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IDADE MÉDIA Feud alism

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IDADE MÉDIA

Feudalismo

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A Idade Média teve início na Europa com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente.

Roma

Bizâncio

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Características , Idade Média A descentralização do poder político em

torno dos senhores feudais

Sociedade hierarquizada.

Supremacia da Igreja Católica,

Enfraquecimento comercial,

Sistema de produção feudal,

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Poder Político Com o decorrer das invasões bárbaras que se

iniciaram no século V, ocorreu uma "divisão do poder político” entre os grandes proprietários de terras, isto é, os senhores feudais.

Os senhores feudais, funções:

Administrativas, Judiciárias Militares,

governavam seus feudos de maneira autônoma, mandando e desmandando em suas regiões.

Os reis continuaram existindo, mas sem poderes plenos e efetivos.

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Laços de Vassalagem. A união social era garantida pelos laços de

vassalagem. Nessa relação, encontramos, de um lado:

Suserano (proprietário que concedia feudos a seus protegidos)

e, de outro lado,

Vassalo (pessoa que recebia feudos do suserano, prometendo-lhe fidelidade).

Homenagem - Juramento solene de fidelidade do vassalo perante seu suserano.

Investidura - entrega do feudo feita pelo suserano ao vassalo

Atos solenes

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Direitos e Deveres    Uma série de direitos e de deveres

competia a suseranos e vassalos. Suserano –

Dar proteção militar Prestar assistência judiciária aos seus vassalos; Receber de volta o feudo, caso o vassalo morresse sem

deixar herdeiros; Proibir casamento entre seus vassalos e pessoas que

não lhe fossem fiéis. Pagar impostos ao Rei

Vassalo – Prestar serviço militar, durante certo tempo, a seu

suserano; Libertar o suserano, caso ele fosse aprisionado; Comparecer ao tribunal presidido pelo suserano toda vez

que fosse convocado“ Pagar impostos ao suserano

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Sociedade Medieval

A sociedade era hierarquizada,

estática (com pouca mobilidade

social).

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Suserano dos SuseranosComo o poder foi descentralizado todo os poderes

(jurídico, econômico e político) concentravam-se nas mãos dos senhores feudais.

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Nobreza feudalA nobreza feudal (Senhores Feudais) era detentora de

terras e arrecadava impostos dos camponeses.

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DUQUE – É o mais elevado título de nobreza nas principais monarquias ocidentais, abaixo apenas de príncipe.

MARQUÊS – chamava originalmente de marques o

intendente de fronteira – também chamado de “governador de marca”. Marcas eram distritos localizados em zonas de proteção nas regiões fronteiriças

ou não-pacificadas (marquês tinha amplos poderes).

CONDE – Se referia à aqueles que viviam na órbita direta do imperador, seus assessores e oficiais palacianos. Compunham o conselho particular do monarca e o acompanhavam em viagens e negócios (O valete, conhecido

nas cartas do baralho, é o mesmo que conde).

VISCONDE – O substituto do conde, designado para desempenhar suas funções quando ele estivesse impedido ou ausente.

Barão - O título era concedido a pessoas de destaque na comunidade pelo seu bem-sucedido desempenho profissional.

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O Clero O clero (membros da Igreja

Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade.

Era isento de impostos

e arrecadava o dízimo.

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A terceira camada da sociedade

A terceira camada da sociedade era formada pelos:Servos (camponeses)Pequenos artesãos

Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como:

Corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal),

Talha (metade da produção), Banalidades (taxas pagas pela utilização do

moinho e forno do senhor feudal).

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A economia feudal Baseava-se principalmente na agricultura.

Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas.

As trocas de produtos e mercadorias (Escambo) eram comuns na economia feudal.

◘ O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. • O artesanato também era praticado

na Idade Média.

o A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares.

o O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura

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Educação, cultura e

arte medieval 

A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam.

Esta era marcada pela influência da Igreja, ensinando o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras.

Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.

A arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época.

As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos.

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As Guerras Medievais A guerra na Idade Média era

uma das principais formas de obter poder.

Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e o poder.

Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais.

Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval.

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ReconquistaConquista cristã é

a designação historiográfica para o movimento cristão com início no século VIII que visava à recuperação dos Visigodos cristãos das terras perdidas para os árabes durante a invasão da Península Ibérica.

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As Cruzadas No século XI, dentro do contexto histórico da

expansão árabe, os muçulmanos conquistaram a cidade sagrada de Jerusalém. Diante dessa situação, o papa Urbano II convocou a Primeira

Cruzada (1096), com o objetivo de expulsar os "infiéis" (árabes) da Terra Santa. 

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Essas batalhas, entre muçulmanos e católicos, duraram cerca de dois séculos,

• Deixando milhares de mortos e um grande rastro de destruição.

Ao mesmo tempo em que eram guerras marcadas por diferenças religiosas, também possuíam um forte caráter econômico.

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Muitos cavaleiros cruzados, ao retornarem para a Europa, saqueavam cidades árabes e vendiam produtos nas estradas, nas chamadas feiras nas rotas de comércio.

De certa forma, as Cruzadas contribuíram para o renascimento urbano e comercial a partir do século XIII.

Após as Cruzadas, o Mar Mediterrâneo foi aberto para os contatos comerciais.

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As cidades, portanto, começaram a crescer durante a Baixa Idade Media.

O revigoramento do comércio transformou as villas, as cidades portuárias e as antigas regiões das feiras comerciais, que se tornaram permanentes.

Várias cidades desenvolveram-se junto dos castelos e mosteiros fortificados, em razão da proteção proporcionada por seus muros.

Provavelmente surge daí a denominação burgo para as cidades, pois essa palavra significa fortaleza e castelo (do latim burgo).

Os que habitavam os burgos, exercendo atividades comerciais e manufatureiras, constituíram um novo segmento social no sistema feudal, conhecido como burguesia.

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Durante o século XIII ocorreu uma expansão das áreas agrícolas. Antigas áreas de pastagens foram ocupadas, alterações

climáticas, acarretou baixa produtividade agrícola. Os nobres passaram a explorar grandemente as massas

camponesas. Essa situação produziu protestos, revoltas e fugas dos

servos para as cidades (Burgos). Entre os séculos XI e XIV foi extraordinário crescimento

da população vivendo nas áreas urbanas (Burgos). Com as péssimas colheitas, que se verificaram ocorreu

uma alta de preços dos produtos agrícolas. Os europeus passaram a conviver com a fome.

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No plano social verifica-se o crescimento de um novo grupo: a burguesia comercial, residente em cidades (burgos) que tendiam a uma expansão cada vez maior,

Passaram a atrair os camponeses e os elementos “marginais” da sociedade feudal.

Politicamente, a crise se traduz pelo fortalecimento da autoridade real, considerado necessário pela nobreza temerosa do alcance das revoltas camponesas.

A unificação política, o surgimento dos Estados Nacionais, aparece, desta forma, como a solução política para a nobreza manter sua dominação

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Peste Negra ou Peste Bubônica

Em meados do século XIV, uma doença devastou a população européia. Historiadores calculam que aproximadamente

um terço (1/3) dos habitantes morreram desta doença.

A Peste Negra era transmitida através da picada de pulgas de ratos doentes. Estes ratos chegavam à Europa nos porões dos navios vindos do Oriente.

Como as cidades medievais não tinham condições higiênicas adequadas, os ratos se espalharam facilmente.

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RENASCIMENTO A crise do século XIV produziu uma profunda inquietação

intelectual, caracterizada pela idéia de necessidade de renovação cultural.

Este fenômeno ficou conhecido por RENASCIMENTO, dando inicio a Idade Moderna.

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Renascimento foi um movimento histórico ocorrido inicialmente na Itália e difundido pela Europa entre os séculos XV e XVI. Foi caracterizado pela crítica aos valores

medievais e pela revalorização dos valores da Antigüidade Clássica (greco-romana).

Foi na cidade de Florença que os textos clássicos passaram a ser estudados e as idéias renascentistas difundiram-se para outras cidades italianas e , posteriormente, para outras regiões da Europa.

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Renascimento é o nome que se dá a um grande movimento de mudanças culturais, que atingiu as camadas urbanas da Europa Ocidental entre os séculos XIV e XVI, caracterizado pela retomada dos valores da cultura

greco-romana, ou seja, da cultura clássica. As bases desse movimento eram proporcionadas por

uma corrente filosófica reinante, o humanismo, Descartava a escolástica medieval, até então

predominante, e propunha o retorno às virtudes da antiguidade. Platão, Aristóteles, Virgílio, Sêneca e outros autores

greco-romanos começam a ser traduzidos e rapidamente difundidos.

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Formação dos Estados Absolutistas

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As transformações que ocorreram no século XIV, XV e XVI, com o advento do capitalismo mercantil e a superação do modo de produção feudal, ocasionou a redefinição do Estado.

Foram profundas mudanças nessa nova sociedade, e o Estado precisou se tornar forte e centralizado.

Surgiu inicialmente, o Estado

Absolutista e em seguida o Estado Liberal.

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Absolutismo Podemos definir o

absolutismo como um sistema político e administrativo que prevaleceu nos países da Europa, na época do Antigo Regime (séculos XVI ao XVIII ).

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No final da Idade Média (séculos XIV e XV), ocorreu uma forte centralização política nas mãos dos reis. A burguesia comercial ajudou muito neste

processo, pois interessa a ela um governo forte e capaz de organizar a sociedade.

Portanto: A burguesia forneceu apoio político e

financeiro aos reis, Os reis em troca, criaram um sistema

administrativo eficiente, (unificando moedas e impostos), melhorando ainda a segurança dentro de seus reinos.

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Nesta época, o rei concentrava praticamente todos os poderes. Criava leis sem

autorização ou aprovação política da sociedade.

Criava impostos, taxas e obrigações de acordo com seus interesses econômicos.

Agia em assuntos religiosos, chegando, até mesmo, a controlar o clero em algumas regiões.

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Todos os luxos e gastos da corte eram mantidos pelos impostos e taxas pagos, principalmente, pela população mais pobre.

Os reis usavam a força e a violência de seus exércitos para reprimir, prender ou até mesmo matar qualquer pessoa que fosse contrária aos interesses ou leis definidas pelos monarcas.

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Exemplos de alguns reis deste período

Henrique VIII - Dinastia Tudor : governou a Inglaterra no século XVII

Elizabeth I - Dinastia Stuart - rainha da Inglaterra no século XVII

Luis XIV - Dinastia dos Bourbons - conhecido como Rei Sol - governou a França entre 1643 e 1715.

Fernando e Isabel - governaram a Espanha no século XVI.

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Teóricos do Absolutismo Muitos filósofos desta época desenvolveram teorias e chegaram até

mesmo a escrever livros defendendo o poder dos monarcas europeus.

Abaixo alguns exemplos: Jacques Bossuet: para este filósofo francês o rei era o representante

de Deus na Terra. Portanto, todos deveriam obedecê-lo sem contestar suas atitudes.

Nicolau Maquiavel: Escreveu um livro, " O Príncipe",  onde defendia o

poder dos reis. De acordo com as idéias deste livro, o governante poderia fazer qualquer coisa em seu território para conseguir a ordem. De acordo com o pensador, o rei poderia usar até mesmo a violência para atingir seus objetivos. É deste teórico a famosa frase : " Os fins justificam os meios.“

Thomas Hobbes: Este pensador inglês, autor do livro " O Leviatã ",

defendia a idéia de que o rei salvou a civilização da barbárie e, portanto, através de um contrato social, a população deveria ceder ao Estado todos os poderes.

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Centralização política e as Igrejas

Apesar dessa importância, os principais teóricos do absolutismo se utilizaram do discurso racional, de origem renascentista. Maquiavel defende a utilização de todos os meios ao alcance

dos governantes para a centralização do poder; Thomas Hobbes, o absolutismo era necessário para a

organização social, superando o "egoísmo intrínseco ao homem".

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No século 17, Jacques Bossuet, bispo francês, estabelece a relação entre o poder do rei e o poder de Deus.

Na península Ibérica, o absolutismo formou-se antes do movimento reformista e contou com o apoio do clero católico, uma vez que os vínculos entre a nobreza real e o alto clero eram muito fortes.

Na França e na Inglaterra, onde a formação do absolutismo coincide cronologicamente com a reforma religiosa, é que percebemos a utilização da religião ou da igreja na luta pelo poder.

Na Inglaterra, o rei Henrique VIII optou pelo rompimento com a Igreja Católica e pela organização de uma nova igreja oficial, denominada Anglicana, que foi comandada diretamente por ele, que, apoiado pelo Parlamento, controlava o poder político e religioso ao mesmo tempo, consolidando o absolutismo.

Na França, a nova religião, calvinista, serviu de base para a organização do grupo que fez oposição ao absolutismo real, os huguenotes, e foi responsável pelo retardamento da formação do absolutismo.

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Mercantilismo

Mercantilismo: a prática econômica do absolutismo

Podemos definir o mercantilismo como sendo a política econômica adotada na Europa durante o Antigo Regime. Como já dissemos, o governo absolutista interferia

muito na economia dos países. O objetivo principal destes governos era alcançar o

máximo possível de desenvolvimento econômico, através do acúmulo de riquezas.

Quanto maior a quantidade de riquezas dentro de um rei, maior seria seu prestígio, poder e respeito internacional. 

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Principais características do sistema econômico

mercantilista:Metalismo : o ouro e a prata eram metais

que deixavam uma nação muito rica e poderosa, portanto os governantes faziam de tudo para acumular estes metais. Comércio externo, que trazia moedas para a

economia interna do país, A exploração de territórios conquistados era

incentivada neste período. Foi dentro deste contexto histórico, que a

Espanha explorou toneladas de ouro das sociedades indígenas da América como, por exemplo, os maias, incas e astecas.

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Industrialização o governo estimulava o desenvolvimento de indústrias em seus territórios.

Como o produto industrializado era mais caro do que matérias-primas ou gêneros agrícolas, exportar manufaturados era certeza de bons lucros.

Pacto Colonial as colônias européias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles.

Era uma garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos não encontrados na Europa.

Balança Comercial Favorável o esforço era para exportar mais do que importar, desta forma entraria mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira. Usa-se diversos mecanismos (Protecionismo Alfandegário )

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Península Ibérica

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Portugal Na Antiguidade, quando Portugal era chamado de província

Lusitânia e fazia parte do Império Romano, a cidade do Porto era um importante centro comercial que se localizava na foz do rio Douro, no litoral atlântico.

Na Alta Idade Média, essa cidade foi palco de inúmeros conflitos políticos, durante o período em que os suevos controlaram a região (entre os séculos V e VIII).

Ali também se formou uma importante diocese da Igreja Cristã Romana, em meados do século VI.

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Quando, a partir do século VIII, os árabes dominaram a maior parte da Península Ibérica, a cidade do Porto caiu sob domínio dos invasores. Os povos ibéricos cristãos (intolerantes aos "infiéis"

muçulmanos) mantiveram o controle sobre as Astúrias (norte da península), e a partir dali passaram a lutar contra os invasores, no processo que ficou conhecido como Guerra da Reconquista.

Durante essa guerra, a cidade do Porto foi retomada pelos cristãos em 868.

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Partir de então, a região passou a ser chamada de Portucale. Ainda hoje, os especialistas discutem sobre a origem

desse nome. A explicação mais aceita é a de que a palavra seja

composta de portus (do latim, "porto") e kalos (do grego, "belo"), portanto, "Porto Belo".

Durante a Guerra da Reconquista, Portucale foi um importante centro de expansão cristã.

As terras tomadas dos muçulmanos a partir dali passaram a se chamar Terras Portucalenses.

Mas, no contexto dos conflitos entre cristãos e muçulmanos, os reinos de Leão e Castela (que formariam, futuramente, a Espanha) lideraram a organização da guerra, ficando as Terras Portucalenses sob controle desses reinos.

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O Condado Portucalense No final do século XI, com o início das

Cruzadas, convocadas pelo papa Urbano II, a Guerra da Reconquista atraiu nobres de vários cantos da Europa, que chegavam à região em busca de prestígio.

Em 1077, D. Afonso VI se tornou rei de Castela e Leão.

Fervoroso cristão, esse rei fez aliança com a Ordem de Cluny (ordem religiosa da Borgonha francesa, que tinha como um de seus propósitos a luta contra os infiéis, a fim de ter apoio na Reconquista).

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Dom Henrique de Borgonha Dom Henrique de Borgonha, apesar de ser sobrinho do papa,

era o filho mais novo de sua família, portanto sem direito a herança, e resolveu se arriscar na guerra da Península Ibérica. Depois de vitórias contra os

muçulmanos acabou por ganhar em casamento dona Tareja (filha mais nova de D. Afonso VI),

Pouco tempo depois recebeu as Terras Portucalenses, que passaram a se chamar Condado Portucalense.

Dom Henrique ganhava, assim, o título de conde.

O conde D. Henrique ampliou a importância do condado durante as guerras contra os muçulmanos e buscou ampliar sua autonomia em relação aos castelhanos e leoneses.

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O condado, por essa época, já tinha sua população distribuída e organizada a partir de suas prioridades econômicas (e essa divisão será um marco na história de Portugal):

no litoral se localizavam os pescadores, os mercadores e os pequenos artesãos,

no interior se localizava a nobreza feudal, de origem castelhana e leonesa.

D. Henrique tinha grande apoio entre a população do litoral, que lutava por autonomia, mas era mal visto pela nobreza do interior, que estava ligada por laços sanguíneos a Castela e Leão.

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O reino de Portugal e a dinastia de Borgonha Quando, em 1112, D. Henrique faleceu, dona Tareja

passou a governar o condado de acordo com os interesses da nobreza, gerando o descontentamento de mercadores e artesãos do litoral (a burguesia).

Dessa forma, seu filho, D. Afonso Henriques, com apenas 14 anos, pegou em armas contra sua própria mãe, a fim continuar o processo de autonomia iniciado por seu pai. Em 1128, D. Afonso

Henriques venceu a nobreza aliada à dona Tareja (Batalha de São Mamede).Em 1139, venceu os muçulmanos (Batalha de Ourique), declarando a independência da região, que passou a se chamar reino de Portugal (1143), iniciando assim a dinastia de Borgonha.

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A dinastia de Borgonha (1142-1385)

Foi responsável pela centralização política do reino português: conseguiu o reconhecimento de sua soberania

perante os outros reinos europeus e o papado, submeteu a nobreza dona de terras, criou

impostos para obter parte dos lucros dos mercadores,

venceu e expulsou os muçulmanos do território português e anexou o Algarve (sul de Portugal).

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Guerra entre Castela e Portugal

Iniciou-se uma guerra entre Castela e Portugal, que foi vencida pelos portugueses, com a ajuda dos ingleses (levados à guerra, principalmente, por causa das relações comerciais estabelecidas com os mercadores de Portugal). Terminava a dinastia de Borgonha. A nova família real, a dinastia de Avis, além de

receber amplo apoio dos mercadores portugueses, passava a governar um Estado centralizado e bem administrado.

E foram esses os mais importantes fatores que possibilitariam, no século seguinte, a expansão econômica portuguesa através dos mares.

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Espanha Com a conquista dos romanos, o poder de

Roma durou desde o século I a.C até o V da Era Cristã.

Com a queda do império romano foi invadida e conquistada pelos visigodos que tinham sua capital em Toledo e adotaram a língua latina e o catolicismo.

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No começo do século VIII (em 711), invadiram a península os árabes da Mauritânia ou Mouros, que em pouco tempo tomaram o território, com exceção de Astúrias e Vizcaya.

Aos poucos espanhóis que na parte noroeste da península conseguiram se opor à invasão, começaram uma guerra de reconquista que durou mais de sete séculos.

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Já no século IX haviam adquirido importância os reinos cristãos de Aragon, Leon, de Navarra e da Catalunha. A desmembração do Califato de Córdoba acelerou a obra da reconquista. Esta foi completada pelos reis católicos Isabel

e Fernando, cujo casamento em 1469 preparou a união de Aragon e Castilla.

Em 1492, com a expulsão dos mulçumanos de Granada, realizaram a unidade nacional.

Aos reis católicos corresponde a glória de ter conseguido essa unidade nacional e o descobrimento do Novo Mundo (1492).

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França No início do século XVI, os reis franceses já se

apresentavam com o poder consolidado, respondendo por seus atos somente a Deus.

Criaram os serviços públicos, colocaram a Igreja sob seu controle e incentivaram o comércio, visando obter os metais preciosos.

Na segunda metade do século XVI, a França foi assolada por guerras religiosas entre católicos e calvinistas (huguenotes), que se estenderam de 1562 a 1598.

Essas guerras envolveram as grandes famílias aristocráticas que dominavam o país,

Os católicos eram chefiados pelo rei Henrique III da dinastia de Valois, e pelo Duque Henrique de Guise

Os protestantes eram liderados por Henrique de Navarra ou Bourbon.

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Henrique III hesitava em combater os protestantes calvinistas, cuja grande maioria era de burgueses, responsáveis por parte considerável das riquezas do reino.

A luta armada, iniciada em 1562, trouxe massacres tanto de huguenotes quanto de católicos, além de devastações e de revoltas populares no campo e nas cidades.

Com o assassinato do rei, em 1589, subiu ao trono seu parente mais próximo, Henrique de Navarra, que para ser coroado aceitou converter-se ao catolicismo.

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As guerras religiosas favoreceram o processo de centralização da monarquia, no reinado de Henrique IV de Navarra ou Bourbon, que durou de 1589 a 1610. Em 1598, foi publicado o Edito de Nantes,

concedendo liberdade de culto aos huguenotes e permitindo seu livre acesso aos cargos públicos.

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Grã-Bretanha A monarquia inglesa, desde o século XIII,

apresentava uma característica peculiar: a existência de um Parlamento. Isto representava uma certa limitação do poder

real.

Esse quadro começou a mudar com a Guerra dos Cem Anos, a monarquia inglesa passou a contar com o apoio da nobreza, dando início a um processo de fortalecimento que se estendeu ao longo de toda duração da guerra.

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Entretanto, com o final da guerra e a consequente derrota inglesa, deu-se uma desvalorização da monarquia, um enfraquecimento do Exército e uma crise econômica.

Esses elementos influenciaram uma disputa dos setores descontentes da nobreza pelo poder real.

Essa reação deu origem à Guerra das Duas Rosas (1455-1485), que durante 30 anos dilacerou o território inglês.

A Rosa Vermelha dos Lancaster (Lencastres).

A Rosa Branca dos York (Iorques).

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Prof. Rogério Ribeiro Rodriguesemail:

[email protected]://lattes.cnpq.br/4912035968628922

Idade MédiaFontes:COC – Sistema de EnsinoObjetivo – Sistema de EnsinoExpoente – Sistema de Ensino