343o - estrutura do paragrafo) · – se o escritor souber variar o tamanho dos parágrafos, dará...

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PORTUGUÊS AULA 24 REDAÇÃO ESTRUTURA DO PARÁGRAFO

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PORTUGUÊS

AULA 24REDAÇÃO

ESTRUTURA DO PARÁGRAFO

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• (Parágrafo-padrão )• O parágrafo-padrão é uma unidade de

composição constituída por um ou mais de um período, em que se desenvolve determinada idéia central, ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela.

• O parágrafo é indicado por um afastamento da margem esquerda da folha. – Ele facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar

convenientemente as idéias principais de sua composição, permitindo ao leitor acompanhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estágios.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• O tamanho do parágrafo • Os parágrafos são moldáveis como a

argila, podem ser aumentados ou diminuídos, conforme o tipo de redação, o leitor e o veículo de comunicação onde o texto vai ser divulgado. – Se o escritor souber variar o tamanho dos

parágrafos, dará colorido especial ao texto, captando a atenção do leitor, do começo ao fim.

• Em princípio, o parágrafo é mais longo que o período e menor que uma página impressa no livro, e a regra geral para determinar o tamanho é o bom senso.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Parágrafos curtos• Próprios para textos pequenos, fabricados para

leitores de pouca formação cultural. – A notícia possui parágrafos curtos em colunas estreitas– Artigos e editoriais costumam ter parágrafos mais longos. – Revistas populares, livros didáticos destinados a alunos

iniciantes, geralmente, apresentam parágrafos curtos.• Quando o parágrafo é muito longo, o escritor deve dividi-

lo em parágrafos menores, seguindo critério claro e definido.

• O parágrafo curto também é empregado para movimentar o texto, no meio de longos parágrafos, ou para enfatizar uma idéia.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Parágrafos médios– Comuns em revistas e livros didáticos

destinados a um leitor de nível médio (2º grau).

– Cada parágrafo médio construído com três períodos que ocupam de 50 a 150 palavras.

– Em cada página de livro cabem cerca de três parágrafos médios.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Parágrafos longos• Em geral, as obras científicas e acadêmicas

possuem longos parágrafos, por três razões– Os textos são grandes e consomem muitas

páginas– As explicações são complexas e exigem várias

idéias e especificações, ocupando mais espaço– Os leitores possuem capacidade e fôlego para

acompanhá-los.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Tópico frasal • A idéia central do parágrafo é enunciada

através do período denominado tópico frasal (também chamado de frase-síntese ou período tópico). – Esse período orienta ou governa o resto do

parágrafo– dele nascem outros períodos secundários ou

periféricos– ele vai ser o roteiro do escritor na construção do

parágrafo– ele é o período mestre, que contém a frase-chave

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Tópico frasal • Como o enunciado da tese, que dirige a atenção do

leitor diretamente para o tema central, o tópico frasal ajuda o leitor a agarrar o fio da meada do raciocínio do escritor– como a tese, o tópico frasal introduz o assunto e o aspecto

desse assunto, ou a idéia central com o potencial de gerar idéias-filhote

– como a tese, o tópico frasal é enunciação argumentável, afirmação ou negação que leva o leitor a esperar mais do escritor (uma explicação, uma prova, detalhes, exemplos) para completar o parágrafo ou apresentar um raciocínio completo.

• Assim, o tópico frasal é enunciação, supõe desdobramento ou explicação.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Tópico frasal desenvolvido por descrição de detalhes – É o processo típico do desenvolvimento

de um parágrafo descritivo:• Era o casarão clássico das antigas fazendas

negreiras. Assobradado, erguia-se em alicerces o muramento, de pedra até meia altura e, dali em diante, de pau-a-pique (...) À porta da entrada ia ter uma escadaria dupla, com alpendre e parapeito desgastado.(Monteiro Lobato)

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Tópico frasal desenvolvido por confronto.– Trata-se de estabelecer um confronto entre duas idéias,

dois fatos, dois seres, seja por meio de contrastes das diferenças, seja do paralelo das semelhanças. Veja o exemplo:

• Embora a vida real não seja um jogo, mas algo muito sério, o xadrez pode ilustrar o fato de que, numa relação entre pais e filhos, não se pode planejar mais que uns poucos lances adiante. No xadrez, cada jogada depende da resposta à anterior, pois o jogador não pode seguir seu planos sem considerar os contra-ataques do adversário, senão será prontamente abatido. O mesmo acontecerá com um pai que tentar seguir um plano preconcebido, sem adaptar sua forma de agir às respostas do filho, sem reavaliar as constantes mudanças da situação geral, na medida em que se apresentam. (Bruno Betelheim, adaptado)

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Tópico frasal desenvolvido por razões – No desenvolvimento apresentamos as razões, os

motivos que comprovam o que afirmamos no tópico frasal.

• As adivinhações agradam particularmente às crianças. Por que isso acontece de maneira tão generalizada? Porque, mais ou menos, representam a forma concentrada, quase simbólica, da experiência infantil de conquista da realidade. Para uma criança, o mundo está cheio de objetos misteriosos, de acontecimentos incompreensíveis, de figuras indecifráveis. A própria presença da criança no mundo é, para ela, uma adivinhação a ser resolvida. Daí o prazer de experimentar de modo desinteressado, por brincadeira, a emoção da procura da surpresa. (Gianni Rodari, adaptado)

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Tópico frasal desenvolvido por análise– É a divisão do todo em partes.

• Quatro funções básicas têm sido atribuídas aos meios de comunicação: informar, divertir, persuadir e ensinar. A primeira diz respeito à difusão de notícias, relatos e comentários sobre a realidade. A segunda atende à procura de distração, de evasão, de divertimento por parte do público. A terceira procura persuadir o indivíduo, convencê-lo a adquirir certo produto. A quarta é realizada de modo intencional ou não, por meio de material que contribui para a formação do indivíduo ou para ampliar seu acervo de conhecimentos. (Samuel P. Netto, adaptado)

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Tópico frasal desenvolvido pela exemplificação– Consiste em esclarecer o que foi afirmado no

tópico frasal por meio de exemplos: • A imaginação utópica e inerente ao homem, sempre

existiu e continuará existindo. Sua presença é uma constante em diferentes momentos históricos: nas sociedades primitivas, sob a forma de lendas e crenças que apontam para um lugar melhor; nas formas do pensamento religioso que falam de um paraíso a alcançar; nas teorias de filósofos e cientistas sociais que, apregoando o sonho de uma vida mais justa, pedem-nos que “sejamos realistas, exijamos o impossível”. (Teixeira Coelho, adaptado)

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Coesão e Coerência• Coesão - em nossa linguagem cotidiana

procuramos executar manobras coesivas, muitas vezes, com o intuito de melhorar a própria expressividade do enunciado. – Em lugar de:

• - Comprei sorvetes. Dei os sorvetes a meus filhos.– usamos:

• - Comprei sorvetes. Dei-os a meus filhos.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Coesão e Coerência• Dei-os funciona como relacional que

recupera em B o que havia sido colocado em A. – Neste caso, o objetivo é evidenciar o processo de

repetição, considerado menos "nobre" por uma certa gramática.

– O uso indevido de elementos de ligação e mesmo a má escolha vocabular podem comprometer os processos coesivos do texto.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Coerência - é comum ouvir-se dizer que há textos bons por serem coerentes e outros ruins pela incoerência.

• A rigor, existem vários níveis e planos de coerência ou incoerência. – Um sujeito resolve contar a última piada de papagaio num

velório. Além de impertinente, a piada sofre de uma síndrome geral de incoerência contextual.

• A situação lutuosa não permite que o decoro seja quebrado e risos apareçam em torno do defunto.

– Em vestibular da Fuvest, o candidato saiu-se com a seguinte • "... a palidez do sol tropical refletia nas águas do rio

Amazonas". – Convenhamos que o sol tropical pode ser acusado de muitas

coisas, menos de palidez. – O riso provocado pela leitura daquele texto poético é derivado

de um caso de incoerência no uso da imagem.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Todo mundo destrói a natureza menos eu.

• Todo mundo destrói a natureza menos todo mundo

• O vocábulo menos indica exclusão de uma parte do grupo, portanto, neste caso, pode ser combinado com o pronome eu

• Há uma restrição, porque o vocábulo menos indica exclusão de uma parte do grupo, portanto, neste caso, não pode ser combinado com todo mundo, que indica o grupo inteiro

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Todo mundo viu o mico-leão, mas eu não mas

• Todo mundo viu o mico-leão, mas eu não ouvi o sabiá cantar mas

• introduz uma idéia oposta, que é perfeitamente aceitável, porque todo mundo se diferencia de eu

• introduz uma idéia oposta, que é inaceitável porque o conteúdo da idéia introduzida por mas não é o contrário da idéia anterior. Assim, a primeira parte Todo mundo viu o mico-leão não pode ser combinada com eu não ouvi o sabiá cantar por intermédio do vocábulo mas

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Todo mundo viu o mico-leão, mas eu não mas

• Todo mundo viu o mico-leão, mas eu não ouvi o sabiá cantar mas

• introduz uma idéia oposta, que é perfeitamente aceitável, porque todo mundo se diferencia de eu

• introduz uma idéia oposta, que é inaceitável porque o conteúdo da idéia introduzida por mas não é o contrário da idéia anterior. Assim, a primeira parte Todo mundo viu o mico-leão não pode ser combinada com eu não ouvi o sabiá cantar por intermédio do vocábulo mas

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Apesar de estarem derrubando muitas árvores, a floresta sobrevive

• Apesar de estarem derrubando muitas árvores, a floresta não tem muitas

o uso de apesar depressupõe a presença de idéias contrárias, qualquer que seja a ordem : negativa/positiva, positiva/negativa

• árvores o uso de apesar depressupõe a presença de idéias contrárias, qualquer que seja a ordem: negativa/positiva, positiva/negativa. Daí a incoerência da frase b, em que ocorrem duas negativas simultâneas

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Apesar de estarem derrubando muitas árvores, a floresta sobrevive

• Apesar de estarem derrubando muitas árvores, a floresta não tem muitas

o uso de apesar depressupõe a presença de idéias contrárias, qualquer que seja a ordem : negativa/positiva, positiva/negativa

• árvores o uso de apesar depressupõe a presença de idéias contrárias, qualquer que seja a ordem: negativa/positiva, positiva/negativa. Daí a incoerência da frase b, em que ocorrem duas negativas simultâneas

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Tipos de Coerência• Coerência Semântica• Refere-se à relação entre os significados dos

elementos das frases em seqüência; a incoerência aparece quando esses sentidos não combinam, ou quando são contraditórios. – ... ouvem-se vozes exaltadas para onde acorreram

muitos fotógrafos e telegrafistas para registrarem o fato.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• O uso do vocábulo telegrafista é inadequado neste contexto, pois o fato que causa espanto será documentado por fotógrafos e, talvez, por cronistas, que, depois, poderão escrever uma crônica sobre ele, mas certamente telegrafistas não são espectadores comuns nessas circunstâncias.

• Ao lado deste, há um outro problema, de ordem sintática: – trata-se do emprego de para onde, que teria vozes exaltadas como

referente, o que não é possível, porque esse referente não contém idéia de lugar, implícita no pronome relativo onde.

• Cabe ainda uma observação quanto ao tempo verbal de ouvem-se e acorreram, presente e pretérito perfeito, respectivamente. – Seria mais adequado os dois verbos estarem no mesmo tempo.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

– O governo principalmente não corresponde de uma maneira correta em relação ao nível de condições que para muitos seriam uma decisão óbvia.

• Nesta frase, há duas incoerências semânticas.– A primeira decorre do uso inadequado de corresponder – corresponder em relação ao nível – que poderia ser substituído por responder, mas, mesmo

assim, o complemento teria que ser modificado, para resolver o problema da incoerência sintática –

– corresponder a (alguma coisa). • A segunda está na expressão nível de condições.

– O vocábulo nível é desnecessário, podendo-se dizer simplesmente em relação às condições.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Educação, problema universal que por direito todo indivíduo deve ter acesso.

• A inadequação, parece-nos, se deve ao fato de não ficar claro qual é o antecedente do pronome que. – Da maneira como foi escrita a frase, o antecedente é

problema universal, e, neste caso, a incoerência semântica está na não-combinação entre os sentidos de ter acesso e problema.

– Um problema precisa ser resolvido, solucionado, mas não ser alcançado, que é o sentido de ter acesso.

• É muito mais provável que o autor desta frase tenha pensado que todo indivíduo deve ter acesso à educação, mas, da forma como ordenou as palavras, causou ambigüidade com relação ao antecedente do que.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Coerência Sintática• Refere-se aos meios sintáticos usados

para expressar a coerência semântica:• conectivos, pronomes, etc.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Então as pessoas que têm condições procuram mesmo o ensino particular. Onde há métodos, equipamentos e até professores melhores. – A coerência deste período poderia ser recuperada se duas

alterações fossem feitas. • A primeira seria a troca do relativo onde, específico de lugar,

para no qual ou em que (ensino particular, no qual/ em que há métodos ...),

• A segunda seria a substituição do ponto por vírgula, de maneira que a oração relativa não ocorresse como uma oração completa e independente da anterior.

– Teríamos a seguinte oração, sem problemas de compreensão:

• Então as pessoas que têm condições procuram mesmo o ensino particular, no qual há equipamentos e até professores melhores.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Na verdade, essa falta de leitura, de escrever, seja porque tudo já vem pronto, mastigado para uma boa compreensão, não precisando pensar.

• Há, nesta frase, vários problemas que prejudicam a sua coerência. • O primeiro é o não-paralelismo entre leitura (nome) e escrever (verbo);

– seria desejável, por exemplo, dizer falta de ler, de escrever, ou falta de leitura, falta de treino de escrita.

• Depois foi empregada a conjunção seja, que geralmente se usa para apresentar mais de uma alternativa:

– seja porque tudo já vem pronto, seja porque não há estímulo por parte dos professores;

• usada isoladamente, ela perde o seu sentido alternativo. • Talvez o autor estivesse querendo dizer seja porque tudo já vem mastigado;

• A elipse da conjunção na segunda expressão foi inadequada. – Percebemos, ainda, que o sujeito essa falta de leitura acabou não se

juntando a nenhum predicado, e a frase ficou fragmentada. • Por último, não foi explicitado o termo que pode preencher essa

função.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• O papel preponderante da escola, que seria de formar e informar, principalmente crianças e adultos, hoje não está alcançando esse objetivo. – Esta frase apresenta o seguinte problema:

• Ela é longa demais, por isso o predicado, muito distante do sujeito, acaba discordando dele, não gramaticalmente, mas pela inadequação do vocabulário.

• Pode-se dizer que há um cruzamento na estrutura da frase, o que causa uma incoerência sintática.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Coerência Estilística• Este tipo de coerência não chega, na

verdade, a perturbar a interpretabilidade de um texto – É uma noção relacionada à mistura de registros

lingüísticos. – É desejável que quem escreve ou lê se mantenha

num estilo relativamente uniforme. – Entretanto, a alternância de registros pode ser,

por outro lado, um recurso estilístico.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Coerência Pragmática• Refere-se ao texto visto como uma seqüência de

atos de fala. – Para haver coerência nesta seqüência, é preciso que os

atos de fala se realizem de forma apropriada, isto é, cada interlocutor, na sua vez de falar, deve conjugar o seu discurso ao do seu ouvinte.

• Quando uma pessoa faz uma pergunta a outra, a resposta pode se manifestar por meio de uma afirmação, de outra pergunta, de uma promessa, de uma negação.

– Qualquer uma dessa seqüências seria considerada coerente.

• Por outro lado, se o interlocutor não responder, virar as costase sair andando, começar a cantar, ou mesmo dizer algo totalmente desconectado do tema da pergunta, estas seqüências seriam consideradas incoerentes.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• A: Você pode me dizer onde fica a Rua Alice? • B: O ônibus está muito atrasado hoje.

– Piadas podem ser elaboradas a partir de incoerências:

– No balcão da companhia aérea, o viajante perguntou à atendente:

• A - A senhorita pode me dizer quanto tempo dura o vôo do Rio a Lisboa?

• B - Um momentinho. • A - Muito obrigado.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Mecanismos de Coesão– São variadas as maneiras como os

diversos autores descrevem e classificam os mecanismos de coesão.

– Consideramos que é necessário perceber como esses mecanismos estão presentes no texto (quando estão) e de que maneira contribuem para sua tessitura, sua organização.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Coesão Gramatical• Faz-se por meio das concordâncias nominais

e verbais, da ordem dos vocábulos, dos conectores, dos pronomes pessoais de terceira pessoa (retos e oblíquos), pronomes possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos, relativos, diversos tipos de numerais, advérbios (aqui, ali, lá, aí), artigos definidos, de expressões de valor temporal.

• Tipos de conexão gramatical– frásica, interfrásica, temporal e referencial.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Coesão Frásica - estabelece uma ligação significativa entre os componentes da frase, com base na concordância entre o nome e seus determinantes – entre o sujeito e o verbo, – entre o sujeito e seus predicadores, – na ordem dos vocábulos na oração, – na regência nominal e verbal.

• Florianópolis tem praias para todos os gostos, desertas, agitadas, com ondas, sem ondas, rústicas, sofisticadas.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Coesão Interfrásica - designa os variados tipos de interdependência semântica existente entre as frases na superfície textual. – Essas relações são expressas pelos conectores

ou operadores discursivos. – É necessário, portanto, usar o conector adequado

à relação que queremos expressar. – Seguem exemplos dos diferentes tipos de

conectores que podemos empregar:

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Coesão Temporal - uma seqüência só se apresenta coesa e coerente quando a ordem dos enunciados estiver de acordo com aquilo que sabemos ser possível de ocorrer no universo a que o texto se refere, ou no qual o texto se insere. – Se essa ordenação temporal não satisfizer essas

condições, o texto apresentará problemas no seu sentido.

– A coesão temporal é assegurada pelo emprego adequado dos tempos verbais, obedecendo a uma seqüência plausível, ao uso de advérbios que ajudam a situar o leitor no tempo

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Coesão Referencial - neste tipo de coesão, um componente da superfície textual faz referência a outro componente, que, é claro, já ocorreu antes. – Para esta referência são largamente empregados

os pronomes pessoais de terceira pessoa (retos e oblíquos), pronomes possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos, relativos, diversos tipos de numerais, advérbios (aqui, ali, lá, aí), artigos.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Coesão Lexical - Neste tipo de coesão, usamos termos que retomam vocábulos ou expressões que já ocorreram, porque existem entre eles traços semânticos semelhantes, até mesmo opostos.– Dentro da coesão lexical, podemos distinguir a

reiteração e a substituição.• Por reiteração entendemos a repetição de expressões

lingüísticas; • neste caso, existe identidade de traços semânticos. • Este recurso é, em geral, bastante usado nas

propagandas, com o objetivo de fazer o ouvinte/leitorreter o nome e as qualidades do que é anunciado.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• A substituição é mais ampla, pois pode se efetuar por meio da

• sinonímia, • antonímia, • hiperonímia• hiponímia.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Sinonímia– Pelo jeito, só Clinton insiste no isolamento

de Cuba. João Paulo II decidiu visitar em janeiro a ilha da Fantasia.

• Os termos assinalados têm o mesmo referente. Entretanto, é preciso esclarecer que, neste caso, há um julgamento de valor na substituição de Cuba por ilha da Fantasia, numa alusão a lugar onde não há seriedade.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Antonímia– É a seleção de expresões lingüísticas com

traços semânticos opostos. • Gelada no inverno, a praia de Garopaba

oferece no verão uma das mais belas paisagens catarinenses.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO

• Hiperonímia e Hiponímia– Por hiperonímia temos o caso em que a primeira

expressão mantém com a segunda uma relação de todo-parte ou classe-elemento.

– Por hiponímia designamos o caso inverso: a primeira expressão mantém com a segunda uma relação de parte-todo ou elemento-classe.

• Em outras palavras, essas substituições ocorrem quando um termo mais geral - o hiperônimo - é substituído por um termo menos geral - o hipônimo, ou vice-versa.

REDAÇÃOESTRUTURA DO PARÁGRAFO– Tão grande quanto as baleias é a sua discrição.

Nunca um ser humano presenciou uma cópula de jubartes, mas sabe-se que seu intercurso é muito rápido, dura apenas alguns segundos.

– Em Abrolhos, as jubartes fazem a maior esbórnia. Elas se reúnem em grupos de três a oito animais, sempre com uma única fêmea no comando. É ela, por exemplo, que determina a velocidade e a direção a seguir.