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1 | Revista Petros | Junho de 2006 | Revista Petros Publicação da Fundação Petrobras de Seguridade Social >> Ano IV - Número 33 - Junho de 2006 Portal: www.petros.com.br Atendimento: 0800-56 00 55 Ouvidoria: 21 2506-0855 Convênio com a Caixa começa e m julho e possibilita aquisição de imóveis com os menores juros do mercado ENCARTE especial Esse sonho é pra você também Esse sonho é pra você também SISTEMA PETROBRAS ADEQUAÇÃO DO MODELO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR E PLANO PETROS 2 (O QUE É PRECISO SABERP ARA UMA REP ACTUAÇÃO E ADESÃO CONSCIENTES)

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1| Revista Petros | Junho de 2006 |

RevistaPetrosPublicação da Fundação Petrobras de Seguridade Social

>>

Ano

IV

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de

2006

Portal: www.petros.com.br Atendimento: 0800-56 00 55 Ouvidoria: 21 2506-0855

Convênio com a Caixa começa em julho e possibilitaaquisição de imóveis com os menores juros do mercado

ENCART

E espe

cial

Esse sonhoé pra vocêtambém

Esse sonhoé pra vocêtambém

SISTEMA PETROBRAS

ADEQUAÇÃO DO MODELO DE PREVIDÊNCIA

COMPLEMENTAR E PLANO PETROS 2(O QUE É PRECISO SABER PARA UMA REPACTUAÇÃO E ADESÃO CONSCIENTES)

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3| Revista Petros | Junho de 2006 |

Ponto de Vista

Publicação mensal editada pelaGerência de Comunicaçãoe Relações InstitucionaisGerente| Washington AraújoEditor e Jornalista Responsável| Hélio Pereira (MTb 20.160/SP)Redação| Charles Nascimento (subeditor), Renata Tellese Tatiana Domingues (estagiária)Projeto Editorial| Márcio AraujoDiagramação| Iêda Maria Moraes de OliveiraIlustração| Luiz César Cabral de MenezesImpressão| Esdeva Indústria GráficaTiragem| 96 mil exemplares

DIRETORIA EXECUTIVAPresidente| Wagner Pinheiro de OliveiraDiretores| Maurício França Rubem, Ricardo Malavazie Sergio Queiroz LyraSecretário-Geral| Newton Carneiro da Cunha

CONSELHO DELIBERATIVOTitulares| Wilson Santarosa (presidente), Diego Hernandes,Fernando Leite Siqueira, José Lima de Andrade Neto, PauloCésar Chamadoiro Martin e Yvan Barretto de Carvalho

Suplentes| Ari Marques de Araújo, Armando RamosTripodi, Claudio Alberto de Souza, Henyo Trindade Barreto,Nelson Sá Gomes Ramalho e Newton Carneiro da Cunha

CONSELHO FISCALTitulares| Paulo Teixeira Brandão (presidente), GuilhermeGomes Vasconcellos, Maria Angélica Ferreira da Silva eRogério Gonçalves Mattos

Suplentes| Antonio Luiz Vianna de Souza, Marcos AntonioSilva Menezes, Reginaldo Barreto Correa e Rodolfo HuhnE-Mail| [email protected]

RevistaPetros>>

ENDEREÇORua do Ouvidor, 98 | Centro | CEP: 20040-030 | Rio de Janeiro | RJ

Telefone| 21 2506-0335 | Portal| www.petros.com.br | E-Mail| [email protected]

Filiada à

Junho de 2006 vai ficar marcado como o mêsinaugural do processo de implantação do novomodelo de previdência complementar no SistemaPetrobras. Verdadeira conquista dos empregadosda ativa, aposentados e pensionistas – visto ter sidofruto de ampla negociação entre a Petrobras, a FUPe os sindicatos –, a proposta prevê a repactuaçãodo Regulamento do Plano Petros/Sistema Petrobraspara os ativos e assistidos e a criação do PlanoPetros 2 para todos os empregados da ativa,inclusive os atualmente sem plano.

O novo modelo, cujo acordo de obrigaçõesrecíprocas para sua implementação foi assinado dia31 de maio pela companhia e representação dospetroleiros (FUP e sindicatos), contempla antigasreivindicações e propõe soluções definitivas para osproblemas estruturais e financeiros do plano atual.Entendemos que só a sustentabilidade dos planos (oatual e o Petros 2) pode assegurar a tão almejadatranqüilidade dos participantes e fornece uma basede apoio para uma gestão centrada na transformaçãoda entidade no maior fundo multipatrocinado do país.

Ao longo dos últimos três anos, desde a criaçãodo grupo técnico de previdência complementar, aPetros vem se preparando técnica e estruturalmentepara este importante momento. Foi um período degrande empenho de nossa área técnica e de intensosdebates com todos os atores do processo. Estamos

agora capacitados para essa etapa, tanto pararecepção dos acordos individuais como para forneceras orientações solicitadas por nossos participantes.

Reforçamos a importância de adesão maciça àrepactuação, uma das condicionantes para seencaminhar o equacionamento do Plano Petros/Sistema Petrobras e Petros 2 para aprovação daSecretaria de Previdência Complementar, e nossadefesa do novo modelo não é mera figura de retórica.Representa nossa crença de que a proposta - não édemais repetir, construída com a representação dospetroleiros – é a melhor possível para o saneamentode um problema crônico que se arrastava há anos.

Outro motivo de júbilo para esta gestão foi ointeresse despertado pelos participantes em aderir aoconvênio firmado pela Fundação com a Caixa e queentram em operação na primeira semana de julho.Também não é para menos...os interessados naaquisição de imóveis novos e usados poderão usufruirde crédito habitacional com uma redução de 0,5% a2% ao ano e financiar até 100% do valor do bem.

Trata-se da menor taxa de juros do país e possibilitaa concretização de um sonho de milhares departicipantes da ativa, aposentados e pensionistas...éa Petros cada vez mais atuando em prol datranqüilidade e segurança de seus participantes.

Diretoria Executiva

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Fórum

CEFJacírio Inácio Assunção, Curitiba (PR), mat. 094766-4, via e-mail

Convênio habitacional com a Caixa, comos menores juros do país, entra emoperação em julho – Página 10

AINDA:Página 5 – Concurso de Contos já tem semifinalistas

Página 6 – Cartilha Petros do Estatuto do Idoso é

relançada no Retiro dos Artistas

Página 7 – Anapar debate o sistema em seu 7º

Congresso

Página 14 – Imprensa destaca participação da

Petros no Novo Mercado

Página 18 – O ministro da Previdência e o titular

da SPC escrevem sobre a importância da

fiscalização

Plano PetrosFabio Augusto Doniak, São José dos Campos (SP), via e-mail

Participe desse FÓRUM.Escreva para [email protected]

Recebi a revista do mês de maio e gostei bastantede algumas matérias. Uma delas, referente ao planodo financiamento da construção ou financiamentoda casa própria me suscitou algumas dúvidas, queencaminho a seguir:

Não tenho nenhum montante em FGTS. Este planofinancia 100% ou terei que ter alguma entrada?R: No convênio estão disponíveis, dependendo doenquadramento do participante feito pela Caixa,financiamentos que podem chegar até 100% do valordo imóvel.

Já tenho um empréstimo de 60 meses, será quetenho possibilidades de entrar neste plano?R: A margem consignável será calculada pela CEF.

Tenho rendas extras comprovadas em pro labore. Issopode ajudar para o financiamento de 100%?R: O convênio baseia-se na premissa do descontoem folha. Desta forma, só a renda contida nocontracheque de aposentado da Petros pode serconsiderada.

Ingressei na Petrobras em 2005, portanto aindanão tenho Plano Petros. Gostaria de obter asseguintes respostas:

Poderei abater no Imposto de Renda o valor aser depositado?R: A sua participação no Plano Petros 2 possibilitaráduas grandes vantagens em relação ao Imposto deRenda. A primeira é que não haverá a sua incidênciasobre os rendimentos auferidos pelas aplicaçõesfinanceiras do plano e, portanto, dos recursos existentesna sua conta individual. Ou seja, a rentabilidadelíquida da sua conta individual será potencializada.A segunda vantagem é a possibilidade de deduzir dabase de cálculo do IR anual as contribuições efetuadasao plano. Essa dedução está limitada a 12% do seurendimento bruto tributável e representa redução doImposto de Renda retido na fonte.

Poderei mudar a porcentagem de depósito nofuturo?R: Enquanto na ativa (da adesão ao plano até aaposentadoria), o participante terá uma conta individuale definirá anualmente a taxa de contribuição sobre o seusalário para o plano. A taxa será paritária, ou seja, omesmo valor definido pelo participante será o decontribuição para a companhia, até um determinadolimite máximo, de 8% a 11% sobre o salário departicipação, que varia de acordo com a faixa etária. Acontribuição mínima será de 6%.O participante poderá alterar a qualquer tempo o percentualescolhido da sua contribuição facultativa mensal.

Terei acesso aos benefícios de empréstimos pessoaisque a Petros disponibiliza aos funcionários antigos?R: Ainda não foram concluídos os estudos que visampossibilitar aos participantes do novo plano aconcessão dos empréstimos. A patrocinadora promete,oportunamente, informações mais detalhadas sobreo assunto.

Destaqueem

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Cultura & Lazer

A sexta edição do Concurso deContos da Petros, que mais umavez teve tema livre, recebeu 90trabalhos. O material literário já foienviado aos três integrantes do júrinesta primeira fase: João PauloVaz, Aguinaldo Rogério deCampos e Sônia Fernandes doNascimento – vencedores das trêsedições anteriores. Eles irão ler ostrabalhos e selecionar dezsemifinalistas cada.

O nome da jurada que iráavaliar os textos na etapa seguintetambém já está definido. Será ajornalista Leila Reis, presidente daAssociação Paulista de Críticos deArtes, entidade com 50 anos deexistência e que anualmentepremia os melhores nas áreas deartes visuais, cinema, dança,literatura, música, rádio, teatro etelevisão. Ela atribuirá nova notaaos contos e a comissão organi-zadora fará a ponderação doresultado. Os dez vencedores serãoos textos que alcançarem asmaiores médias.

Mas, quem é Leila Reis? Críticade TV do jornal “O Estado de S.Paulo” e titular da coluna SintoniaFina, ela foi diretora das revistasVictoria, Revista do Flamengo eLivros & Artes. Editou o TV Tudo,caderno do jornal mineiro OTempo. Antes, trabalhou comoeditora na revista Contigo!, foirepórter de Folha de S.Paulo, da

Folha da Tarde e do Caderno 2,editoria de artes e espetáculos deO Estado de S.Paulo. Tambémcolaborou com diversas publi-cações, como Claudia, Exame,Revista do Senac-sp, Nova e IstoÉ.

Como das vezes anteriores, osdez melhores contos serão pu-blicados em um livro com apoioda Petros e cada um dos dezautores finalistas ganhará 50exemplares. Os demais concor-rentes receberão certificado departicipação no evento e umexemplar com os contosfinalistas. Os prêmios serão en-tregues em local e data a seremdefinidos pela comissão organi-zadora do evento.

O homenageado em2006 será o poeta gaúcho Mário

Concurso teve90 inscrições

Quintana, que completaria 100anos no dia 30 de julho. Nascidona cidade de Alegrete, trabalhouem vários jornais gaúchos etraduziu escritores como Proust,Conrad e Balzac. Em 1940, lançoua Rua dos Cataventos, seu pri-meiro livro de poesias, ao queseguiram Canções (1946), SapatoFlorido (1948), O aprendiz deFeiticeiro (1950), Espelho Mágico(1951), Quintanares (1976),Apontamentos de História Sobre-natural (1976), A Vaca e oHipogrifo (1977), Prosa e Verso(1978), Baú de Espantos (1986),Preparativos de Viagem (1987),além de várias antologias. Faleceuem Porto Alegre, no dia 5 de maiode 1994, às vésperas de completar87 anos.

Próximo passo é escolher os semifinalistas, quepoderão ser no máximo 30, caso não hajacoincidências na seleção

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BENEFÍCIOS PETROS: EM JULHO, CRÉDITO SERÁ FEITO NO DIA 25

A segunda edição da Cartilha Petros do Estatuto doIdoso foi lançada em noite de festa, música e muitaemoção. Tendo como destaque o Retiro dos Artistas, opalco não poderia ser outro: o Butikim das Estrelas. Naplatéia, grandes artistas que ajudaram a construir parteda história cultural do país: diversos cantores, atores,dançarinas e bailarinas.

De acordo com o ator e presidente do Retiro dosArtistas, Stepan Nercessian, a iniciativa de reeditara cartilha mostra o quanto a Fundação se importacom a terceira idade. "Digo de coração que, para nósda casa, é um verdadeiro orgulho receber a Petros.Sei que a entidade escolhe com muito cuidado seusparceiros".

Durante o evento, o diretor Financeiro e deInvestimentos, Ricardo Malavazi, fez questão deconversar com cada um a respeito da nova edição."Viemos aqui para passar por um teste de fogo; saberse vocês realmente gostaram, porque a nossapreocupação é transmitir segurança e tranqüilidade."Malavazi ainda acrescentou que o esforço da Petrosé justamente mostrar a possibilidade de os idosos

terem um futuro cada vez mais longo. Na sua opinião,a cartilha é uma celebração à vida. "A idéia é que aspessoas percebam que vocês têm sempre mais o queexplorar. Nunca abandonem seus projetos."

A festa de lançamento foi patrocinada pelo Bancodo Brasil e encerrou em grande estilo: uma apre-sentação musical de Vó Maria, que foi chamada aopalco pela ouvidora da Petros, Vanda Ferreira. "Elateve a ousadia de assumir a juventude ao gravar seuprimeiro CD depois dos 90 anos. É a representaçãoda mãe negra e do samba de raiz."

Ao lado do cantor Mombaça, Vó Maria deu umshow de simpatia, talento e vivacidade. Diante dagrande performance, Nercessian não teve dúvidas:convidou a sambista para ser a madrinha da famosafesta junina do Retiro dos Artistas deste ano.

Congraçamento entre artistas (ao centro Vó Maria), gerentesdo BB, o presidente do Retiro e o diretor Malavazzi, da Petros

festejamArtistas

CartilhaEm clima de festa, Petros reeditapublicação que traz o Estatuto doIdoso

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Em solenidade na Câmara Municipal, realizada em11 de maio, o petroleiro aposentado, engenheiroRicardo Maranhão, recebeu o título de CidadãoHonorário do Rio de Janeiro. Em seu pronunciamento,ele lembrou sua carreira como engenheiro concursadoda Petrobras, seu mandato no Conselho Curador daPetros, a militância à frente de associações de classecomo a Aepet (Associação dos Engenheiros daPetrobras) e mandatos públicos (deputado federal peloRio de Janeiro e vereador na Cidade entre 2001/2004).

HOMENAGEM

MelhorIDADE

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A cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande doSul, cenário do VII Congresso Nacional deParticipantes de Fundos de Pensão, recebeu um públicoestimado em 300 pessoas, entre autoridades do poderpúblico e especialistas em previdência (pública eprivada). Realizado de 5 a 7 de maio, o evento serviupara que fossem debatidas questões essenciais para osistema e focar aspectos fundamamentais no atualcenário político-econômico do país.

Na abertura, o presidente da Anapar, José RicardoSasseron, destacou o papel fiscalizatório da SPC euma série de avanços na legislação no atual governo,o que permitiu a punição de dezenas de dirigentes e

funcionários acusados de irregularidades. Ele tambémsalientou a criação da associação e seu papel emalgumas conquistas dos participantes. "A legislaçãoque garante o ingresso de representantes dostrabalhadores nos conselhos, por exemplo, veio comoconseqüência dessa luta."

Sasseron, citando exemplo do fundo de pensãoda Varig, destacou que os conselheiros eleitos sãofundamentais para que problemas como esse nãovoltem a acorrer. "E les têm que buscar acapacitação técnica, discutir controles internos ea política de investimentos, além de denunciarquaisquer irregularidades." Para ele, é consensoque com as taxas de juros em declínio, os fundosde pensão deverão encolher a carteira de rendafixa. A via mais lógica será o mercado de ações e"naturalmente os participantes terão que vigiarmais."

Anapar promove

previdênciaamplo debate da

Congresso leva ao sul do paísdiscussão acalorada sobre o sistema

Perspectiva

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Quatro moções foram aprovadas durante o VII Congressoda Anapar. O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre eRegião conclamou os trabalhadores e suas lideranças ainterferirem junto a parlamentares e ao governo federalno sentido de alterar a Lei Complementar 109,equiparando os créditos trabalhistas aos previdenciários.Em outra, a associação dos servidores do extinto BancoNacional da Habitação e os participantes da Prevhabpropuseram apoio aos participantes do fundo de pensãodo BNH. Foram aprovadas também moção de apoio aochefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidênciada República, Luiz Gushiken, e, uma última, de repúdioao descumprimento do papel fiscalizador da SPC juntoaos patrocinadores do Prece, que, segundo o documento,vêm praticando seguidas irregularidades.

APOIO À BOA CAUSA

Na avaliação do secretário-geral da Petros (queocupa igual função na Anapar), Newton Carneiro, oseminário levantou uma série de questões relevantes.Destacou as discussões sobre dívida pública, trazidaspor representantes do Tesouro Nacional; e a questãodas tábuas biométricas, abordada por váriosespecialistas. "São temas desconhecidos da grandemaioria dos participantes tanto no lado financeiroquanto o atuarial. Então, essas discussões sãoimportantes."

Sobre eventuais mudanças nas tábuas de mortalidadee longevidade, aliás, o dirigente alertou que a grandemaioria dos participantes não tem conhecimentotécnico suficiente para debater. Nesse sentido, segundoele, a apresentação de tais temas foi fundamental, masacabou não dando tempo suficiente para debater tudocom grande precisão. “Estamos tentando corrigir essaslacunas no próximo Congresso: colocar esses temaspontuais com mais tempo de discussão.”

Com relação aos investimentos, também muitodebatida durante o seminário, Carneiro disse que hojerealmente não dá mais para as entidades pensaremsomente em títulos do governo. "Se não saírem darenda fixa, logo os fundos de pensão terão problemas,porque com a queda das taxas de juros a rentabilidadenão será suficiente para atingir a meta atuarial."

Os seminários e debates temáticos ocorreramnos dois primeiros dias do evento. Na mesa Conjunturaeconômica, perspectivas da economia brasileira einvestimentos dos fundos de pensão, o deputado federalAdão Vila Verde (PT/RS) avaliou que o país nunca teveuma conjuntura tão imune a crises e sugeriu o avançodas reformas política e econômica para atrairinvestidores. "O crescimento precisa alcançar o ritmomais acelerado que a sociedade requer."

Para o parlamentar, o país alcançou uma situaçãoconfortável em relação a outros ciclos econômicos,mas as taxas de crescimento têm que dar um saltoqualitativo. Segundo ele, os fundos de pensão devemser parceiros do poder púbico, fomentando osinvestimentos em políticas sociais. Vila Verde tambémressaltou a inflexão da dívida pública em relação aoPIB. "Na última década, os gastos públicos

aumentaram dentro da lógica perversa do pagamentodos juros e uma política fiscal descontrolada. O atualgoverno desenvolve uma política fiscal já combastante controle em relação a períodos anteriores."

Outro tema a avançar nos últimos três anos, naopinião do parlamentar, diz respeito à previdência."O desempenho da arrecadação já tem limitado odéficit do INSS, mas sabemos que ainda não temos otema equacionado." A questão das exportaçõesmelhoraram, segundo ele, mas, no tocante a novosinvestimentos, países como Argentina e Uruguai sãomais competitivos devido à carga tributária (hoje nafaixa de 40%).

Regularmente, o secretário-adjunto do TesouroNacional, Paulo Fontoura do Vale, e o coordenadorde Planejamento Estratégico da Dívida Pública, OtávioLadeira Medeiros, têm participado de eventos públicospara divulgar a estratégia do governo para reduzir adívida publica. Dentro desse contexto, ressaltaram oprocesso gradativo de queda de juros, que interferena emissão de títulos de longo prazo e,conseqüentemente, na política de investimentos dosfundos de pensão.

Eles explicaram que a renegociação da dívida, comalongamento dos prazos, traz boa percepção para orisco-país. Com a queda de juros, segundo Vale, os

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O presidente Sasseron, da Anapar, discursa na cerimônia deabertura. À mesa, entre outros, o secretário-geral Newton Carneiroe Paulo César Martin, do Conselho Deliberativo da Petros

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cerca de 60% do estoque dos ativos dos fundos depensão terão que migrar do curto para o longo prazoe posteriormente para o mercado de capitais, sob penade não atingir a meta atuarial (IPCA+6%).

O conselheiro eleito da Petros Paulo César Martindisse que muitos fundos estão atolados de títulospúblicos por imposição de governos anteriores.Segundo ele, as entidades necessitarão de tempo paramudar o perfil da carteira, acrescentando que o atualmomento econômico é uma contradição docapitalismo. "Sempre defendemos que o dinheiro dostrabalhadores deveria servir ao setor produtivo. Agoratemos que encontrar uma saída em substituição àsegurança dos títulos públicos."

Durante a mesa temática Perspectivas da previdênciapública e complementar, o titular da SPC, Adacir Reis,fez críticas à interferência do TCU no sistema e lembrouque as entidades são de caráter privado. "Ao fazer umacontribuição, você está renunciando ao consumo parafazer poupança rigorosamente privada e de longoprazo." Reis enfatizou que os fundos de pensão não seconfundem com a previdência pública. "O Estado sótem uma parte de responsabilidade e deve exercerplenamente a regulação, estabelecendo regras para queo sistema funcione."

Segundo ele, no entanto, a responsabilidade defiscalização cabe primeiramente ao participante edepois à SPC. Em relação ao marco regulatório, osecretário lembrou que ainda existe uma intensa pauta

a ser cumprida, mas uma série de melhorias já podemser notada. As mudanças no ambiente social nadécada de 90 repercutiram na previdência, queadequou a legislação e buscou estimular o sistemapara a prática de outros institutos como aportabilidade e o benefício proporcional diferido."

Reis também salientou a criação do cadastronacional de planos de benefício, que não se confundemmais com a estrutura administrativa da entidade. Essecadastro permitiu que a empresa média imple-mentasse seus planos sem a necessidade de novasestruturas. "Daí o fenômeno atual de um sistema tãoheterogêneo, com 372 entidades e quase mil planos."

O presidente da Fundação Anfip, Floriano JoséMartins, e a professora da PUC-SP, Rosa MaiaMarques, fizeram um pronunciamento na mesmalinha, destacando que o país conta com cerca de 40%da sua mão-de-obra no mercado informal. A inclusãodessas pessoas no mercado formal pode ser uma dassoluções para diminuir o déficit atual. Florianoapresentou um polêmico estudo onde alega que aprevidência pública poderia ser superavitária casoretirasse recursos de programas assistenciais,diminuísse a renúncia fiscal e utilizasse, entre outros,o dinheiro arrecadado com a Confins, receita líquidadas loterias e da CPMF.

Sobre o papel dos conselheiros, durante o painelPerspectivas demográficas, hipóteses biométricas epremissas atuariais, o consultor da GlobalprevWanderley José de Freitas afirmou que devem auxiliarna estruturação técnica dos planos previdenciários,priorizando o conservadorismo na estruturação técnicae o acompanhamento permanente. O diretor dodepartamento de Assuntos Atuariais, José WaldirGomes, por sua vez, abordou perspectivas demográficas,hipóteses biométricas e premissas atuariais.

Durante a Assembléia Geral, foi aprovado obalanço de contas da Diretoria, o orçamento para obiênio 2006-2007, bem como algumas mudançasestatutárias. Destaque para dois pontos: a alteraçãopermitindo a filiação de parentes até terceiro grau aoquadro de sócios e em relação ao mandato da Diretoria,que a partir de agora poderá ser reeleita.

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Destaque

Participantes da ativa, aposentados e pensionistas daPetros interessados na aquisição de imóveis novos e usadosjá podem ir juntando a documentação para usufruir dessanova modalidade de crédito habitacional com as menorestaxas do país. O convênio formalizado entre a Fundaçãoe a Caixa Econômica Federal, no dia 19 de abril, permiteuma redução de 0,5% a 2% ao ano na tabela de jurosanuais, financiamentos de até 100% do valor do imóvel eprazos de até 20 anos, dependendo da linha definanciamento utilizada.

Segundo o gerente de Administração Financeira daPetros, Leonardo Teixeira, ao longo do mês de junho serãorealizadas as parametrizações finais de sistema e controlesentre as patrocinadoras, a Fundação e a CEF para que, apartir de julho, seja iniciado o atendimento aosinteressados.

Vale ressaltar que o convênio só estará disponível paraos participantes da ativa depois da assinatura dos contratose convênios de cada patrocinadora com a CEF. "Só então,os integrantes dos respectivos planos poderão se beneficiardas vantagens." Ele informa ainda que o portal da Petrosvai manter um link na página de abertura informando aspatrocinadoras que já assinaram o convênio. "Além disso,o participante também poderá esclarecer suas dúvidasem todas as agências da Caixa. Basta marcar oagendamento pelo telefone de atendimento da própriaCEF (0800-5742112)".

A linha de crédito alcança todas as modalidades definanciamento oferecidas pelo banco (Carta de CréditoFGTS, com recursos do Fundo; Carta de Crédito Caixa,com capital próprio do banco; e Carta de Crédito SBPE,com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança eEmpréstimo). Portanto, todas as faixas salariais estãocontempladas, permitindo a aquisição de imóveis dequalquer valor. A taxa nominal mínima passa de 6% para5,5% ao ano e a máxima de 12,5% para 10,5% anuais.

1) Quais as condições para utilização do convênio peloparticipante?

O mutuário fará jus ao redutor de taxa de juros se atendercumulativamente as seguintes condições:

Empregado da patrocinadora e/ou da Petros:� Manutenção do contrato entre a CEF e a Petros paraa concessão da redução de taxas para seus associados.� Ser empregado de empresa patrocinadora ou daFundação há mais de três meses;� Ser participante da Petros;� Autorizar o débito do valor dos encargos mensais dofinanciamento imobiliário na folha de pagamento desalários;

Assistido ou beneficiário do Plano Petros:� Autorizar o débito do valor dos encargos mensais dofinanciamento imobiliário na folha de pagamento debenefícios.� Manutenção do contrato entre a CEF e a Petros paraa concessão da redução de taxas para seus associados.

2)Caso perca as condições de elegibilidade econseqüentemente o redutor, o participante continuarásendo obrigado a manter o débito em folha?

Não, uma vez que o débito em folha constitui apenas umacondição para a manutenção do redutor. O pagamento dosencargos mensais poderá ser realizado por outros meiosdisponibilizados pela Caixa.

3) Se no decorrer do contrato o participante deixar de termargem consignável para o débito em folha do empréstimoimobiliário, o que muda no seu contrato?

Se o participante, por qualquer motivo, deixar de termargem consignável para débito em folha, a área de RecursosHumanos da respectiva empresa não efetuará o débito daprestação em folha de pagamento, e reclassificará a situaçãono convênio de "redução normal" para situação de "reduçãosuspensa". Portanto, é importante verificar, mensalmente, nocontracheque, se o débito referente à prestação foi efetuado.Sempre que for verificada esta situação, o participante devesolicitar diretamente à CEF a emissão de 2ª via do boleto eefetuar o pagamento da prestação em qualquer agência dobanco.

OS MENORESCASA PRÓPRIA COM

JUROS DOPERGUNTAS & RESPOSTAS

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Convênio de financiamentohabitacional Petros/Caixa ofereceredutor de até 2% ao ano

PAÍS

4) Por quanto tempo ele poderá permanecer nesta condição?Não há prazo estipulado para permanecer nesta situação

de "redução suspensa". Entretanto, é importante ressaltar quevocê perderá o redutor da taxa de juros se constatado o atrasode mais de 60 dias de, pelo menos, uma prestação. Você deveráestar atento para este fato porque, uma vez classificado comosituação de "redução excluída", a perda do redutor éirreversível.

5) Um participante com restrições ao crédito (SPC, Serasaetc) pode fazer uso do convênio?

Um participante/assistido somente poderá fazer uso doconvênio, com redução da taxa de juros, após a aprovação dovalor de financiamento realizado pela área de análise de riscode crédito da Caixa. Portanto, as restrições cadastrais poderãoser impeditivas para concessão do financiamento habitacionale, conseqüentemente, de usufruir dos benefícios oferecidospelo convênio.

Carta de CréditoFGTS/CFGTS

Carta de CréditoSBPE/CCSBPE-SFH

Carta de CréditoCAIXA/CCCAIXA

Existe algumarestriçãoquando ointeressado jápossuir outroimóvel?Quais são?

Sim. Para aquisição de imóvel novo ouusado o interessado deverá atender àsseguintes condições básicas:a) O proponente/cônjuge não pode serdetentor de financiamento ativo nascondições do SFH, em qualquer partedo País;b) Não pode ser proprietário,cessionário, promitente comprador outitular de direito de aquisição de outroimóvel residencial urbano ou ruralsituado no atual local de domicílionem onde pretenda fixá-lo;c) Não pode ter recebido, a partir de1º de maio de 2005, descontoconcedido pelo FGTS na concessão definanciamento habitacional.OBS: Existem algumas situaçõesexcepcionais quanto à propriedade doimóvel, em que se permite ofinanciamento. Procure orientaçõesdiretamente no setor imobiliário daCaixa.

Não. É permitida a concessão definanciamento ao detentor de outroimóvel, inclusive com financiamentoativo, quer seja no SFH ou em outrosistema financeiro.

Se o proponente possuir imóvel comfinanciamento ativo na Caixa, devemser observadas as condições abaixo:a) Adimplência do contrato ativo;b) Capacidade de pagamento, peloproponente, suficiente para comportara soma do total das prestações, deacordo com a análise de risco efetuadapela Caixa.No caso de intenção de uso do FGTSna aquisição, verificar as condiçõespara a sua utilização apontadas noquestionário específico.

Sim.O imóvel a ser financiado édestinado à residência do proponente edeverá estar localizado em área urbanae em município de residência atual oude atividade profissional ou ainda, nomunicípio onde o proponente pretendaresidir e/ou trabalhar.

Sim. Existem algumas condições,referentes aos imóveis, que devem serobservadas:a) Destinação residencial;b) Valor de avaliação limitado aR$ 350.000,00;c) Localização na malha urbana;d) Não é impeditivo à concessão definanciamento se o imóvel estiverlocalizado em município distintodaquele onde o proponente reside.

Sim. O imóvel tem que estar localizadoem área urbana.

No entanto, ele pode inclusive, estarlocalizado em município distintodaquele em que o proponente reside.

A CCCAIXA atenderá somente àssituações que não se enquadrarem naCCFGTS e na CCSBPE-SFH, notocante aos valores de renda, de valorde financiamento e de valor deavaliação do imóvel.

Existem regrasde localizaçãodo imóvel a seradquirido?Quais são?

Não. É permitida a concessão definanciamento ao detentor de outroimóvel, inclusive com financiamentoativo, quer seja no SFH ou em outrosistema financeiro.

A concessão de financiamentodestinado à aquisição de imóvel novoou usado, a detentor de outro imóvelfinanciado na Caixa, é condicionada aoque segue:a) Adimplência do contrato ativo;b) Capacidade de pagamento, peloproponente, suficiente para comportara soma do total das prestações, deacordo com a análise de risco efetuadapela Caixa.

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Entre os dias 18 e 21 de maio, a Petros participou do2º Feirão Caixa da Casa Própria, onde mais de 200participantes conferiram as condições especiais definanciamento para a compra de imóveis, de acordo como convênio recentemente firmado entre a Fundação e aCaixa Econômica Federal (CEF).

Durante o evento, o diretor Financeiro e deInvestimentos da Petros, Ricardo Malavazi, recebeu noestande da entidade a presidente da CEF, Maria FernandaCoelho, e o ministro das Cidades, Márcio Fortes, querepresentou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

2º FEIRÃO CAIXA DA CASA PRÓPRIA

6) É possível, dentro das condições do convênio, obterfinanciamento para outra finalidade a não ser a aquisiçãode imóvel residencial quitado novo ou usado?

Não. O convênio contempla a redução da taxa de jurossomente para aquisição de imóvel residencial urbano novoou usado, concluído.

7) Quais as regras de amortização antecipada do contrato?O participante mutuário poderá a qualquer tempo

amortizar total ou parcialmente o saldo devedor do contrato.No caso de o financiamento a ser concedido na Carta de

Crédito FGTS, a amortização poderá ser feita para reduçãodo valor da prestação, sem ocorrer a redução do prazocontratado.

8) Até quanto da renda pode ser comprometida?De uma forma geral, até 30% da renda mensal familiar bruta.

9) Um participante ativo, que atenda todos os critérios deelegibilidade e, cujo cônjuge tenha renda, mas não vínculocom a Petros, terá sua margem calculada utilizando suarenda individual ou a renda familiar?

Para efeito de enquadramento nos produtos oferecidospelo convênio, será considerada a renda familiar, no entanto,o valor contratado está limitado à disponibilidade de margemconsignável para débito em folha do participante.

11) Um casal de participantes casados legalmente, cadaum pertencente a uma patrocinadora, ambos elegíveis,terão sua margem calculada juntas ou individualmente?

Individualmente. O valor contratado está limitado àdisponibilidade de margem de um dos cônjuges, à escolhado casal.

12) Um casal de participantes casados legalmente, cadaum pertencente a uma patrocinadora, ambos elegíveis,terão seu enquadramento nos planos de financiamentosutilizando renda conjunta ou a renda individual?

O enquadramento sempre é feito considerando a rendafamiliar.

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Transparência

A Petros concluiu a Modelagemde Processos, que mudaráconsideravelmente a atual formade gestão. Coordenado pelaAssessoria de Planejamento(APL), o trabalho faz parte daprimeira fase do Projeto deEngenharia de Processos daFundação e atende a uma exigênciada legislação no sentido de ser umsuporte adicional para os controlesinternos. "Trata-se de umaferramenta estratégica de gestão,com foco na eficiência, pro-dutividade e integração das áreas",completa o chefe da APL, AlcineiCardoso Rodrigues. "Elacontempla ainda, e de maneira

traz eficiência eEngenharia de processos

produtividade

acentuada, os princípios degovernança corporativa."

Segundo Rodrigues, aModelagem de Processos foirealizada por intermédio de umsoftware específico para registraro fluxo das inúmeras atividades decada setor. "Nessa cadeia em queuma tarefa dá seqüência a diversasoutras, cabe à Engenharia deProcessos desenhar de formainteligível e com metodologiacientífica exatamente essa teia deatividades da empresa."

Essa lógica do processocontraria o que costuma ocorrernas empresas, onde cada profis-sional tende a olhar unicamente

para o próprio trabalho ou o"funcionamento" de seu setor. "Namaioria das vezes, o fluxo atravessapara outras áreas e as pessoas nãotêm visão do todo." Ele avalia queo fato de todos os empregadosdesempenharem bem cada funçãono ambiente local, "não quer dizernecessariamente que o processofuncione de maneira adequada parao todo da cadeia produtiva".

Para o coordenador, ao conhecerem detalhes o fluxo das atividades,pode-se fazer o redesenho dosprocessos, buscando ganho deeficiência, e criar indicadores dedesempenho. "Ao final, o saldo sereverte numa maior transparênciada entidade perante os participantese as patrocinadoras."

O trabalho durou um ano e meioe contou com apoio técnico demestres e doutores oriundos doCoppe (instituto de pesquisa e pós-graduação da Universidade Federaldo Rio de Janeiro/UFRJ). Cercade 50% dos empregados daFundação participaram da fase demodelagem do projeto e omacro-processo e seus respectivosprocessos totalizaram perto de 270modelos, englobando todas asáreas. Numa última fase, o Projetode Engenharia de Processos rede-senhará os subprocessos denegócios, objetivando propor-cionar os níveis mais elevados deeficiência e eficácia.

Alcinei Rodrigues, em pé, com a equipe da APL responsável pela Modelagem de Processos

Fundação implanta ferramenta de gestãofundamental para a visibilidade dos processos eeficácia dos controles internos

Transparência

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Conexão

Os gestores da Petros têmtrabalhado duro no sentido deestimular as empresas nas quais aentidade tem participaçãoacionária a aderir ao Novo Mer-cado da Bovespa. O objetivo,segundo o presidente WagnerPinheiro, é incentivar a melhoriadas práticas de governançacorporativa, estimulando as em-presas a ampliarem a representaçãodos minoritários, bem comounificar as ações dessas com-panhias no modelo ON (comdireito de voto).

Com a medida, a direção daPetros também espera aumentara liquidez de sua carteira. "Isso éimportante para agregar valorpara a companhia e aperfeiçoar

as condições de gerenciamentodos investimentos no longoprazo, caso haja necessidade devenda para honrar compromissosatuariais", disse Pinheiro aojornal "Gazeta Mercantil", ementrevista publicada dia 5 dejunho.

A estratégia tem rendido bonsfrutos. Em 2005, por exemplo, arentabilidade da carteira departicipações foi de 35,6%. AFundação tem priorizado inves-timentos de médio e longoprazos, ampliando aplicações emfundos de participação voltadospara setores de infra-estrutura eempresas emergentes. Na rendafixa, a idéia é a ampliação dovolume de financiamento do setor

Estratégia devira notíciagestão

produtivo, mediante certificadosde recebíveis imobiliários,debêntures, fundos de investi-mento em direito creditório ecertificados de cédula bancária.

Para o dirigente, o diálogo e atransparência têm sido a tônica desua gestão junto às entidadesrepresentativas. Ele destacou abusca de solução para os pro-blemas estruturais do plano doSistema Petrobras, ressaltandoque a Fundação subsidiou tecni-camente o grupo de trabalho daPetrobras e da FUP para a soluçãodos problemas e criação do novomodelo que irá contemplar mais13 mil participantes. "Além disso,a administração atual superoutodas as metas atuariais, comrentabilidade acumulada de 2003a 2005 de 79,5%, frente a 49,1%de meta atuarial."

Em entrevista, presidente da Petros faz umdiagnóstico do sistema e de sua administração

O presidente Wagner Pinheiro e o diretor deSeguridade, Maurício Rubem, participaram em 30 demaio do lançamento do CRAPrev, do Conselho Regionalde Administração de Santa Catarina, novo planoinstituído administrado pela Petros. O presidente daFundação enalteceu o empenho dos associados,preocupados com a garantia do futuro, e agradeceu aconfiança depositada na Fundação. Durante o ato dolançamento, foram realizadas 14 adesões ao plano.

Olho Vivo

Compareceram também ao evento o presidente doCRA/SC, Everaldo José Tiscoski, o representante de SantaCatarina no Conselho Federal de Administração, JoãoSebastião Nunes, o secretário Adacir Reis e o diretor deanálise técnica, Carlos de Paula, ambos da SPC.

O Conselho de Santa Catarina conta com mais de 13mil associados. Recentemente, a Fundação já passara aadministrar o plano do CRA do Estado do Espírito Santo,com cerca de 6 mil associados.

CRAPREV SANTA CATARINA

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Perfil

Qual garoto nunca sonhou em ser jogador defutebol? Pois, com o petroleiro Maurício LopesFerreira não foi diferente. Ele sempre gostou muitode "bater uma bolinha", mas admite que nunca tevegrande habilidade com ela nos pés. Sonho desfeito,arregaçou as mangas e, em 1988, quando tinha apenas19 anos, ingressou na Refinaria Duque de Caxias(Reduc) para trabalhar como operador.

Em 2004, após a conclusão do curso de Psicologia,prestou novo concurso para a companhia, passandopor várias funções – entre as quais gerente de RelaçõesSindicais e Coordenador de Comunicação deRecursos Humanos (cargo atual).

Carioca, nascido e criado em Madureira, Mauríciohoje mora no Flamengo, mas ainda lembra comsaudades da infância, quando disputava 'peladas' nobairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. Nessa época,o maior temor da meninada, segundo ele, era não serescalado e ser obrigado a assumir o papel de árbitro.Ele próprio nutria certa rejeição pelo apito.

Em 1999, em paralelo às atividades na Petrobras,o desejo de se aproximar do cenário esportivo emergiunovamente. "Como jogador, tinha consciência que nãodava, aí escolhi ser árbitro." Foi então que fez umcurso de um ano na Uerj, promovido pela Federaçãode Futebol do Estado do Rio de Janeiro.

Essa opção, no entanto, mudou seu jeito de torcer.Antes, Maurício sempre andava com o chaveiro deseu time no bolso, como uma espécie de amuleto dasorte. "Tirei imediatamente, guardei e nunca maisusei", conta o petroleiro, que não revela seu clube decoração nem sob tortura. Por conta disso, quandovai ao estádio, fica sentado e não expressa qualquerreação mesmo quando o seu time faz um gol. "Aspessoas à minha volta acham que sou maluco, masnão é bom um árbitro ficar gritando na arquibancada."

Ao longo de oito anos de carreira e mais de 200jogos sob seu comando, Maurício, que atualmente

apita nas categorias de juniores e terceira divisãocarioca, comemora o fato de nunca ter se envolvidoem grandes polêmicas.

Desde 2001, ele edita o endereço eletrônicowww.cartaovermelho.com.br, com matérias deorientação sobre arbitragem, dicas e perfil comgrandes árbitros. Também dá assessoria, elaborandopalestras a respeito das regras do futebol. Comoestratégia de auto-avaliação, geralmente compra asfitas dos jogos que apitou. "Assim, posso ver comoestá minha preparação física e meu desempenho emcampo."

Um craquedo apito

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O árbitro e petroleiro em atividade durante partida doCampeonato Carioca de Juniores

O petroleiro Maurício encontrou naarbitragem uma forma de manter ocontato com o futebol

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Prestando Contas

Resultados abril/2006de

Nota de Redação: O Relatório de Atividades completo poderá ser acessado no portal (www.petros.com.br)

Patrimônio da Fundação chegou a R$ 28,9 bilhões

Nos doze últimos meses, o valor dos ativos deinvestimentos da Petros passou de R$ 24,5 bilhões paraR$ 28,9 bilhões, o que representa uma variação de 18%.

Fonte: Relatório de Atividades, tabela 5

Elaboração: Gerência de Controle

Fonte: Relatório de Atividades, tabela 5

Elaboração: Gerência de Controle

24,0

25,0

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27,0

28,0

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Bilhões

R$ 28,9 bi

mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr

No mês, os investimentos da Petros obtiveram retorno de1,45%. O referencial ponderado de mercado e a metaatuarial alcançaram, respectivamente, 1,55% e 0,66%.

A alteração dos pesos de cada ativo de investimento nacarteira da Petros em direção às normas da Secretaria dePrevidência Complementar (SPC) vem ampliando aparticipação da renda variável e reduzindo a participação darenda fixa nos resultados da Fundação.

Fonte: Relatório de Atividades, tabela 5

Elaboração: Gerência de Controle

Fonte: Relatório de Atividades, tabela 42

Elaboração: Gerência de Controle

Descrição (em R$ milhões)

Patrimônio p/ coberturados compromissos A 29.968

- Investimentos 29.034- Contribuição 1.062- Outras obrigações - 128

Fundos B -783

Patrimônio p/ coberturados compromissos C=A+B 29.175

Compromissos combenefícios já concedidos D -20.367

Disponível parabenefícios a conceder E=C+D 8.808

Compromissos combenefícios a conceder F -12.646

Resultado em 28/4/2006 G=E+F -3.838

Situação patrimonialAtivos de Investimentos

Operações comParticipantes

RendaVariável

ParticipaçõesImobiliárias

Renda Fixa

Rentabilidade abr/06 12 meses

Renda Fixa 0,81% 13,50%

Renda Variável 3,13% 56,86%

Participações Imobiliárias 2,32% 17,43%

Operações com Participantes 1,24% 18,98%

TOTAL 1,45% 24,00%

Referencial de Mercado Ponderado 1,55% 21,80%

Meta Atuarial (IPCA + 6% a.a.)1 0,66% 11,30%1Rentabilidade registrada utilizando a prévia do IPCA para os últimos 15 dias doperíodo.

68,2%

3,59%

24,32%

3,88%

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Cartão Petros

Os participantes que costumam visitar o portal daFundação já devem ter reparado, no final da página, asessão do Clube Petros. Para quem ainda não conheceou desceu rapidamente a barra de rolagem sem percebero link, vale a dica: o espaço possui enquetes e diversasmatérias voltadas para o lazer, cultura e informação.

As editorias são divididas em Meio Ambiente,Vida e Saúde, Cidadania, Cultura, Viagem, Esportes,Tecnologia e Investimentos. Periodicamente, matériasfresquinhas e atuais estão à espera da sua leitura.Fique por dentro das novidades, confira as dicas deprogramas culturais, aprenda a reciclar para ajudarna preservação da natureza e conheça a história,tradição e curiosidades de diversos estados do país.

A página também possui duas colunas exclusivaselaborada pelos leitores, Vale a pena conhecer eSessão Redator. Nela, os participantes podemenviar notícias sobre as cidades onde moram ouqualquer outro assunto que consideremimportante, sejam matérias relacionadas à vida deaposentado, ao trabalho voluntário, históriasprofissionais etc. É só deixar a criatividade solta eescrever o que achar interessante!

Lazer, culturaa um cliquee informação

Matérias atualizadas, enquetesvariadas e menus interativos... tudoisso na página do Clube Petros

Saúde: Dicas para prevenir a Osteoporose

Cultura: Livro “Minas de Forno e Fogão” é reeditado

Viagem: Desfrute as belezas naturais de Fortaleza

Esportes: Histórias marcantes dos Jogos Olímpicos

Tecnologia: Celular – Vilão ou mocinho?

Meio Ambiente: Entra em vigor, tratado para biodiversidade e

agricultura sustentável. Países abastecedores como o Brasil

podem ser recompensados

Cidadania: Leia a entrevista exclusiva do diretor-executivo do

Instituto Polis, José Carlos Vaz

Investimentos: Tire dúvidas no Dicionário de Economia

VENHA PARA ESSE “CLUBE”

O portal ainda reserva um espaço para quem desejatirar dúvidas acerca do velho e bom "economês". Acesseo Dicionário de Economia e entenda os termos usados

no setor – tudo explicado minuciosa-mente de A a Z.

Por meio da página do clube, valeressaltar que os participantes podemconferir todas as promoções edescontos exclusivos ao clicar no bannerazul "Entre no site do CartãoPetros" – localizado no lado direito,canto inferior. Escolha um segmento edigite a loja que deseja para ver se existealgum convênio firmado. Lembre-se: sãomais de mil estabelecimentos espalhadospor todo o país!

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Opinião

A Secretaria de PrevidênciaComplementar (SPC), órgão doMinistério da Previdência Social,tem fortalecido a fiscalização dosfundos de pensão: ampliou seuquadro de servidores, de 23 para102 auditores, e criou a fiscalizaçãoindireta, destinada a receber ecriticar os dados sobre investi-mentos, contábeis e atuariais.

Outra iniciativa foi o desen-volvimento de uma sistemática desupervisão contínua, pela qual todosos fundos devem estar perma-nentemente sob a vigilância oficial,e não mais de quando em quando.A partir de um projeto concebidoem 2003, construiu-se um novosistema oficial de monitoramentodos investimentos, recebendo boaparte das informações diretamentedas instâncias do sistema financeiro.A SPC mudou o enfoque dafiscalização, passando a olhar osaspectos de gerenciamento deriscos, em relação aos investimentosou às obrigações previdenciárias. Apenalidade aplicada por irregu-laridades passou a recair sobre apessoa física do dirigente, e não maissobre o fundo de pensão. Fruto dareestruturação da fiscalização, em2005 foram autuados 148 dirigentesou ex-dirigentes de fundos depensão, alguns inabilitados, demaneira inédita, por dez anos.

A Secretaria não tem seesquivado de adotar medidas

corajosas, como intervenções eliquidações, nos casos que destoamdo quadro geral de boa gestão dosistema e que resultam de equívocoshistóricos na administração deplanos previdenciários.

A SPC tem estimulado a adoçãode plataformas eletrônicas("mercado de telas") para asnegociações de títulos e valoresmobiliários. Comprar e venderpapéis, como títulos públicos,certificados de depósitos bancáriosou debêntures, por um sistemainformatizado semelhante a umpregão eletrônico, é medida salutarpara dar maior transparência àsoperações financeiras.

As atribuições dos membros doConselho Deliberativo e doConselho Fiscal dos fundos depensão foram ampliadas. Dessaforma, há atualmente em curso aadoção de um sistema de freios econtrapesos no interior dasfundações, exigindo-se dos dirigentesmaior capacidade técnica. O leitor

sistemaA SPC centra forças

que entrar no site do Ministérioencontrará o "Guia do Participante",que oferece dicas para o participanteacompanhar mais de perto a gestãode seu fundo de pensão.

O Conselho de Gestão daPrevidência Complementar, órgãocolegiado de regulação, foi forta-lecido e tem se dedicado a oferecerum ambiente de estabilidade deregras, destacando-se o discipli-namento da portabilidade e oCadastro Nacional de Planos deBenefícios. Criou-se ainda um novoregime tributário, estimulando apoupança de longo prazo. Aprevidência associativa começa aproduzir resultados. Trata-se de umprocesso evolutivo, que conta comos esforços oficiais e de diversosatores sociais. Hoje, os fundos depensão estão melhores e maiores doque ontem. Amanhã, terão que estarmelhores e maiores do que hoje.

na fiscalização do

(*) ministro de Estado da PrevidênciaSocial e secretário de Previdência

Complementar, respectivamente

por Nelson Machado e Adacir Reis (*)

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O artigo, na íntegra, foi publicado na “Folha de S. Paulo”, em 23/05/2006

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por Nelson Machado e Adacir Reis (*)

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