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UFCD – HIGIENE, SAÚDE E SEGURANÇA DA CRIANÇA Despiste de alterações visuais

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UFCD – HIGIENE, SAÚDE E SEGURANÇA DA CRIANÇA

Despiste de alterações visuais

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Apesar da creche ser um espaço importante para o crescimento e desenvolvimento das crianças, esta pode se tornar um meio propiciador para ocorrência de agravos à saúde da mesma. O educador infantil, portanto, tem um papel não só de educador, como de cuidador, reconhecendo os possíveis agravos que podem acometer às crianças da creche.

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A Criança para se desenvolver necessita da estimulação e maturação dos órgãos sensitivos.

A visão ocupa lugar de destaque neste processo, tendo em vista ser responsável pela captação de cerca de 80% dos estímulos que chegam do ambiente.

Os olhos são importantes órgãos de comunicação com o mundo exterior.

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Através da visão a criança adquire meios adequados para captar e processar informações, favorecendo, desta forma, a estruturação do espaço ao seu redor , a sua integração ao mundo das coisas e pessoas, noções de limites, auto – confiança, contribuindo na melhora da qualidade de vida.

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• Os problemas visuais prejudicam o rendimento escolar e podem influir na própria formação da personalidade da criança.

• A responsabilidade da saúde ocular depende também de informações que devemos ter sobre os principais problemas oculares e quais as providências a serem tomadas.

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É alta a incidência de cegueira monocular (um olho com visão boa e o outro sem visão ou com uma baixa acentuada) e que geralmente o aspecto externo de ambos os olhos é normal e a família não percebe o problema, uma vez que, um dos olhos tendo visão, encobre a falha do outro.

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Definição de deficiência visual Incapacidade parcial (amblíopia), quase total

ou total (cegueira) para percepcionar a luz, devido a uma lesão no sistema visual.

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Constituição do aparelho auditivo  A luz incide na córnea, atravessa o humor

aquoso, passando através da pupila até chegar ao cristalino. O cristalino transmite o estímulo ao corpo ciliar após o qual chegará à retina. Da retina, o estímulo passará pelo nervo óptico que o levará à área visual do córtex pelos centros nervosos superiores.

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Tipos de deficiência visual  Na deficiência visual encontramos os cegos

e os amblíopes, distinguindo-se pelas seguintes características:

  Cegueira Total: ausência total de visão; implica a ajuda

de técnicas específicas (ex. bengala, Braille, etc.)

Prática: possibilidade de distinguir objectos e vultos; possibilidade de orientação num espaço conhecido; implica a ajuda de técnicas específicas.

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Legal: em Portugal é considera cega toda a pessoa que tenha menos de 1/10 da visão no melhor olho depois de corrigido, ou um campo visual inferior a 20º.

Ambliopia

Grande ambliopia: deficit de visão situado entre 1/10 e 3/10.

Pequena ambliopia: deficit de visão situado entre 3/10 e 5/10.

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Etiologia  Pré-natal

Hereditariedade Alterações genéticas Infecções maternas: Rubéola e toxoplasmose Incompatibilidade sanguínea Hemorragias Medicamentos tóxicos

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Perinatal

Prematuridade Sofrimento fetal Traumatismo de parto

Pós-natal

Infecções Meningite Encefalite Traumatismos Cranianos e Oculares  Infecções neurológicas

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 Distúrbios da refracção Astigmatismo: originado por um defeito na

córnea. Pode ser simples ou misto (combinado com miopia ou hipermetropia).

Hipermetropia: a focagem dos raios luminosos é feita depois da retina. Aparece frequentemente nas crianças e tem tendência a corrigir na adolescência.

Miopia: é caracterizada por um grau de poder de acomodação do cristalino. A focagem dos raios luminosos é feita antes da retina. Não é corrigível na sua totalidade.

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Alguns distúrbios visuais

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Distúrbios na visão de cores

Daltonismo: alteração na visão das cores, especialmente verde e vermelho. O daltonismo não tem normalmente significado educacional.

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Distúrbios do sentido luminoso

Albinismo: o globo ocular encontra-se sem pigmentação. Daí o fechar contínuo dos olhos e o não conseguir estar em sítios de grande luminosidade. Ao trabalhar com uma criança albina deve-se colocá-la sempre na sombra.

Dificuldades de acomodação: o olho não se ajusta convenientemente a diferentes distâncias. Uma criança com dificuldades de acomodação terá grandes dificuldades para passar da leitura do caderno à leitura do quadro.

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Distúrbios da visão binocular

Estrabismo: o despiste precoce, antes dos 3 anos, é muito importante, pois há grandes possibilidades de uma criança com estrabismo não tratado evoluir para cegueira (devido aos músculos óculo-motores).

Nistagmos: são movimentos irregulares dos olhos, rápidos e involuntários. Dificultam a focalização dos objectos e a leitura continua e suave.

Paralisias oculares

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Distúrbios da retina Descolamento da retina: separação da

retina do folheto inferior que a suporta Retinopatia diabética: pode levar à

cegueira. Retinite pigmentar: é uma alteração

hereditária rara, na qual a retina degenera de forma lenta e progressiva, conduzindo finalmente à cegueira

 

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Distúrbios das vias ópticas Atrofia óptica: atrofiamento do nervo

óptico Hemianopsia: enfraquecimento ou perda

completa da visão em metade do campo visual de um ou dos dois olhos.

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Distúrbios do cristalino

Cataratas: são causadas pela opacidade do cristalino. Esta opacidade pode ser total ou parcial, existindo vários tipos de cataratas: congénita, senil (com o avanço da idade) e traumática.

Glaucoma: consiste num aumento da pressão intra-ocular acima dos valores normais. É uma das maiores causas da cegueira (por compressão do nervo óptico), sendo uma das doenças mais dolorosas do aparelho ocular. Existem vários tipos: congénito, infantil, adulto e secundário.

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A O.M.S. estabeleceu as seguintes categorias para a deficiência visual:

Visão normal: grau de visão de 0,8 ou superior; Visão quase normal: grau de visão inferior a

0,8; Ambliopia severa: grau de visão inferior a 0,3; Ambliopia profunda: grau de visão inferior a

0,12; Cegueira profunda: grau de visão inferior a

0,05; Cegueira quase total: grau de visão inferior a

0,02; Cegueira total: ausência de percepção de luz.

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ALGUMAS CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DEFICIENTES VISUAIS

Relação entre o grau de deficiência e as ajudas técnicas/expectativas educacionais

Visão normal ou quase normal: integração plena. Ambliopia: é necessário recursos adicionais (ajudas

ópticas) e em alguns dos casos (profundos) aplica-se o ensino especial para a aprendizagem de técnicas específicas (Braille e Técnicas de Orientação e Mobilidade). Posteriormente, podem ser integrados parcial ou plenamente.

Cegueira: é necessário o ensino especial para a aprendizagem de técnicas específicas (Braille e Técnicas de Orientação e Mobilidade, entre outras). Posteriormente podem ser integrados parcial ou plenamente.

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COMO EFECTUAR O DESPISTE VISUAL

Plano sensorial Limiares sensoriais idênticos às pessoas

ditas normais. Existe contudo, uma certa compensação da função perdida por parte do deficiente visual.

 

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Plano motor atraso no desenvolvimento psico-motor postura anormal:

◦ cabeça pendente;◦ tronco inclinado atrás, numa posição de defesa;◦ braços oblíquos em relação ao corpo;◦ na marcha, colocação de toda a planta do pé no

chão. comportamentos estereotipados:

◦ piscar ou esfregar os olhos;◦ rodar a cabeça;◦ balançar com o corpo. 24

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Plano afectivo e social• insegurança• receio• desconfiança• ansiedade• isolamento• dificuldades de integração

 

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A criança aproxima frequentemente os objectos dos olhos

Apresenta dificuldades de locomoção, sendo frequentes os tombos e os encontrões

Ocorrem alterações físicas na área dos olhos

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Mudanças no comportamento da criança, podendo esta tornar-se mais tímida, irritadiça, evitando brincar ao ar livre com medo de se expor, entre outras.

A presença de secreção ocular, segundo Bechara e Caldeira (1999) pode estar relacionada a uma conjuntivite aguda, se caso esta for muito abundante, como também pode ser indicativo de úlcera de córnea, quando a secreção é moderada.

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Comunicação• A comunicação mais importante no deficiente

visual é a não verbal;• Mais do que ouvir, o deficiente visual tem de sentir;• A comunicação verbal deve ser simples, pausada,

clara, objectiva e com palavras de grande significado;

• Deve-se primeiro fazer uma descrição geral da situação, seguida de uma descrição pormenorizada. No final deve ser feita sempre a confirmação da mensagem;

• A informação correcta é de extrema importância, uma vez que depois da imagem estar criada dificilmente a conseguiremos corrigir.

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