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Abastcimento de agua

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  • Disciplina: Tratamento de guas de abastecimento e residurias

    Prof. Anna Isabel Guido Costa

    Cursos: Engenharia Civil/Civil e Ambiental

  • Tratamento de guas de abastecimento e residurias

    Aula 2

    Consideraes gerais sobre tratamento de gua para

    abastecimento 2

  • Tratamento de guas de abastecimento e residurias

    Alguns registros histricos sobre o tratamento de gua para abastecimento: 4000 A.C: Documentos em snscrito e grego que

    recomendavam que guas impuras deveriam ser purificadas por fervura ou serem expostas ao sol ou purificadas por filtrao em leitos de areia;

    3 Snscrito

    Grego

  • Tratamento de guas de abastecimento e residurias

    Alguns registros histricos sobre o tratamento de gua para abastecimento: 500 A.C: Hipcrates, considerado o pai da medicina,

    recomendava a fervura e filtrao da gua de chuva antes do seu uso para abastecimento pblico;

    4 Hipcrates

  • Tratamento de guas de abastecimento e residurias

    Alguns registros histricos sobre o tratamento de gua para abastecimento: 300 A.C a 300 D.C: Engenheiros romanos criaram os primeiros

    sistemas pblicos para abastecimento de gua e os grandes aquedutos;

    5 Aquedutos

  • Tratamento de guas de abastecimento e residurias

    Alguns registros histricos sobre o tratamento de gua para abastecimento: 1804 Construo e operao dos primeiros filtros lentos em

    areia para tratamento de gua para abastecimento pblico em Paisley (Esccia);

    1807 A cidade de Glasgow (Esccia) foi uma das primeiras a distribuir gua tratada por meio de tubulaes;

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  • Tratamento de guas de abastecimento e residurias

    Alguns registros histricos sobre o tratamento de gua para abastecimento:

    1829 Construo e operao de filtros lentos em areia para tratamento de gua na cidade de Londres;

    1855 Evidncias de John Snow;

    7 John Snow mdico ingls

  • Tratamento de guas de abastecimento e residurias

    Alguns registros histricos sobre o tratamento de gua para abastecimento:

    1870 Teoria dos germes: Louis Paster e Robert Koch;

    1870 Poder do cloro na ao desinfetante: Robert Koch;

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    Louis Pasteur cientista francs

    Robert Koch mdico alemo

  • Tratamento de guas de abastecimento e residurias

    Alguns registros histricos sobre o tratamento de gua para abastecimento:

    Primeiras aplicaes do cloro como agente regular no processo de desinfeco de guas de abastecimento:

    Alemanha (1890);

    Inglaterra - Lincon - (1905);

    Estados Unidos - Chicago - (1908).

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  • Conceituao: Tratamento de gua de abastecimento:

    Conjunto de processos e operaes unitrias aplicados para remoo de partculas suspensas e coloidais (partculas slidas minsculas), matria orgnica, microrganismos e outras substncias dissolvidas na gua.

    Estao de tratamento de gua (ETA):

    Conjunto de unidades destinado a adequar as caractersticas da gua aos padres de potabilidade. onde efetua-se o tratamento de gua de abastecimento.

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Objetivo do tratamento de gua de abastecimento:

    Potabilizao das guas naturais para fins de abastecimento pblico. Adequar a gua bruta afluente ETA ao padro de potabilidade vigente:

    Livre de organismos patognicos e outras

    formas biolgicas prejudiciais sade humana;

    No conter compostos qumicos em concentraes que possam resultar em danos fisiolgicos, agudos ou crnicos;

    Sabor e odor no indesejveis;

    Ausncia de cor e partculas em suspenso;

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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    Menor custo; Mnimo impacto

    ambiental.

  • Objetivo do tratamento de gua de abastecimento:

    Prevenir a crie dentria;

    O custo de produo deve possibilitar a distribuio da gua toda a populao (funo social);

    As caractersticas da gua devem garantir a integridade das estruturas utilizadas para armazenagem, transporte e distribuio (corroso e incrustao);

    No oferecer risco a sade.

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Principais instrumentos de normatizao tcnica e jurdica:

    NBR 12.216/92 - Projeto de estao de tratamento de gua para abastecimento pblico;

    Portaria 2.914/2011 do Ministrio da Sade - Dispe sobre os procedimentos de controle e de vigilncia da qualidade da gua para consumo humano e seu padro de potabilidade.

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Caractersticas de um bom servio de gua

    Qualidade

    A gua deve estar livre de microorganismos patognicos que causam problemas sade. Deve atender s exigncias das normas aprovadas pelas autoridades sanitrias de cada pas.

    Quantidade

    O sistema de abastecimento deve ser capaz de distribuir volumes suficientes de gua para satisfazer s demandas da populao.

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Caractersticas de um bom servio de gua

    Cobertura

    A gua deve estar disponvel para a populao j que um elemento vital para a sade.

    Continuidade

    Deve existir um servio contnuo, sem interrupes, que assegure gua as 24 horas do dia durante todos os dias da semana.

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Caractersticas de um bom servio de gua

    Custo

    A gua deve ter um custo razovel que permita populao ter este servio e que este custo cubra os gastos operacionais e de manuteno.

    Controle operacional

    A operao e manuteno preventiva e corretiva do sistema de abastecimento deve ser controlada para assegurar seu bom funcionamento.

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Ento....

    O que gua potvel??

    De acordo com a Portaria 2914/11 do Ministrio da Sade, gua potvel a gua destinada para o consumo humano que atenda ao padro de potabilidade estabelecido nesta mesma portaria e que no oferea riscos sade.

    Padro de potabilidade?

    Conjunto de valores permitidos como parmetro da qualidade da gua para consumo humano, conforme definido na Portaria 2914/11.

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • O padro de potabilidade brasileiro Parmetros relacionados qualidade da gua (contempla

    caractersticas fsicas, qumicas e biolgicas):

    padro microbiolgico; padro de turbidez para a gua ps-filtrao ou pr-

    desinfeco; padro para substncias qumicas que representam risco

    sade (inorgnicas, orgnicas, agrotxicos, desinfetantes e produtos secundrios da desinfeco);

    padro de radioatividade; padro de aceitao para consumo humano (conjunto de

    parmetros caracterizados por provocar estmulos sensoriais que afetam a aceitao para consumo humano, mas que no necessariamente implicam risco sade).

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Parmetros relacionados qualidade da gua (valores permitidos):

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  • Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Definio da tecnologia a ser empregada no tratamento da gua para abastecimento:

    Caracterstica da gua bruta (manancial);

    Custos de implantao, manuteno e operao;

    Manuseio e confiabilidade dos equipamentos;

    Flexibilidade operacional;

    Localizao geogrfica e caractersticas da comunidade; Disposio final do lodo.

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Caractersticas da gua bruta (manancial): Primeiramente deve ser elaborado um levantamento

    sanitrio da bacia hidrogrfica da qual o manancial pertence conforme NBR 12211.

    Obs: A escolha do manancial constitui deciso de maior importncia e responsabilidade em um projeto de abastecimento de gua. Mananciais mais prximos, capazes de atender demanda

    por tempo maior e ; Mananciais com gua de melhor qualidade e menos

    sujeitos poluio.

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Caractersticas da gua bruta (manancial): ABNT (NBR 12216/92), elaborou uma classificao das

    guas naturais para abastecimento pblico: Tipo A - guas subterrneas ou superficiais, provenientes de bacias sanitariamente protegidas, com caractersticas bsicas definidas a seguir, e as demais satisfazendo aos padres de potabilidade; Tipo B - guas subterrneas ou superficiais, provenientes de bacias no-protegidas, com caractersticas bsicas definidas a seguir, e que possam enquadrar-se nos padres de potabilidade, mediante processo de tratamento que no exija coagulao;

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  • Caractersticas da gua bruta (manancial): Tipo C - guas superficiais provenientes de bacias no protegidas, com caractersticas bsicas definidas a seguir, e que exijam coagulao para enquadrar-se nos padres de potabilidade; Tipo D - guas superficiais provenientes de bacias no-protegidas, sujeitas a fontes de poluio, com caractersticas bsicas definidas a seguir, e que exijam processos especiais de tratamento para que possam enquadrar-se nos padres de potabilidade.

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  • Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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    Caractersticas de guas naturais para abastecimento pblico:

  • Tratamento mnimo necessrio a cada tipo de gua:

    Tipo A - desinfeco e correo do pH;

    Tipo B - desinfeco e correo do pH e, alm disso:

    decantao simples desde que o efluente se enquadre no padro de potabilidade ou;

    Filtrao - precedida ou no de decantao - para guas afluentes estao com turbidez inferior a 40 uT e cor aparente a 20 uC.

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  • Tratamento mnimo necessrio a cada tipo de gua:

    Tipo C - coagulao, seguida ou no de decantao, filtrao em filtros rpidos, desinfeco e correo do pH;

    Tipo D - tratamento mnimo do tipo C e tratamento complementar apropriado a cada caso.

    Obs: Antes ainda da confirmao do tipo de tratamento que precisa ser realizado, a prpria ABNT recomenda a realizao de ensaios em unidades-piloto para a definio mais acurada da tecnologia de tratamento.

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Custos de implantao, operao e manuteno: Custos de implantao: Constituem-se no conjunto das obras civis e dos custos do terreno, do meio filtrante e dos equipamentos, localizao geogrfica da estao em relao aos centros mais desenvolvidos e, em ltima instncia, situao econmica do pas na amortizao do capital investido (variam em torno de R$ 6 a 24 mil por L/s); Custos de operao e manuteno: Constituem-se nas despesas com energia eltrica, pessoal, manuteno e reparo de equipamentos e produtos qumicos empregados na potabilizao.

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Custos de implantao, operao e manuteno: Formas de economizar:

    1. Eliminar o tratamento sempre que houver possibilidade;

    2. Procurar evitar a coagulao qumica;

    3. Procurar projetar a instalao com simplicidade, evitando-se a sofisticao e operaes desnecessrias.

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Manuseio e confiabilidade dos equipamentos: A maior confiabilidade no monitoramento da qualidade da

    gua se baseia na automatizao das estaes de tratamento.

    A automao objetiva: aumentar a eficincia do tratamento e a confiabilidade do

    monitoramento da qualidade da gua tratada; reduo no ndice de perdas por meio do controle mais

    rigoroso da dosagem de produtos qumicos e controle dos nveis dos reservatrios e das presses nas redes.

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Flexibilidade operacional:

    Constitui importante fator de definio da tecnologia de potabilizao utilizada.

    Por que?

    Por causa das variaes sazonais ou futuras que podem modificar as caractersticas da gua bruta, das possveis mudanas nos equipamentos, das alteraes no padro de potabilidade, que pode ocorrer no decorrer dos anos, e da possibilidade de executar ampliaes ainda que no programadas.

    Obs: De modo geral as estaes de tratamento so construdas para atender necessidade previstas para 10, 15, 20 ou 25 anos.

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Localizao geogrfica e caractersticas da comunidade

    A localizao de uma ETA deve ser estabelecida aps ponderao de diversos fatores:

    Facilidade de acesso e transporte; Disponibilidade de energia eltrica; Disponibilidade de terreno em rea suficiente para

    ampliaes futuras; Cota topogrfica favorvel para aduo e distribuio; Condies topogrficas e geolgicas satisfatrias; Custo razovel do terreno; Condies de vizinhana (normalmente pequenas

    comunidades esto em regies de menor deteriorao da qualidade da gua bruta).

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Disposio final do lodo:

    Condies e espao ideais para o acondicionamento e /ou tratamento do lodo (resduo do tratamento).

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Tecnologias de tratamento

    As tecnologias de tratamento apresentam basicamente trs fases:

    Clarificao;

    Filtrao;

    Desinfeco. Obs: Para a maioria dos mananciais subterrneos, apenas a desinfeco, faz-se necessria para adequao ao padro de potabilidade.

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Tecnologias de tratamento

    Fluxogramas tpicos de tecnologia de tratamento: Tratamento convencional Filtrao direta

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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    Coagulao Floculao Decantao Filtrao Desinfeco

    Coagulao Floculao Decantao Filtrao Desinfeco

  • Tecnologias de tratamento

    Fluxogramas tpicos de tecnologia de tratamento: Filtrao em linha Filtrao lenta

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

    40 Pr-filtrao

    Coagulao Floculao Decantao Filtrao Desinfeco

    Coagulao Floculao Decantao Filtrao Desinfeco

  • Tecnologias de tratamento

    Fluxogramas tpicos de tecnologia de tratamento: Tratamento convencional

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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    gua Final

    Manancial Coagulao Floculao Decantao

    Filtrao Desinfeco Fluoretao Correo de pH

  • Tecnologias de tratamento Finalidade de cada processo e operao unitria que

    compe o tratamento convencional

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Projeto de uma ETA tratamento convencional:

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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  • Representao esquemtica de uma ETA convencional

    Tratamento de guas de abastecimento e residurias

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