. A. Prova que a crena quase universal em Deus procede logicamente da intuio e no de arrazoamento. (a) A grande maior dos homens nunca tentou arrazoar o fato da existncia de Deus, nem so capazes de semelhante arrazoamento, que servisse para lhes fortificar a crena na existncia de Deus. (b) A energia da crena dos homens na existncia de Deus no existe em proporo ao desenvolvimento da faculdade raciocinante, como seria o caso se essa crena fosse primariamente o resultado de arrazoamento. 9 (c) A razo no pode demonstrar cabalmente o fato da existncia de Deus. Em todo o nosso arrazoamento sobre a existncia de Deus devemos comear com admisses intuitivas que no podemos demonstrar. Assim, quando os homens aceitam o fato da existncia de Deus, aceitam mais do que a exata razo os levaria a aceitarem. B. A existncia de Deus como "Verdade Primria". (a) Definio. "Uma verdade primria um conhecimento que, conquanto desenvolvido em ocasies de observao e reflexo, delas no se deriva, - um conhecimento, pelo contrrio, que tem tal prioridade lgica que deve ser assumido ou suposto para se fazer qualquer observao e reflexo possveis. Semelhantes verdades no so, portanto , reconhecidas como primeiras em ordem de tempo; algumas delas assentam um tanto tarde no crescimento da mente; pela grande maioria dos homens elas nunca so conscienciosamente formuladas, de modo algum. Contudo, elas constituem a presuno necessria sobr e a qual descansa todo outro conhecimento, tendo a mente no s a capacidade inata de envolv -las logo que se apresentem as devidas ocasies se

no tambm o reconhecimento delas como inevitvel logo que a mente principia a dar a si mesma conta de seu prprio conhecimento" (Strong, Systematic Theology, pg. 30). (b) Prova. "Os processos do pensamento reflexivo implicam que o universo est fundado na razo e a expresso dela" (Harris, Philosophic Basic of Theism). "A induo descansa sobre a presuno, como ela exige para seu fundamento, que existe uma divindade pessoal e pensante... Ela no tem sentido ou vala a menos que assumamos estar o universo constitudo de tal modo que pressuponha um originador absoluto e incondicional de suas foras e leis... Analisamos os diversos processos do conhecimento nos seus dados sotopostos e achamos que o dado que se sotope a eles todos o de uma inteligncia auto -existente" (Porter, Human Intellect). "A razo pensa em Deus como existente e ela no sria razo se n o pensasse em Deus como existente" (Dorner, Glaubenslehre). por esta razo que Deus disse na Sua Palavra: "Disse o tolo no seu corao: No h Deus" (Salmo 14:1). S um tolo negar a existncia de Deus. Alguns tolos tais so educados; alguns sem letra, mas, no obstante, so tolos, porque no tem conhecimento ou ao menos no reconhecem nem mesmo o princpio da sabedoria, o temor do Senhor. Veja Provrbios 1:7. 10II. A existncia de Deus no demonstrvel matematicamente, contudo, mais certa do que qualquer concluso da razo.

1. A EXISTNCIA DE DEUS NO DEMONSTRVEL MATEMTICAMENTE. A respeito de todos os argumentos a favor do fato da existncia de Deus, diz Strong: "Estes argumentos so provveis, no demonstrveis" (Systematic Theology, pg. 39). Lemos outra vez: "Nem pretendi que a existncia, ainda a deste Ser, pode ser demonstrada como demonstramos as verdades abstratas da cincia" (Diman, Theistic Argument, pg. 363). Strong cita Andrew Fuller como questionando "se a argumentao a favor da exi stncia de Deus no tem mais cpticos do que crentes"; e ento acrescenta: "Tanto quanto isto verdade, devido a uma saciedade de argumentos e noo exagerada do que se pode esperar deles" (Systematic Theology, pg. 40). 2. A EXISTNCIA DE DEUS, CONTUDO, MAIS CERTA DO QUE QUALQUER CONCLUSO DA RAZO.

Leia o estudante novamente as citaes dadas apara mostrar que a existncia de Deus uma "verdade primria", uma verdade que est assumida por todos no processo da razo, "O que nega a existncia de Deus deve assumir, tacitamente, essa existncia no seu prprio argumento, por empregar processos lgicos cuja validade descansa sobre o ato da existncia de Deus" (Strong, Systematic Theology, pg. 33). uma verdade axiomtica que aquilo que o fundamento de toda a razo mais certo do que qualquer concluso da razo. "No podemos provar que Deus , mas podemos mostrar que, em face de qualquer conhecimento, pensamento, razo do homem, deve o homem assumir que Deus " (Strong, Systematic Theology, pg. 34 ). 3. A EXISTNCIA DE DEUS NO O NICO FATO QUE NO PODE SER DEMONSTRADO MATEMATICAMENTE. Nenhum homem pode demonstrar a existncia do tempo, do espao, ou a realidade da matria por um processo estritamente lgico. No se pode demonstra nem a realidade de sua prpria existncia. No podemos provar absolutamente que no alucinao tudo quanto vemos, ouvimos e sentimos. Todavia, ns nos sentimos certos sobre essas coisas e pouca gente alguma vez pensou em discuti-las. Quem o faz considerado um energme no. O mesmo sria sempre verdade do que questionasse a existncia de Deus. Um agnstico ou um ateu, para serem 11 coerentes, teriam, de assumir a mesma atitude para com toda a verdade cientifica como a que assume para com a existncia de Deus; porque todos os ramos da cincia devem confiar nas intuies da mente como o fundamento de toda a observao. "A gente mais irrazovel do mundo aquela que no sentido estreito depende unicamente da razo" (Strong). "A crena em Deus no a concluso de uma demonstra o, mas a soluo de um problema" (Strong); e esse problema o problema da origem do universo. "O universo, como um grande fato, requer uma explanao racional e ... e a explanao que se pode possivelmente dar essa fornecida na concepo de um tal Ser (como Deus). Nesta concluso a razo descansa e recusa-se a descansar em qualquer outra" (Diman, Theistic Argument). "Chegamos a uma crena cientfica na existncia de Deus tanto como a qualquer outra verdade humana possvel.

Assummo-la como uma hiptese absolutamente necessria para dar conta do fenmeno do universo; ento evidncia de todos os cantos comea a convergir sobre ela, at que, no processo do tempo, o senso comum da humanidade, cultivado e iluminado pelo conhecimento sempre crescente, pronuncia-se sobre a validade da hiptese com uma voz escassamente menos decidida e universal do que ele o faz no caso de nossas mais elevadas convices cientficas" (Morell, Philosiphic Fragments). Logo, podemos dizer: "Deus o fato mais certo do conhecimento objetivo" (Bowne, Metaphysics).III. A existncia de Deus, portanto, pode ser tomada por concedida e proclamada ousadamente.

Os fatos precitados deveriam fazer o pregador ousado na sua proclamao do fato da existncia de Deus, no temendo de procla m-la confiadamente aos profanos. Estamos sobre terreno seguro em proclamar esta verdade. Nenhum homem pode logradamente contrariar nossa mensagem. Vezes h, talvez, quando o pregador no plpito devera discutir as evidncias da existncia de Deus; todavia, como uma coisa usual, ele deveria assumi -la e declar-la como Moiss fez. E quando ele trata das evidncias da existncia de Deus, no as sobrecarregue de modo a deixar a impresso que a validade do fato da existncia de Deus depende de uma rigorosa demonstrao racional. 12

Cap 2 - A Bblia: A Revelao de DeusTendo visto agora que a existncia de Deus um fato estabelecido, um fato mais certo que qualquer concluso de um arrazoamento formal, porque o fundamento necessrio de toda a razo, passamos considerao de uma outra matria. H agora, e tem havido por sculos, um livro peculiar neste mundo, chamado Bblia, que professa ser a revelao de Deus. Os seus escritores falam nos termos mais ousados de sua autoridade como interlocutores de Deus. Esta autoridade tem sido admitida por milhes de habitantes da terra, tanto no passado como no presente. Desejamos perguntar, portanto, se este livro o que ele professa ser e o que ele tem sido e se cr ser por uma multido de gente, - uma revelao de Deus. Se no uma revelao de Deus, ento os seus escritores ou foram enganados ou foram enganadores maliciosos.I. a Bblia historicamente autentica?

Por esta pergunta queremos dizer: a Bblia verossmil como um arquivo de fatos histricos? H mais ou menos um sculo crticos sustentaram ser a Bblia inverossmil como histria. Disseram que os quatro reis mencionados em Gnesis 14:1 nunca existiram e que a vitria dos reis do Ocidente contra os do Oriente, como descrita neste captulo, nunca ocorreu. Negaram que um povo tal como os hititas viveram algures. Sargon, mencionado em Isaas 20:1 como rei da Assria, foi considerado como uma personagem mitolgica. Mas como agora? Podemos dizer hoje, aps se fazerem extensas investigaes concernentes s na es antigas, que nem um s ponto da Bblia fica refutado. As confiadas negativas dos primeiros crticos tem se provado ousadias de ignorncia. Prof. A. H. Sayce, um dos mais eminentes dos arquiologistas, diz: "Desde a descoberta das tbuas de Tel el -Amarna at agora, grandes coisas foram trazidas pela arqueologia e cada uma delas tem estado em harmonia com a Bblia, enquanto quase cada uma delas tem sido mortfera contra as asseres dos crticos destruidores". H um pouco mais de uma dcada a United Press irradiou o testemunho de A. S. Yahuda, primeiramente professor de Histria Bblica na Universidade de Berlin e mais tarde de linguagem semtica na Universidade de Madrid no sentido que "toda a descoberta arqueolgica da Palestina e Mesopotamia do perodo bblico traz a exatez histrica da Bblia ". 13II. a Bblia revelao de Deus?

Estamos agora na considerao de uma outra questo. Um livro historicamente correto podia ser de origem humana. isto verdade da Bblia? 1. UMA PROBABILIDADE ANTECEDENTE. Um pensamento cuidadoso, parte da questo se a Bblia a revelao de Deus, convencer qualquer crente bem intencionado na existncia de Deus de que altamente provvel que Deus deu ao homem uma revelao escrita explcita e duradoura da vontade divina. A conscincia do homem informa-o da existncia da lei. Como foi bem dito: "A conscincia no estabelece uma lei, ela adverte da existncia de uma lei." (Diman, Theistic Argument). Quando o homem tem o senso comum de que est procedendo mal, ele tem a indica o de que transgrediu alguma lei.

Quem mais, fora de Jeov, cuja existncia achamos ser um fato estabelecido, poderia ser o autor dessa lei? E desde que o homem pensa intuitivamente de Deus como sendo bom, ele deve pensar do propsito de Sua lei como send o bom. Portanto, no podemos pensar desta lei como sendo para o mero propsito de condenao. Deve ser que esta lei para a disciplina do homem em justia. Devemos tambm concluir que Deus, sendo mostrado ser sbio por Suas maravilhosas obras, usaria dos meios mais eficazes para a execuo do seu propsito por meio da lei. Isto argue por uma revelao escrita, porque qualquer grau notvel de obedincia a uma lei justa impossvel ao homem sem conhecimento dessa lei. A natureza e a razo so incertas demais, indistintas, incompletas e insuficientes para o propsito. Mais ainda, E. Y. Mullins diz: "A mesma idia de religio contm no seu mago a idia de revelao. Nenhuma definio de religio que omite essa outra idia pode permanecer luz dos fatos. Se o fiel fala a Deus e Deus fica para sempre silente ao fiel, temos somente um ngulo da religio e a religio se torna uma casustica sem sentido" (The Christian Religion in its Doctrinal Expression). 2. UMA PRESUNO RAZOVEL "Se a Bblia no o que o povo cristo do mundo pensa ser, ento temos em nossas mos o tremendo problema de dar conta de sua crescida e crescente popularidade entre a grande maioria 14 do povo mais iluminado da terra e em face de quase toda a oposio concebvel" (Jonathan Rigdon, Science and Religion). Grandes esforos se fizeram para destruir a Bblia como nunca antes se produziram para a destruio de qualquer outro livro. Seus inimigos tentaram persistentemente deter sua influencia. A crtica assaltou-a e o ridculo escarneceu -a. A cincia e a filosofia foram invocadas para desacredit-la. astronomia, no descortinar das maravilhas celestes, pediram se alguns fatos para denegri-la e a geologia, nas suas buscas na terra foi importunada para lanar-lhe suspeita." (J. M. Pendleton, Christian Doctrines). Contudo "Firme, serena, imovvel, a mesma Ano aps ano... Arde eternamente na chama inapagvel; Fulge na luz inextinguvel".

Whitaker A Bblia "levanta-se hoje como uma fnix do fogo com um ar de mistura de d e desdm pelos seus adversrios, to ilesa como foram Sidraque, Misaque e Abdenego na fornalha de Nabucodonozor" (Collet, All About the Bible). No provvel que qualquer produo meramente humana pudesse triunfar sobre semelhante oposio como a que se moveu contra a Bblia . 3. PROVAS DE QUE A BBLIA A REVELAO DE DEUS. (1) As grandes diferenas entre a Bblia e os escritos dos homens evidenciam que ela no uma simples produo humana. Estas diferenas so: A. Quanto s suas profundezas e alcances de sentido. "H infinitas profundezas e alcances inexaurveis de sentido na Escritura, cuja diferena de todos os outros livros e que nos compelem a crer que o seu autor deve ser divino" (Strong). Podemos apanhar as produes dos homens e ajuntar tudo quanto eles tm a dizer numa s 15 leitura. Mas no assim com a Bblia. Podemos le -la repetidamente e achar novos e mais profundos sentidos. Vacilam nossas mentes ante sua profundeza de sentido. B. Quanto ao seu poder, encanto, atrao e frescura perene. Os escritores bblicos so incomparveis no "seu poder dramtico", esse encanto divino e indefinvel, esse atrativo misterioso e sempre atual que neles achamos em toda a nossa vida como nas cenas da natureza, um encanto sempre fresco. Depois de estarmos deliciados e tocados por essas incomparveis narrativas em nossa infncia remota, elas ainda revivem e afetam nossas ternas emoes mesmo no declnio grisalho. Deve haver, certamente, algo sobre-humano na mesma humanidade dessas formas to familiares e to singelas" (L. Gaussen, Theopneustia). E este mesmo autor sugere uma comparao entre a histria de Jos na Bblia e a mesma histria no Al-Koro. Outro autor (Mornay) sugere uma comparao entre a histria de Israel na Bblia e a mesma histria em Flavio Josfo. Diz ele que ao le r a histria bblica, os homens "sentiro vibrar todos os seus corpos, mover seus coraes, sobrevindo-lhes num momento uma ternura de afeto, mais do que se todos os oradores da Grcia e Roma lhes tivessem pregado as mesmas matrias por um dia inteiro". Diz ele dos relatos de Josfo, "que se deixaro mais frio e menos emocionado

do que quando os achou". Ajunta ento: "Que, ento, se esta Escritura tem na sua humildade mais elevao, na sua simplicidade mais profundeza, na sua ausncia de todo esforo mais encantos, na sua rudeza mais vigor e alvo do que podemos achar noutro lugar qualquer?" C. Quanto a sua incomparvel conciso. No livro do Gnesis temos uma histria que fala da criao da terra e de ela ser feita lugar adequado para habitao do homem. Fa la da criao do homem, animais, plantas e da sua colocao na terra. Fala da apostasia do homem, do primeiro culto, do primeiro assassnio, do dilvio, da repopulao da terra, da disperso dos homens, da origem da presente diversidade de lnguas, da fundao da nao judaica e do desenvolvimento e das experincias dessa nao durante uns quinhentos anos; tudo, todavia, contido em cinqenta captulos notavelmente breves. Comparai agora com isto a histria escrita por Josfo. Tanto Moiss como Josfo foram judeus, ambos escreveram sobre os judeus, mas Josfo ocupa mais espao com a histria de sua prpria vida do que Moiss consome no arquivo da histria desde a criao at morte de Jos. Tomai tambm os escritos dos evangelistas. "Quem entre ns podia ter sido durante trs anos e meio 16 testemunha constante, amigo apaixonadamente chegado, de um homem como Jesus Cristo; quem podia ter podido escrever em dezesseis ou dezessete curtos captulos,... a histria inteira dessa vida: - do Seu nascimento, o Seu ministrio, dos Seus milagres, das Suas pregaes, dos Seus sofrimentos, de Sua morte, de Sua ressurreio, de Sua ascenso aos cus? Quem entre ns teria julgado possvel evitar de dizer uma palavra sobre os primeiros trinta anos de uma semelhante vida? Quem entre ns podia ter relatado tanto atos de bondade sem uma exclamao; tantos milagres sem uma reflexo a respeito; tantos sublimes pensamentos sem uma nfase; tantas fraquezas sem pecado no seu Mestre e tantas fraquezas pecaminosas nos Seus discpulos, sem nenhuma supresso; tantos casos de resistncia, tanta ignorncia, tanta dureza de corao, sem a mais leve desculpa ou comento? assim que os homens escrevem histria? E mais, quem entre ns podia ter sabido como distinguir o que exigia ser dito por a lto do que exigia s-lo em mincia?" (Gaussen).

(2) A revelao de coisas que o homem, deixado a si mesmo, jamais podia ter descoberto d evidncia da origem sobre-humana da Bblia A. O relato da Criao. Onde pde Moiss ter obtido isto, se Deus no lho revelou? "A prpria sugesto de ter Moiss obtido sua informao histrica dessas legendas caldicas e de Gilgamesh... simplesmente absurda; porque, interessantes como so, esto de tal modo cheias de asneiras que Moiss teria sido impossvel ou a qualqu er outro homem, praticamente, evolver de tais legendas msticas os registros sbrios, reverentes e cientficos que se acham no livro do Gnesis" (Collett). B. A doutrina dos anjos. "Foi alguma coisa parecida com os anjos concebida pela imaginao do povo, pelos seus poetas, ou pelos seus sbios? No; nem mesmo mostraram jamais aproximar -se disso. Perceber-se-, quo impossvel foi, sem uma operao constante da parte de Deus, que as narrativas bblicas, ao tratarem de um tal assunto, no tivessem considerad o constantemente a impresso humana demais de nossas acanhadas concepes; ou que os escritores sagrados no tivessem deixado escapar de suas penas toques imprudentes ao vestirem os anjos com atributos divinos demais ou afetos humanos demais." (Gaussen). 17 C. A onipresena de Deus. Representam as seguintes passagens a concluso da filosofia humana? "Sou eu um Deus de perto, diz Jeov, e no sou um Deus de longe? Pode algum esconder-se em lugares secretos de modo que eu no o veja? diz Jeov. No encho eu o cu e a terra? diz Jeov (Jer. 23:23,24). "Para onde me irei do Teu Esprito, ou para onde fugirei da Tua face? Se subir ao cu, l Tu ests; se fizer no inferno a minha cama, eis que ali ests tambm. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, at ali a Tua mo me guiar e a Tua destra me suster." (Sal. 139:7-10). Estas passagens e outras na Bblia ensinam, no o pantesmo, nem que Deus est em diferentes lugares sucessivamente seno que Ele est em toda a parte ao mesmo tempo e contudo separados como Ser fora da Criao. O intelecto desajudado do homem originou esta concepo, vendo que,

mesmo quando ele tem sido acomodado, a mente do homem pode compreende-lo s parcialmente? D. O problema da redeno humana. Se fora submetido ao homem o problema de como Deus podia ser justo e justificador do mpio, teria o homem proposto, como soluo, que Deus se tornasse carne e sofresse em lugar do homem? "Que a criatura culpada fosse salva a custa da incarnao do Criador; que a vida viesse aos filhos dos homens atravs da morte do Filho de Deus; que o cu se tornasse acessvel populao distante da terra pelo sangue de uma cruz vergonhosa; estava totalmente remoto a todas as concepes finitas. Mesmo quando a maravilha se tornou conhecida pe lo Evangelho, ela excitou o desprezo dos judeus e dos gregos: para os primeiros pedra de escndalo e ofensa, loucura para os ltimos. Eram os gregos um povo altamente culto, de intelecto agudo, profundos na filosofia, subtis em arrazoar, mas ridicularizaram a idia de salvao por meio de um que fora crucificado. Bem podem ser considerados como representando as possibilidades do intelecto humano, o que ele pode fazer; e, to longe de pretenderem a doutrina crist da redeno como uma inveno de 18 filsofos, riram-se dela como indigna da filosofia. Rejeitaram os fatos do Evangelho como incrveis, porque pareciam estar em conflito positivo com as suas concepes da razo." (J. M. Pendleton, Christian Doctrines). "Como podiam esses livros ter sido escritos po r semelhantes homens, em semelhantes ambientes sem auxlio divino? Quando consideramos os assuntos discutidos, as idias apresentadas, to hostis no s aos seus prejuzos nativos, mas ao sentimento geral ento prevalecente nos mais sbios da humanidade, - o sistema todo de princpios entresachado em toda parte de histria, potica e promessa, bem como de insignificantes maravilhas e singulares excelncias da palavra; nossas mentes se constrangem a reconhecer este como o Livro de Deus num sentido elevado e peculiar" (Masil Manly, The Bible Doctrine of Inspiration). (3) A unidade maravilhosa da Bblia confirma -a como uma revelao divina. "Eis aqui um volume constitudo de sessenta e seis livros escritos em sees separadas, por

centenas de pessoas diferentes, durante um perodo de mil e quinhentos anos, - um volume que antedata nos seus registros mais antigos todos os outros livros no mundo, tocando a vida humana e o conhecimento em centenas de diferentes pontos. Contudo, evita qualquer erro absoluto e assinalvel ao tratar desses inumerveis temas. De que outro livro antigo se pode dizer isto? De que livro mesmo centenrio se pode dizer isto?" (Manly, The Bible Doctrines of Inspiration). A Bblia contm quase toda a forma de literatura, - histria, biografia, contos, dramas, argumentos, potica, stiras e cantos. Foi escrita em trs lnguas por uns quarenta autores diferentes, que viveram em trs continentes. Esteve no processo de composio uns mil quinhentos ou seiscentos anos. "Entre esses autores estiveram reis, agricultores, mecnicos, cientistas, advogados, generais, pescadores, estadistas, sacerdotes, um coletor de impostos, um doutor, alguns ricos, alguns pobres, alguns citadinos, outros camponeses, tocando assim todas as experincias dos homens." (Peloubet, Bible Dictionary). Entretanto, a Bblia est em harmonia em todas as suas partes. Os crticos tem imaginado contradies, mas estas desaparecem como a cerrao ao sol matutino quando se sujeitam luz de uma investigao inteligente, cuidad osa, cndida, justa e simptica. Os seguintes sinais de unidade caracterizam a Bblia: 19 A. uma unidade no seu desgnio. O grande desgnio nmero um que percorre toda a Bblia a revelao de como o homem, alienado de Deus, pode achar restaurao ao favor e comunho de Deus. B. uma unidade no seu ensino a respeito de Deus Cada informao na Bblia concernente Deus compatvel com todas as outras afirmaes. Nenhum escritor contraditou qualquer outro escritor ao escrever sobre o tema estupendo do Deus inefvel e infinito! C. uma unidade no seu ensino a respeito do homem. Em toda a parte da Bblia mostra -se o homem criatura por natureza corrupta, pecaminosa, rebelde e falida sob a ira de Deus e carecendo de redeno. D. uma unidade no seu ensino a respeito da salvao. O meio de Salvao no se fez to claro no Velho como em o Novo Testamento. Mas v-se-o prontamente prenunciado no Velho por claramente revelado em o Novo Testamento. Pedro

afirmou que os santos do Velho Testamento salvaram -se exatamente da mesma maneira que os do Novo, Atos 15:10,11. O suposto conflito entre Tiago e Paulo sobre a justificao ser tratada no respectivo captulo. E. uma unidade quanto Lei de Deus. Um ideal perfeito de justia est retratado por toda a Bblia a d esrespeito do fato que Deus, em harmonia com as leis do desenvolvimento humano, ajustou Seu governo s necessidades de Israel para que pudesse erguer-se do seu rude estado. Este ajustamento da disciplina de Deus foi como uma escada descida a um fosso para prover um meio de escape a algum l enlaado. A descida da escada no visa a um encorajamento ao que est no fundo para deter -se l, mas intenciona-se como meio de livramento; de modo que a condescendncia da disciplina de Deus no caso de Israel no foi p ensada como um encorajamento do mal, mas como uma regulao do mal com o propsito de levantar o povo a um plano mais elevado. Negar a unidade da Lei de Deus por causa 20 de adaptaes s necessidades de povos particulares to tolo como negar a unidade dos planos do arquiteto pelo fato de ele usar andaimes temporria na execuo deles. F. uma unidade no desenredo progressivo da doutrina. A verdade toda no foi dada de uma vez na Bblia. Contudo, h unidade. A unidade no desenredo progressivo a unidade do crescimento vegetal. Primeiro vemos a erva, depois a espiga e ento o gro cheio na espiga" (Marcos 4:28). A fora desta unidade maravilhosa na sua aplicao questo da inspirao da Bblia est acentuada por David James Burrell como segue: - "Se quarenta pessoas dispares de diferentes lnguas e graus de educao musical tivessem de passar pela galeria de um rgo em longos intervalos e, sem nenhuma possibilidade de coliso, cada uma delas tocasse sessenta e seis teclas, as quais, quando combinadas, d essem o tema de um oratrio, submeter -se-ia respeitosamente que o homem que considerasse isso como uma "circunstancia fortuita" seria tido por consenso unanime universal - para dize-lo modestamente - tristemente falto de senso comum" (Why I Believe The Bible). (4) A exatez da Bblia em matrias cientificas prova que ela no de origem humana. A. A Bblia no foi dada para ensinar cincia natural.

Diz-se corretamente que a Bblia no foi dada para ensinar cincia natural. No foi dada para ensinar o caminho que os cus vo, mas o caminho que vai para o cu. B. Todavia, ela faz referncia a matrias cientificas. "Por outro lado, contudo, vendo que o universo inteiro esta de tal modo inteira e inseparavelmente ligado com leis e princpios, inconcebvel qu e este livro de Deus, que confessadamente trata de tudo no universo quanto afeta os mais altos interesses do homem, no fizesse referncia alguma a qualquer matria cientifica; da acharmos referncia incidentais a vrios ramos da cincia... (Sidney Collet t, All About The Bible). C. E quando a Bblia faz referncia a matrias cientificas, exatssima. 21 A Bblia no contm os erros cientficos do seu tempo. Ela antecipou as gabadas descobertas dos homens centenas de anos. Nenhum dos seus estatudos provou -se errneo. E somente nos tempos hodiernos que os homens chegam a entender alguns deles. Notai as seguintes referncias bblicas a matrias cientificas: (a) A rotundidade da terra. Sculos antes de os homens saberem que a terra redonda a Bblia falou do "circulo da terra" (Isaas 40:22). (b) O suporte gravitacional da terra. Os homens costumavam discutir a questo de que que sustenta a terra, sendo avanadas diversas teorias. Finalmente os cientistas descobriram que a terra sustentada por sua prpria gravitao e a de outros corpos. Mas, muitos antes de os homens saberem isto, e enquanto contendiam por este ou aquele fundamento material para a terra, a Bblia declarou que Deus "pendura a terra sobre o nada" (J 26:7). (c) A natureza dos cus. A Bblia fala dos cus como "expanso" e isto estava to adiante da cincia que a palavra hebraica (raquia) foi traduzida por "firmamento" (Gnesis 1; Sal. 19:6), que quer dizer um suporte slido. (d) A expanso vazia do Norte. Foi s na metade do sculo passado que o Observatrio de Washington descobriu que, dentro dos cus do Norte, h uma grande expanso vazia na qual no h uma s estrela visvel. Mas antes de trs mil anos a Bblia informou aos homens que Deus "estendeu o Norte sobre o espao vazio" (J 26:7 ). (e) O peso do Ar. Credita-se Galileu com a descoberta que o ar tem peso, algo com que os homens jamais tinham sonhado; mas, dois mil anos antes da descoberta de Galileu a Bblia disse que Deus fez "um peso do vento" (J 28:25).

(f) A rotao da terra. Ao falar de sua segunda vinda, Cristo deu indicao de que seria noite numa parte, dia na outra (Lucas 17:34 -36), implicando assim a rotao da terra sobre seu eixo. (g) O nmero de estrelas. Hiparco numerou as estrelas em 1002, mas a Bblia antecipou as revelaes do telescpio e classificou as estrelas com a areia na praia (Gn. 22:17). 22 Comparai agora esses verdadeiros estatudos cientficos com as noes cruas e com os erros grosseiros concernentes ao universo a serem achados em outras velhas teologias, tais como as de Homero, Hesiodo e os cdigos dos gregos; tambm os livros sagrados dos budistas, bramanes e maometanos. (5) A profecia cumprida testemunha ao fato que a Bblia veio de Deus. A. A referncia proftica a Ciro. Cinqenta anos antes do nascimento de Ciro, Rei, o qual decretou que os filhos de Israel voltassem sua terra, Isaas falou de Deus como "aquele que disse de Ciro, ele meu pastor e cumprir tudo o que me apraz, dizendo tambm a Jerusalm: S edificada, e ao tempo: Funda-te" (Isaas 44:28). B. A profecia do cativeiro babilnico. Vide Jer. 25:11. C. Profecias a respeito de Cristo. (a) A rotura de Suas vestes. Salmos 22:18. Cumprimento: Joo 19:23,24. (b) O fato de os Seus ossos no serem quebrados. Sal. 34:20. Cumprimento: Joo 19:36. (c) Sua traio. Sal. 41:9. Cumprimento: Joo 13:18. (d) Sua morte com os ladres e enterro no tmulo de Jos. Isaas 53:9. Cumprimento: Mat. 27:38, 57-60. (e) O Seu nascimento em Belm. Miqueas 5:2. Cumprimento: Mat. 2:1,2; Joo 7:42. (f) Sua entrada triunfal em Jerusalm. Zacarias 9:9. Cumprimento: Mat. 21:1 10; Joo 12:12-16. (g) Seu traspasse. Zacarias 12:10. Cumprimento: Joo 19:34,37. (h) Disperso dos Seus discpulos. Zac. 13:7. Cumprimento: Mat. 26:31. 23 H, porm, uma explicao plausvel da m aravilha da profecia cumprida e essa explicao que Ele "que faz todas as coisas segundo o conselho da Sua vontade" (Efe. 1:11) moveu a mo do escritor da profecia. (6) O testemunho de Cristo prova a genuinidade da Bblia como uma revelao de Deus. Jesus considerou o Velho Testamento como a Palavra de Deus, a ele se referiu freqentemente

como tal e disse:- "A Escritura no pode ser quebrada" (Joo 10:35). Ele tambm prometeu ulterior revelao por meio dos apstolos (Joo 16:12,13). Temos assim Sua pre-autenticao do Novo Testamento. O testemunho de Jesus de valor nico, porque Sua vida provou -O ser o que Ele professou ser, uma revelao de Deus. Jesus no se enganou; "porque isto argiria (a) uma fraqueza e loucura montando a positiva insanidade. Mas Sua vida inteira e carter exibiram uma calma, dignidade, equilbrio, introspeo e domnio pessoal totalmente antagnicos com semelhante teoria. Ou argiria (b) auto-ignorncia e auto-exagero que podiam provir apenas da mais profunda perverso moral. Mas a pureza absoluta de Sua conscincia, a humildade do Seu esprito, a beneficncia abnegada de Sua vida mostram ser incrvel esta hiptese". Nem Jesus foi um enganador, porque (a) a santidade perfeitamente compatvel de Sua vida; a confiana no vacilante com a qual Ele desafiava para uma investigao de suas pretenses e arriscava tudo sobre o resultado; (b) a vasta improbabilidade de uma vida inteira mentir aos declarados interesses da verdade e (c) a impossibilidade de decepo opera tal beno ao mund o, - tudo mostra que Jesus no foi um impostor cnscio" (A. H. Strong). III. O que constitui a Bblia? Do que j se disse, manifesto que o autor cr que a Bblia, revelao de Deus, consiste de sessenta e seis livros do que conhecido como o Canon Protestante. Aqui no necessrio um prolongado e trabalhado argumento e nada ser tentado. A matria inteira, tanto quanto respeita aos que crem na divindade de Cristo, pode ser firmada pelo Seu testemunho. Notemos: 24 1. Cristo aceitou os trinta e nove livros de nosso Velho Testamento como constituindo a revelao escrita que Deus tinha dado at aquele tempo. Esses livros compunham a "Escritura" (um termo que ocorre trinta e trs vezes em o Novo Testamento) aceita pelos judeus. Cr -se que eles foram reunidos e arranjados por Esdras. Foram traduzidos do hebraico para o grego algum tempo antes do advento de Cristo. No pode haver dvida de que Cristo aceitou esses livros e nenhuns outros como constituindo os escritos que

Deus inspirou at aquele tempo. Ele citou esses livros na formula: "Est escrito". Ele referiu-se a eles como "Escritura". E Ele disse: "... a Escritura no pode ser quebrada" (Joo 10:35). Por outro lado, nem uma vez Cristo citou ou referiu -se aos livros que se acrescentaram ao Cnon Protestante para inteirar o Velho Testamento na Bblia Catlica (Verso Douay). E admiti-se, autoridades catlicas, que os judeus do tempo de Cristo no aceitaram os mesmos como inspirados. (Nota adicional: Num Catecismo da Bblia, escrito pelo "Rev. John O'Brien, M. A.", e publicado pela sociedade Internacional da Verdade Catlica, de Brooklyn, pgina 10, faz-se esta pergunta sobre esses livros : - "Foram os livros adicionados aceitos pelos hebreus?". A resposta dada : - "No, os hebreus recusaram-se a aceitar esses livros adicionais.") O Cnon Protestante do Velho Testamento o cnon aceito pelo povo escolhido de Deus e pelo Filho de Deus, bem como pelos apstolos. 2. Cristo tambm prometeu uma revelao ulterior alm mesmo de tudo que Ele tinha ensinado. Em Joo 16:12,13 achamos Cristo falando aos apstolos como segue: "Ainda tenho muitas coisas a dizer-vos, mas no as podeis suportar agora. No obstante, quando Ele, o Esprito de verdade vier, guiar-vos- em toda a verdade; porque Ele no falar de Si mesmo , mas falar tudo o que tiver ouvido e vos anunciar as coisas que ho de vir". Ainda mais: Cristo constituiu aos apstolos um corpo de mestres infalveis quando em Mat. 18:18 disse: "Na verdade vos digo: o que ligardes na terra ser ligado no cu e o que desligardes na terra ser desligada no cu". "Ligar" quer dizer proibir, isto , ensinar que uma coisa est errada. "Desligar" consentir, sancionar, ensinar que uma coisa est certa. Assim Cristo prometeu sancionar no cu o que quer que os apstolos ensi naram na terra. Joo 20:22,23 da mesma importncia. 25 Em o Novo Testamento temos esta revelao ulterior que Cristo deu por meio do Seu corpo infalvel de mestres. Os poucos livros no escritos pelos apstolos receberam o seu lugar no cnon, evidentemente, porque os apstolos os aprovaram. De qualquer maneira, o seu ensino o mesmo como o dos demais livros do cnon.

No Novo Testamento veio a existir da mesma maneia que o Velho, isto , o cnon foi determinado pelo consenso de opinio da parte do prprio povo de Deus. O fato que Deus deu e conservou uma revelao infalvel da velha dispensao argue que Ele fez o mesmo com referncia ao novo.IV. a Bblia final como revelao de Deus?

A finalidade da Bblia est sendo rejeitada hoje a favor de uma revel ao que est ainda em processo. Esta idia adotada por aqueles que esto contaminados de modernismo. Ningum que cr na divina inspirao da Bblia adotar esta idia. Devemos voltar a Cristo por um estatudo autoritativo concernente inspirao dos es critores apostlicos, o qual no nos d nenhuma garantia em pretender que esta inspirao se estendeu alm dos apstolos. Que ensinos, no contrrios ao Novo Testamento, podem os crentes da revelao progressiva indicar como tendo sido revelados desde os tempos apostlicos? O Novo Testamento manifestamente completo e final. 26

Cap 3 - A Inspirao da BbliaTemos visvel evidncia que a Bblia uma revelao de Deus. E nos dito na Bblia que Deus deu a revelao por inspirao. Se a Bblia a revela o de Deus, justo deix-la falar por si mesma sobre a sua prpria natureza. nosso propsito, ento, inquirir neste captulo do sentido e da natureza da inspirao, segundo o propsito testemunho da Bblia. No curso que estamos seguindo aqui observamos a razo no seu sentido mais elevado. Mostrouse que a razo requer uma crena na existncia de Deus. E apontou -se, alm disso, que razovel esperar uma revelao escrita de Deus. da competncia da razo, ento, em relao revelao, primeiro que tudo, examinar as credenciais de comunicaes que professam ser uma revelao de Deus. Se essas credenciais forem satisfatrias, deve ento a razo aceitar as comunicaes como vindas de Deus; da, aceitar as coisas apresentadas como sendo verdadeiras. "A revelao o vice-rei que apresenta primeiro suas credenciais assemblia provincial e ento preside" (Liebnitz). Na maneira precitada "a razo mesma prepara o caminho para uma revelao acima da razo e garante uma confiana implcita em tal revelao quando uma vez dada" (Strong).

Acima da razo no contra a razo. apenas calvo racionalismo que rejeita tudo que no pode aprofundar ou demonstrar racionalmente. "O povo mais irrasovel do mundo aquele que depende unicamente da razo, no sentido estreito" (Strong). O mero arrazoamento ou o exerccio da faculdade lgica no tudo da razo. A razo, no seu sentido lato, compreende o todo da fora mental para reconhecer a verdade. A razo s pode rejeitar justamente aquilo que contradiz fatos conhecidos. E ento, para estar seguro, a razo deve estar "condicionada em sua atividade por um santo afeto e iluminada pelo Esprito Santo" (Strong). A semelhante razo a Escritura no apresenta nada contraditrio, conquanto ela faz conhecido muito, alm do poder desajudado do homem para descobrir ou compreender completamente.I. O SENTIDO DA INSPIRAO

Quando Paulo disse: "Toda a Escritura dada por inspirao de Deus" (II Timteo 3:16), ele empregou a palavra grega "theopneustos" com a idia de inspirao. A palavra grega compe-se de "theos", significa Deus, e "pneu", significando respirar. A palavra composta um adjetivo 27 significando literalmente "inspirado de Deus". Desde que o flego que produz a fala, esta palavra proveu um modo muito apto e impressivo de di zer que a Escritura a palavra de Deus.II. O ELEMENTO HUMANO NA INSPIRAO

Contudo, foi s em casos especiais que as palavras a serem escritas foram oralmente ditadas pelos escritores da Escritura. Em muitos casos as mentes dos escritores tornaram-se o laboratrio em que Deus converteu Seu flego, como se fosse, em linguagem humana. Isto no se fez por um processo mecnico: no se suspenderam a personalidade e o temperamento dos escritores, manifestos ambos nos escritos. Da lemos em Gaussen: "Ao manterm os que toda a escritura vem de Deus, longe estamos de pensar que nela o homem nada ... Na Escritura todas as palavras so do homem, como l, tambm, todas as palavras so de Deus. Num certo sentido, a Epstola aos Romanos totalmente uma carta de Paulo e, num sentido ainda mais elevado, totalmente uma carta de Deus" (Theopneustia, um livro altamente endossado por C. H. Spurgeon). E como lemos tambm em Manly: "A origem e a autoridade divinas da Palavra de Deus no so para se afirmar

de modo a excluir ou anular a realidade da autoria humana com as particularidades da resultantes. A Bblia a palavra de Deus ao homem, de capa a capa; ainda assim, ao mesmo tempo, real e completamente, composio humana. Nenhuma tentativa dever ser feita ? como certamente no faremos nenhuma ? para alijar ou ignorar o "elemento humano" da Escritura, o qual est iniludvelmente aparente na sua prpria face; ningum dever desejar engrandecer o divino tanto a ponto de o atropelar, ou quase isso. este um dos grandes enganos em que incorrem homens bons. Divino e humano, sejam ambos admitidos, reconhecidos e aceitos grata e jubilosamente, contribuindo cada um para fazer a Bblia mais completamente adaptada s necessidades humanas como instrumento da graa divina e o guia p ara almas humanas fracas e errantes. A palavra no do homem, quanto sua fonte: nem dependendo do homem, quanto sua autoridade: por meio do homem e pelo homem como seu mdio; todavia, no simplesmente como o canal ao longo da qual corre, qual gua p or uma bica sem vida, mas pelo homem e atravs do homem como o agente voluntariamente ativo e inteligente na sua comunicao. Ambos os lados da verdade se expressam na linguagem escriturstica: "Os homens santos de Deus falaram segundo foram movidos (levad os) pelo Esprito Santo" (2 Pedro 1:21). Os homens falaram; o impulso e a direo foram de Deus" (A Doutrina da Inspirao). "As Escrituras contm um elemento humano bem como um divino, de modo que, enquanto elas constituem um 28 corpo de verdade infalvel, esta verdade est ajeitada em moldes humanos e adaptados comum inteligncia humana" (Strong).III. A INSPIRAO EXECUTADA MILAGROSAMENTE

O elemento humano na Bblia no afeta sua infalibilidade, tanto como a natureza humana de Cristo no afetou Sua infalibilidade. A inspirao se afetou milagrosamente tanto como o nascimento virginal de Cristo se efetuou milagrosamente e tanto como os homens so trazidos ao arrependimento e f milagrosamente. O arrependimento e a f so atos humanos voluntrios, contudo operam-se no homem pelo Esprito Santo. Deus efetuou o milagre da inspirao

preparando providencialmente os escritores para o seu trabalho e revelando Sua verdade aos mesmos, habilitando, guiando e superintendendo -os no arquivamento dela como para dar-nos por meio deles uma transmisso exata e completa de tudo quanto Lhe aprouve revelar. "Conquanto o Esprito Santo no selecionou as palavras para os escritores, evidente que Ele as selecionou atravs dos escritores" (Bancroft, Elemental Theolo gy).IV. MTODOS NA INSPIRAO

O elemento miraculoso na inspirao, sem duvida, no pode ser explicado. E no temos nenhum desejo que o homem possa explic -lo. Mas at um certo ponto, no mnimo, podemos discernir das Escrituras os mtodos que Deus usou na inspirao. Um estudo dos mtodos empregados deveria levantar nossa apreciao da inspirao. (1) Inspirao por meio da revelao objetiva. Algumas vezes se deu uma revelao direta e oral para ser escriturada, tal como foi o caso ao darse a Lei mosaica (Ex. 20:1) e tal como foi o caso, algumas vezes, com outros escritores (Dan. 9:21-23; Apo. 17:7). (2) Inspirao por meio de viso sobrenatural. Noutros casos deu-se uma viso sobrenatural com ou sem uma interpretao dela, como foi o caso com Joo na Ilha de Patmos. 29 (3) Inspirao por meio de Passividade. Noutras vezes, quando no se nos d evidencia de uma revelao externa de espcie alguma, os escritores foram to conscienciosa e passivamente movidos pelo Esprito Santo que ficaram sabidamente ignorantes de tudo quanto escreveram, como foi o caso com os profetas quando escreveram de Cristo (1 Pedro 1:10). (4) Inspirao por meio de iluminao divina. Algumas vezes foi dada aos escritores tal iluminao divina como para habilit los a entenderem e aplicarem a verdade contida em prvias revelaes, mas no feitas inteiramente claras por eles; como foi o caso com escritores do Novo Testamento ao interpretarem e aplicarem a Escritura do Velho Testamento (Atos 1:16, 17, 20; 2:16 -21; Rom. 4:1-3; 10:5-11). (5) Inspirao por meio da direo de Deus. Em alguns casos os escritores foram meramente de tal modo guiados e guardados como para serem habilitados a recordar tais fatos histricos segundo Deus se agradou de os fazer recordar,

quer fossem esses fatos pessoalmente conhecidos deles, ou obtidos de outros, ou revelados sobrenaturalmente. Todos os livros histricos so exemplos oportunos aqui. (6) Inspirao por meio de revelao subjetiva. Noutras vezes foi a verdade revelada atravs dos escritores por um a tal vivificao e aprofundamento do seu prprio pensar como para habilit -los a perceber e recordar nova verdade infalivelmente, como parece ter sido o caso com Paulo em muitas das suas epstolas. Somando-o tudo, podemos dizer que o processo de inspira o consistiu de tais meios e influncias como aprouve a Deus empregar, segundo as circunstancias, para poder dar-nos uma revelao divina, completa e infalvel de toda a verdade religiosa de que precisamos durante esta vida. Ou podemos dizer com A. H. Strong: "Pela inspirao das Escrituras queremos significar aquela influncia divina especial sobre as mentes dos escritores sagrados em virtude da qual suas produes, parte de erros de transcrio, quando justamente interpretadas, constituem juntas uma regra de f e prtica infalvel e suficiente". 30V. A EXTENO DA INSPIRAO

Ver-se- que a inspirao verbal est implicada no que j dissemos; mas, como tambm j foi dito, isto no destri o elemento humano na Escritura. A Escritura , toda ela, a Palavra de Deus; ainda assim, muitssimo dela tambm a palavra do homem. Os escritores diferem em temperamento, linguagem e estilo, diferenas que esto claramente manifestas nos seus escritos, ainda que suas produes so to verdadeiras e completamente a Palavra de Deus como qualquer expresso oral de Jesus.VI. PROVAS DA INSPIRAO VERBAL

Para prova de fato que a Bblia inspirada em palavra e no meramente em pensamento, chamamos a ateno para as evidencias seguintes: (1) A Escritura inspirada envolve necessariamente a inspirao verbal. nos dito que a Escritura inspirada. A Escritura consiste de palavras escritas. Assim, necessariamente, temos inspirao verbal. (2) Paulo afirmou que ele empregou palavras a ele ensinadas pelo Esprito Santo. Em 1 Cor. 2:13, ao referir-se s coisas que ele conheceu pelo Esprito Santo, disse: "Quais coisas falamos, no nas palavras que a humana sabedoria ensina, mas que O Esprito Santo ensina".

isto uma afirmao positiva da parte de Paulo que ele no foi deixado a si mesmo na seleo de palavras. {Alguns acusam que em Atos 23:5, 1 Cor. 7:10,12, Paulo admite a no inspirao. Em Atos 23:5 Paulo diz a respeito do Sumo Sacerdote: "No sabia, irmos, que era o Sumo sacerdote". Isto "pode ser explicado tanto como a lin guagem de ironia indignada: "Eu no reconheceria tal homem como Sumo Sacerdote"; ou, mais naturalmente, como uma confisso atual de ignorncia e falibilidade pessoais, o que no afeta a inspirao de qualquer dos ensinos ou escritos finais de Paulo" (Stron g). Inspirao no significa que os escritores da Bblia foram sempre infalveis no juzo ou impecveis na vida, mas que, na sua capacidade de mestres oficiais e interpretes de Deus, eram conservados do erro.} 31 Nas passagens da primeira epstola aos cori ntios diz Paulo no caso de um mandamento: "Mando eu, todavia no eu, mas o Senhor"; ao passo que no caso de outros mandamentos diz ele: "O resto falo eu, no o Senhor". Mas notai que no fim das ultimas sries de exortaes ele diz: "Penso... que eu tenho o Esprito de Deus" (1 Cor. 7:40). Aqui, portanto, Paulo distingue... no entre os seus mandamentos prprios e inspirados, mas entre aqueles que procediam de sua prpria (inspirada de Deus) subjetividade e os que Cristo mesmo supriu por Sua palavra objetiva" (Meyer, in Loco). (3) Pedro afirmou a inspirao verbal dos seus prprios escritos como dos outros apstolos. Em 2 Pedro 3:1,2,15,16 Pedro pe os seus prprios escritos e os de outros apstolos em nvel com as Escrituras do Velho Testamento. E de sde que Pedro creu que as Escrituras do Velho Testamento eram verbalmente inspiradas (Atos 1:16), segue -se, portanto, que ele considerava os seus escritos e os de outros apstolos como verbalmente inspirados. {Uma questo pode levantarse quanto dissimulao de Pedro em Antioquia, onde temos uma "contradita prtica s suas convices por separar-se e retirar-se dos cristos gentios (Gl. 2:11-13)" (Strong). "Aqui no houve ensino pblico, mas a influencia de exemplo privado. Mas nem neste caso, nem no precitado (Atos 23:5) Deus suportou o erro como resolvido. Pela agencia de Paulo o Esprito Santo resolveu o assunto direito" (Strong)}

(4) Citaes em o Novo Testamento tiradas do Velho provam a inspirao verbal dos escritores do Novo Testamento. Tinham os judeus pela letra da Escritura uma considerao supersticiosa. Certamente, ento, judeus devotos, se deixados a si mesmos, seriam extremamente cuidadosos de citarem a Escritura como est escrita. Mas achamos em Novo Testamento umas duzentas e sessenta e trs citaes do Velho Testamento e dessas, segundo Horne, oitenta e oito so citaes verbais da Setuaginta; sessenta e quatro so emprestadas dela; trinta e sete tem o mesmo sentido; mas palavras diferentes; dezesseis concordam mais quase com o hebraico e vinte diferem tanto do hebraico como da Setuaginta. Todos os escritores do Novo Testamento, salvo Lucas, eram judeus. Contudo no escreveram como judeus. Que pode explicar isto, se eles no estavam cnscios da sano divina de cada palavra que escreveram? Alguns bons exemplos de citaes do Velho 32 Testamento pelos escritores do Novo, onde novo sentido se pe nas citaes, acham-se em Rom. 10:6-8, que uma citao de Deut. 30:11 -14. (5) Mateus afirmou que o Senhor falou pelos profetas do Velho Testamento. Vide a Verso Revista de Mat. 1:22 e 2:15. (6) Lucas afirmou que o Senhor falou pela boca dos santos profetas. Lucas 1:70. (7) O escritor aos hebreus afirma o mesmo (Heb. 1:1). (8) Pedro afirmou que o Esprito Santo falou pela boca de Davi. Atos 1:16. (9) O argumento de Paulo em Gal. 3:16 implica inspirao verbal. Neste lugar Paulo baseia um argumento no nmero singular da palavra "semente" na promessa de Deus a Abrao. (10) Os escritores do Velho Testamento implicaram e ensinaram constantemente a autoridade divina de sua prprias palavras. As passagens em prova disto so numerosas demais para precisarem de meno. (11) A profecia cumprida prova da inspirao verbal. Um estudo da profecia cumprida convencer qualquer pessoa esclarecida que os profetas foram necessariamente inspirados nas prprias palavras que enunciaram; do contrrio, no podiam ter predito algo do que eles souberam muito pouco. (12) Jesus afirmou a inspirao verbal das escrituras. Jesus disse: "A Escritura no pode ser quebrada" (Joo 1 0:35), com o que ele quis dizer que o

sentido da Escritura no pode ser afrouxada nem sua verdade destruda. Sentido e verdade esto dependendo de palavras para sua expresso. Sentido infalvel impossvel sem palavras infalveis. 33

Cap 4 - Objees Inspirao VerbalSo muitas e variadas as objees trazidas contra a inspirao verbal. No tentaremos not-las todas, mas tomaremos apenas algumas das mais comuns; confiando que a nossa discusso indique quo razovel e facilmente se possa dispor de toda o utra objeo. Estas objees concernem:I. CPIAS E TRADUES FALVEIS

1. OBJEO APRESENTADA A primeira objeo que consideraremos pode ser apresentada assim: "De que valor a inspirao verbal das cpias originais da Escritura, uma vez que no temos essas copias originais e desde que a grande maioria do povo deve depender de tradues das lnguas originais, tradues que no podem ser tidas como infalveis?" 2. OBJEO RESPONDIDA (1) Esta objeo correta em sustentar que as tradues das lnguas originais da Escritura no podem ser tidas como infalveis. Em nenhum lugar Deus indica que os tradutores foram poupados ao erro. Inspirao verbal quer dizer a inspirao das cpias originais da Escritura. (2) Esta objeo tambm correta em afirmar que no temos uma s das cpias originais de qualquer parte da Escritura. (3) Mas esta objeo no prevalece contra o fato da inspirao verbal: ela s questiona o valor da inspirao. (4) E a objeo esta errada ao supor que uma cpia admitidamente imperfeita de um original infalvel no melhor do que a mesma espcie de cpia de um original falvel. 34 mesmo melhor ter uma cpia imperfeita de um original infalvel do que ter uma cpia perfeita de um original falvel. (5) A objeo est errada outra vez ao implicar que no temos uma cpia do original substancialmente exata. Por meio de uma comparao das muitas cpias antigas dos originais da Escritura, a crtica textual progrediu a tal ponto que nenhuma dvida existe quanto a qualquer doutrina importante

da Bblia. Enquanto que Deus no nos conservou as cpias originais (e Ele deve ter tido boas razes para no fazer assim), Ele nos deu uma tal abundncia de cpias antigas, que podemos, com notvel exatez, chegar leitura dos originais. (6) E o estudo do hebraico e do grego progrediu a tal ponto, e este conhecimento se tornou proveitoso mesmo ao povo comum, de tal modo, que todos podem ficar seguros do significado da lngua original em quase todos os casos.II. SALMOS IMPRECATRIOS

Outra objeo se traz contra o que conhecido por "salmos imprecatrios". 1. OBJEO APRESENTADA Diz-se que o salmista "brada indignadamente contra os seus opressores", e que o achamos usando linguagem "que seria imprpria nos lbios do Senhor", linguagem, -nos dito, em que descobrimos "traos de prejuzo e paixo humanos". Tais so as objees levantadas por J. Patterson Smith em "How God Inspired The Bible" (Como Deus inspirou a Bblia). O objetor esta errado aqui ao assumir que os salmos imprecatrios de Davi expressam o sentimento pessoal de Davi contra os seus inimigos meramente por causa do que eles lhe tinham feito. Davi era o suave cantor de Israel e no se dava a manifestaes de amargura e vingana pessoais. Notai sua atitude principesca para com Saul ainda mesmo qua ndo Saul buscou sua vida sem nenhuma lcita razo. 2. CASOS ESPECFICOS CITADOS PELO OBJETOR 35 (1) " Deus, quebra-lhes os dentes nas suas bocas" (Salmos 58:6). Um estudo deste salmo revela que as palavras supra no se referem aos inimigos pessoais de Davi, mas aos injustos em geral. Davi estava aqui s articulando a indignao d?Aquele que "odeia todos os obradores de iniqidade" (Salmos 5:5). E notai que aqui nada se diz como de Davi sobre este juzo ser infligido imediatamente. Aqui s temos a sano inspirada de Davi do julgamento final de Deus sobre os mpios. Isto est evidente de uma comparao do Salmo 58:911 com Apocalipse 19:1-6. Nestas passagens temos a profecia e o seu cumprimento. (2) "Sejam seus filhos continuamente vagabundos e mendiguem; b usquem o seu po em lugares desolados" (Salmos 109:10). Atos 1:16 mostra que isto no foi falado dos inimigos pessoais de Davi, mas foi uma expresso

proftica a respeito de Judas. E Pedro diz que o Esprito Santo falou isso pela boca de Davi. Esta imprecao sobre os filhos de Judas segundo a prpria revelao de Deus, de Si mesmo, como o que visita "a iniqidade dos pais nos filhos at terceira e quarta gerao daqueles que O aborrecem" (xodo 20:5). (3) "Ah! Filha de Babilnia, que vai ser assolada; feliz aquele que te retribuir o pago que tu nos pagaste a ns; feliz aquele que pegar em teus filhos e der com eles pelas pedras" (Salmos 137:8,9). Mas notais que as palavras no so uma orao, nem uma imprecao, mas s e totalmente uma profecia. Ento notai que este juzo foi para ser atribudo a Babilnia por causa do modo por que ela tratara Israel. E depois revocai as palavras de Deus faladas atravs de Balao: "Abenoado o que te abenoar e amaldioado o que te amaldioar" (Nmeros 24:9), nas quais temos um eco do assegurado a Abrao (Gnesis 27:29). As palavras de Davi, com aquelas de Isaias (Isaias 13) sobre Babilnia, tem um duplo sentido: referem-se imediatamente destruio de Babilnia pelos mdos (Isaias 13:7), mas remotamente punio dos mpios na vinda de Cristo terra (Isaias 13:9 -11; 34:1-18; Zacarias 14:1-7; Apocalipse 19:11-21). 36 Como agente de Deus, Davi revelou a indignao de Deus contra os mpios mas, at onde seus prprios sentimentos pessoais diziam respeito, ele tinha som ente misericrdia e benevolncia para com os seus inimigos pessoais. Recusou molestar o Rei Saul quando ele teve a oportunidade e justificao humana, e aps Saul morrer, inquiriu: "Ficou algum da casa de Saul a quem eu possa mostrar bondade?" (2 Samuel 9: 1,2,11). Estes exemplos so suficientes para mostrarem quo incuas so as objees dos crticos a respeito dos salmos imprecatrios.III. AS IMPRECAES DE NO E O LOUVOR DE DBORA

Objees semelhantes costumam ser trazidas contra a Bblia por causa da imprecao de No sobre Cana (Gnesis 9:25) e por causa de Dbora louvar Jael por assassinar Cisera traio (Juizes 5:24-31). A resposta aqui simples e breve. A Bblia no justifica nem a No nem a Dbora pelas

expresses mencionadas: recorda merament e o fato que as expresses foram feitas. Verdade que No expressou uma predio verdadeira das naes descendentes do seu filho, mas, que Deus o moveu a expressar a maldio sobre Cana, ou meramente lhe permitiu expressar a verdade numa exploso de raiva, no est declarado. A Bblia, de modo algum sanciona cada palavra e ato nela recordados. Ela recorda as palavras e aes de homens maus, tais como o Rei Saul e Acabe; muitas vezes no d o seu veredicto sobre eles. Deus revelou sua Lei pela qual todas as aes sero julgadas; portanto, desnecessrio foi que Ele devesse atravancar a Bblia como a apreciao de toda a palavra ou ao arquivada. Inspirao verbal que dizer, simplesmente, que os escolhidos para escreveram a Bblia foram guardados do erro no que escreveram. Se os seus escritores representam uma convico sincera de si mesmo, verdade; mas se o relato de alguma outra pessoa, pode ser verdade ou falso, segundo ele se harmoniza com a Bblia como um todo.IV. "CAPTULOS OBSCENOS" ASSIM CHAMADOS

-nos dito ento que em certos captulos da Bblia "a obscenidade pulula do princpio ao fim". 37 Em resposta a esta objeo, diz R. A. Torrey: "que h captulos na Bblia que no podem ser prudentemente tratados numa audincia mista, no temos o desejo de negar; mas os referidos captulos no so obscenos. Falar do pecado nos termos mais claros, mesmo do pecado mais vil, para se poder expor sua asquerosidade e para retratar o homem como ele realmente , no obscenidade: pureza numa das suas formas mais elevadas. Se uma historia ou no obscena, depende inteiramente de como dita e para que fim dita. Se se conta uma histria para fazer-se caoada do pecado, ou para coonestar e desculpar o pecado (ou para gratificar a luxuria), obscena. Se uma histria contada para fazer os homens odiarem o pecado, para mostrar aos homens a hediondez do pecado, para induzir os homens a darem ao pecado to vasto desprezo quanto possvel e mostrar ao homem sua carncia de redeno, no obscena: moralmente salutar" (Difficulties and Alleged Contradictions and Errors in the Bible). Se esses captulos fossem obscenos, eles constituiriam leitura favorita nos antros do vcio. Mas

algum alguma vez ouviu gente ruim lendo a Bblia para seu prazer luxurioso? Ela no tira prazer da leitura da Bblia, mas faz galhofa com ouvir os comentrios obscenos dos crticos. o critico que obsceno, no a Bblia. O coronel Ingersoll ops -se Bblia por revelar aes vis "sem um toque de humor", como se justo fora a Bblia ter feito uma caoada do pecado e da imoralidade.V. VARIAES NUMRICAS

Traz-se uma objeo contra a inspirao verbal por causa de variaes numricas. A respeito do nmero dos judeus, achamos que a soma dada em 1 Crnicas 21:5 de Israel 1.100.000 e para Jud, 470.000, fazendo um total de 1.570.000; ao passo que o nmero dado em 2 Samuel 24:9 de Israel 800.000 e de Jud 500.000, fazendo um total de 1.300.000. Esta discrepncia facilmente explicada por notar -se que o nmero dado em Crnicas para Israel foi de homens "dos que arrancavam espada", pelo que se entende que havia este nmero sujeitos ao servio militar, enquanto que Samuel nos diz que em Israel havia tantos "valentes que arrancavam a espada", pelo que se quer dizer que havia esse nmero de homens que se distinguiram por bravura em combate atual. A diferena a respeito de Jud foi ocasionada pelo fato de Samuel ter dado o nmero total de homens em Jud, ao passo que Crnicas da o nmero de homens sujeitos ao servio militar. 38 [ Em outros lugares, tais como 1 Reis 7:26; 2 Crnicas 4:5; 2 Samuel 8:4 e 1 Crnicas 18:4 as diferenas numricas so provavelmente devidas a erros de transcrio. Os nmeros se indicam por letras em hebraico e uma pequena alterao de uma letra muda grandemente o seu valor n umrico. No dever parecer-nos estranho que as atuais cpias da Bblia contenham alguns erros menores. No dever surpreender -nos qualquer coisa mais que a descoberta de alguns erros de reviso em nossas Bblias. No temos mais razo para crermos em copistas infalveis do que temos para cremos em impressores infalveis. Verificando a laboriosa tarefa de se copiarem as Escrituras a mo, maravilhoso que no haja mais erros menores. ] Nota do editor: Este pargrafo acima est totalmente ERRADO foi um erro lamentvel do Dr. Simmons em atacar a doutrina da infallifilidade das Escrituras. Noutro lugar uma diferena numrica (Nmeros 25:9) para ser explicada como o uso perfeitamente legtimo de nmeros redondos em vez de exatos.VI. ALEGADO ENGANO DE MATEUS

Alega-se que Mateus atribuiu a Jeremias uma profecia que devera ter sido creditada a Zacarias.

Este suposto engano de Mateus acha -se em Mateus 27:9,10. Aqui Mateus parece citar Zacarias 11:13, mas que isto no absolutamente certo, parece de uma comparao das duas passagens. Mateus no faz uma citao verbal de Zacarias, portanto no se pode manter com certeza que ele intencionou estar citando de Zacarias. E, enquanto no temos nos escritos disponveis de Jeremias qualquer passagem que realmente se parea com a citao de Mateus, estamos longe da necessidade de admitir que Mateus fez um engano. No sabemos se temos todas as expresses 39 profticas de Jeremias. Em Judas 14 temos mencionada uma profecia de Enoque que no encontramos em nenhum outro lugar da Bblia. No ouvimos de nenhuma objeo ser trazida contra esta passagem. Mas suponde que algum outro escritor na Escritura tivesse dito algo semelhante s palavras atribudas a Enoque. Ento o critico teria dito que Judas se enganou. Mais ainda, pode ser que os captulos nono e onze do livro atribudo a Zacarias foram escritos por Jeremias. Muitos crticos crem que s os belos nove captulos de Zacarias compem os escritos atuais deste profeta. Mateus estava em posio muito melhor do que quaisquer dos seus crticos para saber de quem ele estava citando. Supor que ele descuidadamente escreveu Jeremias quando pensou Zacarias, deixando-o sem subseqente correo, supor um absurdo. E no h sinal que um copista fez o erro.VII. SUPOSTO ENGANO DE ESTEVAM

Nossa objeo seguinte a considerar uma alegada contradio entre Gnesis 23:17,18 e as palavras de Estevam em Atos 7:16. A isto respondemos: 1. Mesmo que uma contradio pudesse ser feita aqui, nada provaria contra a inspirao, pois Estevam no foi um dos escritores inspirados. Lucas meramente recorda o que Estevam disse. 2. Mas aqui no aparece contradio. As duas passagens no se referem mesma coisa. O sepulcro mencionado no Gnesis estava em Hebron; o mencionado por Estevam estava em Siquem. Isto torna claro que Abrao comprou dois sepulcros. No caso do comprado em Hebron, ele comprou o campo rodeando o sepulcro; mas, no caso do em Siquem, nenhuma meno se faz compra do campo em redor.

Este ltimo fato explica uma outra alegada contradio. Acusa-se que Gnesis 33:19 refere que Jac comprou o sepulcro em Siqum. Mas tal coisa no est afirmada em Gnesis 33:19: Diz simplesmente que Jac comprou o campo na vizinhana de Siquem; e, desde que os ossos de Jos 40 foram enterrados neste campo, foi neste campo, com toda probabilidade, que se citou o segundo sepulcro de Abrao. Isto tambm parece do fato de o segundo sepulcro de Abrao e do campo comprado por Jac pertencerem primeiro aos mesmos donos. Assim, neste ltimo caso temos simplesmente Abro comprando um sepulcro enquanto que, mais tarde, Jac compra o campo em que se situou o sepulcro.VIII. AS GENEALOGIAS DE CRISTO

As duas genealogias de Cristo so tidas como contraditrias. Para estas genealogias vide Mateus 1 e Lucas 3. A explicao aqui : 1. Mateus d a genealogia de Jesus por meio de Jos, porque estava apresentando Jesus como rei dos judeus. Portanto, ele desejou mostrar o seu direito legal ao trono, o qual exigia que Jesus descendesse de Davi atravs do Seu (suposto) pai. 2. Lucas d a descendncia de Jesus por meio de Maria, porque estava interessado em apresentar Cristo somente como o Filho do Homem. Logo, natural que ele dsse a presente descendncia humana de Cristo, mais do que Sua descendncia suposta e legal; mas, invs de in serir o nome de Maria, Lucas inseriu o nome de Jos, porque no era costume aparecer os nomes de mulheres nas taboas genealgicas. Jos dito ser o filho de Heli, mas, num sentido vago, isto pode significar nada mais seno que Jos era genro de Heli. Os Targuns nos dizem que Heli era o pai de Maria. 3. Em contrrio ao que h pouco se disse sobre a meno de mulheres nas taboas genealgicas, Mateus menciona quatro; mas em cada caso h razo especial para semelhante meno. John A. Broadus, no seu comentrio sobre Mateus, diz do aparecimento dos nomes de Tamar, Raabe e Rute na genealogia de Mateus, e a meno da esposa de Urias (Batsba): "Isto parece ter sido feito porque cada uma das quatro veio a ser me na linhagem messinica num modo irregular e extraordinrio, pois em recontar-se uma longa lista de nomes muito apto a

mencionar-se algo desusado que se prende a este ou aquele indivduo". E preciso notar que, 41 mesmo em Mateus, estas mulheres so meramente referidas. Os seus nomes no permanecem em lugar do parente paterno. Conseqentemente, nada h aqui que indique que o costume no justificou a Lucas omitir o nome de Maria na linhagem direta. 4. Uma ulterior dificuldade quanto ao pai de Shealtiel, Mateus dando Jeconias e Lucas dando Nri, para ser explicada pelo fato que Lucas deu toda a ascendncia, ao passo que Mateus deu apenas a linhagem real s at Davi. Jeconias o mesmo que Joaquim, um dos ltimos reis de Jud.IX. A INSCRIO SOBRE A CRUZ

As quatro narrativas da inscrio sobre a cruz tm sido sujeitas a criticas. Mas notemos: 1. No temos indicaes que cada um dos escritores pensou estar dando tudo quanto estava na inscrio. 2. Nem um dos escritores contradiz-se atualmente com os demais. Podemos ver melhor este fato por arranjar as narrativas da inscrio como segue: Mateus 27:37 "Este Jesus ..................................................... o Rei dos Judeus". Marcos 15:26 "......................................................................... o Rei dos Judeus". Lucas 23:38 "Este ................................................................ o Rei dos Judeus". Joo 19:19 ".............................................. Jesus de Nazar, - O Rei dos Judeus". Total ................................................. "Este Jesus de Nazar, - o Rei dos Judeus". 3. Assim como se requer dos quatro evangelistas que nos dem um retrato completo de Jesus, assim deles se requer que nos dem uma relao completa da inscrio sobre a cruz. Os diferentes aspectos de Jesus e do Seu ministrio, conforme esto estabelecidos no Evangelho, indicam-se no seguinte verso: 42 "Mateus, Messias, o Rei de Israel estabelece -se, morto por Israel; Mas Deus decretou que a perda de Israel fosse o ganho dos gentios. Marcos conta -nos de como em paciente amor esta terra foi uma vez pisada por um, que em forma de servo era contudo o Filho De Deus. Lucas, o mdico, conta de um mdico ainda mais hbil, O qual deu Sua vida como Filho do Homem, para curarnos

de Todo mal. Joo, o amado de Jesus, v nEle o Filho do Pai; o Verbo eterno feito carne, contudo Um com o Pai. Pode ser que a inscrio diferia nas trs lnguas, e que isto justifica, em parte, as diferenas nas narrativas.X. NARRATIVAS DA RESSURREIO

Objeta-se por causa de supostas contradies nas difere ntes narrativas da ressurreio. 1. Mateus menciona somente o aparecimento de um anjo s mulheres no sepulcro (28:2-8), ao passo que Marcos diz que foi um jovem (16:5 -7) e Lucas diz que havia dois homens (24:4-8). No h contradio aqui. O jovem mencionad o por Marcos evidentemente o anjo mencionado por Mateus. Anjo quer dizer "mensageiro". O mensageiro de Deus s mulheres foi uma apario sobrenatural na forma de um moo. Um anjo um esprito e no tem corpo material de si prprio, mas pode assumir um corpo temporariamente. 2. Marcos diz que a mensagem do anjo foi entregue s mulheres depois que elas entraram no tmulo. Mateus no faz meno da entrada no sepulcro. Mas aqui no h contradio, porque Mateus no diz que as mulheres no entraram no tmulo antes que o anjo deu a mensagem. 3. Lucas menciona os dois homens em p, enquanto que Marcos menciona o jovem sentado. Isto se explica facilmente por supor-se que o que falou (e, sem duvida, o outro tambm) estava sentado quando primeiro visto, e que se le vantou, como seria natural, antes de se dirigir s mulheres. Lucas no diz que os dois homens no estavam sentados quando as mulheres entraram no tmulo e Marcos no diz que o seu jovem no se ergueu antes de falar. 43 4. Lucas diz, ao relatar a mensagem s mulheres: "Eles lhes disseram", ao passo que Marcos diz: "Ele lhes disse". Um desses homens provavelmente fez a fala; no se assemelhariam a crianas na escola recitando a mensagem em unssono. Mas o outro concorreu mensagem. Portanto, o relato de cada escritor vlido. Quando uma pessoa fala e outra entra na conversa, perfeitamente natural dizer-se que ambas disseram o que est dito. 5. A mensagem dos anjos no est relatada por todos os escritores com as mesmas palavras. Mas isto no apresenta dificuldade real, porque nenhum deles indica que est dando a mensagem

verbalmente. (Joo 20:11-13 no est considerado aqui em conexo com o precitado porque recorda uma ocorrncia mais tarde).XI. CHACINA DE NAES PAGS

A ordem concernente chacina das naes pags na terra de Cana tem dado lugar a uma objeo. Vide Deuteronmio 20:16,17. 1. Deus afirma que punir os mpios no inferno por toda a eternidade. Se Deus tem o direito de fazer isto (e quem o negar?), no ter Ele o direito de ordenar tirar-selhes a vida fsica quando Lhe apraz assim fazer? Por que, ento, duvidar que Deus inspirou esta ordem? 2. Foi um golpe de misericrdia cortar esses povos prematuramente em sua iniqidade, que por mais dias s lhes traria maior castigo no inferno. Nenhum dos adultos que foram trucidados na sua impiedade foi dos eleitos; porque todos os eleitos que alcanam a responsabilidade vem a Cristo antes da morte; logo, verdade que a continuao da vida s podia envolver esses povos em maior castigo. 44 3. Quanto s crianas entre essas naes, se Deus aprouve lev -las para o cu na sua infncia, quem objetaria? Deus sabe melhor e faz tudo bem. A salvao das crianas que morrem est tratada no captulo sobre Responsabilidade Humana.XII. O DIA COMPRIDO DE JOSU

Traz-se objeo porque a Bblia recorda que um certo dia se prolongou pela parada do sol ordem de Josu (Josu 10:12-14). 1. Faz-se objeo linguagem de Josu. Diz-se que a linguagem de Josu implica que o sol se move, mas isso no mais verdade do que verdade a nossa linguagem comum ao falarmos que o sol nasce e se deita, como se ele se movesse. Josu usou simplesmente a linguagem da aparncia, como fazemos hoje. 2. Faz-se objeo autenticidade da ocorrncia. Tem-se dito que semelhante coisa subvertia todo o curso da natureza mas, absurdo como possa parecer aos nossos pseudo-sbios da crtica, Herdoto, o grande historiador grego, conta-nos que os sacerdotes egpcios lhe mostraram o arquivo de um dia comprido (Hist. 2:142). E os chineses tem um arquivo de um dia comprido no reinado de Yeo, que se cr ter sido contemporneo de Josu.XIII. JONAS E A "BALEIA"

Diz-se que a baleia no podia ter engolido Jonas. Notaremos primeiro que, quando corretamente traduzida, a Bblia no diz que foi uma balei a que engoliu Jonas. A palavra grega para baleia em Mateus 12:40 significa simplesmente um "monstro marinho". Por outro lado, notaremos que a idia de uma baleia no poder engolir um homem outra pretenso ignorante. No "Cruise of the Cachalot", Frank Bullen caracteriza a idia que a guela de uma baleia incapaz de admitir qualquer objeto grande como "um pedao de crassa ignorncia". Ele relata como "um tubaro com quinze ps de comprimento foi achado no estmago de uma baleia" e ele descreve este 45 monstro como "nadando a voga com o queixo inferior pendendo na sua posio normal e sua imensa guela bocejando como alguma caverna submarina". Nisto Jonas podia ter escorregado to facilmente que a baleia teria ficado escassamente cnscia de sua entrada. Outro testemunho notvel do Sr. Bullen "que quando morrendo, a baleia sempre expulsa os contedos do seu estmago" e diz que, quando apanhada e matada, uma baleia de tamanho completo despejou do estmago alimento "em massas de enorme tamanho ... sendo algumas delas calculada terem o porte de nossa chocadeira, isto , oito ps por seis por seis!" Ainda assim dizem os crticos que a Bblia est errada! A despeito da assero confiada dos crticos quereriam ser sbios, que um homem no podia sobreviver ao do suco gstrico no estmago de um peixe, h casos arquivados de homens serem engolidos por tubares e sarem vivos. Contudo, desnecessria uma explicao que o Doador da Vida podia ter conservado Jonas vivo miraculosamente.XIV. SACRIFCIOS ANIMAIS

Na base de Isaas 1:11-13; Jeremias 7:22; Ams 5:21-24; Miquias 6:6-8 temse afirmado que os profetas denunciaram todos os sacrifcios animais e no os reconheceram como sendo de instituio divina. Semelhante noo representa, sem dvida, os profetas como estando em conflito com o Pentateuco. Para vermos que o Pentateuco representa Deus ordenado sacrifcios animais, temos s de examinar captulos tais como xodo 12; Levtico 4:8,12 e 16. Em resposta afirmao que os profetas denunciaram todos os sacrifcios animais e no os

reconheceram como sendo de origem divina, notemos: 1. Jeremias fala noutro lugar de sacrifcios como estando entre "s bnos coroantes de um dia mais feliz". Vide Jeremias 33:18. Isto para se cumprir num dia quando Deus diz que Israel ser para Ele "um nome de jbilo, de louvor e glria, perante todas as naes da terra" (Jeremias 33:9). Ento Israel no ser mais uma nao rebelde, andando em desobedincia pertinaz. Faro ento as coisas que agradam ao Senhor e uma das coisas que faro, segundo Jeremias 33:18, oferecer, por meio dos seus sacerdotes, ofertas queimadas e sacrifcios continuamente. Jeremias fala disto com a mxima aprovao. 46 2. Ams condenou os sacrifcios de Israel s porque juntamente com os seus sacrifcios a Deus tinham levado o tabernculo de Moloque. Vide Ams 5:25,26. Com o culto idlatra tinham negligenciado o juzo e a justia. Por estas razes Deus odiou os seus dias de festa. Vide Ezequiel 20:39. Eram fingimentos hipcritas de respeito por Jeov. Pelas mesmas razes Deus desgostou-se dos seus cnticos. Concluiremos que Deus rejeitou todo cntico? 3. O significado de Jeremias 7:22 que Deus no falou a Israel primariamente sobre sacrifcios no dia em que o tirou do Egito e que no ordenou sacrifcios como um fi m em si mesmos. Remove-se a dificuldade quando o ponto preciso do texto reconhecido. A palavra "acerca" dever ser vertida "com vista matria de sacrifcios". Isto , eles no so o fim contemplado: eram s meios de alcanarem um fim mais elevado; portanto, estavam enganados e errados todos quantos limitaram suas vistas ao sacrifcio formal" (Robert Tuck, em A Handbook of Biblical Difficulties). 4. A linguagem dos outros profetas no mais forte do que a linguagem usada noutros lugares da Escritura, a qual no pode ser manifestamente tomada no absoluto. Em xodo 16:8 Moiss declarou a Israel: "Vossas murmuraes no so contra ns, seno contra o Senhor", enquanto que, no verso 2, se diz que os filhos de Israel "murmuraram contra Moiss e Aro". E no Salmo 51:4 Davi disse na sua orao a Deus: "Contra Ti, contra Ti somente pequei e fiz o mal em Tua vista", quando certo que ele pecara contra Urias. Da lemos: " um modo

usual de falar da Escritura, para expressar a preferncia que se deve a uma coisa sobre outra, em termos que expressam a rejeio daquilo que menos digno" (Lowth). E outra vez: "Henderson nota sugestivamente que no infreqente na Escritura afirmar -se uma coisa absolutamente que verdadeira s relativamente. Absolutament e Deus ordenou sacrifcios, mas no tais como eles ofereceram, nem de obrigaes finais" (Tuck, ibid.). Mais: "A negativa no hebraico m