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2.ºano www.escolavirtual.pt © Escola Virtual 1 O Elefante Cor-de-Rosa Era uma vez um elefante cor-de-rosa... Mas não existem elefantes cor-de-rosa! Não é inteiramente verdade, a verdade é outra: não existem na Terra elefantes cor-de-rosa, o que é muito diferente. Mas noutro planeta, fora da nossa galáxia, num mundo pequenino, forjado no bafo de outras estrelas e aquecido por outro sol, havia elefantes cor-de-rosa. (…) Todos os dias a vida era alegre e companheira. Um dia, porém, o elefantezinho cor-de-rosa, o nosso elefantezinho, sentiu uma esquisita sensação, quando viu que uma flor branca murchava, sob os seus olhos fixos de espanto. A flor ia morrer! Aflito, chamou os companheiros que vieram, fizeram uma roda e, de rabinhos pendentes, começaram a soprar pelas trombas um ventinho de amizade e de carinho que sustivesse a flor. Mas a flor morreu. (…) Ao outro dia, se assim me posso exprimir, o coração do elefantezinho estava como um ouriço-cacheiro: as flores brancas tinham morrido todas. (…) Precisavam fugir daquela ameaça que sobre eles se suspendia. Mas para onde? (…) — Vou deixar-te na Terra, mas não entre os homens. Descerás na imaginação de uma criança. Assim não morrerás nunca e terás sempre companheiros. — Excelente ideia, cometazinho!... (…) DACOSTA, Luísa — O Elefante CordeRosa. Alfragide: Edições ASA, 2011 [fragmentos]. Cantinho da Leitura

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  • 2.ano

    www.escolavirtual.pt Escola Virtual 1

    O Elefante Cor-de-Rosa

    Era uma vez um elefante cor-de-rosa...

    Mas no existem elefantes cor-de-rosa! No inteiramente verdade, a verdade outra: no existem na Terra elefantes

    cor-de-rosa, o que muito diferente.

    Mas noutro planeta, fora da nossa galxia, num mundo pequenino, forjado no bafo de outras estrelas e aquecido por outro sol, havia elefantes cor-de-rosa.

    () Todos os dias a vida era alegre e companheira. Um dia, porm, o elefantezinho cor-de-rosa, o nosso elefantezinho, sentiu uma

    esquisita sensao, quando viu que uma flor branca murchava, sob os seus olhos fixos de espanto.

    A flor ia morrer! Aflito, chamou os companheiros que vieram, fizeram uma roda e, de rabinhos

    pendentes, comearam a soprar pelas trombas um ventinho de amizade e de carinho

    que sustivesse a flor. Mas a flor morreu.

    () Ao outro dia, se assim me posso exprimir, o corao do elefantezinho estava

    como um ourio-cacheiro: as flores brancas tinham morrido todas. () Precisavam fugir daquela ameaa que sobre eles se suspendia.

    Mas para onde? () Vou deixar-te na Terra, mas no entre os homens. Descers na imaginao de uma criana. Assim no morrers nunca e ters sempre companheiros.

    Excelente ideia, cometazinho!... ()

    DACOSTA, Lusa O Elefante CordeRosa. Alfragide: Edies ASA, 2011 [fragmentos].

    Cantinho da Leitura