41º monitoramento hidrológico 2011 · características das cheias e vazantes em manaus – 1...

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MONITORAMENTO HIDROLÓGICO 2011 Boletim n o 41 – 01/12/2011

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  • MONITORAMENTO HIDROLÓGICO

    2011 Boletim no 41 – 01/12/2011

  • Boletim de acompanhamento - 2011

    1. Figura 1: Mapa de estações estratégicas

    2. Comportamento das Estações monitoradas

    De acordo com as tabelas I e II, em termos estatísticos, verificamos:

    - Bacia do Japurá – nível normal para o período.

    - Bacia do Javari – nível normal para o período.

    - Bacia do Juruá – nível normal para o período.

    - Bacia do Purus – nível normal para o período.

    - Bacia do Negro – níveis normais para o período.

    - Bacia do Solimões – níveis normais para o período.

    - Bacia do Amazonas – nível normal para o período.

    - Bacia do Madeira – nível normal para o período.

    Salientamos que os níveis d’água apresentados na coluna “informação mais recentes” da tabela podem eventualmente ser alterados em função de verificações “in loco” a serem realizadas pelos Técnicos em Hidrologia que operam trimestralmente a rede hidrometeorológica, ocasião em que são executados os trabalhos de manutenção das estações, bem como o nivelamento das réguas.

  • Tabela I: Quadro das Cotas nas Estações de Monitora mento Hidrológico – Vazante

    ESTAÇÃO RIO Vazante Máxima Relação com

    maior vazante (cm)

    Informação mais recente

    Ano Cota (cm) Data Cota (cm)

    Palmeiras do Javari Javari 1991 365 681 30/11/11 1046

    Eirunepé Montante Juruá 1995 143 1432 n/disp 1575

    Gavião Juruá 2005 -97 649 19/11/11 552

    Vila Bittencourt Japurá 1985 314 588 25/11/11 902

    Rio Branco Acre 2005 164 442 30/11/11 606

    Boca do Acre Purus 1998 349 571 30/11/11 920

    São Gabriel da Cachoeira Negro 1992 330 447 30/11/11 777

    Tapuruquara (S.I.R. Negro) Negro 1980 28 307 02/11/11 335

    Barcelos Negro 1980 58 340 30/11/11 398

    Moura Negro 2009 235 359 30/11/11 594

    Boa Vista Branco 2003 10 392 22/11/11 402

    Caracaraí Branco 1998 -10 338 30/11/11 328

    Tabatinga Solimões 2010 -86 722 29/11/11 636

    Itapeuá Solimões 2010 131 601 29/11/11 732

    Careiro Pr. do Careiro 2010 125 445 30/11/11 570

    Manaus Negro 2010 1363 441 01/12/11 1804

    Parintins Amazonas 2010 -188 264 30/11/11 76

    Humaitá Madeira 1969 833 281 30/11/11 1114

  • 3. Dados climatológicos (SIPAM)

    Distribuição da Precipitação

    Figura 2 – Distribuição da chuva acumulada na Amazônia Legal para o mês de novembro de 2011.

    A Figura 2a acima (esquerda) representa o acumulado de precipitação do mês de novembro de 2011. As figuras 2b e 2c (direita) representam a climatologia da precipitação, sendo a superior referente ao máximo de precipitação considerada normal e a inferior, ao mínimo normal para o referido mês.

    A climatologia de precipitação da Região Amazônica durante o mês de novembro apresentou os valores máximos de chuva em grande parte da Amazônia central, oeste e sul da região. Os valores mínimos de chuva, segundo a climatologia (Figuras 2b e 2c), encontram-se na porção norte-nordeste da Amazônia, abrangendo o norte dos estados de Roraima, Pará e Maranhão e o estado do Amapá.

    A distribuição de chuva seguiu dentro dos padrões climatológicos, com valores máximos de chuva no sentido noroeste-sudeste, resultado de vários eventos de Zona de Convergência de Umidade (ZCOU) que atuaram do centro do Amazonas até o sul da região Nordeste. Acredita-se que a presença do fenômeno La Niña no Pacífico Tropical e águas mais frias no Atlântico Subtropical Sul favoreceram na dinâmica dos sistemas frontais, intensificando a convecção associada aos principais sistemas meteorológicos atuantes na região, como a Zona de Convergência de Umidade (ZCOU) na porção sul da Amazônia e a Zona de Convergência Inter-Tropical (ZCIT) no extremo norte da Amazônia. A atuação desses dois sistemas provocaram tempestades severas, com índices elevados de

  • precipitação e ocorrência de ventos fortes em praticamente toda a região, especialmente no centro e sudeste do Amazonas, leste do Acre, sul de Rondônia, oeste e sul do Pará, norte do Mato Grosso e norte e sudeste do Tocantins, onde o acumulado de chuva atingiu valores acima de 250 mm e algumas áreas isoladas nos três últimos estados alcançaram valores acima de 300 mm. Também foram observados chuvas acima no padrão normal no oeste de Roraima e nordeste do Pará, com valores acima de 150 mm/mês.

    A Figura 3 apresenta o padrão oceânico semanal observado durante o mês de novembro de 2011. As áreas de monitoramento do Pacífico Equatorial mantêm anomalias negativas em grande parte da faixa equatorial, com valores entre -1,5º a -3ºC na região do Nino 3.4 (vermelho tracejado), entre as longitudes de 120° e 180°W, caracterizando a presença do fenôm eno La Niña. Na bacia do Atlântico Tropical foram observadas anomalias positivas de TSM na bacia norte, próximo a faixa litorânea do Amapá, com valores atingindo entre 0,5° e 1°C. No Atlântico Sul, anomalias negativas se expandem progressivamente com valores entre -1 e -2°C. Estas condições, associadas ao res friamento no Pacífico Equatorial, que deverá permanecer no próximo trimestre, tem contribuído para a interação da umidade da Amazônia com os sistemas frontais, como foi observado nas últimas semanas, aumentando a convecção no sul e leste da Amazônia.

    Figura 3 - Anomalia semanal de TSM (°C) para o mês de novembro 2011 sobre a faixa entre 40°N e 50°S. Retângulos no Pacífico representam áreas de Niño 1+2 (vermelho), Niño 3 (verde), 3.4 (vermelho tracejado) e Niño 4 (azul). Dados do NWS/CPC processados pelo SIPAM.

  • 4. Cotagramas

    Rio Negro em Manaus – 14990000

    Curvas envoltórias das cotas diárias observadas em Manaus – 14990000

    Gráfico 01: Cotagrama do Rio Negro em Manaus. Cota em 01/12/2011: 18,04 m

    Obs.: As cotas indicadas no gráfico são valores associados a uma

    referência de nível local e arbitrária, válida para a régua linimétrica da estação. Para comparação com as altitudes em Manaus, devem ser subtraídos 3,96m às cotas lidas na régua.

    Nº de ordem

    Ano Cota mínima (cm)

    Mês

    1 2010 1363 Outubro 2 1963 1364 Outubro 3 1906 1420 Novembro 4 1997 1434 Novembro 5 1916 1442 Outubro

    Tabela II: Maiores Vazantes no Porto de Manaus

  • As curvas envoltórias representam os valores máximos, mínimos e de 10% e 90% de permanência para os valores de cotas já ocorridos em cada dia do ano. Os valores associados à permanência de 10% ou 90% são os valores acima dos quais as cotas observadas estiveram em 10% ou 90% do tempo do histórico de dados. A zona de atenção para o período de cheia corresponde à faixa entre 10% de permanência e o valor máximo já ocorrido. Para o período de vazante, a zona de atenção corresponde à faixa entre 90% de permanência no histórico e o valor mínimo já ocorrido.

    Características das cheias e vazantes em Manaus – 1 4990000

    Distribuição mensal (%) das ocorrências de cotas má ximas e mínimas anuais em Manaus Período 1902 a 2010

    6

    76

    19

    10

    1 1

    43

    35

    10

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

    Oco

    rrên

    cias

    - %

    Cotas máximas

    Cotas mínimas

    Gráfico 02: Distribuição histórica (%) de cotas máximas e mínimas (atualizado até 2010).

    Na série histórica das cotas em Manaus, 76% tiveram o valor máximo anual no mês de junho, 19% em julho e 6% em maio e 43% tiveram o valor mínimo anual no mês de outubro, 35% em novembro, 10% nos meses de janeiro e dezembro e 1% nos meses de fevereiro e setembro.

  • Cheias e vazantes em Manaus 1903 a 2010

    1300

    1500

    1700

    1900

    2100

    2300

    2500

    2700

    2900

    3100

    1903

    1906

    1909

    1912

    1915

    1918

    1921

    1924

    1927

    1930

    1933

    1936

    1939

    1942

    1945

    1948

    1951

    1954

    1957

    1960

    1963

    1966

    1969

    1972

    1975

    1978

    1981

    1984

    1987

    1990

    1993

    1996

    1999

    2002

    2005

    2008

    anos

    cota

    s (c

    m)

    cheia máxima histórica (2009)2977 cm

    vazante máxima histórica (2010)1363 cm

    média das cheias2781 cm

    média das vazantes1754 cm

    cheia mínima histórica (1926)2177 cm

    Gráfico 03: Cotagrama com as cheias e vazantes observadas em Manaus no período

    1903-2010 (atualizado até 2010).

    Gráfico 04: Cotagrama das maiores vazantes observadas em Manaus no período

    1903-2010 comparadas com o ano 2011.

  • 4.1. Bacia do Rio Javari

    Cota em 30/11/2011: 10,46 m

    Cota em 19/11/2011: 5,52 m

    4.2. Bacia do Rio Juruá 4.3. Bacia do Rio Japurá

    Cota em : atualização não disponível

    Cota em 25/11/2011: 9,02 m

  • 4.4. Bacia do Rio Purus 4.5. Bacia do Rio Negro

    Cota em 30/11/2011: 6,06 m (obs: vazante 2011 foi a maior registrada na série histórica)

    Cota em 30/11/2011: 7,77 m

    Cota em 12/10/2011: 5,2

    Cota em 30/11/2011: 9,20 m

    Cota em 02/11/2011: 3,35 m

  • 4.5. Bacia do Rio Negro (cont.)

    Cota em 30/11/2011: 3,98 m

    Cota em 22/11/2011: 4,02 m

    Cota em 30/11/2011: 5,94 m

    Cota em 30/11/2011: 3,28 m

  • 4.6. Bacia do Rio Solimões/Amazonas

    Cota em 29/11/2011: 6,36 m

    Cota em 30/11/2011: 5,70 m

    Cota em 29/11/2011: 7,32 m

    Cota em 01/12/2011: 18,04 m

  • 4.7. Bacia do Rio Solimões/Amazonas (cont.)

    Cota em 30/11/2011: 0,76 m

    4.8. Bacia do Rio Madeira

    Cota em 30/11/2011: 11,14 m

    Os dados hidrológicos utilizados neste boletim são provenientes da rede hidrometeorológica de responsabilidade da Agência Nacional de Águas, operada pelo Serviço Geológico do Brasil e os dados de climatologia foram fornecidos pelo SIPAM.

    Manaus, 01 de dezembro de 2011.

    _______________________________________

    Marco Antônio de Oliveira Superintendente Regional da CPRM/Manaus

    CPRM – Serviço Geológico do Brasil