57041243 cabeamento estruturado e projeto para redes locais

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    CABEAMENTO ESTRUTURADO E PROJETO PARA REDES LOCAIS Copright by COMUNICAO DIGITAL LTDA - 1996 - Todos os direitos reservados.

    A reproduo parcial ou integral desta apostila por quaisquer meios expressamente proibida salvo com autorizao por escrito emitida pela COMUNICAO DIGITAL. Os infratoresesto sujeitos as penalidades previstas em lei.

    Elaborao: Cesar de Souza Machado Atualizao desta Edio: Verso 8 Revisada em 17.03.98

    COMUNICAO DIGITAL LTDA: SETOR COMERCIAL NORTE, CENTRO EMPRESARIAL ENCOL - LIBERTYMALL - TORRE B, 11o ANDAR SL 1110 BRASLIA DF CEP 70710-500 TEL: 55 (061) 321-0517FAX: 55 (061) 224-1110 EMAIL: [email protected]

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    ndiceApresentao Breve Histrico Elementos Bsicos de Uma Rede Local Normatizao Meios de Traisso O que Cabeamento Estruturado Elementos de Cabeamento Estruturado Topologiasde Rede Cabos Para Redes Locais Padronizaes Internacionais Projeto e Instalao do Sistema Instrumentao de Teste Apndice A Bibliografia 02 03 04 06 07 11 15 19 20 32 3646 48 48

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    Apresentao

    E

    ste curso tem por objetivo capacit-lo a implantar e proceder com a manuteno de sistemas de cabeamento estruturado para redes locais. Com um abordagem totalmente prtica,

    so apresentados os componentes equipamentos e procedimentos empregados na confeco de sistemas de cabeamento.

    Este curso destina-se a administradores de rede, programadores, tcnicos, engenheiros, analistas e demais profissionais ligados a rea de informtica que desejem trabalhar com cabeamento estruturado para redes locais.

    Desejamos portanto um bom proveito de sua parte e colocamo-nos a disposio para dirimir dvidas e receber crticas a este trabalho.

    Cesar Machado Janeiro de 1996

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    1. Breve HistricoPodemos dividir a histporia dos sistemas de cabeamento em trs fases distintas: FASE DAS REDES EXPERIMENTAIS Teve incio em 1969 com as primeiras redes de computadores nos EUA. Em 1973 a Xerox lana o Ethernet, primeiro protocolo criado para permitir a interligao de computadores em redes locais atravs de cabos coaxiais. As primeiras placas Ethernet para micros contudo s seriam comercializadas em 1982. Nestemesmo ano a IBM lana o Token-ring um protocolo proprietrio com o mesmo objetivo d

    o Ethernet, empregando porm cabos tranados blindados. FASE DO CABO COAXIAL Tem incio com a comercializao das primeiras placas Ethernet e modelos similares em 1982. Ocabo coaxial permitia a transmisso de dados a incrvel taxa de 10 Mbps. A partir de1984, grandes empresas como AT&T lanam amplas linhas de produtos para sistemas decabeamento estruturado. Em 1986 surgem as primeiras padronizaes para sistemas decabeamento de carter internacional. FASE DO CABEAMENTO ESTRUTURADO Em 1989 comeama ser comercializadas as primeiras placas de rede para operarem com cabos tranados no blindados. No mesmo ano surgem as primeiras redes de tecnologia FDDI capazesde operar a alta velocidade (100 Mbps). criada a classificao de cabos por meio deCategorias. Em 1993 a implantao de novas rede passam a ser 100% com cabos tranados. As grandes redes cabos coaxiais so susbstitudas at 1995. Em 1996 comeam a surgir redes de 100 MBps no Brasil.

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    2. Elementos Bsicos de RedesO QUE REDE LOCAL ? Rede Local de Computadores, ou simplesmente, Rede Local, podeser definido como um conjunto de dois ou mais computadores interligados por meio de um canal de comunicao sustentado por hardware e software especficos. Seu objetivo permitir a comunicao, transferncia de arquivos, compartilhamento de arquivos, programas e perifricos entre as mquinas que compem a rede, de forma fcil, prtica, rpie eficiente. Em Ingls emprega-se o termo LAN (Local rea Network).

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    Como mostra a figura acima, atualmente (1997) as redes locais so compostas por doze elementos bsicos: 01 - ESTAO: Qualquer micro conectado a rede. Tambm recebem as seguintes denominaes: Cliente, N, Nodo, Ponto, Workstation. 02 - SERVIDOR: Qualquermicro onde roda um SOR e que centralize operaes de rede. 03 - PLACA DE REDE: Perifrico que permite aos micros (estaes e servidores) acessar o meio de transmisso (cana

    l de comunicao) da rede. 04 - MEIO DE TRANSMISSO: Qualquer meio por onde circulem os dados atravs da rede. Normalmente um cabo. 05 - CONECTOR: Interface fsica entreo cabo e a placa de rede. 06 - TOMADA: Local onde a estao se conecta ao cabo da rede.

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    3. NormatizaoDiversos rgos, a maioria nos EUA, trabalham em conjunto para estabelecer padres tcnicos para cabos, equipamentos e protocolos de rede. Estes rgos estabelecem comitesque trabalham durante anos para criar normas que sero adotadas pelos fabricantes.Grandes empresas tais como IBM e AT&T estabelecem seus prprios padres e tentam impo-los ao mercado. As vezes, devido a fora destas empresas, seus padres so normatizados. Outras vezes, porm, caso ainda no existam normas estabelecidas, o padro de um

    a dada empresa que bem aceito pelo mercado, acaba sendo padronizado. Dentre os principais rgos normatizadores, podemos destacar: ANSI: American National StandartsInstitute: Padroniza especificaes j existentes. EIA: Electronic Industries Assossiation: Cria padres para produtos eletrnicos. IEEE: Institute of Electrical and Electronic Engineers: Cria padres ISO: International Standarts Organization: Cria padres NEMA: National Electrical Manufacturer's Association: Cria padres TIA: Telecommunications Insdustries Assossiation: Cria padres para produtos de Telecomunicaes.UL: Underwriters Laboratries: Cria e confere padres

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    4. Meios de TransmissoSSOTIPOS DE MEIO Existem diversos tipos de meio de transmisso, cada qual com suas caractersticas prprias, tais como estas: -Custo -Capacidade -Facilidade de Instalao -Atenuao -Imunidade Rudos Custo: Geralmente o fator decisivo para a aquisio ou expae um sistema. Quanto maior o custo de instalao e manuteno, mais difcil se torna a utilizao do meio. Capacidade: A sua forma fsica e tcnica de fabricao determinam as cara

    ersticas dos meios de transmisso e estas por sua vez determinam a faixa de passagem, ou seja, o espectro de frequncias que podem circular pelo cabo sem grande atenuao. a banda de frequncia que o meio apresenta. Para nossos objetivos, a velocidade, em bps (bits por segundo) determina a capacidade do meio. Por exemplo, o cabocoaxial Ethernet tem uma capacidade de 10 Mbps e o cabo tranado categoria 5 tem uma capacidade de 100 Mbps. Quanto maior a taxa de transmisso, mais crtica ela se torna, sendo mais sucetvel a interferncia por rudos.

    CABO COAXIAL

    10 MBps

    CABO TRANADO CATEGORIA 5100 MBpsFacilidade de Instalao: Quanto mais fcil for a instalao do meio, menor ser o custo dimplantao, expanso e manuteno. Atenuao: So as perdas do sinal que trafega pelo meie so impostas por suas caractersticas eltricas nos cabos metlicos e ticas nos no metos.

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    Imunidade Rudos: A excesso dos cabos ticos, todos os meios esto sujeitos a rudos, oseja, a interferncia eletromagntica (EMI - Electromagnetic Interference), e a interferncia por rdiofrequncia (RFI - Radio Frequency Interference) que surgem quando ondas eletromagnticas cruzam o meio e tem intensidade suficiente para causar algumtipo de distoro no sinal.

    Os rudos podem ainda ser classificados em quatro tipos. Rudo trmico, provocado pela

    agitao dos eletrons do condutor, presente em todos os canais de comunicao. Rudo de intermodulao, presente em sistemas multiplexados, Rudo de Diafonia onde o sinal de um condutor interfere no de outro. Rudo Impulsivo, aquele gerado de forma aleatriapor sistemas de energia, iluminao, mquinas, etc. TIPOS DE MEIO Dentre os diversos meios de transmisso temos: -Condutores metlicos -Condutores ticos -Canais de rdio -Canais de luz Condutores Metlicos: Qualquer condutor que utilize um elemento metlicoque conduza eletricidade. O condutor mais utilizado o cobre. A forma como o condutor disposto determina o tipo do cabo. Assim podemos ter os cabos coaxiais e os cabos tranados. Condutores ticos: Qualquer condutor que utilize uma fibra tica para conduzir sinais luminosos. A expessura e tcnica de fabricao determinam as caractersticas ticas do cabo. Canais de Rdio: Qualquer faixa de frequncia por onde tranfeguem os sinais de dados. Canais de Luz: Canal formado por feixes de luz infraverm

    elha ou Laser irradiados de forma unidirecional ou multidirecional (broadcasting), atravs da prpria atmosfera. A tabela a seguir apresenta uma comparao entre os meios de transmisso empregados atualmente no Brasil.

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    MEIO UTP COAXIAL TICO

    CUSTO BAIXO BAIXO ALTO

    CAPACID. 100 Mbps 10 Mbps 256 Mbps

    INSTAL. FCIL FCIL COMPLEXA

    ATENUAO ALTA BAIXA BAIXA

    IMUNIDADE BAIXA BAIXA ALTA

    NOTA: Consideramos aqui a realidade existente em 1997 no mercado brasileiro CODIFICAO DOS SINAIS DE REDE Nos condutores metlicos so utilizados sinais cujas caractersticas se adequam a este tipo de meio. Os dados existentes nos dispositivos de rede so convertidos pelas placas de rede em sinais banda-base e estes so transmitidos pelo meio. Sinal banda-base um sinal digital que no sofre nenhuma mudana de frequncia (modulao) mas sim de forma, ou seja, ela alterada obedecendo-se a uma codificao, de forma que o sinal possa passar pelo cabo com a menor atenuao possvel. CARACTER

    TICAS ELTRICAS DOS CABOS METLICOS Impedncia: a resistncia eltrica a passagem dos siis eltricos de caracterstica alternada, tais como os sinais de rede. A impedncia medida em Ohms. A impedncia sempre maior do que a resistncia eltrica para sinais de caracterstica contnua, tais como os que um medidor do tipo ohmmetro emite para medira resistncia eltrica. Na prtica, o fato de um cabo ter uma dada impedncia determinaque todos os componentes que forem ligados a ele, tais como outros cabos e conectores, devem ter a mesma impedncia, de forma a evitar perdas por reflexo dos sinais eltricos.

    Retardo de Propagao: As componentes eltricas existentes no cabo fazem com que um sinal eltrico demore um tempo maior do que a velocidade da luz para percorrerem umcabo. Na prtica, isto implica em que se houverem dispositivos separados por um cabo muito longo, eles podem no conseguir sincronizar suas operaes.

    T1

    T2

    Atenuao: a reduo da intensidade do sinal determinado pelo comprimento do cabo. Assim, quanto mais longo for o cabo, maior ser a atenuao do sinal e, consequentemente, menos intenso ele chegar em seu destino. Se o cabo for muito longo nenhum sinal chega ao destino. Nos cabos metlicos, a atenuao eltrica e nos cabos ticos tica. Emcaso a unidade para medida de atenuao o dB (decibell).

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    Ecos: So reflexes que ocorrem sempre que um sinal trafega por um meio que tem umadada impedncia e encontra um outro meio de impedncia diferente, mesmo que esta diferena seja mnima. Esta impedncia diferente pode surgir devido a utilizao de um outrotipo de cabo, devido a um mal contato ou a uma m conectorizao do cabo.

    CARACTERSTICAS DOS CABOS TICOS Os Cabos ticos apresentam apenas a atenuao da intensidade do sinal luminoso que medida em dB.

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    5. O que Cabeamento EstruturadoDEFINIO A rede estruturada a que se baseia num sistema de produtos (cabos, adaptadores, conectores, paineis) padronizados, necessrios a formao de uma rede que possaintegrar comunicao de voz, dados e vdeo e que pode ser facilmente redirecionada para prover um meio de transmisso entre quaisquer pontos da rede. A base da rede estruturada o cabo tranado. PORQUE USAR CABEAMENTO ESTRUTURADO ? As primeiras redeslocais, surgidas no incio dos anos 80 empregavam a tecnologia de cabos coaxiais q

    ue devido a seu baixo custo permaneceu em uso intenso por 15 anos. Nos ltimos anos porm, a crescente necessidade por multi meios de comunicao nas empresas (dados, telefonia, fax, vdeo, video-conferncia, etc) incrementou dramaticamente a necessidade de se criar e manter uma infra-estrutura fsica de comunicaes organizada e eficiente. Por outro lado com o aumento do fluxo de informaes de todos os tipos, surgiuo inevitvel aumento de banda (maior velocidade) o que acarretou novas preocupaes que no existiam no passado. Alm do mais se o sistema de cabeamento for instalado deforma errada, sem a observncia de normas e procedimentos tcnicos adequados isto poder resultar em perda de tempo, desempenho e recursos na medida que surgirem problemas operacionais quanto ao funcionamento, ampliao e manuteno da rede, criando umasituao incompatvel com a atual realidade econmica que determina a reduo de todo tipoe custo desnecessrio nas empresas. Estatsticas apontam para o fato de que o sistem

    a de cabeamento chega a responder por at 47% do total de falhas de uma rede.CABEAMENTO ......

    47%

    Isto compreensvel na medida que, historicamente, a infra-estrutura de cabos geralmente relegada a segundo plano. Segundo estimativas realizadas nos EUA, as perdas acarretadas pelos problemas no sistema de cabeamento podem chegar a U$ 250.000.00 por ano para cada 100 usurios da rede. O sistema de cabos estruturado baseia-se na utilizao de cabos tranados, abandonando a tecnologia anterior de cabos coaxiais. Com isto possvel reduzir o nmero de falhas, oCabling 96 Cesar S. Machado 13

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    tempo de manuteno, os custos de mudanas de localizao das estaes de rede e da ampliaistema. Grandes empresas com amplas instalaes fsicas no podem mais abrir mo de estabelecer uma estratgia para o sistema de comunicao em todos os nveis. Empresas menorespodem no vislumbrar to claramente esta necessidade, porm elas obtero as mesmas vantagens ao adotarem um mnimo de planejamento e procedimentos tcnicos. Os sistemas decabeamento estruturado devem ser altamente flexveis podendo ser adaptados para operar com quaisquer tipos de sinais transmitidos pela rede, independentemente dos

    computadores ligados em rede e do lay-out das instalaes prediais. O custo do sistema de cabeamento geralmente situa-se em torno de 5% a 10% do custo total da rede, incluindo nesta projeo o custo dos computadores e programas. FUNES DE UMA REDE ESTRUTURADA -Garantir um nvel de performance satisfatrio do sistema de cabeamento -Garantir a homogeneidade das caractersticas eltricas dos equipamentos interligados.-Garantir a compatibilidade dos componentes de forma a facilitar a manuteno e ampliao. -Permitir a rpida mudana de uma tomada para voz, dados, fax ou vdeo -Permitir aoperao de redes com velocidades de 100 Mbps ou mais -Permitir a transmisso de dados com protocolos mais antigos ou proprietrios com a adio de conversores, tais comobaluns. -Permitir a elaborao de projetos consistentes e organizados -Permitir a fcil implantao e manuteno. -Prover um sistema de interfaces padronizadas -Prover suporte a diferentes equipamentos e aplicaes Com a utilizao de hubs, bridges, routers, swi

    tches e outros dispositivos ativos, pode-se interconectar redes com topologias esistemas de cabeamento distintos num mesmo sistema de cabeamento estruturado. Em ingls o termo cabling equivale a cabeamento estruturado. REAS COMPREENDIDAS PELA REDE ESTRUTURA A rede estruturada pode ser dividida em trs nveis ou reas: primria, secundria e terciria. Rede Primria: Interliga instalaes prediais atravs de uma rea amgeralmente pblica, atravs de cabos ticos ou outros meios. Rede Secundria: Interligaos distribuidores numa instalao predial atravs de condutores metlicos ou ticos. Engloba o Backbone e a rede vertical. Rede Terciria: Interliga os distribuidores as estaes de rede. Engloba o backbone e a rede horizontal.

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    DISTRIBUIDOR EXTERNO CABEAMENTO EXTERNO 1500 METROS REDE PRIMRIA DISTRIBUIDOR INTERNO CABEAMENTO VERTICAL DISTRIBUIDOR INTERNO

    500 METROS DISTRIBUIDOR DO ANDAR

    500 METROS DISTRIBUIDOR DO ANDAR

    REDE SECUNDRIA

    DISTRIBUIDOR DO ANDAR CABEAMENTO HORIZONTAL

    DISTRIBUIDOR DO ANDAR 90 METROS

    TOMADAS REDE TERCIRIA

    A rede terciria pode ser dividida em trs sub-sistemas: Subsistema Estao de Trabalho:Cabos, conectores e tomadas que possibilitam a conexo da estao a rede.

    Subsistema Horizontal: Sistema de cabos que se espalham no sentido horizontal, n

    o cho ou no teto e que interligam o Subsistema Estao de Trabalho aos armrios de telecomuncaes. Em redes maiores podemos ter um backbone horizontal.

    ......

    DISTRIBUIDOR

    TOMADAS

    Subsistema Vertical: Sistema de cabos que interliga os armrios de telecomunicaes dos andares da instalao predial.

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    ...... ...... ...... ...... BACKBONE VERTICAL ...... ...... ...... ...... ............

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    6. Elementos de Cabeamento EstruturadoA seguir so descritos elementos para cabeamento definidos pelas normas internacionais para cabeamento estruturado, EIA/TIA 568, 569, TSB36/40 e ISO 11801, bem como outros empregados normalmente pelo mercado mas que no so mencionados por estasnormas. Cabos: So a base do sistema de cabeamento. Numa rede estruturada podemoster todo tipo de cabos de rede para atender as especificaes dos protocolos Ethernet, Token-Ring, Fast-Ethernet, FDDI, ATM, etc, alm de cabos de voz, vdeo, etc. Na p

    rtica encontramos frequentemente os cabos tranados, ticos e coaxiais, nesta ordem.Conectores: Os conectores so o ponto mais crtico de uma rede local. Conectores debaixa qualidade podem apresentar problemas tais como mal contato, rachaduras e rompimentos. Mal instalados podem acarretar em rudos e mal contato intermitente provocando problemas na rede. Cada cabo exige o emprego de um conector especfico. Amontagem deste conector no cabo chama-se conectorizao.

    PRINCIPAIS CONECTORES PARA REDES LOCAIS CABO COAXIAL FINO: Conector BNC CABO COAXIAL GROSSO: Conector Vampiro CABO PAR TRANADO UTP: Conector RJ45 CABO PAR TRANADOBLINDADO: Conector IBM Tipo1 CABO TICO FORIL: Conector ST CABO TICO FDDI: Conector FDDI Segmento de Cabo: Uma rede constituda de vrios pedaos de cabos, denominadossegmentos. Os segmentos so preparados e interligados conforme as necessidades da

    rede. Identificadores: As normas estabelecem o uso de etiquetas de papel para identificao dos cabos. Por serem pouco durveis, na prtica emprega-se anilhas de plsticoe capas coloridas para uma identificao permanente.A 0 ...... 0 2

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    Backbone: Literalmente significa espinha dorsal. o cabo principal de uma rede local. O backbone pode ser vertical ou horizontal, conforme se extenda num ou noutrosentido. O backbone pode ser constitudo por um cabo de rede comum. Patch Panel:Os patch panels so o corao de uma rede estruturada pois, atravs deles o sistema de cabos pode ser reconfigurado. So utilizados junto aos blocos de distribuio e em reasde distribuio a nvel horizontal para interligar as estaes da rede. Os patch panels devem ser capazes de estabeler ligaes rpidas, confiveis e seguras garantindo uma perfo

    rmance satisfatria com taxas de operao de 100 Mbps. Existem inmeros fabricantes de patch panels. Eles so adquiridos conforme o nmero de portas desejadas. Os valores mais comuns so 12, 16, 24 e 48 portas. Patch Cord: Pequeno segmento de cabo que interliga uma patch panel a outro ou um hub ao patch panel. O mesmo que Cord Panel. rea de Trabalho: Espao entre uma tomada e uma estao de rede. Bloco de Distribuio:mesmo que distribuidores. So dispositivos empregados para concentrar grande quantidade de cabos. Destes paineis partem os cabos de rede, outros cabos (voz, vdeo,etc), e os meios de transmisso para interligao com redes distantes. Dos blocos os cabos seguem para os patch panels

    IDENTIFICADORES

    FUROS PARA PARAFUSOSTOMADAS

    Gabinete: (O mesmo que Rack ou Sub-bastidor) Armrio de ao com dimenses padronizadas(geralmente 19 polegadas de largura) e com encaixes apropriados para hubs, patch-panels, cabos, etc.

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    VENTOINHAS

    UNIDADE DE VENTILAO

    TAMPA CEGA

    PORTA DE ACRLICO CALHA COM TOMADAS ELTRICAS

    BARRA COM FURAO FUNDO VAZADO PARA PASSAGEM DE CABOS

    Tomada: Ponto de conexo entre o segmento de cabo que vem do painel de distribuio com o que vai dai at a estao. Normalmente utiliza-se tomadas de parede e opcionalmente tomadas de cho. Existem diversos tipos, das mais simples at as mais sofisticadas, com um nico ou mltiplos conectores fmea. Em ingls, o mesmo que Telecommunication Outlet (tomada de telecomunicaes).

    TOMADA DE EMBUTIR

    TOMADA DE SOBREPOR

    Rede Vertical: o backbone que interliga os diversos andares de uma instalao predial. Rede Horizontal: o sistema de cabeamento instalado num andar ou piso da instalao predial que interliga as tomadas de rede aos paineis ou blocos de distribuio aliexistentes. Cabeamento Pleno: o cabo constitudo por materiais resistentes ao fogo e que liberam pouca fumaa ao queimar. Nos EUA o NEC (National Electric Code) determina as normas e codificaes para estes cabos. Canaletas: Dutos de plstico ou PVCempregados para agrupar e proteger os cabos da rede dentro da instalao predial emlocais visveis. Eletrodutos: Dutos geralmente de ferro galvanizado empregados para agrupar e proteger os cabos de rede em ambientes externos (ao ar livre) ou emreas internas crticas tais como corredores, depsitos, fbricas ,etc,. Etiquetas e Marcadores: So empregados para identificar cabos e paineis. Usa-se marcadores paraidentificar cabos e etiquetas para identificar paineis.

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    7. Topologias de RedeTopologia a forma pela qual uma rede se distribui quanto ao traado do sistema decabeamento ou outros canais de comunicao. Existem inmeros modelos tericos ou experimentais de topologia. Na prtica, pode-se encontrar as topologias barra, estrela eanel no mercado.

    BARRA

    ESTRELA ANEL

    Ao definirmos qual ser a topologia fsica a ser implementada praticamente estar definido qual ser o tipo de cabeamento a ser utilizado e vice versa. Topologia Barra: a topologia mais comum, empregada pelo Ethernet. Tambm denominada barramento ou bus. As estaes so dispostas ao longo do cabo, todas ligadas em paralelo. Antes do envio de uma mensagem, a estao emissora verifica se o cabo est desocupado e s ento enviaa mensagem. Como todas as estaes recebem todas as mensagens, elas comparam os endereos dos pacotes com o seu prprio endereo para verificar se a mensagem lhe pertence. Sua principal desvantagem que qualquer falha no cabo prejudica toda a rede. Ocabo empregado o coaxial. Topologia Estrela: Nesta topologia existe um n central

    que se conecta, atravs de um hub (concentrador de rede), s estaes por ligaes pontoponto. O n central est envolvido em toda a comunicao da rede pois a comunicao entreestaes se faz atravs dele. Emprega o cabo tranado. Topologia Anel: Nesta topologia,as estaes so todas ligadas em srie e as extremidades do barramento se unem formandoum anel com todos os nodos operando ponto a ponto. Quando uma estao envia uma mensagem, as estaes intermedirias a recebem, e a retransmitem at que a receptora a aceite. Esta topologia empregada nas redes Token-Ring e FDDI. Hoje (1997) devido a larga utilizao de cabos tranados e hubs, a topologia estrela a mais empregada (95%).Em redes pequenas de at 5 micros, a topologia barra com cabos coaxiais ainda empregada devido ao seu baixo custo. A Topologia Anel por fim praticamente inexisteno Brasil, sendo rara tambm no exterior, restrita as redes token-ring e FDDI.Cabling 96 Cesar S. Machado 20

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    8. Cabos para Redes LocaisExistem basicamente trs tipos de cabos para uso em redes locais, cada qual com caractersticas bem especficas:

    COAXIAL CABOS TRANADO TICOCABO COAXIAL Primeiro tipo de cabo empregado em redes locais por j existir, sendoento usado noutras aplicaes. O cabo coaxial formado por um condutor eltrico central

    slido ou de fios torcidos que atua como vivo e por uma malha composta por fios deao que serve como "terra" do sinal, ou seja, o retorno para o sinal eltrico. A malha, que se interliga a carcaa dos conectores deve ser aterrada para eliminar eventuais diferenas de potencial eltrico entre os micros e para proporcionar um isolamento eltrico contra interferncias eletromagnticas sobre o condutor. Entre o condutor central e a malha existe uma ou mais camadas de plstico isolante e, externamente ao conjunto, uma camada de isolamento plstico flexvel na cor preta, amarela ou vermelha.

    REVESTIMENTO

    ISOLANTE

    MALHA

    CONDUTOR CENTRAL

    Para que o circuito se feche, dois conectores especiais denominados terminadoresdevem ser inseridos cada qual numa das duasextermidades do cabo. Estes terminadores so resistores cujo valor igual a impedncia do cabo.

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    Existem diversos tipos de cabos coaxiais. As redes Arcnet operam com cabos RG62de 93 Ohms de impedncia e as redes Ethernet com cabos RG58 de 50 Ohms de impedncia. Sistemas de TV utilizam cabos RG59 de 75 Ohms. IMPORTANTE: Nunca utilize um cabo diferente do exigido pelo padro da rede pois a mesma no funcionar corretamente.Das redes que empregam cabos coaxiais, a mais comum (99%) a Ethernet. Este tipode rede emprega dois tipos de cabos coaxiais, denominados pelo IEEE de 10Base2 e10Base5. 10Base2: Usado para interligar as estaes e o servidor entre si. Tem uma

    expessura externa de 4,3 mm. Esta designao tem relao com a velocidade de 10 MBps. Tambm conhecido por: BNC; RG58A/U ou simplesmente RG58; Thin Ethernet; Cheapernet ou Cabo Coaxial Fino. Este excesso de nomes as vezes confunde os leigos. 10Base5:Usado para interligar segmentos de rede atravs de transceivers. Tem uma expessura maior. Tambm conhecido por Thick Ethernet; Yellow Cable ou Cabo Coaxial Grosso.Conectores: Existem diversos modelos de conectores que visam facilitar a interligao dos segmentos de cabos entre si, tais como o BNC-Macho, o BNC-T, o BNC-L, etc. Os dispositivos de rede (bridges, routers, etc), normalmente possuem conectores BNCFmea onde so conectados os cabos atravs de conectores BNC-T.

    TERMINADOR

    IMPORTANTE: Use preferencialmente cabos Ethernet 10Base2 com condutor central solido e no os de fios torcidos. Os cabos coaxiais 10Base2 e 10Base5, tem uma impedncia de 50 ohms. Desta forma os conectores empregados neste cabeamento devem serobrigatoriamente do mesmo valor. Caso haja diferenas significativas nestes valores, por exemplo, da ordem de 20%, asCabling 96 Cesar S. Machado 22

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    estaes no conseguem se comunicar devido a degradao dos sinais eltricos transmitidos.istncia Mxima: O comprimento mximo do cabo por norma do IEEE 185 metros para o cabocoaxial 10base2 fino e 500 metros para o cabo coaxial grosso 10Base5. DistanciaMnima: Com relao a distncia mnima entre estaes, recomenda-se que a mesma tenha pelnos 0,5 metros para cabos 10Base2 e 2,5 metros para cabos 10Base5. Nmero Mximo deEstaes: Com relao ao nmero mximo de estaes o IEEE recomenda para cabos 10Base2 ume 30 estaes para cada segmento de 185 metros de cabo. Para cabos 10Base5, recomend

    a-se um mximo de 100 estaes para cada segmento de 500 metros de cabo. Se excedido este limite, os sinais eltricos podem ser distorcidos e retardados, tornando sua recuperao impossvel. A tabela abaixo relaciona a resistncia medida no cabos coaxial montado.

    25 Ohms = Valor Correto 30 Ohms = Mal Contato ou Terminador Alterado 50 Ohms = Parte do Circuito Aberto 0 Ohms = Curto - Ohms = Circuito Aberto nas duas Extremidades

    As tabelas apresentadas a seguir resumem as principais caractersticas dos cabos coaxiais operando com o protocolo Ethernet.Principais Caractersticas do Cabo Coaxial 10Base2 Impedncia: 50

    2 ohms Dimetro: 0,2

    polegadas Alcance: 185 metros Distncia mnima entre as estaes: 0,5 metro Nmero mximoe estaes por segmento: 30 Nmero mximo de estaes em mltiplos segmentos: 256 Comprimemximo com mltiplos segmentos: 925 metros Principais Caractersticas do Cabo Coaxial10Base5: Impedncia: 50 ohms Dimetro: 0,4 polegadas Alcance: 500 metros Distncia mnima entre as estaes: 2,5 metros Nmero mximo de estaes por segmento: 100 Nmero mximoaes em mltiplos segmentos: 1024 Comprimento mximo com mltiplos segmentos: 2500 metros

    Conectorizao de Cabos 10Base2: Os conectores para cabos 10Base2 podem ter trs tiposde fixao: Por meio de crimp, solda ou mixto. No primeiro caso, um alicate especial usado para prender firmemente um anel de ao que comprime o cabo externamente eo prende ao conector. Preferido por muitos devido a rapidez de sua conectorizao, tem como desvantagem o fato de ser suscetvel a mal contato intermitenteCabling 96 Cesar S. Machado 23

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    de difcil constatao. No segundo caso, o condutor central soldado no pino do conector BNC e a malha presa ao corpo do conector por meio de uma porca. Tem a vantagemde permitir uma constatao mais fcil de possvel mal contato e permite o reparo do mesmo. Por fim, recentemente surgiram conectores que agregam as duas tecnologias:O pino central soldado e o conjunto por fim crimpado assegurando assim uma confiabilidade muito maior da conectorizao. Conectorizao de Cabos 10Base5: Os cabos 10Base5 usam um conector especial denominado TAP ou Vampiro. O conector vampiro tem e

    ste nome devido ao seu mtodo de conexo. O cabo envolvido por um casulo metlico onde fixado uma pea com um condutor central que uma vez prensado no cabo, literalmente morde o condutor central do cabo estabelecendo o contato. Apesar de parecer rstico, tal sistema proporciona ligaes bastante confiveis. CABO AUI O AUI (AttachementUnit Interface) um cabo multivias que possui quatro circuitos de sinalizao diferencial, fora e aterramento. Dois circuitos portam dados, dois portam informaes de controle e quatro proporcionam tenso de alimentao. Nas extremidades so colocados doisconectores do tipo DB-15 (15 pinos), tambm denominado conector DIX. A codificao e avelocidade do sinal so as mesmas das do cabo coaxial 10Base5. empregado na interligao de dispositivos de rede a curta distncia. Geralmente se faz presente em transceivers (aparelhos que convertem um tipo de cabo noutro). O alcance mximo do caboAUI 50 metros. A sinalizao do AUI distribuda de forma diferente pelos padres Ethe

    et V2.0 e IEEE 802.3. A regra para se descobrir qual pinagem usar : Se o dispositivo utiliza o pino 1, o padro o Ethernet V2.0 e se utiliza o pino 4 IEEE 802.3. Um * indica os pinos indispensveis par operao no padro Ethernet V2.0.PINO 1* 2* 3* 4 5* 6* 7 8 9* 10* 11 12* 13* 14 15 Carcaa ETHERNET V2.0 IEEE802.3Shield Control In Shield Collision Presence Control In A Transmit + Data Out A Reserved Data In Shield Receive + Data In A Power Return Voltage Common ReservedControl Out A Collision Presence Control Out Shield T Transmit Control In B Transmit Data Out B Reserved Data Out Shield Receive Data In B Power Voltage Reserved Voltage Shield Reserved Control Out B N.U. Protective Ground

    CABOS TRANADOS So cabos formados por 2 ou 4 pares de fios telefnicos entrelaados dois a dois. Uma ou duas camadas de isolante plstico envolvem os condutores. Existemduas variaes deste cabo, denominadas UTP (Unshielded Twisted Pair - par tranado no

    blindado) e STPCabling 96 Cesar S. Machado 24

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    (Shielded Twisted Pair - par tranado blindado) que possui uma ou mais blindagensformadas por malhas de fios de ao. A utilizao de um concentrador de rede (hub) obrigatria para se interligar os dispositivos por meio destes cabos.

    REVESTIMENTO

    PARES

    Os cabos UTP utilizam duas tcnicas para reduzir a interferncia por rudos: cancelamento e tranamento. Cancelamento: Como pode ser visto na figura apresentada a seguir, os condutores do cabo UTP so dispostos lado a lado. A placa de rede ao qual ele ser conectado gera para um condutor um sinal positivo e para o outro um sinal negativo. Com isto os campos eletromagnticos formados por ambos se cancelam, evitando assim a mtua interferncia, denominada diafonia (crosstalk). Tranamento: O tranamento dos condutores, aos pares, faz com que seus prprios campos e outros rudos externos tenham menor influncia do que se ambos estivessem paralelos e, portanto, sujeitos a campos e rudos devido a uma posio perpendicular. PERFORMANCE A performancedos cabos tranados (UTP e STP) est intimamente relacionada com o tipo de materialempregado na sua fabricao, onde at a constituio do revestimento influi. Foi por istoque, somente aps muita pesquisa e desenvolvimento que os cabos tranados tornaram-

    se confiveis o suficiente para operar com sinais de rede. A fim de assegurar a adequao dos cabos, deve-se portanto verificar em que categoria se enquadram e se tema certificao UL. CATEGORIAS DE CABOS Categoria 1 - Usado para transmisses a baixavelocidade Categoria 2 - Usado para transmisses de at 4 Mbps Categoria 3 - Usado para transmisses de at 16 Mbps Categoria 4 - Usado para transmisses de at 20 Mbps Categoria 5 - Usado para transmisses de at 100 Mbps Os cabos UTP categoria 3 normalmente tem apenas 2 pares de fios e se prestam para aplicaes em redes Ethernet operando a 10 MBps. Os cabos categoria 5 tem 4 pares de fios e permitem a operao de redes a uma velocidade de at 100 MBps. Redes ATM porm j so comercializadas para operar a155 Mbps ou mais. Estes sinais podem sofrerCabling 96 Cesar S. Machado 25

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    certs anomalias mesmo nos cabos Categoria 5. Alguns fabricantes porm, tal com AT&T j oferecem cabos categoria 5 que extrapolam a padronizao e operam com taxas de at155 MBps. Em funo disto, fala-se hoje (1997) em se criar a Categoria 6 para cabostranados. No Brasil encontrvamos no incio da dcada cabos categoria 3, hoje totalmente j desaparecidos. Use sempre cabos categoria 5 em sua rede, mesmo que a operao seja a 10 Mbps, pois a migrao para 100 Mbps uma questo de pouco tempo. Alm do mais os sinais a 10 Mbps operam muito melhor com cabos categoria 5. CABOS 10BASET/100BASE

    T Dentre os inmeros cabos tranados as redes Ethernet exigem cabos que obedeam a norma do IEEE 10BaseT, definida em 1990 (Padro IEEE 802.3i). Esta denominao 10BaseT deve-se as seguintes caractersticas: Sinalizao Ethernet de 10 MBps para pares tranadosem topologia estrela.

    Principais Caractersticas dos Cabos 10BaseT Impedncia: 85 111 ohms para todas as frequncias entre 5 e 10 Mbps Dimetro: Normalmente AWG 24 ou AWG 22 Perda por insero:11,5 dB Tipo de conector: RJ45 (Padro ISO 8877) Alcance: 100 metros Nmero de estaespor segmento: 1 Nmero mximo de segmentos: No mnimo 4 (varia conforme o hub) As redes que empregam cabos 10BaseT tem de usar, obrigatoriamente, um Hub para distribuir os cabos a partir do servidor. O alcance mximo recomendado de 100 metros pararedes Ethernet e Fast Ethernet e 200 metros para redes100VG-AnyLAN. Este alcance

    pode ser ampliado com o uso de hubs ligados em cascata, atuando como repetidores. Nas extremidades do cabo so fixados conectores telefnicos com oito pinos denominados RJ45. Cada pino corresponde a um tipo de sinal. A tabela apresentada a seguir mostra os pinos que devem estar presentes obrigatoriamente para os padres Ethernet e Fast Ethernet.

    PINO 1

    TRAVACONECTOR RJ45

    Pino SinalCabling 96 Cesar S. Machado 26

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    Transmisso Transmisso + Recepo -

    Recepo +

    Os pinos 4, 5, 7 e 8 no so empregados pelo Ethernet nem pelo Fast Ethernet, podend

    o ser utilizados para o emprego de placas Full-Duplex por exemplo. O cabo categoria 5 tem quatro pares de fios: azul e branco, laranja e branco, verde e brancoe marrom e branco. Quanto a distribuio das cores, existem diversos padres, sendo que o padro EIA/TIA 586A o mais usado. Esquema de Ligao para o Ethernet Segundo o IEEE802.3 os esquemas de ligao Ethernet e Fast Ethernet so: Placa de rede a Hub Pino 1- Pino 1 Pino 2 - Pino 2 Pino 3 - Pino 3 Pino 6 - Pino 6 A ligao em cascata de umhub a outro pelo cabo tranado oferecida por todos os fabricantes. No existe contudo um consenso sobre como deve ser o cabo de interligao, que pode ser, conforme ofabricante e modelo de hub, 1:1 (normal) ou cruzado (crossover). Neste ltimo caso, consulte o manual do produto para certificar-se qual o esquema de ligao correto.Exemplo de cabo Crossover para interligar hubs: Hub a Hub Pino 1 - Pino 3 Pino2 - Pino 6 Pino 3 - Pino 1 Pino 6 - Pino 2 IMPORTANTE: No confunda cabos telefnico

    s diversos e que tambm sejam tranados com o cabo 10BaseT. Verifique no revestimento externo do cabo sua identificao. A seguir apresentamos a pinagem e disposio dos condutores no conector RJ45. O padro EIA/TIA 568A quase sempre empregado. O padro 568B destina-se a aplicaes especiais.

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    PAR 2 PAR 3 PAR 1 PAR 4

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    5

    6

    7

    8

    CONECTOR RJ45 VISTA TRASEIRA

    CONECTORIZAO DOS CABOS 10BASET Os cabos 10BaseT podem ser fixados em conectores RJ45, em patch panels ou tomadas. Para fixao dos conectores RJ45 emprega-se um alicate RJ45. Para fixao dos cabos nas tomadas, patch panels e blocos de distribuio, emprega-se ferramentas de insero do tipo Push-Down. Pino 1 Pino 2 Pino 3 Pino 4 Pino 5Pino 6 Pino 7 Pino 8 Branco do Verde Verde Branco do Laranja Azul Branco do Azul Laranja Branco do Marrom Marrom

    Tomadas: As tomadas para cabos tranados empregam uma tecnologia denominada IDC (Insulation Displacement Conection - conexo por deslocamento do isolante) onde cadacondutor prensado de encontro a dois terminais de contato que contm uma pequenaseparao entre s. Ao ser precionado de encontro aos contatos por uma ferramenta de insero (Push Down), o isolante rasgado e o condutor estabelece contato com osCabling 96 Cesar S. Machado 28

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    terminais. Esta ligao bem eficiente e permite o reaproveitamento da tomada inmerasvezes. A figura apresentada a seguir mostra como usada uma ferramenta de insero para fixar o cabo nos terminais da tomada.

    CABOS TRANADOS STP Os cabos STP combinam as tcnicas de blindagem e cancelamento para obter uma imunidade maior a rudos. Existem diversos cabos STP. Os mais comunsso os criados pela IBM para seu sistema token-ring. Este cabo, conhecido por STP

    150 (devido a sua impedncia de 150 Ohms) tem, alm da blidagem externa, uma blindagem individual para cada par de fios, garantindo assim uma proteo extra contra rudosentre os pares. O uso de cabos STP no Brasil muito restrito. Apenas as redes token-ring da IBM o empregam. Embora permitam uma taxa de at 300 MBps, seu custo maior e o fato de ter uma bitola mais larga, dificulta sua passagem pelos dutos. Uma rede token-ring pode ter no mximo 260 estaes conectadas com este tipo de cabo. AIBM o maior usurio de cabos STP. Ela criou uma classe de cabos denominados IBM Tipo X.CABOS IBM IBM Tipo 1: STP com 2 pares AWG22 de 150 ohms para 100 Mbps. IBM Tipo1A: Idem ao Tipo 1 mas aceita taxas de at 300 Mbps (ATM) IBM Tipo 2: 2 pares UTPpara voz e dois pares STP para dados IBM Tipo 2A: Idem ao Tipo 2 mas aceita taxas de at 300 Mbps. IBM Tipo 3: 4 pares UTP para dados a 4MBps e voz IBM Tipo 4: Ca

    bo tico de 100 mcrons para 100 Mbps FDDI. IBM Tipo 6: STP com 2 pares AWG26 mais flexvel que o Tipo 1. IBM Tipo 6A: Idem ao Tipo 6 mas aceita taxas de at 300 Mbps.IBM Tipo 8: Especial para uso sob carpetes ou tapetes com 2pares UTP IBM Tipo 9:2 pares AWG26, resistente ao fogo para cabeao vertical. IBM Tipo 9A: Idem ao Tipo9 mas aceita taxas de at 300 MBps.

    OBS: No existem os cabos tipo 5 e 7.

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    CABOS TICOS Os cabos ticos foram inventados no final da dcada de 60, mas sua difusotem sido lenta devido ao seu alto custo, tanto do cabo e conectores quanto o processo de instalao que requer instrumentos altamente especializados e pessoal treinado. No obstante os custos vem caindo, de forma que cada vez mais veremos cabos ticos sendo instalados. Neste sistema de cabeamento, os sinais eltricos enviados por um dispositivo de rede so convertidos em sinais luminosos por um LED e so enviados pelo cabo at outro dispositivo de rede onde um FOTOTRANSISTOR converte os sina

    is luminosos em sinais eltricos novamente. O interior do cabo formado por duas oumais fibras ticas feitas de um tipo de vidro purssimo, especialmente criado paraeste fim, de forma a atenuar o mnimo possvel o sinal luminoso. Ao redor delas existe uma camada de material plstico refletor, que impede a disperso do sinal luminoso. Ao redor desta existem diversas camadas de plstico, kevlar ou outros materiaiscujo objetivo dar resistncia ao cabo e preencher espaes vazios. Por fim uma camadade revestimento plstico envolve todo o conjunto.

    Cabo tico para Redes Locais: As redes locais Ethernet e Fast-Ethernet especificama utilizao do cabo tico 62,5/125 micrometros. Custo: Uma placa de rede para cabo tico pode custar, no Brasil, 15 vezes mais que uma placa Ethernet convencional. Assim, hoje (1997), a principal aplicao destes cabos encontra-se em ambientes extrem

    amente hostis, com rudo eletromagntico muito elevado (em fbricas por exemplo) ou nainterligao de redes localizadas em instalaes prediais distintas. Neste caso, como afibra tica no conduz eletricidade, mas luz, as redes ficam isoladas eletricamente, evitando assim que surtos de diferena de potencial avariem as redes. Nmero de Fibras: O cabo tico pode ter um ou mais condutores ticos. Em redes locais, porm, sempre so necessrios dois condutores, ou seja, um par, para se efetuar a comunicao, sendo uma fibra para transmisso e outra para recepo. Desta forma, comum se empregar cabos ticos com um ou dois pares de fibras. Caso o segundo par no seja utilizado, elepode permanecer como reserva. Preenchimento: O espao interno do cabo tico tem deser preenchido de forma a evitar a penetrao de gua e humidade que podem fraturar asfibras no caso de deCabling 96 Cesar S. Machado 30

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    congelamento (em locais muitos frios). Para tanto so empregadas as tecnologias decabo geleado, onde um gel de silicone preenche o interior do cabo e a tecnologia Twigth Buffer, mais nova e de uso preferencial que emprega um revestimento especial e kevlar para eliminar os espaos vazios. Modo de Propagao: Existem diversos tipo cabos ticos, sendo os mais usuais o Multimodo de ndice degrau, que como o prprio nome diz tem vrios graus de propagao de luz, a Multimodo de ndice gradual, onde afibra composta por vrios materiais e a Monomodo. Alm disto existem diversos tipos

    de cabos ticos. Em redes locais so usadas apenas os cabos com fibras monomodo. Atualmente o tipo mais empregado o 10BASE-FL (FORIL Fiber-Optic Inter-Repeater Link), cujas dimenses so 62,5/125 micrometros. 10BASE-F: Sistema de interconexo de redes atravs de cabos ticos padronizado pelo IEEE. Especifica a comunicao ponto a pontopara interligao de redes Ethernet 10 MBps. Neste sistema os sinais Ethernet de 10MBps existentes na placa so simplesmente convertidos em sinais luminosos. O sinalde transmisso deve seguir por uma fibra e o de recepo por outro. de longe o mais popular e mais empregado. Tambm pode ser usado em redes de 100 MBps. O padro 10Base-F tem duas variantes, o 10BASE-FP que especifica cabos para operarem com hubs ticos passivos e o 10BASE-FB que especifica cabos para backbones de cabo tico. Geralmente, as Interfaces 10BASE-F utilizam conectores do tipo ST, com sistema de trava semelhante ao BNC. Existem ainda outras opes como o SM com trava por meio de r

    osca. FDDI: (Fiber Distribution Data Interface) Mais recente que o FORIL, trata-se de um sistema completamente diferente, que emprega o protocolo token ring passing, permitindo picos de transmisso de at 100 MBps. Sua aplicao bem restrita devidoa seu elevado custo. O cabo tico forma um anel duplo de fibras ticas multimodo, onde dois canais distintos transmitem em sentido contrrio. Somente um dos canais fica ativo, o outro fica disponvel para o caso de uma eventual avaria no cabeamento da rede. Quando isto ocorre, os dois canais se unem formando uma mesma trajetria. Os cabos podem se estender por at 100 km e interligar at 1000 estaes com um espaamento de at 2 km entre as estaes quando empregada fibra multimodo ou 40 Km com fibramonomodo. O emprego de redes FDDI muito restrito devido a seu custo muito elevado e da atual disponibilidade de outras tecnologias mais baratas e de maior velocidade. Conectorizao: A conectorizao de cabos ticos muito mais crtica que a dos cametlicos. Uma conectorizao mal feita pode provocar uma perda excessiva do sinal lum

    inoso compromentendo o funcionamento do sistema. De acordo com a preciso exigidapodem ser empregados conectores de material plstico ou metlicos. O conector mais utilizado o ST que tem encaixe do tipo baioneta, semelhante ao conector BNC. O conector ST pode ser de plstico ou de metal. O ST de metal exige uso de um alicatede crimpagem semelhante ao do conector BNC. O conectorCabling 96 Cesar S. Machado 31

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    SC, mais recente, utiliza um mecanismo de ferrolho para efetuar a conexo. O conector FDDI, exclusivo deste tipo de rede, utiliza duas fibras e um duplo ferrolhono mesmo conector. A conectorizao exige o uso de um kit de ferramentas apropriadaspara efetuar o desencapamento, corte e polimento do cabo. Todos esses procedimentos so feitos com alta preciso por estas ferramentas. Existem dois tipos de conectorizao e de conectores: com epoxi e sem expoxi (epoxiless). A epoxi uma resina (cola) que tem por objetivo fixar a fibra firmemente no conector, envolvendo um te

    mpo para cura (secagem) que torna a montagem do conector bem mais demorada. Usepreferencialmente conectores sem epoxi. Para efetuar-se o polimento em larga escala existe uma mquina denominada Politriz Automtica, que reproduz os mesmos movimentos circulares das mos sobre as lixas. Distribuio dos Cabos: A distribuio dos cabosicos pode se dar de duas maneiras: com ou sem o uso de concentradores (hubs) ticos. No primeiro caso um ou mais hubs ticos com mltiplas portas, so dispostos nos pontos chave do sistema, de onde partiro os links de cabo tico. Dai eles se interligam ao(s) servidor(es) atravs de um backbone que pode ou no ser de cabo tico. A interligao destes hubs tambm pode ou no ser feita por meio de cabos ticos. Nos hubs e demais dispositivos principais da rede, tais como bridges, routers, etc, empregam-setransceivers ticos que podem ser internos, ou seja, fornecidos pelos prprios fabricantes dos hubs, ou externos, podendo neste caso ser fornecidos por terceiros.

    Em alternativa a este esquema de ligao, pode-se dispensar ou hubs ticos e empregar-se to somente transceivers ticos, o que acarreta em maior uso de transceivers e menor flexibilidade no sistema de distribuio de cabos. Emendas: Os cabos ticos podemser emendados por meio de fuso, atravs de um equipamento especial ou por meio de um acoplador tico, denominado splice, de mais baixo custo, mas que produz maior atenuao.

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    9.PadronizaesDRONIZA INTERNACIONAISDiversas normas norteiam a constituio de um sistema de cabeamento estruturado. Neste captulo abordamos as normas mais utilizadas em sistemas de cabeamento. Veja noApncice A uma relao mais detalhada das normas existentes. ESPECIFICAES DA NORMA EIA/TIA 568A HISTRICO Em 1985, empresas da rea de telecomunicaes de eletrnica perceberamque era necessrio estabelecer um padro para sistemas de cabeamento. Em julho de 19

    91 a EIA e a TIA introduziram a norma EIA/TIA 568 - Comercial Building Telecommunications Wiring Standart (Padro de Cabeamento de Telecomunicaes em Instalaes Comerciais) que define normas genricas pelas quais produtos de diferentes fabricantes podem ser interligados num sistema de cabeamento estruturado para instalaes comerciais. Logo em seguida, em agosto de 1991, foi introduzida a norma EIA/TIA TSB-36 (Telecommunications Systems Bulletins) que estabelecia padres para cabos tranados de categoria 4 e 5. Em agosto de 1992, foi introduzida a norma TSB-40 que estabelecia padres para conexo de hardware atravs de cabos tranados. Em janeiro de 1994, esta norma foi revisada, evoluindo para TSB-40A, onde foram detalhados as especificaes para patch cords, e conectores para cabos tranados. Por fim o padro 568 foi revisado, incorporando as normas TSB-36 e 40, passando a ser denominado EIA/TIA-568A. OBJETIVOS DA NORMA EIA/TIA-568A -Estabelecer padres genricos para sistemas de c

    abeamento para telecomunicaes provenientes de multiplos fabricantes sem ser preciso contudo definir com exatido os produtos que podero ser instalados posteriomenteneste sistema. -Possibilitar o planejamento e a instalao de sistemas de cabeamentoestruturado em instalaes comerciais. -Estabelecer critrios tcnicos e de performancepara sistemas de cabeamento diversos. -Estabelecer os requerimentos mnimos parasistemas de cabeamento em instalaes comerciais, topologias e distncias. -Estabelecer tipos de conectores e pinagem para assegurar compatibilidade -Determinar um tempo de vida dos sistemas superior a 15 anos de utilizao. TOPOLOGIAS O EIA/TIA 568Adetermina que o cabeamento horizontal deve utilizar a topologia fsica estrela. Define tambm as caractersticas para redes que operem com taxas de at 20 Mbps (at cabos categoria 4). CLASSIFICAO EIA/TIA 568A PARA CABOS TRANADOS Foram as normas TSB36/40 que introduziram a classificao dos cabos por categorias, criadas originalmenteem 1991 pela empresa Anixter, conforme mostrado a seguir.

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    CATEGORIAS DE CABOS Categoria 1 - Usado para transmisses de baixa velocidade Categoria 2 - Usado para transmisses de at 4 Mbps Categoria 3 - Usado para transmissesde at 16 Mbps Categoria 4 - Usado para transmisses de at 20 Mbps Categoria 5 - Usado para transmisses de at 100 Mbps A categoria 1 compreende antigos sistemas telefnicos e transmisso de dados a baixa velocidade (at 9600 Bps) A categoria 2 compreende servios RDSI (Rede Digital de Servios Integrados - Integrated Services Digital Network - ISDN) a 4 MBps. A categoria 3 compreende LANs operando at 16 Mbps. A cat

    egoria 4 compreende LANs operando a distncias maiores a 20 MBps. A categoria 5 compreende LANs operando at 100 MBps. A categoria 6 (proposta) operaria com cabos coaxiais a velocidades superiores a 100 MBps. A categoria 7 (proposta) operaria com cabos ticos a velocidades superiores a 100 MBps. A ISO criou o grupo de normasWG3 que incorpora vrios critrios da EIA/TIA 568, alm de outros mais, de forma a compatibilizar os diversos sistemas de cabeamento existentes em alguns pases alm dosEUA. Como num sistema de cabeamento a performance definida pelo componente maisfraco ou de especificaes menos rgidas, quanto mais estes componentes excederem asespecificaes das normas EIA/TIA ou outras mais, melhor e mais confivel ser o componente e o sistema. CABOS PARA BACKBONES, REDE VERTICAL E HORIZONTAL Cabos Tranados:Cabo UTP balanceado de 100 ohms (preferencial) Cabo STP balanceado de 120 ohms(alternativo) Cabo IBM balanceado de 150 ohms (alternativo) Cabos ticos: 62.5/125

    um fibra monomodo (preferencial) 50.0/125 um fibra multimodo (alternativo) 62.5/125 um fibra multimodo (alternativo) Cabos Coaxiais: Cabo de 50 ohms. As distncias mximas para os backbones so:Cabling 96 Cesar S. Machado 34

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    Cabo UTP 100 ohms: 800 metros Cabo STP 150 ohms: 700 metros Cabo tico 62.5/125: 2000 metros Cabo coaxial: 500 metros REDE HORIZONTAL A topologia fsica deve ser dotipo estrela. Especificamente para cabos de categoria 5: Segmento do Distribuidor Tomada: Segmento do Hub ao Distribuidor: Segmento da Tomada Estao: Total: 90 metros (mximo) 7 metros (mximo) 3 metros (mximo) 100 metros

    ARMRIOS E SALA DE TELECOMUNICAES A norma EIA/TIA 568 determina que cada pavimento d

    eve ter pelo menos um centro de distribuio de cabos denominado Armrio de Telecomunicaes ou Armrio de Equipamentos, onde sero concentradas a fiao da rede naquele piso,m como o backbone do cabeamento vertical, o backbone externo (se for o caso), equipamentos de distribuio (patch panels), hubs, fontes, etc. Em redes muito grandesuma sala inteira, denominada Sala de Telecomunicaes pode ser empregada com a mesma funo. TOMADAS A norma recomenda a utilizao de duas tomadas para cada estao, uma prcipal e outra com um cabeamento alternativo. Na prtica, por motivos de custo, no instalado o cabeamento alternativo. CONECTORES Apesar de existirem diversos conectores para rede local, apenas a famlia RJ (RJ11, RJ45, etc) so mencionados na norma EIA/TIA 568. PATCH CORDS So os segmentos que interligam os hubs e patch panels,normalmente confecionados com conectores RJ45. As normas EIA/TIA SP-2840A e IEC/ISO DIS 11801 determinam as principais caractersticas destes cabos. Para cabos U

    TP com conectores RJ45: -Cabo AWG26 multifilar (strended) -Trana descoberta com comprimento mximo de 13 mm -Dimetro mximo de cada fio entre 0,8 e 1,2 mm Alm disso recomenda-se o uso de cabos mais flexveis (extra-flexveis) para facilitar seu manuseio, especialmente em redes com grande nmero de patch panels e portanto grande nmero de cabos. Estes cabos devem contudo estar dentro das normas da categoria 5.Cabling 96 Cesar S. Machado 35

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    ESPECIFICAES DA NORMA EIA/TIA 569 A EIA/TIA 569 estabelece normas genricas para projeto e instalao de sistemas de cabeamento em reas pblicas e em vias de acesso de prdios comerciais. Tais sistemas devem ter uma previso de vida til de pelo menos 15 anos. Esta norma estabelece a utilizao de dutos subterrneos de PVC, ao galvanizado ououtros, com pelo meno 4 polegadas de expessura. Podem ser construidas no mximo duas caixas de passagem com dobras de 90 graus, desde que tenham 10 vezes o dimetrodos cabos. Todos os cuidados devem ser tomados com relao a proteo contra corroso, in

    filtraes, etc na instalao destas caixas. ESPECIFICAES DA NORMA EIA/TIA 570 Esta normequivale a EIA/TIA 568, porm refere-se a instalaes residenciais e comerciais de pequeno porte. ESPECIFICAES DA NORMA EIA/TIA 606 Esta norma estabelece padres para administrao da insfraestrutura de cabeamento em prdios comerciais. Na prtica descreve apenas como devem ser numerados e identificados cabos, vias de acesso e reas comuns. Os cabos devem ser identificados com etiquetas coloridas da seguinte maneira:Cabos de rede utilizam etiquetas verdes, backbones verticais e cabos centrais utilizam etiquetas brancas e backbones horizontais utilizam etiquetas azuis. ESPECIFICAES DA NORMA EIA/TIA 2290 Esta norma estabelece procedimentos genricos para operao do sistema de cabeamento.

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    10. Projeto e Instalao da RedeROJETOE INSTALAO DA REDE FASES DO PROJETO

    1 - Levantamento de Necessidades da rede: Banco de dados, planilhas, servios deimpresso, E-MAIL, MAN, WAN, Internet.

    2 - Definio do ambiente e produtos a serem utilizados, tais como SOR, Banda de Red

    e,Marca dos Softwares, Aplicativos, Tipos de acesso a Internet, Servios de Comunicao,Intranet, Sistema de Cabeamento integrado ou no.

    3 - Mapeamento fsico da Rede (local das estaes e servidores). 4 - Distribuio e Concentrao dos Pontos de Rede, localizao e passagem de Dutos,Cabos, Gabinetes, DGs, Backbones, etc. 5 - Projeto do Sistema de Concentradores(HUBs): Quantidade de HUBs usados; se tero Gerenciamento; mtodo de Interligao, etc.6 - Sistemas para Otimizao e Comunicao da Rede (Switches, Bridges, Routers, Gateways). 7 - Execuo das obras civis. 8 - Instalao dos gabinetes (se for o caso), passagem,conectorizao e identificao dos cabos. 9 - Testes de Aceitao e Desempenho dos sistemde cabeamento. 10 - Instalao e teste funcional dos equipamentos (hubs, switches, p

    lacas etc). 11 - Configurao de sistema de gerenciamento, comunicaes, etc. 12 - Confeco ou verificao da preciso da documentao definitiva da rede. DETALHAMENTO DAS FASEguir detalhamos os itens mais importantes de cada fase.

    MAPEAMENTO DA REDE Marque os locais em que devero ser instalados os pontos de rede e de telefonia (se for o caso) e estabelea o lay-out da rede. Em grandes redes inevitvel o uso de plantas das instalaes. O uso de um software de desenho do tipo Autocad o ideal para a constituio do mapeamento da rede.

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    PONTOS DE REDE E PONTOS DE TELEFONE Antigamente os cabos de rede e de telefoniada instalao predial eram separados. Isto est acabando. Atualmente, um projeto moderno prev autilizao de um s sistema de cabos tranados (categoria 5) que atenda a todosos servios, sejam eles dados (rede), telefones, fax, etc. DISTRIBUIO Em funo da localizao dos pontos de rede, estabelea os lay-out (localizao) dos hubs, sub-bastidores e,se for o caso, dos outros equipamentos de rede. Pode-se dizer que o sistema decabeamento surgir em funo da disposio do hubs e path panels pela instalao predial.

    randes redes o usual ter a maior parte possvel dos hubs no CPD e concentraes menores de um ou mais hubs em cada pavimento. Na impossibilidade de se fazer isto, estabelea diversos pontos para distribuio dos cabos. No se esquea dos limites de alcancedos cabos tranados e coaxiais. Defina como ser a distribuio dos cabos telefnicos ououtros mais, a nivel predial e a nvel de patch panels. No interior do prdio empregue preferencialmente cabos tranados categoria 5 para a instalao telefnica, de formaque tomadas telefnicas possam ser realocadas como tomadas de rede e vice versa. Estabelea as ligaes dos telefones em patch panels no mesmo gabinete das tomadas de rede para possveis realicaes. Pode-se empregar patch panels separados para rede e telefonia ou os mesmos patch panels empregando-se ligaes de pontos alternados (redetelefone-rede). Todos os equipamentos de comunicao sero por fim interligados por meio do sistema de cabeamento estruturado, sejam eles estaes de rede, telefones, LPCD

    s para modems, etc.CONSIDERAES SOBRE O GABINETE Existem diversos modelos de gabinetes que variam em tamanho e acessrios. Se o volume de cabos a serem interligados no gabinete for muito grande, considere a possibilidade deCabling 96 Cesar S. Machado 38

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    utilizar um fundo falso na sala onde ficar o gabinete de forma a ocultar os cabose permitir uma boa organizao. O local onde fica o gabinete ter uma abertura para apassagem dos cabos que subiro at os patch-panels. SEGMENTAO DA REDE COM RELAO AOS SVIDORES As estaes da rede tem de ser ligadas aos hubs e estes aos servidores. Em prinicpio pode ser adotado um mtodo de ligao equivalente para cada hub/servidor. Porexemplo, pode-se interligar cada dois hubs numa placa de rede do servidor. Um servidor pode ter portanto vrios segmentos de comunicao com os hubs de forma a aument

    ar a velocidade de acesso. DISTRIBUIO DAS ESTAES NOS HUBS Numa rede ideal todas as estaes gerariam o mesmo trfego de rede de forma que poderiam ser interligadas a qualquer placa de qualquer hub. Embora isto possa ocorrer na prtica, o ideial classificar as estae spor um sistema de pesos e distribui-las pelos hubs de forma a no concentrar trfego em demasia num dado hub. ESTAO APLICATIVOS DO SERVIDOR QUE VAI USARLEVE MDIA PESADA E-Mail Aplicaes Comuns, Office, Intranet Browser Internet, Aplicativo Grfico, Boot remoto

    IDENTIFICAO Em redes com muitas estaes, imprescindvel o uso de um sistema com tarjade identificao. Opcionalmente, utilize cabos com revestimentos de cores diferentespara identificar a rea, departamento ou andar a qual eles pertencem. Em alternativa a isto, utilize os protetores coloridos de conectores RJ45 nos hubs e patch

    panels. ASSEGURANDO O SUCESSO DA INSTALAO -Procurar conhecer e seguir as normas tcnicas -Empregar cabos de alta qualidade com certificao UL -Empregar somente cabos,conectores, tomadas e paineis categoria 5 -No empregar cabos com as especificaes diferentes na mesma rede -Respeitar os limites de alcance dos cabos -Utilizar tomadas de rede quando forem necessrias -Assegurar um bom acabamento da conectorizao dos cabos -No tensionar demasiadamente os cabos tranados -Evitar coneces intermdiriastre os segmentos -Evitar sobras excessivas de cabos -Sempre que possvel fazer a certificao dos cabos -Ao empregar cabos coaxiais para interligar estaes, faa o aterramento do mesmo. -Nos cabos tranados, assegure-se de no haver mais do que 13 mm de cabo destranado nos pontos de terminao. -Assegure-se de que o rio de flexo (dobras) dos cabos no seja inferior a 4 vezes o dimetro do cabo.Cabling 96 Cesar S. Machado 39

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    -Evite dobras desnecessrias e esmagamentos nos cabos. -Evite que os cabos de redefiquem em paralelo com cabos de fora. Se houverem cabos de 110 ou 220 V prximos,garanta um espaamento dos cabos de rede com estes de pelo menos 5 centmetros. Casoos cabos de fora sejam de alta tenso, aumente este espaamento para 1 metro ou mais. -Mantenha os cabos de rede longe de fontes potenciais de rudo, tais como luzesfluorescentes, mquinas, motores, transmissores de rdio, etc. -Mantenha um bom aterramento da rede. O ideal seria que o mesmofosse independente do aterramento do s

    istema eltrico. -Utilize eletrodutos galvanizados para o sistema de cabeamento emreas externas e reas crticas. -No faa mais do que quatro segmentos de cabos tranadoentre os paineis de distribuico. -Observe os limites de ligao em cascata dos hubs empregados na rede. Todos os fabricantes de hubs garantem pelo menos a interligao de quatro hubs em cascata. Alguns fabricantes porm oferecem maior nmero de repeties.DOCUMENTAO A documentao de grande importncia em um sistema estruturado. Quanto maiofor a rede maior ser a necessidade de uma documentao o mais completa e atualizada possvel. A documentao pode ser feita sob a forma tradicional, escrita, porm, tenha emmente que redes modernas requerem mtodos de gerenciamento modernos tambm. Assim,considere o emprego de bases de dados, planilhas, desenhos e esquemas confeccionados em CAD e ainda a necessidade de se empregar softwares especialistas criadosespecialmente para facilitar a operao do sistema de cabeamento. AUDITORIA Em rede

    s onde j existem sistemas de cabeamento instalados aleatoriamente ao longo do tempo, pode ser realizada um auditoria de forma a localizar e eliminar focos de problemas, cabos redundantes, confrontar a documentao do sistema com a situao real, etc. CUSTOS Comparado aos demais elementos da rede, o investimento no sistema de cabeamento geralmente pequeno se considerarmos que trata-se de um item semi-permanente, ou seja, enquanto a vida til de um microcomputador no passa de cinco anos, ocabeamento pode ser utilizado indefinidamente. Sistemas com quinze anos ou maispodem ser encontrados em funcionamento. Esta vida til porm depende da qualidade dos produtos empregados e do cuidado em sua instalao. Estabelecer os custos dos componentes empregados no sistema de cabeamento no to fcil na medida que existem inmeras solues e inmeros fabricantes destes componentes. A disponibilidade no mercado outro fator condicionador. O produto pode existir no catlogo mas no em estoque. ELEMENTOS A SEREM LEVANTADOS -TOPOLOGIA E TIPO DE CABOS

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    -QUANTIDADE DE CABOS -QUANTIDADE DE CONECTORES, TOMADAS, PAINEIS, RACKS, ETC -TIPO DE MATERIAL, SIMPLES OU MAIS SOFISTICADO -PASSAGEM DOS CABOS -MATERIAL SOBRESSALENTE -TEMPO PARA REALIZAO DO SERVIO -CONFECO DO PROJETO FINAL (MAPA DO SISTEMA) Deve-se ainda prever no projeto futuras expanes do sistema. Deve-se utilizar semprematerial de qualidade inquestionvel. Materiais baratos podem tornar a instalao maiscomplicada, comprometer a durabilidade do sistema e consequentemente sua reputao.CUSTO DO MATERIAL A seguir apresentamos para efeito ilustrativo os preos aproxim

    ados dos principais elementos empregados num sistema de cabeamento, vlidos para 1997. Tomamos por base aqui produtos de menor custo, ou seja, no to sofisticados, com preos para usurio final, facilmente encontrados no mercado nacional. Para aquisio junto a distribuidores, deve-se dar um desconto de 25% nestes preos. ITEM CONCETOR BNC MACHO CONECTOR BNC T CONECTOR BNC TERMINADOR CONECTOR BNC PASSAGEM CONECTOR BNC COM TERRA CONECTOR RJ45 TOMADA DE SOBREPOR RJ45 CONECTOR TICO ST CONECTORIBM TIPO 1 ABRAADEIRA ANILHA PARA IDENTIFICAR CABO CABO COAXIAL 10BASE CABO TRANADO CAT.5 CABO TICO INTERNo CABO TICO EXTERNO CABO AUIQ CABO STP IBM TIPO 1 PATH PANEL 12 PORTAS SUB-BASTIDOR (GABINETE) Rack Hub Accton 16 portas Hub Accton 16 portas com SNMP Hub 12 portas 100 MBps Accton Placa de rede Ethernet AcctoN Placa Fast Ethernet Accton Placa Fast Ethernet 3Com Hub 12 portas Fast Ethernet 3CoM Switche 8 portas 100 Mbps 3Com VALOR EM REAIS 1,50 1,00 3,00 5,00 5,00 0,90 6,00 1

    5,00 12,00 0,05 0,05 0,90 (metro) 0,90 (metro) 4,50 (metro) 6,50 (metro) 3,00 (metro) 4,00 (metro) 200,00 400,00 a 2000,00 150,00 a 250,00 450,00 900,00 1800,0070,00 120,00 200,00 2600,00 20.000,0041

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    O preo final do sistema de cabeamento pode ser determinado pelo seguinte somatrio:PF = CM + CMO + I + ML + FR Onde: PF: Preo Final CM: Custo do Material. Todos oscomponentes utilizados no sistema. CMO: Custo da Mo de Obra. I: Impostos. ISS, ICMS, IRRF, etc. ML: Margem de Lucro FR: Fator de Risco. Este item opcional. Podeser, por exemplo, os dias dos operrios parados devido a atrasos diversos, a utilizao de um ou outro componente no previsto, atraso do pagamento, etc. CUSTO DA MO DEOBRA Esta a maior varivel no custo da instalao do sistema de cabeamento. Se houver

    em problemas inesperados, o lucro pode facilmente transmutar-se em prejuzo. Uma maneira fcil e rpida de se estabelecer este custo fix-lo por ponto instalado e por nveis de dificuladade, conforme apresentado a seguir. TIPO DE CABO COAXIAL PAR TRANADO CABO TICO CUSTO POR PONTO 50,00 50,00 75,00 NVEL I 50,00 50,00 75,00 NVEL II 75,00 75,00 100,00 NIVEL III 100,00 100,00 150,00

    Nesta tabela, o Nvel I corresponde a um ponto onde a passagem do cabo relativamente fcil. O Nvel II corresponde a um nvel de certa dificuldade e o Nvel III de grandedificuldade. Evidentemente, voc pode modificar os valores ou acrescentar mais nveis conforme seu know-how ou necessidades. Desta forma, o custo para se instalaruma rede de 10 pontos com cabo tranado de Nvel I seria de 500 reais e o custo parase instalar uma rede de 20 pontos de Nvel II seria 1500 reais. CUSTO DE FERRAMEN

    TAS Os custos dos equipamentos para montagem do sistema de cabeamento variam muito, porm podemos apresentar uma base de preos vlida para 1997, observendo-se as mesmas restries relacionadas anteriormente para os componentes.

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    ITEM JOGO DE FERRAMENTAS DESCASCADOR DE CABO ALICATE CRIMP BNC ALICATE RJ45 INSERSOR PUSH DOWN KIT DE CONECTORIZACO TICA ESTAO DE SOLDA MULTMETRO TESTADOR DE CABOS TOTAL

    CUSTO EM REAIS 100,00 5,00 50,00 80,00 50,00 2000,00 180,00 180,00 7000,00 9745,00

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    11. Instrumentao de TesteTAO DETESTE Existem inmeros instrumentos que podem ser empregados na anlise do sistema de cabeamento. Ohmmetro: Instrumento capaz de verificar a resistncia eltrica de um condutor. Com ele podemos verificar se um cabo est rompido ou com uma resistncia eltrica muito elevada, o que causar um mal funcionamento. Testador de Continuidade:Aproveitando o mesmo princpio do ohmmetro, varios medidores foram criados para testar se o cabo coaxial ou par tranado indicando sua condio po meio de leds ou por um

    display de cristal lquido. Rastreador de Cabo: Permite localizar cabos atravs dalocalizao de um sinal inserido por um oscilador em uma de suas extremidades. Bom para sistemas onde perdeuse a identificao dos lances de cabos. Scanner: Scanner uminstrumento que gera sinais de rede, semelhantes aos das estaes, alm de outros maise, com base na anlise de seu comportamento, podem indicar o comprimento, nvel derudo e de distoro do cabo. Seus preos variam muito, na faixa de 1000 a dezenas de milhares de dlares, conforme a preciso desejada. Alguns instrumentos tem uma sada quepode ser ligada a uma impressora, podendo gerar um relatrio impresso ou ainda umrelatrio sob a forma de arquivo de dados. Estes relatrios por sua vez podem ser apresentados ao cliente, certificando a qualidade da instalao e podem ser usados como referncia para constatar futuros desgastes ou degradao. Existem duas classes descanners portteis. Os de Nvel I tem uma preciso que possibilita medies apenas no segm

    ento que vai da tomada ao patch panel. Os de Nvel II, mais caros, tem preciso paramedir todo o segmento do cabo, da tomada ao ponto mais distante, passando por mais de um patch panel ou bloco de distribuio. Medidor de Potncia tica: Mede a atenuado sinal luminoso ao percorrer um cabo tico. MEDIDAS REALIZADAS COM O SCANNER Rudo: Um nvel de rudo elevado no cabo pode levar o software de rede a perder vrios pacotes, obrigando-o a retransmitir diversas vezes os mesmos at que sejam corretamente recebidos. Isto causa um aumento indesejvel no trfego da rede e, se for um rudo muito intenso, ocorre a interrupo da comunicao entre o servidor e as estaes. Paradiafia: Paradiafonia (o mesmo que diafonia, crosstalk ou next) a interferncia entre osinal que circula num condutor em outro adjacente. Um injetor de sinais ou terminador especial conectado numa estremidade do cabo e o scanner emite um sinal com vrias frequncias, at 100 Mhz, num condutor e mede se h induo do mesmo nos condutoradjacentes. Os cabos cruzados e separados podem ser detectados desta forma. Out

    ras possveis causas da paradiafonia so: -Pares destranados alm do limite de 13 mm nos pontos de conexo -Patch cords no tranadosCabling 96 Cesar S. Machado 44

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    -Cabos muito tensionados que afetam o tranamento dos pares internamente Rudo Impulsivo: Rudo impulsivo aquele que se manifesta na forma de pulsos, induzidos por mquinas, campos eltricos momentneos, etc. Para se medir estes rudos, deve-se desconectar a estao e medir-se sua intensidade no cabo. Os scanners indicam automaticamentese os nveis de rudo esto em conformidade com as normas EIA/TIA e IEEE.FAIXA DE FREQUNCIA DOS RUDOS TIPO FAIXA DE FREQ. ORIGEM Luzes fluorescentes Transformadores,rdios, aparelhos eltricos, estelirizadores de ar Rdio, computadores, apar

    elhos eletrnicos, radares, etc. Motores, comutadores, mquinas de solda, ignio eletrnica, etc.

    BAIXA FREQ. 10 150 KHz MDIA FREQ. 150K 10MHz ALTA FREQ. PULSOS 100 1000 Mhz 10KHz 100 MHz

    Comprimento: O scanner pode emitir um pulso que, ao encontrar o limite, interrupoou terminador do cabo, provocar uma reflexo. Medindo o intervalo de tempo entre oenvio de sinal e do recebimento da sua reflexo, o scanner estabelece seu comprimento com preciso de 0,5 metro. Esta tcnica denominada reflectometria por domnio de tempo - TDR. Os scanners tem tabelas com o NVP (velocidade nominal de propagao do cabo) do cabo, um fator que varia de cabo para cabo em funo do tipo de material e tc

    nica empregada em sua fabricao. Os scanners tem tabelas j montadas para os principais tipos de cabos, tais como EIA/TIA 568 (Categoria 3, 5, etc) e IEEE (10base2,10Base5, 10BaseT). O scanner pode ainda calcular o NVP de um cabo tomandose porbase um cabo referncia de comprimento conhecido. Alguns scanners permitem a conexode um osciloscpio para tornar suas medidas mais precisas. Atenuao: A norma EIA/TIA568 determina a medio da atenuao em dB em 10 frequncias diferentes entre 64KHz e 100MHz. Ela admite uma atenuao de at 40 dB para 350 metros de cabo a uma frequncia de16 MHz. O padro 10BaseT admite uma atenuao mxima de 11,5 dB na faixa de 5 10 MHz numcabo com 100 metros de comprimento. Os materiais dieltricos dos revestimentos dos cabos tambm absorvem parte do sinal transmitido. A elevao da temperatura aumentaeste problema, por isto as entidades de padronizao costumam especificar atenuaes para uma temperatura de 20 graus celcius. Trfego: Esta informao pode indicar se o caboest com trfego anormalmente elevado. Isto permite identificar por exemplo placas

    de rede defeituosas. Analizadores de protocolo so aparelhos que no s medem o trfegocomo identificam e lem o conteudo dos pacotes. Seu uso s de d porm em casos raros pois seu custo muito elevado. Medidas em Cabos ticos: Basicamente so empregados um medidor de potncia tica que mede o nvel de atenuao do sinal de luz em dB e o medidor TDR tico que se baseia na retrodifiso do sinal de luz no cabo tico, de forma anloga ao eco existente nos cabos metlicos.

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    12. Apndice APADRONIZAES INTERNACIONAIS

    APNDICE A

    Diversas normas norteiam a constituio de um sistema de cabeamento estruturado, dasquais podemos destacar as seguintes. EIA/TIA 568: Commercial Building Telecommu

    nications Wiring EIA/TIA 569: Commercial Building Standard For Telecommunications Pathways And Spaces. EIA/TIA 570: Residential And Light Commercial Telecommunications Wiring. EIA/TIA 606: Administration Standards For The TelecommunicationsInfrastructure Of Commercial Building. EIA/TIA 607: Commercial Building Grounding / Bonding Requirements. EIA/TIA 2290: Procedimentos de operao do sistema de cabeamento EIA/TIA TSB 36: Additional Cable Specifications For Unshielded Twisted Pair Cables. EIA/TIA TSB 40: Additional Transmission Specifications for UTP Connecting Hardware. EIA/TIA TSB 67: Especificao de Desempenho de Transmisso para Testesem Campo de Sistemas de Cabeamento de Par Tranado No Blindado (UTP) ISO/IEC DIS 11801: Generic Cabling For Customer Premises Cabling. Normas referentes a protocolos de acesso a rede tambm definem caractersticas tcnicas com relao a cabos: IEEE 802.3: Especificaes do Protocolo Ethernet IEEE 802.3u: Especificaes do Protocolo Fast E

    thernet IEEE 802.3z: Especificaes do Protocolo Ethernet Gigabit IEEE 802.5: Especificaes do Protocolo Token Ring IEEE 802.12: Especificaes do Protocolo 100 VG AnyLANANSI X3T9.5: Fiber Distributed Data Interface ( FDDI) Standards ITU I.300 Series: Especificaes do Protocolo ATM Normas e Prticas TELEBRS Normas e Prticas das Operadoras Estaduais (Ex: Telebraslia)

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    13. BibliografiaModem - Montoro, Fabio Azevedo - Ed. rica Redes de Computadores - Tanenbaum, Andrew S. - Ed. Campus Redes de Computadores Locais e de Longa Distncia - Tarouco, Lian M.R. - Ed. Mac GrawHill Guia de Conectividade - Derfler, Fank J. - Ed. CampusGuia para Interligao de Redes Locais - Derfler, Fank J. - Ed. Campus Tudo sobre Cabeamento de Redes - Derfler, Fank J. & Les Freed - Ed. Campus Guia Prtico de Redes Locais Estruturadas - Krone Redes Locais Estruturadas - Krone Endendendo Fibr

    as ticas - Hecht, Jeff - Ed. Berkeley Networking Basics - Self Studies Training -Microsoft EIA/TIA Standart - Anixter - 1995 EIA/TIA 569/607 Sandart - 1995 Sistemas de Cabeamento Estruturado - Apostila - Eng. Paulo Clio Faleiros Freitas.

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