4.2. relaÇÕes estrutura/estabilidade de uma … · em que e 0 representa a actividade no tempo...

15
4.2. RELAÇÕES ESTRUTURA/ESTABILIDADE DE UMA PROTEÍNA DEQB Lição de Biocatálise • Quando existem diferenças significativas em relação à estabilidade de uma proteína, com a mesma função biológica, essas diferenças ocorrem ao nível de uma pequena variação na sequência dos amino ácidos sem causar grande diferenças ao nível da estrutura terceária e, por isso, torna difícil prever a estabilidade de uma proteína a partir das suas características estruturais. • Para esclarecer e compreender essa diferença tem de se isolar e purificar as proteínas com a mesma função biológica, em geral, de fontes diferentes e analisar: - Composição de amino ácidos e estrutura primária, - Estrutura terceária e mobilidade de conformação, - Resistência à desnaturação reversível e irreversível, - Dependência da actividade enzimática da temperatura.

Upload: dangkhue

Post on 12-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

4.2. RELAÇÕES ESTRUTURA/ESTABILIDADE DE UMA PROTEÍNA

DEQB

Lição de Biocatálise

• Quando existem diferenças significativas em relação à estabilidade de uma

proteína, com a mesma função biológica, essas diferenças ocorrem ao nível de

uma pequena variação na sequência dos amino ácidos sem causar grande

diferenças ao nível da estrutura terceária e, por isso, torna difícil prever a

estabilidade de uma proteína a partir das suas características estruturais.

• Para esclarecer e compreender essa diferença tem de se isolar e purificar as

proteínas com a mesma função biológica, em geral, de fontes diferentes e

analisar:

- Composição de amino ácidos e estrutura primária,

- Estrutura terceária e mobilidade de conformação,

- Resistência à desnaturação reversível e irreversível,

- Dependência da actividade enzimática da temperatura.

4.3 MÉTODOS PARA ESTUDAR AS RELAÇÕES ESTRUTURA/ESTABILIDADE DE ENZIMAS

DEQB

Lição de Biocatálise

A) Comparação de proteínas homólogas de microorganismos mesófilosao nível da composição de amino ácidos.

B) Comparação de proteínas de microrganismos mesófilos e termófilos onde ocorrem diferenças significativas de estabilidade

C) Comparação de proteínas de mutantes com a proteína da estirpe selvagem e, assim investigar o papel de um resíduo de amino ácido específico na estabilidade da proteína,

D) Proteínas preparadas no laboratório1) IMOBILIZAÇÃO2) MUTAGÉNESE DIRIGIDA3) MODIFICAÇÃO QUÍMICA

4.4 RAZÕES MOLECULARES PARA A ESTABILIZAÇÃO DE PROTEÍNAS

DEQB

Lição de Biocatálise

1) Ligação de iões metálicos, substratos, co-factores e outros ligandos de baixo peso molecular,

2) Interacções proteína-proteína e proteína-lípidos,

3) Ligação iónica, dipolo-dipolo e outras interacções electrostáticas,

4) Ligações dissulfureto (-S-S-),

5) Baixo teor de amino ácidos sensíveis à oxidação,

6) Compactação dos resíduos de amino ácidos,

7) Interacções hidrófobas,

8) Barreiras do desdobramento.

4.2. RELAÇÕES ESTRUTURA/ESTABILIDADE DE UMA PROTEÍNA

DEQB

Lição de Biocatálise

Desnaturação reversível

DEQB

Lição de Biocatálise

DEQB

Lição de Biocatálise

Desnaturação reversível

Técnicas para avaliar a desnaturação – absorção ultravioleta

DEQB

Lição de Biocatálise

4.2. RELAÇÕES ESTRUTURA/ESTABILIDADE DE UMA PROTEÍNA

DEQB

Lição de Biocatálise

Desnaturação irreversível ou desactivação

DEQB

Lição de Biocatálise

A maior parte dos enzimas, com excepção talvez dos enzimas imobilizados, desactiva de acordo com uma cinética de 1ª ordem:

k

E → Ed

em que E e Ed representam respectivamente o enzima com e sem actividade.

Escrevendo a equação diferencial para o desaparecimento da actividade (-dE/dt=kE) e integrando obtém-se:

kte

E

E−

=

0

em que E0 representa a actividade no tempo zero.

Quando se compara a desactivação de vários enzimas ou de um enzima em diferentes condições, é mais intuitivo comparar-se o tempo de meia vida em vez da constante cinética:

kt

2ln

21

=

t1/2 é o tempo ao fim do qual o enzima perde 50% da sua actividade e éfacilmente dedutível considerando E/E0=0.5.

4.2. RELAÇÕES ESTRUTURA/ESTABILIDADE DE UMA PROTEÍNA

DEQB

Lição de Biocatálise

4.2. RELAÇÕES ESTRUTURA/ESTABILIDADE DE UMA PROTEÍNA

DEQB

Lição de Biocatálise

4.2. RELAÇÕES ESTRUTURA/ESTABILIDADE DE UMA PROTEÍNA

DEQB

Lição de Biocatálise

Mecanismos de desnaturação ou desactivação

DEQB

Lição de Biocatálise

Estabilidade de Proteínas: Desnaturação - Desactivação

DEQB

O modelo mais utilizado é o modelo de desactivação de primeira ordem:

Ekdt

dE

d=−

em que E é a actividade do enzima no reactor no tempo t e kd

é a constante de desactivaçãode primeira ordem. Outros modelos:

ES

k

t

Ed

d

d=−

EP

k

t

Ed

d

d=−

tk

EE

d

0

1+

=

nEtk

t

E

d

d

d=−

(a) desactivação enzimática dependente do substrato

(b) desactivação enzimática dependente do produto

(c) modelo linear invertido

(d) desactivação enzimática dependente do tempo

Lição de Biocatálise (12 de Maio de 2006)

4.2. RELAÇÕES ESTRUTURA/ESTABILIDADE DE UMA PROTEÍNA

Estabilidade operacionalDEQB

Lição de Biocatálise