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1 Índice 1 Surgimento da telecontagem em Portugal e situação actual…………….…...pág. 3 2 Caracterização da situação em Portugal relativamente à medição de energia eléctrica………………………………………………………………………...…….pág. 8 2.1 Consumo de energia eléctrica……………………………….….……pág. 8 2.2 Contadores instalados (dados relativos a 2006) ……………….…….pág. 9 2.3 Leitura dos contadores……………………………………………...pág. 11 2.4 Estimativas e perfis de consumo……………………………...…….pág. 12 2.5 Acesso aos dados dos contadores……………………………….…..pág. 12 3 Novas tecnologias de medição de energia………………………………….pág. 14 3.1 Novos contadores electrónicos………………………………...……pág. 15 3.1.1 Componentes do contador…………………………………..pág. 15 3.1.2 Comunicação……………………………………..…………pág. 18 3.2 Recolher informação de contadores de outros serviços através do uso da infra-estrutura de telecomunicações...………………………………………………pág. 20 4 Funcionalidades dos novos contadores para o segmento doméstico e das pequenas empresas (BTN) ……………………………………………………………………pág. 21 4.1 Perspectiva dos diferentes intervenientes no sistema eléctrico……..pág. 21 4.2 Funcionalidades possíveis………………….……………………….pág. 22 4.3 Benefícios dos novos sistemas de medição…………………………pág. 23 4.4 Cenários de funcionalidades para o sistema de medição...…………pág. 24

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1

Índice

1 Surgimento da telecontagem em Portugal e situação actual…………….…...pág. 3

2 Caracterização da situação em Portugal relativamente à medição de energia

eléctrica………………………………………………………………………...…….pág. 8

2.1 Consumo de energia eléctrica……………………………….….……pág. 8

2.2 Contadores instalados (dados relativos a 2006) ……………….…….pág. 9

2.3 Leitura dos contadores……………………………………………...pág. 11

2.4 Estimativas e perfis de consumo……………………………...…….pág. 12

2.5 Acesso aos dados dos contadores……………………………….…..pág. 12

3 Novas tecnologias de medição de energia………………………………….pág. 14

3.1 Novos contadores electrónicos………………………………...……pág. 15

3.1.1 Componentes do contador…………………………………..pág. 15

3.1.2 Comunicação……………………………………..…………pág. 18

3.2 Recolher informação de contadores de outros serviços através do uso da

infra-estrutura de telecomunicações...………………………………………………pág. 20

4 Funcionalidades dos novos contadores para o segmento doméstico e das pequenas

empresas (BTN) ……………………………………………………………………pág. 21

4.1 Perspectiva dos diferentes intervenientes no sistema eléctrico……..pág. 21

4.2 Funcionalidades possíveis………………….……………………….pág. 22

4.3 Benefícios dos novos sistemas de medição…………………………pág. 23

4.4 Cenários de funcionalidades para o sistema de medição...…………pág. 24

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2

5 ISKRA Contadores de Energia Ltd………………………………………...pág. 26

5.1 A ISKRA CE em Portugal………………………………………….pág. 26

5.2 Iskraemeco d.d. …………………………………….………………pág. 26

5.3 Equipamentos produzidos pela ISKRA…...…………………….….pág. 27

5.4 Soluções de telecontagem da ISKRA………………………...…….pág. 31

5.5 Softwares……………………………………………………………pág. 36

5.5.1 SEP2W……………………………………………………...pág. 36

5.5.2 MeterView…………………………………………………..pág. 44

Referências/Bibliografia……………………………...……………………….……pág. 46

Anexos………………………………………………………………………………pág. 47

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3

Fase 1

1 Surgimento da telecontagem em Portugal e situação actual

A União Europeia definiu nas suas directivas 96/92/EC e 2003/54/EC as regras

comuns para a implementação de um mercado interno de electricidade. Em antecipação à

criação deste mercado único de electricidade, os governos de Portugal e de Espanha

decidiram criar um mercado regional na Ibéria, denominado MIBEL. (1)

O MIBEL definiu como objectivo o desenvolvimento de um mercado competitivo e

eficiente, dotado de mecanismos de supervisão e controlo necessários, de modo a garantir

a satisfação das necessidades dos consumidores e a segurança do abastecimento de

electricidade tanto a curto como a longo prazo, em harmonia com os objectivos de

eficiência energética e o desenvolvimento de energias renováveis nos dois países. (1)

Com a concretização do MIBEL, passa a ser possível, a qualquer consumidor no

espaço ibérico, adquirir energia eléctrica, num regime de livre concorrência, a qualquer

produtor ou comercializador que actue em Portugal ou Espanha. (2)

No sentido de aprofundar o MIBEL e em linha com o Acordo de Santiago de

Compostela e as decisões da Cimeira Ibérica de Badajoz, os governos de Portugal e de

Espanha decidiram acordar um Plano de Compatibilização Regulatória (8 de Março de

2007). (3)

Este Plano assenta em seis áreas principais. No ponto 4 vem: “Incentivo à

liberalização e definição de plano de convergência tarifária, através de (...) e de um plano

harmonizado de substituição de contadores”. No ponto 4.5 de título “Compatibilização

dos procedimentos de mudança de comercializador” vem: “A telecontagem assume-se

como um instrumento relevante para a mudança de comercializador, para a eficiência

energética e para a gestão do sistema. Os Governos de Portugal e Espanha decidiram que

todos os novos contadores a instalar a partir de Julho de 2007 serão digitais com

telemedida. O Conselho de Reguladores deverá apresentar até Outubro de 2007 um

plano e calendário harmonizado de substituição de todos os contadores e uma proposta

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harmonizada de especificações e funcionalidades mínimas para o segmento doméstico e

de pequenas empresas.”. (3)

Com a publicação da Directiva 2006/32/CE sobre eficiência energética e da Directiva

2005/89/CE relativa a medidas para assegurar a segurança do fornecimento e o

investimento em infra-estruturas, que recomendam explicitamente a utilização de

sistemas avançados de medição de energia, a instalação de contadores mais sofisticados

sofreu um forte avanço. (4)

Os progressos registados nas tecnologias de informação e a redução dos custos dos

equipamentos de medida electrónicos têm conduzido ao desenvolvimento de diversos

projectos de instalação de sistemas de telecontagem. (4)

Como a opção pela mudança tecnológica e a sua generalização à totalidade dos

consumidores de energia eléctrica de Portugal e Espanha foi assumida pelos governos

destes, a ERSE (um dos reguladores do Conselho de Reguladores) decidiu promover uma

consulta pública sobre esta matéria, em Outubro de 2007, com o objectivo de recolher

dos consumidores de energia eléctrica, agentes de mercado, empresas que operam no

sistema eléctrico e outras entidades interessadas, a sua opinião acerca do calendário de

substituição de todos os contadores de energia eléctrica por outros que permitam a

telecontagem e das especificações e funcionalidades mínimas dos contadores para o

segmento doméstico e das pequenas empresas. (4)

No seguimento da realização de alguns trabalhos preparatórios, entre os quais:

recolha de informação junto dos operadores de redes de distribuição sobre os contadores

actualmente instalados; análise de experiências internacionais relativas à realização de

programas de substituição maciça de contadores de energia eléctrica; inquérito aos

fabricantes de contadores de energia eléctrica para recolha de informação, nomeadamente

sobre o grau de maturidade das tecnologias, necessidades de normalização,

funcionalidades dos contadores e a sua relação com os custos; consulta pública aberta a

todos os interessados, foi apresentado ao Governo Português, em Dezembro de 2007, um

estudo intitulado Funcionalidades Mínimas e Plano de Substituição dos Contadores de

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5

Energia Eléctrica, da autoria da ERSE. Este estudo, como o seu próprio título indica, visa

a definição das funcionalidades mínimas e do plano de substituição de contadores de

energia eléctrica, nos termos previstos no Plano de Compatibilização Regulatória. (5)

Desta forma, foram analisados os benefícios e os custos associados a diversas

funcionalidades para o novo sistema de medição e os novos contadores e concluiu-se que

a solução com mais vantagens para os consumidores corresponde à dos contadores com

capacidade de comunicação bidireccional com os sistemas centrais, permitindo, além de

funcionalidades mais avançadas de medição de energia eléctrica, a parametrização e

controlo remoto dos contadores. Esta solução – identificada como Automated Meter

Management (AMM) – permite, por exemplo, a selecção remota da potência contratada

ou da opção tarifária aplicável a cada cliente. (5)

Relativamente ao plano de substituição dos contadores, a instalação do novo sistema

de medição vai ser efectuada considerando as seguintes etapas (5):

- Aprovação das funcionalidades mínimas dos contadores pelo Governo Português;

- Especificação e execução do projecto-piloto (a realização deste tem como objectivo a

obtenção de informação qualitativa e quantitativa dos diversos aspectos respeitantes às

funcionalidades e ao plano de substituição de contadores);

- Aprovação do relatório com os resultados obtidos com o projecto-piloto e validação

das funcionalidades mínimas;

- Lançamento de concursos para a aquisição e instalação dos novos contadores;

- Substituição dos contadores existentes e instalação dos novos contadores em Portugal

Continental e nas Regiões Autónomas num período com a duração de 6 anos. O início

deste período depende da rapidez com que seja aprovado o estudo da ERSE, estimando-

se que a substituição de contadores possa ocorrer entre 2010 e final de 2015.

A figura seguinte representa o cronograma considerado pela ERSE para as etapas do

plano de substituição de contadores de energia eléctrica.

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6

Figura 1 – Cronograma do plano de substituição de contadores de energia eléctrica.

O calendário pretende sobretudo apresentar datas orientadoras que em muito

dependem dos prazos de decisão e de resposta dos agentes envolvidos nas várias fases do

processo de substituição, nomeadamente o Governo, os agentes responsáveis pela

actividade de medição e leitura, os fabricantes de contadores e os próprios consumidores.

(5)

Com o estudo mencionado anteriormente, a ERSE apresenta uma especificação

funcional preliminar dos novos contadores de energia eléctrica para os consumidores

domésticos e pequenas empresas. A especificação definitiva deverá ser apresentada após

a realização do projecto-piloto proposto. (5)

A harmonização das funcionalidades mínimas dos contadores constitui um passo

fundamental para o desenvolvimento de um mercado retalhista de âmbito ibérico,

permitindo aos comercializadores uma abordagem ibérica na preparação das suas

estratégias comerciais. Esta harmonização representará igualmente a possibilidade de os

comercializadores acederem à informação sobre o consumo dos seus clientes de forma

mais rápida e desagregada, abrindo caminho para que as ofertas comerciais destes sejam

mais diversificadas e adequadas a cada fracção de clientes. Os novos contadores podem

contribuir para que o funcionamento do mercado seja mais competitivo, inovador e

caracterizado por níveis de eficiência e qualidade de serviço cada vez mais elevados. (4)

De forma a saber se alguma lei referente à telecontagem foi promulgada

recentemente, enviei um correio electrónico (21-02-08), a perguntar isto mesmo, ao

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contacto da página oficial da Presidência da República Portuguesa, www.presidencia.pt.

Cerca de duas semanas depois (04-03-08), recebi um correio electrónico de resposta do

Chefe da Casa Civil do Presidente da República que me informava que “não existe

nenhum diploma promulgado recentemente sobre o tema”. Esta resposta está disposta

no Anexo 1.

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8

2 Caracterização da situação em Portugal relativamente à medição de

energia eléctrica

Os valores apresentados neste capítulo foram retirados da fonte: Consulta Pública

sobre o Plano de Substituição e Funcionalidades Mínimas dos Contadores para o

Segmento dos Clientes Domésticos e Pequenas Empresas, Outubro de 2007, da ERSE.

2.1 Consumo de energia eléctrica

Na tabela 1, apresenta-se a distribuição do consumo anual e do número de clientes

para cada nível de tensão, bem como a factura média mensal por cliente, para uma

melhor informação sobre o consumo de energia eléctrica. (4)

Consumo anual

(MWh) Factura mensal (€) Número de clientes

MAT

AT

MT

BTE

BTN

1 393 000

6 309 000

14 359 874

3 441 000

19 910 126

235 920

154 646

3 144

683

38

23

194

22 492

30 615

5 942 273

Tabela 1 – Caracterização do consumo por nível de tensão.

Nota: estes valores são previstos para 2007.

Na tabela seguinte, encontra-se informação sobre a distribuição dos clientes em BTN

(potência contratada inferior ou igual a 41,4 kVA) pelas opções tarifárias. Apresenta-se

igualmente o número de clientes, considerados no cálculo de tarifas para 2007, por

escalão de potência contratada. (4)

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Escalão de potência contratada (kVA)

Opção Total 1,15 2,3 3,45 4,6 5,75 6,9 10,35 13,8 17,25 20,7 27,6 34,5 41,4

BTN

simples

5 473

146

498

086

16

124

2

912

227

45

582

25

362

1

227

154

375

115

126

063

37

267

151

337

19

052

19

867

19

908

BTN bi-

horária

458

929

63

500

9

801

7

394

209

974

68

509

36

707

13

141

49

902

BTN tri-

horária

10

198 34 0 0 628 645 240 2 16

2

628

3

015

2

990

Tabela 2 – Número de clientes por escalão de potência contratada.

No conjunto de clientes em BTN, a maioria dos clientes têm contadores simples, ou

seja, sem discriminação horária do consumo. Esta situação, embora represente uma

facturação simplificada, é indutora de alguma subsidiação cruzada entre clientes e

desincentiva a alteração dos hábitos de consumo. (5)

2.2 Contadores instalados (dados relativos a 2006)

Em Portugal Continental, os contadores em BTN são essencialmente

electromecânicos (79%), representando os contadores estáticos 2% do número total de

contadores instalados. Estes dados podem observar-se na figura seguinte. (4)

Figura 2 – Tipo de contador em BTN, em Portugal Continental, em 2006.

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10

Os contadores estáticos são mais recentes pois apresentam uma idade inferior aos 5

anos de antiguidade. (4)

Nas Regiões Autónomas dos Açores (RAA) e da Madeira (RAM), os contadores são

principalmente electromecânicos, representando, respectivamente, 92% e 68% do número

total de contadores. Nos Açores, 8% do total de contadores são estáticos, sendo que a

maior parte destes não possuem uma antiguidade superior a 5 anos. Na Madeira, verifica-

se uma elevada percentagem de contadores estáticos (32%). À semelhança da realidade

em Portugal Continental e na RAA, os contadores estáticos na RAM são mais recentes

pois apresentam uma antiguidade que não ultrapassa os 10 anos. Nas figuras 2 e 3 podem

observar-se os tipos de contadores em BTN, nas RAA e RAM, respectivamente. (4)

Figura 3 - Tipo de contador em BTN, na Região Autónoma dos Açores, em 2006.

Figura 4 - Tipo de contador em BTN, na Região Autónoma da Madeira, em 2006.

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Como resultado dos programas de substituição de equipamentos de medição levados

a cabo entre 2002 e 2005, a totalidade das instalações de clientes em MT, AT e MAT em

Portugal Continental encontram-se já integradas no sistema centralizado de

telecontagem. (4)

Nível de tensão Tipo de instalações Número de instalações em

telecontagem

MAT/AT Produtores 150

Clientes 181

MT Produtores 313

Clientes 22 159

BT Produtores 8

Clientes 1 499

Tabela 3 – Instalações em telecontagem.

Da análise da tabela anterior, verifica-se que o número de instalações em BT com

telecontagem ainda é muito pouco expressivo. (4)

2.3 Leitura dos contadores

Os operadores das redes são as entidades responsáveis pela leitura dos equipamentos

de medição das instalações dos clientes ligadas às suas redes. Para além deste, o cliente e

o comercializador ou comercializador de último recurso com contrato de fornecimento

com o cliente têm também a capacidade de realizar a leitura dos equipamentos de

medição. (4)

O custo de realização de leituras locais tem um valor médio de 0,43 euros, de acordo

com a informação prestada pela EDP Distribuição, resultante da ponderação de custos

pelo número de leituras de cada tipo realizadas. Em 2006, foram realizadas 12,3 milhões

de leituras de contadores a que correspondeu um custo total de 5,3 milhões de euros. (4)

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2.4 Estimativas e perfis de consumo

Para as instalações de baixa tensão nem sempre é possível obter leituras dos

contadores com a periodicidade exigida (e.g. contadores instalados no interior das

habitações), sendo necessário definir métodos de cálculo para determinação do consumo

estimado. (4)

A facturação por estimativa é uma das principais razões de reclamação dos

consumidores. Em 2006, na sequência de reclamações de clientes, foram realizadas 211

mil refacturações (anulação da factura inicialmente enviada ao cliente e emissão de nova

factura elaborada com base em novos dados do consumo no período a que a factura

respeita). (4)

A aplicação do perfil de consumo permite, de forma aproximada, determinar o

consumo a atribuir a cada cliente (comercializador) em cada período de 15 minutos a

partir dos dados recolhidos pelos actuais contadores. (4)

A estimação dos consumos discriminados por períodos de 15 minutos é feita por

aplicação do perfil de consumo correspondente à instalação aos consumos registados nos

contadores ou obtidos por estimativa. O perfil é constituído por um conjunto de

ponderadores, que traduzem o peso relativo do consumo em cada período de 15 minutos

do ano, que com base no consumo medido permite determinar o consumo atribuível à

instalação em cada período de 15 minutos. (4)

Os perfis de consumo são aprovados anualmente pela ERSE na sequência de proposta

dos operadores de redes, encontrando-se disponíveis na sua página na Internet,

www.erse.pt. (4)

2.5 Acesso aos dados dos contadores

O acesso à informação dos dados dos contadores assume uma importância

fundamental na promoção da transparência e da concorrência do mercado liberalizado.

(4)

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13

A informação recolhida pelos contadores deve ser considerada, em primeiro lugar,

como sendo propriedade do cliente. Todavia, o funcionamento do sistema eléctrico impõe

que os dados recolhidos pelo contador sejam utilizados por outros agentes,

designadamente operadores de redes, comercializadores e entidade responsável pela

gestão do processo de mudança de comercializador. Os operadores das redes são

responsáveis pela aquisição e disponibilização de dados às restantes entidades do sistema

eléctrico. (4)

No âmbito da gestão dos procedimentos de mudança de comercializador está

igualmente reconhecido que estes, mediante consentimento do cliente, possam ter acesso

ao registo do ponto de entrega (características do contador, de consumo, potência

contratada). As regras e os prazos de acesso a esta informação foram aprovados pela

ERSE e constituem uma garantia que todos os comercializadores podem aceder à

informação necessária para poderem apresentar uma oferta comercial competitiva aos

clientes que o desejem. (4)

Os clientes já integrados nos sistemas de telecontagem podem aceder aos dados de

consumo das suas instalações através da consulta de páginas na Internet do operador de

rede de distribuição. (4)

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14

3 Novas tecnologias de medição de energia

Um contador inteligente refere-se, geralmente, a um tipo de contador (usualmente o

contador eléctrico) mais desenvolvido que identifica o consumo de energia de uma

forma mais detalhada que o contador convencional e transfere essa informação por

intermédio de uma via de comunicação para a distribuídora para processamento de dados

(monitorização e facturação). Pode também ser aplicado à medição do consumo de água e

de gás natural através da interface M-Bus.

Estes contadores fornecem informação e põem o controlo nas mãos dos

consumidores, com unidades domésticas e comerciais permitindo às pessoas gerir os seus

próprios padrões de consumo, poupando energia e reduzindo as facturas de consumo no

processo. (6)

A um nível básico, podem ser usados simplesmente para substituir a leitura de energia

feita no local, através do envio de dados de forma remota. Num nível mais sofisticado

uma rede fixa, a radiofrequência ou as comunicações móveis podem ser utilizadas como

“transportadoras” de dados em tempo real, para o consumidor e para o sistema central de

gestão de dados (bidireccional). (6) Estes contadores permitem que os comercializadores

façam diferentes ofertas para o consumo baseadas na hora do dia e na época. Desta

forma, a facturação vai depender do consumo actual em vez de uma estimação baseada

em consumos anteriores.

Contudo, a utilização dos contadores inteligentes somente para recolha de dados é

falhar o objectivo da presente tecnologia. Tendo em consideração que as alterações

climáticas e outras questões ambientais assumem cada vez mais importância no dia-a-dia

dos cidadãos, a telegestão de energia pode ser uma das decisivas ferramentas para

atingir os objectivos relacionados com as emissões de carbono. (6)

Em 2001, o Department of Trade and Industry (DTI) do Reino Unido estimou que

mesmo utilizando as versões tecnológicas mais básicas dos contadores inteligentes,

verificar-se-ia uma redução de 5 a 10% do consumo de energia no sector doméstico e,

como consequência, seriam diminuídas significativamente as emissões de CO2 (cerca

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de 2,5 milhões de toneladas por ano). Esta informação é claramente relevante tendo em

conta os compromissos definidos no âmbito do cumprimento das metas do Protocolo de

Kyoto. (6)

3.1 Novos contadores electrónicos

Actualmente, os contadores electromecânicos são ainda os mais utilizados. Os novos

contadores são estáticos, também denominados electrónicos. Estes, têm características

modulares, sendo constituídos por módulos com diversas funções de forma a permitir

uma separação entre, por exemplo, o sistema de comunicação e o corpo principal do

contador. (4)

3.1.1 Componentes do contador

o Visor

Um visor de cristais líquidos (LCD) permite a visualização das diversas funções do

contador e ainda da data e hora. Sendo o visor a interface entre o sistema e o utilizador,

deve manter as suas propriedades físicas e funcionais até ao fim da vida útil do contador.

O visor é, aliás, um dos elementos críticos na definição do tempo de vida útil do contador

e representa também uma parte significativa do custo global do equipamento de

contagem. (4)

o Memória

A capacidade de memória do contador deve ser suficiente para garantir o

armazenamento de valores acumulados, eventos e outros dados relevantes. A memória

tem também a função de garantir que, no caso de ausência prolongada de alimentação de

energia eléctrica, os dados sejam guardados durante um intervalo de tempo significativo.

Uma característica importante desta é ser passível de expansão com custos reduzidos

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16

visto que os serviços disponibilizados pelo contador dependem em larga escala da

capacidade da memória. (4)

Existem 3 tipos principais de memória: volátil interna, não volátil interna e não

volátil externa. No Anexo 2 encontram-se as principais vantagens e desvantagens de

cada um destes tipos de memória.

o Relógio de Tempo Real

De forma a realizar o registo correcto e preciso das ocorrências, os contadores

estáticos dispõem de um relógio de tempo real (RTC – Real Time Clock) cuja

sincronização deve ser possível mesmo na ausência de tensão externa de alimentação. O

relógio de tempo real pode utilizar a frequência de rede como sincronizador ou um

oscilador de cristal de quartzo. Cada um dos sistemas tem os seus benefícios e limitações

e a utilização de um ou outro condiciona o tipo de alimentação de recurso. Geralmente,

ambos os sistemas têm um baixo peso no custo global do equipamento. (4)

o Entrada de Dados

Os contadores para telecontagem podem estar equipados com entrada de impulsos ou

interface M-Bus para permitir a possibilidade de efectuar a leitura multi-serviços, ou seja,

a recepção de dados de equipamentos de medição de outros serviços como a água, gás ou

calor. (4)

o Dispositivo de Corte e Reposição de Tensão de Alimentação

Um contador de telecontagem pode dispor de um dispositivo de corte e reposição de

tensão de alimentação, bem como de controlo da potência máxima tomada admissível.

Podem considerar-se três formas principais de incorporar a função de corte e reposição:

contador separado do disjuntor, contador com disjuntores incorporados ou

acoplados e contador com injecção de corrente no disjuntor diferencial. (4) Para cada

uma destas soluções de corte e reposição de tensão de alimentação seguem no Anexo 3 as

respectivas vantagens e desvantagens.

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A actuação sobre o DCP é efectuada por injecção de corrente para actuação do

dispositivo de protecção diferencial ou através de uma bobine de disparo remoto acoplada

ao mesmo. Segundo indicação dos operadores, o custo adicional da inclusão do relé na

instalação de um contador de telecontagem é reduzido. (4)

o Alimentação Principal e Alimentação de Recurso

O contador necessita de uma fonte de alimentação principal para funcionar. Existem

diversas soluções tecnológicas para a fonte de alimentação de um contador estático. As

soluções principais são: condensador, fonte comutada e transformadores. (4) As

vantagens e desvantagens destas soluções são apresentadas no Anexo 4.

No caso de falha na tensão da rede, os contadores possuem também uma fonte de

alimentação de recurso, de forma a manter o relógio do contador em funcionamento e a

garantir o armazenamento de dados em memória. (4)

Todos os contadores têm, normalmente, uma pilha de lítio não removível e, em

complemento, uma outra opção tecnológica que cumpra a função de fonte de alimentação

de recurso. Esta poderá ser, por exemplo, um super-condensador, cujo funcionamento

se sobrepõe ao da pilha de lítio até à sua descarga. No entanto, a inclusão de um super-

condensador pode aumentar significativamente o custo global do contador, especialmente

para capacidades elevadas. Pode afirmar-se que é expectável que este custo diminua

substancialmente num futuro próximo pois esta tecnologia ainda não atingiu um estado

de maturidade. (4)

Mesmo para a pior situação de temperatura e humidade, qualquer que seja a solução

adoptada, esta não pode condicionar o tempo de vida útil do contador. Habitualmente,

exige-se que um contador tenha um tempo de vida útil de 20 anos. (4)

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18

3.1.2 Comunicação

As tecnologias de telecontagem podem ser bidireccionais ou unidireccionais no que

respeita à comunicação entre o contador do consumidor e o sistema central de gestão de

dados. (4)

Designam-se por tecnologias de AMR (Automated Meter Reading) as tecnologias

unidireccionais, isto é, que permitem a comunicação apenas do contador para o sistema

central. Com esta abordagem é possível realizar a leitura remota mas não é possível

alterar remotamente parâmetros do contador ou enviar informação para o mesmo. (4)

As tecnologias bidireccionais são denominadas de tecnologias de AMM (Automated

Meter Management). Desta forma é possível: interromper remotamente o fornecimento,

limitar a potência contratada, alterar as parametrizações do contador de forma remota ou

enviar informação para o consumidor. (4)

Relativamente à tecnologia de transmissão de dados, existem actualmente diversas

opções, tratando-se de uma área onde a evolução se faz sentir com grande rapidez. Por

este motivo, a maioria dos fabricantes opta por soluções modulares em que o contador e

o sistema de transmissão de dados estão em módulos separados, de forma a permitir a

actualização do sistema de transmissão de dados quando for pertinente ou fundamental.

(4)

A figura seguinte ilustra as tecnologias actualmente mais utilizadas para a

transmissão de dados na telecontagem. (4)

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19

Figura 5 – Tecnologias de transmissão de dados mais utilizados em telecontagem.

Hoje em dia, existem ainda alguns obstáculos a ultrapassar ao nível da velocidade,

tempo de resposta e fiabilidade em redes de maior complexidade, nomeadamente na

comunicação através da rede eléctrica, denominada DLC (Distribution Line

Communication) em banda estreita. Estima-se que a largura de banda em DLC continue a

aumentar, mantendo-se uma opção válida principalmente em zonas urbanas e para

distâncias pequenas. (4)

Os suportes disponíveis vão desde as tecnologias mais amadurecidas: GSM (Global

System for Mobile Communications), SMS (Short Message Service), GPRS (General

Packet Radio Service), UMTS (Universal Mobile Telecommunications System), até aos

sistemas Zig Bee e RF-Mesh (rádio), ainda em desenvolvimento. Sobretudo nos meios

rurais estes suportes podem ser os mais adequados para a telecontagem. (4)

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20

3.2 Recolher informação de contadores de outros serviços através do

uso da infra-estrutura de telecomunicações

Uma das formas possíveis de recolher a informação de contadores de outros serviços

consiste em utilizar o contador de electricidade como concentrador de dados de outros

contadores (por exemplo: água, gás e calor). Contudo, esta aplicação implica a existência

de entradas de dados no contador de electricidade o que aumenta o custo global do

contador de electricidade. (4)

Neste caso, é necessário haver um elemento de comunicação, adaptado aos outros

contadores que necessitará de energia. Este facto poderá acarretar problemas devido a

limitações impostas por razões de segurança na interacção com o contador de gás. Por

outro lado há também uma questão logística da interligação física entre contadores, que

por vezes se encontram instalados em sítios distantes entre si. (4)

Nesta temática é necessário que haja normalização nas interfaces entre os sistemas

de informação dos contadores de forma a permitir a gestão dos dados de leitura dos

diversos serviços. (4)

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21

4 Funcionalidades dos novos contadores para o segmento doméstico e das

pequenas empresas (BTN)

4.1 Perspectiva dos diferentes intervenientes no sistema eléctrico

A actividade de medição é uma actividade charneira para o sector eléctrico,

constituindo o ponto de confluência de diversos interesses. Os agentes interessados nesta

actividade são:

- Os consumidores, na medida em que a facturação de um produto (energia) e um

serviço (transporte e distribuição) que lhes é fornecido necessita de um elemento credível

que ateste os serviços e produtos utilizados por estes e as quantidades em que foram

prestados;

- Os comercializadores, uma vez que têm por missão fornecerem energia aos seus

clientes e assumem assim a responsabilidade pela sua aquisição nos mercados grossistas.

Também porque a sua capacidade de oferecer diversos serviços e opções tarifárias aos

clientes está relacionada com as capacidades de medir o consumo;

- Os operadores de rede, tendo em consideração que facturam o serviço por si prestado a

cada consumidor com base na informação do consumo e ainda porque têm por função a

gestão eficiente das suas redes com adequados níveis de qualidade de serviço;

- Fornecedores de produtos e prestadores de serviços de eficiência energética, já que

a ausência de conhecimento sobre o consumo de cada consumidor constitui uma das

principais barreiras à dinamização do mercado destes produtos e serviços, de valor

económico demonstrado. (4)

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4.2 Funcionalidades possíveis

A mudança tecnológica operada nos equipamentos de medida de energia eléctrica e

de recolha de dados de leitura veio revolucionar a gama de serviços ou funcionalidades

possíveis de oferecer por um sistema de medida bem como o custo a que são prestados.

(4)

Entre estas funcionalidades, algumas não são novas face às oferecidas pelos

contadores electromecânicos. (4)

Entre as funcionalidades abertas a opção nos sistemas de medida digitais e com

recolha remota de dados, apresenta-se um conjunto destas: medição de energia,

capacidade de armazenamento de informação, tarifas, comunicação com o contador,

actuação/parametrização remota do contador, interface com o consumidor

(incluindo serviços de valor acrescentado), interface com outros contadores e

qualidade de serviço. (4)

A enorme quantidade de funcionalidades disponíveis a preços baixos, em particular

em segmentos de consumidores onde antes não era possível, altera o paradigma da

actividade de medição de energia passando-se da prestação de um serviço uniforme, bem

delimitado nas suas fronteiras, orientado unicamente para a facturação da energia

eléctrica, para um serviço que pode ser diferenciado, interactivo (com outras

actividades e com diversos agentes) e desenhado para acomodar diversas perspectivas

(facturação e comercialização, qualidade de serviço e operação das redes, eficiência

energética, actuação e gestão remota dos pontos de entrega das redes, etc.). (4)

Uma análise mais pormenorizada das funcionalidades acima descritas com as suas

vantagens relativamente aos contadores tradicionais encontra-se no Anexo 5.

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4.3 Benefícios dos novos sistemas de medição

De seguida, descrevem-se diversos tipos de benefícios associados às novas

funcionalidades dos sistemas de medição, referidos em estudos especializados, sendo

igualmente indicados os agentes directamente associados a cada tipo de benefício (4):

- Eficiência energética (consumidores): novos contadores permitem aumentar a

percepção sobre o consumo dos equipamentos e as consequências da mudança de

comportamentos de consumo;

- Informação dos consumidores (consumidores): novos contadores permitem melhorar

o nível de informação sobre o consumo, sobre a qualidade de serviço, sobre os preços de

energia, etc. A falta de informação é uma forte barreira à eficiência dos mercados e à

alteração dos comportamentos dos consumidores;

- Alteração dos hábitos de consumo (operadores de rede, consumidores): a transferência

de consumos para horas de vazio traz benefícios para os consumidores no custo médio de

energia e no custo com o uso das redes que pagam mas também para o sistema

(melhorando a adaptação da oferta da produção à curva de consumo agregada) e para as

redes (permitindo adiar investimentos de reforço, reduzindo as perdas e melhorando a

qualidade de serviço). A alteração dos hábitos de consumo como consequência de uma

melhor informação dos consumidores ocorre no sentido da eficiência do sector e dos

mercados relacionados, conduzindo a benefícios sociais e económicos;

- Redução de subsidiações cruzadas (comercializadores, consumidores): informação

mais detalhada e rigorosa sobre os consumos conduz a maior equidade na distribuição

dos custos pelos vários consumidores, admitindo que os preços da tarifa estão adaptados

à estrutura de custos eficientes que as constituem;

- Operação das redes (operadores de redes, consumidores): além dos benefícios

proporcionados pela alteração dos comportamentos dos consumidores, o melhor

conhecimento sobre os consumos em cada ponto de entrega (mais diferenciado e

actualizado) permite utilizar de forma mais eficiente as ferramentas de planeamento, de

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manutenção e de operação das redes, tendo o potencial de reduzir os custos associados à

gestão e operação das redes e de melhorar a qualidade do serviço prestado. Ao mesmo

tempo, esta informação pode ser utilizada para combater as fraudes, beneficiando todos

os consumidores cumpridores;

- Promoção do mercado liberalizado (comercializadores, consumidores): o maior

pormenor e versatilidade dos sistemas de medição de consumos permite aumentar a

flexibilidade no delineamento de ofertas tarifárias e de serviços complementares pelos

comercializadores. A eliminação da necessidade de estimar consumos para facturação

aumenta a confiança no mercado e nos agentes e diminui a subsidiação cruzada entre

comercializadores. Os consumidores podem, assim, beneficiar de um mercado mais

eficiente e de comercializadores mais activos na oferta de benefícios em busca de

competitividade;

- Redução dos conflitos (operadores de rede, comercializadores, consumidores): a

eliminação das estimativas de consumo afecta positivamente o fluxo de reclamações e o

número de conflitos entre os agentes, em especial entre os consumidores e as entidades

com quem se relacionam. A redução dos custos de atendimento comercial bem como de

atrasos de pagamento tem impacte positivo para as empresas do sector e para os

consumidores.

4.4 Cenários de funcionalidades para o sistema de medição

São definidos 3 cenários:

- “AMR” (Automated Meter Reading): inclui um contador digital com tecnologia

unidireccional (apenas comunicação para o sistema central) permitindo a realização de

leitura remota. Características do contador: capacidade de medição e registo dos

consumos em períodos de 15 minutos, a agregação de consumos em vários registos de

preços distintos, a memorização desses registos durante 3 meses, comunicação remota

com um concentrador de dados de leitura via rede de distribuição (DLC); (4)

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- “AMM” (Automated Meter Management): implica um contador com tecnologia

bidireccional, permite receber informações do sistema central. Características: além da

versão base o contador inclui um dispositivo de controlo de potência máxima, regulável

remotamente pelo operador de rede; (4)

- “AMM+MU” (Automated Meter Management + Multi-utility): o contador permite a

interacção com outros contadores (de serviços como a distribuição de água, gás natural

ou calor) e ainda outros dispositivos locais. Neste caso, o contador de energia eléctrica

está apto a receber os dados de leitura dos restantes serviços e a comunicá-los

remotamente através do sistema de comunicações do sector eléctrico. (4)

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26

5 ISKRA Contadores de Energia Lda

5.1 A ISKRA CE em Portugal

A ISKRA foi fundada em 1998, usufruindo de capital português e esloveno

(Iskraemeco d.d.). A multinacional eslovena emprega 1500 trabalhadores, sendo a

terceira maior fabricante europeia e a sexta mundial de contadores de energia eléctrica e

de soluções de telegestão de energia. (7)

No início, a actividade da ISKRA consistia no fabrico de contadores tradicionais,

electromecânicos, mas cedo lançou no mercado os contadores electrónicos para

consumidores residenciais e os contadores combinados de alta precisão para

consumidores industriais. Dá agora mais um passo de grande avanço tecnológico com as

soluções de telecontagem e telegestão. (7)

A sua imagem é reconhecida pelos seus clientes (7):

- EDP Distribuição Energia, S.A.;

- Empresa de Electricidade dos Açores;

- Cooperativas Eléctricas;

- Armazenistas de material eléctrico.

5.2 Iskraemeco d.d.

Tem a sua sede na Eslovénia e foi fundada em 1945. Até 1975, desenvolveu a

investigação e produção de contadores de energia eléctrica electromecânicos, vendendo

cerca de 6 milhões de unidades por ano. (7)

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Em 1975, vivendo uma época de mudança tecnológica passou a dedicar-se também à

investigação e fabrico de contadores electrónicos. Mais recentemente desenvolveu

soluções de leitura remota, incluindo o respectivo software para consumidores

domésticos, comerciais, industriais e para as contagens em Média Tensão. O seu

departamento de investigação dispõe de 150 investigadores e avançados meios

tecnológicos de apoio. (7)

A Iskraemeco está presente em mais de 100 países e tem uma rede mundial de

companhias associadas das quais a Iskra é uma delas. (7)

5.3 Equipamentos produzidos pela ISKRA

Entre os vários produtos da ISKRA relativos à telecontagem, neste capítulo faz-se

referência aos contadores inteligentes ME371, ME372, MT371 e MT372, ao

concentrador P2LPC e aos comunicadores P2CBT e P2M.

o Contadores ME371, ME372, MT371 e MT372

Os contadores Mx37y são contadores da Iskrameco de terceira geração e têm como

alvo os mercados de energia desregulados permitindo serviços de leitura e de controlo

remotos. São contadores monofásicos (ME37y) ou trifásicos (MT37y) para aplicações

domésticas, comerciais e industriais. São uma combinação perfeita da já provada

tecnologia de contagem e da comunicação DLC (Mx371) ou GSM (Mx372) via modem

incorporado/integrado. Nos contadores Mx372, o modem GSM integrado pode ser

trocado pela comunicação com interface RS485 (opção).

Apresentam-se de seguida algumas propriedades funcionais destes contadores:

medição da energia activa e potência máxima (até 4 tarifas), relé para controlo remoto e

local da carga, entrada de impulsos ou interface M-Bus para permitir a possibilidade de

efectuar a leitura multi-serviços (opção), circuit breaker integrado no contador (ME37y)

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ou como unidade externa ao mesmo (MT37y, opção) para desligar remotamente o

contador da rede (figura seguinte).

Figura 6 – Contador MT371 com circuit breaker como unidade externa.

o Concentrador P2LPC

É um concentrador de dados para recolha automática de dados de contadores das

famílias Mx351 (segunda geração) e Mx371. A comunicação com os contadores é feita

por meio de um modem DLC integrado. Opcionalmente, é equipado com interface RS485

para a leitura de dados de contadores que possuem a mesma interface. O software do

P2LPC é responsável pela leitura, por encontrar e gerir as comunicações com os

contadores na rede DLC, por guardar dados e transferir os mesmos para o sistema central.

Para comunicar com o sistema central, o concentrador utiliza comunicações diferentes:

GSM, GPRS e Ethernet, através de um modem.

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Figura 7 – Concentrador P2LPC.

As funções do concentrador podem ser divididas em 4 funções básicas:

- Recolha de dados, de acordo com um certo horário, de todos os contadores ligados à

rede DLC;

- Armazenação na memória interna dos dados lidos pelos contadores (não são

processados no P2LPC);

- Transferência dos dados para o sistema central para processamento dos mesmos;

- Configuração da rede DLC e detecção automática dos novos contadores ligados à rede.

o Comunicador P2CBT

O comunicador P2CBT tem como objectivo efectuar a leitura remota de contadores

de electricidade via as interfaces CS, RS232 ou RS485. A comunicação entre o

comunicador, com modem integrado, e o sistema central dá-se por GSM, PSTN ou

ISDN.

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Figura 8 – Comunicador P2CBT.

Este comunicador permite, de uma forma resumida, enviar para o sistema central,

mensagens dos contadores e as leituras dos mesmos.

o Comunicador P2M

Este comunicador foi projectado para recolher impulsos de contadores de energia (da

água e do gás), através de quatro entradas, comunicando com o contador de electricidade

(master device) através de uma interface M-Bus. Na comunicação com o contador de

electricidade, o P2M funciona como slave device.

Em caso de falha de energia do contador de electricidade, que alimenta o

comunicador pela ligação M-Bus, o P2M é capaz de continuar a receber e a gravar os

impulsos dos contadores de energia com base numa bateria de lítio.

Figura 9 – Comunicador P2M.

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5.4 Soluções de telecontagem da ISKRA

Como resposta às exigências do futuro, a ISKRA Contadores de Energia tem vindo a

implementar soluções de telegestão de energia, pioneiras em Portugal. (7)

A ISKRA, suportando-se na maturidade do know-how da ISKRAEMECO, oferece

soluções diversificadas para a telegestão de energia. Assim, a referida empresa dispõe das

seguintes soluções de leitura e gestão de energia: ponto a ponto; colectiva;

comunicação através das linhas de distribuição de electricidade (Distribution Line

Carry – DLC). (7)

Figura 10 – Exemplo de tecnologias de transmissão de dados.

Na leitura e gestão de energia realizada ponto a ponto, a cada contador corresponde:

um modem GSM/GPRS; um SimCard; uma chamada telefónica por contador. O contador

pode ter modem integrado ou apenas interface RS232/RS485 à qual será ligado mais

tarde o modem externo. Segundo a ISKRA, a solução de modem externo não é

economicamente aconselhada já que o custo total (contador com interface

RS232/RS485 + modem externo + instalação posterior do modem) será muito superior

ao custo do contador com modem incorporado. (7)

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Figura 11 – Comunicação GSM entre a central de gestão de dados e o contador do tipo Mx372.

Para esta solução a ISKRA dispõe dos seguintes equipamentos (7):

- Contador ME172 – Contador monofásico com interface RS232/RS485;

- Contador MT173 - Contador trifásico com interface RS232/RS485;

- Contador ME372 - Contador monofásico com modem integrado GSM;

- Contador MT372 - Contador trifásico com modem integrado GSM;

- Sep2W – Software de leitura e gestão.

Um projecto de referência que utiliza a leitura e gestão de energia ponto a ponto foi

iniciado em Maio de 2005 na Finlândia, pela ISKRAEMECO, envolvendo 330 mil

consumidores. (7)

No que diz respeito à leitura e gestão de energia colectiva, esta solução aplica-se a

prédios de apartamentos na qual os contadores estão equipados com interface RS485 que

comunicam com um comunicador localizado na entrada do prédio. (7)

O comunicador é equipado com um modem GSM/GPRS que envia as leituras dos

contadores do prédio para o servidor do distribuidor. (7)

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Figura 12 – Exemplo de leitura e gestão de energia colectiva.

Para esta solução a ISKRA dispõe dos seguintes equipamentos (7):

- Contador ME172 – Contador monofásico com interface RS485;

- Contador MT173 - Contador trifásico com interface RS485;

- Comunicadores P2CC, P2CBT com entrada RS485 e modem GSM/GPRS;

- Sep2W – Software de leitura e gestão.

Quando as leituras e a gestão de energia são realizadas por comunicação através das

linhas de distribuição de electricidade (DLC), estas são enviadas pelas linhas de rede para

um concentrador instalado no posto de transformação e equipado com modem GSM.

Por sua vez, os referidos concentradores enviam automaticamente as leituras para o

computador de facturação do distribuidor, através da comunicação GSM. (7)

Deve ser sublinhado que sempre que é instalado um novo contador o mesmo é

reconhecido pelo concentrador e inserido automaticamente no sistema. (7)

Quanto às mudanças de tarifário dos contadores, estas são realizadas remotamente.

(7)

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Figura 13 – Exemplo de leitura e gestão de energia através das linhas de distribuição (DLC).

Para a presente solução a ISKRA dispõe dos seguintes equipamentos (7):

- Contador ME371 – Contador monofásico com modem DLC integrado;

- Contador MT371 - Contador trifásico com modem DLC integrado;

- Concentrador P2LPC – Concentrador com modems DLC e GSM/GPRS;

- Interface MBus P2M – Para leitura de gás e água;

- Sep2W – Software de leitura e gestão.

A ISKRAEMECO tem esta solução implementada na Suécia, em 300 mil

consumidores. (7)

Para além do que foi referido, os contadores da ISKRA instalados nas soluções

abordadas estão preparados para a microgeração (contagem nos 2 sentidos), podem

efectuar controlo de potência máxima e permitem a detecção de fraudes. (7)

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No que diz respeito aos projectos de telegestão já instalados em Portugal, a

ISKRA está presente em dois projectos da EDP (Média Tensão com contadores

industrias, e nas torres Vasco da Gama no Parque das Nações, com contadores

residenciais); na Cooperativa Eléctrica de Vilarinho (250 consumidores num universo de

1600); e na Cooperativa Eléctrica de Roriz (550 num universo de 2 mil). (7)

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Fase 2

5.5 Softwares

5.5.1 SEP2W

O sistema SEP2 foi desenvolvido pela Iskraemeco. (8)

É utilizado para a contagem de energia, a aquisição e o processamento de dados local,

bem como para o processamento central de dados, a realização de relatórios e de

arquivos. (8)

A Iskraemeco desenvolveu duas aplicações do SEP2, dependendo do tamanho do

sistema. Para pequenos sistemas (até 100 contadores) recomenda-se a aplicação SEP2

Lite. Para sistemas maiores, recomenda-se a aplicação SEP2W. (8)

O sistema da Iskraemeco SEP2W é uma aplicação do Windows que consiste nas

seguintes aplicações:

- SEP2 Collect;

- SEP2 DbManager;

- SEP2 Report;

- SEP2 Validation;

- SEP2 WebServices;

- SEP2 Messaging;

Todas as aplicações são desenvolvidas como módulos independentes. (8)

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• Sistema de recepção de dados (Collect system)

O sistema de recepção de dados SEP2 Collect consegue ler vários tipos de

contadores, desde os mais simples até aos mais complexos. A comunicação remota com

os concentradores ou com os comunicadores ou com os contadores pode ser feita através

da infra-estrutura de comunicação pública (GSM/GPRS, PSTN e ISDN). (8)

A recepção de dados é efectuada através de canais de comunicação, sendo possível a

transferência simultânea de dados através de vários canais de comunicação. A

transferência de dados pode ser realizada quando requerida ou de forma automática num

período definido e de forma a ser o mais eficaz possível. Quando o sistema tem várias

centenas de contadores, a aplicação é efectuada através de servidores de comunicação.

Nessas circunstâncias, o servidor de comunicação possui um elevado número de modems

e pode estabelecer, simultaneamente, ligações com vários contadores de modo a trocarem

dados entre si. (8)

O SEP2 Collect baseia-se na execução de várias transacções. Uma transacção típica

consiste em retirar os dados de leitura de um contador e inseri-los numa base de dados.

(8)

Na figura seguinte mostra-se o resultado de um exemplo desta aplicação. O SEP

Collect comunicou com um concentrador (de Vilarinho Baiona), recolheu os dados dos

contadores (total de 123 contadores) associados a esse concentrador e guardou-os na base

de dados. De realçar que nenhum contador novo foi introduzido no sistema relativo a esse

concentrador.

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Figura 14 – Resultado de uma aplicação do SEP Collect.

• Sistema de base de dados (Database System)

O termo SEP database simboliza todos os dados nas bases de dados actuais. Para

além dos resultados de medição dos contadores, toda a informação respeitante ao sistema

de telecontagem é colocada nas bases de dados. O armazenamento na base de dados é

feito sob o protocolo TCP/IP através de WAN/VPN. (8)

O SEP2 database é administrado e estruturado pelo SEP2 DbManager. (8)

Este programa permite: preparar bases de dados para a entrada de dados descritivos

do sistema de telegestão bem como de resultados de medição; examinar bases de dados

do SEP2; criar e executar queries simples nas bases de dados do SEP2; registar elementos

de medição do sistema de telegestão; analisar e ordenar os elementos de medição e as

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suas características; examinar os resultados de medição; criar um esquema tarifário

poderoso; exportar e importar para ficheiros XML. (8)

A aplicação DbManager é primeiramente dirigida para a administração de sistemas

de medição. (8)

Na figura seguinte, como exemplo da aplicação do DbManager, estão apresentados

os consumos de energia eléctrica activa, do dia 6-4-2008 a 11-4-2008, de um contador

associados a uma tarifa (T1). O contador está associado a um concentrador de Vilarinho

Baiona.

Figura 15 – Resultado de uma aplicação do DbManager.

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• Sistema de relatórios (Report System)

Figura 16 – SEP Report.

O SEP2 Report tem a capacidade para aceder, processar e expor diferentes dados do

SEP2 numérica e graficamente. (8)

A sua principal função é combinar os resultados das medições de forma a fornecer

documentação para cálculos de facturação, prognósticos, gestão e controlo do consumo

energético. O SEP2 produz relatórios que podem ser consultados num monitor, gravados

para ficheiros de vários tipos ou imprimidos. (8)

Toda a informação que o SEP2 Report necessita para construir os relatórios é obtida

da base de dados do SEP2. Esta aplicação suporta várias operações: matemáticas,

comparativas, booleanas, trigonométricas e estatísticas. (8)

Como exemplo de aplicação do SEP2 Report, na próxima figura estão representados

todos os contadores associados a um concentrador de Vilarinho Baiona, bem como os

consumos por estes contabilizados, diferenciados por três tarifas, no período temporal de

1 de Abril de 2008 a 11 do mesmo mês e ano.

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Figura 17 – Resultado de uma aplicação do SEP Report.

• Sistema de validação (Validation System)

O SEP2 Validation é um sistema que procede à validação de dados, correndo nos

sistemas operativo Windows 2000 ou XP. (8)

Estão incluídos como procedimentos de validação: sum test; daily average history

test; missing data test; min/max test; profile test; control measurement test; history test;

meter time test; KVARh test. (8)

Todos os procedimentos podem ser feitos manualmente através de um pedido do

operador ou automaticamente num período definido. O resultado do processo de

validação é um ficheiro XML com a informação sobre os pontos de medição que

falharam e passaram os procedimentos de validação. (8)

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• Sistema de estimação (Estimation System)

Na base de dados encontram-se dados que passaram e dados que falharam os pedidos

de validação. Os resultados que falharam são processados e escritos novamente na base

de dados. Para este efeito é utilizado o sistema de estimação. Este módulo é uma parte da

aplicação SEP2 Report. (8)

O sistema de estimação tem as seguintes tarefas principais: prever ausência de

resultados; ajustamento e reavaliação dos resultados inválidos; escrita dos resultados

novamente para a base de dados. Usa algoritmos para calcular os dados requeridos. (8)

• SEP2 WebService

Este serviço é disponibilizado no Internet Information Server (IIS). Possibilita um

simples acesso, controlo e supervisionamento do sistema aos sistemas de informação de

negócios externos e utiliza protocolos reconhecidos como XML SOAP, WSDL e HTTP.

(8)

Os sistemas de informação externos obtêm um acesso indirecto à base de dados do

SEP2 por meio do SEP2 WebService: lista de grupos de contadores; lista de contadores

num grupo; valores dos registos lidos; perfil do contador lido; eventos do contador lido.

(8)

A principal razão para a integração do SEP2 WebService no sistema do SEP2 é a

possibilidade da integração simples do sistema SEP2 no sistema informático do cliente.

(8)

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• AMR Manager

O sistema central é equipado por soluções industriais de ponta, a nível de gestão de

sistemas e de redes de trabalho – Hewlett-Packard Openview Network Node Manager 7.5

com extensão do AMR Manager para o HERMES SoftLab. (8)

O Network Node Manager é um produto para monitorizar e gerir a rede e o sistema de

computadores enquanto a extensão do AMR Manager para o Openview do HERMES

SoftLab cobre a gestão dos dispositivos do sistema de telecontagem (concentradores e

contadores). Utilizando estas ferramentas torna-se possível monitorizar e detectar falhas

via alarme para todos os elementos do sistema. (8)

O Openview Network Node Manager (OV NNM) recolhe constantemente todos os

parâmetros relevantes das comunicações das redes. (8)

Para além disso, no sistema central, o AMR Manager recolhe regularmente

estatísticas acerca as comunicações com os concentradores e contadores. As estatísticas

das comunicações estão disponíveis na forma de relatórios pré-definidos. (8)

OV NNM e AMR Manager monitorizam constantemente todos os concentradores,

contadores e equipamentos da rede. (8)

• Messaging

O programa SEP2 Messaging foi concebido para importar e exportar mensagens da

base de dados, bem como transferir mensagens da origem para o destino da fonte,

enquanto realiza conversões, anteriormente especificadas, de formatos das mensagens.

Recebe e envia mensagens mediante canais. Cada canal é uma biblioteca standard com

uma interface específica, o qual assegura extensões para canais não suportados. (8)

A importação/exportação automática de dados é suportada em vários formatos. É

usado internamente um formato uniforme (SEP2 Messaging format), sendo este escrito

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em XML. Todos os dados recebidos são convertidos no formato interno, podendo ser

importados pela base de dados ou convertidos em qualquer outro formato de saída. A

exportação de dados tem um procedimento semelhante. A conversão de dados é realizada

por adaptadores. (8)

5.5.2 MeterView

Este software é uma ferramenta poderosa utilizada pela empresa.

Permite aceder remotamente aos registos de leitura do contador, visualizar diagramas

de carga (diários ou completos (de um dia até a outro)) de consumidores e o log book dos

contadores, programar os contadores de forma remota, realizar a exportação de ficheiros

(do formato .dro – data red-out – para ficheiros Excel) para clientes.

Na figura seguinte, encontra-se, como exemplo de aplicação, o diagrama de cargas do

dia 7-3-2007 de um consumidor (industria), acedido pelo software MeterView.

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Figura 18 – Diagrama de cargas do dia 7-3-2007 de um consumidor, visualizado no MeterView.

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Referências/Bibliografia

(1) - http://www.edp.pt/EDPI/Internet/PT/Group/AboutEDP/HotIssues/IberianElectricityMarket/Default.htm

(2) - http://www.omip.pt/monofolha.php?id=33

(3) - Plano de Compatibilização Regulatória entre Portugal e Espanha no sector

energético; Pág. 1-12; 8 de Março de 2007.

(4) - Consulta Pública sobre o Plano de Substituição e Funcionalidades Mínimas dos

Contadores para o Segmento dos Clientes Domésticos e Pequenas Empresas, ERSE; pág.

1-34; Outubro de 2007.

(5) – Funcionalidades Mínimas e Plano de Substituição dos Contadores de Energia

Eléctrica, ERSE; pág. 1-9; Dezembro de 2007.

(6) - Smart Metering: The holy grail of demand side energy management?,

Capgemini; pág. 2-7; 2005.

(7) - http://www.iskra.pt

(8) – Iskraemeco Residential AMR System Description, Iskraemeco; pág. 10-21.

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Anexo 1

Resposta do Chefe da Casa Civil

do Presidente da República

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Anexo 2

Principais vantagens e desvantagens de

cada um dos tipos de memória

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Tipo de memória

Vantagens Desvantagens

Volátil interna

- Consome menos recursos do CPU

- Rápida

-Diminui o número de componentes

- Pode reduzir o preço do contador e

aumentaro tempo médio entre falhas

- Conservação dos dados depende do sistema

de alimentação de recurso

- Probabilidade elevada de perda de todos os

dados em caso de falha de alimentação

Não volátil interna

- A memória interna do tipo Flash conserva

os dados no caso de falha de alimentação

externa

- Rápida

- Diminui o número de componentes

- Pode reduzir o preço do contador e

aumentaro tempo médio entre falhas

- A memória interna do tipo Flash limita

significativamente a expansabilidade

Não volátil externa

- Permite ampliação de capacidade sem

alteração da configuração do circuito

impresso ou do firmware

- Reduz o custo da expansabilidade

- Capacidade de armazenamento

independente da limitação do chip principal

- Capacidade de retenção de informação

muito elevada

- Aumenta o custo do contador ao adicionar

três componentes, a memória e duas

resistências de pull-up

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Anexo 3

Vantagens e desvantagens de soluções para a

função de corte e reposição de tensão de alimentação

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Tipo Vantagens Desvantagens

Contador separado do disjuntor

- Simplicidade na conjugação de

rearme/desarme entre o modo manual

e remoto

- Facilidade de aplicação a quase

todos os disjuntores de mercado

- Necessita de cablagens entre o

contador e o disjuntor

- Dificuldades e custos acrescidos em

situações em que o contador está

muito afastado do disjuntor

- A existência de saída de relé

aumenta o custo global do

equipamento

Contador com disjuntores incorporados ou

acoplados

- Possibilidade de realizar o corte e a

reposição remota ou local

- Permite regular a potência máxima

disponível

- Ausência de cablagem

- Aplicável à maior parte das

situações actuais sem necessidade de

substituição de disjuntores

- Aumento do custo final do contador

Contador com injecção de corrente no disjuntor

diferencial

- Solução mais económica

-Simplicidade na conjugação de

rearme/desarme entre o modo manual

e o remoto

- Só funciona com disjuntores

diferenciais

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Anexo 4

Vantagens e desvantagens de soluções

para a fonte de alimentação

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Tipo Vantagens Desvantagens

Condensador

- Consumo muito reduzido de energias

activa e reactiva

- Aquecimento interno reduzido

- Baixo volume ocupado e número baixo de

componentes adjacentes

- Susceptível de avarias devido à

exposição directa à tensão alternada da

rede

- A necessidade de conseguir uma

capacidade elevada num espaço

reduzido levanta problemas ao nível da

rigidez dieléctrica

Fonte comutada

- Quando o consumo interno é elevado, e.g.

alimentação de drivers DLC, é

recomendável a sua utilização apesar de

uma maior complexidade

- Elevado número de componentes

Transformadores

- Solução tradicional de baixo nível

tecnológico

- Peso e volume elevados sobretudo em

contadores trifásicos

- Solução pouco interessante quando

comparada com o custo, peso e

desempenho das outras funções

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Anexo 5

Análise das funcionalidades

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Funcionalidade Vantagens relativamente aos

contadores tradicionais

Medição de energia

Energia activa nos 2 sentidos (adequado à medição em

sistemas com produção própria).

Permite uma contabilização adequada da

microgeração de energia, favorecendo o

desenvolvimento dessa actividade.

Energia reactiva nos 4 quadrantes. Reduz a subsidiação cruzada que deriva da

não facturação explícita de energia reactiva

(actualmente a facturação tem por base a

potência contratada aparente e não a potência

activa).

Potência máxima de 15 minutos. Permite adequar a potência contratada de

cada consumidor ao máximo efectivo das

suas necessidades em vez de se escolher um

escalão de potência à partida que pode não

ser adequado.

Registos de 15 minutos. Permite conhecer os perfis de consumo reais

dos clientes e reduzir a subsidiação cruzada

nos custos de energia entre clientes.

Registo da data e hora do período de potência activa

máxima.

Instrumental na facturação da potência

contratada. Permite estudar a simultaneidade

dos consumos.

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Capacidade de armazenamento de informação

Perfis de 15 minutos para as energias activa e reactiva

durante um mínimo de 3 meses.

Funcionalidade de carácter operativo ou

instrumental. Permite alguma flexibilidade e

redundância na aquisição de dados de

consumo.

A existência de maior capacidade de

armazenamento permitirá ainda maior

flexibilidade na aquisição de dados de

consumo, por exemplo em consumidores com

consumos muito reduzidos ou no caso de

dificuldades técnicas na aquisição remota de

dados.

Tarifas

Agregação das medidas em pelo menos 6 períodos

programáveis.

Maior diversidade temporal de preços face às

possibilidades actuais (em BTN com potência

contratada até 20,7 kVA), reduzindo a

subsidiação cruzada entre consumidores.

Possibilidade de existirem pelo menos 3 períodos

tarifários em cada dia.

Maiores discriminações de agregação de

consumos permitem um ainda melhor

conhecimento dos consumos com

consequente melhoria da previsibilidade dos

diagramas de consumo agregado de cada

comercializador e redução da necessidade de

mobilização de reserva terciária.

Capacidade de programar localmente os ciclos de

contagem.

Os equipamentos actuais já possuem esta

capacidade.

Possibilidade de operar o contador em modo de pré-

pagamento.

Vantagens na flexibilização da oferta

comercial. Redução de conflitos relacionados

com dificuldades de cobrança.

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Possibilidade de oferecer mais do que uma tarifa (por

exemplo, conjugando as grandezas para facturação do

acesso e outras diferentes definidas pelo comercializador

para a energia).

Vantagens na flexibilização da oferta

comercial. Dinamização do mercado

liberalizado por permitir maior flexibilidade

na estratégia comercial dos agentes de

mercado.

Comunicação com o contador

Possibilidade de utilizar diferentes meios de comunicação

tais como GSM, GPRS, PLC, etc.

Redução ou eliminação dos custos com a

leitura local. Redução da intervenção humana

no processo com consequente aumento da

fiabilidade do sistema. Permite a eliminação

da facturação por estimativa reduzindo os

custos de facturação e o contencioso

associado.

Protocolos de comunicação preferencialmente

públicos/standard.

Independência face ao fornecedor dos

equipamentos de medida com vantagens

económicas de médio prazo no mercado de

oferta de equipamentos de medição. Maior

flexibilidade dos sistemas.

Comunicação local com terminais portáteis via porta

série, óptica ou outra.

Funcionalidade de carácter operativo ou

instrumental.

Actuação/Parametrização remota do contador

Mudança de ciclo de contagem ou opção tarifária. Redução ou eliminação dos custos com a

intervenção no local.

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Deslastre selectivo de cargas (por exemplo, em

aplicações de domótica).

Flexibilidade comercial que pode ser

aproveitada pelo operador de rede

(envolvendo a procura na gestão do sistema),

pelo comercializador (envolvendo a procura

na resposta aos preços da energia) ou pelo

consumidor (reduzindo a sua necessidade de

potência contratada).

Note-se que a gestão da procura nesta

perspectiva pode não se limitar às

capacidades do contador, podendo sempre

passar, quer pela alteração de

comportamentos, quer pelo recurso a

equipamentos mais especificamente

destinados a esta função.

Regulação do controlo de potência. Redução ou eliminação dos custos com a

intervenção no local. Redução de fraudes.

Possibilidade de interrupção/reactivação do

fornecimento.

Redução ou eliminação dos custos com a

intervenção no local.

Interface com o consumidor (incluindo serviços de

valor acrescentado)

Apresentação dos valores acumulados para comparação

com os valores da factura.

Os equipamentos actuais já possuem esta

capacidade.

Acesso ao valor instantâneo da carga/potência.

Promove comportamentos mais eficientes no

consumo e favorece a tomada de decisão no

âmbito da eficiência energética.

Aviso de potência máxima atingida. Promove comportamentos mais eficientes no

consumo, nomeadamente o controlo do valor

máximo da carga pedida à rede. Promove a

redução de perdas nas redes.

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Disponibilização da informação através de display

autónomo.

Promove comportamentos mais eficientes no

consumo e favorece a tomada de decisão no

âmbito da eficiência energética, fornecendo

maior visibilidade aos consumos de energia.

Visualização gráfica/qualitativa do consumo ou do perfil

de consumo.

Promove comportamentos mais eficientes no

consumo e favorece a tomada de decisão no

âmbito da eficiência energética, fornecendo

maior visibilidade aos consumos de energia.

Outras funcionalidades de que são exemplo: apresentação

de mensagens no display (préprogramadas ou definidas em

tempo real pelo Operador da Rede de Distribuição ou pelo

comercializador); apresentação em tempo real do preço da

energia no display; alarmes préprogramados para eventos

em tempo real (interrupções, alterações de parâmetros do

contador, ultrapassagem de valores limite, etc.). Estes

alarmes em tempo real podem interessar aos

consumidores, aos comercializadores ou ao ORD; alarmes

pré-programados para posterior envio de informação ao

consumidor (por exemplo, na factura ou por sms).

Promove comportamentos mais eficientes no

consumo. Permite envolver de forma mais

eficaz a procura na gestão do sistema e da

rede, bem como incentivar a resposta dos

consumidores a sinais económicos de custo.

Permite diferenciar o serviço prestado pelos

vários comercializadores favorecendo o

desenvolvimento do mercado liberalizado.

Interface com outros contadores

Possibilidade de concentrar as medidas de outros

contadores (gás natural, água e calor) e de as disponibilizar

através da infra-estrutura de comunicações utilizada para

transmitir os dados de consumo de energia eléctrica.

Redução ou eliminação dos custos com a

leitura local e aproveitamento de sinergias

entre os diversos serviços públicos com

consequente redução de custos para o sector

eléctrico.

Comunicação bidireccional com estes contadores de

modo a poder interagir com eles.

Redução ou eliminação dos custos com a

intervenção no local e aproveitamento de

sinergias entre os diversos serviços públicos

com consequente redução de custos para o

sector eléctrico.

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Qualidade de serviço

Registo do número de interrupções longas de

fornecimento (≥ 3 minutos).

Promove a informação dos consumidores

sobre a qualidade do serviço que lhes é

prestado com consequente incentivo à

melhoria dessa qualidade pelos operadores de

redes.

Registo da duração das interrupções longas (≥ 3

minutos).

Promove a informação dos consumidores

sobre a qualidade do serviço que lhes é

prestado com consequente incentivo à

melhoria dessa qualidade pelos operadores de

redes.

Registo do tempo em que o valor eficaz da tensão está

fora dos limites regulamentares.

Promove a informação dos consumidores

sobre a qualidade do serviço que lhes é

prestado com consequente incentivo à

melhoria dessa qualidade pelo operador

competente. Dá cumprimento à obrigação do

operador de rede em registar parâmetros de

qualidade de serviço em diversos pontos da

sua rede.

Apresentação dos valores característicos da onda de

tensão e corrente (valor eficaz, frequência, factor de

potência, etc.).

Promove a informação dos consumidores

sobre a qualidade do serviço que lhes é

prestado com consequente incentivo à

melhoria dessa qualidade pelos operadores de

redes. Dá cumprimento à obrigação do

operador de rede em registar parâmetros de

qualidade de serviço em diversos pontos da

sua rede.

Alarmes associados aos parâmetros de QS (informação

potencialmente útil para os consumidores com

equipamentos sensíveis ou para o Operador da Rede de

Distribuição que tem a função de monitorizar esses

parâmetros em pontos significativos da sua rede).

Promove a informação dos consumidores

sobre a qualidade do serviço que lhes é

prestado com consequente incentivo à

melhoria dessa qualidade pelo operador

competente. Dá cumprimento à obrigação do

operador de rede em registar parâmetros de

qualidade de serviço em diversos pontos da

sua rede.