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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL 165 5.3 INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE As ações da área Infraestrutura e Meio Ambiente visam à melhoria da qualidade de vida no Distrito Federal, por meio da promoção de desenvolvimento urbano e sustentabilidade ambiental. Nesse sentido, os programas de trabalho inseridos na área envolvem obras e serviços de urbanização, transporte, iluminação pública, limpeza urbana, distribuição de energia elétrica, abastecimento de água, esgotamento sanitário, proteção de recursos hídricos, entre outros. Essas ações, além de repercutirem diretamente na qualidade de vida da população, impactam a produtividade da economia por gerar externalidades positivas na economia como um todo. Para a área, o PPA 2012/2015 prevê programas temáticos, compostos por ações governamentais diretamente relacionadas às políticas públicas de infraestrutura e meio ambiente, bem como programas cujas ações destinam-se ao apoio, gestão e manutenção da atuação governamental. No âmbito dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social OFSS e de Investimento OI, Infraestrutura e Meio Ambiente atingiu 15,2% da despesa total realizada no exercício de 2012, 7,1 pontos percentuais abaixo da respectiva participação na dotação final. ORÇAMENTOS FISCAL, DA SEGURIDADE SOCIAL E DE INVESTIMENTO ÁREA INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE DESPESA REALIZADA 2012 Fonte: Siggo. Grande parte dos gastos ocorreu nos OFSS (85,3%), envolvendo diversas unidades orçamentárias. Dessas, sete perfizeram 81,5% do total realizado na esfera: Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil Novacap (27,8%); Outras 84,8% Infraestrutura e Meio Ambiente 15,2% 14,7% 85,3% OI OFSS

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TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL

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5.3 – INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

As ações da área Infraestrutura e Meio Ambiente visam à melhoria da qualidade de vida no Distrito Federal, por meio da promoção de desenvolvimento urbano e sustentabilidade ambiental. Nesse sentido, os programas de trabalho inseridos na área envolvem obras e serviços de urbanização, transporte, iluminação pública, limpeza urbana, distribuição de energia elétrica, abastecimento de água, esgotamento sanitário, proteção de recursos hídricos, entre outros.

Essas ações, além de repercutirem diretamente na qualidade de vida da população, impactam a produtividade da economia por gerar externalidades positivas na economia como um todo.

Para a área, o PPA – 2012/2015 prevê programas temáticos, compostos por ações governamentais diretamente relacionadas às políticas públicas de infraestrutura e meio ambiente, bem como programas cujas ações destinam-se ao apoio, gestão e manutenção da atuação governamental.

No âmbito dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – OFSS e de Investimento – OI, Infraestrutura e Meio Ambiente atingiu 15,2% da despesa total realizada no exercício de 2012, 7,1 pontos percentuais abaixo da respectiva participação na dotação final.

ORÇAMENTOS FISCAL, DA SEGURIDADE SOCIAL E DE INVESTIMENTO ÁREA INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

DESPESA REALIZADA – 2012 –

Fonte: Siggo.

Grande parte dos gastos ocorreu nos OFSS (85,3%), envolvendo diversas unidades orçamentárias. Dessas, sete perfizeram 81,5% do total realizado na esfera: Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil – Novacap (27,8%);

Outras84,8%

Infraestrutura e Meio Ambiente

15,2%

14,7%

85,3%

OI

OFSS

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Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal – SLU (15,5%); Companhia do Metropolitano do Distrito Federal – Metrô (13,8%); Departamento de Estradas de Rodagem – DER (8,6%); e Secretarias de Transportes (6,6%); de Governo (4,8%); e de Obras (4,4%).

Relativamente ao OI, as despesas realizadas por CEB Distribuição (41%), Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal – Caesb (31%) e Companhia Imobiliária de Brasília – Terracap (27,9%) concentraram 99,9% do total executado.

Das unidades mencionadas, apenas Secretaria de Governo, SLU, Novacap, DER e Metrô tiveram realização acima de 50% do autorizado no exercício, conforme gráfico seguinte.

ORÇAMENTOS FISCAL, DA SEGURIDADE SOCIAL E DE INVESTIMENTO ÁREA INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

EXECUÇÃO DA DESPESA – PRINCIPAIS UNIDADES ORÇAMENTÁRIAS – 2012 –

Fonte: Siggo.

A execução da despesa da área, por programa, em 2012, é dada a seguir.

94,6

103,6

104,1

115,4

143,3

152,7

186,8

298,9

335,4

601,8

522,8

104,4

227,2

458,1

413,2

401,2

264,8

528,8

345,6

802,1

0,0 100,0 200,0 300,0 400,0 500,0 600,0 700,0 800,0 900,0

Secretaria de Obras

Secretaria de Governo

Terracap

Caesb

Secretaria de Transportes

CEB Distribuição

DER

Metrô

SLU

Novacap

R$ milhões

Dotação Final Despesa Realizada

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R$ 1.000,00

Fonte: Siggo.

Dos R$ 3,9 bilhões inicialmente previstos para os treze programas que integraram a área, houve execução de R$ 2,5 bilhões (65,1%), não obstante a suplementação de R$ 886,5 milhões ocorrida durante o exercício. Assim, a despesa executada na área atingiu apenas 53% de sua dotação final.

O grupo Investimentos respondeu por 39,9% da despesa realizada na área. Nada obstante, apresentou baixa execução frente às respectivas dotações inicial e final, 39,8% e 32,4%, nessa ordem.

ORÇAMENTOS FISCAL, DA SEGURIDADE SOCIAL E DE INVESTIMENTO ÁREA INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

DESPESA REALIZADA, POR GRUPO DE DESPESA – 2012 –

Fonte: Siggo.

A quantidade total de programas no PPA 2012/2015 — 42 — foi bem inferior à relativa ao PPA anterior, que durante sua vigência registrou 113 programas. Em 2011, 24 programas da área apresentaram execução. Em 2012, esse quantitativo correspondeu a treze. Em razão das mudanças no PPA, análises históricas envolvendo os programas ficaram prejudicadas.

(A) % (B) % %(B/A) (C) % %(C/A) %(C/B)

Desenvolvimento Urbano 646.875 16,59 1.145.645 23,94 177,10 559.881 22,07 86,55 48,87

Transporte Integrado e Mobilidade 827.711 21,23 1.066.108 22,28 128,80 483.478 19,05 58,41 45,35

Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado - Infraestrutura, Desenvolvimento Urbano e Habitação 413.451 10,61 465.429 9,73 112,57 342.456 13,50 82,83 73,58

Energia 561.552 14,4 494.510 10,33 88,06 294.841 11,62 52,50 59,62

Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado - Transporte 290.730 7,5 323.236 6,76 111,18 289.916 11,43 99,72 89,69

Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado - Meio Ambiente 219.220 5,62 229.287 4,79 104,59 213.576 8,42 97,43 93,15

Resíduos Sólidos 177.252 4,55 220.177 4,60 124,22 211.595 8,34 119,38 96,10

Saneamento 586.267 15,04 609.948 12,75 104,04 113.121 4,46 19,30 18,55

Habitação 69.344 1,78 137.505 2,87 198,29 15.427 0,61 22,25 11,22

Meio Ambiente e Recursos Hídricos 13.515 0,35 21.608 0,45 159,87 6.439 0,25 47,64 29,80

Brasília Sustentável 3.480 0,09 4.649 0,10 133,60 4.623 0,18 132,84 99,43

Regularização Fundiária 11.368 0,29 9.072 0,19 79,80 1.220 0,05 10,74 13,45

Programa de Gestão das Águas e Drenagem Urbana do Distrito Federal - Águas do DF 77.673 1,99 57.745 1,21 74,34 758 0,03 0,98 1,31

TOTAL 3.898.439 100,00 4.784.921 100,00 122,74 2.537.333 100,00 65,09 53,03

ORÇAMENTOS FISCAL, DA SEGURIDADE SOCIAL E DE INVESTIMENTO

ÁREA INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA, POR PROGRAMA - 2012

PROGRAMASDOTAÇÃO INICIAL DOTAÇÃO FINAL DESPESA REALIZADA

Pessoal e Encargos

Sociais28,6%

Outras Despesas Correntes

31,5%

Investimentos39,9%

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Em 2012, foram registradas 1,3 mil metas físicas no SAG para a área. Ao final do exercício, 960 estavam concluídas ou com andamento normal. As metas em desvio corresponderam a 26,9% do total, sendo: 165 não iniciadas, 143 canceladas, sete atrasadas e 41 paralisadas. Constaram ainda cinco ações anuladas e uma a ser iniciada.

ESTÁGIO DAS METAS FÍSICAS ÁREA INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE - DEZEMBRO DE 2012

Fonte: Siggo.

São analisados, a seguir, os principais programas temáticos da área Infraestrutura e Meio Ambiente.

Frise-se que parcela significativa dos gastos da área (28,6%, ou R$ 725,5 milhões) foi destinada a Pessoal e Encargos Sociais, sendo que 86,1% desse valor concentraram-se nos programas Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado – Infraestrutura, Desenvolvimento Urbano e Habitação; Transporte; e Meio Ambiente.

PROGRAMA DESENVOLVIMENTO URBANO

Segundo o PPA 2012/2015, o objetivo desse programa é promover o desenvolvimento sustentado do DF, mediante ações de planejamento, monitoramento e controle urbano e territorial. Para tanto, foram definidos seis objetivos específicos.

Fonte: Anexo II do PPA – 2012/2015 e LOA/2012.

Outros1,0%

Paralisada3,1%

Cancelada10,8%

Não Iniciada12,5%

Andamento Normal15,8%

Concluída56,8%

CÓDIGO DESCRIÇÃO

monitoramento territorial e controle urbano - acompanhar a ocupação e a utilização dos espaços existentes na cidade, de forma

primordial, e no território, de forma coligada, levando, atualizando e monitorando as informações urbanas e territoriais que

subsidiarão o planejamento e o desenvolvimento urbano, bem como nortearão a implementação do plano de prevenção à ocupação

irregular do solo

002 recuperar a capacidade de planejamento urbano e territorial, em articulação com as políticas de habitação e de regularização

promover o uso e a ocupação democrática das áreas urbanas centrais, propiciando a permanência da população residente e a atração

de população não residente, por meio de ações integradas que fomentem a diversidade funcional e social, a identidade cultural e a

vitalidade econômica

criar parcelamentos urbanos sustentáveis para suprir a demanda por imóveis de todos os segmentos da sociedade, por meio de

elaboração de projetos, registro em cartório de imóveis e implantação da infraestrutura básica

atender as demandas futuras por lotes, a partir do uso planejado das terras públicas e da exploração de empreendimentos em áreas

públicas, para dar sustentabilidade econômica e f inanceira ao governo

promover o desenvolvimento socioeconômico, ambiental e cultural do Distrito Federal, por meio da execução de obras de

urbanização e infraestrutura urbana para proporcionar a melhoria da qualidade de vida da população006

OBJETIVO ESPECÍFICO

001

003

004

005

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O programa engloba diversas ações voltadas para obras de infraestrutura e atividades de manutenção de espaços urbanos, áreas ajardinadas, edificações e outros espaços de utilização coletiva, bem como direcionadas a instalações relativas a águas pluviais.

Na LOA/12, foram previstos R$ 646,9 milhões para o programa. Por meio de alterações orçamentárias, esse valor foi acrescido de R$ 498,8 milhões, resultando dotação final de R$ 1,1 bilhão, cuja realização alcançou R$ 559,9 milhões. A maior parte desse valor, 85,6%, foi executada nos OFSS, enquanto 14,4% couberam ao OI.

Não obstante a realização inferior à metade do autorizado, 48,9%, Desenvolvimento Urbano foi o programa com maior volume de recursos executados da área Infraestrutura e Meio Ambiente e contou com a participação de 36 unidades orçamentárias. Novacap e Terracap concentraram 79,9% do total realizado.

O gráfico seguinte evidencia a distribuição da despesa realizada do programa, por ação orçamentária, no exercício em análise.

ORÇAMENTOS FISCAL, DA SEGURIDADE SOCIAL E DE INVESTIMENTO PROGRAMA DESENVOLVIMENTO URBANO

DESPESA REALIZADA, POR AÇÃO ORÇAMENTÁRIA – 2012 –

Fonte: Siggo.

A ação Execução de Obras de Urbanização teve realização equivalente a 56% do autorizado. Com isso, R$ 252,9 milhões programados restaram sem execução. O detalhamento de grande parte dos programas de trabalho dessa ação foi registrado de forma genérica como “obras de urbanização”. Segundo o Relatório da Controladoria-Geral, sobre o cumprimento de diretrizes, objetivos e metas do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e dos Orçamentos, essa programação “... se tornou uma grande ação “guarda chuva”, onde se encontra todo

Exec. de Obras de Urbanização

57,4%Manut. de Áreas

Urb. e Ajardinadas24,8%

Exec. de Infraestrutura em

Parcelamentos8,9%

Aquisição e Recuperação de

Imóveis1,8% Outras

7,0%

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tipo de obra, desde reforma e construção de prédios e próprios até a construção de skate parks e ciclovias”.

Em Aquisição e Recuperação e Imóveis e Execução de Infraestrutura em Parcelamentos, os montantes de despesa realizados também tiveram pouca representatividade em relação ao autorizado, 20,2% e 49%, nessa ordem.

Já em Manutenção de Áreas Urbanas e Ajardinadas, a despesa realizada, R$ 139 milhões, correspondeu a praticamente o total autorizado para a ação (99,6%).

No contexto do Objetivo Específico nº 6 do programa — promoção de desenvolvimento socioeconômico, ambiental e cultural do DF, por meio da execução de obras de urbanização e infraestrutura urbana —, foram estabelecidos dois indicadores: Capacidade de Execução de Pavimentação de Vias no DF e Capacidade de Execução de Redes de Águas Pluviais no DF.

Em 2012, os resultados alcançados pelos referidos indicadores ficaram abaixo do previsto. Em relação ao primeiro indicador, foi alcançado 1,7 milhão de metros quadrados de área pavimentada, enquanto a meta era de 2,5 milhões de metros quadrados. O segundo indicador apurou resultado de 47,6 mil metros de execução de redes pluviais, sendo 202,4 mil metros abaixo da meta prevista, de 250 mil. Segundo o Relatório de Desempenho por Programa de Governo, os motivos para essas frustações foram: não efetivação de financiamentos e não conclusão de procedimentos licitatórios.

A Controladoria-Geral indicou, em análise dos objetivos de nºs 2, 5 e 6, que o Programa Desenvolvimento Urbano apresentou eficácia abaixo da prevista, não foi eficiente, mas foi parcialmente efetivo. Embora as obras e serviços realizados tenham sido considerados essenciais para a melhoria da qualidade de vida da população, o programa teria sido mais efetivo se os benefícios fossem otimizados.

Os principais problemas identificados pela Controladoria foram: contratação por serviços já executados, projetos básicos deficientes e falhas na fiscalização e no recebimento das obras.

PROGRAMA TRANSPORTE INTEGRADO E MOBILIDADE

O programa, de acordo com o previsto no PPA – 2012/2015, visa melhorar as condições de mobilidade e de acessibilidade da população do Distrito Federal, a partir da implantação de um sistema de transportes moderno e eficiente.

Foram estabelecidos sete objetivos específicos para o programa, elencados na tabela seguinte.

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Fonte: Anexo II do PPA – 2012/2015 e LOA/2012.

Em 2012, a despesa realizada correspondeu a R$ 483,5 milhões, ou 45,3% do autorizado. A maior parte da execução deu-se nos OFSS, sendo que o OI participou em apenas 4,1% do total realizado.

Várias unidades realizaram gastos no âmbito do programa, mas 81,6% desse valor referiram-se a Metrô, Secretaria de Transportes – ST e DER.

A distribuição dos gastos do programa, em 2012, por ação orçamentária, está visualizada a seguir.

ORÇAMENTOS FISCAL, DA SEGURIDADE SOCIAL E DE INVESTIMENTO PROGRAMA TRANSPORTE INTEGRADO E MOBILIDADE

DESPESA REALIZADA, POR AÇÃO ORÇAMENTÁRIA – 2012 –

Fonte: Siggo.

CÓDIGO

implantar e manter a infraestrutura de transporte rodoviário, visando soluções que priorizem o transporte coletivo e a melhoria da

mobilidade e a acessibilidade da população, além da expansão e modernização dos equipamentos de apoio.

002 implantar e manter a infraestrutura de transporte ferroviário

desenvolver e estimular o uso de modos não motorizados de transporte, a partir da implantação de infraestrutura adequada e com

acessibilidade universal

garantir o deslocamento, a f luidez do tráfego e a segurança viária mediante a modernização e a manutenção da infraestrutura do

sistema rodoviário do Distrito Federal

proporcionar à população do Distrito Federal um sistema de transporte público coletivo com qualidade, eficiência e racionalizado,

mediante a implantação de Sistema Inteligente de Transporte – ITS, a manutenção do Sistema de Bilhetagem Automática – SBA, a

melhoria da infraestrutura de transporte, a integração tarifária e o aprimoramento contínuo da gestão dos serviços de transporte

público coletivo

006 modernizar o transporte público individual e de pequenas cargas, visando proporcionar à população usuária serviços eficazes,

eficientes, seguros e de qualidade

aprimorar a gestão dos serviços de transporte visando proporcionar à população usuária um serviço seguro integrado e de

qualidade

005

007

OBJETIVO ESPECÍFICO

DESCRIÇÃO

001

003

004

Manutenção e Funcionamento do Sistema Ferroviário

36,3%

Implantação de Veículo Leve sobre

Pneus - VLP Eixo Sul

27,9%

Recuperação de Rodovias

12,4%

Manutenção do Sistema de Bilhetagem Automática

3,2%

Aquisição de Trens2,2%

Outras18,0%

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Os gastos com Manutenção e Funcionamento do Sistema Ferroviário, realizados pelo Metrô, foram os mais representativos do programa e corresponderam a 97% do valor a ele autorizado. Das 117,8 mil viagens previstas para 2012, 6,8 mil não foram realizadas, conforme Relatório Físico-Financeiro.

A ação Implantação de Veículo Leve sobre Pneus – VLP Eixo Sul atingiu 44% da dotação final, a cargo da ST e do Fundo de Transporte Público Coletivo do DF. Enquanto esse Fundo realizou praticamente o total autorizado, a ST deixou de executar 63,5%.

A Recuperação de Rodovias ficou a cargo da Terracap e do DER, com despesas efetivadas de R$ 17,7 milhões e R$ 42,2 milhões, respectivamente. Os R$ 59,9 milhões despendidos na ação ficaram R$ 29,9 milhões abaixo do autorizado. O DER foi o maior responsável pela inexecução, com saldo orçamentário de R$ 28,4 milhões.

As obras de pavimentação na DF-355 (Entrada da DF-320 com a DF-120-Planaltina) atingiram apenas 2,6% da dotação autorizada, ou inexecução de R$ 16,2 milhões.

A Manutenção do Sistema de Bilhetagem Automática, sob a égide do Transporte Urbano do DF – Dftrans, atingiu 97,9% do autorizado, enquanto o mesmo percentual em relação a Aquisição de Trens, a cargo do Metrô, foi de apenas 30,6%.

Foram definidos vários indicadores no PPA – 2012/015 para o programa. Sob a responsabilidade do Metrô, destaca-se o quantitativo de passageiros transportados por mês, cujo resultado atingido de 3,2 milhões de passageiros ficou abaixo da meta estabelecida de 4,4 milhões de passageiros para o exercício em pauta.

O Objetivo Específico de nº 1 do programa, anteriormente apresentado, visa, entre outros, a soluções que priorizem o transporte coletivo e a melhoria da mobilidade e acessibilidade da população.

Os indicadores para esse objetivo estão relacionados ao percentual de execução de obras para a implantação de corredores exclusivos ou prioritários para ônibus nos principais eixos de circulação do DF.

Na implantação do Corredor Linha Verde, o índice de realização, até 2012, correspondeu a 30%, enquanto a meta esperada era de 38%. Segundo o Relatório de Indicadores de Desempenho por Programa de Governo, o percentual alcançado refere-se tão somente à execução de obras na EPTG, enquanto o previsto abrange também o Eixo Oeste. O Relatório de Atividades informou que a não realização da obra do Eixo Oeste, em 2012, deveu-se a não efetivação dos contratos de financiamento previstos com a Caixa Econômica Federal.

A execução em “Implantação do Corredor de Transporte Coletivo do Eixo Oeste (Linha Verde) – Distrito Federal”, a cargo da ST, atingiu apenas 13,6% dos R$ 25,8 milhões autorizados. Segundo o Relatório Físico-Financeiro por Programa de Trabalho, os trechos previstos para 2012 não foram implantados, tendo sido reprogramados.

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Relativamente às obras de implantação do Corredor Sul — que liga as cidades do Gama, Santa Maria e Park Way, além do Entorno Sul, à região do Plano Piloto — houve execução de 20%, embora o esperado fosse 47%.

Não obstante tenha sido previsto o percentual de 38% para a Implantação de Corredor na Área Central, não houve realização em 2012. De acordo com o Relatório de Indicadores de Desempenho por Programa de Governo, essa ação passou para a modalidade ferroviária, a partir do Plano Diretor de Transporte Urbano, motivo pelo qual a denominação do indicador deve ser alterada, desconsiderando os quantitativos previstos no PPA – 2012/2015.

Não houve execução do projeto Implantação do Metrô-Leve – VLT, cuja dotação final era de R$ 179,6 milhões. Relatório da Controladoria informou que a ação foi inicialmente inserida nas obras de mobilidade urbana destinadas à Copa do Mundo de 2014. Todavia, em virtude de atrasos, foi incluída na carteira de empreendimentos PAC Mobilidade Grandes Cidades, com previsão do início do processo licitatório para 2013.

O objetivo específico nº 3 está voltado para o desenvolvimento e o estímulo do uso de modos não motorizados de transporte. Dos três indicadores existentes no PPA – 2012/2015, dois foram cumpridos: Implantação de Ciclovia em Rodovias (35 km) e Ampliação de Ciclovias (170 km). Entretanto, restou sem execução a meta de 22,5 km de implantação de ciclovia.

Foram autorizados, em 2012, R$ 16,5 milhões para a ação Implantação de Ciclovias, mas a realização limitou-se a 12,9% desse valor. A ST foi a maior responsável por tal resultado, pois deixou de realizar R$ 14 milhões autorizados.

Conforme Relatório de Atividades, encontram-se em fase de licitação obras para construção de 39 km de ciclovias em rodovias do DF, bem como obras para construção de 32 km de ciclovias em Brazlândia, Planaltina e São Sebastião.

Outro indicador do programa — Quantitativo de Acidentes Fatais em Rodovias por 10 mil Veículos — foi atingido com sucesso em 2012. Houve diminuição no número de acidentes com mortes nas rodovias distritais, tendo sido atingido o índice de 1,3, enquanto o esperado era de 1,7. Ações integradas envolvendo engenharia, fiscalização e educação foram apontadas como responsáveis pelo resultado alcançado. A meta almejada de 2,1 mil km de expansão das faixas de rolamento também foi cumprida, com resultado de 2,5 mil km.

A Controladoria-Geral selecionou os objetivos específicos de nºs 1, 3 e 4 para avaliar o Programa Transporte Integrado e Mobilidade. A análise realizada concluiu que o programa apresentou eficácia muito abaixo da prevista e eficiência abaixo da desejada. Quanto a esse último aspecto, destacou que atrasos decorrentes de problemas técnicos e de gestões contribuíram fortemente para o resultado de ineficiência.

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PROGRAMA ENERGIA

O Programa Energia cuida do fornecimento de energia elétrica e iluminação pública, bem como da distribuição de gás canalizado, para unidades consumidoras do Distrito Federal. Sua gestão é de responsabilidade da Companhia Energética de Brasília – CEB, e foram estabelecidos dois objetivos específicos no PPA – 2012/2015 para tanto.

Fonte: Anexo II do PPA – 2012/2015 e LOA/2012.

Os R$ 561,6 milhões incialmente previstos para o programa foram reduzidos para R$ 494,5 milhões ao final do exercício. A execução, R$ 294,8 milhões, atingiu 59,6% do autorizado.

A quase totalidade dos gastos do programa concentrou-se em três ações orçamentárias: Implantação de Infraestrutura de Distribuição de Energia Elétrica (46,7%); Manutenção do Sistema de Iluminação Pública (41,5%); e Ampliação da Rede de Iluminação Pública (11,2%).

ORÇAMENTOS FISCAL, DA SEGURIDADE SOCIAL E DE INVESTIMENTO PROGRAMA ENERGIA

DESPESA REALIZADA, POR AÇÃO ORÇAMENTÁRIA – 2012 –

Fonte: Siggo.

A Companhia Brasiliense de Gás – CEB Gás não executou R$ 1 milhão autorizado, destinado à implantação de infraestrutura para distribuição de gás. Em relação ao projeto Implantação de Sistema de Armazenagem e Distribuição de Gás, também com R$ 1 milhão de dotação final, a Companhia só

CÓDIGO DESCRIÇÃO

001 expandir a distribuição do gás natural canalizado no Distrito Federal

atender integralmente às necessidades dos segmentos de mercado mediante fornecimento

de energia elétrica, em níveis de qualidade, quantidade e custos compatíveis com as exigências

de desenvolvimento econômico e social do Distrito Federal

OBJETIVO ESPECÍFICO

002

Implant. de Infraestrutura de Distr. de Energia

Elétrica46,7%

Ampl. da Rede de Iluminação

Pública11,2%

Outras0,6%

Manut. do Sistema de Iluminação

Pública41,5%

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realizou 7,6%. Nesse sentido, o indicador sobre aumento do volume de gás comercializado não apresentou resultado.

A CEB Distribuição realizou R$ 137,8 milhões na implantação de infraestrutura de distribuição de energia elétrica — 42,3% do valor autorizado para o projeto.

Sob a responsabilidade das CEB Distribuição e CEB Gás, foram previstos oito indicadores para o programa no PPA – 2012/2015. Conforme já citado, o Aumento do Volume de Gás Comercializado não apresentou resultado. Entre os demais indicadores, todos do âmbito da CEB Distribuição, apenas a Extensão de Rede de Distribuição Subterrânea, com 2,2 mil km implementados, alcançou a meta almejada.

Segundo auditoria da Controladoria-Geral, o ano de 2012 foi marcado pelas frequentes e longas interrupções no fornecimento de energia elétrica. Os resultados dos indicadores demonstrados no gráfico seguinte confirmam tal constatação.

DURAÇÃO E FREQUÊNCIA DE INTERRUPÇÃO NO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA ÍNDICES DESEJADOS E ALCANÇADOS

– 2012 –

Fonte: Relatório de Indicadores de Desempenho por Programa de Governo – Prestação de Contas/2012.

O desempenho desses indicadores, conforme Prestação de Contas, decorreu do baixo nível de investimento no sistema de distribuição de energia elétrica nos últimos anos, aquém da necessidade. Em resposta a questionamentos da Controladoria-Geral, a CEB informou que os problemas de interrupção no fornecimento de energia elétrica serão sanados com a conclusão de novas subestações, prevista para o final de 2013.

Já nas ações Implantação da Rede de Iluminação Pública e Manutenção do Sistema de Iluminação Pública, foram executados 98,3% e 99,4% dos respectivos valores orçados em 2012, nessa ordem.

A meta de 910,9 mil ligações de unidades realizadas, do indicador Ligação de Unidades Consumidoras – UCLIG, deixou de ser atendida em 2,8 mil

12,1 12,1

19,5

17,2

Duração Equivalente de Interrupção - DEC Frequência Equivalente de Interrupção - FEC

Desejado Alcançado

de

in

terr

up

çõ

es

ho

ras

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unidades. As justificativas para tal fato, constantes do Relatório de Indicadores de Desempenho, foram dificuldades de atuação devido ao grande número de áreas embargadas.

Segundo a CEB, o atendimento do Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica no Distrito Federal atingiu a universalização, deixando de dispor desses serviços somente localidades onde existem impedimentos ambientais, jurídicos ou de regularização fundiária.

O gráfico a seguir mostra a evolução do consumo de energia elétrica no Distrito Federal, nos últimos anos.

CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NO DF – 2009/2012 –

Fonte: CEB .

Em 2012, o consumo de energia elétrica no DF atingiu 5,7 milhões de MWh, com crescimento de 3,6% em relação ao exercício anterior. No último quadriênio, esse consumo cresceu à taxa anual média de 5,7%.

A avaliação do Programa Energia, que integrou a Prestação de Contas, concluiu por eficácia dentro do previsto e baixa eficiência. Tendo em vista o aumento dos índices de DEC e FEC, bem como a não expansão da oferta de gás natural canalizado, o programa foi avaliado como não efetivo.

PROGRAMA RESÍDUOS SÓLIDOS

O Programa Resíduos Sólidos visa à implementação de gestão integrada dos resíduos gerados pela população, conforme Plano Diretor de Resíduos Sólidos do DF, de forma a orientar o desenvolvimento do sistema de limpeza pública e estabelecer diretrizes para o desenvolvimento sustentável. Não há objetivo específico definido para o programa.

Dos R$ 220,2 milhões autorizados para o programa, 97,3% correspondiam à atividade Manutenção das Atividades de Limpeza Pública, única ação que realizou despesa no período, R$ 211,6 milhões.

4,7

4,8

4,9

5,0

5,1

5,2

5,3

5,4

5,5

5,6

5,7

2009 2010 2011 2012

5,0

5,4 5,5

5,7

Em

mil

es

MW

h

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Esses gastos ocorreram por meio do SLU, unidade responsável pelos

seguintes indicadores previstos para o programa no PPA – 2012/2015: Índices de

Tratamento de Resíduos Domiciliares; de Redução de Aterramento de Resíduos

Domiciliares; de Redução da Coleta de Resíduos Públicos de Remoção; e de

Participação da Coleta Seletiva em Relação à Coleta Normal.

Apenas o primeiro indicador atingiu a meta prevista para 2012

(desejado, 14%, alcançado, 18,5%). Nas justificativas apresentadas pelo SLU em

relação aos resultados que ficaram abaixo do esperado, destacou-se a necessidade

de investimentos no programa, como a construção de centros de triagem de

materiais recicláveis.

Nada obstante, informações prestadas pelo SLU indicaram aumento na

proporção do lixo processado e incinerado sobre o total do lixo coletado, de 7% para

11,1%, de 2011 para 2012. O lixo aterrado por sua vez, passou de 93% do total

coletado para 88,9%, no mesmo período.

Os maiores credores foram: Valor Ambiental Ltda. (R$ 95,3 milhões),

Delta Construções (R$ 58,5 milhões) e Sustentare Serviços Ambientais S/A (R$ 42,6

milhões), que receberam, juntas, 92,8% do realizado.

PROGRAMA SANEAMENTO

O objetivo do programa é planejar, projetar, executar, operar e manter

os sistemas de abastecimento de água, de coleta e de tratamento de esgotos

sanitários, visando à acessibilidade e à universalização da prestação dos serviços a

toda população do Distrito Federal. Foi segregado em dois objetivos específicos,

conforme demonstrado na tabela adiante.

Fonte: Anexo II do PPA – 2012/2015 e LOA/2012.

Os R$ 586,3 milhões inicialmente fixados para o programa foram

elevados para R$ 609,9 milhões, em decorrência das alterações do orçamento.

Entretanto, a despesa realizada chegou a apenas a 18,5% do autorizado.

CÓDIGO DESCRIÇÃO

planejar, projetar, executar, operar e manter os sistemas de tratamento e abastecimento

de água, visando a universalização da prestação dos serviços.

planejar, projetar, executar, operar e manter os sistemas de coleta e de tratamento

de esgotos para atender à população do Distrito Federal, visando a universalização da

prestação dos serviços.

OBJETIVO ESPECÍFICO

001

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ORÇAMENTOS FISCAL, DA SEGURIDADE SOCIAL E DE INVESTIMENTO PROGRAMA SANEAMENTO

DESPESA REALIZADA, POR AÇÃO ORÇAMENTÁRIA – 2012 –

Fonte: Siggo

Praticamente o total da execução do programa — 98,3% — ocorreu na

esfera do OI, concentrado especialmente na Caesb.

Implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário figurou como a ação

mais representativa nos gastos realizados pelo programa em 2012, porém executou

apenas 17,9% de sua dotação autorizada. No âmbito do OFSS, a Secretaria de

Obras nada realizou dos R$ 23,4 milhões autorizados para o sistema de

esgotamento sanitário da cidade de Águas Lindas e adjacências. Pelo lado do OI, a

Caesb realizou baixos percentuais dos valores orçados para os sistemas de

esgotamento sanitário do DF (15%), de Vicente Pires (56,2%) e de Águas Lindas

(12,3%) e nada empregou, do R$ 1,2 milhão autorizado em Implantação de

Adutoras.

Em Implantação de Redes de Esgotos e Melhorias nos Sistemas de

Esgotamento Sanitário, foram empregados R$ 10,1 milhões e R$ 5,7 milhões, nessa

ordem, 70,9% e 34,7% de suas respectivas dotações finais.

O PPA – 2012/2015 estabeleceu dois indicadores para avaliar o

sistema de esgotamento do DF: Índice de Tratamento de Esgotos, que alcançou a

Impl. de Sist. de Esgotamento

Sanitário27%

Impl. de Redes de Distribuição

de Água26%

Aquis. de Equip. e Materiais

para os Sist. de Abastecimento

de Água10%

Implant. de Redes de Esgotos

9%

Melhorias nos Sist. de

Esgotamento Sanitário

5%

Outras23%

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meta de 100% proposta para o exercício; e Nível de Atendimento com Serviços de

Esgotamento Sanitário, cujo resultado, 82,2%, ficou abaixo do esperado, 94%.

De acordo com a Caesb, os 119 milhões de metros cúbicos de esgotos

coletados, em 2012, foram tratados, quatro milhões de metros cúbicos acima do

apurado em 2011, mantendo índice de excelência desde 2007.

Quanto ao Nível de Atendimento com Serviços de Esgotamento

Sanitário, aquela empresa informou que o indicador havia sofrido decréscimo em

razão de mudança na metodologia de cálculo.

Em Implantação de Redes de Distribuição de Água, foram realizados

R$ 29,3 milhões no exercício, equivalentes a 80,6% de sua despesa autorizada.

Em 2012, de acordo com a Caesb, a rede de distribuição de água no

DF atingiu 8,9 mil km e foram produzidos 236 milhões de metros cúbicos de água.

Ambos valores representaram crescimento de 0,4% em relação aos montantes de

2011.

Para o sistema de tratamento e abastecimento de água, foram

estabelecidos indicadores: Índice de Perda de Água, cujo resultado de 24,1%, em

2012, superou a expectativa de 24,5%; e Nível de Atendimento com Serviços de

Abastecimento de Água, que alcançou 98,1%, 1,4 ponto percentual abaixo do índice

fixado para o exercício.

Quanto ao último indicador, segundo a Caesb, assim como ocorrido em

relação ao Nível de Atendimento com Serviços de Esgotamento Sanitário, também

sofreu decréscimo em razão de mudança na metodologia de cálculo.

Já relativamente ao Índice de Perda de Água, a superação da meta

decorreu da aquisição de mais de 50 mil hidrômetros, bem como da aferição de mais

de 11 mil hidrômetros.

Não tiveram execução, em 2012, as ações: Implantação de Adutoras;

Construção de Estações Elevatórias de Água; e Programa de Aceleração do

Crescimento – PAC, cujas dotações finais correspondiam a R$ 37,7 milhões,

R$ 36,1 milhões e R$ 18,6 milhões, nessa ordem.