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3350 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N. o 136 — 14-6-1999 MINISTÉRIO DA ECONOMIA Decreto-Lei n. o 211/99 de 14 de Junho O Decreto-Lei n. o 131/92, de 6 de Julho, transpôs para a ordem jurídica nacional a Directiva quadro n. o 76/767/CEE, do Conselho, de 27 de Julho, relativa aos recipientes sob pressão e métodos de controlo desses recipientes. Esta directiva, de carácter facultativo, prevê um pro- cedimento de reconhecimento bilateral dos ensaios e certificações de equipamentos sob pressão, cujo fun- cionamento se revelou insatisfatório e que deve, por- tanto, ser substituído por medidas eficazes. Entretanto, considerando a necessidade de proteger as pessoas, os animais domésticos e os bens contra os riscos devidos à pressão que podem resultar dos equi- pamentos sob pressão, o Parlamento Europeu e o Con- selho da União Europeia adoptaram a Directiva n. o 97/23/CE, de 29 de Maio, que importa transpor para a ordem jurídica interna. Em consequência, são definidos no presente diploma os requisitos essenciais de segurança a que os recipientes sob pressão devem obedecer, bem como os procedi- mentos de avaliação da conformidade dos mesmos reci- pientes com aqueles requisitos. Assim: Nos termos da alínea a) do n. o 1 do artigo 198. o da Constituição, o Governo decreta, para valer como lei geral da República, o seguinte: Artigo 1. o Objecto O presente diploma transpõe para o ordenamento jurídico português a Directiva n. o 97/23/CE, do Parla- mento Europeu e do Conselho, de 29 de Maio, e esta- belece as regras a que devem obedecer o projecto, o fabrico e a avaliação da conformidade, a comercialização e a colocação em serviço dos equipamentos sob pressão. Artigo 2. o Âmbito e definições 1 — As disposições do presente diploma aplicam-se aos equipamentos sob pressão e aos conjuntos sujeitos a uma pressão máxima admissível (PS) superior a 0,5 bar. 2 — Para efeitos do presente diploma, entende-se por: a) «Equipamentos sob pressão», os recipientes, tubagens, acessórios de segurança, acessórios sob pressão e, quando necessário, os equipa- mentos abrangerão os componentes ligados às partes sob pressão, tais como flanges, tubula- duras, acoplamentos, apoios e orelhas de ele- vação; b) «Recipiente», um vaso com um ou mais com- partimentos, concebido e construído para conter fluidos sob pressão, incluindo os elementos a ele directamente ligados, nomeadamente o dis- positivo previsto para a ligação a outros equi- pamentos; c) «Tubagem», os componentes de condutas uni- dos entre si para serem integrados num sistema sob pressão e que se destinam ao transporte de fluidos, nomeadamente um tubo ou sistema de tubos, canos, acessórios tubulares, juntas de dilatação, tubos flexíveis e outros componentes apropriados resistentes à pressão, sendo con- siderados equivalentes a tubagens os permuta- dores de calor compostos por tubos e destinados ao arrefecimento ou aquecimento de ar; d) «Acessórios de segurança», os dispositivos des- tinados a proteger os equipamentos sob pressão contra a ultrapassagem dos limites admissíveis, incluindo dispositivos destinados à limitação directa da pressão, tais como válvulas de segu- rança, dispositivos de segurança de disco, tiran- tes antienfolamento, dispositivos de segurança comandados (CSPRS), e dispositivos de limi- tação que accionem meios de intervenção ou que provoquem o corte ou o corte e bloqueio do equipamento, tais como pressostatos, ter- móstatos e comutadores accionados pelo nível do fluido e dispositivos de «medida, comando e regulação relacionados com a segurança (SRMCR)»; e) «Acessórios sob pressão», os dispositivos com função operativa cuja carcaça está sujeita a pressão; f) «Conjuntos», os vários equipamentos sob pres- são unidos entre si por um fabricante, por forma a constituírem um todo integrado e funcional; g) «Pressão», a pressão em relação à pressão atmosférica, ou seja, a pressão manométrica, atribuindo-se, por conseguinte, ao vácuo um valor negativo; h) «Pressão máxima admissível (PS)», a pressão máxima para que o equipamento foi projectado, especificada pelo fabricante, sendo a pressão definida no local especificado pelo fabricante, que será o local onde estão ligados os dispo- sitivos de protecção e segurança ou a parte supe- rior do equipamento ou, se necessário, qualquer outro local especificamente determinado; i) «Temperatura mínima/máxima admissível (TS)», as temperaturas mínima e máxima de serviço para as quais o equipamento foi concebido, especificadas pelo fabricante; j) «Volume (V)», o volume interno de cada com- partimento, incluindo o volume das tubuladuras até à primeira ligação e excluindo o volume dos elementos internos permanentes; l) «Dimensão nominal (DN)», a designação numé- rica da dimensão comum a todos os compo- nentes de um sistema de tubos, com excepção dos componentes para que sejam referidos diâ- metros exteriores ou dimensões de rosca, tra- tando-se de um valor arredondado para efeitos de referência, que apenas está aproximada- mente ligado às dimensões de fabrico, e que é designado pela sigla «DN» seguida de um número; m) «Fluidos», quaisquer gases, líquidos ou vapores puros e respectivas misturas, podendo conter sólidos em suspensão; n) «Ligações permanentes», as ligações que não podem ser dissociadas a não ser por métodos destrutivos; o) «Aprovação europeia de materiais», o docu- mento técnico que define as características dos

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3350 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 136 — 14-6-1999

MINISTÉRIO DA ECONOMIA

Decreto-Lei n.o 211/99de 14 de Junho

O Decreto-Lei n.o 131/92, de 6 de Julho, transpôspara a ordem jurídica nacional a Directiva quadron.o 76/767/CEE, do Conselho, de 27 de Julho, relativaaos recipientes sob pressão e métodos de controlo dessesrecipientes.

Esta directiva, de carácter facultativo, prevê um pro-cedimento de reconhecimento bilateral dos ensaios ecertificações de equipamentos sob pressão, cujo fun-cionamento se revelou insatisfatório e que deve, por-tanto, ser substituído por medidas eficazes.

Entretanto, considerando a necessidade de protegeras pessoas, os animais domésticos e os bens contra osriscos devidos à pressão que podem resultar dos equi-pamentos sob pressão, o Parlamento Europeu e o Con-selho da União Europeia adoptaram a Directivan.o 97/23/CE, de 29 de Maio, que importa transpor paraa ordem jurídica interna.

Em consequência, são definidos no presente diplomaos requisitos essenciais de segurança a que os recipientessob pressão devem obedecer, bem como os procedi-mentos de avaliação da conformidade dos mesmos reci-pientes com aqueles requisitos.

Assim:Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da

Constituição, o Governo decreta, para valer como leigeral da República, o seguinte:

Artigo 1.o

Objecto

O presente diploma transpõe para o ordenamentojurídico português a Directiva n.o 97/23/CE, do Parla-mento Europeu e do Conselho, de 29 de Maio, e esta-belece as regras a que devem obedecer o projecto, ofabrico e a avaliação da conformidade, a comercializaçãoe a colocação em serviço dos equipamentos sob pressão.

Artigo 2.o

Âmbito e definições

1 — As disposições do presente diploma aplicam-seaos equipamentos sob pressão e aos conjuntos sujeitosa uma pressão máxima admissível (PS) superior a 0,5 bar.

2 — Para efeitos do presente diploma, entende-sepor:

a) «Equipamentos sob pressão», os recipientes,tubagens, acessórios de segurança, acessóriossob pressão e, quando necessário, os equipa-mentos abrangerão os componentes ligados àspartes sob pressão, tais como flanges, tubula-duras, acoplamentos, apoios e orelhas de ele-vação;

b) «Recipiente», um vaso com um ou mais com-partimentos, concebido e construído para conterfluidos sob pressão, incluindo os elementos aele directamente ligados, nomeadamente o dis-positivo previsto para a ligação a outros equi-pamentos;

c) «Tubagem», os componentes de condutas uni-dos entre si para serem integrados num sistema

sob pressão e que se destinam ao transportede fluidos, nomeadamente um tubo ou sistemade tubos, canos, acessórios tubulares, juntas dedilatação, tubos flexíveis e outros componentesapropriados resistentes à pressão, sendo con-siderados equivalentes a tubagens os permuta-dores de calor compostos por tubos e destinadosao arrefecimento ou aquecimento de ar;

d) «Acessórios de segurança», os dispositivos des-tinados a proteger os equipamentos sob pressãocontra a ultrapassagem dos limites admissíveis,incluindo dispositivos destinados à limitaçãodirecta da pressão, tais como válvulas de segu-rança, dispositivos de segurança de disco, tiran-tes antienfolamento, dispositivos de segurançacomandados (CSPRS), e dispositivos de limi-tação que accionem meios de intervenção ouque provoquem o corte ou o corte e bloqueiodo equipamento, tais como pressostatos, ter-móstatos e comutadores accionados pelo níveldo fluido e dispositivos de «medida, comandoe regulação relacionados com a segurança(SRMCR)»;

e) «Acessórios sob pressão», os dispositivos comfunção operativa cuja carcaça está sujeita apressão;

f) «Conjuntos», os vários equipamentos sob pres-são unidos entre si por um fabricante, por formaa constituírem um todo integrado e funcional;

g) «Pressão», a pressão em relação à pressãoatmosférica, ou seja, a pressão manométrica,atribuindo-se, por conseguinte, ao vácuo umvalor negativo;

h) «Pressão máxima admissível (PS)», a pressãomáxima para que o equipamento foi projectado,especificada pelo fabricante, sendo a pressãodefinida no local especificado pelo fabricante,que será o local onde estão ligados os dispo-sitivos de protecção e segurança ou a parte supe-rior do equipamento ou, se necessário, qualqueroutro local especificamente determinado;

i) «Temperatura mínima/máxima admissível (TS)»,as temperaturas mínima e máxima de serviçopara as quais o equipamento foi concebido,especificadas pelo fabricante;

j) «Volume (V)», o volume interno de cada com-partimento, incluindo o volume das tubuladurasaté à primeira ligação e excluindo o volume doselementos internos permanentes;

l) «Dimensão nominal (DN)», a designação numé-rica da dimensão comum a todos os compo-nentes de um sistema de tubos, com excepçãodos componentes para que sejam referidos diâ-metros exteriores ou dimensões de rosca, tra-tando-se de um valor arredondado para efeitosde referência, que apenas está aproximada-mente ligado às dimensões de fabrico, e queé designado pela sigla «DN» seguida de umnúmero;

m) «Fluidos», quaisquer gases, líquidos ou vaporespuros e respectivas misturas, podendo contersólidos em suspensão;

n) «Ligações permanentes», as ligações que nãopodem ser dissociadas a não ser por métodosdestrutivos;

o) «Aprovação europeia de materiais», o docu-mento técnico que define as características dos

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materiais destinados a utilização repetida parao fabrico de equipamentos sob pressão e quenão foram objecto de uma norma harmonizada.

Artigo 3.o

Exclusões

Encontram-se excluídos do âmbito de aplicação dopresente diploma:

a) As condutas constituídas por tubos ou por sis-temas de tubos para o transporte de quaisquerfluidos ou substâncias para uma instalação oua partir dela, em terra ou no mar, a partir doúltimo órgão de isolamento, e incluindo este,situado na periferia da instalação, incluindotodos os equipamentos anexos, especificamenteconcebidos para a conduta, não estando abran-gidos por esta exclusão os equipamentos sobpressão normalizados, como os que se podemencontrar nos postos de descompressão e nasestações de compressão;

b) Redes de abastecimento, distribuição e escoa-mento de água, bem como o respectivo equi-pamento, e canais pressurizados de água, taiscomo condutas forçadas, túneis de pressão, cha-minés de equilíbrio de instalações hidroeléctri-cas e respectivos acessórios específicos;

c) A colocação no mercado e em serviço dos reci-pientes sob pressão simples abrangidos peloDecreto-Lei n.o 103/92, de 30 de Maio;

d) O equipamento abrangido pelo Decreto-Lein.o 108/92, de 2 de Junho, relativo às embalagensaerossóis;

e) Os equipamentos destinados ao funcionamentodos veículos abrangidos pela Portarian.o 517-A/96, de 27 de Setembro, e pela Portarian.o 489/97, de 15 de Julho, relativas à recepçãodos veículos a motor e seus reboques, tractoresagrícolas ou florestais de rodas e veículos amotor de duas ou três rodas;

f) Os equipamentos pertencentes no máximo àclasse I, conforme definido no artigo 7.o, abran-gidos por um dos seguintes diplomas:

Decreto-Lei n.o 378/93, de 5 de Dezembro,relativo às máquinas;

Decreto-Lei n.o 295/98, de 22 de Setembro,relativo aos ascensores;

Decreto-Lei n.o 117/88, de 12 de Abril, rela-tivo ao material eléctrico destinado a serutilizado dentro de certos limites de tensão;

Decreto-Lei n.o 273/95, de 23 de Outubro,relativo aos dispositivos médicos;

Decreto-Lei n.o l30/92, de 6 de Julho, relativoaos aparelhos a gás;

Decreto-Lei n.o 112/96, de 5 de Agosto, rela-tivo aos aparelhos e sistemas de protecçãodestinados a ser utilizados em atmosferaspotencialmente explosivas;

g) Os equipamentos relativos a armas, muniçõese material de guerra;

h) Os equipamentos especificamente concebidospara fins nucleares, cujo funcionamento anó-malo possa causar a emissão de radioactividade;

i) O equipamento de controlo de poços utilizadosna indústria de prospecção e extracção de petró-

leo e gás natural ou na indústria geotérmica,bem como no armazenamento subterrâneo, edestinado a conter e ou controlar a pressão dospoços, encontrando-se incluídos a cabeça dopoço, as válvulas de segurança (BOP), as tuba-gens e os colectores, assim como os respectivosequipamentos situados a montante;

j) Os equipamentos com cárter ou mecanismoscujo dimensionamento, selecção dos materiaisou regras de construção assentem essencial-mente em critérios de resistência, rigidez ouestabilidade em relação a solicitações estáticase dinâmicas em serviço ou em relação a outrascaracterísticas relacionadas com o funciona-mento e para os quais a pressão não constituaum factor significativo a nível do projecto,podendo estes equipamentos compreender:

i) Motores, incluindo as turbinas e os moto-res de combustão interna;

ii) Máquinas a vapor, turbinas a gás/vapor,turbogeradores, compressores, bombas esistemas de accionamento;

l) Altos-fornos, incluindo o respectivo sistema dearrefecimento, recuperadores de calor, despoei-radores e lavadores de gás de altos-fornos, bemcomo cubilotes para redução directa, incluindoo sistema de arrefecimento do forno, conver-tidores a gás e panelas de fundição, refusão,desgaseificação e vazamento de aço e metaisnão ferrosos;

m) Carcaças de equipamentos eléctricos de alta ten-são, como quadros de comutação ou decomando, transformadores e máquinas rota-tivas;

n) Invólucros pressurizados para conter elementosde redes de transmissão, como cabos eléctricose telefónicos;

o) Navios, foguetões, aeronaves ou unidades móveisoff-shore, bem como o equipamento especifica-mente destinado a ser instalado nesses engenhosou à respectiva propulsão;

p) Equipamento sob pressão constituído por uminvólucro flexível, como pneumáticos, almofa-das de ar, bolas e balões, embarcações insu-fláveis, e outros equipamentos sob pressãoanálogos;

q) Silenciadores de escape e de admissão;r) Garrafas ou latas para bebidas carbonatas des-

tinadas ao consumidor final;s) Recipientes para o transporte e distribuição de

bebidas com um PS.V (pressão máxima admis-sível × volume) igual ou inferior a 500 bar.l(bar × litro) e uma pressão máxima admissíveligual ou inferior a 7 bar;

t) Equipamento abrangido pelas Convenções Rela-tivas ao Acordo Europeu de Transporte Inter-nacional de Mercadorias Perigosas por Estrada(ADR), ao Regulamento Relativo ao TransporteInternacional de Mercadorias Perigosas porCaminho de Ferro (RID), ao Código MarítimoInternacional para o Transporte de MercadoriasPerigosas (IMDG) e à Organização de AviaçãoCivil Internacional (ICAO);

u) Equipamento abrangido pelo Regulamento Na-cional sobre o Transporte de Mercadorias Peri-

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gosas por Estrada (RPE), aprovado pelo Decre-to-Lei n.o 77/97, de 5 de Abril, e pela Portarian.o 1196-C/97, de 24 de Novembro;

v) Radiadores e tubos de sistemas de aquecimentopor água quente;

x) Recipientes que devam conter líquidos com umapressão de gás acima do líquido igual ou inferiora 0,5 bar.

Artigo 4.o

Requisitos técnicos

1 — Os equipamentos sob pressão que a seguir seenunciam devem satisfazer os requisitos essenciais doanexo I:

1.1 — Recipientes, excepto os referidos no n.o 1.2,destinados a:

a) Gases, gases liquefeitos, gases dissolvidos sobpressão, vapores e líquidos cuja pressão de vaporà temperatura máxima admissível seja superiora 0,5 bar acima da pressão atmosférica normal(1013 mbar), dentro dos seguintes limites:

i) Recipientes para fluidos do grupo 1 cujovolume seja superior a 1 l e cujo produtoPS.V seja superior a 25 bar.l, ou cuja pres-são PS seja superior a 200 bar (tabelan.o 1 do anexo II);

ii) Recipientes para fluidos do grupo 2 cujovolume seja superior a 1 l e cujo produtoPS.V seja superior a 50 bar.l, ou cujapressão PS seja superior a 1000 bar, bemcomo todos os extintores portáteis e gar-rafas para aparelhos respiratórios (tabelan.o 2 do anexo II);

b) Líquidos cuja pressão de vapor à temperaturamáxima admissível seja inferior ou igual a 0,5 baracima da pressão atmosférica normal(1013 mbar), dentro dos seguintes limites:

i) Recipientes para fluidos do grupo 1 cujovolume seja superior a 1 l e cujo produtoPS.V seja superior a 200 bar.l, ou cujapressão PS seja superior a 500 bar (tabelan.o 3 do anexo II);

ii) Recipientes para fluidos do grupo 2 cujapressão PS seja superior a 10 bar e cujoproduto PS.V seja superior a 10 000 bar.l,ou cuja pressão PS seja superior a1000 bar (tabela n.o 4 do anexo II);

1.2 — Equipamentos sob pressão aquecidos porchama ou de outro modo, sujeitos ao risco de sobrea-quecimento, destinados à geração de vapor de água oude água sobreaquecida a temperaturas superiores a110oC, cujo volume seja superior a 2 l, bem como todasas panelas de pressão (tabela n.o 5 do anexo II);

1.3 — Tubagens destinadas a:

a) Gases, gases liquefeitos, gases dissolvidos sobpressão, vapores e líquidos cuja pressão de vaporà temperatura máxima admissível seja superiora 0,5 bar acima da pressão atmosférica normal(1013 mbar), dentro dos seguintes limites:

i) Tubagens para fluidos do grupo 1 comuma DN superior a 25 (tabela n.o 6 doanexo II);

ii) Tubagens para fluidos do grupo 2 comuma DN superior a 32 e um produtoPS.DN superior a 1000 bar (tabela n.o 7do anexo II);

b) Líquidos com uma pressão de vapor, à tempe-ratura máxima admissível, inferior ou igual a0,5 bar acima da pressão atmosférica normal(1013 mbar), dentro dos seguintes limites:

i) Tubagens para fluidos do grupo 1 comuma DN superior a 25 e um produtoPS.DN superior a 2000 bar (tabela n.o 8do anexo II);

ii) Tubagens para fluidos do grupo 2 cujaPS seja superior a 10 bar, com uma DNsuperior a 200 e um produto PS.DN supe-rior a 5000 bar (tabela n.o 9 do anexo II);

1.4 — Acessórios de segurança e acessórios sob pres-são destinados a equipamentos abrangidos pelos n.os 1.1,1.2 e 1.3, inclusivamente quando esses equipamentosestejam incorporados em conjuntos.

2 — Os conjuntos que incluam pelo menos um equi-pamento sob pressão abrangido pelo n.o 1 do presenteartigo, e que a seguir se enunciam, devem preencheros requisitos essenciais do anexo I:

2.1 — Conjuntos destinados à geração de vapor e daágua sobreaquecida a uma temperatura superior a 110oCde que faça parte, pelo menos, um equipamento sobpressão aquecido por chama ou, de outro modo, sujeitoao risco de sobreaquecimento;

2.2 — Conjuntos não referidos no número anterior,sempre que o fabricante os destine a colocação no mer-cado e em serviço como conjuntos.

3 — Os conjuntos previstos para a produção de águaaquecida a uma temperatura igual ou inferior a 110oC,alimentados manualmente por combustível sólido e comum PS.V superior a 50 bar.l, devem satisfazer os requi-sitos essenciais previstos nos n.os 2.10, 2.11, 3.4 e 5, alí-neas a) e d), do anexo I.

4 — Os equipamentos sob pressão e ou conjuntoscujas características sejam inferiores ou iguais aos limitesindicados, respectivamente, nos n.os 1.1, 1.2 e 1.3 e non.o 2 podem ser colocados no mercado e em serviço,desde que concebidos e fabricados segundo as regrasda boa prática de engenharia que garantam a sua uti-lização em condições de segurança.

5 — Os equipamentos sob pressão e ou conjuntosreferidos no número anterior deverão, se necessário,ser acompanhados de instruções de utilização suficientese ter apostas marcações adequadas que permitam iden-tificar o fabricante ou o seu mandatário estabelecidona comunidade, sendo que não podem ter aposta a mar-cação «CE».

Artigo 5.o

Colocação no mercado e em serviço

1 — Os equipamentos sob pressão e os conjuntos sópodem ser colocados no mercado e postos em serviçose não comprometerem a segurança e a saúde das pes-soas, dos animais domésticos ou dos bens, quando con-venientemente instalados, conservados e utilizados deacordo com o fim a que se destinam.

2 — Só podem ser colocados no mercado ou em ser-viço, nas condições estabelecidas pelo fabricante, equi-

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pamentos sob pressão ou conjuntos que cumpram o dis-posto no presente diploma e tenham aposta a marcação«CE», indicativa que os mesmos foram submetidos aum dos procedimentos de avaliação de conformidadeprevistos no artigo 9.o

3 — Por ocasião de feiras, exposições e demonstra-ções, é permitida a exibição de equipamentos sob pres-são ou conjuntos que não estejam em conformidadecom o disposto no presente diploma, desde que um pai-nel visível indique claramente a sua não conformidadee a impossibilidade de aquisição dos mesmos naquelascondições.

4 — As demonstrações referidas no número anteriordependem de autorização da direcção regional do Minis-tério da Economia da área onde ocorrem, devendo aindaser tomadas medidas de segurança adequadas, a fimde que seja garantida a protecção das pessoas.

5 — As condições de instalação, utilização e repara-ção dos equipamentos sob pressão e dos conjuntos serãodefinidas em diploma próprio.

Artigo 6.o

Presunção de conformidade

1 — Consideram-se em conformidade com todas asdisposições do presente diploma os equipamentos sobpressão e os conjuntos que tenham aposta a marcação«CE» prevista no artigo 11.o e que estejam munidosda declaração «CE» de conformidade prevista noanexo VI.

2 — Presumem-se em conformidade com os requi-sitos essenciais previstos no artigo 4.o os equipamentossob pressão que obedeçam ao disposto nas normasnacionais de transposição de normas harmonizadas cujasreferências tenham sido publicadas no Jornal Oficial dasComunidades Europeias.

3 — A lista das normas portuguesas que adoptam nor-mas harmonizadas aplicáveis no âmbito do presentediploma é publicada no Diário da República pelo Ins-tituto Português da Qualidade (IPQ).

Artigo 7.o

Classificação dos equipamentos sob pressão

1 — Os equipamentos sob pressão referidos no n.o 1do artigo 4.o do presente diploma são classificados emclasses, em função dos riscos crescentes, de acordo comas tabelas do anexo II.

2 — Para efeitos dessa classificação, os fluidos sãodivididos em dois grupos, nos termos seguintes:

2.1 — O grupo 1 inclui os fluidos perigosos, consi-derando-se como fluidos perigosos as substâncias ou pre-parados abrangidos pelo Decreto-Lei n.o 82/95, de 22de Abril, e pela Portaria n.o 732-A/96, de 11 Dezembro,relativa à classificação, embalagem e rotulagem das subs-tâncias perigosas, abrangendo os fluidos definidos como:

a) Explosivos;b) Extremamente inflamáveis;c) Facilmente inflamáveis;d) Inflamáveis (quando a temperatura máxima

admissível for superior ao ponto de faísca);e) Muito tóxicos;f) Tóxicos;g) Comburentes;

2.2 — O grupo 2 inclui todos os fluidos não referidosno n.o 2.1.

3 — Os recipientes compostos por vários comparti-mentos são classificados na mais elevada das classes derisco em que cada um dos compartimentos se incluir,sendo que se um dos compartimentos contiver váriosfluidos a classificação efectuar-se-á em função do fluidoque corresponder à classe de risco mais elevada.

Artigo 8.o

Avaliação da conformidade

1 — Antes da colocação no mercado, o fabricante dosequipamentos sob pressão deve optar por um dos pro-cedimentos de avaliação de conformidade descritos noanexo III, previsto para a classe em que forem clas-sificados.

2 — O fabricante pode igualmente decidir utilizar,quando exista, um dos procedimentos para uma classesuperior.

3 — Sem prejuízo do disposto nos números anterio-res, as direcções regionais do Ministério da Economiapodem, mediante pedido devidamente justificado e comparecer do organismo notificado, autorizar a colocaçãono mercado e a entrada em serviço em território nacio-nal de equipamentos sob pressão e de conjuntos indi-viduais para os quais não tenham sido aplicados os pro-cedimentos de avaliação de conformidade referidos nopresente artigo e cuja utilização seja feita para efeitosde experimentação.

4 — Os documentos e a correspondência relativa àavaliação da conformidade serão redigidos em línguaportuguesa, ou em língua inglesa ou francesa.

Artigo 9.o

Procedimentos

1 — Os procedimentos de avaliação de conformidadea aplicar à aposição da marcação «CE» num equipa-mento sob pressão são determinados pela classe de riscodefinida no artigo 7.o em que o equipamento for clas-sificado, nos seguintes termos:

a) Classe I: módulo A;b) Classe II: módulo A1, módulo D1 e módulo

E1;c) Classe III: módulo B1 + D, módulo B1 + F,

módulo B + E, módulo B + C1 e módulo H;d) Classe IV: módulo B + D, módulo B + F,

módulo G e módulo H1.

2 — No âmbito dos processos de garantia da qua-lidade dos equipamentos das classes III e IV, referidosno n.o 1.1, alínea a), e subalínea i) da alínea b), bemcomo no n.o 1.2 do artigo 4.o do presente diploma, aoefectuar visitas sem aviso prévio, o organismo notificadodeve colher uma amostra do equipamento nas insta-lações de fabrico ou nos armazéns, a fim de efectuara avaliação final nos termos previstos no anexo I,n.o 3.2.2.

3 — Para os efeitos previstos no número anterior, ofabricante deve informar o organismo notificado docalendário de produção previsto e este deve efectuarpelo menos duas visitas, durante o primeiro ano de

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fabrico, devendo a frequência das visitas seguintes serdeterminada pelo organismo notificado a partir dos cri-térios definidos no n.o 4.4 dos módulos aplicáveis.

4 — No caso de produção individual de recipientesou equipamentos da classe III referidos no n.o 1.2 doartigo 4.o do presente diploma ou ao abrigo do pro-cedimento do módulo H, o organismo notificado deveefectuar a avaliação final de cada unidade, nos termosprevistos no anexo I, n.o 3.2.2, devendo, para o efeito,o fabricante comunicar o calendário de produção pre-visto ao organismo notificado.

5 — Os conjuntos referidos no n.o 2 do artigo 4.o dopresente diploma serão objecto de um procedimentoglobal de avaliação de conformidade, que inclui:

a) A avaliação de conformidade de cada um dosequipamentos sob pressão referidos no n.o 1 doartigo 4.o que façam parte do conjunto e quenão tenham sido anteriormente objecto de umprocedimento de avaliação de conformidade ede uma marcação «CE» separada, sendo o pro-cedimento de avaliação determinado pela classede risco de cada um dos equipamentos;

b) A avaliação da integração dos diferentes ele-mentos do conjunto, nos termos dos n.os 2.3,2.8 e 2.9 do anexo I, determinada em funçãoda mais elevada das classes de risco dos equi-pamentos implicados, excluindo equipamentoscom funções de segurança;

c) A avaliação da protecção do conjunto para quenão sejam excedidos os limites de funciona-mento admissíveis, nos termos dos n.os 2.10 e3.2.3 do anexo I, que deverá ser efectuada emfunção da mais elevada das classes de risco dosequipamentos a proteger.

Artigo 10.o

Aprovação europeia de materiais

1 — Os fabricantes podem solicitar, individualmenteou em grupo, a emissão de uma aprovação europeiade materiais a um organismo notificado especificamentedesignado para o efeito.

2 — O organismo notificado determinará e efectuará,ou mandará efectuar, os exames e ensaios adequadospara comprovar a conformidade dos tipos de materiaiscom os requisitos correspondentes do presente diploma.

3 — No caso de materiais cuja utilização tenha sidoreconhecida como segura antes de 29 de Novembro de1999, o organismo notificado terá em consideração osdados existentes para comprovar essa conformidade.

4 — O organismo notificado, antes de emitir a apro-vação europeia de materiais, deve informar os Estadosmembros e a Comissão, comunicando-lhes os elementospertinentes.

5 — Se num prazo de três meses não forem apre-sentadas quaisquer observações pelas entidades referi-das no número anterior, o organismo notificado emitiráa aprovação europeia de materiais para equipamentossob pressão, devendo enviar cópia da mesma aos Estadosmembros, aos organismos notificados e à Comissão.

6 — Os materiais utilizados no fabrico de equipamen-tos sob pressão, conformes com as aprovações europeiasde materiais cujas referências foram publicadas no JornalOficial das Comunidades Europeias, satisfazem os requi-sitos essenciais aplicáveis do anexo I do presentediploma.

7 — O organismo notificado que emitiu a aprovaçãoeuropeia de materiais para equipamentos sob pressãoretirará essa aprovação se verificar que esta não deveriater sido emitida ou que o tipo de material em causaé abrangido por uma norma harmonizada, devendocomunicar imediatamente essa retirada aos outros Esta-dos membros, aos organismos notificados e à Comissão.

Artigo 11.o

Marcação «CE»

1 — A marcação «CE», constituída pelas iniciais«CE», de acordo com o grafismo constante no anexo V,deve ser aposta de forma visível, facilmente legível eindelével em cada equipamento sob pressão, ou em cadaconjunto completo, ou num estado que permita a veri-ficação final.

2 — A marcação «CE» deve ser acompanhada donúmero de identificação do organismo notificado,quando aplicável.

3 — É proibido apor nos equipamentos sob pressãoe nos conjuntos marcações susceptíveis de induzir emerro quanto ao significado e grafismo da marcação«CE», podendo, todavia, ser aposta nos mesmos qual-quer outra marcação, desde que não reduza a visibi-lidade e a legibilidade da marcação «CE».

4 — Caso o equipamento sob pressão ou o conjuntosejam abrangidos por outros diplomas que prevejam aaposição da marcação «CE», esta presumirá que o equi-pamento ou o conjunto são conformes às disposiçõesdesses outros diplomas.

5 — No caso de um ou mais desses diplomas a quese refere o número anterior deixarem ao fabricante,durante um período transitório, a escolha do regimea aplicar, a marcação «CE» indica apenas a conformi-dade com as disposições dos diplomas aplicados pelofabricante, devendo, neste caso, as referências dos mes-mos ser inscritas nos documentos, manuais ou instruçõesque acompanham o equipamento ou conjunto.

6 — Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, aaposição indevida da marcação «CE» implica, por partedo fabricante ou do seu mandatário, a obrigação derepor esse produto em conformidade com as disposiçõesdeste artigo e de fazer cessar a infracção, sob pena deser proibida ou limitada a colocação do equipamentono mercado, ou assegurada a sua retirada do mesmo,no caso de a não conformidade persistir, de acordo comos procedimentos previstos no artigo 12.o

Artigo 12.o

Cláusula de salvaguarda

Sempre que se verifique que os equipamentos sobpressão ou conjuntos, ainda que munidos da marcação«CE» e utilizados de acordo com o fim a que se des-tinam, possam comprometer a segurança das pessoase, eventualmente, dos animais domésticos e dos bens,será proibida a sua colocação no mercado e em serviço,ou limitada a sua livre circulação, mediante despachodo presidente do IPQ, devidamente fundamentado, quecomprove a existência dos pressupostos referidos.

Artigo 13.o

Organismos notificados

1 — Os organismos notificados intervenientes noâmbito deste diploma devem estar qualificados para o

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3355N.o 136 — 14-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A

efeito, no âmbito do Sistema Português da Qualidade,a que se refere o Decreto-Lei n.o 234/93, de 2 de Julho,e com observância dos critérios mínimos previstos parao efeito no anexo IV do presente diploma.

2 — O IPQ manterá a Comissão e os Estados mem-bros permanentemente informados dos organismos noti-ficados referidos no número anterior, bem como dasfunções específicas para as quais esses organismostenham sido designados e dos números de identificaçãoque lhes tiverem sido atribuídos previamente pelaComissão.

3 — Se um organismo notificado deixar de satisfazeros critérios referidos no n.o 1, ser-lhe-á retirada a noti-ficação e a Comissão e os restantes Estados membrosdeverão ser imediatamente informados de tal facto.

Artigo 14.o

Entidades terceiras reconhecidas

1 — As entidades terceiras reconhecidas para desem-penharem as funções constantes no presente diploma,no que se refere às juntas definitivas dos equipamentossob pressão e ensaios não destrutivos dessas mesmasjuntas, devem ser reconhecidas pelo IPQ para o efeito,com observância dos critérios mínimos previstos noanexo IV do presente diploma.

2 — O IPQ manterá a Comissão e os Estados mem-bros permanentemente informados das entidades ter-ceiras reconhecidas referidas no número anterior, bemcomo das tarefas para cuja execução foram reconhe-cidas.

3 — Se uma entidade terceira reconhecida deixar desatisfazer os critérios referidos no n.o 1, ser-lhe-á reti-rada a aprovação e a Comissão e os restantes Estadosmembros deverão ser imediatamente informados de talfacto.

Artigo 15.o

Fiscalização

1 — A fiscalização do cumprimento do presentediploma será exercida pelas direcções regionais doMinistério da Economia e pela Inspecção-Geral dasActividades Económicas, sem prejuízo das competênciasatribuídas por lei a outras entidades.

2 — As entidades fiscalizadoras referidas no númeroanterior procedem à instrução dos processos relativosàs contra-ordenações por si verificadas.

3 — No exercício da sua actividade as entidades fis-calizadoras podem apreender os produtos abrangidospelo presente diploma, bem como solicitar o auxílio dasautoridades policiais, ou de quaisquer outras autorida-des, sempre que o julguem necessário à execução dassuas funções.

Artigo 16.o

Contra-ordenações

1 — Constitui contra-ordenação, punível com coima:

a) De 500 000$ a 9 000 000$, a infracção do dis-posto no artigo 4.o, nos n.os 1 e 2 do artigo 5.oe nos artigos 8.o e 9.o;

b) De 100 000$ a 500 000$, a infracção do dispostonos n.os 3 e 4 do artigo 5.o e no artigo 11.o

2 — No caso de o infractor ser uma pessoa singular,o montante máximo da coima a aplicar é de 750 000$.

3 — A negligência e a tentativa são puníveis.4 — A aplicação das coimas previstas neste diploma

compete ao director da delegação regional do Ministérioda Economia em cuja área a contra-ordenação tiver sidoverificada, a quem devem ser enviados após instruçãoos respectivos processos de contra-ordenação.

Artigo 17.o

Produto das coimas

O produto das coimas recebidas por infracção ao dis-posto no presente diploma reverte em 60% para oscofres do Estado, em 20% para a entidade que procedeà instrução do processo, em 10% para a entidade queaplica a coima e em 10% para o IPQ.

Artigo 18.o

Garantias dos interessados

Qualquer decisão desfavorável deve ser notificada aointeressado, acompanhada da respectiva fundamenta-ção, com indicação expressa das vias legais de recursoà sua disposição e respectivos prazos.

Artigo 19.o

Encargos

As importâncias devidas pelas intervenções dos orga-nismos competentes do Ministério da Economia serãofixadas por portaria do Ministro da Economia, por formaa cobrir os custos respectivos.

Artigo 20.o

Acompanhamento da aplicação do diploma

1 — O IPQ acompanhará a aplicação do presentediploma propondo as medidas necessárias à prossecuçãodos seus objectivos e as que se destinam a assegurara ligação com a Comissão e os Estados membros daUnião Europeia.

2 — No âmbito do estabelecido no número anterior,o IPQ:

a) Informará imediatamente a Comissão das medi-das tomadas ao abrigo do artigo 12.o, indicandoos seus fundamentos e, em especial, se a situaçãoem causa resultou:

i) Da não observância dos requisitos essen-ciais referidos no artigo 4.o;

ii) De uma aplicação incorrecta das normasreferidas no n.o 2 do artigo 6.o;

iii) De uma lacuna das próprias normas aque se refere o número anterior ou deuma aprovação europeia de materiaispara equipamentos sob pressão;

b) Informará a Comissão e os Estados membrosde quaisquer outras medidas tomadas contraquem tiver aposto indevidamente a marcação«CE» em recipientes ou conjuntos abrangidospelo presente diploma.

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3356 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 136 — 14-6-1999

Artigo 21.o

Entrada em vigor e disposições transitórias

1 — O presente diploma entra em vigor no dia 29 deNovembro de 1999, deixando nessa data de vigorar osdiplomas que regem estas matérias:

a) Decreto-Lei n.o 101/74, de 14 de Março, eDecreto-Lei n.o 102/74, da mesma data;

b) As disposições constantes do Decreto-Lein.o 131/92, de 6 de Julho, e da Portarian.o 1125/92, de 9 de Dezembro, no que se refereaos equipamentos sob pressão e conjuntosabrangidos pelo âmbito do presente diploma.

2 — Até ao dia 29 de Maio de 2002, podem ser colo-cados no mercado os equipamentos sob pressão e osconjuntos conformes com a regulamentação em vigorà data de entrada em vigor do presente diploma.

3 — A entrada em serviço dos equipamentos sob pres-são e conjuntos referidos no número anterior poderáser efectuada até ao dia 29 de Maio de 2003.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 29 deAbril de 1999. — António Manuel de Oliveira Guter-res — Vítor Manuel Sampaio Caetano Ramalho — JoséSócrates Carvalho Pinto de Sousa.

Promulgado em 27 de Maio de 1999.

Publique-se.

O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 1 de Junho de 1999.

O Primeiro-Ministro, António Manuel de OliveiraGuterres.

ANEXO I

Requisitos essenciais de segurança

Observações preliminares

1 — As obrigações decorrentes dos requisitos essen-ciais enunciados no presente anexo para os equipamen-tos sob pressão aplicam-se também aos conjuntos sem-pre que existir o risco correspondente.

2 — Os requisitos essenciais estabelecidos na direc-tiva têm carácter obrigatório. As obrigações decorrentesdestes requisitos essenciais apenas se aplicam para orisco correspondente a uma utilização normal do equi-pamento sob pressão.

3 — O fabricante é obrigado a analisar os riscos afim de determinar os que se aplicam aos seus equi-pamentos devidos à pressão; deverá em seguida pro-jectar e construir os seus equipamentos tendo em contaessa análise.

4 — Os requisitos essenciais devem ser interpretadose aplicados por forma a ter em conta o estado da técnicae a prática corrente no momento da concepção e fabrico,bem como quaisquer considerações técnicas e econó-micas compatíveis com um elevado nível de protecçãoda saúde e da segurança.

1 — Generalidades:1.1 — Os equipamentos sob pressão devem ser pro-

jectados, fabricados, ensaiados e, se aplicável, equipadose instalados de forma a garantir a sua segurança se foremcolocados em serviço de acordo com as instruções dofabricante e em condições previsíveis na sua utilização.

1.2 — Ao escolher as soluções mais adequadas, ofabricante deverá aplicar os princípios a seguir enun-ciados, pela ordem em que se apresentam:

– Eliminar ou reduzir os riscos tanto quanto sejarazoavelmente possível;

– Aplicar medidas de protecção adequadas contraos riscos que não possam ser eliminados;

– Informar os utilizadores, se aplicável, dos riscosresiduais e indicar se é necessário tomar medidasadequadas especiais destinadas a atenuar os ris-cos no momento da instalação e ou utilização.

1.3 — Caso seja conhecida ou claramente previsívela possibilidade de uma utilização incorrecta dos equi-pamentos sob pressão, estes deverão ser projectados deforma a evitar os perigos de tal utilização ou, se talnão for possível, conter uma advertência adequada querefira que os equipamentos em questão não devem serutilizados desse modo.

2 — Projecto:2.1 — Generalidades:Os equipamentos sob pressão devem ser devidamente

projectados tendo em conta todos os factores relevantesde que depende a respectiva segurança durante todoo seu tempo de vida previsto.

O projecto incluirá coeficientes de segurança ade-quados, mediante a utilização de métodos abrangentesque reconhecidamente incluam, com coerência, margensde segurança apropriadas para prevenir todas as formasde avaria relevantes.

2.2 — Projecto para uma resistência adequada:2.2.1 — Os equipamentos sob pressão devem ser pro-

jectados para esforços conformes com o fim a que sedestinam e, bem assim, para outras condições de serviçorazoavelmente previsíveis. Em particular, há que atenderaos seguintes factores:

– Pressão interna/externa;– Temperaturas ambiente e de serviço;– Pressão estática e massa do conteúdo nas con-

dições de funcionamento e de ensaio;– Solicitações devidas ao tráfego, ao vento e a tre-

mores de terra;– Forças e momentos de reacção resultantes dos

suportes, fixações, tubagens, etc.– Corrosão e erosão, fadiga, etc.;

Há que considerar as várias solicitações susceptíveisde surgir ao mesmo tempo, tendo em conta a proba-bilidade da sua ocorrência em simultâneo.

2.2.2 — O projecto para uma resistência adequadadeve basear-se:

– Regra geral, num método de cálculo conformeo descrito no n.o 2.2.3, complementado, se neces-sário, por um método de concepção experimentaltal como descrito no n.o 2.2.4; ou

– Num método de concepção experimental, semcálculo, tal como descrito no n.o 2.2.4, se o pro-duto da pressão máxima admissível PS pelovolume V for inferior a 6000 bar.l ou o produtoPS.DN for inferior a 3000 bar.

2.2.3 — Método de cálculo:a) Contenção da pressão e outras solicitações:As tensões admissíveis dos equipamentos sob pressão

devem ser limitadas tendo em conta as possibilidadesde avaria previsíveis de acordo com as condições de

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3357N.o 136 — 14-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A

funcionamento. Para o efeito, devem ser aplicados fac-tores de segurança que permitam eliminar integralmentetodas as incertezas decorrentes do fabrico, das condiçõesreais de utilização, das tensões e dos modelos de cálculo,bem como das propriedades e do comportamento dosmateriais.

Os referidos métodos de cálculo devem procurar atin-gir margens de segurança suficientes, em conformidade,quando adequado, com as prescrições constantes don.o 7.

As disposições acima podem ser satisfeitas mediantea aplicação de um dos seguintes métodos, consoantefor adequado, se necessário a título complementar ouem combinação:

– Projecto por fórmulas;– Projecto por análise;– Projecto por mecânica da ruptura.

b) Resistência:A resistência do equipamento sob pressão deve ser

determinada através de cálculos de projecto adequados.Designadamente:

– As pressões de cálculo não deverão ser inferioresàs pressões máximas admissíveis e terão de aten-dar às pressões estáticas e dinâmicas dos fluidos,bem como à decomposição dos fluidos instáveis.Quando um recipiente estiver subdividido emvários compartimentos distintos e individuais decontenção da pressão, as divisórias deverão serprojectadas tendo em conta a pressão mais ele-vada que possa existir num compartimento e apressão mais baixa possível que possa existir nocompartimento adjacente;

– As temperaturas de cálculo devem proporcionarmargens de segurança adequadas;

– O projecto deve ter devidamente em conta todasas combinações possíveis de temperatura e pres-são que possam surgir em condições de funcio-namento razoavelmente previsíveis para o equi-pamento em questão;

– As tensões máximas e as concentrações de ten-sões devem manter-se dentro de limites seguros;

– Os cálculos relativos à contenção da pressãodevem ser feitos com base nos valores adequadosdas propriedades dos materiais, fundamentadosem dados comprovados, tendo em conta o dis-posto no n.o 4, e coeficientes de segurança ade-quados. Entre as características dos materiais aconsiderar contam-se, consoante os casos:

– O limite de elasticidade, a 0,2% ou 1,0%,conforme adequado, à temperatura decálculo;

– A resistência à tracção;– A resistência em função do tempo, ou seja,

a resistência à fluência, dados relativos àfadiga;

– O módulo de Young (módulo de elastici-dade), o nível adequado de deformaçãoplástica;

– A resiliência;– A resistência à ruptura;

– Devem aplicar-se às propriedades do materialcoeficientes de junta adequados, consoante, porexemplo, o tipo de ensaios não destrutivos, aspropriedades dos conjuntos de materiais e ascondições de funcionamento previstas;

– No projecto devem ser devidamente tidos emconta todos os mecanismos de degradação razoa-velmente previsíveis (por exemplo, corrosão,fluência, fadiga) de acordo com o fim a que oequipamento se destina, devendo-se chamar aatenção, nas instruções referidas no n.o 3.4, paraas características do projecto que são especifi-camente pertinentes do ponto de vista da dura-ção do equipamento, por exemplo:

– Para a fluência: tempo de funcionamentoprevisto (horas) a temperaturas especifi-cadas;

– Para a fadiga: número de ciclos previsto comníveis de tensão especificados;

– Para a corrosão: sobreespessura previstapara corrosão.

c) Estabilidade:Caso a espessura calculada possa conduzir a uma esta-

bilidade estrutural inaceitável, devem ser adoptadasmedidas adequadas para obviar a tal situação, tendoem conta os riscos decorrentes do transporte e damovimentação.

2.2.4 — Método de concepção experimental:O projecto do equipamento pode ser total ou par-

cialmente validado por um programa de ensaios a efec-tuar sobre uma amostra representativa do equipamentoou do grupo de equipamentos.

O programa de ensaios deve ser claramente definidoantes dos ensaios e deve ser aprovado pelo organismonotificado encarregado do módulo de avaliação do pro-jecto, caso exista.

O referido programa deve definir as condições deensaio e os critérios de aceitação e rejeição. Os valoresexactos das dimensões essenciais e das característicasdos materiais constitutivos do equipamento ensaiadodevem ser determinados antes do ensaio.

Se necessário, durante os ensaios, devem poder obser-var-se as zonas críticas do equipamento sob pressão uti-lizando instrumentos adequados que permitam mediras deformações e os esforços com suficiente precisão.

O programa de ensaios deve compreender:

a) Um ensaio de resistência à pressão, destinadoa verificar se o equipamento apresenta fugassignificativas ou deformações que excedam umdeterminado limiar quando submetido a umapressão que garanta uma margem de segurançadefinida em função da pressão máxima admis-sível.

A pressão de ensaio deve ser determinadatendo em conta as diferenças entre os valoresdas características geométricas e dos materiaismedidos nas condições de ensaio e os valoresadmitidos para efeitos de projecto; deve-seigualmente ter em conta a diferença entre astemperaturas de ensaio e de projecto;

b) Se houver o risco de fluência ou de fadiga,ensaios adequados determinados em função dascondições de serviço previstas para o equipa-mento, por exemplo, tempo de serviço a tem-peraturas específicas, número de ciclos comníveis de esforços determinados, etc.;

c) Quando necessário, ensaios complementaresrelacionados com outros factores específicosreferidos no n.o 2.2.1, como a corrosão, as agres-sões externas, etc.

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3358 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 136 — 14-6-1999

2.3 — Disposições para garantir a segurança do movi-mento e do funcionamento:

Os equipamentos sob pressão devem funcionar demodo que da sua utilização não resultem riscos razoa-velmente previsíveis. Deve-se prestar especial atenção,quando adequado, a:

– Dispositivos de abertura e fecho;– Descargas perigosas provenientes das válvulas de

segurança;– Dispositivos de impedimento do acesso físico

enquanto exista pressão ou vácuo;– Temperaturas à superfície, atendendo à utiliza-

ção prevista;– Decomposição dos fluidos instáveis.

Em particular os equipamentos sob pressão munidosde obturadores amovíveis devem ser equipados com umdispositivo automático ou manual que permita ao ope-rador certificar-se facilmente de que a abertura do obtu-rador não apresenta perigo. Além disso, no caso de essaabertura poder ser accionada rapidamente, o equipa-mento sob pressão deve ser equipado com um dispositivoque impeça a abertura enquanto a pressão ou a tem-peratura do fluido apresentarem perigo.

2.4 — Meios de inspecção:a) Os equipamentos sob pressão devem ser projec-

tados de modo a permitir a realização de todas as ins-pecções necessárias para garantir a sua segurança.

b) Devem prever-se meios de verificação das con-dições interiores do equipamento sob pressão, quandoisso for necessário para garantir a segurança permanentedo equipamento, tais como aberturas de acesso que per-mitam o acesso físico ao interior do equipamento, porforma que as inspecções adequadas possam ser efec-tuadas de modo seguro e ergonómico.

c) Podem utilizar-se outros meios para determinarse o equipamento sob pressão se encontra em condiçõesconformes com os requisitos de segurança:

– Caso as suas reduzidas dimensões impossibilitemo acesso físico ao seu interior; ou

– Caso a abertura do equipamento sob pressãopossa alterar as condições no seu interior; ouainda

– Caso se tenha comprovado que a substância quecontém não é prejudicial para o material de queo equipamento sob pressão é constituído e quenão é razoavelmente previsível qualquer outromecanismo de degradação interna.

2.5 — Meios de purga e ventilação:Devem prever-se meios adequados de purga e ven-

tilação do equipamento sob pressão, quando necessário:

– Para evitar efeitos prejudiciais, como o golpe dearíete, o colapso por vácuo, a corrosão e reacçõesquímicas incontroladas. Devem ter-se em contatodas as fases de funcionamento e ensaio e, emparticular, o ensaio de pressão;

– Para permitir a limpeza, a verificação e a manu-tenção em condições de segurança.

2.6 — Corrosão e outras formas de ataque químico:Quando necessário, deverá prever-se uma sobrees-

pessura ou uma protecção contra a corrosão e outrasformas de ataque químico, atendendo à utilização pre-vista e razoavelmente previsível.

2.7 — Desgaste:Caso possam ocorrer condições de acentuada erosão

ou abrasão, devem ser adoptadas medidas adequadaspara:

– Minimizar o seu efeito através de um projectoadequado, prevendo, por exemplo, sobreespes-suras ou utilizando materiais de revestimentointerior ou exterior;

– Permitir a substituição das peças mais afectadas;– Chamar a atenção, nas instruções referidas no

n.o 3.4, para as medidas a tomar para permitiruma utilização segura do equipamento.

2.8 — Conjuntos:Os conjuntos devem ser concebidos por forma a:

– Que os elementos a ligar sejam adequados e fiá-veis para a função pretendida;

– Permitir a integração adequada de todos os ele-mentos e a sua correcta união.

2.9 — Disposições relativas ao enchimento e des-carga:

Se necessário, o equipamento sob pressão deve serprojectado e equipado com acessórios adequados quegarantam a segurança do enchimento e descarga, oudeve permitir a sua instalação, especialmente tendo emvista os seguintes riscos:

a) No que respeita ao enchimento:

– O sobreenchimento ou a sobrepressuriza-ção, tendo em conta, designadamente, ataxa de enchimento e a pressão do vaporà temperatura de referência;

– A instabilidade do equipamento sob pres-são;

b) No que respeita à descarga: a libertação des-controlada do fluido pressurizado;

c) No que respeita ao enchimento e à descarga:as ligações e cortes perigosos.

2.10 — Protecção para que não sejam excedidos oslimites admissíveis do equipamento sob pressão:

Se, em condições razoavelmente previsíveis, puderemser excedidos os limites admissíveis, o equipamento sobpressão deve dispor ou poder dispor de dispositivos deprotecção adequados, a menos que a protecção sejagarantida por outros dispositivos de protecção integra-dos no conjunto.

O dispositivo adequado ou a combinação de dispo-sitivos adequados devem ser determinados em funçãodas características específicas do equipamento ou doconjunto e das suas condições de funcionamento.

Os dispositivos de protecção e suas combinaçõescompreendem:

a) Os acessórios de segurança tal como definidosna alínea d) do artigo 2.o;

b) Consoante os casos, dispositivos de monitori-zação adequados, como indicadores ou alarmes,que permitam tomar, automática ou manual-mente, medidas adequadas para manter o equi-pamento sob pressão dentro dos limites admis-síveis.

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3359N.o 136 — 14-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A

2.11 — Acessórios de segurança:2.11.1 — Os acessórios de segurança devem:

– Ser projectados e construídos por forma a seremfiáveis e adequados para as condições de fun-cionamento previstas e a ter em conta os requi-sitos em matéria de manutenção e ensaio dosdispositivos, se aplicável;

– Ser independentes das outras funções, a menosque a sua função de segurança não possa serafectada por essas outras funções;

– Respeitar os princípios de concepção adequadospara obter uma protecção adaptada e fiável.Estes princípios incluem, entre outros, a segu-rança positiva, a redundância, a diversidade eo autocontrolo.

2.11.2 — Dispositivos limitadores de pressão:Estes dispositivos devem ser concebidos de forma que

a pressão não exceda de forma permanente a pressãomáxima admissível PS; é, contudo, admitido umaumento de curta duração da pressão acima desse valor,em conformidade, quando adequado, com as prescriçõesdo n.o 7.3.

2.11.3 — Dispositivos de controlo da temperatura:Por razões de segurança, estes dispositivos deverão

ter um tempo de resposta adequado, que deverá sercompatível com a função de medição.

2.12 — Incêndios exteriores:Sempre que seja necessário, o equipamento sob pres-

são deve ser projectado e, se apropriado, dispor ou poderdispor de acessórios adequados para satisfazer as exi-gências relativas à limitação dos danos em caso de incên-dio de origem externa, atendendo, designadamente, aofim a que se destina.

3 — Fabrico:3.1 — Processos de fabrico:O fabricante deve assegurar a correcta execução do

disposto na fase de projecto, através da aplicação detécnicas e métodos adequados, especialmente no quese refere a:

3.1.1 — Preparação dos componentes:A preparação dos componentes (por exemplo, a

enformação e a chanfragem) não deve dar origem adefeitos nem a fissuras ou alterações das característicasmecânicas que sejam susceptíveis de prejudicar a segu-rança do equipamento sob pressão.

3.1.2 — Juntas definitivas:As juntas definitivas e as zonas adjacentes não devem

apresentar quaisquer defeitos superficiais ou internossusceptíveis de prejudicar a segurança do equipamento.

As propriedades das juntas definitivas devem corres-ponder às propriedades mínimas especificadas para osmateriais a unir, salvo se nos cálculos de projecto foremespecificamente tidos em conta outros valores de pro-priedades correspondentes.

No caso dos equipamentos sob pressão, as ligaçõespermanentes das partes que contribuem para a resis-tência do equipamento à pressão e das partes que lheestão directamente ligadas devem ser efectuadas porpessoal com o grau de qualificação adequado e utili-zando métodos de trabalho qualificados.

Os métodos de trabalho e o pessoal devem, no casodos equipamentos sob pressão das classes de risco II,

III e IV, ser aprovados por uma entidade terceira com-petente, que pode ser, à escolha do fabricante:

– Um organismo notificado;– Uma entidade terceira reconhecida por um

Estado membro, nos termos do artigo 14.o

Para proceder às aprovações, a referida entidade ter-ceira deve realizar ou mandar realizar os exames eensaios especificados nas normas harmonizadas perti-nentes, ou exames e ensaios equivalentes.

3.1.3 — Ensaios não destrutivos:Os ensaios não destrutivos das juntas definitivas dos

equipamentos sob pressão devem ser realizados por pes-soal qualificado com o grau de habilitações adequado.Para os equipamentos sob pressão ou conjuntos das clas-ses de risco III e IV, esse pessoal deve ter sido aprovadopor uma entidade terceira reconhecida por um Estadomembro, nos termos do artigo 14.o

3.1.4 — Tratamento térmico:Caso o processo de fabrico possa alterar as proprie-

dades dos materiais de tal forma que seja susceptívelde afectar a integridade do equipamento sob pressão,deve proceder-se a um tratamento térmico adequadona fase de fabrico mais indicada.

3.1.5 — Rastreabilidade:Devem ser criados e mantidos processos adequados

para a identificação, por meios apropriados, das partesdo equipamento que contribuem para a resistência àpressão, desde a recepção, passando pela produção, atéao ensaio final do equipamento sob pressão fabricado.

3.2 — Verificação final:Os equipamentos sob pressão devem ser submetidos

à verificação final que a seguir se descreve.3.2.1 — Exame final:Os equipamentos sob pressão deverão ser submetidos

a um exame final destinado a verificar a observânciados requisitos essenciais de segurança, tanto por meiode uma inspecção visual, como através do controlo dadocumentação que acompanha o equipamento. Nestecaso, poderão ser tidos em conta os ensaios efectuadosdurante o fabrico. Se a segurança do equipamento oexigir, este exame final será efectuado no interior e noexterior de todas as partes do equipamento, eventual-mente durante o processo de produção (por exemplo,no caso de essas partes já não serem acessíveis nomomento do exame final).

3.2.2 — Ensaio:A verificação final dos equipamentos sob pressão deve

incluir um ensaio de resistência à pressão, que assumiránormalmente a forma de um ensaio hidroestático a umapressão pelo menos igual, quando adequado, ao valorfixado no n.o 7.4.

No caso dos equipamentos da classe I fabricados emsérie, este ensaio pode ser realizado numa base esta-tística.

Caso o ensaio de pressão hidroestática seja prejudicialou impossível de realizar, poderão ser efectuados outrosensaios de valor reconhecido. Para os ensaios que nãosejam o ensaio de pressão hidroestática, e antes da suarealização, devem ser tomadas medidas complementa-res, tais como ensaios não destrutivos ou outros métodosde eficácia equivalente.

3.2.3 — Exame dos dispositivos de segurança:No caso dos conjuntos, a verificação final incluirá

igualmente um exame dos acessórios de segurança, des-

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3360 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 136 — 14-6-1999

tinado a verificar se foram integralmente respeitadosos requisitos do n.o 2.10.

3.3 — Marcação e rotulagem:Para além da marcação «CE» referida no artigo 11.o,

devem ser fornecidas as seguintes informações:

a) No que respeita a todos os equipamentos sobpressão:

– Nome e endereço ou outros meios de iden-tificação do fabricante e, se aplicável, doseu mandatário estabelecido na Comuni-dade;

– Ano de fabrico;– Identificação do equipamento sob pressão

consoante a sua natureza, como por exem-plo indicação do tipo, da série ou do lotee do número de fabrico;

– Limites essenciais máximos/mínimosadmissíveis;

b) Consoante o tipo de equipamento sob pressão,informações adicionais necessárias à segurançada instalação, do funcionamento ou da utiliza-ção e, se aplicável, da manutenção e da ins-pecção periódica, como:

– Volume (V) do equipamento sob pressão,em litros;

– Dimensão nominal dos tubos (DN);– Pressão de ensaio (PT) aplicada, expressa

em bar, e data do ensaio;– Pressão, em bar, para que estão regulados

os dispositivos de segurança;– Potência do equipamento sob pressão, em

kilowatt;– Tensão da alimentação, em volts;– Utilização prevista;– Razão de enchimento em quilogra-

mas/litros;– Massa máxima de enchimento, em qui-

logramas;– Tara, em quilogramas;– Grupo a que pertencem os produtos;

c) Se necessário, serão afixadas no equipamentosob pressão advertências que chamem a atençãopara os erros de utilização evidenciados pelaexperiência.

A marcação «CE» e as informações necessárias devemser apostas no equipamento sob pressão ou numa chapade características nele solidamente fixada, com asseguintes excepções:

– Se for caso disso, pode ser utilizado um docu-mento adequado para evitar a marcação repetidade elementos individuais, tais como componen-tes de tubagens, destinados ao mesmo conjunto.Isto aplica-se à marcação «CE» e às outras mar-cações e rótulos referidos no presente anexo;

– Se o equipamento sob pressão for demasiadopequeno, como no caso dos acessórios, a infor-mação referida na alínea b) pode ser dada numaetiqueta solta presa ao referido equipamento sobpressão;

– Podem ser utilizados rótulos, etiquetas ou outrosmeios adequados para a identificação do con-

teúdo e para as advertências referidas na alí-nea c), desde que se mantenham legíveis duranteo tempo necessário.

3.4 — Instruções de serviço:a) Aquando da sua colocação no mercado, os equi-

pamentos sob pressão devem, tanto quanto necessário,ser acompanhados de um manual de instruções des-tinado ao utilizador e que contenha todas as informaçõesúteis para garantir a segurança:

– Da montagem, incluindo a ligação de diferentesequipamentos sob pressão;

– Do arranque;– Da utilização;– Da manutenção, incluindo os controlos pelo

utilizador.

b) O manual de instruções deve conter as informaçõesapostas no equipamento sob pressão nos termos don.o 3.3, com excepção da identificação da série, e deveeventualmente ser acompanhado de documentação téc-nica, bem como dos desenhos de diagramas necessáriospara uma perfeita compreensão das instruções.

c) Se for caso disso, o manual de instruções devechamar também a atenção para os riscos decorrentesde uma má utilização nos termos do n.o 1.3, e paraas características de concepção especiais de acordo como n.o 2.2.3.

3.5 — Língua portuguesa:As informações a que se referem os n.os 3.3 e 3.4

deste anexo devem estar redigidas em língua portuguesa.4 — Materiais:Os materiais utilizados no fabrico de equipamentos

sob pressão devem ser adequados a tal aplicação durantetodo o período de vida previsto destes últimos, a menosque se preveja a sua substituição.

Os materiais de soldadura e os outros materiais deligação apenas devem satisfazer adequadamente osrequisitos correspondentes dos n.os 4.1 e 4.2, alínea a),e do primeiro parágrafo do n.o 4.3, tanto individual-mente como após utilização.

4.1 — Os materiais destinados às partes sujeitas apressão devem:

a) Possuir características adequadas para todas ascondições de serviço razoavelmente previsíveise para as condições de ensaio e, nomeadamente,ser suficientemente dúcteis e tenazes. As carac-terísticas destes materiais deverão respeitar, seaplicável, os requisitos do n.o 7.5. Deve-se, alémdisso, e se necessário, proceder, em particular,a uma selecção adequada dos materiais porforma a prevenir uma eventual ruptura frágil;se, por motivos específicos, tiver de ser utilizadoum material frágil, devem ser tomadas medidasadequadas;

b) Ser suficientemente resistentes do ponto de vistaquímico aos fluidos que o equipamento sobpressão deverá conter. As propriedades físicase químicas necessárias a uma utilização seguranão devem ser significativamente afectadas pelofluido durante o período de vida previsto dosequipamentos;

c) Não ser significativamente sensíveis ao enve-lhecimento;

d) Ser adequados para os processos de transfor-mação previstos;

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3361N.o 136 — 14-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A

e) Ser escolhidos de modo a evitar efeitos nega-tivos importantes quando haja que unir mate-riais diferentes.

4.2 — a) O fabricante do equipamento sob pressãodeverá definir convenientemente os valores necessáriospara os cálculos de projecto referidos no n.o 2.2.3, bemcomo as características essenciais dos materiais e dasua utilização enumeradas no n.o 4.1.

b) O fabricante fará constar da documentação técnicaos elementos respeitantes ao cumprimento das prescri-ções deste diploma relativas aos materiais, que se reves-tirão de uma das seguintes formas:

– Utilização de materiais em conformidade comas normas harmonizadas;

– Utilização de materiais que tenham sido objectode uma aprovação europeia de materiais paraequipamentos sob pressão, de acordo com oartigo 10.o;

– Avaliação específica dos materiais.

c) No que respeita aos equipamentos sob pressão per-tencentes às classes III e IV, a avaliação específica refe-rida no terceiro travessão da alínea b) será efectuadapelo organismo notificado encarregado dos procedimen-tos de avaliação da conformidade do equipamento sobpressão.

4.3 — O fabricante do equipamento deve tomar asmedidas adequadas para se certificar de que o materialutilizado está conforme com as prescrições necessárias.Devem, nomeadamente, ser obtidos para todos os mate-riais documentos passados pelos respectivos fabricantesque atestem a conformidade desses materiais com umadada prescrição.

O certificado relativo às principais partes sujeitas apressão dos equipamentos das classes II, III e IV deverábasear-se num controlo específico do produto.

Sempre que o fabricante dos materiais possua umsistema de garantia da qualidade adequado e certificadopor um organismo competente estabelecido na Comu-nidade e que tenha sido objecto de uma avaliação espe-cífica para os materiais, presumir-se-á que os certificadospor ele emitidos traduzem a conformidade com os requi-sitos aplicáveis do presente número.

Requisitos específicos para determinados equipamentos sob pressão

Para além dos requisitos aplicáveis constantes das sec-ções 1 a 4, aplicam-se os requisitos que se seguem.

5 — Equipamentos sob pressão aquecidos por chamaou de outro modo sujeitos ao risco de sobreaquecimento,referidos no n.o 1 do artigo 4.o:

Estes equipamentos sob pressão abrangem:

– Geradores de vapor e de água sobreaquecidareferidos no n.o 1.2 do artigo 4.o, tais como cal-deiras de vapor e água sobreaquecida a fogo nu,sobreaquecedores e reaquecedores, caldeiras derecuperação de calor, caldeiras de incineraçãode resíduos, caldeiras eléctricas de eléctrodo oudo tipo de imersão e panelas de pressão, bemcomo os respectivos acessórios e, se aplicável,os respectivos sistemas de tratamento da águade alimentação, de abastecimento de combus-tível; e

– Equipamento de produção de calor para finsindustriais que não o de geração de vapor e deágua sobreaquecida, abrangidos pelo n.o 1.1 do

artigo 4.o, tais como aquecedores para processosquímicos e outros processos análogos e equipa-mento sob pressão para transformação de ali-mentos.

O referido equipamento sob pressão deve ser cal-culado, projectado e construído por forma a evitar ouminimizar o risco de uma perda de contenção signi-ficativa por sobreaquecimento. Deve-se, designada-mente, consoante os casos, garantir que:

a) Sejam fornecidos dispositivos de protecção ade-quados para limitar parâmetros de funciona-mento como a absorção e as perdas de calore, quando aplicável, o nível do fluido, por formaa evitar qualquer risco de sobreaquecimentolocal ou generalizado;

b) Sejam previstos pontos de recolha de amostras,quando necessário, para avaliar as propriedadesdo fluido, a fim de evitar riscos decorrentes daformação de depósitos ou da corrosão;

c) Sejam adoptadas medidas adequadas para eli-minar os riscos de danos provocados por depó-sitos;

d) Sejam previstos meios de eliminação segura docalor residual após a paragem;

e) Sejam previstas disposições para evitar uma acu-mulação perigosa de misturas inflamáveis desubstâncias combustíveis e ar, ou o retomo dachama.

6 — Tubagens na acepção do n.o 1.3 do artigo 4.o:O projecto e a construção devem assegurar que:

a) O risco de sobretensões resultantes da ocorrên-cia de movimentos livres inadmissíveis ou daprodução de forças excessivas, por exemplo emflanges, ligações, compensadores, mangueirasou tubos flexíveis, seja devidamente controladoatravés do recurso a meios como apoios, refor-ços, ancoragem, alinhamento e pré-esforço;

b) No que respeita a fluidos gasosos, quando hajaa possibilidade de condensação no interior dostubos, existam meios de drenagem e remoçãodos depósitos das zonas mais baixas, a fim deevitar danos decorrentes do golpe de aríete ouda corrosão;

c) Se atenda aos possíveis danos decorrentes daturbulência e da formação de vórtices. Apli-cam-se as disposições relevantes do n.o 2.7;

d) Se atenda convenientemente ao risco de fadigadevido às vibrações nos tubos;

e) Se se tratar da contenção de fluidos do grupo I,sejam previstos meios adequados para isolar astubagens de medida e colheita de amostras queapresentem riscos significativos devido às suasdimensões;

f) O risco de descarga acidental seja minimizadoe os pontos de medida e colheita de amostrassejam claramente marcados sobre a parte fixa,indicando o fluido contido;

g) A posição e o trajecto das tubagens e condutassubterrâneas conste, pelo menos, da documen-tação técnica, por forma a facilitar a manuten-ção, inspecção ou reparação em condições desegurança.

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3362 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 136 — 14-6-1999

7 — Requisitos quantitativos para determinados equi-pamentos sob pressão:

As disposições que se seguem são aplicáveis de umaforma geral. Todavia, quando não forem aplicadas,nomeadamente por os materiais não se encontraremespecificamente referidos e não serem aplicadas normasharmonizadas, o fabricante terá de provar que forampostas em prática disposições adequadas para propor-cionar um nível de segurança geral equivalente.

As disposições estabelecidas neste ponto completamos requisitos essenciais dos n.os 1 a 6, para os equi-pamentos sob pressão a que estas se aplicam.

7.1 — Tensões admissíveis:7.1.1 — Símbolos:

Re/t, limite de elasticidade, designa o valor à tem-peratura de cálculo, segundo os casos:

– Do limite elástico superior de um materialque apresente um limite elástico inferiore superior;

– Do limite de elasticidade convencional a1,0% para o aço austenítico e para o alu-mínio sem liga;

– Do limite de elasticidade convencional a0,2% nos restantes casos;

Rm/20 designa o valor mínimo da resistência à trac-ção a 20oC;

Rm/t designa a resistência à tracção à temperaturade cálculo.

7.1.2 — A tensão geral de membrana admissível paracargas predominantemente estáticas e para temperatu-ras situadas fora de gama em que os fenómenos defluência são significativos não deve ser superior aomenor dos valores seguidamente indicados, consoanteo material utilizado:

– No caso do aço ferrítico, incluindo o aço nor-malizado (aço laminado) e excluindo os aços degrão fino e os aços submetidos a tratamento tér-mico especial, dois terços de Re/t e 5/12 de Rm/20;

– No caso do aço austenítico:

– Se o seu alongamento após ruptura for supe-rior a 30%, dois terços de Re/t;

– Ou, em alternativa, e se o seu alongamentoapós ruptura for superior a 35%, cinco sex-tos de Re/t e um terço de Rm/t;

– No caso do aço vazado não ligado ou fracamenteligado, 10/19 de Re/t e um terço de Rm/20;

– No caso do alumínio, dois terços de Re/t;– No caso das ligas de alumínio que não possam

ser temperadas, dois terços de Re/t e 5/12 de Rm/20;

7.2 — Coeficientes de junta:Para as juntas soldadas, o coeficiente de junta deve

ser, no máximo, igual ao seguinte valor:

– Para os equipamentos sujeitos a ensaios destru-tivos e não destrutivos que permitam verificarque nenhuma das juntas apresenta defeitos sig-nificativos: 1;

– Para os equipamentos que são objecto de ensaiosnão destrutivos por amostragem: 0,85;

– Para os equipamentos que não são submetidosa ensaios não destrutivos para além de uma ins-pecção visual: 0,7.

O tipo de solicitação e as propriedades mecânicase tecnológicas da junta devem igualmente ser tomadosem consideração, se necessário.

7.3 — Dispositivos limitadores de pressão, em espe-cial para os recipientes sob pressão:

A sobrepressão momentânea referida no n.o 2.11.2deve ser limitada a 10% da pressão máxima admissível.

7.4 — Pressão de ensaio hidroestático:Para os recipientes sob pressão, a pressão de ensaio

hidroestático referida no n.o 3.2.2 deve ser igual à maiselevada das seguintes pressões:

– A pressão correspondente à carga máxima quepode suportar o equipamento em serviço, tendoem conta a sua pressão máxima admissível e asua temperatura máxima admissível, multipli-cada pelo coeficiente 1,25;

– A pressão máxima admissível multiplicada pelocoeficiente 1,43.

7.5 — Características dos materiais:A menos que sejam exigidos valores diferentes ao

abrigo de outros critérios a que seja necessário atender,um aço será considerado suficientemente dúctil parasatisfazer a alínea a) do n.o 4.1 se o seu alongamentoapós ruptura num ensaio à tracção efectuado por ummétodo normalizado for, no mínimo, igual a 14% ese a sua resiliência determinada em provete ISO-V forpelo menos igual a 27 J a uma temperatura no máximoigual a 20oC mas não superior à temperatura mínimade funcionamento prevista.

ANEXO II

Tabelas de avaliação de conformidade

1 — As referências às diversas categorias de módulosnas tabelas são as seguintes:

Classe I = módulo A;Classe II = módulos A1, D1, E1;Classe III = módulos B1 + D, B1 + F, B + E,

B + C1, H;Classe IV = módulos B + D, B + F, G, H1.

2 — Os acessórios de segurança definidos na alínea d)do artigo 2.o e referidos no n.o 1.4 do artigo 4.o sãoclassificados na classe IV. Todavia, a título de excepção,os acessórios de segurança fabricados para equipamen-tos específicos podem ser classificados na mesma classeque o equipamento a proteger.

3 — Os acessórios sob pressão definidos na alínea e)do artigo 2.o e referidos no n.o 1.4 do artigo 4.o sãoclassificados em função:

– Da respectiva pressão máxima admissível PS;– Do seu volume próprio V ou da sua dimensão

nominal DN, consoante o caso; e– Do grupo de fluidos a que se destinam;

para precisar a categoria de avaliação da conformidade,aplica-se a tabela correspondente para recipientes outubagens.

Caso o volume e a dimensão nominal sejam ambosconsiderados adequados para efeitos do segundo tra-vessão supra, o acessório sob pressão deve ser classi-ficado na classe de risco mais elevada.

4 — As linhas de demarcação nas tabelas de avaliaçãoda conformidade que se seguem indicam o limite supe-rior para cada classe.

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3363N.o 136 — 14-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A

TABELA N.o 1

Recipientes referidos no n.o 1.1, alínea a), primeiro travessão, do artigo 4.o

A título de excepção, os recipientes destinados a con-ter gases instáveis que, pela aplicação da tabela n.o 1,pertençam às classes I ou II devem ser classificados naclasse III.

TABELA N.o 2

Recipientes referidos no n.o 1.1, alínea a), segundo travessão, do artigo 4.o

A título de excepção, os extintores portáteis e as gar-rafas para aparelhos de respiração devem ser classifi-cados pelo menos na classe III.

TABELA N.o 3

Recipientes referidos no n.o 1.1, alínea b), primeiro travessão, do artigo 4.o

TABELA N.o 4

Recipientes referidos no n.o 1.1, alínea b), segundo travessão, do artigo 4.o

A título de excepção, os conjuntos previstos para aprodução de água aquecida referidos no n.o 2.3 doartigo 4.o serão sujeitos quer a um exame do projecto(módulo B1), a fim de verificar a sua conformidadecom os requisitos essenciais previstos nos n.os 2.10, 2.11,3.4, 5, alínea a), e 5, alínea d), do anexo I quer a umsistema de garantia total da qualidade (módulo H).

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3364 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 136 — 14-6-1999

TABELA N.o 5

Equipamentos sob pressão referidos no n.o 1.2 do artigo 4.o

A título de excepção, as panelas de pressão serãoobjecto de um controlo da concepção de acordo comum processo de verificação correspondente, pelo menos,a um dos módulos da classe III.

TABELA N.o 6

Tubagens referidas no n.o 1.3, alínea a), primeiro travessão, do artigo 4.o

A título de excepção, as tubagens destinadas a gasesinstáveis que, pela aplicação da tabela n.o 6, pertençamàs classes I e II devem ser classificadas na classe III.

TABELA N.o 7

Tubagens referidas no n.o 1.3, alínea a), segundo travessão, do artigo 4.o

A título de excepção, todas as tubagens que conte-nham líquidos a uma temperatura superior a 350oC eque, pela aplicação da tabela n.o 7, pertençam à classe IIdevem ser classificadas na classe III.

TABELA N.o 8

Tubagens referidas no n.o 1.3, alínea b), primeiro travessão, do artigo 4.o

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3365N.o 136 — 14-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A

TABELA N.o 9

Tubagens referidas no n.o 1.3, alínea b), segundo travessão, do artigo 4.o

ANEXO III

Processos de avaliação de conformidade

As obrigações que resultam do disposto no presenteanexo relativamente aos equipamentos sob pressão sãoigualmente aplicáveis no caso dos conjuntos.

Módulo A (controlo interno de fabrico)

1 — Este módulo descreve o procedimento medianteo qual o fabricante, ou o seu mandatário estabelecidona Comunidade que cumpra as obrigações referidas non.o 2, garante e declara que o equipamento sob pressãosatisfaz os requisitos deste diploma que lhe são apli-cáveis. O fabricante ou o seu mandatário estabelecidona Comunidade, deve apor a marcação «CE» em todosos equipamentos sob pressão e redigir uma declaraçãode conformidade.

2 — O fabricante elaborará a documentação técnicadescrita no n.o 3; o próprio fabricante ou o seu man-datário estabelecido na Comunidade manterá essa docu-mentação à disposição das autoridades nacionais, paraefeitos de inspecção, por um prazo de 10 anos a contarda data de fabrico do último equipamento sob pressão.

Quando nem o fabricante nem o seu mandatário seencontrarem estabelecidos na Comunidade, a obrigaçãode manter a documentação técnica à disposição cabeà pessoa responsável pela colocação do equipamentosob pressão no mercado comunitário.

3 — A documentação técnica deverá permitir a ava-liação de conformidade do equipamento sob pressãocom os requisitos deste diploma que lhe sejam aplicáveise incluir, desde que tal seja necessário para essa ava-liação, o projecto, o fabrico e o funcionamento do equi-pamento sob pressão, e conter:

– Uma descrição geral do equipamento sob pres-são;

– Desenhos de projecto e de fabrico, bem comoesquemas dos componentes, subconjuntos, cir-cuitos, etc.;

– As descrições e explicações necessárias à com-preensão dos referidos desenhos e esquemas edo funcionamento do equipamento sob pressão;

– Uma lista das normas referidas no artigo 6.o totalou parcialmente aplicadas e uma descrição dassoluções adoptadas para satisfazer os requisitosessenciais, quando não tiverem sido aplicadasas normas referidas no artigo 6.o;

– Os resultados dos cálculos de projecto, dos exa-mes efectuados, etc.;

– Os relatórios dos ensaios.

4 — O fabricante ou o seu mandatário estabelecidona Comunidade devem conservar, com a documentaçãotécnica, um exemplar da declaração de conformidade.

5 — O fabricante adoptará todas as medidas neces-sárias para que o processo de fabrico garanta a con-formidade do equipamento sob pressão fabricado coma documentação técnica mencionada no n.o 2 e comos requisitos deste diploma que lhe sejam aplicáveis.

Módulo A1 (controlo interno do fabrico com vigilânciada verificação final)

Para além dos requisitos previstos no módulo A, sãoaplicáveis as seguintes disposições:

A verificação final será sujeita a vigilância sob a formade visitas sem aviso prévio por parte de um organismonotificado escolhido pelo fabricante.

Durante essas visitas, o organismo notificado deve:

– Certificar-se de que o fabricante está efectiva-mente a proceder à verificação final nos termosdo n.o 3.2 do anexo I;

– Proceder à recolha de equipamentos sob pressãonos locais de fabrico ou de armazenagem paraefeitos de controlo. O organismo notificado ajui-zará do número de equipamentos a recolher,bem como da necessidade de efectuar ou mandarefectuar a totalidade ou parte da verificação finalnos equipamentos sob pressão recolhidos.

No caso de um ou mais equipamentos sob pressãonão estarem conformes, o organismo notificado tomaráas medidas adequadas.

O fabricante aporá o número de identificação do orga-nismo notificado em cada equipamento sob pressão, soba responsabilidade do referido organismo.

Módulo B (exame CE de tipo)

1 — Este módulo descreve a parte do procedimentomediante a qual um organismo notificado verifica e cer-tifica que um exemplar representativo da produção emcausa observa as disposições deste diploma que lhe sãoaplicáveis.

2 — O requerimento de exame CE de tipo é apre-sentado pelo fabricante ou pelo seu mandatário esta-belecido na Comunidade a um único organismo noti-ficado da sua escolha.

O requerimento incluirá:

– O nome e endereço do fabricante e, se o reque-rimento for feito pelo mandatário, o nome eendereço deste último;

– Uma declaração escrita que indique que omesmo requerimento não foi dirigido a nenhumoutro organismo notificado;

– A documentação técnica descrita no n.o 3.

O requerente porá à disposição do organismo noti-ficado um exemplar representativo da produção em

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3366 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 136 — 14-6-1999

causa, a seguir denominado «tipo». O organismo noti-ficado pode exigir exemplares suplementares, se tal fornecessário para executar o programa de ensaio.

Um tipo pode abranger diversas variantes do equi-pamento sob pressão, desde que as diferenças entre elasnão afectem o nível de segurança.

3 — A documentação técnica deverá permitir a ava-liação da conformidade do equipamento sob pressãocom os requisitos aplicáveis deste diploma, devendoabranger o projecto, o fabrico e o funcionamento doequipamento sob pressão e conter, se necessário paraa avaliação:

– Uma descrição global do tipo;– Desenhos de projecto e de fabrico, bem como

esquemas dos componentes, subconjuntos, cir-cuitos, etc.;

– As descrições e explicações necessárias à com-preensão dos referidos desenhos e esquemas edo funcionamento do equipamento sob pressão;

– Uma lista das normas referidas no artigo 6.o totalou parcialmente aplicadas e uma descrição dassoluções adoptadas para satisfazer os requisitosessenciais deste diploma, quando não tiveremsido aplicadas as normas referidas no artigo 6.o;

– Os resultados dos cálculos de projecto, dos exa-mes efectuados, etc.;

– Os relatórios dos ensaios;– Os elementos relativos aos ensaios previstos no

âmbito do fabrico;– Os elementos relativos às qualificações ou apro-

vações exigidas nos termos do disposto nosn.os 3.1.2 e 3.1.3 do anexo I.

4 — O organismo notificado deve:4.1 — Examinar a documentação técnica, verificar se

o tipo foi produzido em conformidade com esta e iden-tificar os elementos que tenham sido projectados deacordo com as disposições aplicáveis das normas refe-ridas no artigo 6.o, bem como os elementos cujo projectonão se baseia nessas normas.

O organismo notificado deve, em especial:

– Examinar a documentação técnica relativa aoprojecto e aos processos de fabrico;

– Avaliar os materiais utilizados quando estes nãoestiverem em conformidade com as normas har-monizadas aplicáveis ou com uma aprovaçãoeuropeia de materiais para equipamentos sobpressão e verificar o certificado passado pelofabricante dos materiais de acordo com o n.o 4.3do anexo I;

– Aprovar os processos de montagem definitiva daspeças ou verificar se foram anteriormente apro-vados, de acordo com o n.o 3.1.2 do anexo I;

– Verificar se o pessoal que procede à montagemdefinitiva das peças e aos ensaios não destrutivosé qualificado ou aprovado nos termos dosn.os 3.1.2 ou 3.1.3 do anexo I.

4.2 — Executar ou mandar executar os controlos ade-quados e os ensaios necessários para verificar se as solu-ções adoptadas pelo fabricante satisfazem os requisitosessenciais quando não tiverem sido aplicadas as normasreferidas no artigo 6.o

4.3 — Executar ou mandar executar os controlos ade-quados e os ensaios necessários para verificar se, casoo fabricante tenha optado pela aplicação das normaspertinentes, estas foram realmente aplicadas.

4.4 — Acordar com o requerente o local de execuçãodos controlos e ensaios necessários.

5 — Se o tipo corresponder às disposições aplicáveisdeste diploma, o organismo notificado passará ao reque-rente um certificado de exame CE de tipo. Este cer-tificado, cuja validade será de 10 anos e renovável,incluirá o nome e endereço do fabricante, as conclusõesdo controlo e os dados necessários para a identificaçãodo tipo aprovado.

Será apensa ao certificado uma lista dos elementospertinentes da documentação técnica, devendo o orga-nismo notificado conservar uma cópia.

O organismo notificado que recusar a um fabricanteou ao respectivo mandatário estabelecido na Comuni-dade o certificado de exame CE de tipo deve justificarcircunstanciadamente essa recusa. Deve ser previsto umprocesso de recurso.

6 — O requerente informará o organismo notificadoque detém a documentação técnica relativa ao certi-ficado de exame CE de tipo de todas as modificaçõesintroduzidas no equipamento sob pressão aprovado, quedeverá ser objecto de uma nova aprovação se tais modi-ficações forem susceptíveis de afectar a conformidadedo equipamento sob pressão com os requisitos essenciaisou as condições de utilização previstas. Esta nova apro-vação será dada sob a forma de uma adenda ao cer-tificado de exame CE de tipo inicial.

7 — Cada organismo notificado deve comunicar aosEstados membros todas as informações pertinentessobre os certificados de exame CE de tipo por si reti-rados e, se tal lhe for solicitado, sobre os certificadosque tiver emitido.

Cada organismo notificado deve também comunicaraos restantes organismos notificados todas as informa-ções pertinentes sobre os certificados de exame CE detipo que tiver retirado ou recusado.

8 — Os outros organismos notificados podem obtercópias dos certificados de exame CE de tipo e ou dassuas adendas. Os anexos dos certificados serão mantidosà disposição dos outros organismos notificados.

9 — O fabricante ou o seu mandatário estabelecidona Comunidade devem conservar, juntamente com adocumentação técnica, cópias dos certificados de exameCE de tipo e respectivas adendas, por um período de10 anos a contar da data de fabrico do último equi-pamento sob pressão.

Se nem o fabricante nem o seu mandatário estiveremestabelecidos na Comunidade, a obrigação de mantera documentação técnica à disposição cabe ao respon-sável pela colocação do produto no mercado comu-nitário.

Módulo B1 (exame CE do projecto)

1 — Este módulo descreve a parte do procedimentomediante a qual um organismo notificado verifica eatesta que o projecto de um equipamento sob pressãosatisfaz as disposições deste diploma que lhe sãoaplicáveis.

O método de concepção experimental previsto non.o 2.2.4 do anexo I não pode ser aplicado no âmbitodo presente módulo.

2 — O fabricante ou o seu mandatário estabelecidona Comunidade devem apresentar um pedido de exameCE do projecto junto de um único organismo notificado.

O pedido deve incluir:

– O nome e endereço do fabricante e, se o pedidofor apresentado pelo mandatário, o nome eendereço deste;

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3367N.o 136 — 14-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A

– Uma declaração escrita especificando quenenhum pedido idêntico foi apresentado a outroorganismo notificado;

– A documentação técnica descrita no n.o 3.

O pedido pode abranger várias versões do equipa-mento sob pressão, desde que as diferenças entre elasnão afectem o nível de segurança.

3 — A documentação técnica deve possibilitar a ava-liação da conformidade do equipamento sob pressãocom os requisitos aplicáveis deste diploma, devendoabranger o projecto, o fabrico e o funcionamento doequipamento sob pressão. Deverá ainda conter, senecessário para a avaliação:

– Uma descrição geral do equipamento sob pres-são;

– Desenhos de projecto e de fabrico, bem comoesquemas dos componentes, subconjuntos, cir-cuitos, etc.;

– As descrições e explicações necessárias à com-preensão dos referidos desenhos e esquemas edo funcionamento do equipamento sob pressão;

– Uma lista das normas referidas no artigo 6.o,total ou parcialmente aplicadas, e uma descriçãodas soluções adoptadas para satisfazer os requi-sitos essenciais quando não tiverem sido apli-cadas as normas referidas no artigo 6.o;

– Os elementos necessários para provar a adequa-ção das soluções adoptadas para o projecto, espe-cialmente se não tiverem sido integralmente apli-cadas as normas referidas no artigo 6.o Esseselementos de prova devem incluir os resultadosdos ensaios efectuados por laboratório compe-tente (do fabricante ou externo);

– Os resultados dos cálculos de projecto, dos con-trolos efectuados, etc.;

– Os elementos relativos às qualificações ou apro-vações exigidas nos termos do disposto nosn.os 3.1.2 e 3.1.3 do anexo I.

4 — O organismo notificado deve:4.1 — Examinar a documentação técnica e identificar

os elementos que tenham sido projectados de acordocom as disposições aplicáveis das normas referidas noartigo 6.o, bem como os elementos que tenham sidoprojectados sem recurso às disposições aplicáveis dessasnormas.

O organismo notificado deve, em especial:

– Avaliar os materiais utilizados, se não estiveremem conformidade com as normas harmonizadasaplicáveis ou com uma aprovação europeia demateriais para o equipamento sob pressão;

– Aprovar os processos de montagem definitiva daspeças, ou verificar se eles foram anteriormenteaprovados, em conformidade com o n.o 3.1.2 doanexo I;

– Verificar se o pessoal que procede à montagemdefinitiva das peças e aos ensaios não destrutivosé qualificado ou aprovado nos termos dosn.os 3.1.2 e 3.1.3 do anexo I;

4.2 — Realizar os exames necessários para verificarse, caso as normas referidas no artigo 6.o não tenhamsido aplicadas, as soluções adoptadas pelo fabricantesatisfazem os requisitos essenciais;

4.3 — Realizar os exames necessários para verificarse, caso o fabricante tenha optado pela aplicação dasnormas pertinentes, estas foram realmente aplicadas.

5 — Se o projecto estiver em conformidade com asdisposições aplicáveis deste diploma, o organismo noti-ficado passará ao requerente um certificado de exameCE do projecto, que conterá o nome e o endereço dorequerente, as conclusões do exame efectuado, as con-dições em que é válido e os dados necessários paraa identificação do projecto aprovado.

Será apensa ao certificado uma lista dos elementospertinentes da documentação técnica, devendo o orga-nismo notificado conservar uma cópia.

O organismo notificado que recusar a um fabricanteou ao seu mandatário estabelecido na Comunidade ocertificado de exame CE do projecto deve justificar cir-cunstanciadamente essa recusa. Deverá prever-se a pos-sibilidade de recorrer dessa decisão.

6 — O requerente informará o organismo notificadoque detém a documentação técnica relativa ao certi-ficado de exame CE do projecto de todas as modifi-cações introduzidas no projecto aprovado, que deveráser objecto de uma aprovação adicional se tais modi-ficações forem susceptíveis de afectar a conformidadedo equipamento sob pressão com os requisitos essenciaisou as condições de utilização previstas. Esta nova apro-vação será dada sob a forma de uma adenda ao cer-tificado de exame CE do projecto inicial.

7 — Cada organismo notificado deve comunicar aosEstados membros todas as informações pertinentessobre os certificados de exame CE de projecto por siretirados e, se tal lhe for solicitado, sobre os certificadosque tiver emitido.

Cada organismo notificado deve também comunicaraos restantes organismos notificados todas as informa-ções pertinentes sobre os certificados de exame CE deprojecto que tiver retirado ou recusado.

8 — Os outros organismos notificados podem, apedido, obter informações pertinentes sobre:

– As emissões de certificados de exame CE de pro-jecto e de adendas a esses certificados;

– As retiradas de certificados de exame CE de pro-jecto e de adendas a esses certificados.

9 — O fabricante ou o seu mandatário estabelecidona Comunidade deve conservar, juntamente com a docu-mentação técnica referida no n.o 3, cópias dos certi-ficados de exame CE de projecto e suas adendas porum período de 10 anos a contar da data de fabricodo último equipamento sob pressão.

Se nem o fabricante nem o seu mandatário estiveremestabelecidos na Comunidade, a obrigação de mantera documentação técnica à disposição cabe ao respon-sável pela colocação do produto no mercado comu-nitário.

Módulo C1 (conformidade com o tipo)

1 — Este módulo descreve a parte do procedimentopelo qual o fabricante ou o seu mandatário estabelecidona Comunidade garantem e declaram que o equipa-mento sob pressão se encontra em conformidade como tipo descrito no certificado de exame CE de tipo epreenche os requisitos deste diploma que lhe são apli-cáveis. O fabricante ou o seu mandatário estabelecidona Comunidade deve apor a marcação «CE» em todosos equipamentos sob pressão e redigir uma declaraçãode conformidade.

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3368 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 136 — 14-6-1999

2 — O fabricante deve tomar todas as medidas neces-sárias para que o processo de fabrico assegure a con-formidade do equipamento sob pressão fabricado como tipo descrito no certificado de exame CE de tipo ecom os requisitos deste diploma que lhe são aplicáveis.

3 — O fabricante ou o seu mandatário estabelecidona Comunidade deve conservar um exemplar da decla-ração de conformidade por um período de 10 anos acontar da data de fabrico do último equipamento sobpressão.

Quando nem o fabricante nem o seu mandatário seencontrarem estabelecidos na Comunidade, a obrigaçãode manter a documentação técnica à disposição cabeao responsável pela colocação do equipamento sob pres-são no mercado comunitário.

4 — A verificação final será sujeita a vigilância soba forma de visitas sem aviso prévio por parte de umorganismo notificado escolhido pelo fabricante.

Durante essas visitas, o organismo notificado deverá:

– Certificar-se de que o fabricante procede efec-tivamente à verificação final em conformidadecom o n.o 3.2 do anexo I;

– Proceder à recolha de equipamentos sob pressãonos locais de fabrico ou de armazenagem paraefeitos de controlo. O organismo notificado ajui-zará do número de equipamentos a recolher,bem como da necessidade de efectuar ou mandarefectuar a totalidade ou parte da verificação finalnos equipamentos sob pressão recolhidos.

No caso de um ou mais equipamentos sob pressãonão estarem conformes, o organismo notificado tomaráas medidas adequadas.

O fabricante aporá o número de identificação do orga-nismo notificado em cada equipamento sob pressão, soba responsabilidade do referido organismo.

Módulo D (garantia da qualidade da produção)

1 — Este módulo descreve o procedimento medianteo qual o fabricante que cumpre as obrigações referidasno n.o 2 garante e declara que os equipamentos sobpressão em causa são conformes com o tipo descritono certificado de exame CE de tipo ou no certificadoCE do projecto e satisfazem os requisitos deste diplomaque lhes são aplicáveis. O fabricante ou o seu mandatárioestabelecido na Comunidade deve apor a marcação«CE» em todos os equipamentos sob pressão e redigiruma declaração de conformidade. A marcação «CE»deve ser acompanhada do número de identificação doorganismo notificado responsável pela vigilância descritano n.o 4.

2 — O fabricante deve aplicar um sistema da qua-lidade aprovado para a produção, inspecção e ensaiodo produto final, de acordo com o disposto no n.o 3,e ficará sujeito à vigilância referida no n.o 4.

3 — Sistema da qualidade:3.1 — O fabricante apresentará, a um organismo noti-

ficado da sua escolha, um requerimento para avaliaçãodo seu sistema da qualidade.

Esse requerimento deve incluir:

– Todas as informações necessárias sobre o equi-pamento sob pressão em causa;

– A documentação relativa ao sistema da qua-lidade;

– A documentação técnica do tipo aprovado e umacópia do certificado de exame CE de tipo (oudo certificado de exame CE do projecto).

3.2 — O sistema da qualidade deve garantir a con-formidade do equipamento sob pressão com o tipodescrito no certificado de exame CE de tipo ou no cer-tificado de exame CE do projecto e com os requisitosdeste diploma que lhe são aplicáveis.

Todos os elementos, requisitos e disposições adop-tados pelo fabricante devem ser reunidos de modo sis-temático e ordenados numa documentação, sob a formade orientações, procedimentos e instruções escritas. Adocumentação relativa ao sistema da qualidade devepermitir uma interpretação uniforme dos programas,planos, manuais e registos da qualidade.

Em especial, a documentação deve conter uma descri-ção adequada:

– Dos objectivos da qualidade, do organogramae das responsabilidades e competências dos qua-dros em relação à qualidade do equipamentosob pressão;

– Das técnicas, processos e medidas sistemáticasa aplicar no fabrico, no controlo e garantia daqualidade, nomeadamente processos de monta-gem definitiva das peças aprovadas nos termosdo n.o 3.1.2 do anexo I;

– Dos exames e ensaios a executar antes, durantee depois do fabrico, com indicação da frequênciacom que serão efectuados;

– Dos registos da qualidade, tais como relatóriosde inspecção e dados de ensaios e calibração,relatórios de qualificação ou aprovação do pes-soal envolvido, nomeadamente do pessoal queprocede à montagem definitiva das peças e aosensaios não destrutivos de acordo com osn.os 3.1.2 e 3.1.3 do anexo I;

– Dos meios de vigilância que permitem controlara obtenção da qualidade exigida dos produtose a eficácia de funcionamento do sistema daqualidade.

3.3 — O organismo notificado deve avaliar o sistemada qualidade para determinar se o mesmo satisfaz osrequisitos referidos no n.o 3.2. Os elementos do sistemada qualidade que correspondam à norma harmonizadaaplicável deverão ser considerados conformes com osrequisitos correspondentes do n.o 3.2.

O grupo de auditores deverá incluir, pelo menos, ummembro com experiência no domínio da avaliação datecnologia do equipamento sob pressão em causa. Oprocesso de avaliação deve implicar uma visita às ins-talações do fabricante.

O fabricante será notificado da decisão. Esta noti-ficação deverá conter as conclusões do controlo e a deci-são de avaliação fundamentada. Deve ser previsto umprocesso de recurso.

3.4 — O fabricante comprometer-se-á a cumprir asobrigações decorrentes do sistema da qualidade apro-vado e a mantê-lo de forma que permaneça adequadoe eficaz.

O fabricante ou o seu mandatário estabelecido naComunidade deve manter informado o organismo noti-ficado que aprovou o sistema da qualidade de qualquerprojecto de adaptação do sistema da qualidade.

O organismo notificado deve avaliar as alterações pro-postas e decidir se o sistema da qualidade alterado con-tinua a preencher os requisitos referidos no n.o 3.2 ouse é necessária uma nova avaliação.

O organismo notificado deve notificar o fabricanteda sua decisão. Esta notificação deverá conter as con-clusões do controlo e a decisão de avaliação funda-mentada.

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3369N.o 136 — 14-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A

4 — Vigilância sob a responsabilidade do organismonotificado:

4.1 — O objectivo da vigilância é garantir que o fabri-cante cumpra devidamente as obrigações decorrentesdo sistema da qualidade aprovado.

4.2 — O fabricante deve permitir que o organismonotificado tenha acesso às instalações de fabrico, ins-pecção, ensaio e armazenamento, para efectuar a ava-liação, devendo facultar-lhe todas as informações neces-sárias, em especial:

– A documentação do sistema da qualidade;– Os registos da qualidade, tais como relatórios

de inspecção e dados de ensaio, dados de cali-bração, relatórios de qualificação do pessoalenvolvido, etc.

4.3 — O organismo notificado deve efectuar audito-rias periódicas para verificar se o fabricante mantéme aplica o sistema da qualidade e deve apresentar aofabricante um relatório das mesmas. A frequência dasauditorias periódicas será a necessária para que sejaefectuada uma reavaliação completa de três em trêsanos.

4.4 — Além disso, o organismo notificado pode efec-tuar visitas sem aviso prévio às instalações do fabricante.A necessidade destas visitas suplementares e a sua fre-quência serão determinadas com base num sistema decontrolo por meio de visitas gerido pelo organismo noti-ficado. No referido sistema de controlo serão tomadosem consideração particularmente os seguintes factores:

– Classe do equipamento;– Resultados das visitas de vigilância anteriores;– Necessidade de assegurar o acompanhamento de

medidas de correcção;– Condições especiais relacionadas com a apro-

vação do sistema, se for esse o caso;– Alterações significativas da organização do

fabrico, das medidas ou das técnicas.

Durante essas visitas, o organismo notificado pode,se necessário, realizar ou mandar realizar ensaios paraverificar se o sistema da qualidade está a funcionar cor-rectamente. O organismo notificado deve fornecer aofabricante um relatório da visita e, se tiver sido efectuadoalgum ensaio, um relatório do ensaio.

5 — O fabricante manterá à disposição das autori-dades nacionais, por um período de 10 anos a contarda data de fabrico do último equipamento sob pressão:

– A documentação referida no segundo travessãodo n.o 3.1;

– As adaptações referidas no segundo parágrafodo n.o 3.4;

– As decisões e relatórios do organismo notificadoreferidos no último parágrafo do n.o 3.3, noúltimo parágrafo do n.o 3.4 e nos n.os 4.3 e 4.4.

6 — Cada organismo notificado comunicará aos Esta-dos membros as informações pertinentes sobre as apro-vações de sistemas da qualidade por si retiradas e, setal lhe for solicitado, sobre as aprovações que tiveremitido.

Cada organismo notificado deve também comunicaraos restantes organismos notificados todas as informa-ções pertinentes sobre as aprovações de sistemas da qua-lidade que tiver retirado ou recusado.

Módulo D1 (garantia da qualidade de produção)

1 — Este módulo descreve o procedimento pelo qualo fabricante que cumpre as obrigações do n.o 3 garantee declara que os equipamentos sob pressão em causasatisfazem os requisitos deste diploma que lhes são apli-cáveis. O fabricante ou o seu mandatário estabelecidona Comunidade deve apor a marcação «CE» em cadaequipamento sob pressão e passar uma declaração deconformidade. A marcação «CE» deve ser acompanhadado número de identificação do organismo notificado res-ponsável pela vigilância comunitária descrita no n.o 5.

2 — O fabricante elaborará a documentação técnicaadiante descrita:

A documentação técnica deve permitir avaliar a con-formidade do equipamento sob pressão com os requi-sitos correspondentes deste diploma, devendo abrangero projecto, o fabrico e o funcionamento do equipamentosob pressão e incluir, na medida em que tal seja neces-sário para essa avaliação:

– Uma descrição geral do equipamento sob pres-são;

– Desenhos de projecto e de fabrico, bem comoesquemas dos componentes, subconjuntos, cir-cuitos, etc.;

– As descrições e explicações necessárias à com-preensão dos referidos desenhos e esquemas edo funcionamento do equipamento sob pressão;

– Uma lista das normas referidas no artigo 6.o totalou parcialmente aplicadas e uma descrição dassoluções adoptadas para satisfazer os requisitosessenciais, quando não tiverem sido aplicadasas normas referidas no artigo 6.o;

– Os resultados dos cálculos de projecto, dos exa-mes efectuados, etc.;

– Os relatórios dos ensaios.

3 — O fabricante deverá dispor de um sistema daqualidade aprovado para a produção, inspecção e ensaiodo produto final, de acordo com o disposto no n.o 4,e ficará sujeito à vigilância descrita no n.o 5.

4 — Sistema da qualidade:4.1 — O fabricante apresentará um pedido de ava-

liação do seu sistema da qualidade a um organismo noti-ficado da sua escolha.

O pedido deve incluir:

– Todas as informações necessárias sobre os equi-pamentos sob pressão em causa;

– A documentação relativa ao sistema da qua-lidade.

4.2 — O sistema da qualidade deve garantir a con-formidade do equipamento sob pressão com os requi-sitos deste diploma que lhe são aplicáveis.

Todos os elementos, requisitos e disposições adop-tados pelo fabricante devem ser reunidos de modo sis-temático e ordenados numa documentação, sob a formade medidas, procedimentos e instruções escritas.

A documentação relativa ao sistema da qualidadedeve permitir uma interpretação uniforme dos progra-mas, planos, manuais e registos da qualidade.

Em especial, deve conter uma descrição adequada:

– Dos objectivos da qualidade, do organogramae das responsabilidades e competências dos qua-dros em relação à qualidade do equipamentosob pressão;

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3370 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 136 — 14-6-1999

– Das técnicas, processos e medidas sistemáticasa aplicar no fabrico, no controlo e garantia daqualidade, nomeadamente processos de monta-gem definitiva das peças aprovadas nos termosdo n.o 3.1.2 do anexo I;

– Dos exames e ensaios a executar antes, durantee depois do fabrico, com indicação da frequênciacom que serão efectuados;

– Dos registos da qualidade, tais como relatóriosde inspecção e dados de ensaio e calibração, rela-tórios de qualificação ou aprovação do pessoalenvolvido, nomeadamente do pessoal que pro-cede à montagem definitiva das peças, de acordocom o n.o 3.1.2 do anexo I;

– Dos meios de vigilância que permitem controlara obtenção da qualidade exigida dos produtose a eficácia de funcionamento do sistema daqualidade.

4.3 — O organismo notificado deve avaliar o sistemada qualidade para determinar se o mesmo satisfaz osrequisitos referidos no n.o 4.2. Os elementos do sistemada qualidade que correspondam à norma harmonizadarelevante deverão ser considerados conformes com osrequisitos correspondentes do n.o 4.2.

O grupo de auditores deverá incluir, pelo menos, ummembro com experiência no domínio da avaliação datecnologia do equipamento sob pressão em causa.

O processo de avaliação deve implicar uma visita àsinstalações do fabricante.

O fabricante será notificado da decisão. Esta noti-ficação deverá conter as conclusões do controlo e a deci-são de avaliação fundamentada. Deve ser previsto umprocesso de recurso.

4.4 — O fabricante comprometer-se-á a cumprir asobrigações decorrentes do sistema da qualidade apro-vado e a mantê-lo de forma que permaneça adequadoe eficaz.

O fabricante ou o seu mandatário estabelecido naComunidade deve manter informado o organismo noti-ficado que aprovou o sistema de qualidade de qualquerprojecto de adaptação do sistema da qualidade.

O organismo notificado deve avaliar as modificaçõespropostas e decidir se o sistema da qualidade alteradocontinua a preencher os requisitos referidos no n.o 4.2ou se é necessária uma nova avaliação.

O organismo notificado deve notificar o fabricanteda sua decisão. Esta notificação deverá conter as con-clusões do controlo e a decisão de avaliação funda-mentada.

5 — Vigilância sob a responsabilidade do organismonotificado:

5.1 — O objectivo da vigilância é garantir que o fabri-cante cumpra devidamente as obrigações decorrentesdo sistema da qualidade aprovado.

5.2 — O fabricante deve permitir que o organismonotificado tenha acesso às instalações de fabrico, ins-pecção, ensaio e armazenamento, para efectuar a ava-liação, devendo facultar-lhe todas as informações neces-sárias, em especial:

– A documentação do sistema da qualidade;– Os registos da qualidade, tais como relatórios

de inspecção e dados de ensaio e de calibração,relatórios de qualificação do pessoal envolvido,etc.

5.3 — O organismo notificado deve efectuar audito-rias periódicas para verificar se o fabricante mantém

e aplica o sistema da qualidade e deve apresentar aofabricante um relatório das mesmas. A frequência dasauditorias periódicas será a necessária para que sejaefectuada uma reavaliação completa de três em trêsanos.

5.4 — Além disso, o organismo notificado pode efec-tuar visitas sem aviso prévio às instalações do fabricante.A necessidade destas visitas suplementares e a sua fre-quência serão determinadas com base num sistema decontrolo por meio de visitas gerido pelo organismo noti-ficado. No referido sistema de controlo serão tomadosem consideração particularmente os seguintes factores:

– Classe do equipamento;– Resultados das visitas de vigilância anteriores;– Necessidade de assegurar o acompanhamento de

medidas de correcção;– Condições especiais relacionadas com a apro-

vação do sistema, se for esse o caso;– Alterações significativas da organização do

fabrico, das medidas ou das técnicas.

Durante essas visitas, o organismo notificado pode,se necessário, realizar ou mandar realizar ensaios paraverificar se o sistema da qualidade está a funcionar cor-rectamente. O organismo notificado deve fornecer aofabricante um relatório da visita e, se tiver sido efectuadoalgum ensaio, um relatório do ensaio.

6 — O fabricante manterá à disposição das autori-dades nacionais, por um período de 10 anos a contarda data de fabrico do último equipamento sob pressão:

– A documentação técnica referida no n.o 2;– A documentação referida no segundo travessão

do n.o 4.2;– As adaptações referidas no segundo parágrafo

do n.o 4.4;– As decisões e relatórios do organismo notificado

referidos no último parágrafo do n.o 4.3, noúltimo parágrafo do n.o 4.4 e nos n.os 5.3 e 5.4.

7 — Cada organismo notificado comunicará aos Esta-dos membros as informações pertinentes sobre as apro-vações de sistemas da qualidade por si retiradas e, setal lhe for solicitado, sobre as aprovações que tiveremitido.

Cada organismo notificado deve também comunicaraos restantes organismos notificados todas as informa-ções pertinentes sobre as aprovações de sistemas da qua-lidade que tiver retirado ou recusado.

Módulo E (garantia da qualidade dos produtos)

1 — Este módulo descreve o procedimento pelo qualo fabricante que cumpre as obrigações do n.o 2 garantee declara que os equipamentos sob pressão estão con-formes com o tipo descrito no certificado de exame CEde tipo e satisfazem os requisitos deste diploma quelhes são aplicáveis. O fabricante ou o seu mandatárioestabelecido na Comunidade deve apor a marcação«CE» em cada produto e emitir uma declaração de con-formidade. A marcação «CE» deve ser acompanhadado número de identificação do organismo notificado res-ponsável pela vigilância descrita no n.o 4.

2 — O fabricante deverá dispor de um sistema daqualidade aprovado para a produção, inspecção e ensaiodo produto final, de acordo com o disposto no n.o 3,e ficará sujeito à vigilância descrita no n.o 4.

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3371N.o 136 — 14-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A

3 — Sistema da qualidade:3.1 — O fabricante apresentará um pedido de ava-

liação do seu sistema da qualidade a um organismo noti-ficado da sua escolha.

O pedido deve incluir:

– Todas as informações pertinentes sobre os equi-pamentos sob pressão em causa;

– A documentação relativa ao sistema da qua-lidade;

– A documentação técnica relativa ao tipo apro-vado e uma cópia do certificado de exame CEde tipo.

3.2 — Todos os equipamentos sob pressão devem serexaminados no âmbito do sistema da qualidade, devendoser efectuados os ensaios adequados definidos na ounas normas aplicáveis mencionadas no artigo 6.o, ouensaios equivalentes, e em especial a verificação finalreferida no n.o 3.2 do anexo I, a fim de verificar a suaconformidade com os requisitos correspondentes destediploma.

Todos os elementos, requisitos e disposições adop-tados pelo fabricante devem ser reunidos de modo sis-temático e ordenados numa documentação, sob a formade orientações, procedimentos e instruções escritas.

A documentação relativa ao sistema da qualidadedeve permitir uma interpretação uniforme dos progra-mas, planos, manuais e registos da qualidade.

Em especial, deve conter uma descrição adequada:

– Dos objectivos da qualidade, do organogramae das responsabilidades e competências dos qua-dros em relação à qualidade do equipamentosob pressão;

– Dos controlos e ensaios a efectuar após o fabrico;– Dos meios de vigilância que permitem controlar

o funcionamento eficaz do sistema da qualidade;– Dos registos da qualidade, tais como relatórios

de inspecção e dados de ensaio e de calibração,relatórios de qualificação ou aprovação do pes-soal envolvido, nomeadamente do pessoal queprocede à montagem definitiva das peças e aosensaios não destrutivos, de acordo com osn.os 3.1.2 e 3.1.3 do anexo I.

3.3 — O organismo notificado deve avaliar o sistemada qualidade para determinar se o mesmo satisfaz osrequisitos referidos no n.o 3.2. Os elementos do sistemada qualidade que correspondam à norma harmonizadarelevante deverão ser considerados conformes com osrequisitos correspondentes do n.o 3.2.

O grupo de auditores deverá incluir, pelo menos, ummembro com experiência no domínio da avaliação datecnologia do equipamento sob pressão em causa.

O processo de avaliação incluirá uma visita às ins-talações do fabricante.

O fabricante será notificado da decisão. Esta noti-ficação deverá conter as conclusões do controlo e a deci-são de avaliação fundamentada.

3.4 — O fabricante comprometer-se-á a cumprir asobrigações decorrentes do sistema da qualidade apro-vado e a mantê-lo de forma que permaneça adequadoe eficaz.

O fabricante ou o seu mandatário estabelecido naComunidade deve ter informado o organismo notificadoque aprovou o sistema da qualidade de qualquer pro-jecto de adaptação do sistema da qualidade.

O organismo notificado deve avaliar as alterações pro-postas e decidir se o sistema da qualidade alterado con-tinua a preencher os requisitos referidos no n.o 3.2 ouse é necessária uma nova avaliação.

O organismo notificado deve notificar o fabricanteda sua decisão. Esta notificação deverá conter as con-clusões do controlo e a decisão de avaliação funda-mentada.

4 — Vigilância sob a responsabilidade do organismonotificado:

4.1 — O objectivo da vigilância é garantir que o fabri-cante cumpra devidamente as obrigações decorrentesdo sistema da qualidade aprovado.

4.2 — O fabricante deve permitir que o organismonotificado tenha acesso às instalações de inspecção,ensaio e armazenamento, para efectuar a avaliação,devendo facultar-lhe todas as informações necessárias,em especial:

– A documentação do sistema da qualidade;– A documentação técnica;– Os registos relativos à qualidade, tais como rela-

tórios de inspecção e dados de ensaios e de cali-bração, relatórios de qualificação do pessoalenvolvido, etc.

4.3 — O organismo notificado deve efectuar audito-rias periódicas para verificar se o fabricante mantéme aplica o sistema da qualidade e deve apresentar aofabricante um relatório das mesmas. A frequência dasauditorias periódicas será a necessária para que sejaefectuada uma reavaliação completa de três em trêsanos.

4.4 — Além disso, o organismo notificado pode efec-tuar visitas sem aviso prévio às instalações do fabricante.A necessidade destas visitas suplementares e a sua fre-quência serão determinadas com base num sistema decontrolo por meio de visitas gerido pelo organismo noti-ficado. Serão particularmente tomados em consideraçãoos seguintes factores no referido sistema de controlo:

– Classe do equipamento;– Resultados das visitas de vigilância anteriores;– Necessidade de assegurar o acompanhamento de

medidas de correcção;– Condições especiais relacionadas com a apro-

vação do sistema, se for esse o caso;– Alterações significativas da organização do

fabrico, das medidas ou das técnicas.

Durante essas visitas, o organismo notificado pode,se necessário, realizar ou mandar realizar ensaios paraverificar se o sistema da qualidade está a funcionar cor-rectamente. O organismo notificado deve fornecer aofabricante um relatório da visita e, se tiver sido efectuadoalgum ensaio, um relatório do ensaio.

5 — O fabricante manterá à disposição das autori-dades nacionais, por um período de 10 anos a contarda data de fabrico do último equipamento sob pressão:

– A documentação referida no segundo travessãodo n.o 3.1;

– As adaptações referidas no segundo parágrafodo n.o 3.4;

– As decisões e relatórios do organismo notificadoreferidos no último parágrafo do n.o 3.3, noúltimo parágrafo do n.o 3.4 e nos n.os 4.3 e 4.4.

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3372 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 136 — 14-6-1999

6 — Cada organismo notificado comunicará aos Esta-dos membros as informações pertinentes sobre as apro-vações de sistemas da qualidade por si retiradas e, setal lhe for solicitado, sobre as aprovações que tiveremitido.

Cada organismo notificado deve também comunicaraos restantes organismos notificados todas as informa-ções pertinentes sobre as aprovações de sistemas da qua-lidade que tiver retirado ou recusado.

Módulo E1 (garantia da qualidade dos produtos)

1 — Este módulo descreve o procedimento pelo qualo fabricante que cumpre as obrigações do n.o 3 garantee declara que os equipamentos sob pressão em causasatisfazem os requisitos deste diploma que lhes são apli-cáveis. O fabricante, ou o seu mandatário estabelecidona Comunidade, deve apor a marcação «CE» em cadaequipamento sob pressão e emitir uma declaração deconformidade. A marcação «CE» deve ser acompanhadado número de identificação do organismo notificado res-ponsável pela vigilância descrita no n.o 5.

2 — O fabricante elaborará a documentação técnicaadiante descrita.

A documentação técnica deve permitir avaliar a con-formidade do equipamento sob pressão com os requi-sitos correspondentes deste diploma, devendo abrangero projecto, o fabrico e o funcionamento do equipamentosob pressão e incluir, na medida em que tal seja neces-sário para essa avaliação:

– Uma descrição geral do tipo;– Desenhos de projecto e de fabrico, bem como

esquemas dos componentes, subconjuntos, cir-cuitos, etc.;

– As descrições e explicações necessárias à com-preensão dos referidos desenhos e esquemas edo funcionamento do equipamento sob pressão;

– Uma lista das normas referidas no artigo 6.o totalou parcialmente aplicadas e uma descrição dassoluções adoptadas para satisfazer os requisitosessenciais, quando não tiverem sido aplicadasas normas referidas no artigo 6.o;

– Os resultados dos cálculos de projecto, dos exa-mes efectuados, etc.;

– Os relatórios dos ensaios.

3 — O fabricante deverá dispor de um sistema daqualidade aprovado para a produção, inspecção e ensaiodo produto final, de acordo com o disposto no n.o 4,e ficará sujeito à vigilância descrita no n.o 4.

4 — Sistema da qualidade:4.1 — O fabricante apresentará um pedido de ava-

liação do seu sistema da qualidade a um organismo noti-ficado da sua escolha.

O requerimento deve incluir:

– Todas as informações necessárias sobre os equi-pamentos sob pressão em causa;

– A documentação relativa ao sistema da qua-lidade.

4.2 — No âmbito do sistema da qualidade, todos osequipamentos sob pressão devem ser examinados e sub-metidos aos ensaios adequados definidos na ou nas nor-mas pertinentes referidas no artigo 6.o, ou a ensaiosequivalentes, e em particular à verificação final referida

no n.o 3.2 do anexo I, a fim de verificar a sua con-formidade com os requisitos correspondentes destediploma.

Todos os elementos, requisitos e disposições adop-tados pelo fabricante devem ser reunidos de modo sis-temático e ordenados numa documentação sob a formade medidas, procedimentos e instruções escritas.

A documentação relativa ao sistema da qualidadedeve permitir uma interpretação uniforme dos progra-mas, planos, manuais e registos da qualidade.

Em especial, deve conter uma descrição adequada:

– Dos objectivos da qualidade, do organograma,das responsabilidades e competências dos qua-dros no que respeita à qualidade dos equipa-mentos sob pressão;

– Dos processos de montagem definitiva das peçasaprovados de acordo com o n.o 3.2.1 do anexo I;

– Dos controlos e ensaios a efectuar após o fabrico;– Dos meios de vigilância que permitem controlar

o funcionamento eficaz do sistema da qualidade;– Dos registos da qualidade, tais como relatórios

de inspecção e dados de ensaio e de calibração,relatórios de qualificação ou aprovação do pes-soal envolvido, nomeadamente do pessoal encar-regado da montagem definitiva das peças, nostermos do n.o 3.1.2 do anexo I.

4.3 — O organismo notificado deve avaliar o sistemada qualidade para determinar se satisfaz os requisitosdo n.o 4.2. Os elementos do sistema da qualidade quecorrespondam à norma harmonizada relevante deverãoser considerados conformes com os requisitos corres-pondentes do n.o 4.2.

O grupo de auditores deve incluir, pelo menos, ummembro com experiência no domínio da avaliação datecnologia do equipamento sob pressão em causa.

O procedimento de avaliação deve implicar uma visitaàs instalações do fabricante.

O fabricante será notificado da decisão. Esta noti-ficação deverá conter as conclusões do controlo e a deci-são de avaliação fundamentada. Deve ser previsto umprocesso de recurso.

4.4 — O fabricante comprometer-se-á a cumprir asobrigações decorrentes do sistema da qualidade apro-vado e a mantê-lo de forma que permaneça adequadoe eficaz.

O fabricante ou o seu mandatário estabelecido naComunidade deve manter informado o organismo noti-ficado que aprovou o sistema da qualidade de qualquerprojecto de adaptação do sistema da qualidade.

O organismo notificado deve avaliar as modificaçõespropostas e decidir se o sistema de qualidade alteradocontinua a preencher os requisitos referidos no n.o 4.2ou se é necessária uma nova avaliação.

O organismo notificado deve notificar o fabricanteda sua decisão. Esta notificação deverá conter as con-clusões do controlo e a decisão de avaliação funda-mentada.

5 — Vigilância sob a responsabilidade do organismonotificado:

5.1 — O objectivo da vigilância é garantir que o fabri-cante cumpra devidamente as obrigações decorrentesdo sistema da qualidade aprovado.

5.2 — O fabricante deve permitir que o organismonotificado tenha acesso às instalações de fabrico, ins-pecção, ensaio e armazenamento, para efectuar a ava-

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3373N.o 136 — 14-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A

liação, devendo facultar-lhe todas as informações neces-sárias, em especial:

– A documentação do sistema da qualidade;– A documentação técnica;– Os registos da qualidade, tais como relatórios

de inspecção e dados de ensaio e de calibração,relatórios de qualificação do pessoal envolvido,etc.

5.3 — O organismo notificado deve efectuar audito-rias periódicas para verificar se o fabricante mantéme aplica o sistema da qualidade e deve apresentar aofabricante um relatório das mesmas. A frequência dasauditorias periódicas será a necessária para que sejaefectuada uma reavaliação completa de três em trêsanos.

5.4 — Além disso, o organismo notificado pode efec-tuar visitas sem aviso prévio às instalações do fabricante.A necessidade destas visitas suplementares e a sua fre-quência serão determinadas com base num sistema decontrolo por meio de visitas gerido pelo organismo noti-ficado. Serão particularmente tomados em consideraçãoos seguintes factores no referido sistema de controlo:

– Classe do equipamento;– Resultados das visitas de vigilância anteriores;– Necessidade de assegurar o acompanhamento de

medidas de correcção;– Condições especiais relacionadas com a apro-

vação do sistema, se for esse o caso;– Alterações significativas da organização do

fabrico, das medidas ou das técnicas.

Durante essas visitas, o organismo notificado pode,se necessário, realizar ou mandar realizar ensaios paraverificar se o sistema da qualidade está a funcionar cor-rectamente. O organismo notificado deve fornecer aofabricante um relatório da visita e, se tiver sido efectuadoalgum ensaio, um relatório do ensaio.

6 — O fabricante manterá à disposição das autori-dades nacionais, por um período de 10 anos a contarda data de fabrico do último equipamento sob pressão:

– A documentação técnica referida no n.o 2;– A documentação referida no segundo travessão

do n.o 4.1;– As adaptações referidas no segundo parágrafo

do n.o 4.4;– As decisões e relatórios do organismo notificado

referidos no último parágrafo do n.o 4.3, noúltimo parágrafo do n.o 4.4 e nos n.os 5.3 e 5.4.

7 — Cada organismo notificado comunicará aos Esta-dos membros as informações pertinentes sobre as apro-vações de sistemas da qualidade por si retiradas e, setal lhe for solicitado, sobre as aprovações que tiveremitido.

Cada organismo notificado deve também comunicaraos restantes organismos notificados todas as informa-ções pertinentes sobre as aprovações de sistemas de qua-lidade que tiver retirado ou recusado.

Módulo F (verificação dos produtos)

1 — Este módulo descreve o procedimento medianteo qual o fabricante ou o seu mandatário estabelecidona Comunidade garante e declara que os equipamentos

sob pressão a que se aplica o disposto no n.o 3 estãoconformes com o tipo descrito:

– No certificado de exame CE de tipo; ou– No certificado de exame CE do projecto;

e satisfazem os requisitos pertinentes do presentediploma.

2 — O fabricante adoptará todas as medidas neces-sárias para que o processo de fabrico garanta a con-formidade dos equipamentos sob pressão com o tipodescrito:

– No certificado de exame CE de tipo; ou– No certificado de exame CE do projecto;

e com os requisitos deste diploma que lhes sejamaplicáveis.

O fabricante ou o seu mandatário estabelecido naComunidade devem apor a marcação «CE» em todosos equipamentos sob pressão e emitir uma declaraçãode conformidade.

3 — O organismo notificado deve efectuar os examese ensaios adequados para verificar a conformidade dosequipamentos sob pressão com os requisitos destediploma que lhes são aplicáveis, procedendo a examese ensaios de cada produto, conforme indicado no n.o 4.

O fabricante ou o seu mandatário estabelecido naComunidade deve conservar um exemplar da declaraçãode conformidade por um período de 10 anos a contarda data de fabrico do último equipamento sob pressão.

4 — Verificação dos equipamentos sob pressão atra-vés de controlos e ensaios:

4.1 — Cada equipamento sob pressão deve ser exa-minado individualmente e ser submetido aos examese ensaios adequados definidos na ou nas normas apli-cáveis mencionadas no artigo 6.o ou a exames e ensaiosequivalentes, a fim de verificar a sua conformidade como tipo e com os requisitos deste diploma que lhe sãoaplicáveis.

O organismo notificado deverá, em particular:

– Verificar se o pessoal que procede à montagemdefinitiva das peças e aos ensaios não destrutivospossui a qualificação ou aprovação necessária,nos termos dos n.os 3.1.2 e 3.1.3 do anexo I;

– Verificar o certificado emitido pelo fabricantedos materiais em conformidade com o n.o 4.3do anexo I;

– Efectuar ou mandar efectuar a vistoria final eo ensaio referidos no n.o 3.2 do anexo I e exa-minar os dispositivos de segurança, se aplicável.

4.2 — O organismo notificado deve apor ou mandarapor o seu número de identificação em cada equipa-mento sob pressão e passar um certificado de confor-midade relativo aos ensaios efectuados.

4.3 — O fabricante ou o seu mandatário estabelecidona Comunidade deve poder apresentar os certificadosde conformidade passados pelo organismo notificado,se tal lhes for solicitado.

Módulo G (verificação unitária CE)

1 — Este módulo descreve o procedimento medianteo qual o fabricante garante e declara que um equipa-mento sob pressão para o qual foi emitido o certificadoreferido no n.o 4.1 está conforme com os requisitos destediploma que lhe são aplicáveis. O fabricante deve apora marcação «CE» no equipamento sob pressão e emitiruma declaração de conformidade.

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3374 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 136 — 14-6-1999

2 — Para a verificação unitária, o fabricante recorreráa um organismo notificado à sua escolha.

Do requerimento a apresentar devem constar:

– O nome e endereço do fabricante e o local ondese encontra o equipamento sob pressão;

– Uma declaração escrita afirmando que não foiapresentado um requerimento semelhante aoutro organismo notificado;

– Documentação técnica.

3 — A documentação técnica deve permitir a avalia-ção da conformidade do equipamento sob pressão comos requisitos correspondentes deste diploma, bem comoa compreensão do respectivo projecto, fabrico e fun-cionamento.

A referida documentação deve conter:

– Uma descrição geral do equipamento sob pres-são;

– Desenhos de projecto e de fabrico, bem comoesquemas dos componentes, subconjuntos, cir-cuitos, etc.;

– As descrições e explicações necessárias à com-preensão dos referidos desenhos e esquemas edo funcionamento do equipamento sob pressão;

– Uma lista das normas referidas no artigo 6.o totalou parcialmente aplicadas e uma descrição dassoluções adoptadas para satisfazer os requisitosessenciais deste diploma, quando não tiveremsido aplicadas as normas referidas no artigo 6.o;

– Os resultados dos cálculos de projecto, dos exa-mes efectuados, etc.;

– Os relatórios dos ensaios;– Os elementos adequados relativos à qualificação

dos processos de fabrico e de controlo e à qua-lificação ou aprovação do pessoal correspon-dente, nos termos dos n.os 3.1.2 e 3.1.3 do anexo I.

4 — O organismo notificado procederá a um examedo projecto e da construção de cada equipamento sobpressão e efectuará os ensaios adequados, de acordocom a ou as normas pertinentes referidas no artigo 6.o,ou exames e ensaios equivalentes, para certificar a suaconformidade com os requisitos correspondentes destediploma.

O organismo notificado deverá, em particular:

– Examinar a documentação técnica referente aoprojecto e aos processos de fabrico;

– Avaliar os materiais utilizados sempre que estesnão cumpram as normas harmonizadas que lhessão aplicáveis, ou não tenham sido objecto deuma aprovação europeia de materiais destinadosa equipamentos sob pressão, e verificar, deacordo com o disposto no n.o 4.3 do anexo I,o certificado emitido pelo fabricante do material;

– Aprovar os processos de montagem definitiva daspeças ou verificar se foram aprovados anterior-mente de acordo com o disposto no n.o 3.1.2do anexo I;

– Verificar as qualificações ou aprovações exigidasao abrigo do disposto nos n.os 3.1.2 e 3.1.3 doanexo I;

– Proceder ao exame final referido no n.o 3.2.1do anexo I, efectuar ou mandar efectuar o ensaioreferido no n.o 3.2.2 do mesmo anexo e examinaros dispositivos de segurança, se aplicável.

4.1 — O organismo notificado aporá ou mandará aporo seu número de identificação em cada equipamentosob pressão e emitirá um certificado de conformidadepara cada ensaio que tiver realizado. Esse certificadodeverá ser conservado durante 10 anos.

4.2 — O fabricante, ou o seu mandatário estabelecidona Comunidade, diligenciará no sentido de poder apre-sentar, se lhe forem solicitados, a declaração e o cer-tificado de conformidade emitidos pelo organismonotificado.

Módulo H (garantia total da qualidade)

1 — Este módulo descreve o procedimento medianteo qual o fabricante que cumpre as obrigações referidasno n.o 2 garante e declara que os equipamentos sobpressão em causa satisfazem os requisitos deste diplomaque lhes são aplicáveis. O fabricante, ou o seu man-datário estabelecido na Comunidade, deve apor a mar-cação «CE» em todos os equipamentos sob pressão eemitir uma declaração de conformidade. A marcação«CE» deve ser acompanhada do número de identificaçãodo organismo notificado responsável pela vigilância refe-rida no n.o 4.

2 — O fabricante deverá dispor de um sistema daqualidade aprovado para o projecto, o fabrico, a ins-pecção final e os ensaios, de acordo com o dispostono n.o 3, e ficará sujeito à vigilância referida no n.o 4.

3 — Sistema da qualidade:3.1 — O fabricante apresentará a um organismo noti-

ficado da sua escolha um pedido de avaliação do seusistema da qualidade.

Esse pedido deve incluir:

– Todas as informações adequadas sobre os equi-pamentos sob pressão em causa;

– A documentação relativa ao sistema da qua-lidade.

3.2 — O sistema da qualidade deve garantir a con-formidade do equipamento sob pressão com os requi-sitos deste diploma que lhe são aplicáveis.

Todos os elementos, requisitos e disposições adop-tados pelo fabricante devem ser documentados porescrito, de modo sistemático e ordenado, sob a formade medidas, procedimentos e instruções. A documen-tação relativa ao sistema da qualidade deve permitiruma interpretação uniforme das medidas em matériade procedimento e da qualidade, tais como programas,planos, manuais e registos da qualidade.

A referida documentação deve conter, em especial,uma descrição adequada dos seguintes elementos:

– Objectivos da qualidade, estrutura organizativado sistema e responsabilidades e competênciasdos quadros no que respeita à qualidade do pro-jecto e à qualidade dos produtos;

– Especificações técnicas de projecto, incluindo asnormas a aplicar e, caso as normas referidas noartigo 6.o não sejam totalmente aplicadas, quaisos meios a utilizar para garantir o cumprimentodos requisitos essenciais aplicáveis aos equipa-mentos sob pressão;

– Técnicas de controlo e verificação do projecto,processos e medidas sistemáticas a aplicar noprojecto dos equipamentos sob pressão, nomea-damente no que se refere aos materiais referidosno n.o 4 do anexo I;

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3375N.o 136 — 14-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A

– Técnicas, processos e medidas sistemáticas cor-respondentes a adoptar no fabrico, e nomeada-mente processos de montagem definitiva daspeças aprovados em conformidade com on.o 3.1.2 do anexo I, bem como técnicas, pro-cessos e medidas sistemáticas a adoptar para ocontrolo e a garantia da qualidade;

– Exames e ensaios a efectuar antes, durante eapós o fabrico e frequência com que serãorealizados;

– Registos relativos à qualidade, tais como rela-tórios de inspecção e dados de ensaios e de cali-bração, relatórios de qualificação ou aprovaçãodo pessoal envolvido, nomeadamente do pessoalque procede à montagem definitiva das peçase aos ensaios não destrutivos referidos nosn.os 3.1.2 e 3.1.3 do anexo I;

– Meios de vigilância para verificar se no nível exi-gido de qualidade do projecto e do equipamentosob pressão foi ou não atingido e se o sistemade qualidade funciona eficazmente.

3.3 — O organismo notificado avaliará o sistema daqualidade para determinar se ele satisfaz os requisitosconstantes do n.o 3.2. Os elementos do sistema da qua-lidade conformes com a norma harmonizada relevantedeverão ser considerados conformes com os requisitoscorrespondentes do n.o 3.2.

A equipa de auditores deve integrar, pelos menos,um membro com experiência de avaliação no domínioda tecnologia do equipamento sob pressão em causa.O procedimento de avaliação incluirá uma visita de ins-pecção às instalações do fabricante.

O fabricante será notificado da decisão. Esta noti-ficação deverá conter as conclusões do controlo e a deci-são de avaliação fundamentada. Deve ser previsto umprocesso de recurso.

3.4 — O fabricante comprometer-se-á a cumprir asobrigações decorrentes do sistema da qualidade apro-vado e a velar por que o mesmo se mantenha adequadoe eficaz.

O fabricante, ou o seu mandatário estabelecido naComunidade, informará o organismo notificado queaprovou o sistema da qualidade de qualquer eventualadaptação que pretenda introduzir-lhe.

O organismo notificado avaliará as modificações pro-postas e decidirá se o sistema da qualidade modificadocontinua a preencher os requisitos constantes do n.o 3.2ou se é necessária uma reavaliação.

O organismo notificado comunicará a sua decisão aofabricante. Esta notificação deverá conter as conclusõesdo exame e a decisão de avaliação fundamentada.

4 — Vigilância sob a responsabilidade do organismonotificado:

4.1 — A vigilância tem por objectivo verificar se ofabricante cumpre devidamente as obrigações decorren-tes do sistema da qualidade aprovado.

4.2 — O fabricante deve facultar ao organismo noti-ficado a entrada nas instalações de projecto, fabrico,inspecção, ensaio e armazenagem, para efeitos de ava-liação, e fornecer-lhe todas as informações necessárias,em especial:

– A documentação relativa ao sistema da qua-lidade;

– Os registos da qualidade previstos na parte dosistema da qualidade consagrada ao projecto,como resultados de análises, cálculos, ensaios, etc.;

– Os registos da qualidade previstos na parte dosistema da qualidade consagrada ao fabrico,como relatórios de inspecção e dados de ensaiose de calibração, relatórios de qualificação do pes-soal envolvido, etc.

4.3 — O organismo notificado efectuará auditoriasperiódicas para verificar se o fabricante mantém e aplicao sistema da qualidade e fornecerá ao fabricante umrelatório das mesmas. A frequência das auditorias perió-dicas será a necessária para que seja efectuada umareavaliação completa de três em três anos.

4.4 — Além disso, o organismo notificado pode efec-tuar visitas sem aviso prévio às instalações do fabricante.A necessidade destas visitas suplementares e a sua fre-quência serão determinadas com base num sistema decontrolo por meio de visitas gerido pelo organismo noti-ficado. Serão particularmente tomados em consideraçãoos seguintes factores no referido sistema de controlo:

– Classe do equipamento;– Resultados das visitas de vigilância anteriores;– Necessidade de assegurar o acompanhamento de

medidas de correcção;– Condições especiais relacionadas com a apro-

vação do sistema, se for esse o caso;– Alterações significativas da organização do

fabrico, das medidas ou das técnicas.

5 — Durante essas visitas, o organismo notificadopode, se necessário, realizar ou mandar realizar ensaiospara verificar se o sistema da qualidade está a funcionarcorrectamente. O organismo notificado deve fornecerao fabricante um relatório da visita e, se tiver sido efec-tuado algum ensaio, um relatório do ensaio.

O fabricante manterá à disposição das autoridadesnacionais, por um período de 10 anos a contar da datade fabrico do último equipamento sob pressão:

– A documentação referida no segundo parágrafo,segundo travessão, do n.o 3.1;

– As adaptações referidas no segundo parágrafodo n.o 3.4;

– As decisões e os relatórios do organismo noti-ficado referidos no último parágrafo do n.o 3.3,no último parágrafo do n.o 3.4 e nos n.os 4.3e 4.4.

6 — Cada organismo notificado fornecerá aos Esta-dos membros todas as informações pertinentes sobreas aprovações de sistemas da qualidade por si retiradase, se tal for solicitado, sobre as aprovações que tiveremitido.

Cada organismo notificado deve também comunicaraos restantes organismos notificados todas as informa-ções pertinentes sobre as aprovações de sistemas de qua-lidade que tiver retirado ou recusado.

Módulo H1 (garantia total da qualidade, com verificaçãodo projecto e vigilância reforçada da verificação final)

1 — Além dos requisitos do módulo H, aplicar-se-áo seguinte:

a) O fabricante deve apresentar um pedido de con-trolo do projecto a um organismo notificado;

b) O pedido deve permitir compreender o pro-jecto, o fabrico e o funcionamento do equipa-

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3376 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 136 — 14-6-1999

mento sob pressão e a avaliação da sua con-formidade com os requisitos deste diploma quelhe são aplicáveis.

O pedido deve incluir:

– As especificações técnicas de projecto,incluindo as normas aplicadas;

– Os elementos comprovativos necessários àdemonstração da sua adequação, em espe-cial quando não tiverem sido integralmenteaplicadas as normas referidas no artigo 6.oEsses elementos comprovativos devemincluir os resultados dos ensaios efectuadospor laboratório competente (do fabricanteou externo);

c) O organismo notificado deve examinar opedido e, se o projecto estiver conforme comas disposições deste diploma que lhe são apli-cáveis, passar ao requerente um certificado deexame CE do projecto. O certificado deve con-ter as conclusões do exame, as condições emque é válido, os dados necessários à identifi-cação do projecto aprovado e, se necessário,uma descrição do funcionamento do equipa-mento sob pressão ou dos acessórios;

d) O requerente deve informar o organismo noti-ficado que emitiu o certificado de exame CEdo projecto de qualquer modificação introdu-zida no projecto aprovado. As modificaçõesintroduzidas no projecto aprovado devem obteruma aprovação adicional do organismo notifi-cado que emitiu o certificado de exame CE doprojecto, caso possam afectar a conformidadedo equipamento sob pressão com os requisitosessenciais ou as condições de utilização previs-tas. Essa aprovação adicional será concedida soba forma de uma adenda ao certificado de exameCE do projecto inicial;

e) Cada organismo notificado deve também comu-nicar aos outros organismos notificados todasas informações pertinentes sobre os certificadosde exame CE de projecto que tiver retirado ourecusado.

2 — A verificação final referida no n.o 3.2 do anexo Iserá objecto de vigilância reforçada sob a forma de visitassem aviso prévio por parte do organismo notificado.No âmbito dessas visitas, o organismo notificado pro-cederá a verificações dos equipamentos sob pressão.

ANEXO IV

Critérios mínimos a preencher para a designação dos orga-nismos notificados referidos no artigo 13.o e das entidadesterceiras reconhecidas referidas no artigo 14.o

1 — O organismo, o seu director e o pessoal encar-regado de executar as operações de avaliação e veri-ficação não podem ser o projectista, o fabricante, o for-necedor, o instalador ou o utilizador do equipamentosob pressão ou do conjunto a verificar por esse orga-nismo, nem o mandatário de uma dessas pessoas. Estasnão podem intervir directamente no projecto, constru-ção, comercialização ou manutenção do equipamentosob pressão ou do conjunto, nem representar as partesenvolvidas em tais actividades. Isto não impede, porém,a possibilidade de trocas de informações técnicas entreo fabricante do equipamento sob pressão ou do conjuntoe o organismo notificado.

2 — O organismo e o seu pessoal devem executaras operações de avaliação e verificação com a maiorintegridade profissional e a maior competência técnicae não devem estar sujeitos a quaisquer pressões ou incen-tivos, nomeadamente de ordem financeira, que possaminfluenciar a sua apreciação ou os resultados da ins-pecção, em especial a pressões ou incentivos provenien-tes de pessoas, ou grupos de pessoas, interessadas nosresultados das verificações.

3 — O organismo deve dispor de pessoal e possuiros meios necessários para executar devidamente as fun-ções técnicas e administrativas ligadas à realização doscontrolos ou da vigilância; deve igualmente ter acessoao material necessário para efectuar verificações espe-ciais.

4 — O pessoal encarregado dos controlos deve pos-suir:

– Uma adequada formação técnica e profissional;– Um conhecimento satisfatório dos requisitos dos

controlos que efectua e uma experiência ade-quada dessas operações;

– A aptidão necessária para redigir os certificados,registos e relatórios que constituem a prova doscontrolos efectuados.

5 — Deve ser garantida a imparcialidade do pessoalencarregado dos controlos. A remuneração de cadaagente não deve ser função do número de controlosque efectuar, nem dos resultados desses controlos.

6 — O organismo deve fazer um seguro de respon-sabilidade civil, a não ser que essa responsabilidade sejacoberta pelo Estado com base no direito nacional ouque o próprio Estado membro seja directamente res-ponsável pelos controlos.

7 — O pessoal do organismo está sujeito a sigilo pro-fissional (excepto em relação às autoridades adminis-trativas competentes do Estado em que exerce a suaactividade) relativamente a todas as informações queobtiver no exercício das suas funções no âmbito destediploma.

ANEXO V

Marcação «CE»

A marcação «CE» é constituída pela sigla «CE», coma seguinte forma:

Se a marcação «CE» for reduzida ou ampliada, devemser respeitadas as proporções indicadas na figura gra-duada supra.

Os componentes da marcação «CE» devem ter amesma dimensão vertical, que não pode ser inferior a5mm.

ANEXO VI

Declaração de conformidade

A declaração de conformidade CE deverá conter osseguintes elementos:

– Nome e endereço do fabricante ou do seu man-datário estabelecido na Comunidade;

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3377N.o 136 — 14-6-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A

– Descrição do equipamento sob pressão ou doconjunto;

– Processo de avaliação da conformidade aplicado;– No caso dos conjuntos, descrição dos equipa-

mentos sob pressão de que se compõe o conjuntoe processo de avaliação da conformidade apli-cado;

– Se aplicável, nome e endereço do organismonotificado que efectuou o controlo;

– Se aplicável, referência ao certificado de exameCE de tipo, ao certificado CE de projecto ouao certificado CE de conformidade;

– Se aplicável, nome e endereço do organismonotificado responsável pelo controlo do sistemada qualidade do fabricante;

– Se aplicável, números de referência das normasharmonizadas utilizadas;

– Se aplicável, outras especificações técnicas uti-lizadas;

– Se aplicável, referência das restantes directivascomunitárias utilizadas;

– Identificação do signatário com poderes para vin-cular o fabricante ou o seu mandatário estabe-lecido na Comunidade.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS

Decreto-Lei n.o 212/99

de 14 de Junho

O Decreto-Lei n.o 158/91, de 26 de Abril, veio, nodesenvolvimento do regime estabelecido pela Lein.o 109/88, de 26 de Setembro, com a redacção quelhe foi dada pela Lei n.o 46/90, de 22 de Agosto (Leide Bases da Reforma Agrária), regular o regime deentrega em exploração dos prédios expropriados ounacionalizados.

Uma das regras do referido Decreto-Lei n.o 158/91,concretamente o artigo 6.o, n.o 1, impõe limites à áreados prédios a afectar a cada estabelecimento agrícola.

Constata-se, porém, que a fixação de valores mínimose máximos para a constituição de explorações agrícolas,embora meritória no plano teórico, ignorou a realidadejá então existente, pois muitas das explorações em pré-dios do Estado não respeitavam os limites mínimos.

Por força do mencionado preceito tem estado a Admi-nistração impedida de regularizar situações de facto,encontrando-se, assim, muitos agricultores, há váriosanos, explorando parcelas em prédios expropriados ounacionalizados sem qualquer vínculo, ou seja, em con-sequência, sem nenhuma segurança e, portanto, inibidosde qualquer acção de desenvolvimento das explorações,nomeadamente de investimento.

Por outro lado, existem casos de posse de courelasinviáveis, só por si, do ponto de vista económico, masque constituem um meio complementar imprescindívelde subsistência do agregado familiar, casos estes queremontam há décadas e que, como tal, se hão-de con-siderar como costume arreigado nas comunidadesagrícolas.

Também de inquestionável importância são os casosem que a exploração desse tipo de courelas assume um

papel decisivo para a integração desses agregados fami-liares no meio sócio-económico local, promovendo afixação das populações em zonas rurais e contribuindo,deste modo, para evitar o despovoamento dessa zonas.

Nestas circunstâncias, o desapossamento daquelascourelas constituiria, sem dúvida, do ponto de vistasocial, uma violência despropositada.

É, pois, mister que sejam consideradas as inequívocasexpectativas jurídicas de muitos agricultores, o que, emrigor, não é possível à luz do disposto no retromen-cionado artigo 6.o do Decreto-Lei n.o 158/91.

Consequentemente, é premente proceder à alteraçãodaquele artigo, aditando-lhe uma norma de excepçãoque permita a regularização, mediante a celebração decontratos de arrendamento rural, das situações supra-descritas, correspondendo, assim, às justas expectativasdos agricultores, que têm vindo a explorar áreas aquémdos limites impostos.

Assim:No desenvolvimento do regime jurídico estabelecido

pela Lei n.o 86/95, de 1 de Setembro (Lei de Basesdo Desenvolvimento Agrário), e nos termos da alínea c)do n.o 1 do artigo 198.o da Constituição, o Governodecreta o seguinte:

Artigo único

São aditados ao artigo 6.o do Decreto-Lei n.o 158/91,de 26 de Abril, os n.os 3, 4 e 5, com a seguinte redacção:

«3 — Exceptua-se do disposto nos números anterioresas seguintes situações:

a) O prédio ou parte do prédio cuja exploraçãoconstitua relevante complemento da economiado agregado familiar do agricultor, ou contribuapreponderantemente para a sua integração efixação no meio sócio-rural em que se insere;

b) O prédio ou parte do prédio que, apesar denão respeitar os limites da área constantes databela anexa ao presente diploma, tenha vindoa ser racionalmente explorado.

4 — Caberá ao Ministro da Agricultura, do Desen-volvimento Rural e das Pescas autorizar, caso a caso,sob proposta dos serviços regionais, a celebração de con-tratos de arrendamento rural com os agricultores quese encontrem nas situações descritas nas alíneas donúmero anterior, sendo requisito da autorização a ocor-rência de posse de boa fé, pacífica e pública, da parcelaobjecto do contrato.

5 — Os contratos de arrendamento já celebrados àdata da entrada em vigor deste diploma são reconhe-cidos como válidos nos termos do disposto nos númerosanteriores.»

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 22de Abril de 1999. — António Manuel de Oliveira Guter-res — Luís Manuel Capoulas Santos.

Promulgado em 27 de Maio de 1999.

Publique-se.

O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 1 de Junho de 1999.

O Primeiro-Ministro, António Manuel de OliveiraGuterres.