44_cepra_9394_sistemas_de_travagem_hidráulicos_

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    Coleco

    Formao Modular Automvel

    SISTEMAS DE

    TRAVAGEM

    HIDRULICOS

    SISTEMAS DE

    TRAVAGEM

    HIDRULICOS

    COMUNIDADE EUROPEIA

    Fundo Social Europeu

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos

    Referncias

    Coleco Formao Modular Automvel

    Ttulo do Mdulo Sistemas de Travagem Hidrulicos

    Coordenao Tcnico-Pedaggica CEPRA Centro de Formao Profissionalda Reparao AutomvelDepartamento Tcnico Pedaggico

    Direco Editorial CEPRA Direco

    Autor CEPRA Desenvolvimento Curricular

    Maquetagem CEPRA Ncleo de Apoio Grfico

    Propriedade Instituto de Emprego e Formao ProfissionalAv. J os Malhoa, 11 - 1000 Lisboa

    1 Edio Portugal, Lisboa, Fevereiro de 2000

    Depsito Legal 147901/00

    Produo apoiada pelo Programa Operacional Formao Profissional e Emprego, cofinanciado peloEstado Portugus, e pela Unio Europeia, atravs do FSE

    Ministrio de Trabalho e da Solidariedade Secretaria de Estado do Emprego e Formao

    Copyright, 2000Todos os direitos reservados

    IEFP

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    ndice

    NDICE

    DOCUMENTOS DE ENTRADA

    OBJECTIVOS GERAIS DO MDULO.................................................................................E.1

    OBJECTIVOS ESPECFICOS..............................................................................................E.1

    PR-REQUISITOS................................................................................................................E.3

    CORPO DO MDULO

    0 - INTRODUO................................................................................................................ 0.1

    1 - CONCEITOS GERAIS DE CARCTER FSICO ............................................................1.1

    2 - FORA DE TRAVAGEM E FACTORES INFLUENTES................................................. 2.1

    3 - FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE TRAVAGEM HIDRULICO EM GERAL .......... 3.1

    4 - TIPOS DE TRAVES...................................................................................................... 4.1

    4.1 - TRAVES DE TAMBOR ........................................................................................................ 4.1

    4.2 - TRAVES DE DISCO ............................................................................................................ 4.7

    4.3 - TRAVES DE ESTACIONAMENTO....................................................................................4.14

    5 - BOMBAS ......................................................................................................................... 5.1

    5.1 - BOMBAS PRINCIPAIS DO TRAVO.....................................................................................5.1

    5.2 - BOMBAS DOS TRAVES DAS RODAS ...............................................................................5.6

    6 - SERVOFREIOS ............................................................................................................... 6.1

    7 - L IMITADORES E REGULADORES DE TRAVAGEM.................................................... 7.1

    8 - LEOS PARA TRAVES E MATERIAIS UTILIZADOS................................................ 8.1

    9 - MANUTENO DO SISTEMA DE TRAVAGEM............................................................9.1

    9.1 - DIAGNSTICO E REPARAO DE AVARIAS ....................................................................9.1

    9.2 - VERIFICAO E MANUTENO ......................................................................................9.10

    BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................C.1

    DOCUMENTOS DE SADA

    PS-TESTE..........................................................................................................................S.1

    CORRIGENDA E TABELA DE COTAO DO PS-TESTE .............................................S.8

    ANEXOS

    EXERCCIOS PRTICOS ....................................................................................................A.1

    GUIA DE AVALIAO DOS EXERCCIOS PRTICOS.....................................................A.5

    Sistemas de Travagem Hidrulicos

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos E.1

    Objectivos Gerais e Especficos

    OBJECTIVOS GERAIS E ESPECFICOS

    No final deste mdulo, o formando dever ser capaz de:

    OBJECTIVO GERAL

    OBJECTIVOS ESPECFICOS

    2. Descrever o funcionamento dos sistemas de travagem em geral.

    1. Identificar os factores influentes no processo de travagem.

    3. Identificar os diversos tipos de traves e seus componentes.

    4. Descrever os princpios do sistema de actuao hidrulica dos traves.

    5. Descrever o processo de funcionamento das bombas principais de

    traves e identificar os elementos constituintes.

    6. Descrever a funo dos servofreios e distingui-los quanto ao modo de

    funcionamento.

    7. Distinguir os diferentes reguladores de travagem em funo da

    necessidade de aplicao.

    8. Identificar as principais caractersticas dos leos utilizados nos sistemas

    de trava em.

    9. Diagnosticar e identificar as causas de avaria nos sistemas de

    travagem.

    Descrever o funcionamento dos sistemas de travagem em geral, identificar os

    diversos tipos de traves e componentes dos sistemas de travagem mais

    vulgarmente utilizados nos automveis.

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    Sistemas de Travagem HidrulicosE.2

    Pr-Requisitos

    I nt r o d u o a oA ut o m vel

    Desenho Tcn icoM a te m t i ca

    (c lcu lo )Fs ica , Qumica e

    M a t e r i a i sOrgan izao

    Of ic ina l

    LEGENDA

    Mdulo emestudo

    Pr-Requisito

    Sistemas deA vi so A c st i co s e

    Luminosos

    Sistemas deIgn io

    Sistemas deComunicao

    Te cno lo g ia d o sSemi -Co n d u to re s -

    Componentes

    Clcu los e CurvasCa ra c te r s t i ca s

    d o M o t o r

    S is temas deA d mi ss o e d e

    Escape

    T ip o s d e Ba te r iase sua M anuteno

    M a g n et i smo eE le c t ro ma g n e t i sm

    o - M o t o r e s eGeradores

    Sistemas deCarga e Arranque

    Co n s t ru o d aInsta laoE l c t r i ca

    L ub r i f i ca o d eM o t o r e s e

    Transmisso

    A l i men t a oDiese l

    S is temas deA l i men t a o p o r

    Ca rb u ra d o r

    Le i tu ra eIn te rp re ta o d e

    EsquemasE l c t r i co s Au to

    D is t r ib u i o

    Co mp o n e nte s d oSistema Elct r icoe sua S imbolog ia

    E le c t r i c id a d eB s ica

    Po luentes e

    D i s p o s i t i v o s d eC o n t r o l o d eEmisses

    Sistemas deSegurana Act iva

    Sistemas deTravagem

    A nt i b l o q uei o

    Sistemas de

    InjecoE le c t r n ica

    Vent i laoFo ra d a e A r Co n d ic io n a d o

    Sistemas deTravagem

    Hid r u l i co s

    FerramentasM anuais

    TermodinmicaM anutenoPro g ra ma d a

    Pro ce sso s d eTraagem e

    Puncionamento

    Pro ce sso s d eCo r t e e De sb a ste

    OUTROS MDULOS A ESTUDAR

    A nl i se d e Ga se sde Escape eOp a c id a d e

    Pro ce sso s d eFurao,

    M a nd r i l a g e m e

    Ro sca g e m

    GasesCarburantes e

    Co mb u s t o

    No e s d eM ecnica

    A ut o m ve l p ar aGP L

    Co n s t i t u i o eFuncionamento d oEquipamento Con-versor para GPL

    Legis laoEsp e c f i ca so b re

    GP L

    Reparao emSistemas com

    GestoE le c t r n ica

    Reparao em

    SistemasE l c t r i co s

    Convenciona is

    Rodas e Pneus

    No e s B s icasd e So ld a d u ra

    M e t r o l o g i a

    rg o s d aSuspenso e seuFuncionamento

    Geometr ia deDireco

    Sistemas de

    In jeco Mecn ica

    Dia g n s t i co eReparao em

    SistemasM e cn ico s

    Dia g n s t i co eRe p . d e Ava r ia s

    no S is t ema deSuspenso

    E le ct r n icas d e

    Comando,Sensor es eA ct uad o r es

    Sistemas deIn formao

    Sistemas deSegurana

    Passiva

    Sistemas deDireco

    M ecnica eA ssi st i d a

    Sistemas deTransmisso

    Sistemas deC o nf o r t o eSegurana

    Embr a iagem eCaixas de

    Ve lo c id a d e s

    COLECO FORMAO MODULAR AUTOMVEL

    . ,M i c r o c o n t r o l a d o r

    es eM i c r o p r o c e s sa d o

    r es

    Co mp . e

    M anuteno deFerramentas

    Pneumticas

    Sistemas

    E le c t r n ico sDiese l

    Ca ra c te r s t i ca s eFuncionamentod o s M o t o r es

    Focagem deFa r is

    Lmpadas, Far i se Faro l ins

    Sistemas deA r r ef ec i men t o

    Sobrea l imentao

    Rede Elct r ica eM anuteno de

    Ferramentas

    E l c t r i ca s

    PR-REQUISITOS

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    Introduo

    0 INTRODUO

    O sistema de travagem de um veculo um dos seus sistemas mais importantes. Sem ele

    seria praticamente impossvel controlar o veculo dentro dos limites de segurana exigidos.

    Tendo em conta os problemas cuja travagem de corpos em movimento acarreta, pretende-se

    com este mdulo descrever as vrias solues construtivas a que recorreram os diversos

    construtores para assegurarem a travagem dos seus veculos.

    Por isto, imprescindvel manter o sistema de travagem em ptimas condies de

    funcionamento, diagnosticando as possveis avarias de forma correcta e reparando-asatravs dos mtodos mais indicados.

    Neste manual descreve-se a construo e funcionamento dos diferentes tipos de traves

    usados nos veculos automveis. Mencionam-se os princpios hidrulicos e sua aplicao aos

    traves, identificam-se os rgos e componentes dos sistemas de travagem, bem como os

    mtodos de diagnstico de avarias destes.

    Sistemas de Travagem Hidrulicos 0.1

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 1.1

    Conceitos Gerais de Carcter Fsico

    1- CONCEITOS GERAIS DE CARCTER FSICO

    Princpio de inrcia:

    O princpio de inrcia, uma das leis fundamentais da mecnica, pode ser enunciado da

    seguinte forma: todo o corpo incapaz de iniciar o movimento por si prprio, ou, uma vez

    em movimento, incapaz de modificar a velocidade ou a direco deste movimento sem a

    interveno de uma fora externa.

    Desta forma define-se fora como sendo toda e qualquer aco susceptvel de produzirmovimento ou de modificar um j existente. A fora pode ser motriz ou resistente.

    No caso de um veculo automvel, a fora motriz produzida pelo motor e as foras

    resistentes so devidas ao atrito das rodas com o solo, resistncia do ar deslocao do

    veculo, e aos atritos internos do prprio veiculo.

    Aco Reaco:

    Qualquer fora motriz ou de resistncia s tem aco sobre o movimento do veculo quando

    se produz uma reaco ao contacto dos pneus com o solo, ou seja, quando o conjunto

    pneus/asfalto oferece uma aderncia suficiente. S a resistncia do ar e a aco do vento

    so excepo a esta regra.

    Aderncia:

    Consideremos a figura 1.1: um corpo de peso P em contacto com uma superfcie planahorizontal. Este corpo encontra-se em equilbrio devido aco do seu peso e da reaco N

    da superfcie a esse peso. Se aplicarmos a este corpo uma fora F, perpendicular vertical

    do seu centro de gravidade, verificamos que este permanece imvel at um certo valor da

    fora F.

    A fora F necessria para iniciar o movimento, determina o coeficiente de atrito esttico, a

    experincia mostra-nos ainda que a fora posterior, necessria para manter este movimento

    iniciado por F inferior a esta.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos1.2

    Conceitos Gerais de Carcter Fsico

    Foras de resistncia:

    Resistncia de rolamento: Considerando a figura 1.2, um veculo de peso P, parado, sobre

    uma superfcie horizontal e submetido a uma fora F horizontal, situado no plano

    longitudinal do veculo e cuja linha de aco passa pelo centro de gravidade do mesmo.

    A experincia demonstra que o veculo permanece imvel enquanto a fora F no alcanar

    um certo valor que caracteriza a resistncia ao rolamentor

    R .

    Esta resistncia expressa-se sempre em funo do peso P e designa-se por ra resistncia

    ao rolamento por unidade de peso ou o coeficiente de resistncia ao rolamento, temos

    rPRr = . O coeficiente de resistncia ao rolamento depende do tipo de veculo, da

    natureza do revestimento do pavimento, da velocidade e da presso dos pneus.

    Fig. 1.1 Sistema de foras aplicadas a um corpo esttico

    Fig. 1.2 Resistncia ao rolamento

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 1.3

    Conceitos Gerais de Carcter Fsico

    Resistncia ao rolamento num p lano inclinado

    Considerando a figura 1.3, um veculo sobre um plano inclinado em que o ngulo da

    inclinao com a horizontal, o peso P do veculo decompe-se numa fora1P

    perpendicular ao plano inclinado e na fora2

    P paralela inclinao e que constitui a

    resistncia devida subida.

    Resistncia devida ao ar

    Considerando uma atmosfera sem vento, o ar oferece uma resistncia importante ao

    avano do veculo, esta resistncia devido presso do ar sobre as paredes frontais e

    frico sobre as paredes laterais do veculo, funo de:

    Da rea da superfcie frontal do veculo;

    Do quadrado da velocidade do veculo;

    Da forma do veculo, especialmente os seus contornos.

    Fig.1.3 Resistncia ao rolamento num plano inclinado

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos1.4

    Conceitos Gerais de Carcter Fsico

    Clculo da distncia de travagem de um veculo

    Um veculo em movimento est animado de uma energia cintica:

    2

    21

    vmEc =

    em que:

    Supondo que sobre a aco exclusiva do seu sistema de travagem, o veculo reduz a sua

    velocidade at finalmente parar e que a desacelerao (a) a que est sujeito constante.

    A fora de travagem Fx (supostamenteconstante) que se ope ao avano do veculo igual

    ao produto da sua massa m pela desacelerao a que ele sofre :

    amFx =

    O trabalho Wx dessa fora de travagem, o produto dessa fora Fx pela distncia d

    percorrida pelo veculo at parar:

    dFxWx =

    como:

    amFx =

    ento:

    damWx =

    Este trabalho equivale transformao da totalidade da energia cintica Ec que o veculo

    possui, em trabalho da fora de travagem que por sua vez se transforma em calor, forma de

    energia na qual este trabalho finalmente consumido.

    m a massa do veculo.

    v a velocidade do veculo.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 1.5

    Conceitos Gerais de Carcter Fsico

    portanto:

    EcWx =

    ento:

    2

    21

    vmdam =

    A distncia de travagem do veculo ento calculada por:

    a

    v

    d 2

    2

    =

    O tempo t de travagem :

    a

    vt =

    Portanto, a funo dos traves reduzir a velocidade e transformar a energia dinmica do

    veculo atravs de frico, em calor. A fora que actua neste processo a resistncia

    frico resultante da movimentao de dois corpos um contra o outro (revestimento dotravo contra o disco/tambor do travo).

    Os traves provocam o abrandamento da velocidade, a paragem completa do veculo e a

    sua imobilizao quando estacionado.

    Os elementos de travagem possuem sempre uma parte mvel, unida s rodas e uma parte

    fixa, solidria ao eixo ou ao chassi. No momento da travagem, a parte fixa entra em

    contacto fortemente sobre a parte mvel, provocando um forte atrito que absorve a energia

    desenvolvida pelo veculo em movimento. Para que este atrito cause um desgaste mnimo

    dos elementos de travagem, as superfcies de contacto devem apresentar um polimento

    perfeito. Estas superfcies devem suportar temperaturas muito elevadas produzidas pelo

    atrito e devem dissipar rapidamente o calor gerado. indispensvel tambm que

    conservem uma eficcia suficiente em presena de projeces de gua ou leo.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 2.1

    Fora de Travagem e Factores Influentes

    2 - FORA DE TRAVAGEM E FACTORES INFLUENTES

    Qualquer alterao dinmica, seja acelerao ou desacelerao do veculo, o resultado

    visvel e perceptvel de determinadas foras. As foras que as rodas transmitem ao piso

    determinam a velocidade do veculo e a modificao do sentido desejado ou a tendncia

    para deslizamento.

    A eficcia da travagem no sempre idntica quaisquer que sejam as condies. Esta varia

    de acordo com a variao de alguns conceitos que se seguem, a figura 2.1 mostra essas

    foras e binrios aplicadas a um veculo.

    Num veculo podem-se imaginar 3 eixos fundamentais:

    Fig. 2.1 Foras e binrios aplicadas a um veculo

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos2.2

    Fora de Travagem e Factores Influentes

    Eixo Transversal - O eixo transversal do veculo (A) aquele que passa pelo centro de

    gravidade na direco perpendicular ao eixo longitudinal. Durante a acelerao e a

    travagem produzem-se movimentos nesse eixo (mergulho da dianteira e levantamento da

    traseira, durante a travagem, ou o contrrio, durante a acelerao).

    Eixo Vertical - O eixo vertical do veculo (B) uma linha imaginria que passa pelo

    centro da massa (podemos imaginar este eixo como sendo um prolongamento da alavanca

    das mudanas atravs do piso e do tejadilho). Os movimentos sobre esse eixo so

    produzidos nas curvas.

    Eixo Longitudinal - O eixo longitudinal do veculo (C) ser uma linha que passa pelo

    centro de gravidade na direco longitudinal. O movimento segundo este eixo produzido

    quando h inclinao lateral do veculo.

    Quanto s foras que influenciam a travagem, elas podem existir sob diversas formas:

    Fora Motriz (1) - a fora criada pelo motor do veculo que

    transmitida atravs das rodas e que provoca o deslocamento.

    Fora de Travagem (2) - Sendo as rodas do veculo que

    permitem o deslocamento, aqui que se vai actuar para que o

    mesmo se detenha. Assim sendo, a fora de travagem a fora

    que dever ser aplicada s rodas do veculo para o desacelerar.

    Fora Laterais (3) - So as foras que mantm o veculo na suatrajectria, determinando assim a estabilidade de conduo.

    atravs da aco das foras laterais sobre as rodas que o veculo

    muda de direco.

    Fora de Apoio (4) - a fora vertical que actua nas rodas,

    causada pelo peso do veculo.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 2.3

    Fora de Travagem e Factores Influentes

    Existem ainda outros conceitos que convm relembrar e que influenciam de sobremaneira a

    eficcia da travagem.

    Deslizamento - O deslizamento por travagem pode ter valores compreendidos entre os 0 e100%.

    Uma roda que gire livremente sem qualquer esforo de travagem tem um deslizamento de

    0%.

    Uma roda bloqueada, tem um deslizamento de 100%.

    Coeficiente de atrito - O coeficiente de atrito um factor que nos d a quantidade de fora

    de apoio (peso) que pode ser transformada em fora de travagem. Se esse coeficiente

    fosse 1, toda a fora de apoio poderia ser transformada em fora de travagem, mas essa

    situao raramente ocorre em situaes reais.

    O coeficiente de atrito no constante, depende do piso, dos pneus, da temperatura, etc.

    Deste modo, a fora da travagem tambm varivel, sendo o seu valor dependente de

    muitos factores (velocidade, piso, temperatura, pneus, etc.).

    De seguida apresenta-se o processo de travagem de um veculo ao longo do tempo:

    Progresso temporal do processo de travagem (Fig. 2.2):

    1. Incio da travagem (sem levar em conta a durao da deciso e da reaco do

    condutor). O processo de travagem inicia-se com o accionamento do pedal do

    travo.

    2. Tempo de reaco. O tempo de reaco necessrio para ultrapassar a folga no

    sistema de traves (por exemplo, a folga no revestimento do travo).

    Binrio de osci lao (5) Origina um movimento giratrio sobre

    o eixo do veculo.

    Binrio de Inrcia (6) - originado pelo movimento de rotao

    das rodas.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos2.4

    Fora de Travagem e Factores Influentes

    3. Durao de limiar. A durao de limiar o perodo de tempo durante o qual a fora

    de travagem aumenta e atinge a sua magnitude final.

    4. Durao de travagem a fundo. A maior fora de travagem actua neste perodo de

    tempo.

    5. Durao total da travagem. A durao total o tempo que decorre entre o incio da

    travagem (1) e o fim da fora de travagem. Se o veculo pra antes do fim da fora

    de travagem, o comeo da paragem (6) marca o fim do processo de travagem.

    6. Fim do processo de travagem.

    Registo das medies do processo de travagem (Fig. 2.3):

    1. Incio da travagem.

    2. Durao da reaco.

    Fig. 2.2 Progresso temporal do processo de travagem

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 2.5

    Fora de Travagem e Factores Influentes

    3. Durao de limiar.

    4. Durao da travagem a fundo.

    5. Durao total da travagem.

    6. Fim do processo da travagem.

    7. Valor mdio da durao da travagem a fundo.

    8. Unidade de tempo de 1 segundo.

    9. Valor mximo de desacelerao.

    Nota: O eixo das abcissas representa o valor, em percentagem, da durao de cada processo em

    relao durao total da travagem, o eixo das ordenadas representa o tempo em segundos.

    Fig. 2.3 Registo das medies do processo de travagem

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 3.1

    Funcionamento do Sistema de Travagem Hidrulico em Geral

    3 FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE TRAVAGEMHIDRULICO EM GERAL

    O efeito bsico do sistema hidrulico de traves baseia-se na aplicao da lei de Pascal,

    que diz que a presso que actua sobre um lquido dentro de um recipiente propagada

    uniformemente em todos os sentidos (Fig. 3.1).

    O pisto intermdio (2) submete o lquido a uma carga de 100 N. Em cada um dos quatro

    pistes restantes (1) (de superfcies equivalentes) actua uma fora de 100 N.

    Simultaneamente, o pisto intermdio (2) recolhe o equivalente soma dos quatro cursos

    dos pistes restantes (3).

    Os componentes principais de qualquer sistema de travagem hidrulico, so:

    Bomba principal do travo.

    Bomba do travo da roda.

    Fig. 3.1 Lei de Pascal

    1. Pistes (4 unidades) 2. Pisto sob carga 3. Soma dos quatro cursos dos pistes4. Curso do pisto

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos3.2

    Funcionamento do Sistema de Travagem Hidrulico em Geral

    Podemos ento considerar duas partes que compem o sistema de travagem hidrulico,

    uma operativa e outra, a de comando.

    De seguida vamos descrever com mais pormenor cada uma dessas partes, recorrendo para

    isso ao auxilio da figura 3.2.

    Parte operativa do sistema

    Sobre cada roda dianteira, existe uma pina (2.3) munida de um cilindro que comporta um

    pequeno pisto (2.4). No interior desta pina encontram-se duas placas de suporte dos

    calos para a frico de travagem (2.6), um disco de travo (2.1), solidrio com a roda, decada um dos lados desse disco esto colocadas os calos de travo (2.7).

    Sobre cada roda traseira, dois calos de travo (2.15) encontram-se dentro de um tambor

    (2.10) solidrio com a roda. Um cilindro, fixo base do tambor, comporta dois pistes (2.13),

    na extremidade de cada um dos quais existe um suporte para os calos de travo (2.14).

    Parte de comando do sistema

    A aco do condutor sobre o pedal do travo ampliada por um servofreio antes de ser

    transmitida bomba principal de travagem, esta responsvel pela introduo no circuito

    de um fludo sob presso. Este incompressvel, ou seja quando submetido a uma fora de

    presso no sofre qualquer variao de volume. Em cada roda um cilindro/pisto aplica

    essa presso sobre os suportes dos calos de travo, que por sua vez actuam sobre o

    tambor. O circuito hidrulico composto por canalizaes rgidas e por canalizaes

    flexveis. Este circuito est na maior parte dos casos disposto em diagonal (Fig. 3.3) e

    composto por dois circuitos independentes que comandam respectivamente, uma rodadianteira e uma roda traseira diagonalmente opostas. Desta forma a falha de um dos

    Pedal do travo.

    Sistema de tubos.

    Travo da roda.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 3.3

    Funcionamento do Sistema de Travagem Hidrulico em Geral

    Fig. 3.2 O sistema de travagem hidrulico

    Nomenclatura:

    1- Sistema Principal 2.11- Alojamento do pisto 3.5 - Curva de depresso

    2 - Parte operativa: 2.12- Parafuso de sangria3.6 - Haste de comando da biela

    do pisto

    Traves Dianteiros (AV)2.13 - Pisto com vedante e

    guarda-p3.7 - Corpo da bomba

    2.1- Disco 2.14 - Maxilas dos traves3.8 - Depsito de expanso

    2.2- Cubo da roda 2.15 - Calo do travo 3.9 -Tampa do depsito

    2.3 - Pina flutuante 2.16 - Mecanismo de fixao4 - Travo de

    estacionamento2.4 - Pisto de comando do

    calo com vedante e guarda-p2.17 - Molas de presso

    4.1 Alavanca do comando

    2.5 - Manga-guia2.18 - Dispositivo de

    regulao automtico4.2 Cabo dianteiro com

    compensador2.6 - Placas de fixao das

    pastilhas do travo.3- Parte de comando: 4.3 Cabos traseiros

    2.7 - Pastilha do travo3.1 - Pedal do travo 4.4 Alavancas oscilantes

    2.8- Pino de fixao

    Traves Traseiros (AR)3.2 - Haste de comando 4.5 - Interruptor da luz avisadora

    2.9 -Tambor 3.3 - Servofreio2.10- Base do tambor 3.4 - Conduta de vcuo

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos3.4

    Funcionamento do Sistema de Travagem Hidrulico em Geral

    circuitos, no implica a perda total dos traves, salvaguardando a segurana do veculo e

    seus ocupantes.

    Os traves traseiros de tambor tm afinao automtica; assim, consegue-se manter um

    valor constante de folga entre os calos de travo e a superfcie do tambor.

    Independentemente do desgaste dos calos, o curso do pedal mantm-se constante.

    Travo de estacionamento

    A posio da alavanca de comando, definida pelo condutor, transmitida atravs de um

    compensador e de cabos a cada um dos traves traseiros. A fixao da alavanca de

    comando, assegura um esforo constante de aplicao dos calos de travo sobre ostambores. Na maioria dos modelos automveis o reajuste do travo efectuado

    manualmente, directamente no cabo traseiro ou no cabo do compensador por meio de um

    dispositivo de ajuste. Alguns casos h, que a alavanca de comando do travo de

    estacionamento dispe de um mecanismo automtico de reajuste.

    Tubagens de comando

    As canalizaes de comando do sistema de traves hidrulico so como as veias nosistema de circulao sangunea do corpo humano e tal como neste h um conjunto de

    factores a ter em conta para permitir uma boa circulao. Nunca devem estar submetidos

    prximos de fontes de calor, deve-se evitar que tenham demasiadas curvas pronunciadas,

    devendo-se usar sobretudo canalizaes de ao e reduzir ao mnimo as canalizaes

    flexveis.

    Fig. 3.3 Sistema de traves de dois circuitos em diagonal

    1. Circuito dos traves 1, direita na dianteira e esquerda na traseira 2. Circuito dostraves 2, esquerda na dianteira e direita na traseira.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 4.1

    Tipos de Traves

    4 - TIPOS DE TRAVES

    4.1 - TRAVES DE TAMBOR

    O travo de tambor (Fig. 4.1 e 4.2) um tipo de travo por frico, onde as foras so

    aplicadas na superfcie interna de um tambor que est acoplado roda.

    Este tipo de travo constitudo por um tambor, unido ao cubo da roda atravs de

    parafusos e por sua vez, jante da roda. Este tambor normalmente construdo em ferro

    fundido. frequente encontrar tambores com alhetas ou nervuras que melhoram a sua

    rigidez e facilitam o seu arrefecimento.

    Contra a superfcie interna do tambor actuam as maxilas, sendo a sua recuperao para a

    posio de repouso efectuada por molas helicoidais.

    As maxilas esto cobertas pelos calos (elemento que contacta com o tambor) e fixas ao

    prato. Na sua parte superior est alojada a bomba auxiliar que provoca o movimento de

    abertura das maxilas. Na parte inferior est o fulcro (ou articulao) em torno do qual as

    maxilas abrem e fecham.

    Fig.4.1 Travo de tambor

    1. Sentido de rotao em frente 2. Calo dianteiro 3. Dispositivo de regulao automtica 4.Calo traseiro 5. Maxila do travo

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos

    Tipos de Traves

    4.2 Sistemas de Travagem Hidrulicos

    Funcionamento

    Quando o veculo est em deslocamento, a roda gira conjuntamente com o tambor. O

    condutor ao accionar o pedal de travo vai fazer actuar a bomba auxiliar, atravs do circuito

    hidrulico, que empurra as maxilas de encontro superfcie interna do tambor.

    4.2 - Vista explodida de um travo de tambor

    1 Mola retratora superior 8 Parafuso sextavado interior2 Barra de presso 9 Pino de fixao3 Cunha 10 Prato da mola4 Mola de apoio 11 Mola de compresso5 Bomba da roda 12 Mola para a alavanca de afinao6 Porca 13 Mola retratora inferior7 Prato do tambor 14 Alavanca do travo de estacionamento

    15 Calo de travo

    4 2 3 5 8 7 9

    10 11 14 1 13 12 15 6

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 4.3

    Tipos de Traves

    A fora de travagem resultante derivada da frico existente entre os calos da maxila e a

    superfcie interna do tambor. Quando o condutor alivia o pedal de travo, o circuito

    hidrulico perde presso e as molas de recuperao colocam de novo as maxilas no estado

    de repouso.

    Se prestarmos ateno a todo este sistema de travagem, rapidamente nos podemos

    aperceber que existir sempre uma maxila que exercer maior presso no tambor do que a

    outra.

    Por esta razo, as maxilas tm uma posio correcta de montagem visto que a espessura

    do calo varia conforme a aplicao que ter.

    maxila que exerce maior fora de travagem (a da esquerda ou primria, 2 fig. 4.1) d-se o

    nome de autotravadora, maxila que exerce menor fora de travagem (a da direita ou

    secundria, 4 fig. 4.1) d-se o nome de hipotravadora.

    Para repartir equitativamente os esforos em ambas as maxilas e em toda a sua superfcie

    (para obter um maior poder de travagem), recorre-se a diversas disposies, tais como:

    Modificar os dispositivos de fixao das maxilas, tem como objectivo assegurar uma melhor

    centragem das maxilas contra o tambor.

    Utilizao de calos com diferentes coeficientes de atrito.

    Utilizao de calos com espessuras variveis.

    Accionamento das maxilas com foras desiguais.

    Modificao dos dispositivos de fixao ao prato.

    Modificao dos dispositivos de comando (bombas dasrodas) das maxilas.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos

    Tipos de Traves

    4.4 Sistemas de Travagem Hidrulicos

    Ao adoptar, em vez de um fulcro, uma biela que estabelece uma ligao rgida entre as

    duas maxilas, o efeito de cunha na maxila primria pode ser aproveitado para distribuir a

    travagem entre as duas maxilas. Ou seja, o efeito de cunha na zona superior da maxila

    primria faz deslocar a sua zona inferior, empurrando a zona inferior da maxila secundria

    para fora, provocando nesta, tambm o efeito de cunha. Nas figuras 4.3, 4.4 e 4.5 esto

    representados alguns exemplos de modificaes do dispositivo de fixao das maxilas.

    Colocando, igualmente um batente regulvel a unir as maxilas ao prato, mas na parte

    superior do tambor e recorrendo a uma mola (r2) para manter as maxilas em contacto com o

    batente.

    Fig.4.5

    Fig. 4.3 - Unio de cada maxila ao pratomediante um balancin

    Fig.4.4 - Colocando um batente regulvel aunir as maxilas ao prato.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 4.5

    Tipos de Traves

    Outro tipo de modificao consiste em alterar os dispositivos de comando das maxilas.

    Assim, so colocadas duas bombas dos traves das rodas (corpo simples ou duplo) uma

    na parte superior e outra na parte inferior provocando o efeito de cunha em ambas asmaxilas. Como mostra a figura 4.6.

    Outra soluo aplicada ao dispositivo de comando das maxilas encontra-se representada na

    figura 4.7, na qual as maxilas so apertadas contra o tambor nos dois sentidos, para isso as

    maxilas so accionadas por dois cilindros de duplo efeito e o seu movimento limitado por

    dois batentes. Este sistema permite o mesmo efeito de travagem nos dois sentidos.

    1. Bomba superior de corpo simples

    2. Bomba inferior de corpo simplesr1 e r2. Molas de recuperao

    Fig. 4.6

    Fig. 4.7

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos

    Tipos de Traves

    4.6 Sistemas de Travagem Hidrulicos

    Os calos de travo devem possuir as seguintes caractersticas:

    Sistemas de Regulao dos Traves de Tambor

    O desgaste produzido pela frico entre os calos e o tambor durante as travagens faz com

    que os calos fiquem cada vez mais distantes do tambor na posio de repouso, implicando

    um tempo de resposta superior desde o accionamento do pedal.

    Para suplantar este inconveniente torna-se necessrio regular periodicamente a distncia

    entre estes dois componentes.

    No sistema manual, a existncia de duas cames no prato de fixao permite a regulao da

    folga.

    Esta operao realizada com alguma frequncia e o acesso para regulao efectuado

    pela parte posterior do prato, sendo assim possvel proceder regulao sem desmontar a

    roda.

    Actualmente, a maior parte dos veculos com este sistema de travagem possui um sistema

    de regulao automtico (Fig. 4.8), que actua atravs de um pontal de presso e de um

    mecanismo de excntricos dentado. Aps a desmontagem e a montagem dos traves de

    tambor, o mecanismo de regulao automtica deve ser recuado. A regulao dos calos

    levada a cabo aps a montagem do tambor do travo e aps o accionamento repetido do

    pedal do travo.

    Elevado coeficiente de atrito;

    Grande resistncia presso e ao desgaste.

    1. Sentido de rotao em frente

    2. Calo traseiro

    3. Pontal de presso

    4. Mecanismo de excntricos dentados

    5. Cal o dianteiro

    Fig. 4.8 - Dispositivo de regulao automtico.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 4.7

    Tipos de Traves

    Caractersticas de um tambor

    Devido sua forma, o tambor resiste a foras radiais resultantes da aplicao das maxilas

    e da fora centrfuga. O material de que feito o tambor deve estar adaptado aorevestimento dos calos dos traves, com uma dureza adequada. O tambor deve,

    igualmente, dissipar rapidamente o calor produzido durante uma travagem para o ar

    ambiente, pelo que o metal utilizado para a fabricao dos tambores deve ter uma boa

    condutividade trmica.

    4.2 - TRAVES DE DISCO

    No final dos anos 50 foram introduzidos na indstria automvel os traves de disco, que

    acabaram por substituir os traves de tambor. Desta forma, grande parte dos veculos

    actuais esto dotados de traves de disco, pelo menos nas rodas dianteiras, visto que se

    obtm uma maior fora de travagem.

    Os traves de disco so melhores que os traves de tambor no que respeita sensibilidade

    e ao custo de manuteno. O problema de fadiga que os traves de tambor tm, devido

    incapacidade de dissipar todo o calor gerado quando se procede a travagens consecutivas,

    substancialmente reduzido nos traves de disco porque estes esto mais ventilados e adilatao do disco devido temperatura auxilia ainda mais a eficcia de travagem devido ao

    aproximar deste com as pastilhas.

    Os traves de disco so constitudos essencialmente por um disco fixo no cubo da roda e

    uma pina onde se alojam as pastilhas que se comprimem contra o disco e efectuam a

    travagem.

    Tipos de discos

    Existem dois tipos de discos, os macios e os ventilados (Fig. 4.9).

    Os discos macios so os mais usualmente utilizados visto satisfazerem as exigncias de

    travagem normais.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos

    Tipos de Traves

    4.8 Sistemas de Travagem Hidrulicos

    Os discos ventilados so montados em veculos com grandes solicitaes de travagem

    (mais potentes) visto disporem de condutas de ar interiores que criam um efeito de

    ventilao e consequente arrefecimento. So normalmente montados apenas nas rodas

    dianteiras, devido a estas terem de suportar cerca de 75% de potncia total de travagem,

    mas alguns veculos dispem de discos ventilados nas 4 rodas.

    O material utilizado na construo dos discos de traves deve possuir uma boa

    condutibilidade trmica, uma elevada resistncia ao aparecimento de fissuras de origem

    trmica e corroso, uma boa resistncia mecnica e uma boa homogeneidade.

    Actualmente utiliza-se o ao ao cromo para obter uma alta resistncia s fissuras e

    corroso, para alm disso o cromo proporciona um bom acabamento s superfcies de atrito

    em contacto.

    Neste tipo de travo, o disco submetido em ambas as faces a foras iguais, evitando

    assim o empeno do disco e o desgaste irregular das pastilhas.

    Este equilbrio de foras pode ser obtido atravs de trs tipos de pinas:

    Pina fixa

    Pina flutuante

    Pina deslizante

    Fig.4.9 1.Disco do travo macio2. Disco de travo ventilado

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 4.9

    Tipos de Traves

    Pina fixa

    O sistema de travagem com pina

    fixa (Fig. 4.10) j praticamente no

    se utiliza nos modernos veculos

    ligeiros. Este tipo de pina possui

    mbolos de ambos os lados do

    disco. Com o accionamento do

    travo, o circuito hidrulico exerce

    presso sobre os mbolos,

    deslocando-os de encontro ao

    disco com presses de contacto

    iguais.

    Pina flutuante

    Estas pinas apenas possuem

    mbolos de um dos lados. Quando

    o pedal de travo accionado, ombolo vai actuar a pastilha de

    encontro ao disco, por reaco; o

    corpo da pina desloca-se no

    sentido contrrio, comprimindo

    tambm a pastilha existente no

    lado contrrio ao do mbolo contra

    o disco, como mostra a figura 4.11,

    em que:

    Pina deslizante

    Estas so as pinas (Fig. 4.12) mais usualmente utilizadas nos veculos ligeiros. Trata-se de

    um aperfeioamento da pina flutuante do travo de disco, com uma profundidade de

    montagem muito limitada no aro da roda. Diferenciam-se das anteriores porque nem todo o

    conjunto se desloca. A pina constituda pelo alojamento do pisto e pelo suporte do

    alojamento do pisto, tambm so fabricados alojamentos de pisto com pistes duplos.

    Fig. 4.11 Pina flutuante do travo de disco

    A - Travo de disco com pina

    flutuante montada

    B - Principio de funcionamento

    Fig.4.10 - Pina fixa do travo de disco

    A. Pina fixa montada.

    B. Princpio de funcionamento dapina fixa.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos

    Tipos de Traves

    4.10 Sistemas de Travagem Hidrulicos

    O suporte do alojamento est montado no suporte da manga de eixo (traves das rodas

    dianteiras) ou na manga de eixo (traves das rodas traseiras) e aloja os calos dos traves.

    A fixao do alojamento do pisto no suporte feita por meio de pinos de fixao. No

    momento do accionamento do travo, o leo entra no cilindro do alojamento e empurra opisto contra o calo interior que por sua vez vai contra o travo de disco em rotao. Esta

    presso provocada pelo leo age no s sobre o pisto, mas tambm sobre a base do

    cilindro e desta forma o alojamento do pisto desliza simultaneamente sobre o perno-guia

    na direco inversa, enquanto o calo exterior se desloca com a mesma fora no sentido do

    disco do travo, partindo do lado da rua. Quando o travo solto, a folga entre as pastilhas

    e os discos reconstituda por meio da fora de retrocesso do anel vedante do pisto.

    Fig.4.12 - Vista explodida de uma pina deslizante

    1. Tampa de proteco ; 2. Perno guia; 3. Alojamento do pisto; 4. Vedante do pisto

    5. Pisto; 6. Guarda-p; 7. Pino de fixao; 8. Suporte do alojamento do pisto;

    9. Calos do travo; 10. Abraadeira elstica.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 4.11

    Tipos de Traves

    Sistema de regulao da folga entre as pastilhas e os discos

    Quando o condutor pisa o pedal de travo, a bomba envia leo contra o pisto das pinas,

    empurrando-o de encontro s pastilhas que efectuam a travagem.

    Quando o condutor solta o pedal de travo, a presso no pisto cessa e a recuperao das

    pastilhas feita pelo vedante do pisto que, uma vez deformado, volta sua posio de

    repouso, arrastando consigo o pisto da bomba. No entanto, as pastilhas ficam sempre a

    roar ligeiramente no disco. Desta forma, quando se volta a pisar o pedal, produz-se

    imediatamente uma fora de travagem pelo que no necessita de um mecanismo de

    regulao para aproximar as pastilhas do disco.

    A ttulo demonstrativo esto representados nas figuras 4.14 e 4.15, respectivamente um

    esquema de uma pina com 6 pistes usada na competio automvel, nomeadamente nos

    stock cars e de uma pina com 4 pistes.

    Fig.4.13 - Principio de funcionamento da pina deslizante

    1. Perno-guia 2. Presso hidrulica 3. Calo interior do travo 4.Travo de disco 5. Calo

    exterior do travo 6. Anel vedante do pisto 7. Alojamento do pisto 8. Pisto.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos

    Tipos de Traves

    4.12 Sistemas de Travagem Hidrulicos

    Fig. 4.15

    Fig. 4.14

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 4.13

    Tipos de Traves

    Vantagens e desvantagens

    De todas estas caractersticas podemos deduzir que os traves de disco apresentam

    algumas vantagens em relao aos traves de tambor.

    No entanto, dado que nas rodas traseiras o esforo de travagem menor e o travo de mo

    actua nessas rodas, ainda se adopta frequentemente traves de tambor nas rodas traseiras.

    As vantagens do travo de disco so:

    Apesar de ter muitas vantagens tambm apresenta algumas desvantagens:

    O equilbrio das presses em ambas as faces do disco suprimetoda a reaco sobre os eixos do veculo;

    A dilatao do disco devido ao aumento de temperatura, tende adiminuir a folga entre o disco e as pastilhas;

    O disco encontra-se ao ar livre, logo, o arrefecimento facilitado;

    Menor peso total, em alguns casos muito significativo;

    Maior facilidade de substituio das pastilhas.

    Menor eficcia de travagem, para o mesmo dimetro, devido smenores superfcies de travagem. Esta desvantagem eliminadacom a utilizao de mbolos de maiores dimenses ou em maiornmero e discos de maior dimetro;

    Nvel de rudo mais elevado, dado que, sendo as pressesaplicadas superiores, implica a utilizao de materiais mais duros.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos

    Tipos de Traves

    4.14 Sistemas de Travagem Hidrulicos

    4.3 - TRAVES DE ESTACIONAMENTO

    O travo de estacionamento um sistema totalmente independente dos anteriores e actua

    normalmente nas rodas traseiras mediante um conjunto de alavancas tirantes e cabos de

    ao. utilizado quando se deseja imobilizar o veculo por algum tempo, visto que, sendo

    um sistema totalmente mecnico, no necessita de presso hidrulica para actuar. Pode

    tambm ser utilizado como travo de emergncia se o sistema de travagem normal falhar.

    So trs os tipos de travo de estacionamento normalmente instalados nos veculos actuais:

    Travo de estacionamento aplicado a traves de tambor

    composto essencialmente por (Fig. 4.16):

    Traves de tambor

    Traves de disco

    Traves de disco combinados com traves de tambor

    Uma alavanca de comando

    Cabos dianteiros, cabos traseiros

    Compensador

    Alavanca oscilante do travo de estacionamentojunto pastilha traseira do travo.

    Interruptor das luzes avisadoras de travo de

    estacionamento accionado.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 4.15

    Tipos de Traves

    Na maioria dos veculos, o registo deste tipo de travo manual, directamente no cabo traseiro

    ou no cabo do compensador, por meio de um dispositivo de ajuste.

    Ao puxar a alavanca de comando, o interruptor avisador solta-se acendendo desta forma a

    luz avisadora de travo de estacionamento accionado, no painel. Igualmente, o cabo

    dianteiro puxa os dois cabos traseiros que actuam cada um deles sobre a alavanca

    oscilante de cada tambor traseiro, ficando desta forma o veculo travado, uma vez que a

    alavanca de comando possui um segmento dentado que fixa a sua posio mantendo o

    carro travado at nova interveno do condutor sobre a alavanca, para o destravar.

    Fig. 4.16 - Sistema de travo de estacionamento aplicado a traves de tambor

    1. Alavanca de comando do travo de estacionamento; 2. Interruptor das luzes avisadoras; 3.

    Cabo dianteiro; 4. Compensador; 5. Batente; 6. Cabos traseiros; 7. Traves de tambor; 8.

    Pastilha traseira; 9. Alavanca oscilante; 10. Porca de ajuste da alavanca; 11. mbolo de afinao

    (exemplo 1) ; 12. Pino de fixao; 13. Casquilho de afinao (exemplo 2) ; 14. Manga de afinao

    (exemplo 3).

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos

    Tipos de Traves

    4.16 Sistemas de Travagem Hidrulicos

    Travo de estacionamento aplicado a traves de disco

    O travo de disco com pina deslizante do eixo traseiro rene num s conjunto o travo de

    p hidrulico e o travo de estacionamento mecnico. O funcionamento do travo de p

    idntico ao funcionamento da verso com pina deslizante; no que diz respeito ao

    accionamento mecnico do travo de estacionamento, a pina est equipada com uma

    alavanca mvel com um eixo, quando o travo de estacionamento accionado, a alavanca

    age atravs do eixo e de um excntrico sobre o parafuso de afinao do pisto e este

    pressiona o calo interior do travo contra o disco do travo, vencendo a presso das

    anilhas de mola. Atravs do alojamento do pisto mvel, tambm o calo exterior

    pressionado contra o disco do travo.

    Fig.4.17 - Travo de estacionamento integrado na pina deslizante de um travo de disco.

    1. Alavanca mvel

    2. Pisto

    3. Parafuso de afinao

    4. Anilhas de mola

    5. Excntrico

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 4.17

    Tipos de Traves

    Travo de estacionamento aplicado a traves de disco

    combinados com traves de tambor

    Neste caso, pouco utilizado, o disco do travo e o tambor constituem uma unidade, o

    accionamento do travo de p hidrulico feito por meio de uma pina fixa. O

    accionamento do travo de estacionamento de tambor feito por meio de um cabo e de

    uma alavanca oscilante, como anteriormente descrito para o travo de tambor. A figura 4.18

    mostra um travo combinado de disco e tambor.

    Fig. 4.18 1.Unidade do travo de disco/tambor2. Pina deslizante do travo de p3. Calos do travo de estacionamento.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 5.1

    Bombas

    5 BOMBAS

    5.1 BOMBAS PRINCIPAIS DO TRAVO

    A bomba de traves principal tem como funo primria proporcionar a devida presso de

    funcionamento ao circuito para o leo poder actuar os mbolos dos traves e, ainda, a de

    diminuir instantaneamente a presso no circuito ao soltar o pedal de travo.

    As bombas de traves hoje mais usualmente utilizadas possuem circuitos e depsitos

    independentes para assegurar a travagem do veculo no caso de falha de um dos circuitos.

    No caso de as bombas apenas possurem um circuito, se houvesse uma fuga de leo, a

    travagem atravs do pedal de travo estaria irremediavelmente comprometida e teria de se

    utilizar o travo de mo. Com circuitos independentes, no caso de falha de um dos circuitos,

    o outro assegura a travagem, embora no sendo to eficaz.

    Estes circuitos podem actuar de diferentes formas:

    Circuito primrio Circuito secundrio

    Rodas dianteiras Rodas traseiras

    Roda dianteira esquerda

    Roda traseira direita

    Roda dianteira direita

    Roda traseira esquerda

    Roda dianteira direita

    Roda traseira esquerda

    Roda dianteira esquerda

    Roda traseira direita

    4 Rodas Rodas dianteiras

    Bomba principal de travo de circu ito nico

    A figura 5.1 mostra uma bomba principal de travo de um cilindro. Esta composta por um

    cilindro (1) dentro do qual se encontra um pisto oco (2) que forma uma cmara de

    compensao (B) e est solidrio a uma biela de comando (3). A parte superior do cilindro

    comunica com um depsito (4) atravs de um orifcio de alimentao (5) e de um orifcio dedilatao (6).

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos5.2

    Bombas

    No extremo oposto ao comando encontra-se um orifcio (7), ligado ao circuito de

    alimentao dos traves, que regulado pela vlvula de duplo efeito (8) mantida na sua

    sede atravs da mola (9) em que no outro extremo se encontra um batente (10) contra opisto. O pisto tem pequenos furos que permitem a comunicao entre os compartimentos

    (A) e (B) e no extremo da biela uma junta de estanquicidade (12).

    Em repouso, o orifcio de dilatao est aberto e a biela (3) no est em contacto com o

    pisto, entre o extremo da biela (3) e do pisto (2) deve existir um espao livre (a) de 1 mm

    no mnimo.

    Quando o condutor acciona o pedal, a biela entra em contacto com o pisto empurrando-o

    para a esquerda. O curso morto dura at ao momento em que o orifcio (6) fechado.

    Continuando o seu movimento para a esquerda, o pisto pressiona o leo nas tubagens que

    o vai deslocar os mbolos das bombas das rodas, atravs da vlvula (8). Durante o

    movimento de aproximao, a presso em (A) ligeiramente superior tenso da mola (9).

    Quando os calos entram em contacto com os discos ou com os tambores, a presso

    cresce e exercida a fora de travagem.

    Fig. 5.1

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 5.3

    Bombas

    Quando o condutor tira o p do pedal do travo, o pisto da bomba volta imediatamente

    para a sua posio de repouso devido aco da mola (9). Cria-se uma depresso no

    compartimento (A), devido passagem pelos orifcios do pisto e volta do mesmo, de

    uma parte do leo contido no compartimento (B). No final do curso, o pisto pe a

    descoberto o orifcio (6), a mola (9) est regulada de maneira tal que provoca nas

    canalizaes uma presso residual na ordem dos 0,7 a 0,9 bar com a finalidade de evitar

    qualquer entrada de ar no circuito de travagem.

    Bomba principal de travo de dois circuitos

    A figura 5.2 representa os vrios componentes de uma bomba principal do travo de doiscircuitos:

    1. Depsito de expanso do leo dos traves; 2. Retentor secundrio; 3. Retentor de vcuo;

    4 . Mola de compresso; 5. Retentor de mola; 6. Retentor principal; 7. Anilha de

    enchimento; 8. Pisto intermdio; 9. Retentor de separao; 10. Mola de compresso; 11.

    Anel vedante; 12. Parafuso batente; 13. Manga batente; 14. Parafuso de unio; 15. Anilha

    batente; 16. Anel intermdio; 17. Anel de freio 18. Biela do pisto.

    Fig. 5.2 - Representao geral de uma bomba principal de travo de dois circuitos

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos5.4

    Bombas

    Na posio de repouso da bomba principal do travo de dois circuitos (Fig. 5.3), o leo

    encontra-se distribudo entre os orifcios de compensao, os orifcios de retorno e as

    cmaras de presso. O leo dos traves no est sob presso.

    Quando o pedal do travo actuado pelo condutor (Fig. 5.4), a biela do pisto deslocada

    no sentido do pisto intermdio. O retentor principal passa pelo orifcio de compensao e

    fecha a cmara de presso do circuito de traves 1. O leo de traves fica sob presso.

    Essa presso a que fica sujeito o leo dos traves, actua sobre o pisto intermdio e

    empurra-o tambm para a direita. Depois do retentor principal do pisto intermdio passar

    pelo orifcio de compensao, estabelecida a mesma relao de presso em ambas as

    cmaras de presso (circuito de traves 1 e circuito de traves 2).

    Fig. 5.3 Ambos os circuitos dos traves em repouso

    1. Cmara de presso do circuito de traves; 2. Pisto intermdio; 3. Orifcio de compensao;

    4. Cmara de presso do circuito de traves; 5. Biela do pisto.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 5.5

    Bombas

    Este tipo de bomba permite accionar um dos circuitos de travagem, no caso de avaria do

    outro, garantindo a travagem a viatura, embora em condies um pouco mais difceis. No

    caso de uma avaria no circuito de traves 1 (Fig. 5.5), ao pressionar o pedal do travo, a

    biela do pisto desloca-se para a esquerda. Devido fuga existente no circuito 1, o leo

    deste circuito de traves no pode ser submetido a presso. A fora muscular exercida

    sobre o pedal do travo pelo condutor, ento mecanicamente transmitida pela biela do

    pisto ao pisto intermdio. O circuito de traves 2 permanece assim operacional.

    Fig. 5.5 Avaria no circuito de traves 1

    1.Circuito de traves

    2. Pisto intermdio

    3. Circuito de traves

    44. Biela do pisto.

    Fig.5.4 Accionamento de ambos os circuitos dos traves

    1. Cmara de presso do circuito de traves; 2. Pisto intermdio; 3.Orifcio de compensao; 4. Cmara de presso do circuito de traves; 5.

    Biela do pisto.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos5.6

    Bombas

    No caso de se verificar uma fuga no circuito de traves 2 (Fig. 5.6), no possvel criar

    presso sobre o leo dos traves deste circuito ao ser pressionado o pedal do travo. O

    circuito de traves 1 permanece plenamente operacional. De notar que em caso de avaria

    de um dos circuitos de travagem, o curso do pedal dos traves torna-se mais longo e adistncia de travagem aumenta notoriamente.

    5.2 BOMBAS DOS TRAVES DAS RODAS

    A funo das bombas dos traves das rodas transmitir s maxilas dos traves a presso

    criada na bomba principal do travo de dois circuitos. Este tipo de bombas poder ser de

    simples ou de duplo efeito, sendo estas ltimas aquelas que possuem dois pistes que

    accionam as duas maxilas, no caso dos traves de tambor.

    As bombas dos traves das rodas simples so usadas em alguns tipos de traves de

    tambor como o da figura 4.6 do captulo 4 deste mdulo, bem como nos traves de disco,

    estando incorporadas nos jogos de pinas. No caso dos traves traseiros de tambor,

    actualmente so usadas quase exclusivamente as de duplo efeito e sobre estas que

    vamos debruar o nosso estudo.

    Bombas dos t raves das rodas de duplo efeito

    Este tipo de bombas so compostas por dois pistes opostos (1) de igual dimetro (Fig. 5.7)

    ou de dimetros diferentes (Fig. 5.8). A estanquicidade consegue-se atravs de retentores

    (2) aplicados contra os pistes devido ao efeito de uma mola (3).

    Fig. 5.6 Avaria no circuito de traves 2

    1. Circuito de traves

    2. Circuito de traves

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 5.7

    Bombas

    Na parte superior do cilindro da bomba encontra-se um orifcio obturvel (4) que permite

    evacuar o ar especialmente depois do enchimento do circuito de traves, permitindo assim a

    sua sangragem.

    Durante a travagem, o leo injectado pela bomba principal para as bombas das rodas

    provoca a separao dos pistes destas ultimas, que por sua vez vo actuar sobre os

    calos dos traves atravs da pea (5). As extremidades do cilindro esto protegidas com

    borrachas guarda-p (6).

    Fig. 5.7 Bombas dos traves das rodas com pistes de igual dimetro

    Fig. 5.8 Bombas dos traves das rodas de pistes com dimetros diferentes

    1. Pistes 2. Retentores 3. Mola 4. Parafuso de purga 5. Hastes 6. Borrachas guarda-p

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 6.1

    Servofreios

    6 - SERVOFREIOS

    A misso do servofreio facilitar a aco de travagem, permitindo que para uma certaintensidade de travagem requerida, o condutor tenha de desenvolver um menor esforo

    sobre o pedal de travo.

    Os servofreios tm vindo a ser utilizados em casos em que o esforo exigvel ao condutor

    para travar o veculo ultrapassa o aceitvel, o que se passa quando o peso total em carga

    do veculo ultrapassa um certo valor, ou ento em veculos ligeiros equipados com traves

    no muito eficazes mas de grande estabilidade.

    O servofreio est fixo a um suporte na antepara do compartimento do motor e encontra-se

    ligado ao pedal do travo por meio da haste de accionamento do diafragma. A bombaprincipal do travo de dois circuitos est aparafusada ao servofreio.

    O principio de funcionamento normal dos servofreios por diferena de presso de ar, que

    poder ser uma fonte de vcuo ou uma fonte de ar comprimido, neste segundo caso o ar

    fornecido por um compressor accionado pelo motor da viatura ou por um motor elctrico,

    situao usada especialmente em veculos pesados.

    No entanto nos veculos ligeiros, a alimentao do servofreio feita atravs da depresso

    criada pelo motor ou ento atravs de uma bomba de vcuo.

    Nos veculos a gasolina, a depresso necessria para o funcionamento do servofreio

    retirada do colector de admisso, enquanto que nos veculos Diesel, como no existe uma

    depresso significativa no colector de admisso, necessria uma bomba de vcuo para o

    accionamento do servofreio.

    Nos automveis utilizam-se fundamentalmente dois tipos de servofreios. O Mastervac,

    colocado entre o pedal e a bomba principal, e o Hidrovac, colocado entre a bomba principal

    e as bombas dos traves das rodas.

    Nenhum dos tipos de servofreio apresenta vantagens em relao ao outro, sendo a sua

    aplicao decidida exclusivamente devido a efeitos de construo.

    Princpios fsicos do funcionamento dos servofreios

    Consideremos, figura 6.1, um cilindro (1) contendo um pisto (2) e uma mola (3) O pisto

    divide o cilindro em duas cmaras A e B, representando por P1 e P2 as presses do ar em

    cada uma das cmaras, por S a superfcie do pisto e por T a tenso da mola, suponhamos

    que P1 superior a P2, a fora F desenvolvida pelo dispositivo S (P1 - P2) T

    portanto funo da diferena de presses sobre as duas faces do pisto.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos6.2

    Servofreios

    No que diz respeito presso do ar, existem os servofreios de depresso ou vcuo, e os

    servofreios de presso, consoante o valor da presso esteja compreendido entre a presso

    atmosfrica e uma presso inferior, ou entre a presso atmosfrica e uma presso superior.

    Do ponto de vista do seu funcionamento, distinguem-se os servofreios nos quais os

    compartimentos A e B esto presso atmosfrica com o servofreio em repouso, nos quais

    a travagem se consegue diminuindo ou aumentando a presso num dos compartimentos e

    os servofreios nos quais os compartimentos A e B esto em repouso, sob presso ou em

    depresso. Nestes, a travagem consegue-se aumentando a presso do ar num dos

    compartimentos no caso destes estarem em depresso e diminuindo a presso do ar num

    dos compartimentos no caso destes estarem sob presso.

    Existem portanto, quatro tipos de servofreios nos quais a evoluo da presso no

    compartimento activo A est indicada na tabela seguinte (Fig. 6.2) e esquematizada na

    figura 6.3.

    TipoPresso em

    repouso

    Presso em

    travagem

    A em depresso. Aspirao

    . Entrada de ar

    P=1

    P1

    P=1

    Fig. 6.2

    Fig. 6.1 Principio de funcionamento dos servofreios

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 6.3

    Servofreios

    Servofreio do tipo :

    Em repouso o compartimento B est permanentemente em comunicao com a atmosfera o

    que tambm acontece com o compartimento A, graas ao distribuidor D, durante a

    travagem, o distribuidor isola A do ar atmosfrico e seguidamente, pe-no em comunicao

    com o vcuo (Fig. 6.4).

    Servofreio do tipo :

    Em repouso o compartimento B est permanentemente em comunicao com o vcuo

    (presso inferior atmosfrica), bem como o compartimento A, graas ao distribuidor D,

    durante a travagem, o distribuidor isola A da fonte de vcuo e pe-no imediatamente em

    comunicao com o ar atmosfrico (Fig. 6.5).

    Fig. 6.3 Esquematizao dos vrios tipos de actuao de um servofreio

    Fig.6.4 Fig. 6.5

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos6.4

    Servofreios

    Servofreio do tipo :

    Em repouso o compartimento B est em permanente comunicao com o ar atmosfrico,

    assim como o compartimento A graas ao distribuidor D, durante a travagem, o distribuidor

    isola A do ar atmosfrico e pe-no imediatamente em comunicao com a fonte de ar

    comprimido (Fig. 6.6).

    Servofreio do tipo V :

    Em repouso o compartimento B est permanentemente em comunicao com o ar

    comprimido, bem como o compartimento A graas ao distribuidor D. Durante a travagem, o

    distribuidor isola A do ar comprimido e pe-no imediatamente em comunicao com o ar

    atmosfrico (Fig. 6.7).

    Servofreio Mastervac

    Quando as caractersticas construtivas do veculo o permitem, instala-se um servofreio

    deste tipo acoplado bomba. A figura 6.8 ilustra a constituio de um servofreio Mastervac.

    Fig. 6.6 Fig. 6.7

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 6.5

    Servofreios

    Funcionamento

    Com o travo no actuado (Fig. 6.9 A), a conduta de ar do exterior (4) est fechada e a

    cmara de vcuo (8) est ligada cmara de actuao (6) por meio da vlvula de disco

    aberta (3). A mesma presso existe de ambos os lados do diafragma (1), a mola de

    compresso mantm o diafragma (1) na sua posio de partida.

    Fig. 6.8 Servofreio Mastervac

    1. Diafragma ; 2. Conduta de vcuo; 3. Vlvula de disco; 4. Conduta de ar do

    exterior; 5. Filtro do ar do exterior (presso atmosfrica) ; 6. Cmara de actuao ;

    7. Cmara da bomba ; 8. Cmara de vcuo; 9. Mola de compresso; 10. Conduta

    de vcuo; 11. Pedal do travo

    Fig.6.9 Funcionamento de um servofreio Mastervac

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos6.6

    Servofreios

    Quando o pedal do travo pressionado (Fig. 6.9 B) (11) a conduta de vcuo (2) entre a

    cmara de vcuo (8) e a cmara de actuao (6) fechada. Durante a progresso do

    movimento abre-se a conduta de ar do exterior (4) e a presso antes do diafragma (1)

    comea a aumentar na cmara de actuao (6). Devido ao vcuo existente na cmara de

    vcuo (8) e presso atmosfrica existente na cmara de actuao (6), criada uma

    diferena de presso, que acentua a presso exercida pelo p em direco bomba

    principal do travo. Qualquer variao mnima da fora muscular exercida pelo p sobre o

    pedal do travo (11) causa um aumento ou uma diminuio da diferena de presso entre

    os dois lados do diafragma (1). Na posio de travagem a fundo, a diferena de presso

    (vcuo/presso atmosfrica) que age sobre o diafragma atinge valores mximos. Assim,

    consegue-se alcana a maior assistncia possvel.

    O vcuo provm do sistema de admisso nos motores a gasolina e da bomba de vcuo nos

    motores Diesel.

    A Posio de travo no actuado B Posio de travagem a fundo 1. Diafragma

    2. Conduta de vcuo 3. Vlvula de disco 4. Conduta de ar do exterior 5. Filtro do

    ar do exterior (presso atmosfrica) 6. Cmara de actuao 7. Cmara da

    bomba 8. Cmara de vcuo 9. Mola de compresso 10. Conduta de vcuo 11.

    Pedal do travo.

    Fig.6.9

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 6.7

    Servofreios

    No interior da conduta de vcuo (10) existe uma vlvula unidireccional que impede a fuga de

    vcuo do servofreio, tornando possvel com o motor desligado efectuar 3 a 5 travagens.

    Esta vlvula tambm evita que os vapores de gasolina cheguem ao diafragma do servofreio,destruindo-o ou danificando-o.

    Servofreio Hidrovac

    Este tipo de servofreio (Fig. 6.10) composto por um cilindro (1) provido de um pisto (2),

    em que a biela (3) acciona no seu extremo (4) um cilindro secundrio (5) unido s bombas

    dos traves das rodas pela canalizao (6). O distribuidor constitudo por uma membrana

    (7) unida a um pisto (8) que, atravs de (9), est submetido presso hidrulica do cilindro

    primrio sobre o qual actua o comando dos traves e uma vlvula (10).

    Em repouso, os compartimentos A e B do cilindro esto ambos em vcuo atravs da

    canalizao (11), devido aco da mola (12) o pisto ocupa a posio o mais esquerda

    possvel bem como o pisto (13) do cilindro secundrio.

    Quando o condutor actua o pedal do travo, a presso hidrulica transmitida do cilindro

    primrio para o cilindro secundrio e actua directamente sobre os traves atravs da

    canalizao (6) e sobre o pisto B. A membrana (7) desloca-se para a direita contra avlvula (10) e isola o compartimento A da fonte de vcuo.

    Seguidamente, a vlvula (10) empurrada para a direita e coloca em comunicao o

    compartimento A com o ar atmosfrico atravs da canalizao (14), que possui um filtro de

    ar. O pisto (3) desloca-se para a direita e empurra o pisto (13), a presso na canalizao

    (6) devida aco da extremidade (4) sobre o pisto (13) e presso do leo no cilindro

    primrio que se transmite atravs da canalizao.

    Quando o pisto (13) se coloca direita, o volume V no cilindro secundrio aumenta e a

    presso sobre o pisto (8) diminui, a menos que esta diminuio no seja compensada por

    uma aco suplementar do condutor sobre o pedal.

    Por consequncia, se o condutor mantm invarivel a sua aco sobre o pedal, a

    membrana (7), empurrada pela mola da vlvula, desloca-se lentamente para a esquerda e

    fecha a entrada de ar atmosfrico em (14). O pisto (3) imobiliza-se diminuindo assim a

    presso no cilindro secundrio, neste momento o sistema est em equilbrio e toda a

    reduo ou aumento da eficcia de travagem no pode ser outra se no aquela devida

    reduo ou ao aumento do esforo exercido pelo condutor. A aco do servofreio entosempre proporcional do condutor.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos6.8

    Servofreios

    No caso de falha dos servofreios, a travagem no est impedida de ser efectuada porque o

    servofreio no interrompe em nenhum instante a transmisso de foras ou a passagem de

    leo no circuito. Seno, vejamos:

    No entanto, apesar de mecanicamente ser possvel efectuar a travagem, j no o , ou

    torna-se muito difcil, no contexto fsico, visto que seria necessria uma fora extraordinria

    aplicada pelas pernas do condutor no pedal.

    No servofreio Mastervac, o contacto entre o pedal do travo e ombolo da bomba constante atravs de sucessivas hastes embolos.

    No servofreio Hidrovac, a passagem de leo tambm est sempreassegurada dado que, em caso de avaria, a mola de recuperaoempurra o pisto (2) para a esquerda.

    Fig. 6.10 - Esquema representativo do funcionamento de um servofreio Hidrovac

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 7.1

    Limitadores e Reguladores de Travagem

    7 LIMITADORES E REGULADORES DE TRAVAGEM

    Quando se trava um veculo, a maior parte do peso do veculo transfere-se para o eixo

    dianteiro, deixando o eixo traseiro com menos aderncia. Por esta razo, a fora de travagem

    no deve ser de igual intensidade em ambos os eixos.

    Ainda que se utilizem pistes das bombas das rodas de maiores dimenses, torna-se

    necessrio utilizar reguladores de travagem que corrijam a presso aplicada nesses pistes,

    bem como limitadores dessa mesma presso.

    O regulador ideal anularia todo o risco de bloqueio das rodas, permitindo ainda obter o maior

    ndice de desacelerao.

    Dependendo da sua estrutura funcional, os reguladores e limitadores de travagem realizamfunes diferentes, podendo ser classificados em dois grandes grupos:

    No caso de reguladores ou limitadores da presso de travagem que actuem em funo da

    desacelerao, a modificao da presso pode ser conseguida mediante uma esfera colocada

    sobre um plano inclinado ou pode ser realizada mediante uma massa suspensa, cuja posio

    varia segundo o valor da desacelerao. No caso de reguladores ou limitadores da presso de

    travagem que actuem em funo da carga do veculo, podem-se utilizar as variaes de

    distncia entre o chassi e o eixo devidas carga. De seguida vamos apresentar alguns

    exemplos de equipamentos deste tipo que so montados nos veculos actuais.

    Vlvula de repartio da carga

    Na maior parte dos casos, este tipo de vlvulas so montadas directamente no eixo traseiro

    dos veculos. Encontram-se fixadas no painel do piso do veculo e ligadas ao corpo do eixo por

    meio de alavancas e hastes de accionamento. No caso de veculos com distribuio de

    circuitos de traves do tipo eixo dianteiro/eixo traseiro, suficiente um simples regulador da

    fora de travagem.

    Os que actuam em funo da desacelerao.

    Os que actuam em funo da carga do veculo (mais utilizadosem veculos de mercadorias).

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos7.2

    Limitadores e Reguladores de Travagem

    Em veculos com distribuio diagonal do sistema de traves montada uma vlvula de

    repartio da carga com duas unidades de controlo separadas mas idnticas ou ento so

    montadas paralelamente, no mesmo alojamento, duas unidades de controlo idnticas. A figura7.1 mostra estes dois tipos de montagens.

    As unidades de controlo da vlvula funcionam

    hidrulica e independentemente uma da outra. O

    princpio de funcionamento de uma vlvula de

    repartio de carga consiste em cada uma dasunidades de controlo reduzir a presso de

    travagem dos traves das rodas traseiras, a

    presso de comutao controlada de forma

    varivel, em funo do estado de carga do eixo

    traseiro, por meio de uma alavanca exterior (2)

    (Fig. 7.2 ) e de uma mola de tenso ou de

    compresso (5).

    Fig. 7.1 A. Duas unidades de controlo separadas B. Duas unidades de controlo num nicoalojamento.

    1.Unidade(s) de controlo; 2. Alavanca de apoio exterior; 3.Alavanca/haste(s) deaccionamento; 4. Parafuso de afinao; 5. Mola de tenso (A) ou mola decompresso (B) e 6. Corpo do eixo.

    Fig. 7.2 - Principio de funcionamento de uma

    vlvula de repartio de carga.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 7.3

    Limitadores e Reguladores de Travagem

    Vlvula reguladora da presso

    Esta vlvula um regulador da presso de travagem com um ponto de comutao determinado

    com rosca e , na maior parte das vezes, aparafusada directamente na ligao roscada de

    sada para os traves das rodas traseiras na bomba principal do travo de dois circuitos (no

    obstante, pode tambm ser montada em qualquer outro local do sistema).

    No caso de uma distribuio diagonal dos circuitos de traves, montada em ambos os

    circuitos uma vlvula reguladora da presso para o eixo traseiro. A fim de evitar confuso, as

    roscas das vlvulas so de dimetros diferentes (Fig. 7.3). A presso de comutao a partir da

    qual activada a aco da vlvula determinada por meio de uma mola de compresso

    integrada, que actua sobre o pisto de controlo. Em caso de ultrapassagem da presso de

    comutao, reduzida a presso do leo que atinge os traves das rodas traseiras.

    Funcionamento

    Na posio inicial, o pisto de controlo (11) (Fig. 7.4) deslocado para a direita contra a unio

    aparafusada (14) por influncia da fora da mola de compresso (9).

    A sede da vlvula pressionada tambm pela fora da mola de compresso (4) contra o

    disco de ao. Nesta vlvula, as presses de entrada (1) e de sada (13) so idnticas at seralcanada a presso de comutao.

    Fig. 7.3 - Vlvula reguladora da presso do travo.

    1. Vlvula de um dos circuitos de traves (rosca de 12 mm) 2. Vlvulade um dos circuitos de traves (rosca de 10 mm)

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos7.4

    Limitadores e Reguladores de Travagem

    Na posio inicial e no incio do accionamento dos traves, a presso do leo dos traves

    gerada na bomba principal do travo actua de forma no controlada sobre os cilindros dos

    traves das rodas por meio das passagens na sede da vlvula (2) e do orifcio do pisto de

    controlo (3). Se a presso de entrada (1) continua a aumentar, a presso de sada (4)

    reduzida numa determinada proporo em relao presso de entrada (1).

    Pouco antes de alcanar a presso de comutao determinada, o pisto de controlo (11)

    comprimido contra a mola de compresso (9), fechando assim a passagem entre a sede da

    vlvula (3) e o pisto de controlo (11). O aumento posterior da presso entrada (1) causa a

    abertura e o fecho da passagem (Fig. 7.5). Com a reduo de presso de entrada (1), a vlvula

    limitadora da presso de travagem volta sua posio inicial.

    Fig.7.4 - Posio inicial

    1. Presso de entrada 2. Alojamento 3. Sede da vlvula 4. Mola de compresso 5.Disco de ao 6. Anel vedante 7. Manga-guia 8. Manga espaadora 9. Mola de

    compresso 10. Anilha de localizao 11. Pisto de controlo 12. Unio aparafusada 13.Presso de sada.

    Fig. 7.5 - Vista em corte da vlvula reguladora da presso de travagem em comutao.

    1. Presso de entrada

    2. Sede da vlvula

    3. Pisto de controlo

    4. Presso de sada (para as bombas

    dos traves das rodas traseiras)

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 7.5

    Limitadores e Reguladores de Travagem

    Vlvula l imitadora da presso do travo em funo da desacelerao

    As vlvulas limitadoras da presso do travo em funo da desacelerao (vlvula G), uma por

    cada circuito de traves, esto montadas no painel do piso antes do eixo traseiro e formam um

    determinado ngulo com o plano horizontal do veculo (Fig. 7.6).

    As vlvulas fazem com que, a partir de uma desacelerao de cerca de 0,5 G, a presso para

    os traves das rodas traseiras aumente mais lentamente do que a presso para os traves das

    rodas dianteiras. O ngulo de montagem pr-estabelecido determina o ponto de actuao das

    vlvulas (incio da reduo da presso dos traves para os traves das rodas traseiras). Com o

    accionamento dos traves, o leo dos traves passa pela esfera (4) (Fig. 7.7) atravs do orifcio(2) e da anilha de passagem (3), atravs do orifcio (8) para a cmara do pisto e daqui,

    atravs do orifcio (6), para as bombas dos traves das rodas.

    Com o aumento da presso e quando a desacelerao atinge cerca de 0,5 G, a esfera desloca-

    se pelo plano inclinado, determinado pelo ngulo de montagem diminuindo a seco de

    passagem do leo ou mesmo tapando o orifcio (8). Comea assim o incio da reduo da

    presso de travagem das rodas traseiras, com a reduo da desacelerao (ao soltar o pedal

    do travo) a esfera rola contra a anilha de passagem (3) voltando tudo situao inicial.

    Fig. 7.6 - Local de montagem da vlvula limitadora da presso do travo (vlvula G)

    1. Duas vlvulas limitadoras da presso dos traves 2. Tubagens vindas da bombaprincipal dos traves 3. Tubagens que levam o leo para o eixo traseiro 4. Sentido domovimento do veculo.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos7.6

    Limitadores e Reguladores de Travagem

    1. ngulo de montagem; 2. Orifcio de entrada; 3. Anilha de passagem; 4. Esfera; 5.

    Anilha de sangria; 6. Orifcio de sada; 7. Pisto; 8. Orifcio do pisto; 9. Sentido do

    movimento

    Fig.7.7

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 8.1

    leos para Traves e Materiais Utilizados

    8 - LEOS PARA TRAVES E MATERIAIS UTILIZADOS

    leos para traves

    O lquido utilizado no sistema de travagem accionado hidraulicamente conhecido por leo de

    traves. ele que desempenha o papel mais importante no accionamento do sistema de

    travagem e deve garantir o correcto funcionamento dos traves em quaisquer condies.

    Por esta razo, os leos de traves utilizados nos automveis devem possuir caractersticas

    muito especficas e principalmente oferecer uma grande estabilidade s presses e

    temperaturas a que esto constantemente submetidos.

    Actualmente, podemos dividir os leos de traves em trs tipos, LHM (citren), que solubrificantes minerais de muito baixa viscosidade comuns para o sistema de travagem circuitos

    hidrulicos das suspenses e servo-direco. leos Convencionais , formulados com

    compostos possuindo radicais lcool (glicol) polietilenoglicol ou polipropilenoglicol; e leos

    Silicones , fludos sintticos a que se adicionam pequenas quantidades de aditivos para

    limitar a degradao por efeito da temperatura e neutralizar as substncias corrosivas.

    Um leo de traves deve possuir as seguintes caractersticas:

    Possuir uma temperatura de ebulio elevada, normalmenteentre 230 e 240C;

    Baixas aptides higroscpicas, ou seja, baixa capacidade de absorverhumidade, visto que, se a quantidade de gua superar os 3%, atemperatura de ebulio do leo desce entre 80 a 90C, implicandoa substituio do liquido.

    Possuir propriedades anticorrosivas que impeam reacesqumicas entre o leo e os restantes componentes do circuito. Poresta razo nunca se deve misturar um leo mineral com outrosinttico.

    Adequada viscosidade de modo a assegurar a vedao de pistese bombas das rodas.

    Fluidez nas baixas temperaturas para assegurar a necessriavelocidade de resposta do sistema de travagem em qualquercondio ambiental.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos8.2

    leos para Traves e Materiais Utilizados

    Os leos de traves utilizados actualmente apresentam uma ligeira degradao no decurso dosprimeiros meses de utilizao devido s propriedades higroscpicas que ainda possuem, mas

    decorrido algum tempo de utilizao obtm-se uma estabilizao da taxa de humidade, pelo

    que no se torna necessrio proceder a uma troca sistemtica de leo.

    Quanto miscibilidade destes diferentes produtos, os produtos base de glicol no so

    miscveis com os restantes lubrificantes (ex: leos para motor ou para transmisses) nem com

    os leos de traves silicones, no entanto so miscveis entre si independentemente do seu

    nvel de especificao (DOT 3, DOT 4, etc.)

    Os fabricantes aconselham a troca peridica de leo sempre que estejam cumpridos 80.000Kmou decorridos 2 anos, dada a funo vital de segurana que desempenha o leo de traves e

    sobretudo devido sua perda de propriedades com a absoro de humidade.

    A tabela da pgina seguinte indica-nos os valores limites de alguns parmetros, para trs

    categorias de leos de traves estabelecidos pela Federal Motor Vehicle Society Standart. No

    se encontra referenciada nesta tabela as antigas especificaes SAE J 1703, norma pouco

    exigente que deixou de ser utilizada como referencial.

    Adequado poder lubrificante para um regular movimento das peas semprovocar desgastes.

    Compatibilidade e miscibilidade com outros fluidos para traves com asmesmas especificaes.

    No ser nocivo para os elastmetros.

    Resistir oxidao.

    Ter boas propriedades dielctricas.

    Ter baixa toxicidade e irritabilidade.

    Ser quimicamente estvel mais alta temperatura e inerte face aosoutros componentes com que contacta.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos 8.3

    leos para Traves e Materiais Utilizados

    ESPECIFICAES

    Parmetro

    Limite de especificao

    FMVSS 116 (1)

    (1) DOT3 DOT4 DOT 5.1 DOT5

    Temperatura mnima de ebulio, C 205 230 260 260

    Temperatura mnima de ebulio no fluido

    humidificado, C 140 155 180 180

    Viscosidade mxima a -40C, mm2/s 1500 1800 900 900

    Temperatura mnima de vapor lock no fluidotal qual, C 200 225 - 255

    Temperatura mnima de vapor lock no fluidohumidificado, C 180 210 - 235

    (1) - FMVSS - Federal Motor Vehicle Society StandartDOT Department of Transportation

    Materiais de frico utilizados

    Actualmente, na fabricao de tambores para facilitar a disperso do calor e para reduzir o

    peso no amortecido, d-se preferncia aos tambores de ligas leves, no interior dos quais se

    monta ou se produz na prpria fundio um anel de frico em ferro fundido cinzento de

    granulao fina.

    Dum modo geral, os ferros fundidos utilizados para o fabrico dos anis internos para os

    tambores tm as caractersticas mdias indicadas na tabela da pgina seguinte.

    Por vezes, para aumentar as caractersticas mecnicas destes anis, especialmente quando se

    trata de tambores com grande dimetro, recorre-se ao ferro fundido, ao nquel, ao cromonquel

    e ao ferro fundido esferoidal.

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    Sistemas de Travagem Hidrulicos8.4

    leos para Traves e Materiais Utilizados

    Composio centesimal Caractersticas mecnicas mdias

    C Si Mn S P

    R

    Kg/mm2

    E

    Traco

    Kg/mm2

    E

    Compresso

    Kg/mm2

    HB

    Kg/mm2

    Peso

    especf.

    Kg/dm3

    3,4

    mn.

    1,1

    1,7

    0,6

    0,9

    0,14

    mx.

    0,20

    mx.26 10000 12000 250 7,5

    Para reduzir ao mnimo a folga entre os revestimentos e o tambor, necessrio que o

    acabamento da superfcie interna do anel seja muito rigoroso. assim possvel obter umaaco de travagem eficaz e uniforme, sem se produzirem incmodas vibraes durante a

    travagem. A superfcie exterior do tambor possui quase sempre alhetas de arrefecimento,

    obtidas no acabamento oficinal ou por fundio.

    O dimetro do tambor deve ser escolhido de modo a deixar um espao suficiente em relao

    s jantes, para haver uma boa ventilao do prprio tambor e para impedir que o calor se

    transmita ao pneu.

    A fabricao de maxilas para os traves de tambor, pode ser por moldagem presso dachapa de ao, ou por fundio de ao, ferro fundido ou de ligas leves. Estas ltimas so as

    mais preferidas porque, alm da vantagem do menor peso, tm ainda a possibilidade de

    conferirem ao conjunto tambor-maxila-calo um comportamento quase constante quando varia

    a temperatura.

    Com efeito, deve ter-se presente que, durante a travagem, como o material de que so

    fabricados os calos ou revestimentos de atrito das maxilas mau condutor de calor, o tambor

    aquece e dilata-se em grau superior aos calos, daqui resulta que, com o travo a quente, se

    verificar um curso maior do pedal e se os calos apresentarem grande desgaste, pode

    acontecer que no se consiga obter a necessria aco de travagem. Se se empregarem

    maxilas de ligas leves, acontece que a maior dilatao destas ltimas quase compensa a do

    anel de ferro fundido do tambor. Consequentemente, no se verificaro diferenas sensveis

    nas folgas quando varia a temperatura e o curso do pedal permanecer praticamente o

    mesmo.

    Uma boa liga leve, base de alumnio-cobre, muito utilizada no fabrico de maxilas, a indicada

    na tabela seguinte.

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