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2ª Lição – A EXISTÊNCIA DE DEUS- CAUSA E EFEITO – 1º livro 2ª LIÇÃO A EXISTÊNCIA DE DEUS CAUSA E EFEITO Um dos temas mais básicos que a mente humana pode considerar é a pergunta: “Existe Deus?Ou melhor, Deus existe ou não existe. Não existe termo médio. O ateu declara atrevidamente que Deus não existe; enquanto que o teísta declara valentemente que Ele sim existe. O agnóstico diz que não há suficiente evidência para fazer uma decisão neste assunto; e o asséptico duvida que a existência de Deus possa ser provada com certeza. Quem está certo? Existe Deus, ou não? Logo, a única maneira de responder a esta pergunta é buscar e examinar a evidência. Seguramente é razoável sugerir que, se existe um Deus, Ele faria acessível para nós a evidência adequada para a tarefa de provar a Sua existência. Mas existe tal evidência? O teísta se aferra ao ponto que a evidência adequada para provar definitivamente que Deus existe, está disponível. Sem dúvida, quando nós usamos a palavra “provar”, não pretendemos sugerir que a existência de Deus possa ser demonstrada cientificamente do mesmo modo que alguém pode provar que um saco de papas pesa dez gramas ou que o coração humano tem quatro câmaras no seu interior. Tais assuntos, como o peso de um saco de vegetais, ou a divisão dentro de um músculo, são questões que podem ser verificadas empiricamente, usando os cinco sentidos. E, mesmo a evidência empírica, frequentemente é bastante proveitosa para estabelecer a validez de um caso, não é a única maneira de chegar à prova. 1

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2ª Lição – A EXISTÊNCIA DE DEUS- CAUSA E EFEITO – 1º livro

2ª LIÇÃOA EXISTÊNCIA DE DEUS

CAUSA E EFEITOUm dos temas mais básicos que a mente humana pode

considerar é a pergunta: “Existe Deus?” Ou melhor, Deus existe ou não existe. Não existe termo médio. O ateu declara atrevidamente que Deus não existe; enquanto que o teísta declara valentemente que Ele sim existe. O agnóstico diz que não há suficiente evidência para fazer uma decisão neste assunto; e o asséptico duvida que a existência de Deus possa ser provada com certeza. Quem está certo? Existe Deus, ou não?

Logo, a única maneira de responder a esta pergunta é buscar e examinar a evidência. Seguramente é razoável sugerir que, se existe um Deus, Ele faria acessível para nós a evidência adequada para a tarefa de provar a Sua existência. Mas existe tal evidência?

O teísta se aferra ao ponto que a evidência adequada para provar definitivamente que Deus existe, está disponível. Sem dúvida, quando nós usamos a palavra “provar”, não pretendemos sugerir que a existência de Deus possa ser demonstrada cientificamente do mesmo modo que alguém pode provar que um saco de papas pesa dez gramas ou que o coração humano tem quatro câmaras no seu interior. Tais assuntos, como o peso de um saco de vegetais, ou a divisão dentro de um músculo, são questões que podem ser verificadas empiricamente, usando os cinco sentidos. E, mesmo a evidência empírica, frequentemente é bastante proveitosa para estabelecer a validez de um caso, não é a única maneira de chegar à prova.

Por exemplo, todas as autoridades legais reconhecem a validade do que é conhecido como um caso prima face,“à primeira vista”. Tal caso existe quando está disponível a evidência suficiente para estabelecer uma grande probabilidade da veracidade de um facto. A menos que este facto particular possa de alguma maneira ser refutado, é considerado provado sem lugar a dúvidas. É o litígio do teísta, que existe uma vasta quantidade de evidência extremamente poderosa, que forma um invulnerável caso prima face para a existência de Deus, um facto que simplesmente não pode ser refutado. Gostaríamos de apresentar aqui uma porção da evidência que compõe o caso à primeira vista, para a existência de Deus.

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CAUSA E EFEITOO ARGUMENTO COSMOLÓGICO

Através da história humana, um dos argumentos mais efectivos para a existência de Deus tem sido o argumento cosmológico (causa e efeito), que aponta ao facto de que o Universo (Cosmos) está aqui e portanto deve ser explicado.

O Universo existe e é real. Toda a pessoa racional, incluindo ateus e agnósticos, deve admitir este ponto. Assim, surge a pergunta, “Como chegou aqui o Universo?” Se uma coisa não pode criar-se a si mesma, então, se diz que é “contingente” (duvidoso, incerto), porque depende de algo externo para explicar a sua existência. Por conseguinte, o Universo é uma entidade contingente porque este não pode causar ou explicar a sua própria existência. Se o Universo não se criou a si mesmo, deve ter tido uma causa.

Eis aqui onde a lei da Causa e o Efeito está vinculada firmemente ao argumento cosmológico. Até agora, segundo o avanço do conhecimento científico, as leis naturais não têm excepções. Logo, isto é verdade quanto à lei da Causa e o Efeito, a qual é a lei mais universal e certa de todas as leis. Em palavras simples, a lei da Causa e o Efeito declara que todo o efeito material deve ter uma causa antecedente que seja adequada (quer dizer, uma causa que chega antes do efeito).

Os efeitos materiais sem causas adequadas não existem. Além disso, as causas nunca ocorrem depois do efeito. Não tem sentido falar de uma causa posterior a um efeito, ou de um efeito que chega antes da sua causa. Além disso, o efeito nunca é maior que a sua causa. Essa é a razão pela qual os científicos dizem que todo o efeito material deve ter uma causa adequada. O rio não se tornou lodoso porque a rã saltou dentro; nem o livro caiu da mesa porque a mosca pousou sobre ele. Estas não são causas adequadas. Para qualquer efeito que vemos, devemos sugerir causas adequadas, as quais nos trazem de novo à pergunta anterior: Que causou o Universo?

Somente existem três respostas possíveis para esta pergunta: (1) o Universo é eterno; sempre tem existido e sempre existirá; (2) o Universo não é eterno; melhor dizendo, se criou a si mesmo do nada; ou (3) o Universo não é eterno, e não se criou a si mesmo do nada, mas foi criado por algo (ou Alguém) externo, e superior a este. Estas três opções merecem uma consideração séria.

É o Universo Eterno?A posição mais cómoda para a pessoa que não crê em Deus é a

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ideia de que o Universo sempre tem estado aqui, e sempre estará aqui, já que esta ideia não somente evita o problema de um começo ou um final, mas também a necessidade de qualquer “primeira causa” (tal como Deus). Sem dúvida, a ciência moderna reconhece que o Universo não é eterno; este teve um começo e terá um fim. (Como tudo que é material)

Entre as leis mais importantes e bem estabelecidas da ciência, estão as leis da termodinâmica. A Primeira Lei da Termodinâmica (frequentemente chamada a Lei da Conservação da Energia e / ou Matéria) declara que nem a matéria nem a energia podem ser criadas ou destruídas. A segunda Lei Termodinâmica (frequentemente chamada da Lei da Entropia Crescente) declara que tudo se está esgotando ou desgastando. O uso da energia está chegando a ser cada vez menos disponível. A Entropia (uma medida de casualidade, desordem ou desproporção está crescendo. Logo, isso significa que finalmente o Universo se “destruirá”. A Segunda Lei aponta a: (1) um começo quando, pela primeira vez, o Universo esteve em um estado no qual toda a energia estava disponível para seu uso; e (2) um final no futuro quando a energia nunca mais estará disponível (referida pelos científicos como uma “morte térmica”), causando deste modo a “morte” do Universo. Em outras palavras, o Universo é como um gigantesco relógio ao qual se lhe deu corda, mas que agora está ficando sem corda. A conclusão que se obtém da informação científica é iniludível - o Universo não é eterno. As entidades eternas não têm um princípio ou um fim, e não se “desgastam”. Um científico famoso, Robert Jastrow da NASA (que não crê em Deus) escreveu: “A ciência moderna nega uma existência eterna do Universo”. Ele está certo. Agora nós sabemos, cientificamente, que o Universo não é eterno.

O Universo se Criou a Si mesmo Do Nada?No passado, teria sido praticamente impossível encontrar

algum científico de reputação que estivesse disposto a sugerir que o Universo simplesmente se criou a si mesmo. Todo o científico, assim como todo o estudante entenderia o facto de que nenhuma coisa material pode “criar-se a si mesma”. O Universo é a criação, não o Criador. E há pouco tempo atrás, parecia que não poderia haver desacordo neste assunto. Sem dúvida, tão forte é a evidência de que o Universo teve um começo (por conseguinte uma causa maior a si mesmo) que alguns científicos incrédulos propuseram que, literalmente, o Universo se criou a si mesmo do nada!

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Naturalmente, tal proposição pareceria absurda, já que os princípios básicos da física estabelecem que a criação de algo do nada é impossível. Apesar de tudo, aqueles que não crêem em Deus estão dispostos a defendê-la. Desde logo, esta proposição é uma clara violação da Primeira Lei da Termodinâmica, a qual declara que nem a matéria nem a energia podem ser criadas ou destruídas na natureza. Como a astrónomo Robert Jastrow expressou: “A criação da matéria do nada violaria um conceito memorável da ciência – o princípio da conservação da matéria e da energia - que declara que nem a matéria nem a energia podem ser criadas ou destruídas. A matéria pode ser convertida em energia e vice-versa, mas a quantidade total de toda a matéria e energia no Universo deve permanecer inalterável para sempre. É difícil aceitar uma teoria que viola tal factor científico firmemente seguro. Além disso, a ciência está baseada na observação, reprodução e informação empírica. Mas quando são pressionados a dar informação empírica que documente a afirmação de que o Universo se criou a si mesmo do nada, os incrédulos estão forçados a admitir que não existe tal evidência. O Universo não se criou a si mesmo. Tal ideia é absurda filosófica e cientificamente.

Foi o Universo Criado?O Universo ou teve um começo, ou não teve. Mesmo toda a

evidência disponível indica que o Universo o teve. De facto, tem um começo. Se o Universo teve um começo, este, ou teve uma causa ou não a teve. Não obstante, uma coisa sabemos com segurança: é correcto, logicamente e cientificamente, admitir que o Universo teve uma causa, já que o Universo é um efeito e como tal, requer uma causa adequada. A Lei da Causa e o Efeito declara que sim. Se existe um efeito material, deve também existir uma causa adequada que o anteceda. Sem dúvida, é também importante o facto de que nenhum efeito pode ser maior que a sua causa.

Já que é óbvio que o Universo não é eterno, já que também é óbvio que o Universo não se pode ter criado a si mesmo, a única alternativa que permanece é que o Universo foi criado por algo, ou Alguém que: (a) existiu antes que este - quer dizer, algo eterno, uma Primeira Causa sem causa: (b) é superior a este - já que a criação não pode ser superior ao criador; e (c) é de diferente natureza - já que o limitado Universo de matéria é incapaz de explicar-se por si mesmo.

Em conexão com isto, outro factor deve ser considerado. Se alguma vez houve um tempo no qual absolutamente nada existia, então, não havia nada agora, já que sempre tem sido verdade que

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nada produz nada. Neste sentido, já que algo existe agora, por conseguinte, algo deve ter existido sempre!

Tudo o que o ser humano conhece que existe pode ser qualificado como matéria ou mente. Não há terceira alternativa. Então, o argumento é o seguinte:

Tudo o que existe é matéria ou mente.Algo existe agora, assim que algo existe eternamente.Portanto, ou a matéria ou a mente é eterna.

A. Ou a matéria ou a mente é eterna.B. A matéria não é eterna, como a evidência citada

anteriormente o demonstra.C. Portanto, é a mente a qual é eterna.

Ou, para raciocinar um pouco diferente:Tudo o que existe é dependente (que é contingente) ou independente (não contingente).

Se o Universo não é eterno, é dependente (contingente). O Universo não é eterno. Portanto, o Universo é dependente (contingente).

A. Se o Universo é dependente, deve ter sido causado por algo que é independente.

Mas o Universo é dependente (contingente).Portanto, o Universo foi produzido por alguma força eterna independente (não contingente).No passado, os ateus evolucionistas propuseram que a mente é nada mais que uma função do cérebro, o qual é matéria; por conseguinte, a mente e o cérebro são o mesmo, e a matéria é tudo o que existe. Sem dúvida, esse ponto de vista já não é crido cientificamente, devido em grande parte às experiências do nomeado fisiólogo australiano Don John Eccles. O Dr. Eccles, que ganhou o Prémio Nobel por seus descobrimentos concernentes a como funcionam certas partes (conhecidas como o “tubo neutral”) do cérebro, documentou que a mente é mais que simplesmente física. Ele demonstrou que a área motora suplementária do cérebro pode ser ligado por uma mera intenção de fazer algo, sem que o sistema motor (que controla os movimentos dos músculos) esteja operando. De facto, a mente é para o cérebro o que um bibliotecário é para a biblioteca. O primeiro (o bibliotecário) não está rebaixado pelo último (a biblioteca). Eccles explicou a sua metodologia científica e suas conclusões em The Self and Its Brain (O Ser e Seu Cérebro), um livro que co-escreveu com o eminente filósofo inglês de ciência, Don Karl popper.

Então, cientificamente, a eleição está entre a matéria somente e algo mais que a matéria como a explicação para a existência e a

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ordem do Universo. Portanto, a diferença entre os dois patrões é a diferença entre: (a) o tempo, a casualidade, e as propriedades naturais da matéria; ou (b) o desenho, a criação e as propriedades inegáveis da organização e mente. De facto, quando se chega a qualquer caso particular, somente há duas explicações para a origem da ordem e a vida no Universo: Ou a ordem foi imposta sobre a matéria, ou isto reside naturalmente na matéria. Para aqueles que estão dispostos a sugerir que a ordem reside naturalmente na matéria, nós respondemos simplesmente dizendo que de nenhuma maneira temos visto tal evidência. Além disso, a evidência científica e filosófica que possuímos fala forte e claramente da existência de uma Mente independente, eterna e auto-existente que criou este Universo e tudo o que há nele.

Embora tratem, os cépticos não podem evadir as implicações óbvias da Lei da Causa e o Efeito. Não obstante, isso não tem detido os seus intentos, e por conseguinte têm levantado inumeráveis argumentos contra isto. Por exemplo, um argumento insiste em que a ideia deve ser falsa já que é inconsistente com a mesma. O argumento diz algo como isto. O princípio da causa e o efeito diz que tudo deve ter uma causa. Então, neste conceito, todas as coisas se remontam a uma Primeira Causa, onde repentinamente param. Mas, como pode ser assim e permanecer consistente? Por quê o princípio de que “tudo necessita uma causa” logo cessa de ser verdadeiro? Por quê é que esta assim chamada Primeira Causa não necessita igualmente alguma classe de causa? Se tudo o resto necessita uma explicação, ou uma causa, por que esta Primeira Causa não necessita também uma explicação, ou uma causa? E se esta Primeira Causa não necessita uma explicação, então, por quê todas as outras coisas necessitam uma?

Nós podemos oferecer duas respostas para tal reclamação contra o princípio da casualidade. Primeiro, é absoluta e logicamente impossível defender qualquer conceito de “regressão infinita” que sugira um sem fim de séries de efeitos sem nenhuma primeira causa final. Os filósofos têm discutido justamente este ponto por gerações. Tudo o que começa a existir deve ter uma causa. Nada passa sem uma causa.

Segundo, a reclamação oferecida pelos incrédulos que propõem que a Lei da Casualidade é inconsistente consigo mesma, não é uma objecção válida contra a Lei; melhor dizendo, é uma objecção contra um enunciado incorrecto da Lei. Se alguém fosse dizer, “tudo deve ter uma causa”, então a objecção pode ser válida. Mas isto não é o que a Lei da Casualidade diz. Esta declara que

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todo efeito material deve ter uma causa adequada que o anteceda. Finalmente, num ponto do passado distante, deve haver um Primeira Causa pura que é imaterial em natureza.

CONCLUSÃOA Lei da Causa e o Efeito, e o argumento cosmológico baseado

sobre esta lei, tem implicações em cada área da vida humana. O Universo está aqui, e portanto deve ter uma causa adequada que o anteceda.

Para ilustrar a Lei da Causa e o Efeito, um cientifico, R,L Wysong, se referiu ao seguinte evento histórico. Alguns anos atrás, os científicos foram chamados a Gran Bretanha para estudar os rasgos metódicos de rochas concêntricas e buracos – um achado arqueológico finalmente designado como “Stonehenge”. Enquanto os estudos progrediam, chegou a ser bastante aparente que esses rasgos tinham sido desenhados especificamente para o propósito de permitir uma variedade de predições astronómicas. Muitas perguntas (por exemplo, como a gente antiga pôde construir um observatório astronómico, como a informação resultante dos seus estudos foi usada, etc.) permanecem sem resposta. Mas uma coisa sabemos com segurança - a causa de Stonehenge foi um desenho inteligente.

Agora, compare Stonehenge com a situação paralela da origem do Universo e da vida no mesmo. Nós estudamos a vida, observamos as suas funções, contemplamos a sua complexidade (a qual a pessoa mais inteligente não pode duplicar, mesmo usando a tecnologia mais avançada e os métodos científicos), e que conclusão podemos tirar disto? Stonehenge poderia ter sido causado pela erosão de uma montanha, ou por forças naturais catastróficas trabalhando conjuntamente com meteoritos para produzir formações de rochas e covas concêntricas. Mas que científico ou filósofo alguma vez surgiria tal ideia?

Ninguém em seus cinco sentidos puderam ser convencidos de que Stonehenge “só passou” por acidente, mesmo assim, os ateus, agnósticos, e assépticos esperam que nós creiamos que este Universo muito bem ordenado e desenhado (e a complexidade da vida que contém) “só passou”. Aceitar tal ideia é irracional porque a conclusão é irracional, injustificada, e não sustentada pelos factos acessíveis. Simplesmente a causa não é adequada para produzir o efeito. Este tipo de raciocínio se aplica não somente ao Universo, mas também a nós que habitamos nele. Nós possuímos certos traços inegáveis – a habilidade de raciocinar, a habilidade de saber, a habilidade de actuar racionalmente. Mas qual é a origem de tais

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traços fundamentais? A teoria da evolução de nenhuma maneira tem uma resposta adequada. Como o filósofo Norman Geisler declarou: “A causa não pode dar o que não tem para dar. Se a minha mente ou habilidade para saber é recebida, então deve haver uma Mente ou Conhecimento que mo diga. O intelectual não sai do não intelectual; algo não pode sair do nada”.

O Dr. Geisler esteve absolutamente correcto. Se nós, como seres humanos, possuímos a capacidade para raciocinar, então deve haver uma causa adequada precisamente atrás dessa capacidade - uma causa que possui a habilidade de raciocinar. Se nós, como seres humanos, possuímos a capacidade de saber (isto é que há um lado intelectual como também físico para a nossa composição), então deve haver uma causa adequada precisamente atrás dessa capacidade - uma causa intelectual que possui a habilidade de saber. Se nós, como seres humanos, possuímos a capacidade de actuar racionalmente, então deve haver uma causa adequada precisamente atrás dessa capacidade - uma causa que é capaz de actuar, e actuar racionalmente.

Em palavras simples, a mensagem central do argumento cosmo lógico, e da Causa e o Efeito sobre o qual é baseado, é este: Cada efeito material deve ter uma causa adequada que chega antes que este. O Universo está aqui; a vida inteligente está aqui; a moralidade está aqui; a ética está aqui; o amor está aqui. Qual é a causa adequada que lhes antecede? Já que o efeito nunca pode chegar antes, ou ser maior que a causa, então é de concluir raciocinar que a Causa da vida deve ser uma inteligência vivente que é em si mesma moral, ética e afectuosa. Quando a Bíblia anota, “No princípio criou Deus”, isto nos faz pensar exactamente acerca de tal Primeira Causa.

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