38 ª ediÇÃo do jornal do mercado pÚblico de florianÓpolis

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ESPECIAL Ribeirão d a Ilha: o berço catarinense do cultivo de ostras e mariscos FAZENDO ARTE T arcília dos Santos O balcão mais democrático do Brasil The most democratic balcony of Brazil Jornal do Mercado Distribuido na Grande Florianópolis/ SC - Outubro/2013 - Ano 4 - Nº 38 Público de Florianópolis História e Cultura ao Alcance de Todos DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Foto: acervo Restaurante Ostradamus

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EDITORIAL (10/2013) - NIPA DE OLIVEIRA Outubro é o mês no qual acontece um importante evento gastronômico em Florianópolis: a Fenaostra. Festa realizada para promover a cultura da ostra, molusco cultivado em larga escala na cidade. Assim, para compor a edição nº 38 do Jornal do Mercado Público de Florianópolis, destacamos, entre outras matérias, uma entrevista especial com Ademir Dário dos Santos, um dos pioneiros no cultivo da maricultura em Florianópolis, projeto que foi idealizado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Conforme nos relatou Ademir, a princípio, os pescadores da região não acreditavam que fosse possível cultivar ostra; todavia, após muita insistência dos pesquisadores da universidade, eles deciriram apostar nesse projeto, que mudou as suas vidas e transformou o Ribeirão da Ilha em referência gastronômica. Confira mais detalhes dessa entrevista nas páginas nº 10, 11, 13 e 14. Desejamos-lhe, uma ótima leitura!

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ESPECIALRibeirão da Ilha: o berço catarinense do cultivo de ostras e mariscos

FAZENDO ARTETarcília dos Santos

O balcão mais democrático do BrasilThe most democratic balcony of Brazil

Jornal do MercadoDistribuido na Grande Florianópolis/ SC - Outubro/2013 - Ano 4 - Nº 38Público de Florianópolis

História e Cultura ao Alcance de Todos DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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CHEF & GOURMET (por Daniel Fernandes) NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA (por Cleusa I. P. Raimundo) FAZENDO ARTE (com Trecília dos Santos)

GENTE NO MERCADO Pessoas que frequentam e fazem a história do Mercado Público de Florianópolis.

SALADA SOCIAL (por Nipa de Oliveira) Acontecimentos da sociedade

CAPA - MATÉRIA ESPECIAL: Ribeirão da Ilha: o berço catarinense do cultivo de ostras e mariscos

CABELOS, INOVAÇÕES E SOLUÇÕES (por Álvaro Penedo) SAÚDE É O QUE INTERRESSA (por Fernanda de Souza)

FURACÃO DA ILHA (por Neno) Comentarista do Figueirense AONDE IR (guia de compras e serviços)

Índice

PROJETO GRÁFICODivulg Propaganda

e Editora Gráfica Ltda.São José - Santa Catarina - Brasil

Telefones: 55 (48) 3039-212255 (48) 9107-3227

[email protected]

*FLORIANÓPOLIS: Centro: Assembleia Legis-lativa, Casa do Vime, Galeria de Arte Helena Fretta, Mercado Público de Florianópolis, Câmara dos Vereadores, Casa da Memória, Biblioteca Pública Municipal, Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, Prefeitura Municipal de Florianópolis, Pão Italiano (Beira-Mar Norte), Papelaria Speck. Abraão: Bar do Cao e Mercearia do Abraão,Mercearia Ori. Barra da Lagoa: Ponta das Caranhas e Fedoca do Canal Bom Abrigo: Rest. Galeto da Mamma. Co-queiros: AABB, Ass. Atlética Banco do Brasil, Con-feitaria Krauss, Empório do Trigo, Conveniência da Ilha, Pappatore Forneria, Lelo’s Restaurante, Rest. Rancho Açoriano, Bar do Moca, Bar e Rest. Recanto das Pedras, Atelier do Pão, Magazino di Massa, Bar Conversa Fiada, Bar do Bolha. Estreito: Biblio-teca Pública Municipal, Secretaria do Continente. Capoeiras: Biblioteca Pública Municipal. Caria-nos: Aeroporto Hercílio Luz: Bulebar Café. Lagoa da Conceição: Café Cultura, Rest. O Barba Negra, Loja Ponto de Vista, Loja Mormaii, Café da Lagoa e Rocambole Café. Ribeirão da Ilha: Porto do Con-trato, Rest. Ostradamus, Rest. Rancho Açoriano. Santo Antônio de Lisboa: Arte Rattan, Sacos dos Limões: Armazem Vieira.

*SÃO JOSÉ: Centro Histórico: Bar do Toninho, Pão Por Deus, Padaria Engenho Velho, Biblioteca Pública municipal, Secretaria de Educação e Cultura; Kobrasol: Armazém Burguer, Café Paris, Bar do Sil-veira, Prática Papelaria, Prefeitura Municipal de São José, Pequenos Detalhes, Padaria Big Pan 24 Horas, Bar do Cristovão, Emporium Vida Natural; Ponta de Baixo: Rest. Ponta de Baixo, Rest. Ponta do Mar.

*PALHOÇA: Shopping Via Catarina: Bulebar Café.

*BOM RETIRO: Churrascaria Janaina I e II.

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Este jornal não se responsabiliza por conceitos

ou opiniões emitidos em artigos assinados.

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JORnal dO MERCadO PúblICO MUnICIPal dE FlORIanóPOlIs

Edição nº 38 - Ano 4 Outubro de 2013

dIREÇÃO dE aRTE E EdIÇÃO

nIPa dE OlIVEIRaTel.: (48) 9107-3227 / [email protected]

dIsTRIbUIÇÃO GRaTUITaEm estabelecimentos comerciais,

Assembleia Legislativa, prefeituras municipais e bibliotecas públicas dos municípios de Florianópolis e São José.

PERIOdICIdadEMensal

aCERVO FOTOGRÁFICO Instituto Histórico e Geográfico

de Santa Catarina, Arquivo Fotográfico da Imprensa Estadual e

Casa da Memória de Florianópolis.

FOTOGRaFIasVitor de Oliveira e Nipa de Oliveira.

REPREsEnTanTEs COMERCIaIs

LUIZA DE [email protected]

(48) 9628-8158

NIPA DE [email protected]

(48) 9107-3227

COlabORadOREsÁlvaro Penedo, Clovis Medeiros,

Cleusa Iracema Pereira Raimundo,José Isaltino da Rosa Filho (Neno)

e Marcelo Copello.

REVIsÃOCleusa Iracema Pereira Raimundo

JORnalIsTa REsPOnsÁVElClóvis Medeiros - (SC-00081/JP)

Fan page RESGATE

Da MeMÓRIa CULTURaL

JORnAL nO FAceBOOK

Três anos de Resgate da História e da Cultura!

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Nipa de OliveiraEDiToR

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Outubro é o mês no qual acontece um importante evento gastro-nômico em Florianópolis: a Fenaostra. Festa realizada para promover a cultura da ostra, molusco cultivado em larga escala na cidade. Assim, para compor a edição nº 38 do Jornal do Mercado Público de Florianópolis,

destacamos, entre outras matérias, uma entrevista especial com Ademir Dário dos Santos, um dos pioneiros no cultivo da maricultura em Florianópolis, projeto que foi idealizado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Conforme nos relatou Ade-mir, a princípio, os pescadores da região não acreditavam que fosse possível cul-tivar ostra; todavia, após muita insistência dos pesquisadores da universidade, eles deciriram apostar nesse projeto, que mudou as suas vidas e transformou o Ribeirão da Ilha em referência gastronômica. Confira mais detalhes dessa entrevista nas páginas nº 10, 11, 13 e 14. Desejamos-lhe, uma ótima leitura!

Foto: acervo Restaurante Ostradamus

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Chef & Gourmet Revisora: Cleusa Iracema Pereira Raimundo

Tel.: (48) 8412-9599 - [email protected]

Nossa LínguaPortuguesa

Cleusa Iracema Pereira Raimundo é formada em Letras – Português e Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Federal

de Santa Catarina e atua como revisora de textos.

Por Daniel Fernandes - Divino Crepe Av. Afonso Delanbert Neto, 885, Lagoa da Conceição, Florianópolis/SC. E-mail: [email protected] Tel.: (48) 3238-4476

Pegadinhas do PortuguêsIngredientesMassa1 e 1⁄4 de xícara (chá) de leite integral1 xícara (chá) de farinha de trigo peneirada2 ovos grandes4 colheres (chá) de açúcarUma pitada de sal

Recheio150 g de queijo muçarela ralado2 bolinhas de queijo muçarela de búfala no soro fatiadoFolhas frescas de rúcula Tomate seco em conserva de óleo, escorrido e picadoOréganoAzeite de oliva

Modo de preparoMassa: Ponha no liquidificador o leite, a farinha, os ovos, o açúcar e o sal e bata até obter uma massa homogênea. Transfira a massa para uma tigela média e deixe descansar por 30 minutos.

CrepeEm uma Chapa: preaqueça a chapa a 150 °C, unte com um pouco de manteiga e retire o excesso com um pedaço de papel toalha. Despeje uma concha de massa sobre a chapa e es-palhe com o auxílio de um rodinho. Aguarde a massa assar. Com o auxílio de uma espátula, solte as bordas e, cuidadosamente, vire a massa. Deixe assar. Desvire a massa e adicione os recheios no centro dela nesta ordem: queijo muçarela ralado, queijo muçarela de búfala fatiado, folhas de rúcula, tomate seco, orégano e azeite de oliva. Depois dobre as bordas da massa sobre a parte recheada e aguarde o queijo derreter.

Em uma frigideira: aqueça uma frigideira antiaderente de 20 cm em fogo médio baixo e unte com um pouco de manteiga, use um pedaço de papel toalha para retirar o excesso. Po-nha três colheres (sopa) da massa no centro da frigideira e gire-a para cobrir o fundo com uma camada fina de massa. Cozinhe até as bordas da massa ficarem ligeiramente marrons. Com o auxílio de uma espátula, solte as bordas e, cuidadosamente, vire a massa. Deixe assar. Desvire a massa e adicione os recheios no centro dela nesta ordem: queijo muçarela rala-do, queijo muçarela de búfala fatiado, folhas de rúcula, tomate seco, orégano e azeite de oliva. Dobre as bordas da massa sobre a parte recheada. Cozinhe até que o queijo derreta – cerca de 1 minuto.

Dica:Para fazer vários crepes e mantê-

-los aquecido, preaqueça o forno a 90 °C, transfira os crepes para uma assadeira e cubra com papel-alumínio. Leve ao forno enquanto você faz os outros crepes.

Crepe de Rúcula(Rende em média 2 porções)

Mandato ou mandado?O Tribunal Penal Internacional emitiu um ____________de prisão.O ____________ dos senadores é de oito anos, e a cada quatro anos há uma eleição, por meio da qual são renova-dos 1/3 e 2/3 da Câmara, alternadamente.

Mal visto ou malvisto?Pesquisa aponta que chefes são _____________ pelos funcionários.

Xeque ou cheque?A democracia brasileira está em ______________.Os bancos devem cobrir ___________ sem fundos.

Meio/meia?Estudei até meio-dia e ________.A janela está __________ aberta.

Duzentos/duzentas?Comprei _____________ gramas de queijo.Foram arrecadadas _____________ latas de leite em pó.

Os/as?O cantor acenou para_____ milhares de pessoas que estavam no show.

Respostas: 1) mandado: ordem escrita por autoridade judicial ou administrativa. 2) mandato: poder político ou-torgado pelo povo a uma pessoa. 3) malvisto: que tem má fama, malconceituado. 4) xeque: situação que representa ameaça. 5) cheque: ordem de pagamento à vista. 6) meia: concordando com a palavra ‘hora’, que está subtendida. 7) meio: advérbio, que significa “um pouco”. 8) duzentos: concorda com ‘gramas’, que, na acepção de unidade de peso, é substantivo masculino. 9) duzentas: concorda com latas. 10) os: ‘milhares’ é palavra masculina, com a qual o artigo deve concordar.

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Fazendo Arte Tarcília

dos Santos

‘‘Tercília recria pinturas em acrílico sobre tela que aludem às situações por ela pre-senciadas ou vivenciadas na sua infância”.

Novas pinturas de Tercília dos Santos

Tercília recria pinturas em acrí-

lico sobre tela que aludem às si-tuações por ela presenciadas ou vivenciadas na sua infância. Os motivos de Tercília são justapostos na superfície da tela, de modo nem sempre são localizados no tempo e no espaço de uma pintura narrati-va convencional. As relações da ar-tista obedecem antes à ordem de sua memória afetiva, mas a pintu-ra de Tercília não se justifica na sua totalidade pelo aspecto narrativo e

Tercília dos Santos, 60 anos, ar-tista autodidata, natural de Pira-tuba/SC, realizou sua primeira exposição individual em 1990 e é

apontada hoje pela crítica como a gran-de revelação da pintura naïf em Santa Catarina. Seus quadros, através de fi-guras totalmente coloridas, em acrílico sobre tela, registram o colorido rural do estado de Santa Catarina. A estampa da poltrona

pintada pela artista

iconográfico, sendo extremamente importante e elaboração formal e seus variados desenvolvimentos.

É no sensível encontro de sua pincelada (cor, textura, gesto) com a figura descrita que a sua obra ga-nha dimensão e importância.

O que leva Tercília a iniciar um

trabalho tanto pode ser uma evo-cação temática quanto a vontade de experimentação plástica. No desenvolvimento da obra, o as-pecto complementar ao elemento inicial surge e estabelece o diálogo, estrutura de sua linguagem.

A pintura de Tercília caminha à

posição da transcendência da sua classificação “ingênua”, elaborando questões de interesse da pintura, especificamente em seus questio-namentos essenciais, sem abando-nar suas características particula-res e individuais.Por Fernando Lindotte (artista Plástico)

Novos Horizontes

A exuberante paisagem de San-ta Catarina, a sua diversidade étni-ca, bem como a forte presença da cultura popular, são alguns dos fa-tores que propiciaram o surgimen-to de um número significativo de

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CONTATOS COM A ARTISTA

Técnica: Acrílica sobre tela

artistas naïf no estado. Entre eles destaca-se a obra personalíssima de Tercília dos Santos. Sua pintura distingue-se da dos demais artis-tas não só pela temática rural di-versa das habituais cenas praieiras, mas principalmente pelo tratamen-to que confere aos elementos de seus trabalhos.

Depurando cada motivo dos detalhes e pormenores desneces-sários, transforma-os em signos plásticos, singelas construções rurais, casas, escolas e capelas reduzem-se a formas geométricas puras. Esses blocos criam planos estáveis de cor que servem de fun-do para a movimentação ordenada das figuras humanas e dos animais no pasto. Crianças, bois e cavalos são tratados como módulos gráfi-cos, simplificados, sem preocupa-ções naturalistas inúteis.

Alternando as cores e as textu-ras que se contrapõem às super-fícies planas, Tercília obtém um ritmo dinâmico e feérico. Os gra-fismos delicados das cercas, flores (girassóis), árvores e pontilhões acrescentam sua leveza a uma es-trutura espacial basicamente geo-metrizante.

O clima telúrico dessas cenas campestres complementa-se com o sopro cósmico das pinceladas de cor que flutuam sobre o azul

intenso do céu. Composições as-simétricas bem solucionadas, rit-mos plásticos dinâmicos, esque-ma de cores sensuais e vibrantes, e síntese formal admirável fazem de Tercília uma das mais expressi-vas artistas naïf de Santa Catarina. Não é por acaso que sua pintura começa a extrapolar os limites de Santa Catarina e a ocupar o lugar

que merece ao lado dos melhores representantes da pintura primiti-vista brasileira.

Cronologia

Em 1994 recebeu um Prêmio de Aquisição na então Bienal Interna-cional de Arte Naïf de Piracicaba e menção honrosa no 1º Salão San-tos Dumont, de Florianópolis – SC.

Em 1998 recebeu prêmio divul-gação (cartaz) na Bienal Naïfs do Brasil, no SESC Piracicaba – SP.

Em 2000 foi novamente selecio-nada na V Bienal Naïfs do Brasil, no SESC Piracicaba –SP.

Em 2001 aceitou o desafio de fazer uma temática – Trabalho e Lazer – e participou de uma itine-rante no estado de São Paulo.

Em 2003 é novamente convida-da pelo Clube de Criação São Paulo, onde participou com a criação de uma obra para o livro Anunciantes do Ano.

Em 2004 foi mais uma vez se-lecionada para VII Bienal de Pira-cicaba/SP.

Em 2005 passou a fazer parte do projeto cultural do SESC com o título “A Dama da Pintura em San-ta Catarina”, viajando então por várias cidades e proferindo pales-tras sobre sua vida, a Arte e a Arte Naïf, para professores e alunos do

ensino superior, assim como ofici-nas de arte Naïf para crianças.

Em 2006 passou novamente pelo crivo dos críticos de Arte para participar de uma coletiva Interna-cional no Centro Cultural de Chi-cago, sendo a única catarinense selecionada para a mostra. Nesse mesmo ano ganhou um comentário sobre sua obra do crítico e jorna-lista Oscar D’Ambrósio, membro da Associação Internacional de Crítico de Arte (AICA – Seção Brasil).

Em 2007 participou do 3º En-contro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional, sendo capa da divulgação.

Em 2007 a sua obra foi selecio-nada para a estampa da grife Boby Blues.

Em 2008 participou de uma mos-tra na galeria Tabatinga, na suíça, representando Santa Catarina ao lado de grandes artistas como José Sabóia, Iracema Arditi, Antônio Po-teiro entre outros.

Em 2010, completando 20 anos de arte, foi convidada para uma mostra individual no museu Histó-rico Cruz e Souza, em Florianópo-lis, na escola Cevantes e na Câmera dos vereadores.

Em 2012 deu um voo mais alto: participou da feira mundial de Arezzo na Itália, sendo a única represen-tante da arte naïif. Também parti-cipou da coletiva de brasileiros em Roma, na Galeria Tartaglia Artes e do maior mural do mundo, con-vidada pelo crítico de artes Oscar D’Ambrósio, em São Paulo e saiu no livro os Destaques de Piratuba.

Técnica: Acrílica sobre tela

Técnica: Acrílica sobre tela

E-mail: [email protected].: (48)3357-3780 / 9971-7324

[08] www.facebook.com/jornaldomercadopublico

Gente No Mercado O lugar mais democrático

de Florianópolis

Silvio Trendo e Raquel DamianHipólito, Ana Maria Pereira, Inez Pereira,

Paulo e Bianca do Vale PereiraDébora Rodrigues e Helton Santos

Roana Danielly, Pablo Matheus e Ernesto Almeida

Júlia Ma Dalla Nora e Tiago Salles Freitas Lara e Tereza

Noronha e Marinho VieiraGraciela e Carlos GaedtkeMarlo Salva

e Angélica OliveiraorCarlos Bazzan e Karla Richa

Rebeca , Ademir e Roziane Fantuzze Anne e Sérgio Abrhan

Gabriela R. Matte e Emiliano A. Veiga

Denise Kahlbaum e Arthur Luz Equipe Café Vidal do Mercado Lorival de Sousa Jr.

Giovanna Haberli, Beatriz Figueira, Ilse Magrin e Agostinho (Bar do Arantes/Pântano do Sul).

Leone, Mariana de Castro Borges, Silvana Borges e Paulo Borges Edinho Schmidt Turistas de Jaraguá do Sul em Floripa: “Isso que é Felicidade!” Renata Naturdade e Adelsa Oliveira

Fotos: Vitor de Oliveira

www.facebook.com/jornaldomercadopublico [09]

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ULG

AÇÃO

por Nipa de [email protected]

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Loucos; só um poucoDiferentes! Essa é a proposta de um grupo de amigos, estu-

dantes do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Anhanguera em São José, que, com uma dose de criatividade, construíram uma página no Facebook nomeada Garagem Cria-tiva. A fan page tem como objetivo abordar temas relacionados à publicidade e curiosidades em geral, sempre com uma boa pitada de humor. Além de entreter o público, a equipe também presta assessoria e manutenção para empresas nas redes so-ciais e faz criações de layouts. Para conhecer a página, acesse www.facebook.com/garagemcriativa.

14ª FENAOSTRA de 16 a 20

Segundo a Secretária Municipal de Turismo, Maria Cláudia, para a realiza-ção da Fenaostra serão investidos R$ 300 mil, vindos do Ffundo deo Tturis-mo, e R$ 447 mil da prefeitura munici-pal. Na semana anterior ao evento, de 10 a 13 de outubro, o Festival da Ostra será realizado no Ribeirão da Ilha, com organização dos maricultores.

Entre as atrações culturais, estão confirmadas oficinas de pipa, apresentação de boi de mamão e stand-up comedy com figuras tipi-camente açorianas. Para as crianças, será montado um espaço kids com muitas brincadeiras. A estrutura será semelhante a das edições anteriores, com estande de gastronomia e palco no centro. O ingresso custará R$ 5,00, mesmo valor do estacionamento. As ostras terão pre-ços tabelados: in natura saem a R$ 9,oo, ao bafo R$ 8 e as gratinadas serão vendidas a R$ 14. Doze restaurantes já confirmaram presença.

Salada Social

Recanto das Pedras: happy hour, vista panorâmica e ostras o ano inteiro

Numa cidade como a nossa, cer-cada pelo mar, não faltam opções de lugares que servem ostras, as quais são preparadas das mais diversas maneiras. No entanto, existem es-tabelecimentos que têm muita fama, mas, além de magras e pequenas, as ostras por eles servidas possuem pouco sabor, são as “famosas ostras pra turista ver, experimentar e inevitavelmente se sentir enganado”. Eu, como apreciador dessa iguaria, já me decepcionei muitas vezes. Por isso, a grande dica é o Bar Recanto das Pedras, localizado em Florianópolis, Co-queiros, na Praia de Itaguaçu.

No meu ponto de vista, as ostras servidas no local estão entre as melhores da cidade. Nesse sim você sente os sabores das ostras, grandes e selecionadas a dedo, procedentes do Ribeirão da Ilha. Happy Hour, vista panorâmica e ostras, no Recanto das Pedras você encontra o ano inteiro. É show!

30ª OKTOBERFEST (Blumenau), de 03 a 20

Informações: Georgia Rublesch, tel.: (47) 3381-7700

www.oktoberfestblumenau.com.br

35ª OKTOBERFEST (Itapiranga), de 5 e 20 na Linha

Becker, de 11 a 13 na Cidade Informações: Elis Rother,

tel.: (49) 3677-3040, www.itapiranga.sc.gov.br

28ª FENARRECO (Brusque), de 02 a 13

Informações: Gabriela, tel.: (47) 3396-6718

www.pmbrusque.com.br

25ª SCHÜTZENFEST (Jaraguá do Sul), de 10 a 20

Informações: Mariana Pires, tel.: (47) 2106-8700

www.schutzenfest.com.br

24ª KEGELFEST (Rio do Sul), de 11 a 13

Informações: Marcus Bauermann Costa, tel.:(47) 3521-1233

www.kegelfest.com.br

23ª OBERLANDFEST (Rio Negrinho), de 18 a 20

Informações: José Osni de Lima, tel.:(47) 9206-9298

www.oberlandfest.com.br

23ª FESTA DO IMIGRANTE (Timbó), de 10 a 13Informações: Inês Klaumann, tel.: (47) 3382-4170www.festadoimigrante.com.br

80ª TIROLEFEST (Treze Tílias), de 04 a 13Informações: Manoela Rodrigues, tel.:(49) 3537-0997www.tirolefest.com.br

21ª FESTA DO PRODUTO COLONIAL (São Martinho), de 25 a 27Informações: Maria Crystina, tel.: (48) 9645-9019www.facebook.com/festadoprodutocolonial?fref=ts

6ª HEIMATFEST (Forquilhinha), de 04 a 13Informações: André Zanoni, tel.: (48) 3463-8100

1º FESTIVAL DO CAMARÃO (Porto Belo), de 11 a 13Contato: Patrick Klabunde, tel.: (47) 3369-5638www.portobelo.sc.gov.br/turismo

19ª EFAPI (Chapecó), de 04 a 13Infor.: Américo N. Juniortel.: (49) 3321-8439www.efapi.com.br

Festas de outubro/2013Santa Catarina

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[10] www.facebook.com/jornaldomercadopublico

GenteQue faz por Nipa de Oliveira

Ademir Dário dos Santos (58 anos), história viva da Ilha de Santa Catarina, há mais de 20 anos na ma-ricultura e pioneiro na implantação da maricultura na Ilha e em vários estados brasileiros, presidente da

AMPROSUL Associação de Maricultores e Pesacadores Profis-sionais do Sul da Ilha, sendo também nomeado delegado da Fundação AVINA no Estado, uma ONG Internacional que tem como foco as questões ambientais, conta-nos a importância que a implantação da maricultura no Ribeirão da Ilha repre-sentou em sua vida e na de seus colegas pescadores.

Você está envolvido com a mari-cultura há quanto tempo? – Eu posso me considerar um dos pio-neiros da maricultura aqui do Ribeirão da Ilha, participei ativamente do início desse projeto, há aproximadamente duas décadas.

Conte-nos como foi a implan-tação dessa nova cultura aqui no sul da ilha? – Aqui no Ribeirão da Ilha, antes da maricultura, nós vivíamos da chamada “pesca da corcoroca”, peixe da nossa região. Colocávamos a canoa na água e pescávamos ou com caniço ou com tarrafa. Um belo dia, estávamos nos

preparando para pescar quando um pessoal da Universidade Federal de Santa Catarina chegou em um dos nos-sos ranchos de pesca e nos convidou a plantar mariscos e ostras, ou seja, a implantar a maricultura aqui no Ribei-rão. Ficamos espantados e, ao mesmo tempo, olhamos um para o outro e co-meçamos a rir. Um colega indagou com o linguajar típico do manezinho da ilha: “oh! isso não existe né, tax tolo, plantá marisco e ostra? Endoidasse?” Depois da insistência da turma da universida-de, resolvemos apostar, fui até o Morro das Pedras pegar as sementes de ma-risco e plantamos 50 pencas. Fizemos uma parreira bem rústica e tradicio-nal, e aquilo ali pra nós era um sonho, com a esperança de que tudo aquilo se transformasse em realidadee. Lem-

bro muito bem que todos os dias nós pegávamos a canoa, não para pescar, mas para olharmos como estavam as sementes de mariscos. Passados oito meses, tempo estipulado pelos pesqui-sadores da universidade, fomos verifi-car e, ao levantarmos a penca, ficamos todos boquiabertos, olhamos um para o outro e constatamos que os nossos sonhos se transformaram em realida-de, com os mariscos bonitos e grandes. Nós nunca imaginávamos que iria dar mariscos grados iguais àqueles.

Qual foi a importância da im-plantação da maricultura para a sua região? – Mudou para melhor a economia aqui de todos nós pescadores. As planta-ções trouxeram o equilíbrio do ecos-

‘‘Um pessoal da Universida-de Federal de Santa Catarina chegou em um dos nossos ran-chos de pesca e nos convidou a plantar mariscos e ostras, ou seja, a implantar a maricultu-ra aqui no Ribeirão. Ficamos espantados e, ao mesmo tem-po, olhamos um para o outro e começamos a rir. Um colega indagou com o linguajar típico do manezinho da ilha: “oh! isso não existe né, tax tolo, plantá marisco e ostra? Endoidasse?”

Ribeirão da Ilha: o Berço Catarinense do Cultivo de Ostras e Mariscos

Hoje, Ademir, presta assessoria a AmplOsul, Associação dos maricultores

e Pescadores Profissionais do Sul da Ilha.

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Rua Joe Collaço, 163 - Córrego Grande - Florianópolis - SC (48) 3234-1296 - www.santaadega.com.br

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sistema. O mais incrível foi quando puxamos a nossa primeira penca de marisco. Com ela vieram peixes agar-rados, como cocoroca, marimbal, ga-roupa, canhanha, robalinho; peixes que não tínhamos mais visto em nossa região, tinham desaparecidos. Só nos restou ficarmos impressionados, os peixes começaram a se alimentar e a desovar nas plantações, fazendo assim o papel de um parcel artificial. Com a implantação da maricultura, houve uma grande revolução aqui na nossa região, as pessoas que saíram do Ri-beirão em busca de emprego acaba-ram retornando às suas origens, crian-do assim mão de obra local, direta e indireta, geração de emprego e renda. De um simples e humilde pescador, fui transformado em um responsável pa-trão, comandando pessoas nesse pro-cesso. A própria gastronomia se trans-formou, o Ribeirão da Ilha passou a ser uma forte referência gastronômica, tanto na ilha como no Estado. Inicia-

-se o processo de instalação de novos

restaurantes. O problema de esgoto acabou, o maricultor, preocupado com sua atividade, uma verdadeira tomada de consciência, passou a fiscalizar os esgotos e detritos, que hoje já não são mais jogados ao mar. Antigamente, há 20 anos, o turista vinha a Florianópolis para comer camarão, hoje ele atraves-sa a ponte e diz: “Eu vou até o Ribeirão da Ilha comer ostras.

E quando a ostra foi implantada? – Foi logo em seguida, após essa ex-periência com os mariscos, se o primei-ro deu certo, ficou fácil para a nossa turma aderir ao segundo experimento. Nós aqui do Ribeirão só conhecíamos as ostras agarradas na pedra, nunca imaginamos criar ostra no saco. Lem-bro muito bem que colocamos 1.100 sementes de ostras, passaram-se mais oito meses e colhemos mais um bom resultado. Inicia-se então o processo de criação de ostras e mexilhões no Ri-beirão da Ilha.

Então, a grande mudança na vida dos pescadores do Ribei-rão da Ilha consolidou-se com a implantação das ostras? – Sim! Eu digo isso baseado na mu-dança da minha vida, dentro da minha casa. Antes disso tudo, ganhava-se muito pouco, para se ter uma ideia, na minha mesa de café tinha só uma mar-garina e um pãozinho, hoje já tem dois ou três tipos de queijo, suco de caixi-nha e geleia. Até mesmo os filhos já começam a se vestir melhor e chegam a ter condições de comprar um carro.

Qual foi o papel da ex-prefeita Ângela Amin nesse processo? – A Ângela foi uma grande incentivadora dessa nova cultura. Ela foi a mãe da ma-ricultura, criou um evento para promover a ostra nacionalmente, a Fenaostra. Ela investiu nos produtores levando-os a ou-tros países para conhecer as atividades e se aperfeiçoarem na maricultura. Eu mesmo, eu que nunca tinha viajado de avião, manezinho que sou, fui para La Rochelle, na França, e lá fiquei por 30 dias. Trouxemos bastante informações que foram implantadas aqui, o que cola-borou muito com nossa atividade.

Você vê a gestão do atual prefeito de Florianópolis, César Souza Jú-nior, como positiva para a ativida-de da maricultura? – Sim! Eu estou muito contente porque, no governo dele, foi criada agora a Se-cretaria Municipal de Pesca e Maricultura (SMPM), que por sinal está sendo muito bem-vinda, e tivemos a honra de sermos convidados a participar dela. Acredita-mos que ela vai fazer a diferença. No mês passado, o prefeito esteve aqui, andou na nossa balsa, e eu falei pra ele: “César, a mãe da maricultura foi a Ângela Amin, e o filho da maricultura és tu, César, és tu e o João Amim, vocês dois têm esse grande compromisso de dar seguimento e apoiar essa atividade.

Qual é a sua produção hoje? – A minha produção chega em torno de 350 mil ostras. Foram colocadas as se-mentes em março e devo colher a partir de setembro. Isso vai gerar em torno de 25 dúzias de ostras e 30 a 40 toneladas de mexilhoes/mariscos. A capacidade da minha fazenda é considerada de médio porte, dá para plantar um milhão de se-mentes, que produzem cerca de 50 mil dúzias de ostras e aproximadamente 80 a 100 toneladas de mariscos. Depen-dendo do produtor e do manejo, ela fica graúda e bonita o ano todo, mas a me-lhor época do plantiu é de fevereiro em diante, pegando, assim, uma água mais fria. Naturalmente aqui na nossa região no inverno ela está mais graúda; no ve-rão, com águas mais quentes, ela força a desova e emagrece, depende muito da corrente d’água.

‘‘De um simples e humilde pescador, fui transformado em um responsável patrão, comandando pes-soas nesse processo. A própria gastrono-mia se transformou, o Ribeirão da Ilha passou a ser uma forte referência gas-tronômica, tanto na ilha como no Estado’’.

Ademir colhendo ostras na sua fazenda

Ribeirão da Ilha: o Berço Catarinense do Cultivo de Ostras e Mariscos

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Entrevista com o diretor de Pes-ca e Maricultura do município de Florianópolis, Henrique da

Silva (46 anos), que, há quatro anos envolvido com a maricultura, viu na ostra um futuro fantástico e bastante promissor.

A Secretaria Municipal de Pesca e Maricultura terá muito trabalho pela frente? - Bastante, nós temos vários problemas hoje, por exemplo, com a de-marcação das áreas. Foi feita uma licitração em 2010 e até agora não foi feita a mudança do parque. A partir do momento que as fazendas forem reassentadas, toda a programação visual que está na água vai mudar, ela vai estar reogarnizada, vamos ter os corredores de navegação, as fazendas irão estar dentro do seu polígono predeterminado. Nós fize-mos a solicitação para a Secretaria de Pesca e tentamos construir uma sede da nossa associação, mas foi embargada, pois não temos essa le-gislação que permita a regularização da atividade. Então tem todo esse processo, nós temos o patrimônio da União, na pessoa da dona Isolde, superintendente, uma grande parceira da atividade, só que temos que dar passo a passo. Essa secretaria não é voltada só para a maricultura, mas para a pesca também. Nós temos hoje problemas com ranchos de pesca. O Ministério Público tem uma série de processos. Acontecem casos de tráficos de drogas, jogos de azar e até mesmo prostituição dentro de ranchos de pesca. Como não tem uma pasta, uma secretaria específica voltada pra isso, acaba passando de secretaria em secretaria e, no final da fritada, ninguém quer assumir. Então o prefeito César ma-tou no peito, nos chamou e disse: “Eu quero que você resolva”. Chamou a atenção nossa e, graças a ele, paulatinamente estamos conseguindo resgatar essas comunidades que estão com esse problema, e fazendo um levantamento para saber quem é realmente pescador.

Seria uma regulamentação das áreas aqui na Ilha? – Exatamente. Por exemplo, o canto sul dos ingleses, só ali são 54 ran-chos de pesca. Hoje eles estão numa área considerada invadida, mas em 1930 não se falava em terra invadida em Florianópolis, e acredita-mos que esse povo tem o direito de trabalhar ali. Fizemos uma força-

-tarefa junto com a Floram e descobrimos que, desses 54 ranchos, 23 pertencem realmente a pescadores. Estivemos há pouco em Brasília com Crivella, ministro da Pesca, e ele garantiu recursos para podermos remanejar esses ranchos, padronizando-os, porque hoje infelizmente lembram uma favela. A Floram vai determinar os espaços, e a associa-ção fará um comodato direto com o próprio pescador e se responsabilizará pela gestão desses espaços. A cadeia produtiva não era organiza-da, nós temos três empresas que enviam pra fora e elas, mesmo assim, não dão conta da demanda. Hoje estamos chamando as entidades re-presentativas para discussão.

Os saborosos mariscos do Ribeirão da Ilha.

O que são as ostras depuradas e como surgiu esse projeto? — Num certo momento, quando estávamos com um cardápio legal de ostra e a ganhar um certo volume, começamos a ganhar mais experiên-cia e fomos em busca de melhorias no seguimento, aprendendo como fazer um corte de peixe e a técnica utilizada para fazer um peixe à mi-lanesa. Nessa busca, descobrimos que, na Nova Zelândia, costuma-se depurar a ostra através de um equipamento próprio. Então pensei que um dia iríamos colocar esse equipamento. Depois houve um trabalho na UFSC de um professor que desenvolveu a ideia partindo da ideia da Nova Zelândia, ninguém acreditava na ideia, achavam que era um certo exagero, mas nó acreditamos e investimos nela.

Qual é o papel da depuração?— Imagine nós neste ambiente aqui, agora, e passam uma vassoura, nós estaríamos respirando todo o excedente de poeira. O mesmo acon-tece num vendaval: o mar se agita, e todos os patogênicos ficam expos-tos. Todo aquele material acentado no fundo do mar fica em suspenção, misturando-se às microalgas, à areia e à lama. A ostra acaba filtrando tudo isso. O que for microalga fica no organismo do animal, e o que não for ficará depositado no interior da concha e no entorno dela. Quando há muita matéria contraída, ela não consegue expelir. Por outro lado, quando as ostras são colocadas dentro do equipamento, elas não cor-rem o risco de filtrar impurezas, pois elas ficam em um tanque de água corrente, salgada, limpa, filtrada e tratada permanentemente com luz ultravioleta. Isso combate as bactérias e garante uma ostra extrema-mente limpa, mais saudável, sem contaminação, sem poluição e sem risco para a saúde do consumidor. Todos os pratos da casa são elabora-dos com muito carinho, paixão e profissionalismo, afinal, por mais que evoluamos, nunca esqueceremos que o nosso grande patrimônio é, e sempre será, sem sombra de dúvida, os nossos colaboradores e a nossa querida e estimada clientela.

O manezinho Jaime Barce-los, (48 anos), proprietá-rio do Ostradamus, res-

taurante localizado no Ribeirão da Ilha, contou-nos sobre a ex-clusividade da casa que são as ostras depuradas.

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Trecho da entrevista cedida, a 17ª edição do Jornal do Mercado Público de Florianópolis.

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Então o pontapé inicial foi dado com a implan-tação da maricultura no Ribeirão da Ilha? - Sim! A partir do interesse pela maricultura acabei me aprofun-dando nesse assunto. Partici-pei da primeira Fenaostra aqui em Florianópolis mesmo com pouquíssima experiência, pois tínhamos apenas um ano de restaurante, mas deu tudo cer-to. Nosso pequeno restaurante havia sido montado para rece-ber os amigos mais chegados, mas o negócio foi crescendo, as pessoas exigindo cada vez mais e, em oito meses, começamos a perceber que o negócio era bom e que tinha um grande futuro pela frente, então resolvemos focar nisso.

Saberia precisar a quantidade de ostras consumida nos dois restaurantes? - No ano passado, trabalhamos com a produção de um milhão e quinhentas mil ostras e nesse ano pretendemos produzir mais de dois milhões, pensan-do que cada ano consomem-se mais ostras.

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Produção própria. No ano de 2000, Dário já começou

a colher a suas primeiras ostras como maricultor.

O manezinho Dário Gon-çalves, (52 anos) pro-prietário do Restaurante

Rancho Açoriano, localizado no Ribeirão da Ilha e Coquei-rosconta-nos que a evolução veio através da implantação da maricultura no Ribeirão da Ilha?

FENAOSTRA

A Festa Nacional da Ostra e Cultura Açoriana – Fenaostra – surgiu há 15 anos com o objetivo de divulgar o molusco catari-nense e ampliar o mercado para os produtores. O festival é um verdadeiro resgate da gastronomia e da cultura açoriana da Ilha

de Santa Catarina, tornou-se um atrativo para brasileiros e estrangeiros movimentando o setor turístico e a cada edição recebe um número maior de visitantes. Consolidada como a única promoção do gênero no país a reunir em um mesmo espaço atividades nas áreas gastronômica, técnico-

-científica, econômica e cultural, o evento já faz parte do calendário de festas de outubro de Santa Catarina.

A Fenaostra é realizada pela Prefeitura de Florianópolis, neste ano será realizada de 16 a 20 de outubro/ 2013, por meio da Secretaria de Turismo, Secretaria de Cultura, Instituto de Geração de Oportunidades, Secretaria de Educação, Secretaria de Pesca, Guarda Municipal, além da Polícia Militar e ainda conta com o apoio do Funturismo.

Ostra em SC

A ostra produzida em Santa Catarina é referência em todo o país e domina 95% do mercado brasileiro. Florianópolis é responsável por quase 69% da produção nacional e só o Ribeirão da Ilha representa mais de 60% da produção estadual. Em 2012 foram comercializadas 2.468 toneladas do molusco, o que representa um aumento de 8% em relação à safra 2011, segundo a Epagri. O setor gera 800 empregos diretos e 4.000 indiretos.

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Trecho da entrevista cedida, a 20ª edição do Jornal do Mercado Público de Florianópolis.

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Porto do Contrato, o mais importante do Ribeirão da Ilha, já era conhecido desde a estada de Sebastian Cabotto em 1526, que foi quem batizou a localidade com um nome Ribeirão e também deu nome à Ilha de Santa Catarina. O Porto passou a ser reativado só a partir da chegada dos imigrantes açorianos e africanos em 1760. Na década de

1940, podíamos ainda presenciar os últimos trabalhos comerciais realizados no seu cais, o mar perdia a função de caminho, pois as estradas estavam sendo abertas e um pretenso progresso estava chegando. Temos agora aqui, um estabelecimento gastronômico que tenta dar visibili-dade à memória do Porto do Contrato, permitindo-nos fazer uma nova leitura do porto que foi responsável pela transformação econômica do Ribeirão. Atualmente não temos mais pesca e nem a agricultura como alicerces econômicos da localidade, mas temos a gastronomia inspi-rada nos frutos do mar e nos valores históricos deixados pelos açorianos e africanos. A tônica deste ambiente, o Restaurante Porto do Contrato, é valorizar os vestígios do antigo porto, pro-porcionando confabulações degustativas e materializando a história da economia ribeironense nos antigos pilares e trapiches da memória portuária.

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Álvaro Penedo - Consultor Técnico Capilar Tel.: (48) 9975-0877 - [email protected]

CABELOS InOvAçõES E SOLuçõES

Atualmente, muito se tem falado e di-vulgado a respeito do tema. Apesar disso, muitas pessoas ainda desco-nhecem os benefícios que a atividade

física proporciona à saúde. Pesquisas e estudos na área do comportamento humano re-

velam que a pessoa só terá uma atitude positiva se tiver conhe-cimento sobre o tema.

Com a rotina diária estressante, trabalho, faculdade, trânsi-to, atividades domésticas, é difícil encontrar tempo (uma das causas de impedimento para a prática de atividade física) e mo-tivação para seguir um programa de exercícios físicos regular. Porém, tendo a informação acerca dos benefícios da atividade física regular para a saúde e a qualidade de vida, cria-se uma motivação para a prática continuada.

A adoção de um estilo de vida que contemple a prática de atividade física regular reduz o risco de desenvolver diversas doenças crônicas, principalmente as cardiovasculares – princi-pais causas de morte e de incapacidade funcional no Brasil e em todo mundo. Em resumo, as pesquisas mostram que a atividade física regular pode:

reduzir o risco de morte por doenças cardíacas;reduzir o risco de desenvolver diabetes e hipertensão;auxiliar no controle do peso corporal;ajudar na manutenção da pressão arterial em pessoas hipertensas;auxiliar na manutenção de ossos e articulações;ajudar no desenvolvimento de músculos;manter a autonomia e independência do idoso;ajudar a reduzir a sensação de depressão e ansiedade;promover o bem-estar psicológico e a autoestima.

Fernanda de Souza - Tel.: (048) 9607-5205 / e-mail: [email protected]

SAÚDE É O QuE InTERESSA

Os Benefícios da Atividade Física Regular

Excesso de Calor, Muita Atenção!

Secador, prancha, modelador, sol e água muito quente danificam os fios de cabelo. Assim, para proteger os seus cabelos dos danos causados pelo

excesso de calor, você precisa ter sempre à mão um bom protetor térmico.

Os produtos termoativados, ou protetores térmicos, são hoje um dos produtos mais usados nos salões de beleza. Indispensá-veis nas finalizações, eles mantêm a integridade da fibra capilar.

Os fios do nosso cabelo são formados de várias camadas, sen-do a camada externa, ou cutícula, a responsável pela proteção das outras camadas. O excesso de calor provoca a evaporação da umidade natural, causando ressecamento, porosidade e quebra da fibra.

Constituídos de silicones especiais, resistentes a altas tempe-raturas, os protetores térmicos criam um filme protetor em torno da fibra, evitando a destruição da sua camada externa. Além dis-so, possuem, em sua fórmula, ceras e manteigas que proporcio-nam brilho e maciez aos fios, reduzindo consideravelmente o fri-zz e aumentando a sedosidade dos cabelos.

Os protetores térmicos podem ser fabricados em gel, óleo, spray, creme, loção e líquido, e sua utilização vai depender da textura capilar, porosidade e densidade dos fios de cabelo. Ge-ralmente são aplicados nos cabelos úmidos. É preciso também saber qual é o efeito que se quer dar aos cabelos (com ou sem volume, com ou sem movimento), para que a escolha do produto seja feita acertadamente. Por isso, é importante a avaliação de um profissional.

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Furacão Alvinegro

Comentarista Esportivo / [email protected] ALVINEGRO AINDA RESPIRA

Ao conquistar três vitórias conse-cutivas, o alvinegro sinaliza chances de prosperar entre os quatro classificados para a Série A do ano que vem; po-rém, tropeçou no jogo contra o Atlé-tico Goianiense, realizado no Orlando Scarpelli. Infelizmente, a cada jogo há uma formação diferente, por moti-vos de contusões, cartões, ausência de atitude da diretoria ou por incoerência técnica. Acredito que este seja o fator mais determinante a ser considerado que conduz o alvinegro para tamanha instabilidade. As decisões, “loucuras”, do técnico Adilson Batista influenciaram negativamente no desempenho da equipe, e parece que esse fator persiste no comando do técnico Vi-nicius Eutrópio. A ausência de coerência continua, e isso ficou muito evidente no jogo contra o Atlético Goianiense. A não escalação de Ro-drigo Souto, Lucas Sotero e Arthur (recém-contratado), para o início da partida, é prova incontestável de que o alvinegro também está passando por uma crise técnica. Essa seria a razão mais óbvia para explicar a cam-panha irregular do clube neste certame.

o nASCiMenTo Do FigUeirenSeO PRIMEIRO CAMPEÃO

1921 – A cidade de Florianópolis se mobiliza para prestigiar um dos maiores eventos da região. Com a recente aprovação da cons-trução de uma ponte que se iniciaria no ano seguinte, esse evento prometia expandir seu público e acirrar sua competi-tividade com a participação de outras cidades e até mesmo estados. O grande clássico de Florianópolis, Avaí e Figueirense? Não, mas um clássico triplo entre o Clube Náutico Riachuelo, Clube Náutico Francisco Martinelli e Clube de Regatas Aldo Luz. O remo era o esporte mais popular da capital catarinense.

Enquanto isso, no mesmo ano, em pleno centro da cidade, na rua Padre Roma, o jovem Ulisses Carvalho Tolentino recebia vinte e um amigos em uma reunião que transformaria seu pe-queno grupo de praticantes do “recém-chegado” futebol em Fi-gueirense Foot Ball Club, e João dos Passos Xavier, funcioná-rio do grupo Hoepcke e líder sindical, é escolhido, em votação, para ser presidente do clube. O nome Figueirense foi escolhido em homenagem ao local de sua fundação, o bairro da Figueira, onde encontramos como vias centrais as ruas Felipe Schmidt e Conselheiro Mafra.

Doze de junho – dia dos namorados. Essa data ficou definida como sendo a da “assembleia de fundação”, e os jovens não perderam tempo: em nove de outubro realizou-se a primeira partida – ainda não oficial por se tratar de um amistoso – contra o Rio Branco de Coqueiros, vencida pelo próprio Figueirense por dois a zero.

Em 1921 não existia uma liga de futebol oficial ainda. Várias equipes surgiam pelo Estado, e as disputas se resumiam a jo-gos entre si, os amistosos, no quais não se conquistam títulos ou troféus. A emoção dos jogos era limitada aos 90 minutos de uma partida ou a um pequeno “torneio de final de semana” entre clubes da mesma cidade. Com a fundação da Liga Santa Catarina de Desportos Terrestres (LSCDT) em 1924, é criado, neste mesmo ano, o “Torneio Início”, no qual o Figueirense sa-gra-se primeiro campeão.

Maurício Santiago Assumpção – Professor de História

O MAIS QUERIDO DE SANTA CATARINA

Acredito que muitos torcedores al-vinegros desconhecem o motivo pelo qual o Figueirense é considerado o clu-be MAIS QUERIDO DE SANTA CATARI-NA. Tudo começou em 1973, quando a Revista Placar, em edição especial, pro-moveu o concurso “O MAIS QUERIDO”, em todas as federações do país, com a finalidade de anunciar ao torcedor o clube com a maior torcida em cada Estado. A Revista Placar reconheceu a força popular do FURACÃO DO ESTREITO. Portanto, “o Mais Querido” quer dizer o clube de maior torcida.

APROVADO O REGULAMENTO DO CAMPEONATO CATARINENSE DE 2014

Por causa do evento da copa do mundo, em 2014, no Brasil, o Campeonato Catarinense terá tiro curto. Não esquecendo que esse regulamento só poderá ser alterado em 2016. A 1ª etapa será de turno único, todos se enfrentarão entre si em jogos de ida, e os quatro primeiros colocados dis-putarão o título em um quadrangular de turno e returno, enquanto os seis últimos também disputarão um hexagonal de turno e returno, para determinar o rebai-xamento de dois clubes. O melhor colocado desse hexagonal terá vaga na Copa do Brasil e, consequentemente, vaga no Campeonato Brasileiro da Série D. No quadrangular, os dois primeiros colocados decidem o título e garantem vagas na Copa do Brasil. A equipe que obtiver melhor campanha nesse quadrangular decide o título em casa. Na decisão, quem somar mais pontos será o campeão. Persistindo o empate em pontos, será considerado o saldo de gols, e, persistindo esses critérios de empate, a equipe mandante, ou seja, aquela que jogar a segunda partida da de-cisão em casa, será a campeã. Observo que o futebol catarinense tem cinco equipes que se destacam: Figueirense, Avaí, Criciúma, Joinville e Chapecoense, com certeza uma delas vai disputar o hexagonal, para evitar o rebaixamento. Qual será?

Memorial do Figueirense

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