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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS IPARQ IPARQ INSTITUTO DE PESQUISAS EM ARQUEOLOGIA CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________ IPARQ – Instituto de Pesquisas em Arqueologia Avenida Conselheiro Nébias, 300 – conj. 230 – CEP 11015-002 – Santos, SP Tel.: (0XX13) 3205-5555 – ramal 1433 1 LAUDO TÉCNICO ARQUEOLÓGICO ELABORAÇÃO DE ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA AMPLIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE LAVRA DE CALCÁRIO E DEPÓSITO DE MATERIAL ESTÉRIL VOTORANTIM CIMENTOS BRASIL LTDA. ARAÇARIGUAMA (SP) 1. APRESENTAÇÃO O presente Laudo Técnico Arqueológico foi emitido a pedido da Prominer Projetos Ltda., para integrar e Estudo de Impacto Ambiental - EIA das áreas de ampliação das atividades de lavra de calcário e disposição de material estéril da VOTORANTIM CIMENTOS BRASIL LTDA., localizadas no município de Araçariguama (SP). A área total do imóvel é de 212 ha e a área dos direitos minerares do processo DNPM 227/45 é de 160,07 ha, tendo sido obtido o direito de lavra por meio do Decreto de Lavra 26.788/49. O empreendimento possui certificado de dispensa de Licença de Instalação (LI) da CETESB (CDLI nº 32000445, de 30 de abril de 2002) e ainda a Licença de Operação (LO) da CETESB nº 320002862. Processo CETESB 32/00151/02, de 11 de maio de 2006.

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LAUDO TÉCNICO ARQUEOLÓGICO ELABORAÇÃO DE ESTUDOS DE IMPACTO AMBIENTAL –

EIA AMPLIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE LAVRA DE CALCÁRIO

E DEPÓSITO DE MATERIAL ESTÉRIL VOTORANTIM CIMENTOS BRASIL LTDA.

ARAÇARIGUAMA (SP)

1. APRESENTAÇÃO O presente Laudo Técnico Arqueológico foi emitido a pedido da Prominer Projetos Ltda., para integrar e Estudo de Impacto Ambiental - EIA das áreas de ampliação das atividades de lavra de calcário e disposição de material estéril da VOTORANTIM CIMENTOS BRASIL LTDA., localizadas no município de Araçariguama (SP). A área total do imóvel é de 212 ha e a área dos direitos minerares do processo DNPM 227/45 é de 160,07 ha, tendo sido obtido o direito de lavra por meio do Decreto de Lavra 26.788/49. O empreendimento possui certificado de dispensa de Licença de Instalação (LI) da CETESB (CDLI nº 32000445, de 30 de abril de 2002) e ainda a Licença de Operação (LO) da CETESB nº 320002862. Processo CETESB 32/00151/02, de 11 de maio de 2006.

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Em 31 de outubro de 2002 a empresa apresentou o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD, tendo o mesmo sido aprovado em 12 de julho de 2005, sob o Parecer Técnico CPRN/DAIA 259/05. A área de ampliação do projeto de lavra será aproximadamente de 25 ha e a área de disposição de material estéril (bota-fora) será, também, de 25 hectares, com área total de 50 ha.

A VOTORANTIM CIMENTOS BRASIL LTDA. desenvolve atividades de lavra na Mina Santa Rita, conhecida também por Pedreira Santa Rita, no local desde 1949. Atualmente a empresa produz britas e agregados de calcário para concreto e outras utilizações na construção civil. O empreendimento está localizado a 7 km. da cidade de Araçariguama, distando em linha reta cerca de 1,5 km da rodovia Presidente Castelo Branco (SP-280). É baixa a densidade de ocupação do Município, sendo que toda a sua área é considerada perímetro urbano (Lei Municipal nº 120/1995). Na área situada a leste-sudeste do empreendimento encontram-se pequenas chácaras e sítios de lazer. 2. O MUNICÍPIO DE ARAÇARIGUAMA Araçariguama é chamada de “Portal do Interior”, estando localizada a 48 km de São Paulo e integra a Bacia do Alto Tietê. A cidade teve sua origem por volta de 1648, considerada por muito tempo como um município próspero.

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Quando foram abertas as estradas ligando São Paulo a Sorocaba, Jundiaí e Itu, estas fizeram com que a região perdesse o seu título de portal do interior, e nem o ouro mais tarde descoberto foi suficiente para que o município recuperasse o seu prestígio, sendo reconduzido à condição de Distrito de São Roque em 1934, readquirindo sua autonomia apenas em 1991. O principal destaque turístico da cidade é a “Mina de Ouro”, considerada uma das principais jazidas de ouro e prata do Estado de São Paulo na primeira metade do século XIX. Araçariguama faz divisas com os seguintes municípios: Cabreúva (Norte); São Roque (Sul); Santana do Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus (Leste); e com São Roque e Itu (Oeste). É interligado às Rodovias: Castelo Branco (SP-280); Rodovia Raposo Tavares (SP-270); e Rodovia Anhanguera (SP-330). Araçariguama faz parte do Projeto Alto Médio Tietê, e como tal tem sua importância inserida nas pesquisas arqueológicas desenvolvidas desde o antigo Instituto de Pré-História - atual MAE, assim como pela própria Secretaria de Turismo do Estado. Essa Secretaria colocou o município juntamente com suas cidades vizinhas dentro do percurso Hidrovia Tietê – Paraná, desde que a região guarda lembranças das expedições bandeiristas que percorreram a região em busca de índios escravos, metais preciosos e outras riquezas. Outra área de grande interesse turístico e histórico para o município é o Morro do Voturuna, desde os fins do século XVI conhecido pela extração de minérios, local onde o mameluco Affonso Sardinha registrou haver encontrado o “ouro de lavagem”. A intenção atual é implantar um Parque

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Ecológico preservando o morro e suas vertentes, sendo um espaço apropriado para as práticas esportivas, além de propiciar aos pesquisadores interessados em desenvolver estudos ligados às ciências biológicas extremamente variadas e ricas. 2.1. A HISTÓRIA DA CIDADE DE ARAÇARIGUAMA A partir de 1556 alguns colonizadores começaram a formar expedições para o sertão, principalmente em busca do ouro. Dessa forma, já se têm notícias a partir de 1570 de grupos de colonizadores que fundaram Capelas como as de Mogi das Cruzes e Santana de Parnaíba. Através das Cartas de Sesmarias, esses colonizadores se embrenham ainda mais para dentro dos sertões, garimpando prata e ouro, assim como estabelecendo propriedades agrícolas ou ainda edificando Capelas onde acampavam. Pode-se colocar Araçariguama dentro desse processo a partir de 1590, com a descoberta do ouro do Morro do Voturuna, mas que só fará parte, efetivamente, a partir de 1640 com a expulsão dos Jesuítas, fazendo com que alguns moradores mais abastados de São Paulo viessem a se fixar em Santana do Parnaíba, onde hoje está o Município de Araçariguama. Em 1653 é criada a Paróquia de Araçariguama. Os primeiros habitantes de Araçariguama foram os índios guaianás, que habitavam a região do planalto e grande parte do interior do Estado de São Paulo, baseando sua subsistência na coleta, na caça, na pesca e numa pequena e incipiente agricultura de milho e mandioca. Foram transformados em escravos dos grandes potentados paulistas em suas expedições em busca do garimpo e da colonização. Muitos outros índios se

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deslocaram em fuga (por exemplo, os goitacazes), procuravam abrigo ou então eram feitos escravos, aumentando a mão-de-obra escrava da região. Entretanto, a grande dispersão dos índios guaianazes e goitacazes ocorrida em 1590 fez com que a busca fosse transferida para a caça aos índios Carijós, considerados mais dóceis e sem vocação para a guerra. Esses índios passaram a ser o maior contingente de escravos nas fazendas de Araçariguama, principalmente na Fazenda da família Pompeu de Almeida e nas Minas de Ouro da região. “Infelizmente a presença desses índios na região é explicada pela atividade nas Minas de Ouro do que pelos seus estabelecimentos na área, mas alguns utensílios encontrados em localidades diferentes, remontam aos séculos XVII e XVIII quando ocuparam espaço mais significativo no quadro demográfico local e não por qualquer afinidade originária destes com a região em questão” (Elias Silva, 1990:15). Por volta de 1870, às construções das ferrovias Ituana – ligando Itu a Jundiaí – e Sorocabana – ligando Sorocaba a São Paulo – acabaram por influir na economia do município, principalmente no quesito transporte de tropas, quando muitos dos tropeiros viram as suas atividades serem ameaçadas. Eles acreditaram que os produtores iriam preferir transportar suas mercadorias e animais através dos vagões de trens, pois conseguiriam uma redução no preço e maior rapidez na entrega dos animais e mercadorias na capital. Entretanto, aqueles que viviam do movimento de tropas, vendedores, ferreiros, hospedeiros e comerciantes de mantimentos, passaram a depender de outros rendimentos, deslocando-se para outros locais onde a ferrovia ainda não havia chegado o que causou um decréscimo bem acentuado nesse setor econômico.

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No plano social, as ferrovias deixaram duas Vilas com ligações geográficas bastante significativas, ilhadas no meio de alguns avanços e progressos que estas ofereciam por onde passavam: Santana do Parnaíba e Araçariguama. Estas que possuíram importantes ligações e se viram privadas das vias de comunicações viárias, foram também atingidas pelas vias ferroviárias. Isso provocou o início de um processo onde as vantagens de um primeiro momento refletiriam de maneira negativa no decorrer dos anos. Não podemos esquecer que as antigas fazendas que antes eram procuradas por inúmeros trabalhadores para venderem mão-de-obra, principalmente no período de colheita, passaram a se deslocar para as localidades mais próximas às ferrovias onde obtinham trabalho, ora na própria ferrovia, como também em outras atividades que lhe dessem maiores e melhores condições de vida. A região não lhes dava condições de sobrevivência, daí a busca de novos caminhos longe de Araçariguama. Entretanto, por volta de 1897. Araçariguama se volta para o setor agropecuário como base de sua economia e como fonte de subsistência de sua população. Ao mesmo tempo, a população aumentava a sua produção de batata inglesa e de algodão para combater os grandes produtores de café e de cana-de-açúcar na província de São Paulo. Foram esses produtos que fizeram com que a população sobrevivesse, permitindo com que o município pudesse arcar com suas obrigações administrativas. Em 1897 a população de Araçariguama era de 2.701 habitantes, sendo que em 1889, a Vila já contava com 3 cadeiras escolares masculinas e 2 femininas.

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No início do século XX, com a autonomia do município, a região começa a sentir certo desenvolvimento econômico com a arrecadação dos impostos pagos por alguns fazendeiros e comerciantes mais abastados. 2.2. A CORRIDO DO OURO Em 1926 começa a repercutir na região a busca pelo ouro do Morro Voturuna, por um grupo de ingleses com residência no Canadá, que solicitaram e obtiveram o direito de explorar a área em apreço. A empresa foi a “Saint George Gold Mine” cujo diretor foi o General George Raston. As perfurações foram iniciadas dando origem para a entrada da mina que hoje em dia se encontra na atual Fazenda Cintra Gordinho. Durante o período de 1927 e 1930 conseguiram extrair 20 quilos de ouro e a mesma quantidade de prata, passando a ser considerado o maior veio aurífero em exploração no Estado de São Paulo. A antiga Mina de Ouro hoje em dia se encontra no chamado Parque da Mina, onde podem ser vistas as duas casas, Capela e Museu construídas pelos índios escravos da região e que foram restauradas pela nova administração municipal com o intuito de incrementar o turismo. Diariamente sai da Secretaria de Educação e Turismo um trenzinho levando alunos das Escolas Públicas da região para conhecerem a Mina de Ouro e a Capelinha de Santa Bárbara. Essas escolas são acompanhadas pela guia Silmara Tobias.

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ENTRADA DA ANTIGA MINA DE OURO DE ARAÇARIGUAMA

Todo o ouro extraído não trazia dividendos para o Município, pois o mesmo, segundo consta, ia diretamente para seus empresários, não sendo aplicado nas necessidades municipais. Aliado a esse problema, ocorria que o ouro extraído pela Saint George tomava rumos escusos através do contrabando, e por isso não pagava impostos ao município, acabando por colocar os técnicos do governo federal em alerta. Mesmo assim, essa intervenção federal não ajudou o município a recuperar os impostos

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devidos, já que aqueles provenientes dos comerciantes locais não permitiam ao município saldar suas obrigações administrativas junto ao Estado e junto aos seus moradores. Com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, alguns municípios tiveram suas finanças comprometidas, fazendo com que o interventor Armando Sales de Oliveira em 1934 nomeasse uma comissão para averiguar as contas de Araçariguama, com a finalidade de pormenorizar as condições financeiras do município e quais as atitudes que deveriam ser tomadas. O relatório comprovou que era impossível o município se auto-administrar, obrigando a sua anexação (Decreto nº. 6.448 de 21 de maio de 1934) a outros municípios mais prósperos e de melhores condições financeiras. Passou então o município a ser Distrito de São Roque. A partir de 1950, com a chegada da Luz Elétrica na região, Araçariguama começa então a ver um novo caminho para sua emancipação política e econômica, que acontece em 3 de outubro de 1992. As indústrias e a exploração das pedreiras começam a se instalar na região, fazendo com que o município comece a recuperar a sua economia com essa diversificação, já que ela se encontrava apenas baseada em uma única riqueza, o ouro. A antiga Mina se encontra recuperada e pode ser visitado diariamente no Parque Municipal amplo e bem cuidado administrativamente, assim como, o Museu do Ouro onde vestígios dos antigos moradores e políticos da região podem ser vistos.

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2.3 O ESPAÇO HIDRO-AMBIENTAL O meio ambiente araçariguamense está diretamente ligado às sua formação geológica, assumindo um aspecto importante para a organização de sua estrutura econômica e ambiental. Não podemos esquecer que dentro desse ambiente o Rio Tietê tem grande importância, sendo um elemento natural de extrema relevância para a diversificação da fauna e da flora local. O Rio Tietê passa por Araçariguama em condições consideradas impróprias para a navegação, devido ao leito granítico que se encontra nesta área. Isso proporciona ao município inúmeras cachoeiras e corredeiras, dentre as quais, a mais conhecida da cidade é denominada “Laranja Azeda”.

A área próxima a Araçariguama faz das margens do rio um local com muitas espécies vegetais: paineiras, seringueiras, amoreiras, araçás, morangos silvestres, além de várias espécies de peixes como pacu, piracanjuba, tabarana, traíra, bagre e cascudo. Araçariguama também registra uma grande extensão de Mata Atlântica, com uma fauna diversificada: capivaras, veados, catitus, tatus e jaguatirica. Algumas aves como siriema, perdiz, araçari (que deu origem ao nome da cidade) e o sanhaço se encontram com as espécies reduzidas devido à exploração do carvão natural e pela plantação de eucaliptos. Toda porção norte que circunda o município é considerada Área de Proteção Ambiental Cabreúva - Jundiaí, transformada no pulmão biológico da região formada por Santana do Parnaíba, Cabreúva, Itu, São Roque, Pirapora do Bom Jesus e pelo próprio município de Araçariguama.

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Infelizmente em algumas áreas, devido à exploração industrial, o rio se encontra agredido pela poluição e despejo dos esgotos dessas indústrias e pelas áreas residências. Alguns ribeirões como Potribu, Cavetá, Paiol, Araçariguama e Santo Antônio, juntamente com os córregos Ibaté, Sabiá e da Grama, e com os rios Jundiuvira e São João, banham e cortam o município em diversos pontos que, juntamente com o Tietê, integram a bacia hidrográfica araçariguamense, colocando o município no mapa hidrográfico e morfológico de São Paulo. Informa-se que a formação geomorfológica das áreas que circundam o Rio Tietê, que possibilita a formação de corredeiras em Araçariguama, funciona como purificadores biológicos da poluição que o Tietê recebe desde sua nascente, em Salesópolis, até chegar às proximidades da Usina do Rasgão e de Araçariguama. É bom lembrar que a barreira natural da região encravada em um vale apresenta um obstáculo constante às vias de comunicação. Foi esse relevo irregular que dificultou a penetração dos Bandeirantes e de outras correntes migratórias, mas não foi suficiente para barrar a penetração dos mineradores que, compensando a dificuldade do desenvolvimento agrícola, possibilitou a exploração mineral na região. Esse relevo acidentado, com suas rochas metamórficas sedimentadas (exemplo Voturuna), o conjunto de serras de Araçariguama representa muito bem a diversificação geológica, que vai do calcário a filitos e quartzitos. Soubemos pela Supervisora da Secretaria de Cultura do Município, Marina Cordeiro, que existe um acompanhamento para recuperar a fauna e flora da região, limitando a ação de caçadores e extração de carvão, além de

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estarem no início do processo de arborização dos sítios e propriedades afins.

3. O PATRIMÔNIO CULTURAL Araçariguama ainda possui alguns patrimônios que devem ser registrados: Igreja de Nossa Senhora da Penha Foi edificada em 1648 no local onde Gonçalo Bicudo Chassin deu início ao vilarejo. Foi construída em taipa de pilão e hoje é a Matriz do Município, tendo passado por várias reformas.

MATRIZ NA PRAÇA PRINCIPAL DE ARAÇARIGUAMA

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Casa da Fazenda

Sofreu com o passar dos tempos muitas modificações em suas características. Encontra-se fechada a visitação. A Fundação Cintra Gordinho tem intenções de criar um Espaço Cultural da cidade em suas dependências, quando a mesma for restaurada. Capela de Santa Bárbara

Localizada no Parque Municipal da cidade, é uma construção de escravos e se encontra próxima ao Museu da Cidade, na antiga Fazenda São José. Museu do Ouro – Antiga Casa da Fazenda São José

Construída durante o período da extração do ouro, guarda relíquias de antigas famílias e do período da produção agrícola.

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CAPELA DE SANTA BÁRBARA E MUSEU DO OURO

Antigas Olarias

Essas antigas olarias estão situadas no Bairro do Ronda, mas devido às chuvas que caíram no final da pesquisa de campo foi impossível chegarmos até lá. Datam dos meados do século XX e foram durante muitas décadas um dos marcos da atividade industrial de Araçariguama. Existem alguns fornos e alguns monjolos provenientes desse funcionamento. Fica nas proximidades da Rodovia Castelo Branco, e como não possui luz elétrica e devido às chuvas, como dissemos, foi impossível chegarmos até o local. Não fica nas proximidades do empreendimento, segundo informações orais obtidas junto a Secretaria de Cultura.

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Capela de Nossa Senhora da Conceição

Foi construída em 1688 pelo padre Guilherme Pompeu de Almeida para atender as necessidades religiosas dos escravos da antiga Fazenda do Barbosa. A capela hoje se encontra em área particular, e teve apenas a sua frontaria restaurada em taipa de pilão. Não pudemos entrar, pois os proprietários não se encontravam na região. Os empregados têm ordem para não permitir a entrada de estranhos. 4. O LAUDO TÉCNICO ARQUEOLÓGICO Como informamos anteriormente, o presente Laudo Técnico foi elaborado a pedido da Prominer, para integrar e EIA da ampliação das atividades de lavra e disposição de material estéril da VOTORANTIM CIMENTOS BRASIL LTDA., no município de Araçariguama, que totalizam 50 ha, dos quais 25 ha para a ampliação da lavra e de 25 ha para as áreas de bota-fora. Iniciamos o nosso levantamento pelas áreas atuais de lavra, tomando como ponto zero a portaria de entrada do empreendimento, a fim de verificarmos se nas áreas diretamente afetadas e indiretamente afetadas pela ampliação das atividades do empreendimento ocorriam trechos com solo relativamente preservados, que pudessem conter bens de interesse arqueológico.

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ENTRADA DO EMPREENDIMENTO: COORDENADAS UTM: 291515 / 7402422

Percorremos toda a área do empreendimento em atividade e observamos que a cava atual ocupa uma área de 24,6 ha, já alcançou o piso aproximado de 710 m. A cava atual encontra-se entre as coordenadas UTM: 291.500m e 292.500m e 7.402.000 e 7.402.500m N, onde pudemos verificar o solo bastante modificado pela ação da extração do minério. Verificamos a superfície e não detectamos qualquer tipo de cultura material, além de termos falado com alguns operários que disseram desconhecer esses tipos de vestígios no local.

Cava atual em funcionamento

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ÁREA DE CAVA VISTA DO PLATÔ

Utilizando o mapa apresentado anexo, é possível verificar grafado em azul, a área proposta para ampliação da lavra, situada entre as Coordenadas UTM 291760 / 7.402.541 e 292.038 / 7.402.577, que ainda mantêm alguns vestígios de gramíneas baixas. A área também foi percorrida e nada foi verificado em superfície no que diz respeito à cultura material. No dia da nossa visita na área do empreendimento, apesar da chuva, as atividades de lavra continuavam. Partindo daí, fomos percorrer a área de ampliação chamada de bota-fora (área de disposição de material estéril), localizada entre as coordenadas UTM 291.663/7.402.052, onde o terreno se encontra livre de vegetação e de gramíneas.

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Convém informar de que a mata que aparece ao fundo, nas fotos acima, não deverá ser impactada pela ampliação ou pelo depósito do estéril.

ÁREA DE DISPOSIÇÃO DE MATERIAL ESTÉRIL (BOTA-FORA)

VISTA DA ÁREA DE CAVA DE UM DOS

PONTOS DE AMPLIAÇÃO

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ÁREA DE RECUPERAÇÃO DENTRO DO EMPREENDIMENTO

A área de recuperação do empreendimento está situada entre as coordenadas UTM: 292.431/7.401.855 e deverá ser coberta com plantas nativas da região, segundo informações obtidas junto ao funcionário da empresa, Paulo Augusto Leite (segurança). Para confirmarmos a não presença ou a presença da cultura arqueológica, tanto na área da cava atual, como na área de ampliação da lavra (ADA), ela foi percorrida a pé e o solo todo vasculhado, pois não tínhamos informação de que durante toda a extração do minério na região tivessem sido encontrados alguns vestígios arqueológicos. Só não foram realizadas sondagens para verificação do solo em profundidade. Procuramos conversar com moradores vizinhos, alguns operários (motoristas de caminhão) que transportam o minério e aqueles que extraem o minério e a resposta sempre foi a mesma: desconhecem o material arqueológico e também

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nunca ouviram dizer que alguém na região próximo ao empreendimento tenha visto algum vestígio desse tipo. Entretanto, para não deixar dúvidas, fomos também percorrer as áreas de depósito do minério (AII) e observamos o mecanismo para armazená-lo e também conversamos com os operários responsáveis pelo serviço. Alguns estão trabalhando na área há mais de 2 anos e a resposta foi igual aos dos outros. Não observaram ou ouviram falar de alguém que tenha visto algum tipo de vestígio indígena ou de escravos pela região do empreendimento. Um dos operários, Manoel Francisco, disse que na terra dele é comum encontrar vestígios desse tipo (Pernambuco), mas que em Araçariguama ele só conhece o Museu do Ouro e a Capela de Santa Bárbara como vestígio de índio.

ÁREA DE ARMAZENAMENTO DO MINÉRIO DA VOTORANTIM CIMENTOS BRASIL

LTDA.

A nossa preocupação em percorrermos detalhadamente toda a área do empreendimento, foi motivada pela existência da área se encontrar dentro de um programa regional do Rio Tietê, da Universidade de São Paulo, desde 1982: Programa de Pesquisas Arqueológicas no Vale do Rio Tietê.

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Vários sítios arqueológicos foram verificados nessa região: sítios líticos, cerâmicos e sítio histórico. Infelizmente, muito pouco restou da presença das tropas e dos índios pela região. São poucos os que fazem menção da passagem dos tropeiros e dos índios, registrada pela história de Araçariguama. Tanto para os funcionários da empresa, quanto para os funcionários da Secretaria de Cultura e Turismo, o que mais interessa é a presença da Mina de Ouro, que foi restaurada e que carreia para o Município muitas divisas com os turistas. Dessa forma, podemos afirmar que, principalmente, onde o empreendimento deverá ser ampliado, para dar continuidade às extrações do minério, não observam quaisquer tipos de vestígios arqueológicos superficiais que impeçam a ampliação das atividades de lavra e disposição de material estéril da VOTORANTIM CIMENTOS BRASIL LTDA no Município de Araçariguama-SP. Entretanto, como não foram realizadas intervenções no subsolo, convém, quando da ampliação da área de lavra de calcário, ter-se o cuidado da observância da Portaria IPHAN nº 230/02, ou seja, da necessidade de acompanhamento por um técnico em arqueologia.

5. BIBLIOGRAFIA Caldarelli, S & Neves, Walter. Programa de Pesquisas Arqueológicas no Vale do Rio Tietê, Estado de São Paulo. São Paulo: Revista de Pré-História, v.3 nº. 4. 1982. Camargo, Silveira. História de Santana do de Parnaíba. São Paulo: mimeografado. 1990.

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Cowgill, G.L. Toward Refining Concepts of Full-Coverage. In Fish & Kowalewski (ed). The Archaeology of Regions – A Case for Full-Coverage survey. Washington, D.C.: Smithsonian Institution Press. 1982. Fish, P. Pesquisa de Arqueologia Regional em Ambiente Florestal – a Represa Wallace: um estudo de caso. In Workshop de Métodos Arqueológicos e Gerenciamento de Bens Culturais. Rio de Janeiro: Cadernos de Debates nº. 2, Minc/IPHAN: 87-106. Kintigh, K.W. Comments on the Case for Full-Coverage Survey. In Fish & Kowalewski (ed). The Archaeology Regions – A case for Full-Coverage Survey. Washington, D.C.: Smithsonian Institution Press. 1990. Leme, Pedro Taques. Notícias das Minas de São Paulo. São Paulo: mimeografado. 1975. Monteiro, John et al. Índios no Estado de São Paulo: Resistência e Transfiguração. São Paulo: Yankatu/Comissão Pró-Índios de São Paulo. 1984. Nimuendaju. C. Mapa Etno-histórico do Brasil e Regiões Adjacentes. IBGE. Rio de Janeiro: 1980. Prominer, Projetos S/C Ltda. EIA/RIMA entregue à Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo. São Paulo: 2008. Petrone, P. Povoamento e Caminhos no século XVIII e Primeira Metade do Século XIX. São Paulo: Ed. USP. 2001.

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Schaden, Egon. Os primitivos habitantes do território paulista. São Paulo: Revista de História (V): 385-406. 1954.

6. EQUIPE TÉCNICA Glauciano Mariano – Prominer Projetos S/C Ltda. – Campo. Eliete Pythagoras Britto Maximino

Santos, 30 de maio de 2008.

Eliete Pythagoras Britto Maximino Arqueóloga Responsável IBAMA nº. 572.501