34 caderno cultural com novas materias

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  • 7/27/2019 34 Caderno Cultural Com Novas Materias

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    2 Caderno Cultural de Coaraci - III Ano - 17.000 exemplares distribudos em 2 anos e 9 meses

    FILOSOFANDO

    CAPA, PROJETO GRFICO, DIAGRAMAOEDITORAO E ARTERIALIZAO

    Paulo S.N.Santana

    IMPRESSO GRFICAGRFICA MAIS

    TRABALHE CONOSCOCaderno Cultural de Coaraci(73)8121-8056/9118-5080

    CARTAS A [email protected]

    NOSSO SITEwww.informativocultural.wix.com/coaraci

    PARA [email protected]

    Caderno Cultural de CoaraciData da Fundao : 07 de dezembro de 2010

    Publicaes : Fatos Histricos, Geografia da Regio,Aspectos Sociais, Econmicos e Polticos, Artes,Msica, Poesias e Cultura da Terra do Sol. Dozepginas de informaes ilustradas, com mapas,

    fotografias e matrias pertinentes.Patrocnio : Comrcio de Coaraci

    Tiragem mensa l: 500 exemplares por ms;Distribui o: Gratuita;

    Colaboradores : Escritores, Poetas, Jornalistas;Matrias Publicadas : Teor crtico, educativo,

    potico, artstico, cultural, social e politico;Tempo de circulao : Dois anos e nove meses.

    Visite nosso site: informativo cultural/coaraci.

    Paulo, parabns pela capa do Caderno Cultural n 33,certamente uma das mais criativas, entre todas asedies do caderno cultural, bem assim, peladeterminao e talento que lhe so peculiares,mantendo aberto um canal de divulgao cultural.Continue assim. Um abrao fraterno. Wando e Eliene

    Quando a gente pensa que sabe todas as respostas, vem avida e muda todas as perguntas.?

    CADERNOCULTURAL

    DECOARACIP E D A G O G I A

    D O CO T ID IANO

    LIES

    NOTVEL VALOR PEDAGGICO

    Duas histrias interessantescom notvel valor pedaggico....

    No Curso de Medicina, o professor dirige-se ao aluno e pergunta:Quantos rins ns temos?Quatro! - responde o aluno.Quatro? - replica o professor, um arrogante, daqueles queentem prazer em gozar com os erros dos alunos.Tragam um fardo de palha, pois temos um burro na sala. -

    ordena o professor ao seu auxiliar.E para mim um cafezinho! - pediu o aluno.

    O professor ficou furioso e expulsou-o da sala. O aluno eraAparcio Torelly Aporelly (1895-1971), o 'Baro de Itarar'. Aoair, o aluno ainda teve a audcia de corrigir o irritado mestre:O senhor me perguntou quantos rins 'NS TEMOS'. 'NS' temos

    quatro: dois meus e dois seus. 'NS' uma expresso usada parao plural. Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.

    Moral da Histria:A VIDA EXIGE MUITO MAIS COMPREENSO DO QUE

    CONHECIMENTO.s vezes as pessoas, por terem um pouco a mais de

    conhecimento ou acreditarem que o tem, se acham no direito desubestimar os outros...

    BOA RESPOSTAUm mecnico est desmontando o cabeote de uma moto, quandole v na oficina um cirurgio cardiologista muito conhecido. Elest olhando o mecnico trabalhar. Ento o mecnico pra eergunta:'Ei, doutor, posso lhe fazer uma pergunta?'

    O cirurgio, um tanto surpreso, concorda e vai at a moto na qualmecnico est trabalhando. O mecnico se levanta e comea:Doutor, olhe este motor. Eu abro seu corao, tiro vlvulas,onserto-as, ponho-as de volta e fecho novamente, e, quando euermino, ele volta a trabalhar como se fosse novo. Como ento,

    ue eu ganho to pouco e o senhor tanto, quando nosso trabalho raticamente o mesmo??Ento o cirurgio d um sorriso, se inclina e fala bem baixinho

    ara o mecnico:'Voc j tentou fazer como eu fao, com o motor funcionando?'

    Concluso:QUANDO A GENTE PENSA QUE SABE TODAS AS RESPOSTAS,

    VEM A VIDA E MUDA TODAS AS PERGUNTAS.?

    MUITAS VEZES O PROBLEMA SRIO, MAS ASOLUO PODE SER MUITO SIMPLES!

    H UMA GRANDE DIFERENA ENTRE FOCO NOPROBLEMA E FOCO NA SOLUO.

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    3 Caderno Cultural de Coaraci - III Ano - 17.000 exemplares distribudos em 2 anos e 9 meses

    ACREDITE SE QUISER!

    UMA CASAMAL ASSOMBRADA

    De PauloSNSantanaEste fato aconteceu em 1982, em umacasa nas cercanias do Centro SocialUrbano de Coaraci. Na pocaestvamos aqui minha esposaTeresinha, minha filha e eu. Ainda no

    havamos nos estabelecido em umacasa adequada, pois aguardvamos osmveis que viriam de Salvador.Enquanto isso no acontecia, ficamosuns tempos no Hotel Guarapari, emcasas de aluguel, at estabilizarmos anossa vida, passou-se um bom tempo.Enquanto vivemos de aluguel sofremosmuito, pois quando achvamos quetudo estava na mais completanormalidade o proprietrio solicitavaaumento ou a casa para alugar a outro.Em uma dessas situaes, vendo onosso sofrimento uma colega, jestabelecida na Cidade, que iria sair defrias e consequentemente viajar parasua cidade natal, nos emprestou suacasa, ficamos em um dos quartos, dacasa que tinha um longo corredor, quepassava por outro quarto tambmgrande, uma sala de jantar, chegando cozinha, que tinha uma porta dandoacesso a um pequeno quintal. Obanheiro ficava nos fundos da casa. Erauma casa fria, com piso de cimentovermelho, sem forro, e as telhas eramvistas, com suas falhas e entradas deluz. Dividamos o ambiente comalgumas baratas e ratos espertos, ques faziam suas investidas na escuridoda noite. Foram dias calmos, minhaesposa era tranquila, e minha filhanica at aquela poca dividia seutempo entre brincar, comer e dormir. Eusaa logo cedo e voltava apenas para oalmoo, e noite, aps o jantarsaiamos para conhecer a cidadepequena e acolhedora. Fazamosalgumas visitas e retornvamos cedo, que ainda no tinha uma tv, muitomenos som. Espervamos a chegadade nossos moveis. Dormamos cedo,ainda no havia a parafernliaeletrnica dos dias atuais, computadore celulares nem em sonho.Para falar com a famlia em Salvador,tnhamos que utilizar os orelhes oucentral telefnica. As noites eramsilenciosas e calmas.

    Trs horas da manh, era um horriodas visitas do alm, aluguem me disseque meia noite e trs horas eram oshorrios que deveramos respeitarmais. Acordei com um barulho estranhoque vinha da cozinha, l dos fundos dacasa.Abri os olhos, mais no adiantou muito,pois estvamos em um escuroabsoluto. Minha esposa dormia umsono pesado e minha filha como anjo.Mais o barulho se repetia, mais e maise mais. Fiquei preocupado. Imaginandocoisas: - Ser que era algum ladro?Ratos? As panelas de alumnio caramcom muita fora, fazendo muitobarulho, sabe como alumnio no cho.Mas o silencio voltou a reinar.Achei que eram os ratos e deixei pra l.

    Mas a... Ouvi passos, lentos e firmesvindos da cozinha, arrastando chinelos,daqueles de sola de couro, eu acho,passos lentos que pararam frente porta vizinha ao nosso quarto, algunssegundos depois os passos seguiramem direo ao nosso quarto, passoslentos e firmes, poderiam ser de umvelho, uma velha senhora, no erampassos de ladro tenso ou ansioso, esim de um ser calmo e tranquilo. Passoa passo, parou bem em frente a nossaporta. E ali permaneceu...Minha esposa e filha dormiam, euestava agitado, o corao disparado, arespirao era barulhenta e forte. Nopossuamos armas! Como eu iriaenfrentar um desconhecido naquelaaltura do campeonato? E se houvessemmais pessoas ali? Silencio total. Masquem quer que fosse ainda estavaparado ali bem em nossa frente e nanossa porta, separado apenas por ela,frgil, e surrada pelo tempo. Resolviento acordar minha esposa, commuito jeito para no assust-la. Eutinha que tomar uma deciso rpida e

    certeira e no queria deixa-ladesprotegida. Tive ento a ideia delevantar e averiguar o que ocorria lfora. Era perigoso sim, mas no podiaficar esperando o amanhecer sem fazeralguma coisa. Chamei ento minhaesposa. Quando ela acordou e meperguntou o que era, falei alto, paraquem estivesse l fora ouvisse.-Me da orevolver a, agora.-Uma tcnica usadapara assustar ladro;-Mas a minhaesposa retrucou:-Que revolver? Tsonhando?-Eu apertei seu brao, eapontei para a porta.-Ela entorespondeu: H esta aqui, ta aqui!Eu ento como um gato , pulei, meti a mo na chave, e finalmente abri a

    porta! Mas no aconteceu nada...No havia ningum, nem panelas nocho, nem chinelos, nem almas, nemladro, apenas eu ali, assustado, esozinho. Acredite se quiser!

    O silencio era quebrado pelos cachorroslatindo e gatos travando batalhas,disputando as fmeas em cima donosso telhado. Fazia muito frio,dormamos em um colchonete no cho.A casa era antiga, possua portasgrandes, com fechaduras enormes, eaqueles chaves, enferrujados. Haviatrincos, as janelas tambm eramgrandes e sem vidros, deixando a friezaentra sem pedir licena. Parecia ummausolu. Uma geladeira. Naquelapoca chovia muito e fazia muito frio.Dormamos enrolados em grossoscobertores de l, juntos, para sentir ocalor dos corpos, e assim enfrentar ofrio.Quando tnhamos que ir ao banheiro namadrugada era um problema srio, se

    fosse minha esposa eu tinha queacompanha-la e ficar esperando, sefosse eu, levantava devagar esilenciosamente para no acorda-las.Mas confesso que a caminhada at o talbanheiro no era para qualquer um.Andava no escuro, arrepiando-se acada passo e sentia como se estivessesendo seguido at a porta do sanitrio.Arrepios, frieza, no era fcil.Quando amos os dois eu e minhaesposa, era tranquilo, mas fazer aquelepercurso solitariamente, no era paraqualquer pessoa, principalmente sefosse impressionada e tivesse medo dosobrenatural. Os ratos eram os vizinhosmais barulhentos, mexiam naspanelas, no fogo, derrubavam coisas,mexiam no lixo, atrs de alimentosfrescos. Os grilos faziam aquelebarulho. O movimento na rua cessavas dez horas. Apenas no final desemana ouvamos pessoas passandoat s trs da manh.Dizem que as sextas-feiras somisteriosas e que guardam muitossegredos do alm.

    Que as almas gostam de perambularpelas ruas em busca de corpos quentes,e que os antigos moradores pedempermisso para visitarem suas antigascasas para observar se os novos donosesto cuidando do patrimnio.E foi justamente em uma dessas sextasfeiras, que fomos receptores de umadessas visitas noturnas. Era uma noitequente de vero, silenciosa como umtmulo, apenas o vento soprava nosnossos ouvidos, aquela cano de ninarm is t e r io sa . Do rm am o s b em ,aconchegados, ramos jovens erevolucionrios, e aquela vida eraapenas o comeo para nossa pequenafamlia. Um investimento para umfuturo melhor. Naquela noite emespecial estvamos cansados, poistinha sido um dia difcil, samos paralanchar, e as dez horas j estvamosdeitados. Pegamos logo no sono.

    Acredite se Quiser, uma colunaonde voc vai ler histriasmisteriosamente verdadeiras...

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    4 Caderno Cultural de Coaraci - III Ano - 17.000 exemplares distribudos em 2 anos e 9 meses

    CONTADOR DE HISTRIAUm contador de histrias.

    WALMIR NEGROTexto de PauloSNSantana

    Porque que a vaca corre mais que o boi? Coaraci rica em personagens, figuras carimbadas, folclricas

    bastante interessantes, que vem transmitindo a cultura aoongo desses sessenta e tantos anos de emancipao politica.

    O Sr. Valmir Negro, como conhecido com certeza umaelas, folclrico um gnero da terra do sol. Valmir Negroasceu em Pirangi, hoje conhecido como Itajupe. Ha muitosnos mora em Coaraci, mas seus familiares so de Valena. Oome do nosso amigo Walmir Soares Pereira. Mas toda a suaamlia tem o sobrenome Negro, herdado do Pai. J ouvi

    muitas histrias engraadas e hilrias sobre o Sr. ValmirNegro. Semana passada encontrei com ele em plena Praa

    io XII, e conversamos por exatos 8m51s, tempo suficienteara dar boas gargalhadas e aprender um pouco da histriaesse Ita-coaraciense. Uma mistura de Itajuipense e

    Coaraciense. Valmir me contou que era um excelente rbitroe futebol, destemido, fazia valer as regras do futebol.erguntei se ele j havia marcado algum jogo de futebolortando uma arma de foto, como muitos afirmam? Ele entorguiu:- Porque a vaca corre mais que o boi? Fiqueirocurando uma resposta, como no consegui responder, eleaiu com a seguinte explicao:A diferena que o boi tem dois culhes, enquanto a vacaenhum. E arrematou, dizendo que como o boi correria igual aca carregando aquela bagagem entre as pernas. E finalizou,erguntando:Como um juiz correria carregando uma arma na cintura ountre as pernas? Disse que isso era inveno de gente sem oue fazer. Valmir me contou que quando marcava um jogo, oampo de futebol, que era cercado na poca por cordas, ficavaotado de torcedores que admiravam seu estilo, por que eram juiz duro e honesto.

    Continuou dizendo que se o jogador armasse confuso, fosseiolento ou indisciplinado, ele chamava ateno e da prximaez expulsava. Que chamava o vagabundo, assim:Ei vagabundo, venha c!Escolha um lado do campo!E quando o lado era escolhido mandava sair por ele;

    Que no adiantava pedir, para no passar vergonha na frentea namorada. Que ele mandava o indisciplinado, pegar aamorada e levar para casa. Que se no quisesse passarergonha, no agisse daquela maneira.

    Walmir afirmou que ainda hoje se for convidado, marcaualquer jogo, e sem cobrar nada, s amor e amizade, s paramostrar como se deve conduzir honestamente uma partida deutebol. Disse tambm que j jogou futebol no time doaudoso Alberto Aziz.

    Certa feita ouvi uma histria sobre Walmir muito engraada:Me disseram que ele era um jogador duro na queda, tinha umxcelente preparo fsico e um chute muito forte, e que quandoatia um pnalti, geralmente os goleiros tremiam.

    Que em uma partida de futebol, com muita chuva e ventosortssimos, com muita lama e uniformes molhados, s os

    meies pesavam quase um quilo cada, e perto de acabar oogo, que estava sem gols, aconteceu um escanteio, e que elemesmo foi cobrar, pois tinha uma estratgia para resolverogo:Disse que estava contra uma fortssima ventania, entouando o juiz autorizou a cobrana, chutou a bola contraento com toda fora, de modos que a mesma subiu uns vinte

    metros, dando tempo a ele correr para a grande rea e aindaazer um gol de cabea. Acredite se quiser. Que foi uma festa,ois ningum jamais esperaria tal faanha. Em outraportunidade convidei Sr. Valmir para marcar um jogo noampinho do CSU.

    Um Domingo que comeou chuvoso e que, mas tarde ficariaensolarado e quente. Valmir chegou na hora, vestido acarter, uma bermuda feita de cala social e uma camisasocial mangas curtas e muita disposio, para arbitrar o jogoentre a equipe do Domin e a Portuguesa. A torcida lotou asarquibancadas, todos estavam ansiosos para ver os craquesda bola e assistir a arbitragem daquele Juiz. O jogo comeou,nervosamente, e as equipes estavam completas. A equipe doDomin trazia craques com o zagueiro Expedito, e Tonho deBruno, era uma equipe forte e tensa. O jogo transcorrianormalmente. Mas Valmir esforava-se para que a partidacontinuasse assim. Em um momento de tenso, Tonho deBruno chutou a bola violentamente para fora do campo e doCSU. Imediatamente o juiz chamou sua ateno:-Chamou o jogador, rispidamente:-Venha c, venha c, agora! -Voc esta pensando o que?-V buscar a bola agora, ou vou lhe expulsar do jogo! Tonhomeio sem graa, para no ser expulso, saiu de campo e foibuscar a bola; Com isso o clima ficou tenso. Mas Valmircontinuava bravo. L pelas tantas o jogador Expedito, muitonervoso reclamava de tudo, e irritava perigosamente o juiz,que o ameaou de expulso. Mas Expedito no intimidou-se econtinuou reclamando, at que Valmir, gritou:-Ei rapaz venha c! Venha c!-Expedito relutou bastante, mas foi chegando perto do juizque exclamou:-Aqui no lugar de jogador indisciplinado no!-Escolha um lado do campo!-Expedito ficou sem entender nada!-O juiz repetiu, escolha um lado!-Expedito finalmente escolheu a lateral, o ento Valmirgritou:

    -Saia por ele, voc este expulso!Foi um Deus nos acuda, e eu tive que ouvir poucas e boas dasequipes e principalmente do jogador expulso, einconformado; Mas que saiu do campo como ordenou o juiz.Valmir conta que certa feita o jogador Catulo, um craque dofutebol, cometeu indisciplina e ele chamou ateno naprimeira na segunda expulsou. Que o Sr. Alberto Aziz veioreclamar, e ento ele disse o seguinte: Psiu...e perguntou seele era o treinador ou juiz e ofereceu o apito. E disse que nose intimidava por causa de filho de rico, no. E arrematou: Se futebol futebol, se respeito respeito.Ele disse que Tosto foi um dos melhores jogadores deCoaraci. Que em uma oportunidade, tosto foi bater umescanteio, e a bola fez uma curva e ele tosto foi l, fez que iano foi e fez o gol no angulo esquerdo da trave. E que ele fezquesto de abraar o jogador e dar os parabns. Sr. Valmirpara um pouco e lembra-se de um jogo em Jequi. Saramdaqui em um pau de arara. Quando chegaram l foi aquelarecepo, parecia at um time do Rio de Janeiro. Que ele era o

    jogador mais alto da equipe, ento colocaram nele o apelidode Cavalo da Espanha . Mas que ele no ligou. Seguraram o

    jogo, seguraram o jogo e l pelas tantas ele disse aCaboclinho, que hoje ainda mora no alto da Igreja, segura oRalf a que eu vou fazer um gol. Estava muito difcil, pois otime adversrio era veloz. Faltando uns dez ou doze minutoscruzaram um bola no canto esquerdo da pequena rea, queele ento, matou no peito, soltou no cho e arrematou para o

    gol, um belssimo gol. Que a essa altura o goleiro adversrio,com 2 metros de altura e hum metro e meio de largura, partiupara cima dele correndo, que ele ento correu para trs do

    juiz, e que o goleiro gritou: - No se assuste no quero s tedar um abrao pelo lindo gol que voc fez. E concluiu dizendo:- Gostei de ver macho. Gostei de ver voc jogar. Fiqueisatisfeito voc trabalhou at fazer o gol. Que na volta quandochegaram a Joaquim Moreira, haviam duas filarmnicas eaproximadamente trs mil pessoas esperando o time...

    Coaraci rica em personagens interessantes,figuras carimbadas, folclricas que ajudaram a

    construir sua histria, histrias ilariantes einacreditveis.

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    SOLONPLANETA

    NOSSOSPATROCINADORES

    &JOILSONARGLO

    5 Caderno Cultural de Coaraci - III Ano - 17.000 exemplares distribudos em 2 anos e 9 meses

    ATORES DA EDUCAOProfessor. Alma da Educao. Instrumento doSaber. Sem ele no haveria avanos nasrelaes, humana, e profissional.Voc sabe como surgiu o

    Dia do Professor?O Dia do Professor comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e

    uando surgiu este costume no Brasil.No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado educadora Santa Tereza D'vila), D.edro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo

    ecreto, todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeirasetras. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralizao do ensino, o salrioos professores, as matrias bsicas que todos os alunos deveriam aprender e atomo os professores deveriam ser contratados. A ideia, inovadora e revolucionria,eria sido tima - caso tivesse sido cumprida. Mas foi somente em 1947, 120 anos aps

    referido decreto, que ocorreu a primeira comemorao de um dia dedicado aorofessor.omeou em So Paulo, em uma pequena escola no nmero 1520 da Rua Augusta,nde existia o Ginsio Caetano de Campos, conhecido como Caetaninho. O longoerodo letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas0 dias de frias em todo este perodo. Quatro professores tiveram a ideia de organizarm dia de parada para se evitar a estafa e tambm de congraamento e anlise deumos para o restante do ano.

    O professor Salomo Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro,ata em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa parama pequena confraternizao. Com os professores Alfredo Gomes, Antnio Pereira elaudino Busko, a ideia estava lanada, para depois crescer e implantar-se por todo orasil.

    A celebrao, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo pas nosnos seguintes, at ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decretoederal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essncia e razo doeriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos densino faro promover solenidades, em que se enaltea a funo do mestre naociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famlias". Fonte: portal daamlia

    INVENCVELFonte: Instituto de Esporte e Educao - UNICEF

    Dentro da noite que me rodeia, negra como um poo de lado a lado, Eu agradeo aoseuses que existem, por minha alma indomvel. Nas garras cruis da circunstancia,u no tremo ou me desespero. Sob os duros golpes da sorte, minha cabea sangra,

    mas no se curva, alm deste lugar de raiva e choro, para somente o horror daombra, e ainda assim a ameaa do tempo, vai me encontrar e me achar destemida,o importa se o porto estreito, no importa o tamanho do desafio.

    Eu sou o dona do meu destino.Eu sou o capito da minha alma.

    AbnegadaProfessora, e

    Coordenadora, daSecretaria deEducao, da

    Cidade deCoaraci-Bahia.

    15 DE OUTUBRO DIA DOS PROFESSORES:PARABNS PROFESSORA ONLIA SOUZA ROCHA

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    6 Caderno Cultural de Coaraci - III Ano - 17.000 exemplares distribudos em 2 anos e 9 meses

    SOCIEDADESe voc quer conhecer realmente uma pessoa,

    descubra pra quem ela torce e o que faz quando perde um jogo

    SANTIAGO,UM OBSTINADO S GRANDES OBRAS

    Num dos tantos poemas do dramaturgo e poeta alemoBertold Brecht ele nos fala de Homens que soimprescindveis para a humanidade.

    Quero, aqui, render minhas homenagens a um homem. OCidado, Prefeito e um desses imprescindveis, o SenhorAntonio Ribeiro Santiago.Santiago foi uma pessoa determinada, um gestor quecompreendeu como poucos que o alicerce fundamental deuma sociedade livre a educao e foi imbudo desseesprito que ele no mediu esforos e construiu uma dasmais importantes obras de Coaraci.Em local distante, numa rea da periferia chamadapejorativamente e de forma discriminatria de Alto do Exufoi erguido aquele que seria o primeiro colgio pblico dacidade, o Centro Educacional de Coaraci. - CECHomem de viso, o prefeito Santiago, com a sua obra,acabara com os privilgios e promovera assim auniversalizao do ensino, onde todos passaram a terdireitos a uma educao de qualidade. E o local, anteschamado de Campo do Exu, sofreu um processo deurbanizao e se transformou num dos bairros maisvalorizados da cidade.Mas esse Homem no era um obstinado apenas pelaeducao. Foi durante a sua gesto que Coaraci passou ater uma torre repetidora de TV. Para isso acontecer viveuuma saga pica reservada somente aos grandes nomes dahistria.Saga essa comparada do personagem Fitzcarraldo, dofilme que leva o mesmo nome, dirigido por Werner Herzog.Assim como no filme, o prefeito Santiago foi um obstinado,

    um sonhador e ao mesmo tempo um realizador. Umhomem com viso de futuro.Ao implantar no topo de uma serra, no meio da mata, umaantena de transmisso ele estava colocando a cidade emsintonia com mundo. Alem de assinar seu nome no livro dahistria da educao, da cultura e da comunicao deCoaraciNosso muito obrigado Prefeito Antonio Ribeiro Santiago!H homens que lutam um dia e so bons, h outros quelutam um ano e so melhores, h os que lutam muitosanos e so muito bons. Mas h os que lutam toda a vida eestes so imprescindveis"

    Carlos Bastos Junior (China )(Bertold Brecht)

    SUSPEITO OU LADRO?Texto de PauloSNSantana

    Valmir era tropeiro. No Garganta, haviam quatro armaznsde Cacau, mas como no havia espao para todo cacaucolhido, eles traziam para Coaraci. Para isso davam duasviagens por dia. Em um dia quente no vero ele vinhamontado conduzindo uma tropa de animais carregados,quando avistou ao longe, o Delegado Philfio Pinto, seuFilho e mais um soldado viajando conduzindo um homemamarrado. Parou o lote de animais, na margem da pista, eperguntou:- Qual era a finalidade daquilo? O delegadorespondeu, que era um ladro de cacau. Ento Valmirperguntou ao delegado se tinha pegado ele roubando? O

    Delegado disse que no, que era apenas um suspeito.Valmir irritado gritou: - Se o senhor no pode afirmar que ohomem ladro, no vai levar ele assim amarrado. Eu voucortar as cordas, e quero ver qual o corno e filho da pu..que macho para impedir.Puxou um parablo e umrevolver da cintura, pegou o faco amolado e cortou ascordas todas.E assim se sucedeu. Soube que depois o Delegado foiexonerado junto com o soldado. Acredite se quiser!

    Foram realizadas as 1. e 2. edies do Seminrio Pensando noIdoso Coaraciense pela Prefeitura Municipal de Coaraci/Secretaria Municipal de Assistncia Social em setembro/2009 efevereiro/2010, com a finalidade de promover dispositivocomunitrio para defesa de direitos.(RELATRIO DO CRASMLRS, 2009);Em 30.11.2010 entrou em vigor a Lei Municipal 1009 Criao doConselho Municipal do Idoso. No dia 14 de maro de 2011 apseleio dos membros com base no Decreto Municipal n. 5016 de05/01/2011, toma posse a 1. diretoria do Conselho Municipal deDireitos do Idoso CMDI. Em 04 de abril de 2013 aps processode eleio, de acordo o Decreto Municipal n. 6247de 02/04/2013,toma pose a 2. diretoria do CMDI;

    Neste ano no dia 30/09/2013 (Segunda-feira) foi realizada s 16huma CAMINHADA saindo do CRAS na rua Antnio Teixeira, 26,Centro). E no dia 01/10/2013 (Tera-feira) no Clube Social deCoaraci. Com a seguinte programao.8h Abertura,9h - Apresentao do Coral da UNATI,9:30h Palestra - 10 anos do Estatuto do Idoso,10h Intervalo,10:30h -Homenagens e s 11h Apresentao da Dana da Peneira(Idosos do CRAS).

    I CONFERNCIA INFANTO JUVENIL DO MEIOAMBIENTEESCOLA SUSTENTVEL E MUDANAS CLIMTICAS:

    4 ELEMENTOS: TERRA, AR, FOGO E GUA.

    CARTILHA ESCOLA SUSTENTVEL

    Colocaram disposio de todos aspropostas discutidas e aprovadas na I Conferncia para quetodos se sintam responsveis e abracem todas as questesambientalista ,com valores e levam a cada um de sua famlia,amigos a necessidade de buscar solues rever suas prticas derelaes para a sua escola e o mundo ao seu redor se tornandoum ambiente de paz, amor e sade.Foram discutidos osseguintes eixos:

    DO EDUCANDRIO PESTALOZZI

    A Famlia Pestalozzi realizou a sua I CNIJMA com o tema VamosCuidar do Brasil com Escolas Sustentveis , constituindo-seem um processo pedaggico que traz a dimenso poltica daquesto ambiental para os debates realizados nas escolas ecomunidades, na construo coletiva de conhecimento e noempenho nas resolues de problemas socio-ambientais,respeitando e valorizando a opinio e o protagonismo dosadolescentes e jovens.

    EIXO 3 -Convivncia: Cultura da Paz,Responsabilidade,RespeitoEIXO 4 - Mata AtlnticaEIXO 5 - Rio AlmadaEixo 6 - Entorno da Escola e Revitalizao da Quadra Esportiva.

    EIXO 1 -Limpeza e conservao do ambiente escolar EIXO 2- Economia de Energia

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    7 Caderno Cultural de Coaraci - III Ano - 17.000 exemplares distribudos em 2 anos e 9 meses

    JOGO LIMPO durante um jogo, uma partida de buraco, oupquer, que voc conhecer quem seu amigo, eo que ele capaz de fazer quando perde!

    XII JECBAmais uma etapa vencida

    com sucesso!Agradeo a Deus pelo Sucesso dos XII JECBA, os Jogos

    Estudantis de Coaraci.

    Parabens a todos os participantes pelo Fair Play e pela confianadepositada na organizao, e aos Coordenadores das Modalidades.Parabns aos rbitros, jovens brilhantes que demonstraramcompetncia e sabedoria no trato com atletas do EnsinoFundamental. Muito obrigado aos auxiliares da comunidade , quenos ajudaram no Ginsio de Esportes e no Estdio Barboso. Essaspessoas surgem do nada e agigantam-se pelos servios prestados aoesporte. Parabns aos Tcnicos das Equipes, lideres que passaramconhecimentos aos seus pupilos atletas e souberam conduzi-los nosmomentos mais tensos do jogo.Muito obrigado Secretria de Sade Municipal Sr. AlessandraBorges, foi tranquilizador ver todos os dias uma ambulnciaestacionada nas imediaes das praas de esportes, e tcnicos da

    sade dando suporte aos participantes. Muito obrigado Comandanteda Policia Militar de Coaraci e o Sub Tenente Amado pela seguranaprestada tanto nos e desfiles como durante os jogos.Como poderamos realizar esses Jogos sem o apoio da SecretariaMunicipal Educao na pessoa da Professora de Educao FsicaLeninha e do Governo Municipal, atravs da Prefeita Josefina Castro?As Escolas apresentaram-se muito bem. Parabns pelascoreografias. Foi um show!!! Lindo e comovente, fiquei emocionado.Mas eu j sabia que iria ser muito especial. As Escolas Estaduaisparticiparam brilhantemente. As dos Distrito de So Roque eItamotinga, com desportividade e civilidade, bravos alunos eprofessosres. O CEC comportou-se como verdadeiro Campeo, seusalunos brilharam, elevando o nome da Escola no mais alto pedestal.Os alunos do CMC demostraram que no existem barreiras, quandose vencedor na mente e na alma, foram excelentes atletas, esouberam como ningum elevar ainda mais o nome da Escola.Os torcedores levaram alegria, energia humana e beleza,promoveram uma festa inesquecvel de civismo, e amor camisa daEscola e muito incentivo para suas equipes. Samos todosvencedores. E por tudo isso, agradeo a Deus por mais essa etapavencida. Muito obrigado, aqueles que acreditaram e confiaram amim seus destinos durante o evento. Agimos como sempre, comlisura, honestidade e muito, muito respeito s pessoas humanos dosAlunos, Professores, Dirigentes e Pais. PauloSNSanatana.

    Concentra o Desfile JECBA homenagem da smed a Paulo

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    8 Caderno Cultural de Coaraci - III Ano - 17.000 exemplares distribudos em 2 anos e 9 meses

    FAUNA E FERROAS AVES

    Texto adaptado por PauloSNSantanaFonte:Livro Coaraci Ultimo Sopro

    de Enock Dias

    As aves representaram outra grande riqueza dentro da fauna da mataatlntica. Ao lado dos insetos, foram os grandes responsveis pelapolinizao e disseminao de nossas arvores. No foi preciso muitotempo para que elas fizessem das roas de cacau seu novo habitat. Aplumagem preta e brilhante dos jacus e jacutingas; a pequena caudados macucos e as penas encurvadas dos mutuns, todos de porte mdio,foram encontradas em grande quantidade pelos nossos primeirosexploradores.Macuco, antigo nome de Buerarema, cidade localizada ao lado de umaserra denominada Quatis, derivou-se da grande quantidade dessasaves e desses mamferos, no local. Mutuns, atual cidade de Mutupe, outro exemplo de cidade cujo nome surgiu em decorrncia da grandepresena desses cracdeos na regio.

    O ribeiro dos Macacos com sua nascente na serra dos Mutuns sooutros exemplos reais da grande presena desses primatas e aves nolocal. O canto forte e inconfundvel dos assanhaos de cor verdeazulado;O canto estridente da araponga, de cor branca nos machos, e verdeazeitona nas partes superiores das fmeas, em muito lembra o somproduzido pelo bater do martelo numa bigorna, e ouvido a quilmetrosdentro da mata; a sonoridade inesquecvel do canto triste e contnuodos sabis, cujas cores variam do cinzento ao vermelho.O grito agudo e rasgado dos tucanos de bico grande e preto, peitoamarelo e asas negras; o verde dos papagaios e periquitos, alm dearapus, juritis, vivas, guris, guriats, nambus, japus, anuns, sete-cores, bem-te-vis, corujas, e um nmero incontvel de pssarosmenores, sem nome definido, que escolheu a roa de cacau comomorada definitivamente.A harpia, conhecida tambm como gavio-real, o maior da espcie, deum metro de comprimento por dois de envergadura, habitava as matasdo nosso povoado, j que seu habitat compreendia toda a Amrica doSul e Central. A harpia, assim como todas as outras, se encontra emprocesso de extino. um dos mais belos representantes da faunaterrestre, devido a forma harmnica de sua anatomia e distribuio desuas cores. Por volta de 1954, um trabalhador rural exibia pelas ruas deCoaraci as garras de um gavio-real, morto por ele, numa aoinvoluntria. Como fazia em todas as manhs, dirigiu-se ao ribeiroDuas Barras, nas proximidades de sua confluncia com o rio Almadapara sua higiene matinal. Enquanto afiava seu faco, pressentiuatravs da superfcie da gua que algum corpo estranho aproximava-se

    velozmente em sua direo, e, num ato de puro reflexo, levantou osbraos numa tentativa natural de proteger-se. Aps o choque,observou que a ave agonizava-se ensanguentada dentro da agua.Havia sido atingida mortalmente pelo faco do trabalhador.As culturas de subsistncia nas fazendas de Coaraci eram a todoinstante visitadas por uma imensa variedade de beija-flores; dasminsculas, s espcies consideradas grandes, raras e de extremabeleza, atradas pelo nctar de suas flores.Uma rvore de pequeno porte, conhecido na regio como curindiba, eutilizada pelos primeiros exploradores com sombra para o cacau,produzia um quase todo o ano uma pequena semente muito apreciadapor todas as espcies de aves, e que provocava verdadeira algazarradentro das roas. As concentraes delas era to acentuada que seusgalhos no suportavam o peso encurvavam-se at tocar o solo.Os papa-capins, as vermelhas jandaias, periquitos, todos pequenos eruidosos, formavam os maiores bandos, e eram encontrados em todaparte, especialmente nos pastos e margens das estradas. Eram muitopreferidos pelos criadores, devido s suas plumagens e formacontinuada de seus cantos. Com o final da dcada de 70, pouca coisaexistia da rica e variada fauna nas matas coaracienses, em relao aoque havia em 1950, transformando a floresta num imenso tmulosilencioso e sem vida.

    A ESTRADA DE FERRO

    DE ILHUSTexto adaptado por PauloSNSanatanaConstruda pelos Ingleses e inaugurada em 1905,foi a grande responsvel pelo imenso comrcio demercadorias, produtos agrcolas e, sobretudo pelodeslocamento de pessoas que habitavam etrabalhavam ao longo da ferrovia, nos primeiros35 anos do sculo XX. Essa ferrovia possua doisramais: o leste oeste partia de Ilhusacompanhando o rio Almada pela sua margemdireita, quando, nas proximidades da LagoaEncantada, tomava bruscamente o sentido lesteat atingir um Posto comprador de cacau,conhecido no final do sculo XIX como Sequeiro de

    Espinho, prximo a um pequeno povoado maistarde chamado de Pirangi. Outro ramal, norte-sul,ligava Poiri emancipado com Aurelino Leal, atItabuna, passando por Agua Preta, mais tarde,Uruua. O encontro desses dois ramaisproporcionou, logo aps sua inaugurao, osurgimento de dois importantes centros dedesenvolvimento: Banco do Pedro, ao ladoesquerdo do rio Almada e Rio do Brao, um poucomais abaixo, a margem esquerda do afluente demesmo nome. O apogeu desses dois centroscomerciais provocou insat isfao doscomerciantes, principalmente de Ilhus, que viamneles os grandes responsveis pela queda em

    suas vendas, j que importantes famlias daregio utilizavam-se frequentemente da ferroviapara grandes compras. Com o surgimentogradativo das rodovias em outros pontos domunicpio de Ilhus, a partir de 1935, a ferrovia foiaos poucos caindo em abandono. Em 1960 eraapenas um remota lembrana na memria dosan t igos hab i tan tes , mais ta rde fo idefinitivamente extinta.

    As aves representaram outra grande riqueza dentroda fauna da mata atlntica.Ao lado dos insetos, foram

    os grandes responsaveis pela polinizao edisseminao de nossas arvores.

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    O VELHO E O NOVO

    lvaro Pinto de Oliveira, O Sr. Var.Texto de PauloSNSantana

    Fonte: Entrevista com Sr.Raimundo BenevidesJorge Lima, Antnio Lima, lvaro Lima e Maria Alcina sofilhos de Aldo Pinto de Oliveira conhecido como Var eSenhora Orcina Clmaco. O Patriarca da famlia Limatrabalhava com caminhes morou e faleceu aqui. Era umapessoa muito bem quista e trabalhador. Seus filhos AntnioLima de Oliveira foi Prefeito, Jorge Lima comerciante,lvaro Lima mdico muito bem conceituado em Ilhus, eMaria Alcina, Professora, todos moram em Ilhus. O Sr. Varera um homem bem relacionado, e muito direito em seusnegcios, e que deixou um grande patrimnio para famlia.O Pai de Jorge Lima veio de Ilhus onde morava e era muitoamigo da famlia de Otvio Povoas, proprietrio de fazendasna Unio Queimada, onde ele pegava fretes de cacau e noretorno trazia mercadorias para serem comercializadas nacidade de Coaraci. Casou-se e veio morar em Coaraci nosanos 40, quando nasceu Antnio Lima, na casa onde morouo Sr. Mafuz. O Sr. Var, tinha dois caminhes, um ele dirigia,e o outro era guiado por um rapaz chamado Jos Cimas.Faleceu ainda novo, aos 51 anos de idade. Na ocasio, oovem Antnio Lima assumiu os negcios deixados pelo pai,com algumas orientaes do Sr. Raimundo Benevides aquem respeitava e seguia os conselhos. Antnio Limacomprou o Bomfim, e adquiriu uma fazenda no pontal,atravs do Sr. Raimundo Benevides que tinha umaprocurao para proceder com a venda. Benevides props onegocio que foi fechado imediatamente com Antnio.Jorge Lima um comerciante bem sucedido, e presta bonsservios populao coaraciense h muitos anos. AntnioLima foi convidado para candidatar-se a Prefeito de Coaraci.O Sr. Benevides aconselhou a no aceitar, e como exemploustificou que o Sr. Var nunca havia sido politico e que eledeveria continuar voltado aos negcios da famlia. Pormquando estava em Salvador, soube que o haviamconvencido a aceitar a proposta. Sr. Raimundo disse que oaconselhou, mas que ele no quis aceitar, ento, pacincia!Disse na poca que no iria fazer campanha pra ele e quevotaria contra a sua candidatura. Mas mesmo assim Antonio

    Lima foi eleito. Quando das comemoraes pela vitria, Sr.Raimundo viajou para Jequi onde um amigo seu tinha sidoeleito tambm. Quando retornou e estava em casa tomandocaf, recebeu a visita de Antnio muito alegre e aproveitoupra dizer:- Muito bem Antnio, hoje festa, mas o amanh podertrazer muitas decepes! Antnio Lima governou de 1976 a 1982. Mais tarde apoiou acandidatura Mafuz a Prefeito de Coaraci, um candidatoespetacular, que perdeu para o Sr. Joaquim Torquato.Depois apoiou e elegeu Gima.As decepes na politica vieram, como previu Benevides,alm do que, Antnio Lima deixou de fazer bons negcios, ede ampliar o seu patrimnio.Mais tarde passou a comercializar Cacau, embora tenha sidoadvertido por Raimundo Benevides que era um negcio,muito perigoso. A compra e venda de cacau, no lhe fizerambem. Houveram muitos prejuzos.Na opinio de Raimundo Benevides, Antnio Lima foi um dosmelhores Prefeitos que Coaraci j teve. Era um cara bom,que no sabia dizer no pra ningum.O Ex-Prefeito Antnio Lima faleceu anos depois cominsuficincia cardaca.

    A CRIANA E O ESPORTETexto adaptado por PauloSNSantana

    Periodicamente realizamos em Coaraci, os jogos estudantis e emtodas as edies Diretores e Professores, falam em treinamentosdesportivos para suas crianas participarem das competies.Fico observando aquilo, pensando comigo que muitos dessesdirigentes no sabem dos fatores negativos na vida de uma

    criana causados por treinamentos desportivos antes do tempocerto. Por isso escrevo agora sobre esse assunto to simples ecomplexo ao mesmo tempo. H muitas semelhanas entre o quechamamos de esporte e brincadeiras que as crianas fazem.Porm h diferenas, e a maior delas a regra. Nas brincadeirasinfantis, as regras so simples, localizadas, funcionam parapermitir a organizao de grupos pequenos. Nos esportes, asregras so complexas, precisam dar conta de organizar asrelaes entre grupos grandes, e, s vezes, como no futebol,entre pessoas do mundo inteiro.Crianas podem praticar esportes? Sim, mas, quando ospraticam, o esporte tem de assumir a forma de brincadeira, nopode ter a seriedade e a complexibilidade do esporte adulto.Criana no pode treinar atletismo ou voleibol, mas pode brincarde atletismo e voleibol. A brincadeira, por sua descontrao, suaalegria, sua falta de compromisso com rendimento, nunca fazmal. J o esporte competitivo, por seu compromisso comgrandes resultados, com recordes, exige tanto do organismo,que uma criana no suportaria. Os danos que o esporte derendimento lhe causaria poderiam repercutir negativamentepelo resto da vida. ''No esporte educacional, as regras devem serpropostas. Crianas e, principalmente, adolescentes podemparticipar inclusive da elaborao de regras mais adequadas aocontexto em que vivem. ''Nos jogos estudantis em Coaraci,orientamos aos rbitros para adaptarem as regras dos jogos asfaixas etrias dos alunos envolvidos.O esporte deve ser democratizado e incluir todas as pessoas. Porisso quando abrimos as inscries para as modalidadesdisponibilizamos maior nmero de atletas alunos por equipe. Oesporte um direito humano, e deve ser levado a todas aspessoas, sem discriminao. Observamos que os dirigentescomportam-se como torcedores de esportes de rendimento,questionam tudo.As crianas presenciam aquelas atitudes e umas se achamenganadas, outras excludas, e algumas querem carregarconsigo o nus da derrota ou os louros da vitria, quando nosofrem bulling e agresses das torcidas. E preciso repensarpedagogicamente as atividades esportivas nas escolas.Em Coaraci nem todos seguiram os princpios do fair play. Aprtica do esporte deve ser capaz de ensinar crianas,adolescentes, adultos, independentemente de sua condio

    fsica: pessoas com ou sem deficincia, homens ou mulheres,altos ou baixos, com muita ou pouca experincia motora.Muitas vezes a excluso acontece por falta de preparo dosprofessores, outras, por falta de boas polticas educacionais oupelo prprio preconceito das pessoas. As diferenas enriquecemas relaes.No prximo dia das crianas celebremos uma nova conscincia,porque juntos poderemos mudar seus destinos.

    ...no importa se o porto estreito, noimporta o tamanho do castigo.Eu sou o dono do meu destino.

    Eu sou o capito da minha alma.

    XII JECBA

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    REVENDO O PASSADO

    No esquecendo que desse grupo Perivaldo atuou peloBahia, Botafogo Carioca, chegando a seleo

    brasileira. Interessante era que eles falavam que ia nosdar um chocolate, fazendo gozao comigo, poismuitos deles eram velhos conhecidos meus, desde otempo quando fazia parte daquele grupo, na famosadesportiva itabunense. No sabiam eles que aqui emCoaraci, s iam encontrar feras, jogadores de muitaraa, dedicao e acima de tudo defendamos as coresda nossa cidade com muita honra e amor camisa esem receber salrio para isso.Pegamos o Itabuna, colocamos na roda, comeamos amostrar que aqui sempre foi um celeiro de craques; A eles viram quem tomou o chocolate!A nossa torcida fez aquela desta, a noite um belo jantarno saudoso clube dos bancrios com uma grandeconfraternizao com diretores, polticos, torcedores emuitos boleiros.Desta data em diante, comearam a ter mais respeitocom o futebol de Coaraci, que continua a revelar

    jogadores de alto nvel tcnico.Neste jogo os jogadores que atuaram pela seleoforam: Jacson, Massa Bruta, Boginho, HamiltonQuebra Banca, Jorge Bode Rouco, Nego Mita, Josemar,Z Donato, Lus de Deus, Milton Satans, Z do ndio,Toinho, Nilo, Detinho, e Nego Rose.Dos jogos que participei pela seleo de Coaraci, essefoi um jogo inesquecvel.

    UM JOGO INESQUECVEL12 de dezembro de 1972

    De. Nilo BoninaAniversrio da Nossa Cidade, e como presente para abrilhantar anossa festa, foi convidado o Itabuna Esporte Clube para enfrentar a

    seleo local: Dai ento passou a ser o primeiro time profissional daBahia a jogar na nossa Cidade.O Itabuna estava cheio de moral, pois tinha disputado a deciso docampeonato baiano de 1970 com o esporte clube Bahia, ficando como vice-campeonato.Como nosso campo no era murado, evidentemente no tnhamosestdio. Foi exigido pela diretoria do Itabuna um grande reforopolicial, pois o nosso policiamento era competente. Mas notnhamos nmero suficiente para darmos total segurana aosogadores e ao pblico em geral. A cidade ficou perplexa quando dachegada do aparato policial vindo da cidade de Ilhus.Ilhus, pois naquela poca, o comando militar da nossa regio, e acorrecional das delegacias, tinham suas bases na bela cidade daspraias.Quando menos espervamos, eis que adentra na cidade umverdadeiro peloto bem disciplinado, e muito bem armado, compostopor trinta e trs homens da melhor qualidade do batalho da policiamilitar de Ilhus. O engraado foi a correria para o almoo da tropa eseus acompanhantes, pois no foi avisado o horrio da chegada dosmesmos. Aguardava mais ou menos duas horas antes do jogo; Da comeou a correria, pois tinha que providenciar o almoo e a estadiapara os policiais; Os mesmos chegaram s onze horas e o Prefeito esua equipe j estava na misso da recepo para a comitiva doItabuna, que foi no total de quarenta e nove pessoas.No final deu tudo certo, pois tnhamos na cidade poucos hotis erestaurantes simples, mais com uma comida de alta qualidade.Jamais me esquecerei de D. Biziu, Dona Rosa, Dona Edelzuta, Dona

    Maria Anita, e o velho Bexiguinha. Com essa equipe, ningumpassava vergonha. Que saudades...J os torcedores estavam ansiosos para saber qual seria o rbitro dogrande evento.O detalhe, que, no campeonato da nossa cidade, tnhamos umcidado que colaborava com o nosso esporte e de quando em vez eraescalado para apitar algumas partidas. Interessante era que omesmo no usava uniforme. Tinha que ser traje social, e sapatos decor preta. Da vem revelao, da qual eu cansei de presenciar,acredite quem quiser. Por baixo dessa roupa social, presa na suacueca, uma capa Pat-sol e dentro da mesma um revolver SmithWeston, calibre trina e oito. Era um rbitro que quando pegava noapito, se transformava, ''literalmente''. Quando algum torcedordiscordava da sua marcao e soltava um palavro, ele parava o jogoe de dedo em riste ia direo da torcida, em voz alta bradava: ''essefila da p... que xingou, vem aqui na minha frente se for homem''.Nessa hora no tinha homem. O povo dava risada, alguns assobios,e ele cafungando reiniciava o jogo. Ah, uma das pessoas que conhecebem essas histrias e participava muito do esporte de Coaraci, aindaest entre ns, o meu amigo Valmir Negro. Tnhamos outro rbitroque fazia parte do nosso esporte, s que no usava roupas sociais,era uniforme mesmo. Quando estava em ao, no deixava de usarpor dentro de seu calo um objeto perfuro cortante, com uma bonitabainha de sola. No me lembro do nome do cidado. Mas sei que elesempre gostava de atuar com um bonito calo azul; Eles notrabalharam nesse jogo.Chegamos para o jogo e mais uma surpresa para a nossa torcida. O

    nosso uniforme era vermelho e preto, e foi cedido pelo Alberto Aziz.O motivo era que o Itabuna tinha as mesmas cores do nosso uniformee no trouxeram uniformes reserva.Comea o jogo e o Itabuna com a maior pose, falaram para ns nochagarmos junto, pois eram profissionais e no queriam voltar comnenhuma baixa. Eles tinham um time muito bom, com jogadorescompetentes como Americano, Ailton, Caxinguel, Serjo, Luizinho,Perivaldo, alm de Melosa e Maurcio que vieram do Rio de Janeiro, doBangu.

    ROTA DO CACAUBandeira do Almada : Era uma feira livre. Uma certaocasio um caador levou um tamandu bandeiramorto, e deixou pendurado ao sol , a noticia espalhou-se, e a feira passou a ser conhecida como Bandeira doAlmada.Sequeiro Grande por que o rio secava naquelasparagens constantemente;Acampamento : Esse nome surgiu durante aconstruo da estrada Itajupe - Coaraci.O Enfeza Homem : Havia um homem na regio muitocismado, que quando o nibus passava levantandopoeira, baixava a cabea, ocultando o rosto com ochapu. Por isso os condutores diziam que ele ficavaenfezado. E que aquele lugar era o Enfeza Homem;

    Unio Queimada : Houve uma grande briga na feiralivre do lugarejo, l havia uma rua de casas cobertasde palha, os briguentos enraivados, tocaram fogo nascasas, queimando todas. O lugar passou a serconhecido como Unio Queimada;So Roque era conhecido como o Garganta,Itajupe como Pirangi.A Lagoa por que haviam duaslagoas na regio. Constantemente cheias pelaconstantes chuvas e que dificultava o acesso aostropeiros.

    Bandeira do Almada: Era uma feira livre. Umcaador levou um tamandu bandeira morto, edeixou pendurado ao sol , a noticia espalhou-se, e afeira passou a ser conhecida como Bandeira doAlmada.

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    RABISCANDO VERSOSRETRATO FALADO DE

    JOS AILTON FERREIRABAHIA

    Jos Ailton Ferreira, ou simplesmente ''Bahia'' como querem os maisntimos, um baiano de Almadina. Nasceu em Janeiro de 1954.Viveu em Coaraci, onde aprendeu as primeiras letras, dando trabalho asincansveis professoras Rita e Perptua.

    A seguir foi para Itabuna, Itapetinga e Ilhus na Bahia. Um dia, porm,resolveu alar voo mais intenso e ei-lo na Amaznia, optando por Porto Velhoem Rondnia. Era agosto de 1983.Nem tanto poeta, meteu-se a rabiscar versos no idos de 70, quando comeou aparticipar da politica estudantil. Alguns de seus rabiscos foram publicados emjornais, revistas, panfletos, os quais zanzaram entre a Bahia, Rio de Janeiro,Minas Gerais, Esprito Santo e Pernambuco.Participou de algumas antologias a nvel nacional.

    Em 1996 lanou em Rondnia, o livro ' 'O MURO... O MUNDO'' (poesias);Em 1987 participou do livro ''PERFUME DA RAA'' e em 1988, por ocasio das

    comemoraes do centenrio da Abolio da Escravatura, foi coautor do livro''CADERNOS NEGROS'' (ambos, sobre a questo da segregao racial).Jos Ailton Ferreira Economista, formado pela Universidade de Santa

    Cruz (ITABUNA/ILHUS-BAHIA), tendo concludo o curso, em 1982.Sem religio definida, acredita num Deus sem frescuras, fronteiras ouestrelismos, Deus este, que pode estar diante do espelho de cada um.

    FORJAMENTO

    Forjaram leis,

    abeira de precipcios,para nelas,nos apoiarmos.

    Forjaram deusesde faces sombriaspara que fossemos

    tributadosa preo de sacrifcios.

    Forjaram dorespara que o mero paliativo

    nos acomodassena exausto

    de leitos incongruentes.

    ELES E NS

    Cristo,

    Marx,Guevara,Lenin,Hitler,Stalin,

    Khomeini...

    ...De todostemos um pouco.

    Afinal,quem neste mundo

    no desfrutaa sua overdose

    de revolucionrio,poeta e louco?

    ORAO DA DVIDAPai Nosso,

    a manipular-nos,traga-nos motivospara a f cega.

    Ave Maria,utpica Genitora,

    desa e sofraa dor da crucificao.

    Santa Maria,que decepo terias,

    se aos guetos descessese neles encontrassesa realidade de outras Marias.

    PIO E REALIDADE

    Domingo. Maracan,BRASIL erguendo a taa, Campeo! Campeo!

    Ha famintos na praa.

    Sem cerimnias, a LEIpisoteia a multidosem rumo, perdida

    sem renda, sem po.

    Nas ruas o Carnaval,pio da classe operria,

    propenso e amargo fermentoa ser contingncia canceraria.

    INCOERNCIA

    Me exigiram coerncia,

    cuspi na estrutura.Me cobraram decncia,mijei na estrutura.

    Me pediram patriotismo,cobrei independncia.

    Me exigiram coerncia,cuspi na estrutura.Me cobraram decncia,mijei na estrutura.Me pediram patriotismocobrei independncia.

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