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ELABORAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES

Programa Nacional de Controlo de Infecção (PNCI).

Dr.ª Ana Cristina Costa – Coordenadora Operacional

Maria Goreti Silva – Enfermeira de Controlo de Infecção

Colaboração:

Comissão de Controlo de Infecção do Hospital do Barreiro: Dr. José Clemente,

Enfermeiros: Etelvina Ferreira e Pedro David Espada dos Santos e Dr.ª Rute

Miranda.

Comissão de Controlo de Infecção do Hospital de São Francisco Xavier,

(cedência das recomendações internas para a prevenção da infecção nosocomial

em caso de gripe das aves 2005/06).

Revisão:

Director do INSA: Dr. Fernando de Almeida

Sub-Directora do INSA: Dr.ª Francisca Avillez

Dr.ª Teresa Paixão – Centro de Virologia

Dr. Marinho Falcão – Observatório Nacional de Saúde (ONSA)

Drª Maria João Branco – Observatório Nacional de Saúde (ONSA)

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ÍNDICE

Página 1. OBJECTIVOS ....................................................................................... 4

2. CAMPO DE APLICAÇÃO ..................................................................... 4

3. CONCEITOS/DEFINIÇÕES ................................................................. 4

4. MEDIDAS GLOBAIS DE PREVENÇÃO ............................................... 6

5. MEDIDAS ESPECIFICAS PARA A PANDEMIA DE GRIPE

5.1 Colocação de utentes – triagem e isolamento ............................... 13

5.2 Vigilância dos Profissionais de Saúde ........................................... 16

5.3 Formação/Informação..................................................................... 17

5.4 Equipamento de Protecção Individual na prestação de cuidados a

doentes com gripe ........................................................................... 19

5.5 Colheita de Produtos para Exame Microbiológico .......................... 23

5.6 Alta e Transferência de doentes em isolamento ............................ 23

5.7 Deslocação de doentes em isolamento.......................................... 24

5.8 Cuidados “pos-mortem” ................................................................. 24

5.9 Limpeza e Desinfecção da área de isolamento ............................ 25

5.10 Descontaminação de Material e Equipamento ............................. 26

5.11 Triagem, Transporte e Tratamento de Roupa / Lavandaria ......... 27

5.12 Triagem e Transporte de Resíduos .............................................. 27

6. RECOMENDAÇÕES PARA O AMBULATÓRIO .................................. 28

6.1 Coordenação geral ........................................................................ 28

6.2Instalações e actividades específicas nos Centros de Saúde ....... 32

6.3 Consultórios Médicos/Clínicas privados ........................................ 34

6.4 Dentistas/Clínicas dentárias .......................................................... 34

6.5 Lares de idosos ............................................................................. 35

7. RECOMENDAÇÕES FINAIS .............................................................. 36

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 39

ANEXOS .................................................................................................. 40

Anexo I - Precauções Básicas ................................................................. 41

Anexo I-A - Higienização das mãos ........................................................ 47

Anexo II - Precauções Dependentes das Vias de Transmissão ............ 51

Anexo III - Estrutura de uma unidade de isolamento.......................... 62

Anexo IV -. Checklist para verificação periódica do material na área de

Isolamento............................ 64

Anexo V -.Impresso de Rastreabilidade das amostras.................................... 65

Anexo VI - Guia de Consulta Rápida ...................................................... 66

Anexo VII - Sites para Consulta .............................................................. 68

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REFORÇO DAS MEDIDAS DE CONTROLO DE INFECÇÃO

NA PERSPECTIVA DA OCORRÊNCIA DE PANDEMIA DE GRIPE

1. OBJECTIVOS �

• Prevenir a transmissão de infecção cruzada da gripe nas Unidades de Saúde;

• Prestar cuidados de saúde de forma segura, minimizando os riscos;

• Uniformizar procedimentos;

• Minimizar os impactos da pandemia de gripe nas Unidades de Saúde.

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2. CAMPO DE APLICAÇÃO �

Todos os profissionais a exercer funções nas Unidades de Saúde: áreas de atendimento

administrativo, de triagem de doentes e locais de prestação directa de cuidados, profissionais

de apoio e vigilância, profissionais das áreas hoteleiras (outsourcing), profissionais de apoio

religioso, voluntários, apoio domiciliário, doentes, familiares, visitantes e fornecedores.

3. CONCEITOS / DEFINIÇÕES �

• Contacto próximo: contacto sem protecção adequada a menos de 1 metro de

distância, com um ou mais casos possíveis, prováveis ou confirmados de gripe;

• Precauções Básicas: Precauções aplicáveis à prestação de cuidados a todos os

doentes, independentemente de ser conhecido o seu estado infeccioso;

• Precauções por Gotículas: Precauções complementares das Básicas,

designadas para reduzir o risco de transmissão cruzada da infecção pela via das

gotículas expelidas através da tosse, fala, espirro, etc. (partículas >5 �m de

diâmetro);

• Precauções por via aérea: Precauções complementares das Básicas, designadas

para reduzir o risco de transmissão cruzada da infecção pela via aérea (partículas

< 5 �m);

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• Precauções de Contacto: Precauções complementares das Básicas, designadas

para reduzir o risco de transmissão cruzada da infecção pela via de contacto

directo ou indirecto;

• Isolamento de contacto: Medidas de contenção na fonte, através da higiene das

mãos, uso de barreiras protectoras e de materiais e equipamentos

individualizados;

• Isolamento estrito/individual: Colocação de doente em quarto individual de

isolamento, com infraestruturas próprias: preferencialmente com antecâmara,

sistema de renovação/tratamento do ar, instalações sanitárias, material e

equipamento individualizado;

• Isolamento por Coorte: Quando não há quarto individual de isolamento,

colocação dos doentes colonizados ou infectados com o mesmo microrganismo,

juntos no mesmo quarto/área de isolamento;

• Sistema de Pressão negativa no quarto de Isolamento: termo usado para o

sistema de ventilação com capacidade de renovação de ar, igual ou superior a 12

renovações (novas construções após 2001) ou 6 renovações (construções

anteriores a 2001) e que está sob pressão negativa. Para mais informações,

consultar norma do CDC “Guidelines for Environmental Infection Control in

Health Care Facilities”. MMWR, June 6, 2003.

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4. MEDIDAS GLOBAIS DE PREVENÇÃO

Deve ser estabelecido um fluxograma de gestão de casos que preveja:

• A capacidade de resposta das Instituições em função da capacidade do Serviço de

Urgência/Emergência;

• Número de camas/serviços, especificamente, de Cuidados Intensivos

considerando a quantidade e tipo de ventiladores;

• Espaços entre camas; Salas de espera – áreas de triagem de utentes;

• Áreas de isolamento de contenção e sistemas de ventilação;

• Capacidade do serviço de transporte de doentes;

• Planeamento e reforço da distribuição de material e medicamentos, seu

armazenamento e stocks;

• Reforço das condições de fornecimento de alimentação;

• Avaliação das condições de trabalho dos profissionais de saúde e seu

acompanhamento; Recursos humanos e logísticos disponíveis;

• Circuitos internos e externos – circulação intra-institucional e inter-institucional de

utentes e de apoios na comunidade;

• Recursos laboratoriais disponíveis internos e externos (de referência).

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Aspectos Chaves da Prevenção: A organização habitual dos cuidados poderá ter que ser alterada para implementar medidas

excepcionais de controlo de infecção; Deve existir um rigoroso planeamento das actividades e gestão dos equipamentos de

protecção individual (EPI) necessários; Deve ser feita uma avaliação local dos riscos para determinar as medidas de controlo de

infecção aplicáveis. Muito importante: É necessário reforçar junto dos profissionais, doentes e familiares, o cumprimento das medidas básicas de protecção (Precauções Básicas) e das precauções dependentes das vias de transmissão (Contacto, gotículas e via aérea).

A prevenção da transmissão da gripe pandémica nos serviços de saúde requer a aplicação

dos seguintes princípios:

• Reconhecimento precoce dos casos de gripe;

• Implementação correcta e consistente de medidas apropriadas de controlo de

infecção para limitar a transmissão cruzada. As precauções básicas e as

precauções por gotículas são aplicáveis na maioria das circunstâncias. Em

situação de pandemia, é importante reforçar estas medidas, com o cumprimento

das precauções por via aérea e por contacto directo/indirecto;

• Em certas situações estas medidas de controlo podem necessitar de ser

aumentadas com níveis mais elevados de protecção respiratória e controlo

administrativo, tal como segregação ou coorte dos doentes com gripe pandémica,

daqueles com outros diagnósticos;

• Implementar outras medidas auxiliares tais como afastar os profissionais de saúde

doentes e as visitas das instalações e afixar cartazes com avisos/recomendações

pertinentes numa linguagem clara e inequívoca;

• Formação/informação dos profissionais de saúde, doentes, e visitas acerca da

transmissão da gripe com linguagem adequada e acessível;

• Tratamento dos doentes e profissionais de saúde com anti virais para reduzir a

infecciosidade e a duração da doença;

• Vacinação dos doentes e dos profissionais de saúde, de acordo com o Programa

Nacional de Vacinação e instruções da Direcção Geral de Saúde (Circular

Informativa da Direcção-Geral de Saúde, n.º 48/DT de 19/09/05);

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As medidas de isolamento devem ser iniciadas o mais rápido possível. Os princípios gerais

de controlo de infecção prendem-se com o cumprimento das Precauções Básicas e

Dependentes das vias de Transmissão, com a contenção na fonte e o isolamento de

doentes.

Os Anexos I e II, fazem uma revisão exaustiva das Precauções Básicas e das Precauções

Dependentes das vias de Transmissão. Para mais informação consultar o site do CDC:

www.cdc.gov.

Precauções Básicas

As precauções Básicas visam a auto protecção dos profissionais e de todos os indivíduos e

devem, num contexto de pandemia ser reforçadas, uma vez que constituem a medida

preventiva mais importante.

No quadro da página seguinte apresenta-se um resumo das medidas que constituem as

“Precauções Básicas”.

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�PRECAUÇÕES BÁSICAS AMBITO

Vacinação/Imunização De acordo com o Programa Nacional de Vacinação e de acordo com a Circular Informativa da Direcção-Geral de Saúde, n.º 48/DT de 19/09/05.

Higienização das mãos

Deve ser sempre efectuada após o manuseamento de sangue, fluidos corporais, excreções, secreções ou de qualquer objecto contaminado quer tenham sido ou não usadas luvas; pode ser necessária a lavagem das mãos entre procedimentos no mesmo doente. Deve usar-se solução anti-séptica alcoólica na higiene de rotina das mãos (mãos visivelmente limpas), ou um sabão simples sem antimicrobiano (mãos visivelmente sujas/contaminadas). Lavar as mãos após assoar, tossir, espirrar.

Luvas Usar luvas (limpas, não esterilizadas) para manipular sangue, fluidos corporais, excreções, secreções ou objectos contaminados, antes de tocar em membranas mucosas ou em pele não intacta; As luvas devem ser mudadas entre procedimentos no mesmo doente, após contacto com material que possa conter alta concentração de microorganismos.

Máscara/ P Protecção de olhos e face

Está indicada em procedimentos com a capacidade potencial de produção de salpicos ou de “aerossóis”, de secreções ou excreções, sangue, outros fluidos corporais; As máscaras devem ser seleccionadas de acordo com as patologias e eficácia de filtragem necessária.

Bata

Tem por objectivo proteger os profissionais e visitas, minimizando a contaminação da pele, do fardamento ou do vestuário, durante procedimentos com capacidade potencial de produção de salpicos ou de aerossóis de sangue, de fluidos corporais, de secreções ou de excreções, aquando dos cuidados de higiene aos doentes, procedimentos invasivos, cirurgias; Não precisam ser esterilizadas, a não ser em actos cirúrgicos ou outros procedimentos invasivos que envolvam assepsia; Em cirurgias com grande projecção de líquidos, sangue, etc. (ex. cirurgia urológica) as batas devem ser impermeáveis.

Uso racional de equipamentos de protecção individual (barreiras protectoras), adaptadas aos procedimentos

A Avental de Pl plástico

Devem ser usados para impedir a conspurcação de roupa durante procedimentos com capacidade potencial de produção de salpicos ou de aerossóis de sangue, de fluidos corporais, de secreções ou de excreções, aquando dos cuidados de higiene aos doentes, etc.

Isolamento-colocação dos doentes Selecção do tipo de isolamento de acordo com a cadeia epidemiológica da infecção, as patologias e as vias de transmissão (estrito, coortes e de contacto).

Controlo ambiental Implementação de medidas gerais de controlo: da higienização do ambiente, remoção segura de derrames e salpicos de sangue e de outra matéria orgânica, desinfestação, descontaminação adequada do material de acordo com o risco que representa para o doente, garantia de controlo dos circuitos dos resíduos, alimentação, e transporte de doentes.

Prevenção dos acidentes por picada/ corte

Divulgação de medidas e protecção dos profissionais no sentido de evitar acidentes por corte/picada e implementação de protocolo pós-exposição.

Ensino ao doente e família: • Cuidados a ter ao tossir,

espirrar, etc,; • Higiene das mãos; • Uso de barreiras

protectoras; • Cuidados inerentes ao

isolamento

Os doentes e visitas devem ser encorajados a minimizar o risco de transmissão da gripe através da contenção de espirro, tosse, assoar o nariz, cobrindo o mesmo e a boca com lenços/toalhetes; eventualmente máscaras e outros EPI, higienizar as mãos após tossir, espirrar, assoar; manter as mãos afastadas dos olhos e nariz; providenciar contentores para recolha dos lenços/toalhetes junto dos utentes e em locais estratégicos.

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A higiene das mãos é uma das medidas mais relevantes (mais simples e mais eficaz) na

prevenção da transmissão cruzada da infecção entre doentes e profissionais, na prestação de

cuidados de saúde, pelo que se reforça a necessidade de promover em todas as situações,

esta prática.

Princípios Gerais da Higienização das Mãos

As mãos devem ser higienizadas imediatamente após cada contacto directo com o doente e

após qualquer actividade da qual possa resultar contaminação das mãos;

• A fricção das mãos com soluções anti-sépticas de base alcoólica é um processo

que exige menos tempo que a lavagem das mãos, pode ser realizado quando não

há lavatórios, e é mais eficaz na prestação de cuidados a doentes com estirpes

“alerta”, estirpes resistentes/multi-resistentes. Por estas razões os Centers for

Diseases Control (CDC) recomendam o recurso a estas soluções sempre que as

mãos não estejam visivelmente sujas - consultar a política de anti-sépticos e

desinfectantes da Instituição;

• Devem existir em todas as unidades de saúde, recomendações escritas para a

higienização das mãos, as quais devem ser discutidas pormenorizadamente e em

sessões técnicas, com todos os grupos profissionais; poderão ser distribuídos

folhetos e cartazes complementares, como meios de motivação/sensibilização

destes para a boa prática;

• Para os doentes e visitas, também deve ser feita sensibilização para esta prática,

com linguagem acessível, adaptada e direccionada.

Nota: Passar de um doente para outro sem higienizar as mãos, é considerado uma falha grave na

prevenção e controlo da transmissão cruzada da infecção. Em situação pré-pandémica e

pandémica, esta medida torna-se ainda mais relevante, pelo que se dá ênfase à necessidade de a

promover nas Instituições.

Importante: recomenda-se a consulta ao anexo I-A, onde são descritos o procedimento

e técnica de higienização das mãos.

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Utilização de Equipamentos de Protecção Individual (EPI)/Barreiras Protectoras

Os Órgãos de Gestão das Unidades de Saúde são responsáveis por garantir o fornecimento

dos equipamentos de protecção individual em qualidade e quantidade suficientes de acordo

com as necessidades e promover a formação e treino dos profissionais relativamente ao seu

uso. É responsabilidade de cada profissional de saúde seleccionar os equipamentos de

protecção mais apropriados em função do contacto previsto.

Deve existir na Instituição, recomendação escrita para a utilização racional e adequada dos

EPI, a qual deve ser amplamente divulgada por todos os grupos profissionais.

Para quebrar a cadeia epidemiológica da transmissão cruzada da infecção é necessário:

• Adequar as barreiras protectoras aos procedimentos;

• Cumprir as regras de colocação e remoção das mesmas (retirá-las imediatamente

após os procedimentos e junto do doente; não passar com as barreiras de

protecção de um doente para outro e entre procedimentos assépticos/limpos e

sujos, no mesmo doente);

• Formar e treinar profissionais e educar os doentes e visitas para a selecção das

barreiras, sua colocação e remoção, a qual é fundamental do ponto de vista da

prevenção e controlo da transmissão cruzada da infecção.

Importante: Recomenda-se a consulta do anexo I (Precauções Básicas) que complementa

a informação acerca dos EPI.

Precauções Complementares ou Dependentes das Vias de Transmissão

• Para além do cumprimento das Precauções Básicas atrás descritas, existem

recomendações complementares (Precauções Dependentes das Vias de

Transmissão) que se destinam a orientar os profissionais na prestação segura

dos cuidados, de acordo com a cadeia epidemiológica da infecção, as vias de

transmissão e as patologias;

• Estas Precauções aplicam-se a todos os doentes que se sabe ou que se suspeita

estarem infectados ou colonizados com microrganismos epidemiologicamente

importantes, também designados microrganismos "alerta" (estirpes resistentes,

multi-resistentes e microrganismos emergentes na actualidade);

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• As Precauções Dependentes das Vias de Transmissão repartem-se por uma de

três vias:

: Via aérea

: Gotículas

: Contacto (directo e indirecto).

Estas precauções complementam as Básicas, mas não as substituem. Todos os

profissionais de saúde devem estar treinados para o seu cumprimento e este deve ser

reforçado em situação de pandemia da gripe. Doentes, familiares e visitas também devem

ser treinados para o cumprimento destas precauções.

Nota: Recomenda-se a consulta do Anexo II, relativo às Precauções Dependentes das Vias de

Transmissão.

5. MEDIDAS ESPECÍFICAS PARA A PANDEMIA DE GRIPE

5.1. Colocação de Doentes – Isolamento de Casos de Gripe

Triagem de Utentes em áreas de urgência/emergência: Medidas Gerais:

Triagem:

Colocar “alertas visuais” para informação dos doentes à entrada da Unidade de Saúde com

orientações simples de ensino sobre as Precauções Básicas e Dependentes das Vias de

Transmissão para prevenção da gripe. Estas orientações incidem sobre:

• Colocação da máscara cirúrgica com fixação auricular a todos os doentes que

apresentem sintomas respiratórios (tosse ou espirros);

• Utilização de lenço de papel ao tossir, espirrar ou assoar-se;

• Fricção das mãos com solução anti-séptica alcoólica após contacto com secreções

expelidas ou após assoar, espirrar, etc.;

• Colocação dos lenços de papel ou toalhetes em contentor de resíduos do grupo III;

• Manutenção de uma distância de pelo menos 1 metro entre pessoas com e sem

gripe.

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Em se tratando de serviços de pediatria ou de saúde infantil:

• É importante fazer ensino às crianças e respectivas famílias para adoptar boas

medidas de higiene a fim de minimizar a transmissão da infecção: utilização de

lenços descartáveis; cobrir o nariz e boca sempre que espirrar e tossir; lavar as

mãos após tossir, espirrar ou assoar-se; manter as mãos afastadas das

membranas mucosas dos olhos e da boca.

• Áreas comuns (ex: áreas de brincar) devem ser fechadas;

• No contexto de pandemia, os brinquedos devem ser eliminados;

• Não sendo isto possível, os brinquedos existentes devem ser laváveis e

higienizados regularmente (de preferência aquando da limpeza das superfícies),

com água e sabão, seguido de desinfecção com álcool a 70º;

• Os brinquedos não devem ser partilhados;

• A higiene do ambiente deve ser reforçada.

A preparação para a chegada de um possível doente com gripe pandémica, é muito

importante do ponto de vista da limitação da transmissão cruzada da infecção.

Imediatamente após ter sido identificado um caso suspeito de gripe, é fundamental cumprir

os seguintes passos:

• Disponibilizar máscaras, solução anti-séptica alcoólica para higienização das mãos

e contentores para recolha dos resíduos no local de triagem;

• Encaminhar os doentes o mais rapidamente possível para a área de Isolamento.

Prescrição de Isolamento em unidades de internamento:

O isolamento deverá ser feito de acordo com as com as características, estrutura física e

condições disponíveis em cada unidade de saúde:

• Preferencialmente, o doente deve ser colocado em quarto individual com pressão

negativa, com casa de banho própria (porta mantida fechada);

• Havendo a possibilidade de quarto individual mesmo sem pressão negativa,

colocar o doente nesse quarto/área mantendo porta fechada;

• Não dispondo de quarto individual, colocar os doentes com gripe em isolamento de

coorte em sala/enfermaria com fornecimento independente de ar, sistema de

exaustão (se possível) e instalações sanitárias separadas onde as camas devem

ter no mínimo 1,5 metro de intervalo, desejavelmente separadas por uma barreira

física (cortinas);

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• O tempo de isolamento recomendado para um adulto é de cerca de 7 dias após

resolução da febre; para uma criança < de 12 anos deve ser de 21 dias após o

inicio da doença (rever fluxograma de gestão de casos apresentado na página 7);

• Preferencialmente, não colocar casos “suspeitos” junto com casos “prováveis”;

• Evitar exposição desnecessária dos profissionais – limitando o número de

profissionais que prestam cuidados directos.

Cuidados específicos para Pediatria/Saúde Infantil

As instalações físicas de prestação de cuidados a crianças têm problemas acrescidos

devido à dificuldade das crianças aderirem às medidas de higiene respiratória. Por outro

lado, as crianças eliminam os vírus por um período mais longo do que os adultos. Por estas

razões devem ser tidos em consideração os seguintes aspectos quando se realizam coortes

de crianças:

• Por diferentes grupos de idades (bebés, crianças pequenas e adolescentes);

• Status vacinal das crianças;

• Presença de imunodepressão;

• Presença de co-infecção com outros patógeneos (vírus sincicial respiratório). Estas

crianças devem ser colocadas separadamente se possível. Os profissionais e

crianças infectadas com Influenza ou outro patogéneo devem ser isoladas.

Equipamento de protecção individual (EPI) na área/quarto de isolamento:

• Só é permitido entrar no quarto do doente com gripe pandémica, com EPI:

máscara de alta filtração (P2), batas, luvas não esterilizadas, touca e óculos;

• Planear as actividades de modo que todos os cuidados necessários possam ser

prestados em cada entrada a fim de evitar saídas e re-entradas evitáveis;

• As intervenções (inevitáveis) que possam causar aerossolização das secreções

respiratórias tais como nebulização de broncodilatadores, fisioterapia respiratória

etc., devem ser feitas na área de isolamento, utilizando os EPI que permitam a

protecção máxima dos profissionais e dos outros doentes internados.

Instalações e Organização da área de Isolamento ( Consultar o Anexo III):

O isolamento de contenção deve ser estrito. Havendo quarto individual este deve ter as

seguintes condições:

• Sistema de tratamento de ar com pressão negativa que deve incluir a antecâmara

e área de acesso à unidade de isolamento;

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• Se a ventilação do quarto for ligada ao sistema geral (se não existe um sistema de

ventilação próprio), o sistema de ventilação deve ser desligado;

• Instalações sanitárias privativas (duche, sanita e lavatório equipado com sabão

apropriado, solução alcoólica, toalhetes de uso único para as mãos e contentor

para recolha dos toalhetes);

• Antecâmara e com lavatório para as mãos, equipado com suporte de sabão líquido

e solução anti-séptica alcoólica, toalhetes de uso único para secagem das mãos e

receptáculo para os toalhetes e para recolha das barreiras protectoras usadas.

Preparação da área de isolamento:

• Identificar a área/quarto, de acordo com o tipo de isolamento;

• Retirar toda a mobília não essencial;

• Limitar ao mínimo objectos pessoais do doente;

• Colocar prateleira, carro ou armário de apoio ao isolamento no interior da

área/quarto de isolamento com todo o material. Estetoscópios, termómetros e

outros equipamentos, devem ser de uso exclusivo do doente. Se não puderem ser

de utilização individual, devem ser sempre lavados/desinfectados entre

utilizadores;

• Manter também dentro da área/quarto de isolamento todo o material necessário

para a limpeza e desinfecção, o qual deve ser exclusivo;

• Proceder ao checklist do material no quarto/área de isolamento, com a

regularidade estabelecida de acordo com as necessidades; assinalar a data de

reposição - (Consultar Anexo IV - Checklist de material).

5.2. Vigilância dos Profissionais

• Todos os profissionais que contactam e ou prestam cuidados de saúde a doentes

com gripe, devem ser alertados para referirem sinais ou sintomas que possam

fazer suspeitar infecção;

• Devem verificar a sua temperatura 2 vezes por dia e reportar qualquer episódio

febril à CCI e Serviço de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SSHST). O

profissional com episódio febril ou outra sintomatologia associada não deve ser

envolvido directamente no tratamento de doentes até avaliação clínica;

• Todos os profissionais de saúde com febre >38º C e com contacto com doentes

infectados, devem ser sujeitos a testes diagnóstico. Caso não seja identificada

outra causa devem ser imediatamente tratados com a terapêutica antigripal

recomendada, na presunção de que estão infectados pelo vírus da gripe. Todos os

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profissionais que tenham sido expostos a aerossóis, secreções ou outros fluidos

corporais, (sem EPI, ou por acidente de trabalho) devem ser considerados para

quimioprofilaxia;

• Os profissionais envolvidos em procedimentos de alto risco (por exemplo que

gerem aerossóis) devem considerar a necessidade de profilaxia de exposição. A

quimioprofilaxia deve ser iniciada imediatamente após exposição ou, no máximo

até 2 dias após esta ter ocorrido e pode continuar durante 6 semanas, em todos os

profissionais de saúde que tiveram contacto com vírus da gripe ou com doente

infectado. Em caso de febre devem abster-se de frequentar locais públicos e

interagir com outras pessoas;

• Todos os profissionais que colhem e transportam produtos microbiológicos ao

Laboratório, devem também ser identificados/rastreados para seguimento. Deve

limitar-se ao máximo o numero de profissionais em contacto com estes produtos.

(Consultar anexo V – Impresso de rastreabilidade das amostra para avaliação

microbiológica).

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5.3. Formação Informação

Profissionais

• Salienta-se a importância da formação e treino dos Profissionais sobre as

Precauções Básicas e isolamento de via aérea de gotículas e de contacto.

Estas acções de formação devem ser planeadas em parceria com os Núcleos ou

Centros de Formação, as Comissões de Controlo de Infecção (CCI), o Serviço de

Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SSHST) e Departamento de Gestão de

Risco;

• Esta formação deve contemplar a componente prática, preferencialmente com a

realização de exercícios práticos, para melhor treinar os profissionais para a acção;

• A formação deve abranger todos os grupos profissionais, mesmo os que estejam

integrados nas empresas de prestação de serviços externos (out-sourcing), não

esquecendo, os profissionais das áreas de Laboratório, Anatomia Patológica,

Medicina Física e Reabilitação, Imagiologia, profissionais dos transportes de

doentes/ambulâncias, alimentação, limpeza e resíduos, transporte e tratamento de

roupa, preparação, transporte de falecidos, morgue e armazém de material.

• As recomendações de prevenção da transmissão cruzada devem ser discutidas

com toda a equipa de cada serviço/departamento;

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• Em cada serviço, poderá ser importante a indigitação de um ou mais profissionais

para divulgar as recomendações e estar atento ao cumprimento das regras de

protecção e prevenção da transmissão cruzada.

Doentes:

• Para além do ensino já atrás referido, na área de triagem, se os doentes ficam em

isolamento, devem ser informados sobre todas as componentes do isolamento e

sua justificação;

• Ensinar aos doentes como devem higienizar as mãos: após tossir, espirrar, assoar-

se; Deve-lhes ser fornecido material de contenção respiratória: lenços, toalhetes e

saco de plástico individual ou contentor para ir recolhendo os lenços/toalhetes

sujos usados e disponibilizar solução alcoólica junto à unidade do doente;

• Deve-lhes ser fornecido material suficiente para contenção respiratória: lenços,

toalhetes, solução alcoólica e um saco de plástico individual para ir recolhendo os

lenços/toalhetes sujos usados;

• Informar os doentes que não devem partilhar com outros, objectos pessoais,

revistas, jornais, etc.;

• Encorajar a usar telefone próprio (se o tiver). Não sendo possível, o telefone móvel

de uso comum deve ser desinfectado com álcool a 70º, entre doentes.

Familiares e Visitantes:

• Promover o ensino necessário aos familiares e visitantes para o cumprimento das

precauções a tomar;

• Sempre que possível, não devem ser permitidas as visitas em área de isolamento

de doentes com gripe;

• Para as situações de excepção, as visitas devem usar máscara P2, luvas de

procedimento, bata;

• Desencorajar os contactos próximos das visitas com os doentes e/ou as vistas a

outros doentes internados na área de coorte ou outras áreas do serviço;

• Ensinar aos familiares/visitas como higienizar as mãos, salientando a necessidade

de o fazer após tossir, espirrar e assoar-se, disponibilizando toalhetes ou lenços e

contentor ou saco acessível para recolha dos mesmos;

• Fazer ensino acerca da utilização de contentores de corto-perfurantes, de recolha

de resíduos, roupa e de material sujo na área ou no interior do quarto de

isolamento;

• Colocar armário ou prateleiras no exterior da área de isolamento ou antecâmara de

suporte para armazenar os EPI e materiais de higienização das mãos;

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�19

• Colocar o material de limpeza necessário, exclusivo para esta área;

• Em situação de pandemia, não permitir a entrada no quarto ou área de isolamento,

o telefone móvel (que é levado de cama em cama). O ideal é que haja telefone fixo

na unidade do doente.

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Nota: Para mais informações relativas ao ensino à família utentes, consultar os

documentos:

- WHO “Influenza A (H5N1): WHO Infection Control Guidelines for Health Care Facilities),

March 2004:

- U.S. Department of Health and Human Services “Pandemic Influenza Planning: a Guide for

Individuals and Families”, January 2006 - http://www.pandemicflu.gov/planguide

- CDC “Respiratory Hygiene/Cough Etiquette” , “Wash your hands often” . Consultar os

posters disponíveis

� !. Utilização de Equipamentos de Protecção (EPI) na Prestação de

Cuidados a Doentes com Gripe

Os EPI reduzem mas não eliminam o risco de transmissão; Só são efectivos se usados

correctamente e em cada contacto; o seu uso não substitui as medidas básicas de higiene

nomeadamente a higiene das mãos;

Os EPI devem ser retirados imediatamente após o contacto ou procedimento; após o

descarte devem ser eliminados de acordo com o protocolo em vigor na Instituição para os

resíduos. Os quadros seguintes fazem uma resenha dos EPI adequados aos

procedimentos.

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�20

Uso de EPI e Higiene das Mãos (Doentes e Visitas) na Prestação de Cuidados a

Doentes com Gripe:

����Quadro 1: Uso de EPI/Higiene das mãos na área/quarto de isolamento:

Medidas Doentes Visitas Higiene das mãos X X

Uso de luvas - X Uso de Batas - X Uso de avental de plástico - - Máscara P2 ( N 95) - X Máscara cirúrgica X - Óculos ou viseira - - Protecção do cabelo - X

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� Nota: O uso de máscara P2 (N 95) pelas visitas só se justifica se não for viável manter uma distância do doente superior a 1 metro.

Resumo do uso global de EPI e Higiene das Mãos (Profissionais) na Prestação de Cuidados a Doentes com Gripe: �� Quadro 2: Uso de EPI/Higiene das mãos na área/quarto de isolamento (Profissionais):

Medidas Acesso ao coorte

sem contacto próximo

Para Contactos próximos (<1

metro)

Para Procedimentos

que gerem aerossóis

Higiene das mãos X X X

Uso de luvas X* X X Uso de Batas X* X X Uso de avental de plástico

X* X X

Máscara P2 ( N 95) X X X Óculos ou viseira X* X* X Protecção do cabelo X* X X

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��Nota: * O uso dos EPI, deve ser ponderado de acordo com os procedimentos efectuados.

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�Colocação e Remoção dos EPI em Segurança A colocação e remoção dos EPI tem um papel importante na prevenção e controlo da transmissão cruzada da infecção, pelo que deve obedecer às seguintes regras propostas nos quadros seguintes:

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�Onde retirar o Equipamento de Protecção Individual:

• À porta da área de isolamento antes de sair;

• Os respiradores devem ser retirados fora da área de isolamento, depois de sair e

da porta fechada;

• Após descartados, devem ser depositados em contentor de resíduos grupo III.

5.5. Colheita de Produtos Biológicos para Exame Microbiológico:

Todos os profissionais que manipulem e/ou transportem produtos para análise devem:

• Considerar como contaminados todos os produtos a manipular;

• Colocar os produtos colhidos em sacos fechados que serão posteriormente

introduzidos em contentores inquebráveis e estanques para o transporte em

segurança (não juntar as requisições aos recipientes de colheita dos produtos

biológicos – evitar contaminação das requisições);

• Efectuar o registo em protocolo, de todos os profissionais que manipularam

produtos de doentes com suspeita de gripe, incluindo Técnicos de Laboratório, que

no final deve ser enviado às CCI, ou ao SSHST (Rever anexo rastreabilidade da

amostra).

Nota: A requisição de análises deve conter a indicação de que se trata de um doente com suspeita

ou confirmação de gripe.

5.6. Alta / Transferência dos Doentes

• Comunicação interinstitucional: Quando o doente tem alta hospitalar, é importante

o envio de carta de alta/transferência com toda a informação necessária que

permita a vigilância, o controlo pós-alta e a continuidade dos cuidados;

• Limpeza e desinfecção do quarto após alta (Descrita no item 5.9.).

5.7. Deslocação para o exterior de Doentes em Isolamento:

• Os doentes só devem sair da área/quarto de isolamento, em caso de absoluta

necessidade;

• Sempre que sair do quarto o doente deve usar máscara cirúrgica e pijama lavado.

A roupa da cama deve ser mudada a fim de reduzir a possibilidade de

contaminação;

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• A saída dos doentes deve ser programada de forma a reduzir ao mínimo os

períodos de espera, por exemplo, a marcação de exames para o final da lista,

deslocando-se o doente directamente para o exame sem permanecer na sala de

espera. Para o efeito, o serviço de destino deve ser informado de que o doente vai

a caminho;

• Se o doente for transferido de hospital ou de serviço, é importante que os

profissionais que o vão receber sejam avisados previamente e que seja enviada

informação escrita (carta de alta/transferência) do serviço donde o doente provém;

• Se o doente se deslocar de ambulância ou outro carro de transporte, os

funcionários deverão ser informados e instruídos acerca das medidas de

protecção/prevenção (uso de barreiras protectoras, limpeza/desinfecção das

superfícies e cuidados com o material e equipamento);

• Equipamento e superfícies com os quais o doente contacta durante o transporte

(marquesa, cadeira, outro equipamento) devem ser lavados com água e

detergente, seguido de desinfecção por fricção com álcool a 70º. Entre doentes e

em situações de urgência/emergência, pode ser apenas higienizado por fricção

com álcool a 70º desde que não exista matéria orgânica visível. O chão e paredes

da ambulância/carro de transporte devem ser lavados com água e detergente e

desinfectados com hipoclorito de sódio (ver características das superfícies e

instruções do fornecedor).

��5.8. Cuidados “pós-mortem”

• Todos os procedimentos com os cadáveres devem ser executados com uso de EPI

(incluindo máscaras P2, luvas, bata, touca e óculos ou viseira);

• Pode ser efectuada preparação higiénica do falecido;

• Na exposição do corpo devem ser cumpridas as Precauções Básicas;

• Os familiares se assim o desejarem podem ver o corpo. Caso o doente tenha

falecido no período de contágio, a família deve usar os EPI atrás referidos;

• Antes da transferência para a morgue (o mais cedo possível), o corpo deve ser

selado num saco específico para colocação de cadáveres;

• Na morgue, minimizar a produção de aerossóis evitando:

- Usar serra

- Procedimentos com água

- Salpicos ao remover tecido pulmonar.

• Devem ser criadas condições nas morgues, para a higienização das mãos dos

profissionais, após retirarem os EPI: lavatório com sabão, toalhetes, dispensador

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de solução anti-séptica alcoólica e contentor para recolha dos EPI e dos toalhetes

de secagem das mãos;

• No Serviço de Autópsias devem também ser cumpridas as Precauções Básicas; ��

5.9. Limpeza e Desinfecção da Área de Isolamento:

• Desejavelmente deve ser efectuada por profissionais que não limpem áreas

ocupadas por outros doentes não infectados;

• Os profissionais de limpeza devem respeitar as Precauções Básicas e a sua

entrada nas áreas de isolamento deve ser restrita aos estritamente necessários;

• Deve ser discutido com os mesmos, o protocolo de limpeza estipulado de acordo

com a política local e as necessidades específicas de cada área, a utilização de

EPI e cumprimento das Precauções Básicas;

• O protocolo de limpeza deve estar de acordo com os seguintes tempos:

• Limpeza diária e sempre que necessário;

• Remoção de salpicos e derrames de matéria orgânica vertida;

• Limpeza terminal após a alta (alta, transferência, morte) do doente;

• Os materiais de limpeza devem ser de uso exclusivo para a área de isolamento;

• Os panos de limpeza devem ser identificados por código de cores que os

diferencie por áreas (sanitários, unidade do doente, áreas de apoio e para o chão);

• A limpeza diária do chão e das instalações sanitárias pressupõe o uso de água e

detergente seguida de aplicação de um desinfectante compatível de acção virucida

(hipoclorito de sódio). Para as superfícies da unidade do doente (cama, mesa de

cabeceira e de refeição, varões dos cortinados, etc.) e outras superfícies de

contacto manual frequente ou equipamento existente na área de isolamento que

não suporte a desinfecção com hipoclorito de sódio, deve ser desinfectado após

lavagem, por fricção com álcool a 70º;

• A frequência de limpeza deve ser estabelecida de acordo com as necessidades.

Para as seguintes superfícies, deve ser pelo menos diária e sempre que

necessário: Casas de banho; unidade do doente: cama, mesa de cabeceira e de

refeições, suporte de soros, etc.; equipamento existente no quarto;

Nota: O equipamento que tiver que ser eventualmente partilhado entre doentes,

(cadeiras de rodas; aparelhos de monitorização da glicémia; esfigmomanómetros), deve ser

descontaminado através de fricção com álcool a 70º, após a utilização.

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Limpeza terminal (após alta, transferência ou óbito):

• Só deve ser iniciada uma hora após o quarto estar vazio;

• Devem ser limpas todas as superfícies, pela seguinte ordem: Paredes até à altura

de um metro e meio; estruturas acima da cama: varões dos cortinados, outros;

armários/prateleiras; mesas; camas e cabeceiras de cama; colchões; chão. Não

devem ser esquecidos, os equipamentos, telefone, contentores de resíduos e de

roupa, etc. Não é necessário lavar as paredes acima de um metro e meio ou o

tecto;

• Os desinfectantes apropriados para desinfecção de superfícies e unidade do

doente são o hipoclorito de sódio e o álcool a 70º, de acordo com as

características do material.

• Os cortinados separadores das camas ou das instalações sanitárias (se os

houver), devem ser removidos para lavagem/desinfecção em máquina própria com

ciclo de desinfecção química complementar.

5.10. Descontaminação de Material e Equipamento:

• O material e equipamento utilizado nos doentes com gripe deve ser sempre que

possível de uso único, sobretudo o material de terapia respiratória, nebulização,

humidificação e de ventilação assistida;

• Todo o material re-utilizável manuseado pelo doente e pelos profissionais que

prestam cuidados, deve ser descontaminado de acordo com a política da

Instituição e a classificação de Spaulding conforme o risco que o material

representa para o doente - (crítico, semi-crítico e não-crítico);

• Para o material re-processável, a descontaminação deve ser preferencialmente

feita em máquina com ciclo de desinfecção térmica e/ou desinfecção térmica e

química em associação (desde que termo-resistente);

• Evitar descontaminação manual pelo aumento do risco de exposição;

• Os urinóis e arrastadeiras devem ser desinfectados de preferência em máquina de

desinfecção térmica (80ºC) ou desinfectados (após lavagem) através de imersão

em solução de solução de hipoclorito de sódio diluída (1000 ppm) durante pelo

menos 10 minutos. A urina e fezes devem ser despejadas para pia de despejo.

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A descontaminação do material deve cumprir os seguintes passos: • Higienizar as mãos e colocar EPI;

• Entrar no quarto: identificar todo o equipamento usado, e colocar o material em

recipientes próprios de transporte até ao local de descontaminação;

• Descartar o equipamento de uso único no contentor de resíduos apropriado;

• Sair do quarto: Retirar as luvas, a bata e avental e colocá-los no contentor de

recolha de resíduos;

• Higienizar as mãos.

5.11. Triagem, Transporte e Tratamento de Roupa /Lavandaria:

• A triagem, recolha, transporte e tratamento da roupa deve ser feita de acordo com

a política da Instituição;

• Os sacos de recolha da roupa devem ser impermeáveis e encerrados dentro da

área de isolamento, antes da remoção (com braçadeira ou atilho e não com nó).

�Fardamento dos Profissionais:

O uso apropriado de EPI minimiza a contaminação do fardamento dos profissionais.

Durante a pandemia, o fardamento dos profissionais deve ser tratado preferencialmente em

lavandaria interna ou externa à unidade de saúde. Não sendo isto possível, deve ser feito

ensino aos profissionais sobre o modo seguro de transportar e lavar o fardamento em casa.

Estas regras são as seguintes:

• Selar as fardas/uniformes em saco plástico impermeável;

• Depositar directamente as fardas/uniformes na máquina, evitando produzir

aerossóis;

• Lavar as mãos após a manipulação de fardamento sujo;

• Lavar as fardas/uniformes em máquina com ciclo de desinfecção pelo calor a

temperatura não inferior a 80ºC;

• Não misturar na máquina, as fardas/uniformes com a restante roupa familiar.

5.12. Triagem e Transporte de Resíduos

• A triagem dos resíduos na unidade de isolamento de doentes com gripe deve ser

feita de acordo com a política da Instituição e o(s) sistema(s) de tratamento

implementado(s);

• Os sacos de recolha de resíduos devem ser encerrados dentro da área de

isolamento, antes da remoção (com braçadeira ou atilho e não com nó) e

encerrados em recipientes estanques para o transporte em segurança.

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�28

6. RECOMENDAÇÕES SUPLEMENTARES PARA O AMBULATÓRIO

A nível dos cuidados primários de saúde são prestados cuidados muito diversos, pelo que um

correcto planeamento é fundamental. Cada unidade prestadora de cuidados tem

características próprias em termos de instalações, população servida e profissionais, pelo que

as recomendações gerais fornecidas neste documento devem ser adaptadas ás realidades e

condicionalismos locais, após uma criteriosa avaliação do risco. As recomendações para os

cuidados de saúde primários abrangem os principais locais de prestação de cuidados:

• Instalações de prestação de cuidados de saúde primários/centros de saúde;

• Visitas domiciliárias;

• Clínicas e consultórios particulares;

• Dentistas / Clínicas Dentárias;

• Lares de idosos;

6.1. Coordenação geral

• Identificar de entre os profissionais da unidade, um ou mais responsáveis pelo

controlo de infecção, durante a pandemia (de acordo com as necessidades e

especificidades);

• Assegurar que os responsáveis das áreas, médica, enfermagem e administrativa

estão informados acerca dos pontos críticos relativamente à pandemia de gripe;

• Articular com as autoridades de saúde locais para a organização das acções

necessárias na preparação para a pandemia.

6.1.1. Triagem de doentes e sua colocação

• Estabelecer e testar um plano para um “cenário de pandemia” nas instalações de

prestação de cuidados, incluindo os locais apropriados para uma rápida separação

dos doentes com gripe dos outros doentes;

• Identificar áreas reservadas para a separação por coorte de um grande número de

doentes com gripe pandémica.

6.1.2. Saúde ocupacional

Desenvolver planos e procedimentos para:

• Saber o que fazer para tratar os profissionais com sintomas respiratórios;

• Supervisionar as ausências dos profissionais e promover a sua substituição;

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�29

• Documentar e registar as ausências do pessoal;

• Proporcionar suporte psicológico e social aos profissionais;

• Administrar anti virais de acordo com as recomendações das autoridades de saúde

e Sub-região;

• Vacinar os profissionais de acordo com as recomendações das autoridades de

saúde e Sub-região;

• Assegurar que existem planos para a substituição de profissionais com gripe;

6.1.3. Aquisições

• Avaliar as necessidades para elaborar um stock do equipamento essencial;

• Avaliar a possibilidade de adquirir e armazenar EPI suplementares.

6.1.4. Assuntos relacionados com cuidados pós-mortem, morgues e casas

mortuárias

As mesmas recomendações descritas no ponto 5.8

6.1.5. Formação e treino

• Organizar um pequeno curso sobre procedimentos de controlo de infecção durante

a pandemia dirigido a gestores (directores, enfermeiros chefes, médicos

coordenadores, responsáveis por ambulâncias);

• Organizar formação sobre procedimentos de controlo de infecção durante a

pandemia para outros departamentos (enfermagem, fisioterapia, higiene oral,

saúde ocupacional);

• Organizar acções adicionais para os profissionais sobre a utilização correcta de

EPI;

• Organizar formação de todos os profissionais sobre procedimentos de controlo de

infecção durante a pandemia e suas implicações;

• Articular com outras instituições que possam necessitar de formação em controlo

de infecção de acordo com os seus respectivos papeis (pessoal das igrejas, das

funerárias, etc.).

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�30

Colocação dos doentes (isolamento), segregação e coortes:

PONTOS CHAVE

- Em todos os locais de prestação de cuidados na comunidade, os doentes com gripe

pandémica devem ser separados dos doentes sem gripe;

- Isto requer uma cuidadosa preparação e flexibilidade na disponibilização de locais

seguros para a prestação de cuidados.

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Para conseguir uma adequada separação dos doentes com e sem gripe, deve ser designada

uma área reservada em cada unidade de saúde destinada ao tratamento e prestação de

cuidados aos doentes com gripe pandémica, sempre que possível. Idealmente esta área

deve:

• Ser reservada;

• Incluir áreas de recepção e de espera separadas das dos doentes sem gripe;

• Ter entrada/saída separadas;

A área reservada não deve ser utilizada pelos outros doentes, visitas ou profissionais. Isto

inclui deslocações de doentes e profissionais e visitas que entram ou saem do edifício.

Para controlar/limitar as entradas, deve ser colocada sinalização avisando de que se trata de

uma área reservada. Sempre que este tipo de organização não seja possível em algumas

unidades de saúde, devem ser implementadas outras soluções que evitem ou minimizem a

mistura de doentes com e sem gripe.

Logo que a pandemia esteja estabelecida, devem ser implementadas estratégias de

separação dos doentes que permitam cuidar de um grande número de doentes com gripe

minimizando a transmissão de gripe a outros.

Sempre que possível pelo menos um gabinete de consulta deve ser reservado durante a

duração da pandemia.

6.1.6. Pontos-chave para o controlo de infecção nos centros de saúde:

Triagem telefónica: Os doentes com sintomatologia compatível com gripe pandémica, que

não estejam gravemente doentes devem ser encorajados a telefonar ao seu médico de família

para aconselhamento a fim de minimizar a sobrelotação das salas de espera e recepção de

doentes. Os médicos devem considerar a possibilidade de realizar visitas domiciliárias nessas

circunstâncias.

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Admissão de doentes: Se for possível, reservar uma área isolada nas instalações das

unidades de saúde para os doentes com gripe. A prestação de cuidados deve ser limitada aos

profissionais estritamente necessários para cuidar dos doentes. Devem existir registos dos

profissionais que trabalham nas áreas reservadas. Colocar sinalização (sem quebrar a

confidencialidade dos doentes) à entrada alertando os profissionais relativamente às

precauções a adoptar.

Precauções de controlo de infecção: As precauções básicas e precauções para as

gotículas devem ser mantidas quer durante as consultas nos gabinetes médicos, quer nas

visitas domiciliárias.

Colocação dos doentes: Limpar o equipamento reutilizável entre doentes

(electrocardiógrafo, estetoscópio). Se não for possível disponibilizar uma área reservada na

unidade de saúde, deve ser assegurado que todos os profissionais estão familiarizados e

cumprem as precauções básicas, e as precauções dependentes das vias de transmissão,

dando especial importância à higiene das mãos e reforço da limpeza dos gabinetes de

consulta e salas de tratamento após a sua utilização na prestação de cuidados a doentes com

gripe.

Limpeza: A limpeza dos gabinetes médicos, salas de tratamento e de espera deve ser

efectuada no mínimo, diariamente e após a utilização por doentes com gripe.

6.1.7. Pontos-chave para os procedimentos de controlo de infecção em locais

de prestação de cuidados temporários

Planeamento: Consultar a comissão de controlo de infecção da Sub-região/profissionais de

controlo de infecção para avaliar se os locais são adequados para a prestação de cuidados.

Se têm por exemplo estruturas adequadas para a higiene das mãos. Deve garantir-se a

existência de stocks de EPI, solução anti-séptica de base alcoólica e produtos de limpeza,

antes de se começar a receber doentes.

Higiene das mãos: Deve existir solução anti-séptica de base alcoólica em todos os locais de

entrada e saída do edifício. Se não existirem estruturas adequadas para a higiene das mãos,

os profissionais devem utilizar embalagens de solução anti-séptica de base alcoólica de bolso.

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6.2. Instalações e Actividades específicas nos Centros de Saúde

6.2.1. Organização do trabalho e marcação de consultas/actividades

O responsável pela Unidade de Saúde/Director do Centro de Saúde é responsável pela

implementação das medidas de índole administrativa e/ou clínica, de controlo de infecção

necessárias para evitar a transmissão cruzada da infecção. Devem existir procedimentos para

testar a adequabilidade do plano estabelecido para gestão da gripe.

�Num contexto de pandemia todas as consultas (actividades) não essenciais devem ser

canceladas, incluindo a vigilância em saúde infantil. As crianças que necessitam de

tratamento ou vacinação devem ser atendidas nas áreas reservadas para os doentes sem

gripe.

6.2.2. Organização dos cuidados

• Escalar por coortes, médicos, enfermeiros e outros profissionais dos cuidados de

saúde primários para a prestação de cuidados a doentes com e sem gripe;

• Sempre que não seja possível disponibilizar áreas separadas para observação e

tratamento dos doentes com e sem gripe, no final das consultas as instalações

devem ser limpas antes de serem utilizadas por doentes sem gripe;

• Criar áreas de espera separadas para doentes com e sem gripe;

• Designar gabinetes e médicos separados para doentes com e sem gripe;

• Remover objectos não necessários das salas de espera (brinquedos, revistas);

• Colocar sinalização em locais estratégicos, à entrada das unidades de saúde

indicando as áreas para os doentes com e sem gripe;

6.2.2.1. Checklist para o controlo de infecção durante a pandemia:

• Assegurar que existem equipamentos e produtos para a higiene das mãos

(lavatórios, sabão liquido, solução anti-séptica de base alcoólica, toalhetes de

papel) disponíveis para os profissionais e doentes;

• Considerar a necessidade de disponibilizar embalagens de bolso de solução anti-

séptica de base alcoólica para os profissionais que prestam cuidados domiciliários;

• Assegurar que existem toalhetes, lenços de papel e contentores de resíduos em

locais acessíveis para profissionais e doentes;

• Monitorizar a adesão à higiene das mãos e outras medidas de controlo de

infecção;

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• Assegurar um adequado reforço de stocks de luvas, máscaras cirúrgicas, aventais

e outros EPI;

• Assegurar que existe protecção ocular nos locais onde é necessária;

• Efectuar avaliações do risco identificando procedimentos geradores de aerossóis e

assegurar que existem nesses locais, respiradores P2 descartáveis, e batas

impermeáveis, descartáveis, se possível.

6.2.2.2. Higienização do ambiente

• Assegurar que existem procedimentos escritos de limpeza e que os profissionais

responsáveis por estas actividades têm a formação e treino adequados para os

procedimentos de limpeza e descontaminação;

• Assegurar que existem equipamentos, materiais e produtos para a limpeza e

descontaminação adequados.

6.2.2.3. Formação e treino

• Assegurar a formação e treino de todos os profissionais no que diz respeito aos

procedimentos a adoptar relativamente à pandemia de gripe;

• Assegurar que os potenciais utilizadores dos respiradores P2 sabem coloca-los e

utilizá-los da forma correcta.

6.2.2.4. Registo de dados

• Registar e documentar todas as ausências e episódios de doença dos

profissionais;

• Registar e documentar todas as actividades dos profissionais.

6.2.2.5. Fornecer informação

• Fornecer desdobráveis e folhetos informativos aos doentes e famílias.

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6.2.3. Cuidados domiciliários

A organização dos cuidados e visitas domiciliárias deve ser efectuada de forma a que os

profissionais que visitam os doentes com gripe não sejam os mesmos que visitam os doentes

sem gripe. As visitas a doentes sem gripe devem ser mantidas enquanto for possível. Poderá

no entanto haver necessidade de cancelar algumas visitas de rotina não essenciais.

6.3. Consultórios Médicos/Clínicas privados

Os profissionais que trabalham isoladamente em consultórios privados podem ter dificuldades

acrescidas na implementação das medidas de controlo de infecção necessárias para a gripe

pandémica:

• Criar áreas de espera separadas para doentes com e sem gripe;

• Disponibilizar gabinetes médicos separados para doentes com e sem gripe;

• Separar as actividades relacionadas com a prestação de cuidados a doentes com

e sem gripe, devido ao tamanho reduzido da equipa;

• Substituir profissionais doentes.

Estes profissionais devem pedir apoio aos serviços de saúde locais/autoridade de saúde, para

garantir que podem trabalhar durante a pandemia sem aumentar o risco potencial de

transmissão da gripe através da sua prática. Os serviços de saúde locais/autoridade de saúde

devem avaliar os riscos existentes, restringindo eventualmente a prestação de cuidados a

locais onde for possível separar adequadamente os doentes com e sem gripe e implementar

as medidas de controlo de infecção adequadas.

6.4. Dentistas/Clínicas dentárias

Consultas: É aconselhável cancelar as consultas de rotina durante o período pandémico. Se

tal não for possível, deve ser efectuada triagem dos doentes com sintomatologia de gripe

antes de entrar na área clínica. Os doentes com sintomas de gripe pandémica não devem ser

tratados, a não ser numa situação urgente.

Prestação de cuidados a doentes com gripe pandemica: Os doentes com emergências

dentárias devem ser tratados no final das consultas, quando todos os outros doentes tiverem

saído. O número de profissionais presentes na consulta deve ser reduzido ao mínimo e todos

devem usar EPI de acordo com o risco envolvido.

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Controlo de infecção e procedimentos de limpeza: As mesmas recomendações descritas

no ponto 6.9

6.5. Lares de idosos

A gripe é uma doença respiratória responsável por uma importante morbimortalidade entre os

idosos. A vacinação contra a gripe nos profissionais de saúde que trabalham em lares pode

ajudar a prevenir surtos.

6.5.1. Prevenção e medidas de controlo

As estratégias de prevenção e controlo da gripe incluem:

• Vacinação anual dos profissionais de saúde, dos idosos, e outros grupos

susceptíveis, de acordo com a Circular Informativa da Direcção-Geral de

Saúde, n.º 48/DT de 19/09/05;

• Vacinação dos residentes em lares de idosos e dos profissionais que trabalham

nestas instituições;

• Implementação de precauções básicas e precauções de contacto sempre que

existir suspeita ou confirmação que um indivíduo tem gripe;

• Vigilância activa e realização de exames para diagnóstico de novos casos;

• Realizar acções de educação/informação dos profissionais daquelas

instituições (serviços de SSHST) acerca dos sintomas da gripe, medidas de

controlo, e indicações para a realização de exames de diagnóstico;

• Implementar sistemas para vigilância de doença respiratória e realização de

exames de diagnóstico para detecção precoce, para que se possam

implementar de imediato as medidas necessárias para prevenir a transmissão

da gripe dentro da instituição.

• Disponibilizar equipamentos de protecção adequados para todos os

profissionais, bem como solução anti-séptica de base alcoólica;

• Afixação de posters nas salas de espera contendo instruções para os

indivíduos com sintomatologia compatível com infecção respiratória para

informarem de imediato os profissionais de saúde e cumprirem rigorosamente

as suas instruções;

• Prever a existência nas salas de espera de máscaras, toalhetes de papel para

indivíduos/utentes/doentes que tossem ou espirram, para que possam cobrir

adequadamente a boca e nariz;

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• Prever a existência nas salas de espera de solução anti-séptica de base

alcoólica ou toalhetes com solução anti-séptica de base alcoólica, para que

estes indivíduos possam higienizar as mãos evitando a contaminação das

superfícies;

• Assegurar que existem equipamentos para a lavagem das mãos em locais

estratégicos e prever a existência de solução anti-séptica de base alcoólica

onde não haja lavatórios;

• Sensibilizar os indivíduos que tossem ou espirram para se sentarem pelo

menos a 1 metro de distância de outros indivíduos, sempre que possível.

Indivíduos com sintomatologia compatível com infecção respiratória devem ser

encaminhados para áreas reservadas para o efeito, sempre que possível e não

aguardarem nas salas de espera.

Exames bacteriológicos para diagnóstico de gripe:

Desenvolver um plano para recolha de amostras respiratórias e realização de exames rápidos

de diagnóstico.

Precauções básicas

Os profissionais de saúde devem respeitar os princípios das precauções básicas durante a

prestação de cuidados a indivíduos com sintomatologia compatível com infecção respiratória:

• Usar luvas se as mãos contactarem com secreções respiratórias ou com

superfícies potencialmente contaminadas;

• Usar um avental de plástico se se prevê a contaminação da bata ou das roupas

pessoais a partir das secreções respiratórias dos doentes;

• Mudar de luvas e de bata (e o avental de plástico) entre os doentes e higienizar as

mãos;

• Higienizar as mãos antes e após tocar no doente, após tocar nas superfícies

próximas ao doentes, ou após contacto com as secreções respiratórias do doente,

quer use ou não luvas;

• Lavar as mãos com água e sabão, sempre que as mãos estejam visivelmente

sujas ou contaminadas com secreções respiratórias;

• Friccionar as mãos com solução anti-séptica de base alcoólica se as mãos não

estiverem visivelmente sujas.

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Precauções dependentes das vias de transmissão

Para além das precauções universais, os profissionais de saúde devem respeitar as

precauções dependentes das vias de transmissão durante a prestação de cuidados a doentes

com gripe, suspeitos ou confirmados durante o período recomendado.

• Encaminhar os doentes para uma área reservada para o efeito, organizar coortes

de doentes com suspeita de gripe e de doentes com gripe confirmada;

• Utilizar máscara cirúrgica ou respirador P2 (máscara de alta filtração) quando

entrar em áreas reservadas ou trabalhar a menos de 1 metro do doente. Remover

a máscara quando sair da área reservada e rejeitar a máscara para o contentor de

resíduos do grupo III (saco branco);

• Se o doente tiver que se deslocar, deverá utilizar máscara cirúrgica.

Restrições/Evicção dos profissionais de saúde quando existe risco de transmissão da

gripe

Avaliar/examinar os profissionais de saúde com sintomatologia sugestiva de gripe encaminhá-

los para a realização de exames de diagnóstico, para confirmação do agente e afastar os

profissionais com sintomatologia de gripe, da prestação de cuidados aos doentes durante o

período recomendado, sempre que possível.

Outras considerações

Para além do cumprimento das precauções básicas e de contacto, devem ser tomadas as

seguintes medidas:

• Todos os indivíduos com sintomatologia compatível com o diagnóstico de gripe

devem manter uma distância de pelo menos 1 metro relativamente a outros

indivíduos, cobrir a boca e nariz com um toalhete e higienizar as mãos com

frequência;

• Sempre que houver suspeita de gripe os doentes devem ser imediatamente

encaminhados para a realização de exames de diagnóstico. Os doentes com

sintomatologia compatível com o diagnóstico de gripe devem ser encaminhados

para áreas reservadas para o efeito, para a realização de triagem.

Prevenção e controlo de surtos (Comunicação intra e interinstitucional)

• Informar as autoridades de saúde nas 24 horas após a detecção de um surto;

• Implementar a plano da unidade de saúde para a colheita e gestão de

colheitas/amostras para identificar o vírus da gripe;

• Implementar precauções de contacto para todos os doentes com gripe suspeita ou

confirmada;

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• Encaminhar os doentes com sintomatologia respiratória para áreas reservadas

para o efeito;

• Monitorizar o absentismo profissional por sintomatologia respiratória e afastar da

prestação de cuidados os profissionais com sintomatologia compatível com gripe,

até esclarecimento da situação;

• Restringir o acesso dos profissionais de saúde às áreas reservadas (apenas os

profissionais que lá desempenhem funções);

• Vacinar os indivíduos em risco e os profissionais de saúde que ainda não estejam

vacinados.

Nota: Estas recomendações, dirigidas aos Lares de Idosos, são válidas para outras Instituições:

Creches, Infantários, Actividades de tempos livres (ATL), doentes e indivíduos institucionalizados

(Prisões, Instituições de apoio a crianças e a indivíduos carenciados).

7. RECOMENDAÇÕES FINAIS (COMUNS A TODAS AS UNIDADES DE

SAÚDE):

• Alerta-se para a necessidade de actualização constante dos profissionais de

saúde e/ou profissionais que exerçam funções em locais onde se prestem

cuidados de saúde, já que a epidemiologia da doença pode modificar-se a

qualquer momento e é necessário adaptar a informação a fornecer aos

profissionais, aos utentes e familiares;

• Para complementar toda a informação contida no documento, aconselhamos a

revisão do anexo VI - Guia de Consulta Rápida, onde é feita uma súmula das

medidas mais importantes de protecção de doentes, profissionais e visitas, no

contexto da gripe.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• DGS, “Circular Informativa: Gripe: Vacinação Contra a Gripe”, n.º 48/DT, 19/09/05. • WHO “Interim Infection Control Guidelines for Health Care Facilities: Influenza A

(H5N1)” March 2004. • WHO, “Guidance for Pandemic Influenza: Infection Control in Hospitals and Primary

Care Settings”, 19 October, 2005. • WHO “Outbreak Communication Guidelines”, 2005. • WHO/CDC/CSR/GIP “Responding to the Avian Influenza Pandemic Threat,

recommended strategic actions”, 2005. • WHO, “Epidemic and Pandemic Alert and Response, Current WHO Phase of

Pandemic Alert”, November 2005. • WHO “WHO Pandemic Influenza draft protocol for rapid response and

containment”,27 January, 2006. • CDC, Clinical Guidelines, “Pandemic Influenza Surveillance”, supplement 1, 2006. • CDC, Clinical Guidelines,“Influenza – Infection Control”, supplement 4, 2006. • CDC, Clinical Guidelines, « Clinical Guidelines », supplement 5, 2006. • CDC, “Community Disease Control and Prevention”, supplement 8, 2006. • CDC « Interim Guidance for the use of masks to control Influenza Transmission”,

August 8, 2005. • CDC “Preventing the spread of Influenza in Child Care Settings: Guidance for

Administrators, Care Providers and Other Staff, February 25, 2004. • CDC, Healthcare Service Planning principles, “BC Pandemic Influenza

Preparedness Plan: Annex E”, Version 3,August 2005. • CDC, “Avian Influenza H5N1 and Healthcare Workers”, Emerging Infectious

Diseases, Vol.11, No.7, July 2005. • CDC “Faith-Based & Community Organizations Pandemic Preparedness Ckeclist”,

January 2006 (http://www.pandemicflu.gov/plan/faithcomchecklist.html). • CDC “Pandemic Flu Planning Checklist for Individuals and Families”,

(http://www.pandemicflu.gov/planguide/hecklist.html). • Anderson, Therese et al, “Influenza pandemic Planning for Intensive Care”

Australian and New Zealand Intensive Care Society, August 2001. • British Thoracic Society, “Clinical Guidelines for Patients with an Influenza like

illness during an Influenza Pandemic” in Pandemic Flu – Clinical Guidelines, Draft for Consultation, October, 2005.

• NHS, “Pandemic Flu, Frequently Asked Questions), October 2005. • NHS, “Pandemic Flu”, October 2005. • NHS “Pandemia de Gripe, Informação importante para si e para a sua família”,

versão traduzida em Português, Outubro de 2005 (www.dh.gov.uk/pandemicflu). • Hospital do Barreiro, CCIH, “Controlo de Infecção de Influenza A (H5N1) –

Procedimento Geral e anexos”, 2006. • Hospital de São Francisco Xavier, CCIH, “Recomendações para cuidados a

doentes com H5N1”.

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ANEXOS

I – Precauções Básicas

I-A – Higienização das mãos: Procedimento e Técnica

II – Precauções Dependentes das Vias de Transmissão (pelas vias: aérea, gotículas e

contacto)

III - Estrutura e infraestruturas de uma Unidade de Isolamento

IV - Checklist do material à entrada e/ou antecâmara e no interior da área de

isolamento

V - Impresso de rastreabilidade das amostras para o Laboratório

VI – Guia de consulta rápida

VII – Sites recomendados para consulta

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�ANEXO I – PRECAUÇÕES BÁSICAS

���A aplicação das precauções básicas durante a prestação de cuidados ao doente é

determinada pelo tipo de contacto que se prevê que ocorra entre o profissional e o

doente, o contacto com sangue e fluidos orgânicos, e material e equipamento

contaminados.

As precauções básicas (ou standard) aplicam-se a todos os doentes em unidades de

saúde independentemente do seu diagnóstico. Devem ser complementadas com as

Precauções Dependentes das Vias de Transmissão.

1. UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL

Uso de Luvas

• As luvas devem ser usadas para procedimentos invasivos, contacto com locais

estéreis, pele não intacta, membranas mucosas e durante todas as actividades

em que haja risco de exposição a sangue, fluidos orgânicos, secreções e

excreções. As luvas estéreis devem ser usadas em procedimentos que

envolvam assepsia (técnicas assépticas) e as não estéreis para procedimentos

em que apenas se pretende protecção dos profissionais. Devem existir luvas

de nitrilo ou outro material similar para contacto com químicos. Para as

limpezas devem ser usadas luvas de borracha (“ménage”);

• As luvas disponíveis em todas as áreas clínicas devem obedecer às normas

da Comunidade Europeia; Devem existir alternativas às luvas de látex para os

profissionais com sensibilidade a este.

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Recomendações para a selecção de luvas:

PROCEDIMENTO TIPO DE LUVAS

Intervenção cirúrgica luva cirúrgica, estéril

Procedimento invasivo/asséptico luva de procedimento, estéril

Outros procedimentos (manipulação do circuito

de algaliação, colheita de urina, despejo de

saco, entubação naso-gástrica):

luva de procedimento, não estéril

Prevenção de contaminação das mãos com

material potencialmente infectante (sangue,

urina, fezes, expectoração):

luva de procedimento, não estéril

Colheita de sangue, administração de

terapêutica rectal, enemas, manuseamento de

material sujo (arrastadeira, urinol, etc)

luva de procedimento, não estéril

Nota: para colheita de sangue para hemocultura,

é necessária luva de procedimento, estéril

Manipulação de produtos tóxicos ou irritantes

(preparação e administração de citostáticos,

manuseamento de glutaraldeído, hipoclorito,

etc.)

luvas de nitrilo, ou de latex especial, não

estéreis

Lavagem manual de material

Limpeza das instalações

luvas de borracha tipo “ménage”, não estéreis

ou de nitrilo

Nota 1: As luvas devem ser seleccionadas de acordo com os procedimentos e o nível de risco

que representam para o doente.

Nota 2: Não é necessária utilização de luvas nas seguintes situações (a não ser em situações de

excepção): penso de ferida quando se usa a técnica “no touch”; banho do doente acamado; fazer as

camas; preparação de medicações.

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Cuidados no uso de luvas:

Retirar as luvas imediatamente após terminar o procedimento e antes de sair da área de

isolamento: Lavar as mãos antes e depois de usar luvas; Não é necessário usar dois

pares de luvas; Não reutilizar luvas de látex; Não lavar as mãos enluvadas para evitar

mudar de luvas.

Não se deve usar as mesmas luvas de doente para doente e também para procedimentos

diferentes no mesmo doente; Cobrir cortes e outros ferimentos da pele com adesivos

impermeáveis antes de calçar as luvas; profissionais com eczema, dermatite, psoríase,

etc., devem consultar o médico; Evitar acidentes por picada ou corte, já que as luvas não

protegem as mãos da perfuração/corte. Dispor de contentores de corto-perfurantes em

locais funcionais e seguros; Substituir as luvas se rasgadas ou perfuradas.

��Máscaras e Protecção dos Olhos e Face Devem ser seleccionadas de acordo com os procedimentos e vias de transmissão: gotículas e aérea.

NORMATIVA CLASSIFICAÇÃO % DE FILTRAÇÃO MÍNIMA

Normativa Europeia FFP1S

FFP2S FFP3S

78 % 92 % 98 %

Normativa Americana N95 (NIOSH) N99 (NIOSH) N100 (NIOSH)

95 % 99 %

99,7 %

Nota: A designação de N95 encontra-se entre a FFP2 e FFP3. ��Fonte: Dirección general de Salud Pública y Participación, “Plan Regional de Preparación y respuesta ante una pandemia de gripe, anexo 2, Medidas de Controlo de La Infección”, Versión de 20 de Marzo de 2006

Batas / Aventais de Plástico

Destinam-se a proteger os profissionais e doentes, minimizando a contaminação da pele,

do fardamento ou do vestuário; A bata e o avental deverão ser removidos, assim que

terminam os procedimentos, efectuando-se logo a seguir, a higienização das mãos;

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2. CONTROLO AMBIENTAL (Contempla todas as áreas relativas ao ambiente inanimado)

Equipamento utilizado na prestação de cuidados de saúde

• O equipamento utilizado nos cuidados prestados aos doentes deve ser

manuseado com os cuidados necessários para evitar exposição da pele e

membranas mucosas, contaminação de roupa e transferência de

microorganismos para outros doentes e ambientes;

• Deve ter-se sempre a certeza de que o equipamento reutilizável não é usado

para tratar outro doente até ter sido limpo e processado adequadamente (de

acordo com o risco que representa para o doente – (consultar política de

tratamento de material da Instituição);

• Deve garantir-se que os artigos de uso único estão a ser correctamente

descartados;

• Devem observar-se as normas preconizadas para evitar/minorar os acidentes

com agulhas, bisturis ou outros instrumentos cortantes e perfurantes durante a

preparação do material.

Higiene do ambiente

A higiene do meio hospitalar é um componente importante da estratégia de prevenção

das infecções e compreende um conjunto de actividades rotineiras que são consideradas

relevantes para a prevenção das infecções:

• limpeza e descontaminação do meio (unidade do doente e todas as áreas);

• lavandaria (triagem, transporte e acondicionamento de roupa limpa e usada);

• triagem, recolha, transporte seguro dos resíduos (gerais e clínicos);

• regras de higiene e segurança alimentar na cozinha e copas;

• actividades de desinfestação e cuidados pré e pós aplicação de produtos

desinfestantes;

• transporte de doentes e materiais.

Princípios básicos de higienização do ambiente:

O ambiente da Unidade de saúde deve estar visivelmente limpo, isento de pó e aceitável

para doente, visitas e profissionais de saúde.

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O equipamento que é utilizado por mais do que um doente (por exemplo, lavatório,

duche), deve ser limpo com uma assiduidade pré-definida de acordo com as utilizações.

• Todos os profissionais de saúde envolvidos nas actividades de higiene hospitalar

devem ser incluídos em programas de formação e treino relacionados com a

prevenção da infecção hospitalar, com reforço da formação perante a suspeita de

gripe.

• Deverá garantir-se o cumprimento do programa de limpeza com auditorias

periódicas, para verificação do cumprimento de todas as recomendações para

limpeza (uso de materiais adequados, panos com código de cores, frequência de

limpeza por áreas, utilização de produtos adequados às situações, remoção

segura de salpicos e derrames de sangue e matéria orgânica, etc.).

• Deverá avaliar-se regularmente o cumprimento do programa de triagem,

acondicionamento, recolha e transporte dos resíduos hospitalares.

• Deverá avaliar-se regularmente o cumprimento das regras de higiene e

segurança alimentar em todas as áreas de copa e refeitório quer de doentes, quer

de profissionais.

• Deverão ser garantidas as condições de higiene e segurança no transporte de

doentes.

Regras para Remoção de derrames e salpicos de sangue/outra matéria orgânica:

Se ocorrerem derrames ou salpicos de sangue, secreções ou excreções, a limpeza e

desinfecção das superfícies afectadas deve ser feita da seguinte forma:

• Salpicos - remoção imediata com pano ou celulose humedecido com

hipoclorito de sódio a 1% (10.000ppm) seguido de lavagem com água e

detergente;

• Derrames - absorver o sangue com toalhetes ou celulose, aplicar hipoclorito

de sódio a 1% (10.000ppm) e deixar actuar durante 2’. Lavar de seguida com

água e detergente;

• Nota: o cálculo para a diluição do hipoclorito de sódio deve ser feita de acordo

com a quantidade de cloro livre na solução que é adquirida pelas Unidades de

Saúde (ver instruções do fornecedor e pedir a colaboração dos Serviços

Farmacêuticos para o cálculo da fórmula de diluição).

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Prevenção de acidentes por picada/corte e Vacinação dos Profissionais de Saúde:

• O material cortante deve ser depositado em contentor próprio, imediatamente

após o uso pelo utilizador (não passar de mão em mão);

• As agulhas não devem ser partidas nem dobradas antes ou após a sua

utilização nem se deve recolocá-las no invólucro protector (reembainhar);

• Recolher todo o material cortante e perfurante em contentores imperfuráveis,

impermeáveis e com sistema de encerramento seguro;

• Colocar os contentores em local acessível e seguro para evitar deslocações

desnecessárias e evitar que caiam contaminando o ambiente;

• elaborar e divulgar por todos os grupos profissionais normas de prevenção de

acidentes por picada ou corte e para actuação pós-exposição;

• Criar condições de saúde ocupacional para acompanhamento dos

profissionais lesionados;

• Motivar os profissionais para o cumprimento dos programas de vacinação

contemplados no Programa Nacional de Vacinação (PNV).

Visitantes

Devem ser dadas aos visitantes indicações em relação aos cuidados a observar conforme

o tipo de isolamento a que está sujeito o doente (higiene das mãos, uso de barreiras

protectoras, etc.) para sua própria protecção, dos seus doentes e de outros doentes

internados.

Para além das indicações verbais, devem ser dadas também informações por escrito em

linguagem acessível, direccionada.

Em situações de isolamento, deve ser dado apoio e informação a familiares/visitantes de

forma a que compreendam a necessidade do isolamento, desmistificando riscos não

justificáveis e motivando para o cumprimento das medidas que são eficazes. É importante

fazê-los compreender a necessidade de restrição das visitas, sobretudo da presença de

crianças.

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ANEXO I A - HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

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HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Método Agente de limpeza /duração

Área Objectivos Indicações Responsabilidade

Lavagem social das mãos

Água e sabão líquido sem anti-séptico, com pH adaptado à pele e dermoprotector

30-60 segundos

Mãos

Manter as mãos socialmente limpas e remover os microrganismos transitórios

- Ao iniciar e terminar o dia de trabalho

- Antes e depois da prestação de cuidados

- Antes de comer, manusear alimentos ou preparar medicação

- Depois de ir ao WC

- Depois do contacto com fluidos corporais e matéria orgânica

- Depois de contactar com roupa ou equipamento contaminados

- Depois de remover as luvas

Todos: Profissionais, doentes, familiares e visitas, fornecedores, voluntários, etc.

Desinfecção higiénica das mãos ou lavagem asséptica

Mãos visivelmente limpas:

Solução anti-séptica alcoólica com dermoprotector 15 a 30 segundos

Mãos visivelmente sujas: Água e sabão líquido sem anti-séptico seguido de fricção com solução anti-séptica alcoólica 30-60 segundos

Mãos

Eliminar os microrganismos transitórios e reduzir os microrganismos residentes

- Na presença de surtos de infecção

-Antes e depois de prestar cuidados a doentes em isolamento

-Antes de cuidar de doentes imunodeprimidos

- Antes de procedimento invasivos

-Antes de procedimentos assépticos

Prestadores de cuidados / Visitas

Desinfecção cirúrgica das mãos

Água e solução aquosa anti-séptica 3-5 minutos;

Ou lavagem com água e sabão, secagem das mãos com toalhete e fricção com solução alcoólica; 3-5 minutos

Mãos e antebraços até ao cotovelo

Eliminar os microrganismos transitórios e destruir os microrganismos residentes das camadas mais profundas da pele

- Antes de intervenções cirúrgicas

- Antes de actos cirúrgicos

Médicos e Enfermeiros

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HIGIENE DAS MÃOS MÉTODO TÉCNICA

Lavagem higiénica ou social das mãos

Usar sabão e água: Abrir a torneira e regular a água para uma temperatura confortável

- Molhar as mãos

- Aplicar a quantidade suficiente de sabão para cobrir com espuma todas as superfícies das mãos

- Esfregar vigorosamente todas as superfícies das mãos

- Enxaguar em água corrente

- Secar com toalhete descartável de papel

- Se a torneira for de encerramento manual, usar o toalhete para a fechar

- Colocar o toalhete em saco de resíduos que deve estar próximo do lavatório.

Desinfecção higiénica das mãos ou lavagem asséptica

Mãos visivelmente limpas: Com as mãos secas retirar a quantidade suficiente da solução alcoólica (3 ml) e cobrir todas as superfícies das mãos, friccionando até à evaporação total. Esta higienização é suficiente para a maioria dos procedimentos entre doentes.

- Mãos visivelmente sujas: primeiro efectuar uma lavagem com água e sabão:

- Abrir a torneira e regular a água para uma temperatura confortável

- Molhar as mãos

- Aplicar a quantidade suficiente de solução aquosa anti-séptica para cobrir todas as superfícies das mãos

- Esfregar vigorosamente todas as superfícies das mãos e punhos

- Enxaguar em água corrente

- Secar com toalhete descartável de papel

- Se a torneira for de encerramento manual, usar o toalhete para a fechar

- Colocar o toalhete em saco de resíduos que deve estar próximo do lavatório

- Fricção com solução anti-séptica alcoólica

ou como alternativa: - lavar com água e sabão anti-séptico, seguindo as instruções anteriores.

Com solução anti-séptica aquosa:

• Abrir a torneira e regular a água para uma temperatura confortável

• Aplicar a quantidade suficiente de solução anti-séptica cobrindo todas as superfícies das mãos, e antebraços e friccionar:

• As mãos devem permanecer num plano mais elevado que os cotovelos • A desinfecção deve ser feita no sentido proximal/distal (na primeira passagem iniciar a

lavagem acima do cotovelo e na segunda iniciar abaixo do cotovelo) • Os dedos, mãos e antebraços devem ser vistos como tendo quatro lados em que cada

um dos lados deve ser friccionado • Escovar os espaços sub-ungueais debaixo de água corrente com escova esterilizada:

• A escovagem deve ser feita apenas e unicamente na primeira desinfecção do dia • Enxaguar em água corrente

• Fazer nova aplicação de solução anti-séptica repetindo o processo anterior (sem a escovagem)

• Secar bem as mãos e antebraços com toalhetes descartáveis esterilizados:

• A secagem é feita no sentido distal/proximal, usando para cada membro um lado diferente do toalhete ou para cada membro um toalhete.

Desinfecção cirúrgica das mãos

Com solução alcoólica: - Proceder à lavagem das mãos até antebraços antebraços, com sabão sem anti-séptico de acordo com a técnica atrás referida na lavagem com solução anti-séptica aquosa. Secar com toalhete. Retirar a quantidade suficiente de solução alcoólica e cobrir todas as superfícies das mãos e antebraços, friccionando até à evaporação total da solução; - Repetir a aplicação da solução alcoólica e friccionar até à sua evaporação total.

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TÉCNICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Quer seja usada água e sabão com ou sem anti-séptico, quer seja usada solução anti-

séptica alcoólica, é muito importante cumprir os seguintes princípios:

• Retirar jóias e adornos das mãos e antebraços antes de iniciar o turno de

trabalho, guardando-as em local seguro; Manter as unhas limpas, curtas e

sem verniz; Aplicação correcta do produto a usar;

• Friccionar as mãos respeitando a técnica, os tempos de contactos e as áreas a

abranger conforme os procedimentos; Ter atenção especial aos espaços

interdigitais, extremidades dos dedos e o dedo polegar;

• Secar bem as mãos; Evitar recontaminar as mãos após a lavagem; Uso

regular de protectores da pele (creme dermoprotector); Lavar

preferencialmente as mãos com água e sabão após retirar luvas (evitar

alergenicidade);

• Tanto para a lavagem com água e sabão, como para a aplicação da solução

alcoólica, deve friccionar-se muito bem, cumprindo cada um dos movimentos

que se seguem.

O quadro da página seguinte ilustra a técnica da higiene das mãos.

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��

Cada movimento apresentado de seguida, deve ser repetido pelo menos 3 vezes para as duas mãos.

��������� Palma com palma Friccionar com a ponta dos dedos toda a palma da mão ������������� Rotação do espaço interdigital com o Palma sobre o dorso da mão polegar�������

� Palma com palma com dedos interligados Face anterior dos dedos

(espaços interdigitais) contra a palma da mão�

� �

�����������������

���������EEEF� �F+�-� �������

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ANEXO II

PRECAUÇÕES DEPENDENTES DAS VIAS DE TRANSMISSÃO ��

Gotículas

Aplicam-se a doentes com infecção suspeita ou confirmada por microorganismos

transmitidos por gotículas (partículas de dimensões superiores a 5 µm) e que podem ser

geradas pelo doente durante a tosse, o espirro, a fala ou determinados procedimentos de

risco geradores de aerossóis como aspiração de secreções, broncoscopia, cinesiterapia

respiratória.

TRANSMISSÃO:

Pelo seu peso estas partículas só conseguem percorrer distâncias normalmente não

superiores a 1 m.

As medidas de isolamento para evitar a transmissão por gotículas aplicam-se a todos os

tipos de isolamento, particularmente em doentes que se conheça ou se suspeite

apresentarem doenças que se transmitam por gotículas, tais como:

- Doença estreptocócica em crianças (escarlatina, faringite, pneumonia);

- Gripe;

- Meningite por Haemophilus influenzae e Neisseria meningitidis;

- Parotidite;

- Tosse convulsa (B. pertussis);

- Difteria faríngea;

- Rubéola;

- Pneumonia (Haemophilus influenzae em crianças, Mycoplasma,

Adenovírus).

As medidas específicas que se devem respeitar neste tipo de isolamento fazem referência

ao uso de máscara facial, ao uso de protecção ocular, localização do doente, à educação

do doente/família, à gestão adequada dos resíduos, à descontaminação e às precauções

no transporte de doentes infectados.

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LOCALIZAÇÃO DO DOENTE

Preferencialmente este doente deve ser colocado num quarto individual.

Se não existir quarto individual disponível, colocar o doente num quarto (enfermaria) com

outros doentes com infecção activa pelo mesmo agente, mas sem outras infecções

(coorte).

Se não existir quarto individual disponível e não for possível o agrupamento em coorte,

manter separação espacial (cortinas separadoras) de pelo menos um metro entre o

doente infectado e os outros doentes e visitantes.

As áreas de isolamento (se existem) devem conter os materiais, equipamentos e

infraestruturas que permitam a contenção na fonte e a individualização de materiais.

Não são necessárias quaisquer medidas especiais de tratamento do ar nem de ventilação

(a não ser em situações de microrganismos especiais).

A porta do quarto pode permanecer aberta. No entanto, em situação de pandemia de

gripe aconselha-se a manter a porta fechada.

MÁSCARA FACIAL E PROTECÇÃO OCULAR

Usar máscara e protecção ocular, para proteger as membranas mucosas dos olhos, nariz

e boca durante procedimentos potencialmente geradores de salpicos de sangue, fluidos

corporais, secreções ou excreções. Usar máscara sempre que seja necessário trabalhar

a menos de um metro do doente ou executar procedimentos geradores de gotículas com

maior risco de contaminação; o doente só deve ser transportado para fora do quarto

quando for absolutamente indispensável e se possível deverá ser-lhe colocada uma

máscara cirúrgica.

EDUCAÇÃO DO DOENTE / FAMÍLIA

A educação do doente / família baseia-se, essencialmente, na sensibilização dos mesmos

ao uso de medidas de precaução e, na sua responsabilização para a adesão.

O programa de ensino deve incluir sempre, a avaliação sistemática da adesão às medidas

de precaução para tentar melhorar o desempenho.

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As medidas de precaução a ensinar, são:

Ao Doente:

- Utilizar lenços de papel para expectorar e tapar a boca quando tosse ou espirra;

- Colocar máscara cirúrgica quando sai do quarto.

- Higienizar as mãos após tossir, espirrar, assoar-se.

À Família:

- Lavar as mãos ao entrar e sair do quarto;

- Colocar máscara cirúrgica antes de entrar no quarto;

- Sempre que possível manter a porta fechada;

- Restringir o número de visitantes.

RESÍDUOS

Todos os resíduos que contenham secreções respiratórias (lenços de papel) dos doentes

com doenças transmissíveis por gotículas deverão ser, imediatamente, introduzidos em

saco de plástico de cor branca (resíduo tipo III) onde também serão introduzidas as

máscaras de protecção usadas.

DESCONTAMINAÇÃO

As decisões acerca dos processos descontaminação de materiais devem ser baseadas

na utilização pretendida para o instrumento e no risco que cada material representa para

o doente:

O material de limpeza, preferencialmente, deverá ser de uso exclusivo para o quarto de

isolamento. Se tal não for possível, lavá-lo em água corrente e desinfectá-lo para próxima

utilização.

TRANSPORTE DO DOENTE

A movimentação e o transporte de doentes em isolamento respiratório devem ser evitadas

ao máximo. Em movimentações imprescindíveis o doente deverá usar máscara de tipo

cirúrgico para minimizar a dispersão de partículas e reduzir o risco de contágio.

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Via Aérea

As precauções de transmissão pela via aérea, aplicam-se a doentes com infecções

suspeitas ou confirmadas por microrganismos transmitidos por núcleos de partículas

(“dropllet nuclei”) com dimensão < 5 µm, transportadas pelo ar. Estes núcleos resultam da

evaporação das gotículas contendo microrganismos e que permanecem suspensas no ar,

podendo ser transportadas a longas distâncias por correntes de ar.

TRANSMISSÃO

A transmissão ocorre quando as partículas contendo microrganismos são propelidas pela

pessoa infectada. Pelo seu peso, estas partículas conseguem percorrer distâncias

maiores do que as gotículas, através das correntes de ar, podendo ser inaladas por

hospedeiros susceptíveis, no mesmo quarto ou a grande distância da fonte, dependendo

de factores ambientais. Nestas situações é necessário que o isolamento do doente seja

feito em quarto individual preferencialmente, com pressão negativa. A porta do quarto

deve manter-se fechada.

Este tipo de isolamento aplica-se em doenças, tais como:

- Tuberculose pulmonar, laríngea ou brônquica. Outras localizações de tuberculose

requerem pelo menos as Precauções Básicas depois de excluir patologia respiratória;

- Varicela ou sarampo;

- Herpes Zooster disseminado ou herpes localizado em doentes imunodeprimidos.

As Precauções Básicas também se aplicam a todos os tipos de isolamento, de entre os

quais, aos doentes que se conheça ou se suspeite apresentarem doenças que se

transmitam pela via aérea, como é o caso das doenças que se acabam de referir. No

caso da tuberculose pulmonar, laríngea ou brônquica o diagnóstico precoce é

fundamental para início precoce da terapêutica. Recomenda-se a realização de

radiografia do tórax e baciloscopias de secreções brônquicas (3 amostras em três dias

consecutivos). Em doentes com HIV positivo deve sempre excluir-se uma possível

tuberculose pulmonar.

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As medidas específicas que se devem respeitar neste tipo de isolamento fazem referência

ao uso de máscara facial, às características do quarto, à educação do doente e família, à

gestão adequada dos resíduos, à descontaminação e às precauções no transporte de

doentes infectados.

LOCALIZAÇÃO DO DOENTE

Para este tipo de isolamento exige-se que o quarto tenha as características seguintes:

- Quarto individual

Caso não exista disponível, colocar esse doente num quarto (enfermaria) com outro

doente com infecção activa pelo mesmo agente, sem outras infecções não ser que exista

alguma recomendação em contrário.

Se não existir quarto individual e a coabitação não for desejável, aconselha-se a consultar

profissionais de controlo de infecção.

- Sistema de ventilação com pressão negativa

O quarto deve ter pressão negativa relativamente às áreas contíguas, e a exaustão feita

para o exterior; se a saída de ar for feita para outras áreas do hospital, o ar deverá passar

antes da exaustão por filtros de alta eficiência;

Se a saída do ar for feita para outras áreas do hospital, aquele deve passar, antes da

exaustão, por filtros de alta eficácia (filtros HEPA) e, se necessário, aplicar radiações

ultravioletas.

: a porta deverá estar fechada e o doente deve permanecer dentro do quarto.

: as áreas de isolamento devem conter todos os materiais, equipamentos e

infraestruturas que permitam a contenção na fonte e a individualização de materiais.

Nas situações em que não são possíveis estas condições, deverão ser utilizados quartos

em locais mais altos, com sol e mantendo as janelas abertas o máximo de horas que a

temperatura o permita. Ter sempre o cuidado de fechar as janelas antes de abrir a porta.

- Protecção respiratória (Máscara facial)

Todas as pessoas que entram no quarto, deverão usar máscara de alta eficiência que

deve cumprir as recomendações europeias, com capacidade de filtragem de 95% das

partículas.

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Os indivíduos susceptíveis não devem entrar num quarto de doentes com rubéola,

sarampo ou varicela (confirmada ou suspeita) desde que haja outros prestadores de

cuidados. Se tiverem que entrar em quartos com estes doentes devem usar protecção

respiratória.

EDUCAÇÃO DO DOENTE / FAMÍLIA

A educação do doente e família baseia-se, essencialmente, na sensibilização dos

mesmos ao uso de medidas de precaução e à sua responsabilização à adesão.

O programa de ensino deve incluir sempre, a avaliação sistemática da adesão às

medidas de precaução para melhorar o desempenho.

As medidas de precaução a ensinar, são:

Ao Doente:

- Utilizar lenços de papel para expectorar e tapar a boca quando tosse ou espirra.

- Colocar máscara quando sai do quarto.

- Higienizar as mãos após tossir, espirrar, assoar-se.

À Família:

- Lavar as mãos ao entrar e sair do quarto;

- Colocar máscara antes de entrar no quarto;

- Abrir a porta o mínimo de vezes possível;

- Restringir o número de visitantes.

RESÍDUOS

Todos os resíduos que contenham secreções respiratórias (lenços de papel) dos doentes

com tuberculose respiratória activa deverão ser, imediatamente, introduzidos em saco de

plástico. Este, depois de fechado (dentro do quarto), é introduzido em saco branco

(resíduo tipo III) onde também serão introduzidas as máscaras de protecção usadas.

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DESCONTAMINAÇÃO

As decisões acerca dos processos descontaminação de materiais devem ser baseadas

na utilização pretendida para o instrumento e não no diagnóstico do doente.

O material de limpeza, preferencialmente, deverá ser de uso exclusivo para o quarto de

isolamento. Se tal não for possível, lavá-lo em água corrente e desinfectá-lo para próxima

utilização.

TRANSPORTE DO DOENTE

O doente só deve ser transportado para fora do quarto quando for indispensável e deve

ser-lhe colocada uma máscara de alta eficiência para reduzir o risco de contágio. Esta

máscara destina-se a evitar que as gotículas infecciosas sejam disseminadas e

posteriormente inaladas, pois são especificamente concebidas para filtrar o ar expirado.

MEDIDAS DE ISOLAMENTO PARA EVITAR A TRANSMISSÃO POR VIA AÉREA

EM SITUAÇÕES ESPECÍFICAS:

• Serviço de Urgência – Devem adoptar-se medidas de isolamento para evitar a

transmissão pelo ar no Serviço de Urgência perante a suspeita de tuberculose

respiratória, sobretudo perante sintomas e sinais sugestivos de tuberculose activa:

- Tosse com mais de 3 semanas;

- Expectoração hemoptoica;

- Doença já diagnosticada de tuberculose que tenha sido abandonado o tratamento.

• Sala de broncoscopia e de aplicações de aerossóis - Quando se realizam

manobras que podem gerar aerossóis com partículas infectantes, o pessoal de

saúde deverá utilizar uma máscara facial de protecção individual tipo P1 ou,

preferencialmente, tipo P2.

Algumas destas manobras são:

- Broncoscopias; Indução de tosse para colheita de expectoração (nebulizações e

técnicas de indução de expectoração); Manobras respiratórias invasivas (intubação e

aspiração endotraqueal); Autópsias; Manipulação de micobactérias no laboratório de

microbiologia.

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Contacto

Para além das Precauções Básicas, o uso das Precauções de Contacto está indicado em

todos os doentes com suspeita ou confirmação de estarem infectados ou colonizados por

microrganismos epidemiologicamente importantes, que possam ser transmitidos por

contacto directo com o doente (pele-a-pele, através das mãos dos profissionais de saúde)

ou indirectamente, por contacto das mãos com as superfícies ou utensílios do ambiente

do doente, com os quais este contactou.

A aplicação das precauções de contacto justifica-se por exemplo em infecções ou

colonizações gastrointestinais, respiratórias ou cutâneas por bactérias que em certas

situações se podem considerar multi-resistentes, tais como:

- Staphylococcus aureus (MRSA) e Staphylococcus coagulase-negativo resistentes à

Meticilina;

- Enterococcus resistentes à Vancomicina (EVR), aminoglicosídeos ou betalactâmicos;

- Bacilos entéricos Gram-negativo resistentes às cefalosporinas de 3ª geração,

aminoglicosídeos ou quinolonas (Klebsiella, Serratia, Enterobacter, Proteus,

Providencia, Morganella e Citrobacter);

- Pseudomonas aeruginosa resistente à Piperacilina, Ceftazidima, Carbapenemes ou

Aminoglicosídeos;

- Streptococcus pneumoniae com níveis altos resistentes à Penicilina;

- Clostridium dificille.

Também são consideradas como situações que impõem a aplicação das precauções de

contacto as infecções entéricas, em doentes incontinentes, por Escherichia coli

enterohemorrágica, por Shigella, vírus da hepatite A ou Rotavírus.

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Em crianças são também consideradas as infecções por vírus sincicial respiratório,

parainfluenza e enterovírus.

Também se impõe a aplicação das precauções de contacto em infecções cutâneas

altamente contagiosas ou que podem ocorrer em pele seca, incluindo:

. Abcessos ou drenagens de feridas que não se podem cobrir;

. Difteria cutânea;

. Vírus herpes simples (muco-cutâneo e neonatal);

. Impétigo;

. Pediculose e escabiose;

. Furunculose estafilocócica em lactentes ou crianças pequenas;

. Herpes zooster disseminado ou em doentes imunodeprimidos;

. Conjuntivite hemorrágica vírica;

. Infecções hemorrágicas víricas (Ébola, Lassa, Marburgo, etc.).

As medidas específicas que se devem respeitar neste tipo de isolamento fazem referência

ao uso de luvas, ao uso de bata ou avental, à higiene do doente, à descontaminação do

quarto, à gestão adequada dos resíduos e às precauções no transporte destes doentes.

COLOCAÇÃO DO DOENTE

Este doente deve ser colocado num quarto individual, principalmente se se trata de uma

infecção ou colonização por microorganismos multi-resistentes.

Se não existir quarto individual disponível, colocar o doente num quarto (enfermaria) com

outro(s) doente(s) com infecção pelo mesmo agente, mas sem outras infecções (coorte).

Se não existir quarto individual disponível e não for possível o agrupamento em coorte, ter

em consideração a epidemiologia do agente e a população dos doentes ao definir a

localização do doente. Aconselha-se consulta com profissionais da Comissão de Controlo

de Infecção.

Não são necessárias medidas especiais de tratamento do ar nem de ventilação. Os

materiais clínicos e não clínicos devem ser individualizados nestes doentes (sempre que

possível). Se tal não for possível, estes materiais devem ser descontaminados

correctamente entre doentes.

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USO DE LUVAS E LAVAGEM DAS MÃOS

Embora a indicação do uso de luvas e a lavagem das mãos esteja incluído nas

Precauções Básicas (Universais) convém, mesmo assim, ter em conta algumas

recomendações:

- As luvas (que não precisam de ser estéreis) devem calçar-se à entrada do quarto e

retiradas antes de sair do quarto;

- Lavar as mãos imediatamente com um sabão anti-séptico;

- Depois de descalçar as luvas e lavar as mãos, assegurar-se que não toca em nenhum

objectou superfície potencialmente contaminada;

- Trocar de luvas após contacto com material infectante que possa conter grandes

concentrações de microorganismos (material fecal ou drenado de feridas).

USO DE BATA OU AVENTAL

Deve utilizar-se a bata (limpa, não esterilizada) ou avental quando, ao entrar no quarto, se

prevê um contacto próximo com o doente, com superfícies do meio ambiente ou com

objectos utilizados pelo doente, ou ainda se o doente está incontinente, se tem diarreia,

uma ileostomia, colostomia ou se a drenagem da ferida não está protegida. Retirar a bata

ou avental antes de sair do quarto. Após retirar a bata, tem que haver o cuidado de evitar

que a roupa não contacte com superfícies potencialmente contaminadas para se evitar a

transferência de microrganismos para outros doentes ou para outros ambientes.

HIGIENE DO DOENTE

Para a higiene dos doentes com infecção ou colonização por bactérias multi-resistentes

poderá avaliar-se a necessidade de utilizar-se sabão anti-séptico, sempre que a situação

do doente o exija (descolonização), de forma ponderada.

EDUCAÇÃO DO DOENTE / FAMÍLIA

A educação do doente / família baseia-se, essencialmente, na sensibilização dos mesmos

ao uso de medidas de precaução e à sua responsabilidade à adesão. O programa de

ensino deve incluir sempre, a avaliação sistemática da adesão às medidas de precaução

para tentar melhorar os resultados. As medidas de precaução a ensinar, são:

- Restringir o número de visitantes;

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- friccionar as mãos com solução anti-séptica de base alcoólica ou em alternativa, com

sabão anti-séptico, ao entrar e sair do quarto;

- Sempre que possível manter a porta fechada.

RESÍDUOS

Todos os resíduos produzidos nos quartos de isolamento devem ser introduzidos em saco

de plástico de cor branca (resíduo tipo III), com excepção dos do grupo IV.

DESCONTAMINAÇÃO

As decisões acerca dos processos de descontaminação de materiais devem ser

baseadas na utilização pretendida para o instrumento e não no diagnóstico do doente.

- Os materiais não críticos (estetoscópio, esfigmomanómetro, termómetro, etc.) que,

habitualmente, apenas exigem uma lavagem entre doentes, nas situações de

potencial transmissão por contacto, devem ser individualizados (não os partilhar com

outros doentes).

- Se for inevitável o uso comum destes materiais ou equipamentos, então deverão ser

adequadamente limpos e desinfectados com álcool a 70º, antes de serem usados

noutro doente.

- O material de limpeza, preferencialmente, deverá ser de uso exclusivo para o quarto

de isolamento. Se tal não for possível, lavá-lo preferencialmente em máquina com

ciclo de desinfecção pelo calor. Não sendo isto possível, lavar em água corrente e

desinfectá-lo antes da próxima utilização.

TRANSPORTE DO DOENTE

O transporte do doente é limitado ao estritamente necessário. No caso do doente ter de

sair do quarto, deverão ser tomadas precauções para evitar a transmissão de

microorganismos a outros doentes ou ambientes: Em caso de feridas extensas, tapá-las

durante o transporte; Cobrir o doente com roupa limpa; Avisar os intervenientes no

transporte e recepção do doente sobre as precauções a adoptar na prestação de

cuidados a estes doentes.

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ANEXO III – ESTRUTURA DE UMA UNIDADE DE ISOLAMENTO / ASPECTOS A CONSIDERAR NO SISTEMA DE VENTILAÇÃO EM UNIDADES DE ISOLAMENTO DE

CONTENÇÃO ��

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Características do sistema de ventilação com pressão negativa:

• O número de renovações de ar deve ser no mínimo de 6 por hora embora

alguns autores preconizem 9 a 12 renovações/hora. O objectivo desta

renovação é a diluição e remoção da contaminação;

• O quarto deve ter pressão negativa. Esta pressão negativa deve ser

controlada regularmente;

• É necessário garantir que todas as áreas do quarto tenham pressão negativa e

ar renovado. Estas áreas incluem a antecâmara e os sanitários;

• A saída do ar deve ser feita para uma zona que não constitua risco para as

pessoas que circulem na área (este sistema é denominado de “single pass”);

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• É o sistema que deve ser preferido. No caso de isso não ser possível devem

ser utilizados filtros HEPA de classe H de acordo com a norma EN 60335-2-

69. O objectivo destes filtros é de remover os contaminantes presentes no ar e

têm uma eficiência de 99,97% para partículas com um diâmetro de até 0,3

microns. Existem vários tipos de dispositivos. Se o dispositivo não é

totalmente passivo não deve ser usado em sistemas de re-circulação de ar;

• Se não for possível uma evacuação de ar para o exterior, pode haver risco de

contaminação do sistema de ventilação já que vai haver re-circulação de ar

contaminado. Nestas situações o uso de filtros HEPA é obrigatório. Os filtros

HEPA requerem uma instalação cuidadosa e uma manutenção meticulosa

para assegurar o seu funcionamento adequado. A eficácia dos filtros HEPA

deve ser verificada no mínimo uma vez por ano por uma pessoa com

competência para o efeito. Os filtros contaminados devem ser eliminados em

sacos estanques e tratados como resíduos de risco biológico;

• Também existem sistemas portáteis de filtros HEPA.

Nota: Manter porta fechada.

Fonte:

• WHO, “Influenza A (H5N1): “ WHO Interim Infection Control Guidelines for health Care Facilities”, 10 March, 2004

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�Fonte:

• WHO, “Influenza A (H5N1): “ WHO Interim Infection Control Guidelines for health Care Facilities”, 10 March, 2004

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IMPRESSO DE RASTREABILIDADE DA AMOSTRA ��

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Fonte��• WHO, “Influenza A (H5N1): “WHO Interim Infection Control Guidelines for health Care Facilities”, 10 March,

2004 • Hospital de Nossa Senhora do Rosário, Barreiro, CCI, “Controlo de Infecção de Influenza A (H5N1), 2005

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ANEXO VI

GUIA DE CONSULTA RÁPIDA

1. Todos os doentes infectados ou suspeitos de estarem infectados, devem ser isolados

em quarto individual com pressão negativa, caso disponível, ou em quarto individual.

Se isto não é possível, proceder ao isolamento por coortes – Identificar o tipo de

isolamento à entrada do quarto.

2. Manter sempre a porta dos quarto ou área de isolamento, fechada.

3. Todo o material que entre em áreas de isolamento de doentes com gripe deve ser

limpo e desinfectado antes de removido, ou ser adequadamente contido (ex.

resíduos, roupa e material para lavar e esterilizar)

4. Antes de sair das áreas de isolamento proceder à retirada do EPI pela ordem

correcta (atrás apresentada), seguida de higienização das mãos.

5. No interior e exterior dos quartos de isolamento deve existir solução alcoólica.

6. O número dos profissionais de saúde / visitas em contacto directo com o doente deve

ser limitado.

7. Todo os profissionais de saúde / visitas que entrem no quarto devem assinar um livro

de registos.

8. Só é permitido entrar no quarto com EPI (máscara de alta filtração (P2), batas, luvas

não esterilizadas, touca e óculos).

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9. O carro de apoio às áreas de isolamento deve permanecer no exterior junto da área

de isolamento.

10. Estetoscópio, termómetro e outros equipamentos, devem ser de uso exclusivo do

doente.

11. Efectuar a limpeza/desinfecção diária das áreas de isolamento.

12. As colheitas de produtos para análise devem seguir directamente para o laboratório,

cumprindo as regras de segurança e o protocolo, com indicação na requisição do

diagnóstico de suspeição de gripe.

13. Roupa e resíduos devem ser contidos e fechados em sacos nas áreas de isolamento

e posteriormente colocados em segundo saco fora da área de isolamento.

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ANEXO VII

Sites para Consulta

Nacionais

Direcção Geral de Saúde www.dgsaude.pt

Informação actualizada sobre desenvolvimentos a nível nacional e internacional relativamente à Gripe Aviaria, bem como dossier temático “Gripe 2005/2006”.

Tradução informal da responsabilidade da DGS a partir do documento original em inglês da Organização Mundial de Saúde com as Questões frequentemente postas sobre a Gripe Aviaria.

Agência Portuguesa de Segurança Alimentar

Informação geral sobre a Gripe Aviária e riscos associados aos alimentos.

www.agenciaalimentar.min-agricultura.pt

Ministério da Agricultura - Direcção Geral de Veterinária

Informação sobre medidas de protecção da saúde animal.

http://www.dgv.min-agricultura.pt/wps/portal

Europeus

UK Department of Health

Emergency Planning – Pandemic Flu

Planos de contingência e outras informações de carácter geral sobre as Gripes Humana e Aviária.

http://www.dh.gov.uk/PolicyAndGuidance/EmergencyPlanning/PandemicFlu/fs/en

European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC)

Informação geral sobre a Gripe Aviária, riscos da exposição ocupacional e recomendações para viajantes.

http://www.ecdc.eu.int/

Eurosurveillance – Órgão oficial de Comunicação do ECDC

http://www.eurosurveillance.org/

Comissão Europeia

DG Health and Consumer Protection – Avian Influenza

http://europa.eu.int/comm/health/ph_threats/com/Influenza/avian_influenza_en.htm

Comissão Europeia

Press Packs – Avian Influenza

http://europa.eu.int/comm/press_room/presspacks/avianflu/index_en.htm

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Comissão Europeia

Animal Health and Welfare – Avian Influenza

Informação sobre medidas de protecção da saúde animal.

http://europa.eu.int/comm/food/animal/diseases/controlmeasures/avian/indexen.htm

Internacionais

Organização Mundial de Saúde

Epidemic and Pandemic Alert and Response – Avian Influenza

www.who.int/csr/disease/avian_influenza

Health Topics – Avian Influenza

http://www.who.int/topics/avian_influenza/en/

Centers for Disease Control and Prevention (CDC) - United States Department of Health and Human Services

Avian Influenza

Informação de carácter geral sobre a Gripe Aviaria, incluindo informação sobre surtos recentes, vírus e riscos para a saúde humana.

http://www.cdc.gov/flu/avian/

• Sites específicos para actualização e acompanhamento da evolução da situação

• www.dgsaude.pt

• http://www.cdc.gov/flu/professionals/infectioncontrol/healthcare

facilities.htm

• http://www.promedmail.org

• http://who.int/csr/don/2006_01_30a/en/index.html

• http://www.pandemicflu.gov/planguide

• www.pandemicflu.gov

• http://www.pandemicflu.gov/planguide/hecklist.html

• www.cdc.gov/ncidod/hip/ISOLAT/droplet_prec_excerpt.htm

• www.cdc.gov/ncidod/hip/ISOLAT/std_prec_excerpt.htm

• http://www.internationalsos.com.members_home/countryguides

/a MedicalAlerts.cfm

• www.dh.gov.uk/pandemicflu