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Título QUESTÕES INCIDENTAIS I Número de aulas por semana 1 Número de semana de aula 1 Tema Questões Prejudiciais Objetivos O aluno deverá ser capaz de: · compreender o processo como instrumento de solução de uma causa principal e as questões incidentes que se apresentam. · distinguir quando arguir uma questão prejudicial ou uma preliminar; · distinguir os sistemas utilizados para solução das prejudiciais; Estrutura de conteúdo Incidentes Processuais: Introdução e Conceitos. Questões prejudiciais. Conceito. Características. Sistemas. Pressupostos. Homogeneidade e heterogeneidade da prejudicial. Suspensão do processo principal (imperativa e facultativa) e intervenção do Ministério Público. Prescrição. Incidência no processo principal da coisa julgada no juízo cível. Recursos. Recursos físicos Utilização de quadro e pilot, bem como material didático (esquemas, mapas e diagramas). Facultado o uso de data show e outros recursos de vídeo Aplicação prática e teórica Mary Kelly foi denunciada pelo Ministério Público pelo crime de invasão de domicílio durante o horário noturno (art. 150, parágrafo 1 do CP). Em sua defesa, alegou que está por apresentar no Juízo Cível uma ação onde sustentará que a casa supostamente invadida é sua, apresentando toda a documentação de que dispõe, requerendo ao Juízo a suspensão do feito, no que foi atendido. Com base nisto, responda: a) Qual a natureza jurídica da questão

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Título QUESTÕES INCIDENTAIS I  

Número de aulas por

semana

Número de semana de

aula

Tema Questões Prejudiciais  

Objetivos O aluno deverá ser capaz de:

 

·      compreender o processo como instrumento de solução de uma

causa principal e as questões incidentes que se apresentam.

·      distinguir quando arguir uma questão prejudicial ou uma

preliminar;

·      distinguir os sistemas utilizados para solução das prejudiciais;

Estrutura de conteúdo Incidentes  Processuais: Introdução e Conceitos. Questões

prejudiciais. Conceito. Características. Sistemas. Pressupostos. 

Homogeneidade e heterogeneidade da prejudicial. Suspensão do

processo principal (imperativa e facultativa) e intervenção do

Ministério Público. Prescrição. Incidência no processo principal da

coisa julgada no juízo cível. Recursos.

Recursos físicos Utilização de quadro e pilot, bem como material didático

(esquemas, mapas e diagramas). Facultado o uso de data show e

outros recursos de vídeo

Aplicação prática e

teórica

Mary Kelly foi denunciada pelo Ministério Público pelo crime

de invasão de domicílio durante o horário noturno (art. 150,

parágrafo 1 do CP). Em sua defesa, alegou que está por

apresentar no Juízo Cível uma ação onde sustentará que a

casa supostamente invadida é sua, apresentando toda a

documentação de que dispõe, requerendo ao Juízo a

suspensão do feito, no que foi atendido. Com base nisto,

responda:

 

a)    Qual a natureza jurídica da questão suscitada?

Justifique a sua resposta

b)    Agiu corretamente o magistrado? Fundamente a

resposta, indicando a base legal:

 

EXERCÍCIO COMPLEMENTAR

(OAB) Márcio foi denunciado pelo crime de bigamia. O advogado de

defesa peticionou ao juízo criminal requerendo a suspensão da ação

penal, por entender que o primeiro casamento de Márcio padecia de

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nulidade, fato que gerou ação civil anulatória, em trâmite perante o

juízo cível da mesma comarca. Nessa situação hipotética,

a)    a ação penal deverá ser suspensa até que a nulidade do

primeiro casamento de Márcio seja definitivamente

resolvida no juízo cível;

b)    deverá o juízo criminal, de ofício, extinguir a punibilidade

de Márcio, uma vez que o delito de bigamia foi revogado;

c)     considerando-se a independência das instâncias, o

processo criminal deverá ter seguimento

independentemente do desfecho da ação anulatória civil;

d)    apesar de as instâncias civil e criminal serem

independentes, o juízo criminal poderá, por cautela,

determinar a suspensão da ação penal até que se resolva,

no juízo cível, a controvérsia relativa à nulidade do primeiro

casamento de Márcio.

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Título QUESTÕES INCIDENTAIS  II 

Número de aulas por

semana

Número de semana de

aula

Tema Exceções Processuais 

Objetivos  

Trata-se de um momento processual de grande dúvida do aluno. Ele

deverá utilizar seu conhecimento armazenado de processo penal I,

através do exame dos pressupostos processuais, requisitos de

validez e das condições da ação, diferenciando os elementos do

mérito da ação dos elementos do processo. Deverá, ainda, resolver

o conflito de jurisdição (competência) entre os juízos, sejam positivo

ou negativo, indicando o órgão superior competente para a solução.

Por último, deverá examinar e diferenciar outros conflitos,

principalmente o de atribuição entre os membros do Ministério

Público, conhecendo a Lei orgânica e o órgão competente para a

solução.

Estrutura de conteúdo Questões preliminares. Objeções ou exceções processuais. Crítica à

expressão. Defesa contra a ação e defesa contra o processo. As

causas de exceções (objeções) processuais no CPP. Distinção entre

coisa julgada formal e coisa julgada material (coisa soberanamente

julgada e revisão criminal). Limites objetivo e subjetivo da coisa

julgada (incidência no crime continuado, no concurso formal e no

concurso de agentes). Conflito de competência e conflito de

atribuições.

Recursos físicos Utilização de quadro e pilot, bem como material didático

(esquemas, mapas e diagramas). Facultado o uso de data show e

outros recursos de vídeo

Aplicação prática e

teórica

O Ministério Público ofereceu denúncia contra Sugiro Kifuja,

narrando na denúncia que o acusado teria ingressado na residência

da vítima, se apresentando como mata-mosquito e, durante o

tempo em que esteve na casa, subtraiu R$ 500,00. A imputação

indicava o delito de estelionato. Houve a absolvição por falta de

provas. Posteriormente, em razão da existência de inquérito

duplicado, outro promotor de justiça denunciou Sugiro Kifuja pelo

mesmo fato, desta vez imputando ao acusado o delito de furto

mediante fraude. Você é o advogado contratado pelo réu; o que

poderia ser oferecido em favor de seu cliente? Fundamente a

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resposta, indicando a base legal:

EXERCÍCIO COMPLEMENTAR

(Delegado de Polícia - MT/2005) Em matéria de exceção de

suspeição, prevista no Código de Processo Penal, assinale a

afirmativa CORRETA:

 

a)    A exceção de suspeição, na hipótese de o Delegado de

Polícia ser parente em até segundo grau do indiciado, é

admissível no inquérito policial;

b)    A exceção de suspeição poderá ser interposta por

defensor dativo;

c)     A participação do Ministério Público na fase

investigatória criminal acarreta sua suspeição para o

oferecimento a denúncia;

d)    A argüição de suspeição precederá a qualquer outra,

salvo quando fundada em motivo superveniente;

e)    A petição de exceção de suspeição deve,

obrigatoriamente, indicar o Juízo ou a Vara Criminal

considerado excepto.

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Título QUESTÕES INCIDENTAIS III 

Número de aulas por

semana

Número de semana de

aula

Tema Medidas Assecuratórias 

Objetivos O processo penal como instrumento punitivo, também deve servir:

como proteção ao interesse da vítima garantindo a mesma

efetividade em futura indenização pelos danos causados pelo autor

do fato infracional; como garantia que as coisas apreendidas sejam

devolvidas aos legítimos donos; como causa impeditiva de

locumpletamento do acusado com o ilícito; e como causa limitadora

da atuação policial na realização de diligências investigativas. O

aluno deverá compreender esta sistemática identificando estas

causas cíveis de garantia incidentes no processo penal. Aplicar os

princípios processuais constitucionais quando da incidência das

medidas, identificando eventuais vícios.

Estrutura de conteúdo Medidas assecuratórias e processos incidentes: sequestro, arresto e

especialização de hipoteca legal. A busca e apreensão. A

inviolabilidade do domicílio na CRFB. Restituição de coisa

apreendida: Confisco na CRFB e o CP. A Lei de Tóxico nº 11.343/06

e A Lei SINARM nº 10.826/03.

Recursos físicos Utilização de quadro e pilot, bem como material didático

(esquemas, mapas e diagramas). Facultado o uso de data show e

outros recursos de vídeo

Aplicação prática e

teórica

“Ex-prefeito de Jandira tem bens sequestrados

O ex-prefeito de Jandira Paulo Bururu e sua mulher receberam da

Justiça a determinação de ter 12 bens sequestrados. A decisão foi

da Promotoria de Justiça de Jandira, do Grupo de Atuação Especial

contra Delitos Econômicos (GEDEC) e da Promotoria de Justiça de

Defesa do Patrimônio Público da Capital, na última quinta-feira, 14.

Em uma busca e apreensão na casa do ex-prefeito, foram

apreendidos diversos documentos que revelaram a existência dos

imóveis. A ação conjunta com a promotoria visa recuperar o

patrimônio obtido ilegalmente por funcionários públicos,

especialmente ex-prefeitos, notadamente graças a um grande

esquema de fraudes em licitações envolvendo contratos de

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fornecimento de merenda escolar.

O volume de negócios do ex-prefeito era enorme em sua gestão

como prefeito e em uma ocasião houve uma transferência bancária

de R$ 200 mil.

Segundo os promotores, “a relação de bens imóveis adquiridos por

Paulo Bururu, sem qualquer dúvida, caracteriza o ato de dissimular

a natureza e a origem dos valores, obtidos ilicitamente de

fornecedores de merenda escolar, mediante a aquisição de bens

imóveis, o que configura o tipo penal previsto no artigo 1°, caput, e

inciso V, da Lei n° 9.613/98″ (de Carolina Spillari; Jornal da

tarde, 18 de abril de 2011).

Com base no texto acima, e considerando a seguinte situação

hipotética, responda:

a)    Qual o procedimento contraditório previsto em lei caso os

infratores queiram comprovar a origem lícita dos bens

sequestrados? Poderá esta medida ser julgada antes do

trânsito em julgado do processo principal? Justifique a sua

resposta.

EXERCÍCIO COMPLEMENTAR

(Delegado de Polícia - AP/2010) Relativamente ao tema

“medidas assecuratórias”, analise as afirmativas a seguir:

 

I.             Constituem modalidades de medidas

assecuratórias previstas expressamente no Código

de Processo Penal o seqüestro, o arresto, a

hipoteca legal e a medida cautelar de

indisponibilidade de bens;

II.            A hipoteca legal sobre os imóveis do indiciado

poderá ser decretada pelo juiz, de ofício, a

requerimento do Ministério Público ou do ofendido,

ou mediante representação da autoridade policial,

desde que haja certeza da infração e indícios

suficientes da autoria;

III.          Passando em julgado a sentença condenatória,

serão os autos de hipoteca ou arresto remetidos ao

juiz do cível.

 

a)    Somente a afirmativa I está correta;

b)    Somente a afirmativa II está correta;

c)     Somente a afirmativa III está correta;

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d)    Somente as afirmativas II e III estiverem corretas;

e)    Se todas as afirmativas estiverem corretas.

 

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Título QUESTÕES INCIDENTAIS IV 

Número de aulas por

semana

Número de semana de

aula

Tema Incidentes de Falsidade e de Insanidade Mental 

Objetivos Neste momento o aluno deverá relembrar o conceito analítico de

crime para poder entender como a culpabilidade, através da

imputabilidade, pode ser questionada no processo. Verificar que

entre as causas de inimputabilidade, a doença mental gera a

absolvição do acusado, mais pelo sistema vicariante adotado pelo

código penal, caberá a aplicação de medida de segurança.

Compreender que a dependência toxicológica do acusado pode

influência na prática do ato infracional, razão pelo qual não se deve

aplicar pena privativa de liberdade mais sim tratamento de

recuperação da dependência química e como deve funcionar a

perícia.

Quanto a prova documental, o aluno deverá distinguir como e

quando impugnar um documento em razão de possível falsidade e

quais as conseqüência da decisão declaratória.

Estrutura de conteúdo Processos incidentes (continuação): Incidente de insanidade mental

do acusado: Inimputabilidade por doença mental; A superveniência

da doença mental durante o processo e na execução da pena; a

aplicação da medida de segurança (o CP. e a lei 10.216/01). O

procedimento: Nomeação de curador, os peritos e suas conclusões,

oportunidade para arguição. Incidente de falsidade documental:

Falso material e falso ideológico. Legitimidade. Exigência de

poderes especiais. Iniciativa do juiz. Procedimento. Efeitos no

processo principal. Característica de questão prejudicial. Suspensão

do processo. Encaminhamento ao Ministério Público.

Recursos físicos Utilização de quadro e pilot, bem como material didático

(esquemas, mapas e diagramas). Facultado o uso de data show e

outros recursos de vídeo

Aplicação prática e

teórica

“Para juíza, matador da Livraria Cultura não pode ser preso

O personal trainer Alessandre Fernando Aleixo, de 38 anos, que

matou o designer Henrique de Carvalho Pereira, de 22, com um

golpe de taco de beisebol na Livraria Cultura do Conjunto Nacional,

na Avenida Paulista, região central, é "inimputável" e não pode ser

responsabilizado pelo crime que cometeu, em dezembro de 2009.

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A decisão é da juíza Carla de Oliveira Pinto Ferrari, da 1.ª Vara do

Júri de São Paulo, que absolveu Aleixo pelo crime de homicídio

qualificado (12 a 30 anos de prisão) e determinou sua internação

por "prazo mínimo" de um ano em um hospital de custódia. O

período da internação é renovável "até que se verifique a cessação

da periculosidade do réu", segundo escreveu, em sentença

expedida anteontem.

Em sua decisão, a juíza homologa o laudo realizado por peritos, que

concluiu que Aleixo é "portador de transtorno delirante persistente",

o que o torna "totalmente incapaz de entender o caráter ilícito de

sua conduta".

O crime - do qual Aleixo é réu confesso e que foi comprovado por

depoimentos de testemunhas e pelas câmeras de segurança da

Livraria Cultura - foi cometido em 21 de dezembro de 2009. Por

volta das 14h15, sem dizer uma palavra, Aleixo golpeou na cabeça

o designer, que estava sentado no chão folheando um livro de

culinária. Pereira entrou em coma e morreu dez meses depois, em

22 de outubro de 2010” (por Vitor Brandalise, O Estado de São

Paulo, 02 de março de 2011).

 

Com base no texto acima, e considerando a seguinte situação

hipotética, responda:

a)    Caso a perícia constatasse que a insanidade mental surgiu

superveniente ao crime, quais seriam as consequências

para o processo? Neste caso, a prescrição ficaria suspensa?

O magistrado poderia determinar a internação do acusado

em manicômio ou estabelecimento congênere? Justifique a

sua resposta:

 

EXERCÍCIO COMPLEMENTAR

(OAB) Em relação ao incidente de falsidade, é correto

afirmar que:

 

a)    Se reconhecida a falsidade por decisão irrecorrível,

mandará desentranhar o documento e remetê-lo, com

os autos do processo incidente, ao Ministério Público;

b)    Arguida, por escrito, a falsidade de documento

constante dos autos, o juiz observará o seguinte

processo: mandará autuar em apartado a impugnação

e em seguida ouvirá a parte contrária, que, num prazo

de 24 (vinte e quatro) horas, oferecerá resposta;

c)     A arguição de falsidade, feita por procurador, não

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exige poderes especiais;

d)    O juiz não poderá, de ofício, proceder à verificação da

falsidade.

 

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Título Teoria Geral da Prova I 

Número de aulas por

semana

Número de semana de

aula

Tema Teoria Geral da Prova I  

Objetivos O aluno deverá compreender que a instrução probatória é o coração

do processo. É o momento aonde se define o resultado, a qualidade

da tutela jurisdicional. O processo bem instruído é a certeza da

justiça da decisão judicial. Assim, conhecer esta fase é conhecer o

processo em sua essência. O estudo dos princípios, conceito,

titularidade, finalidade, fonte e meio de prova, objeto, atividades

probatórias, limites, ônus, são as bases da teoria e a sustentação

para as demais aulas.

Estrutura de conteúdo Da teoria da prova no processo penal e as garantias constitucionais.

Conceito, finalidade, objeto, fontes, titularidade, princípios, sistemas

de apreciação da prova pelo juiz, ônus da prova e produção

probatória pelo Juiz (a visão do STF e da doutrina), prova

emprestada. Prova e contraditório. Limites ao direito à prova.

Admissibilidade da prova. Prova ilícita (originária e derivada).

Recursos físicos Utilização de quadro e pilot, bem como material didático

(esquemas, mapas e diagramas). Facultado o uso de data show e

outros recursos de vídeo

Aplicação prática e

teórica

Tonio da Silva, também conhecido como “Tuninho da Chatuba”, foi

denunciado pela conduta descrita no artigo 33 da Lei 11343/2006

(Lei AntiDrogas). Durante a instrução criminal, o promotor de justiça

requereu a juntada aos autos de auto de apreensão de

entorpecentes, relativo a dez quilos de cocaína e de laudo pericial

que concluía tratar-se de cloridrato de cocaína, sendo tais peças

oriundas de inquérito policial instaurado para apurar a conduta de

dois outros supostos traficantes, inclusive já julgados e condenados

em outro processo. Ao final do processo, acabou Tonio sendo

condenado. Pergunta-se: O que poderia ser argüido, em favor do

réu, em sede de Apelação? Justifique a sua resposta, analisando a

questão sob a ótica da admissibilidade da prova emprestada.

 

EXERCÍCIO COMPLEMENTAR

(Defensoria Pública – MA/2009) Para prolação de sentença

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condenatória, o juiz formará sua convicção segundo:

 

a)    Livre apreciação da prova produzida em contraditório

judicial onde se garanta a ampla defesa do acusado;

b)    Apreciação controlada da prova produzida em

contraditório judicial com desprezo ao teor de eventual

confissão prestada no inquérito policial;

c)     Livre apreciação da prova produzida, não podendo

fundamentar sua decisão exclusivamente nos

elementos informativos colhidos na investigação;

d)    Apreciação discricionária da prova produzida em

contraditório judicial, não podendo fundamentar sua

decisão exclusivamente nos elementos informativos

colhidos na investigação;

e)    Livre apreciação da prova produzida em contraditório

judicial, não podendo fundamentar sua decisão

exclusivamente nos elementos informativos colhidos na

investigação, ressalvadas as provas cautelares, não

repetíveis e antecipadas.

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Título TEORIA GERAL DA PROVA II 

Número de aulas por

semana

Número de semana de

aula

Tema Teoria geral da Prova (Continuação) - Da ilicitude da prova 

Objetivos Esta semana, já conhecendo o aluno os conceitos e elementos

básicos da teoria da prova, aprofundará seu conhecimento em um

dos temas mais complexos que é o da ilicitude da prova. O estudo

dos princípios constitucionais e a interpretação das leis reguladoras

sobre o tema permitirá compreender a aplicação excepcional das

medidas cautelares.

Estrutura de conteúdo Prova ilícita (continuação). Prova ilícita na Constituição Federal e na

jurisprudência do STF. Princípios da proporcionalidade e da

razoabilidade em matéria probatória. Consequência e extensão do

reconhecimento da ilicitude da prova. Sigilo das comunicações.

Interceptações telefônicas (questões controvertidas decorrentes da

Lei nº 9.296/1996). Gravação ambiental e clandestina. Verdade real

e imparcialidade do juiz.

Recursos físicos Utilização de quadro e pilot, bem como material didático

(esquemas, mapas e diagramas). Facultado o uso de data show e

outros recursos de vídeo

Aplicação prática e

teórica

(Magistratura Federal / 2 Região) Para provar a sua inocência, o réu

subtraiu uma carta de terceira pessoa, juntando-a ao processo. O

juiz está convencido da veracidade do que está narrado na

mencionada carta. Pergunta-se: como deve proceder o

magistrado em face da regra do artigo 5, LVI da Constituição

Federal ? Justifique a sua resposta.

 EXERCÍCIO COMPLEMENTAR

(OAB) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca,

causando-lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça

ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a prática do

crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou duas

testemunhas que presenciaram o fato. A defesa, por sua vez,

arrolou outras duas testemunhas que também presenciaram o fato.

Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram

que Pedro tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por

sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as

testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma

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de fogo em poder de Pedro.

Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do

réu, sustentando que a legítima defesa não havia ficado provada. A

Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em

legítima defesa. No momento de prolatar a sentença, o juiz

constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu

Pedro em situação de legítima defesa.

Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta.

 

(A) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa.

Assim, como o juiz não se convenceu completamente da ocorrência

de legítima defesa, deve condenar o réu.

(B) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação.

Assim, como o juiz não se convenceu completamente da ocorrência

de legítima defesa, deve condenar o réu.

(C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa.

No caso, como o juiz ficou em dúvida sobre a ocorrência de legítima

defesa, deve absolver o réu.

(D) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está

impedido de proferir a sentença. A lei obriga o juiz a esgotar todas

as diligências que estiverem a seu alcance para dirimir dúvidas, sob

pena de nulidade da sentença que vier a ser prolatada.

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Título PROVAS EM ESPÉCIE I  

Número de aulas por

semana

Número de semana de

aula

Tema Interrogatório e Confissão 

Objetivos Após o estudo da teoria da prova, nesta semana passa-se ao estudo

dos meios de prova. O aluno deverá compreender e distinguir os

meios indicados no CPP e em outras leis, principalmente o

interrogatório, sua natureza jurídica, o momento de sua realização

na investigação criminal (declarações) e no processo, diferenciando-

os. Os limites da negação do acusado quanto às perguntas

formuladas (quanto à sua qualificação e quanto ao fato objeto do

processo) e a idoneidade do seu depoimento para convencimento

do julgador. 

Estrutura de conteúdo Meios e fontes de prova.

Declarações do indiciado. O interrogatório. Natureza jurídica.

Conteúdo. Características: Oralidade e as exceções. O direito ao

silêncio. A chamada de corréu. A delação premiada. A audiência de

interrogatório – procedimento. O álibi e a prova indiciária. Confissão.

Características. Valor probatório. Declarações do Ofendido.

Natureza jurídica. Valor probatório. Depoimento do ofendido em

crimes contra dignidade sexual. Persuasão racional do juiz.

Recursos físicos Utilização de quadro e pilot, bem como material didático

(esquemas, mapas e diagramas). Facultado o uso de data show e

outros recursos de vídeo

Aplicação prática e

teórica

Tício , denunciado pelo Ministério Público, por crime de falsificação

de documento público, durante a realização de seu interrogatório

em Audiência de Instrução e Julgamento, invocou o seu direito de

calar-se durante a fase de qualificação. Em face disto, atendendo à

requisição do órgão ministerial, o juiz determinou o

comparecimento do réu ao Instituto de Criminalistica para a

realização de perícia grafotécnica. Com base nisto, responda: O

direito constitucional ao silencio é aplicável na fase de qualificação?

A determinação do Juiz encontra respaldo no ordenamento jurídico

brasileiro? Fundamente a sua resposta:

 

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EXERCÍCIO COMPLEMENTAR

(Defensor Público SP) De acordo com a lei processual, o

interrogatório do réu preso será realizado, em regra:

 

a)    Pessoalmente, com o comparecimento do juiz no

estabelecimento onde estiver o interrogando recolhido;

b)    Pessoalmente, devendo o interrogando ser requisitado

e escoltado ao juízo;

c)     Por carta precatória, devendo o interrogando ser

requisitado e escoltado ao juízo deprecado;

d)    Através de recurso tecnológico de transmissão de sons

e imagens em tempo real;

e)    Através do telefone, com linha reservada, desde que

não haja outro meio.

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Título PROVAS EM ESPÉCIE II 

Número de aulas por

semana

Número de semana de

aula

Tema Exame do Corpo de Delito e outras perícias 

Objetivos O aluno deverá ser capaz de:

·compreender o procedimento das perícias como instrumento de

solução de uma causa desconhecida pelo juiz.

·distinguir as formas de realização do ECD. E seus exames

complementares;

Estrutura de conteúdo Meios e fontes de prova (continuação). Prova pericial. O exame do

corpo do delito. Conceito de corpo do delito. Exame de corpo de

delito e prova tarifada (sistema de avaliação pelo Juiz – Vinculatório

ou liberatório? O CPP). Exame direto e indireto pelo perito. Exame

complementar e esclarecimentos suplementares. Peritos oficiais e

peritos particulares. Exames grafotécnicos. Modernos tipos de

exame: DNA, e-mail, técnico-informáticos, vídeo, gravações em fita

etc. Produção antecipada de prova e medidas cautelares, no

inquérito e no processo.

Recursos físicos Utilização de quadro e pilot, bem como material didático

(esquemas, mapas e diagramas). Facultado o uso de data show e

outros recursos de vídeo

Aplicação prática e

teórica

Daniele Duarte, quando interrogada em juízo, admitiu, com

narrativa detalhada, ter matado seu desafeto Sandro Góes e jogado

o cadáver, amarrado a uma grande pedra, em águas profundas na

Praia de Camboinhas. Apesar de várias diligências no local indicado

por Daniele, a polícia não logrou localizar o corpo da vítima, que

está desaparecida. O juiz, considerando o desaparecimento da

vítima por muito tempo e a confissão de Daniele, a condena pelo

homicídio. Foi correta a decisão de condenação? Qual o sistema de

apreciação de provas adotado no presente caso? JUSTIFIQUE A

RESPOSTA:

EXERCÍCIO COMPLEMENTAR

Mencione (C) Certo ou (E) Errado:

 

(     ) Considere que em determinada ação penal foi

realizada perícia de natureza contábil, nos moldes

determinados pela legislação pertinente, o que resultou na

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elaboração do competente laudo do exame pericial. Na fase

decisória, o juiz discordou das conclusões dos peritos e, de

forma fundamentada, descartou o laudo pericial ao exarar a

sentença. Nessa situação, a sentença é nula pois o exame

pericial vincula o juiz da causa.

 

(......) João, imputável, agrediu fisicamente Francisco,

produzindo-lhe lesões corporais leves. Transcorridos alguns

dias após a agressão, Francisco compareceu à repartição

policial, onde noticiou o crime. Encaminhado para exame

pericial, ficou constatado que não mais existiam lesões.

Nessa situação, por terem desaparecido os vestígios, a

materialidade do delito poderá ser demonstrada por meio

de prova testemunhal.

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Título PROVAS EM ESPÉCIE III 

Número de aulas por

semana

Número de semana de

aula

Tema Prova Testemunhal 

Objetivos Esta prova é a mais utilizada na seara criminal em razão do objeto

do processo ser um fato, uma modificação no mundo exterior.

Assim, seu exame é prioritário pelo aluno, devendo distinguir a

validade, a legitimidade e o procedimento utilizado.

Estrutura de conteúdo Prova Testemunhal. Conceito. Valor probatório. Classificação

das testemunhas. Oralidade. Objetividade. Jurisdicionalidade.

Dever de depor. Isenção e proibição. Advertência e

compromisso. Falso testemunho e providências possíveis.

Retirada do acusado. Número legal (nos procedimentos –

ordinário, sumário, sumaríssimo, júri) e momento para arrolar.

Sistema de inquirição direta. Inquirição em plenário de júri.

Recursos físicos Utilização de quadro e pilot, bem como material didático

(esquemas, mapas e diagramas). Facultado o uso de data

show e outros recursos de vídeo

Aplicação prática e

teórica

Tício da Silva foi denunciado pelo Ministério Público pela prática dos

crimes de furto e de apropriação indébita, em concurso material.

Seu advogado pretende ouvir o máximo de testemunhas que a lei

permite. Até quantas testemunhas numerárias poderá arrolar na

Resposta Preliminar? Responda fundamentadamente:

 

EXERCÍCIO COMPLEMENTAR

(Procurador TCE / AL) Chamado a depor como testemunha, um

advogado se recusa, alegando sigilo profissional, pois conhecera do

fato da acusação em virtude de ter defendido o réu em outro

processo criminal. Contudo, sem estar autorizado, entrega ao juiz

cartas recebidas do acusado e relativas àquele processo. O

advogado

a)    Agiu corretamente, pois o processo penal se pauta pela

busca da verdade real;

b)    Não agiu corretamente, pois a apresentação das cartas

configura interceptação da correspondência, vedada pela

Constituição Federal;

c)     Agiu corretamente, pois o advogado é proibido de depor,

Page 20: 512716

mas não de fornecer outros meios de prova;

d)    Não agiu corretamente pois a proibição de o advogado

depor também abrange o conhecimento de fatos por outros

meios de prova;

e)    Agiu corretamente pois a garantia do sigilo do advogado é

disponível e diz respeito a ele e não a seu cliente.

 

Page 21: 512716

Título PROVAS EM ESPÉCIE IV 

Número de aulas por

semana

Número de semana de

aula

10 

Tema Acareação, Prova Documental e Reconhecimento de Pessoas e

Coisas 

Objetivos Nesta aula, não sendo possível o esgotamento de todo o tema, o

aluno deverá compreender estes meios de provas e sua produção,

distinguindo a forma e identificando eventuais vícios. Analisará o

momento e a finalidade na utilização destes meios como forma de

convencimento do julgador.

Estrutura de conteúdo Acareação. Procedimentos. Acareação por precatória. Prova

documental. Conceito de documento e de instrumento.

Reconhecimento de pessoa e de coisa. Reconhecimento judicial e

extrajudicial.

Recursos físicos Utilização de quadro e pilot, bem como material didático

(esquemas, mapas e diagramas). Facultado o uso de data

show e outros recursos de vídeo

Aplicação prática e

teórica

No curso do sumário de acusação, a segunda testemunha a depor

confirmou a versão do ofendido, de que o réu, no momento do

crime, estava em uma sessão de cinema, pondo-se em contradição

com o que afirmara a primeira testemunha ouvida. Quatro outras

testemunhas foram inquiridas e confirmaram a versão da denúncia,

assim como o fez a primeira testemunha. Sustentando divergência

em ponto relevante e envolvente da autoria, o defensor do acusado

requereu imediata acareação entre a primeira e a segunda

testemunha, para que o juiz pudesse discernir e julgar com

segurança. O magistrado nega atendimento ao requerimento de

acareação, sustentando que o depoimento da segunda testemunha

restou isolado diante dos demais testemunhos. A defesa então

protesta argüindo cerceamento de defesa. Assiste razão à defesa?

Justifique a sua resposta:

 

EXERCÍCIO COMPLEMENTAR

 (OAB) Com relação aos meios de prova no processo penal, assinale

Page 22: 512716

a opção CORRETA de acordo com o CPP:

a)    Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a

ponto relevante da acusação ou da defesa, não poderá

providenciar, independentemente de requerimento das

partes, a juntada aos autos, uma vez que é mero

espectador do processo, sem atuação de ofício na gestão

da prova;

b)    Em regra, a testemunha não pode eximir-se da obrigação

de depor. No entanto, o cônjuge do acusado à época do

fato criminoso, ainda que dele se encontre separado

judicialmente, pode recusar-se a testemunhar;

c)     Em regra, as partes deverão apresentar os documentos

necessários à comprovação de suas alegações na primeira

oportunidade que falarem nos autos, sob pena de

preclusão;

d)    O procedimento de acareação só será admitido entre

acusados, sendo vedada a acareação entre acusados e

testemunha.

 

Page 23: 512716

Título PRISÕES I  

Número de aulas por

semana

Número de semana de

aula

11 

Tema Prisões Cautelares - Introdução / Aplicação de Medidas Cautelares

Alternativas (art. 319, CPP) 

Objetivos Grande problema para o aluno é saber discutir o tema sob a ótica

jurídica. Influenciado pelo direito midiático, pela imposição do

pânico, o aluno tende, como cidadão, sentir-se inseguro e

direcionado a retalhar as condutas ilícitas com a aplicação imediata

de prisão. Ele deverá compreender que durante o processo a prisão

tem uma finalidade específica que não é a aplicação da pena, mas

sim a garantia da eficácia do processo e de futura execução da

pena.

Estrutura de conteúdo Prisão no curso da Investigação e do processo. Prisão pena e prisão

civil. Breve abordagem. Prisão Cautelar: Constitucionalidade x

presunção de inocência. A dignidade da pessoa humana e as

formalidades para prisão. Medidas cautelares pessoais: O fumus

comissi delicti (fumus boni iuris) e o periculum libertatis (periculum

in mora); As características: jurisdicionalidade, acessoriedade,

instrumentalidade hipotética, provisoriedade, homogeneidade.

MEDIDAS CAUTELARES ALTERNATIVAS - CABIMENTO, ESPÉCIES.

Recursos físicos Utilização de quadro e pilot, bem como material didático

(esquemas, mapas e diagramas). Facultado o uso de data

show e outros recursos de vídeo

Aplicação prática e

teórica

“PROFESSOR DE DIREITO MATA ALUNA COM TRÊS TIROS E LEVA

CORPO À DELEGACIA

 

O professor de direito do Uniceub e coordenador adjunto da mesma

cadeira na Faculdade Projeção Rendrik Vieira Rodrigues, 35 anos, se

entregou ontem na 27 Delegacia de Polícia (Recanto das Emas)

após matar a estudante Suênia Sousa Faria, 24. A jovem, que era

aluna do 7 semestre do curso de direito no Uniceub, foi

surpreendida por Rendrik quando entrava no carro para deixar a

faculdade, na Asa Norte, por volta das 14h30min. Segundo a polícia,

ele teria entrado no veículo do marido da vítima, um Sandero Prata.

Suênia chegou a gritar por socorro.

De lá, eles seguiram pela Via Estrutural. De acordo com a polícia, a

Page 24: 512716

jovem teria ligado para o marido, informando que reataria o

relacionamento com Rendrik. O marido, no entanto, estranhou o

tom de voz da esposa, que estava muito nervosa e confusa. Ao

desligar o telefone, ele seguiu até a 12 DP (Taguatinga) e registrou

um boletim de ocorrência.

Segundo o depoimento do professor, durante o percurso, os dois se

desentenderam e ele disparou três vezes contra ela com uma

pistola .380: duas na cabeça e uma no tórax. De acordo com a

polícia, quando chegou a delegacia, o professor relatou aos agentes

ter rodado pela cidade com a estudante já morta. “Fiz uma

besteira”, disse aos policiais.” (Correio Braziliense, 01 de

outubro de 2011, Brasília)

Com base no texto acima apresentado, e considerando que o ora

infrator se apresentou espontaneamente junto à autoridade policial,

analise à legalidade da prisão em flagrante retratada acima,

mencionando sempre os dispositivos legais pertinentes.

EXERCÍCIO COMPLEMENTAR  

 

De acordo com a Lei 12403/2011, é medida cautelar diversa da

prisão:

a)    A proibição de ausentar-se do país, com a devida entrega

do passaporte, no prazo de 5 dias, desde que existentes

dados concretos que apontem para a fuga;

b)    A proibição de ausentar-se do país, com a devida entrega

do passaporte, no prazo de 48 horas, desde que existentes

dados concretos que apontem para a fuga;

c)     A proibição de ausentar-se do país, com a devida entrega

do passaporte, no prazo de 24 horas, independentemente

de dados concretos que apontem para a fuga;

d)    A proibição de ausentar-se do país, sendo desnecessária a

entrega do passaporte;

e)    A proibição de ausentar-se do país, com a devida entrega

do passaporte, no prazo de 24 horas, desde que existentes

dados concretos que apontem para a fuga.

 

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Título PRISÕES II 

Número de aulas por

semana

Número de semana de

aula

12 

Tema Prisão em flagrante 

Objetivos O aluno, estudando a prisão em flagrante, compreenderá seus

limites de validade, identificando todo o procedimento a ser

realizado. Saberá avaliar um Auto de Prisão em Flagrante e seu

devido processo legal. Estudará a nota de culpa e as modalidades

de flagrante delito. Os sujeitos ativo e passivo da prisão.

Estrutura de conteúdo Prisão em espécie: Prisão em flagrante -

Modalidades de flagrante delito: flagrante próprio; flagrante

impróprio; flagrante presumido; flagrante esperado; flagrante

provocado (ou preparado – súmula nº 145 do STF); flagrante

diferido (ou de ação controlada – Lei 9.034/95). Estado de flagrante

nos crimes permanentes; habituais; unisubsistentes; furto/roubo

tentado ou consumado; de ação pública condicionada e de ação

privada. Flagrante em infração da competência do JECrim.  O auto

de prisão em flagrante – A.P.F: procedimento, formalidades, nota de

culpa. Observar as alterações determinadas pela Lei 12.403/11 

Recursos físicos Utilização de quadro e pilot, bem como material didático

(esquemas, mapas e diagramas). Facultado o uso de data

show e outros recursos de vídeo

Aplicação prática e

teórica “A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo absolveu

um rapaz acusado por tráfico de entorpecentes, por entender que

havia uma ilegalidade em sua prisão em flagrante.

Em outubro de 2009 o rapaz foi abordado no bairro da Casa Verde,

na capital paulista, por dois policiais da 1ª Companhia do 9º

Batalhão da Polícia Militar. No local da abordagem, após revista,

nenhum entorpecente foi encontrado. No entanto, sendo levado às

dependências do batalhão, em revista íntima teriam sido

encontrados 37 papelotes de cocaína.

De acordo com o voto do relator da apelação, desembargador

Damião Cogan, o fato causa surpresa, uma vez que se trata de

grande quantidade da droga para não ser percebida numa revista

superficial sobre a roupa. Testemunhas também relataram no

processo que, no dia dos fatos, houve uma briga entre os policias e

o jovem, que teria sido agredido mesmo depois de dominado.

Page 26: 512716

O voto ainda menciona que um dos policiais envolvidos apresenta

maus antecedentes funcionais e que, no mesmo batalhão onde foi

realizada a revista íntima, o corregedor da Polícia Militar já havia

encontrado drogas em um dos armários do lugar. "Não há como se

pretender a condenação do apelante pela droga que só foi vista

pelos milicianos envolvidos e encontrada no interior daquela

Companhia", afirma o relator.

O rapaz foi absolvido por votação unânime. Também participaram

do julgamento os desembargadores Pinheiro Franco e Luís Carlos de

Souza Lourenço. O acórdão será encaminhado ao Comando Geral da

Polícia Militar para ciência e providências que julgarem cabíveis”

Fonte TJ/SP

 Com base no texto acima, responda de forma justificada: a) Qual a

espécie de prisão em flagrante que está sendo retratada in casu? b)

Qual seria o instrumento cabível, com exceção de habeas corpus,

para pleitear a soltura do suposto agente?

 

EXERCÍCIO COMPLEMENTAR  

 

(Ministério Público – SP) A ação controlada é:

 

a)é uma medida prevista nos procedimentos

investigatórios que versem sobre ilícitos decorrentes de

ações praticadas por organizações ou associações

criminosas de qualquer tipo, consistente em realizar

interceptações telefônicas pela autoridade policial para

identificar os suspeitos da autoria dessas infrações

penais.

b) é uma medida prevista nos procedimentos

investigatórios que versem sobre infrações penais de

Lavagem de Dinheiro ou de Capitais e consiste em uma

ordem judicial permitindo o acesso aos dados,

documentos e informações fiscais, bancárias, financeiras

e eleitorais dos suspeitos de tais condutas.

c) é uma medida prevista nos procedimentos

investigatórios que versem sobre infrações penais de

Lavagem de Dinheiro ou de Capitais e consiste na

decretação judicial da apreensão ou sequestro bens,

direitos ou valores do suspeito da autoria desses delitos.

d) é uma medida prevista nos procedimentos

investigatórios que versem sobre ilícitos decorrentes de

ações praticadas por organizações ou associações

Page 27: 512716

criminosas de qualquer tipo e consiste em retardar a

intervenção policial do que se supõe fato praticado por

organizações criminosas, desde que mantida sob

observação e acompanhamento para que a medida legal

se concretize no momento mais eficaz do ponto de vista

da formação de provas e fornecimento de informações.

 e) é uma medida prevista nos procedimentos

investigatórios que versem sobre ilícitos decorrentes de

ações praticadas por organizações ou associações

criminosas de qualquer tipo, que depende de ordem

judicial e visa a captação e a interceptação ambiental de

sinais eletromagnéticos, óticos ou acústicos, e o seu

registro e análise.

Page 28: 512716

Título PRISÕES III 

Número de aulas por

semana

Número de semana de

aula

13 

Tema Prisão Temporária e Domiciliar 

Objetivos O aluno terá contato com a prisão mais questionada na doutrina. A

lei reguladora, nº 7.960/89 trás várias controvérsias sobre sua

interpretação. Desta forma o aluno deverá distinguir os limites da

aplicação desta prisão, e a aplicação de seus requisitos, tomando

como paradigma a prisão preventiva. Deverá compreender que o

fumus comissi delicti e o periculum libertatis nesta prisão tem

características próprias, além de finalidade, incidência e prazo de

duração específicos.

Estrutura de conteúdo Prisão em espécie: (continuação)

Prisão temporária (Lei nº 7.960/1989). Constitucionalidade.

Requisitos. Prisão temporária e inquérito policial: momento e

finalidade.  Prisão temporária como preparatória da prisão

preventiva?.  Prisão temporária e início da ação penal. Cabimento e

decretação. Prazos nas Leis nºs 7.960/1989 e 8.072/1990. Prisão

Domiciliar - Hipóteses de Cabimento.

Recursos físicos Utilização de quadro e pilot, bem como material didático

(esquemas, mapas e diagramas). Facultado o uso de data

show e outros recursos de vídeo

Aplicação prática e

teórica

Marcos está sendo investigado como suposto autor de

crime de homicídio simples. No curso das investigações e

levando em conta que a liberdade do suspeito prejudicava

a colheita de informações, o Ministério Público, endossando

representação da autoridade policial, requereu a

decretação da prisão temporária de Marcos. Havia fundadas

razões para a suspeita e também estava provado o evento

morte. Acolhendo o requerimento, o juiz decreta a prisão

temporária de Marcos por trinta dias e, de fato, o suspeito é

preso em virtude disso. Doze dias depois, você é procurado

por familiares de Marcos e, contratado, você impetra

habeas corpus. Pergunta-se: Há fundamento para se

crer em manifesta ilegalidade da prisão em virtude

do tempo de duração da custódia? Justifique a sua

resposta.

 

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EXERCÍCIO COMPLEMENTAR  

São hipóteses autorizadoras da prisão domiciliar, exceto:

a)    Quando o agente estiver extremamente debilitado por

motivo de doença grave;

b)    Quando o agente for maior de 80 anos;

c)     Em gestantes, a partir do 7 (sétimo) mês de gravidez e

sendo de alto risco;

d)    Quando o agente for imprescindível aos cuidados especiais

de pessoa menor de 6 anos de idade ou com deficiência.

 

Page 30: 512716

Título PRISÕES IV 

Número de aulas por

semana

Número de semana de

aula

14 

Tema Prisão Preventiva 

Objetivos O aluno analisará os pressupostos e requisitos desta prisão para

compreender porque esta prisão é a base para as demais prisões

cautelares. Deverá distinguir seu cabimento e sua necessidade,

principalmente a aplicação do conceito jurídico indeterminado

(ORDEM PÚBLICA). Estudará a prisão decorrente da decisão de

pronúncia, em razão da alteração do art. 408 CPP que passou a ter

nova redação (art. 413 CPP) pela Lei 11.689/2008, assim como a

prisão decorrente de sentença penal condenatória. Quando será

cabível sua decretação ou sua manutenção.

Estrutura de conteúdo Prisão em espécie: (continuação)

Prisão Preventiva. Fundamento. Pressupostos. Momento (a

decretação da prisão de ofício pelo Juiz na investigação e no

processo). Requisitos fáticos (objetividade e subjetividade na

análise pelo juiz): A garantia da ordem pública e da ordem

econômica; Conveniência da instrução criminal; Garantia da

aplicação da lei penal.  Crimes passíveis de decretação prisão

preventiva pelo CPP.– Prisão como efeito de sentença. Prisão

decorrente de decisão de pronúncia. Prisão por sentença

condenatória recorrível (questionamento doutrinário e natureza

jurídica). A obrigatoriedade de recolhimento a prisão para

admissibilidade recursal. Observar as alterações determinadas pela

Lei 12.403/11

Recursos físicos Utilização de quadro e pilot, bem como material didático

(esquemas, mapas e diagramas). Facultado o uso de data

show e outros recursos de vídeo

Aplicação prática e

teórica

"JUSTIÇA NEGA HABEAS CORPUS AO GOLEIRO BRUNO

A Justiça mineira negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa

do ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes. Ele está preso há nove

meses sob suspeita de envolvimento no sequestro e assassinato de

sua ex-amante, a modelo Eliza Samudio. A decisão de não conceder

liberdade a Bruno foi tomada de forma unânime por três

desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de

Minas Gerais. A defesa do goleiro alegava que ele é réu primário,

tem contrato com o Flamengo e residência fixa. O relator do

Page 31: 512716

recurso, desembargador Doorgal Andrada, porém, disse que a

prisão é necessária.

"Há provas de que o delito foi praticado e indícios suficientes de

autoria, tornando-se necessária a manutenção da prisão cautelar

como forma de resguardar a ordem pública e a conveniência

da instrução criminal", votou ele, de acordo com a assessoria de

comunicação do tribunal. Segundo Andrada, é necessário levar em

conta a popularidade do acusado e o apelo popular, inclusive

com demonstrações de ódio. Para o desembargador, o goleiro

correria risco de morte se fosse solto. A medida, para ele, visa

"acautelar o meio social e a própria credibilidade da Justiça".

O desembargador afirmou ainda que a soltura de Bruno poderia

prejudicar o processo, pois o goleiro, "pessoa de comprovada

liderança, elevado poder financeiro e grande capacidade de

articulação, poderá empreender esforços para impedir que a

verdade dos fatos seja esclarecida", disse ele, em seu voto.

Andrada conclui dizendo que há fortes indícios de que o suposto

crime foi cometido porque o goleiro, "apesar de seu alto poder

aquisitivo", não queria pagar pensão alimentícia para o filho que

Eliza afirmava ser dele. Se o pedido tivesse sido aceito, Bruno

provavelmente não ficaria em liberdade, porque foi condenado pela

Justiça do Rio de Janeiro pelo sequestro de Eliza. “ Fonte : Folha.com

– 13/04/2011

Com base no noticiário acima, disserte, em no máximo 30 linhas,

mencionando quais as hipóteses de decretação e quais as infrações

que comportariam prisão preventiva, e ao final, conclua o seu texto

dando o seu parecer quanto a legalidade ou não da prisão

preventiva do ex-goleiro Bruno Fernandes. O aluno poderá

pesquisar outras informações pela internet quanto ao caso real

acima apresentado, auxiliando assim a resolução da presente

questão.

EXERCÍCIO COMPLEMENTAR

(Ministério Público/PR) Quando houver prova da existência

do crime e indício suficiente de autoria, a prisão preventiva

poderá ser decretada:

 

a)    Como garantia da ordem pública;

b)    Por conveniência da instrução criminal;

c)     Para assegurar a aplicação da lei penal;

d)    Como garantia da orem econômica;

e)    Como garantia da ordem tributária.

Page 32: 512716

Título LIBERDADE NO CURSO DO PROCESSO 

Número de aulas por

semana

Número de semana de

aula

15 

Tema Relaxamento de Prisão e Liberdade Provisória 

Objetivos Conhecer hipóteses abrangentes ao instituto da fiança. .  O aluno

deverá ser capaz de:

 

Distinguir as hipóteses de liberdade provisória, relaxamento de

prisão e revogação de prisão cautelar.

Identificar hipóteses de cabimento das diferentes modalidades de

liberdade provisória em casos concretos.

Analisar questões controvertidas pela jurisprudência e doutrina

no que se refere ao tema em epígrafe, tendo como perspectiva

decisões de Tribunais Superiores e a Constituição da República e

a doutrina indicada como material de apoio.

 Analisar a liberdade provisória em leis especiais e questões que

suscitam controvérsias nesse ponto.

Estrutura de conteúdo Liberdade no Curso do Processo. Garantia constitucional.

Inafiançabilidade na CRFB e nas leis nº 7.716/89; nº 8.072/90; nº

9.455/97; nº 10.826/03; nº 11.343/06. Liberdade provisória e

relaxamento da prisão ilegal. Modalidades de liberdade provisória:

Liberdade vinculada decorrente do art. 310 e parágrafo único, e art.

350, CPP.  Liberdade provisória sem vinculação – art. 321 CPP.

Liberdade provisória e o instituto da fiança: hipóteses de

arbitramento pela autoridade policial e pelo juiz; Restrições (arts

323,324 CPP). A fiança e o réu pobre – art. 350 CPP; art. 301 Lei nº

9.503/97 – Código trânsito.  O valor da fiança. Espécies de fiança

(vedação a fiança fidejussória). Consequências da fiança: Perda,

cassação; necessidade de reforço; quebramento; restauração;

Extinção da punibilidade. Absolvição e condenação. Observar as

alterações determinadas pela Lei 12.403/11

Recursos físicos Utilização de quadro e pilot, bem como material didático

(esquemas, mapas e diagramas). Facultado o uso de data

show e outros recursos de vídeo

Aplicação prática e

teórica

João foi preso em flagrante no dia 11/11/2011, pela prática da figura

descrita no artigo 171, parágrafo terceiro do CP quando

apresentava documentos alheios perante a Caixa Econômica

Federal de Rio das Ostras/RJ, objetivando fraudulentamente

liberação de quantia vinculada ao FGTS. A autoridade policial de

Page 33: 512716

plantão lavrou o flagrante regularmente, e remeteu os autos ao

magistrado competente que, de ofício, converteu,

fundamentadamente, o flagrante em prisão preventiva, atendendo

assim à nova redação do artigo 310 do CPP, atribuída pela Lei

12403/11. Com base no exposto, responda: o magistrado agiu

corretamente? A prisão em comento é válida ou ilegal? Fundamente

a sua resposta:

EXERCÍCIO COMPLEMENTAR

 

De acordo com a Lei 12.403/2011, pode se afirmar sobre o valor da

fiança:

a) Será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes limites:

de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da

pena privativa de liberdade cominada for igual ou superior a

4(quatro) anos.

 

 b) Será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes

limites: de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando se

tratar de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo,

não for superior a 4(quatro) anos.

 

 c) Será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes

limites: de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar

de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não

for inferior a 4 (quatro) anos.

 

d) Será fixado pela autoridade que a conceder no seguinte limite: de

1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando o máximo da pena

privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos.

 

e) Será fixado pela autoridade que a conceder no seguinte limite: de

10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da

pena privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos