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[Digite texto] Prof. Eng. Heiner Neri ENGENHARIA DE CONTOLE E AUTOMAÇÃO (MECATÔNICA) EDIÇÃO 2011/01 FABRICAÇÃO MECÃNICA ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO ESTAMPAGEM

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Prof. Eng. Heiner Neri ENGENHARIA DE CONTOLE E AUTOMAÇÃO (MECATÔNICA)

EDIÇÃO 2011/01

FABRICAÇÃO MECÃNICA

ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

ESTAMPAGEM

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Prof. Eng. Heiner Neri ENGENHARIA DE CONTOLE E AUTOMAÇÃO (MECATÔNICA)

EDIÇÃO 2011/01

PROCESSO DE ESTAMPAGEM

Por estampagem entende-se o processo de fabricação de peças, através do corte

ou deformação de chapas em operação de prensagem a frio. Emprega-se a estampagem

de chapas para fabricarem-se peças com paredes finas feitas de chapa ou fita de diversos

metais e ligas. As operações de estampagem podem ser resumidas em três básicas:

corte, dobramento e embutimento ou repuxo.

A estampagem da chapa pode ser simples, quando se executa uma só operação,

ou combinada. Com a ajuda da estampagem de chapas, fabricam-se peças de aço baixo

carbono, aços inoxidáveis, alumínio, cobre e de diferentes ligas não ferrosas. Devido às

suas características este processo de fabricação é apropriado, preferencialmente, para as

grandes séries de peças, obtendo-se grandes vantagens, tais como:

• Alta produção;

• Reduzido custo por peça;

• Acabamento bom, não necessitando processamento posterior;

• Maior resistência das peças devido à conformação, que causa o encruamento

no material

• Baixo custo de controle de qualidade devido à uniformidade da produção e a

facilidade para a detecção de desvios.

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Como principal desvantagem deste processo, podemos destacar o alto custo do

ferramental, que só pode ser amortizado se a quantidade de peças a produzir for elevada.

Enquanto as estampagens em corte e dobramento são realizadas a frio, a profunda

pode eventualmente ser a quente, dependendo da necessidade. A estampagem da chapa pode

ser simples, quando se executa uma só operação, ou combinada. Com a ajuda da estampagem

de chapas, fabricam-se peças de aço baixo carbono, aços inoxidáveis, alumínio, cobre e de

diferentes ligas não ferrosas. Devido às suas características este processo de fabricação é

apropriado, preferencialmente, para as grandes séries de peças, obtendo-se grandes

vantagens, tais como: produção em série, custo baixo das peças, bom acabamento sem

necessidade de posterior processo de usinagem, peças com grande resistência e o custo baixo

do controle de qualidade devido à uniformidade da produção e a facilidade para a detecção de

desvios. Como principal desvantagem deste processo, podemos destacar o alto custo do

ferramental, que só pode ser amortizado se a quantidade de peças a produzir for elevada.

Corte: O processo de estampagem por corte é usado na obtenção de formas geométricas

em chapas por meio de uma ferramenta de corte, ou punção de corte, por intermédio de

uma prensa exercendo pressão na chapa apoiada numa matriz. No momento em que o

punção penetra na matriz converte o esforço de compressão em esforço de cisalhamento

ocasionando o corte [d de diâmetro do punção e s de espessura da chapa ]. Em chapas

de aço temperado a relação s/d tem como valor máximo 1,2 o que significa que a

espessura da chapa tem que ser menor ou igual ao diâmetro do punção. As figuras

geométricas obtidas pelo corte podem ser usadas posteriormente na estampagem

profunda.

O punção deve ter a secção conforme o contorno da peça desejada, do mesmo

modo, a cavidade da matriz. É de extrema importância identificar o valor da folga entre

o punção e a matriz, a qual depende da espessura da chapa a ser submetida e do tipo de

material, duro ou mole. Quanto menor a espessura da chapa e o diâmetro do punção,

menor a folga; e virce-e-versa. Usando a equação Q =p x e x c podemos descobrir o

esforço de corte. Sendo: Q: esforço de corte, ou cisalhamento; p: perímetro da figura; e:

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espessura da chapa; c: resistência ao cisalhamento do material. Sendo c =0,75 de t. t:

resistência a tração do material. Ex.:Qual o esforço de cisalhamento num aço de 2mm

de espessura, a fim de se ter uma figura com 4 cm e com resistência a tensão de

60kg/mm ?Q =p x e x 0,75 x t Q =4 x 2 x 0,75 x 60 =360kg ou 0,36t.

Peças obtidas por corte: Peças de computador, componentes de celular, gabinetes de CPU,

componentes de televisões, componentes de cd player, dobradiças, modelos de aviões, réguas

milimetradas, componentes internos de vídeo-game e painel de fotos.

Dobramento e encurvamento: Nessas operações simples usam-se, para obtenção de

elementos relativamente curtos, são usadas matrizes montadas em prensas de estampagem.

No dobramento os raios de curvatura e a elasticidade do material são os fatores mais

importantes. Então se deve sempre evitar cantos vivos e fixar os raios de curvatura em 1 a 2

vezes a espessura em chapas moles, e de 3 a 4 vezes em chapas duras. É comum depois do

dobramento, devido à elasticidade do material, que as chapas tendem a voltar a sua forma

primitiva, sendo recomendado construir as matrizes com os ângulos mais acentuados e

realizar a operação várias vezes em uma ou mais matrizes.

O encurvamento segue os mesmos princípios e conceitos do dobramento. Peças

obtidas por dobramento Gabinetes de CPU, estojos, painel de fotos, gabinete de máquinas de

café.

Estampagem profunda: A Estampagem profunda é a estampagem de objetos ocos

derivados de chapas planas, geralmente, sem deformar a espessura e em uma ou mais fases.

Na estampagem profunda os elementos estarão recebendo forças radiais de tração e forças

tangenciais de compressão. O disco de embutir foi introduzido sobre peça de retenção ou

fixação G. O punção A é fixado no porta-punção B e o conjunto é fixado na parte móvel ou

cabeçote superior da prensa. Durante a deformação, o punção A, ao penetrar na matriz C,

molda o objeto. Durante a penetração o mancal D é comprimido e comprime ao mesmo

tempo a mola E. O mancal D impede a deformação irregular da chapa e o disco de retenção G

garante um embutimento sem rugosidade. No fim, o punção A retrocede e o mancal D, sobe a

ação da mola E, sobe e expulsa o objeto conformado.

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As prensas de estampagem podem ser mecânicas ou hidráulicas. Nas prensas

mecânicas, a fonte de energia é um volante, sendo a energia aplicada por meios de manivelas,

engrenagens e excêntricos durante a aplicação do esforço. Nas hidráulicas, a energia para o

esforço é aplicada por meio de pressão hidrostática, fornecida por um pistão ou mais. Peças

obtidas por repuxo Copos, panelas de pressão, frigideiras, lixeiras, caixas de relógio,

instrumentos musicais, tanques de radiadores, cartuchos, forma para bolo e componentes de

carburador.

Cunhagem: Cunhagem é um processo de prensagem geralmente realizada a frio em

que as superfícies das peças são limitadas pelas matrizes de modo que o perfil e a impressão

sejam reproduzidos perfeitamente. Na cunhagem a primeira etapa é a operação preliminar de

forjamento e extrusão, visto que apenas uma pequena redistribuição do metal pode ser

obtida. Em seguida é realizada a cunhagem, em prensas ou martelos de forja, submetendo o

metal a uma deformação entre as duas partes da matriz fazendo ultrapassar o limite de

escoamento sob compressão do metal. Geralmente aumentando a carga acima do limite, de 3

a 5 vezes, para conseguir a deformação desejada. E, por fim, o corte das rebarbas restantes do

processo. Os metais usados na cunhagem incluem aços-carbono, aços-liga com 0,30% de

carbono, levando-se em conta que a capacidade de cunhagem decresce à medida que o teor

de carbono e de elementos liga aumentam. O processo de cunhagem aplica-se em objetos

decorativos como medalhas, moedas e outros, ou quando se deseja grande precisão

dimensional como na indústria automobilística.

Estampos: Os estampos compõem-se de um conjunto de peças ou placas que,

associado a prensas ou balancins, executa operações de corte e de dobra para produção de

peças em série. Durante o processo, o material é cortado de acordo com as medidas das peças

a serem estampadas, a que se dá o nome de tira. Quando cortamos numa tira de material as

formas de que necessitamos, a parte útil obtida recebe o nome de peça. O restante de

material que sobra chama-se retalho, como na figura a baixo. O estampo de dobra é também

conhecido como dobrador. É formado de punção e matriz e, geralmente, guiado pelo cabeçote

da prensa ou placa-guia. O punção é uma peça de aço, temperada e revenida, cuja parte

inferior tem um perfil que corresponde à superfície interna da peça. Pode ser fixado

diretamente no cabeçote da prensa ou por meio da espiga. A matriz é de aço e sua parte

superior tem a forma da parte exterior da peça. Pode ser fixada diretamente sobre a mesa da

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prensa. Geralmente, é sobre a matriz que se fixam as guias do material da peça, que são

elementos adaptados ao estampo para dar uma posição adequada de trabalho. Existem

estampos mistos cujas estruturas são o resultado da união dos estampos de corte e de dobra.

Os estampos mistos realizam as duas operações, tanto de corte como de dobra.

MAQUINÁRIO

Prensas Excêntricas de 3ton a 85ton;

Guilhotina Calvi 2000 x 1/8"/ Newton 2000 x 1/8";

Prensa DobradeiraNewton2000x2mm;

Viradeira Manual Imag 1000 x 2mm;

Conjuntos de Solda: MIG, TIG, Ponto e Acetileno;

Jato de Micro Esferas de Vidro;

Lixadeira de Cinta Acerbi;

Serra de Fita Acerbi/Mecânica/Circular 12";

Furadeira/Frezadora Kone KFF50/KFF30;

Furadeira de Coluna Fundoya F40;

Furadeira de Bancada;

Retífica Plana Brow Sharp;

Plaina Limadora Zocca 550mm/Marbo 300 mm;

Eletroerosão Engemaq EDM240;

Rosqueadeira Begra M6.

Retífica Plana Toss 600mm.

APLICAÇÕES

CLASSIFICAÇÃO APLICAÇÕES

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Estamparia

Estamparia solta, leve ou pesada, graúda ou miúda, sem revestimentos

metálicos ou não metálicos, tais como zinco, chumbo, estanho, cobre,

esmaltados, provenientes de Indústria Automobilística, Auto Peças, Eletro

Doméstico ou similares. Inclui-se nesses tipos os rolos industriais obtidos

pela industrialização de aparas de chapas ou bobinas e sobras de

estampagem a quente e a frio.

A produção de peças metálicas de forma simples ou complexa para estamparia é

realizada em prensas automáticas das marcas Kaiser, Bruderer e Jundiaí de corte fino

em chapas e fitas de 0,05 até 1,50 milímetros de espessura para peças de aço inoxidável,

latão, cobre e alumínio.

As peças também são produzidas em máquinas de estamparia contínua do tipo

Bihler, com capacidade para arames de 0,20 até 4,00 milímetros de diâmetro e fitas de

0,10 até 2,00 milímetros.

Estamparia Bihler | Estamparia Convencional

Molas especiais

Fabricadas em máquinas especiais automáticas, as molas espirais ou caracol garantem

excelente repetibilidade de carga. Com ou sem tratamento intermediário, este tipo de mola

especial é produzido em fitas de aço em alto carbono temperado ou perfil chato em aço

patenteado de 0,10 até 4 milímetros de espessura e largura de 2 até 50 milímetros.

As molas espirais ou caracol têm aplicação em cintos de segurança de veículos,

fechaduras, mecanismos de acionamento automático, câmbio automático, portas de

correr e ferramentas elétricas.

Molas de torção

As molas de torção são fabricadas em máquinas de última geração por meio de

enrolamento a frio, com arame de 0,80 até 4,50 milímetros. Em linhas semi-

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automáticas, podem ser produzidas com arames de 3,20 até 16 milímetros. A seção do

arame pode ter as formas circular, oval, retangular ou quadrada.

As molas de torção são aplicadas especialmente em pedais de comando de embreagem,

aceleradores, injetor de combustível, levantador de vidro, trava de capô e tampa de

bagageiro.

Além de servirem para a indústria automotiva, as molas de alta precisão também

são utilizadas por indústrias que operam nos setores elétrico, eletrônico, linha branca e

construção civil, na manutenção de máquinas, equipamentos ferroviários, naval

aeronáutico e em outros setores de construção especial.

Molas de tração

São fabricadas por máquinas automáticas por meio de enrolamento a frio, com

fio de arame de 0,10 até 4 milímetros de diâmetro. Em linha semi-automática as molas

de tração podem ser fabricadas com arame de 4 até 16 milímetros. Este tipo de mola é

produzido com olhais padronizados conforme DIN 2097.

As molas de tração são aplicadas especialmente em sistema de freio, tampa de

bagageiro, porta de lavadoras, porta de garagem, interruptores elétricos e utensílios

domésticos.

Molas de válvulas

Molas leves e resistentes de tamanho reduzido e geometria especial para atender

a demanda dos motores modernos e mais potentes, que operam com temperaturas

elevadas, o que exige componentes de maior durabilidade. As molas são produzidas

com arames em ligas de aço, como Cromo-Vanádio, Cromo-Silício, Cromo-Silício-

Vanádio e Cromo-Silício-Vanádio-Níquel.

Molas de compressão

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São fabricadas por enrolamento a frio com arames de 0,08 até 14 milímetros de

diâmetro em máquinas automáticas. A seção do arame pode ter as formas circular,

ovais, trapezoidais ou quadradas, com faces brutas ou retificadas.

As molas de tração são utilizadas na linha automotiva de transmissão e freios, trens de

válvulas, nos sistemas de injeção dos motores, nas indústrias de autopeças, de material

elétrico e eletrônico, linha branca e construção civil.

Essas molas também são aplicadas na manutenção de máquinas, equipamentos

ferroviários, naval aeronáutico e em setores de construção especial.