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XX 134 28 a 30/07/2012 * MP realiza encontro regional de estudo para troca de experiência - p. 01 * Seca histórica no país faz água virar moeda eleitoral - p. 15 * Juiz? Não, réu - p. 31

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XX 134 28 a 30/07/2012

* MP realiza encontro regional de estudo para troca de experiência - p. 01

* Seca histórica no país faz água virar moeda eleitoral - p. 15

* Juiz? Não, réu - p. 31

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Nos dias 9 e 10 de agosto, o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) promove o Encontro Regional do Ministério Público Estadual em Uberaba. O evento será realizado no Centro Jurídi-co da Uniube, com objetivo de oferecer troca de experiências sobre cada área.

Para coordenador pedagógico do Ceaf, Gregório Assagra, Uberaba e re-gião são locais estratégicos para atuação do Ministério Público em diversas áreas, pela sua importância no agronegócio na-cional, bem como por sua liderança polí-tica e jurídica. Sendo importante superar desafios na área de Defesa do Patrimô-nio Público, da proteção da criança e do adolescente, do combate à criminalidade e crime organizado, setores em que o Ministério Público deve estar presente. “Temos cinco áreas de prioridade para atuação do Ministério Público de Mi-nas Gerais até 2023, que seria a defesa da criança e do adolescente, de proteção ao meio ambiente, o combate à crimina-lidade e as causas geradoras da crimina-lidade, a defesa da educação e a defesa da saúde. É óbvio que é preciso atuar em

todas as áreas, mas estas são prioritárias depois da aprovação do planejamento es-tratégico com promotores, servidores e sociedade”, afirma o promotor.

Neste sentido, Assagra ressalta que o objetivo do encontro aproximar a ad-ministração do Ministério Público dos promotores para a discussão de temas relacionados à atuação das promotorias e que atendem ao planejamento estratégico da instituição. “Por exemplo, a política de saúde mental para a criança e o ado-lescente, e drogadição que será exposto pela promotora Andréa Mismoto Carelli. Outro tema importante que vamos discu-tir com os promotores será uma palestra do conselheiro Fabiano Augusto Martins Silveira sobre o Conselho Nacional do Ministério Público, que é um órgão de dimensão nacional de controle externo e vai falar sobre os desafios”, completa Gregório Assagra. Riscos e sintomas do crescimento urbano desordenado; Inteli-gência no Ministério Público; e Seguran-ça pessoal para membros e servidores, com major da Polícia Militar, são outros temas a ser abordados.

Conamp jornal da manhã – mG 30/07/2012

MP realiza encontro regional de estudo para troca de experiência

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O Ministério Público de Mi-nas Gerais (MPMG), por meio do Procon-MG, proibiu a venda de sacolas plásticas no comércio de Belo Horizonte, a partir de 1º de agosto. Os estabelecimentos comerciais poderão distribuir as sacolas gratuitamente.

A Lei Municipal n.º 9.529 determinou a substituição das sacolas plásticas pelas biodegra-dáveis. No entanto, os ganhos ambientais com essa mudança apenas seriam completos caso houvesse no município usina de compostagem que destinasse corretamente o material. Além disso, há a cobrança com preço tabelado por unidade disponibi-lizada ao consumidor.

“Essa nova realidade do mercado - inspirada numa su-posta proteção ambiental - teve, como efeito colateral, a forma-

ção de cartel e a lesão a outros princípios de ordem econômica, como a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do con-sumidor”, diz o promotor de Jus-tiça Amauri Artimos da Matta.

Para ele, há, inclusive, a possibilidade de os consumi-dores estarem sendo vítimas de propaganda enganosa a cada venda de sacola biodegradável, “quer pela distribuição de sa-colas falsificadas no comércio, quer pela necessidade de des-carte em usina de compostagem não existente no município, para se obter as vantagens a ela atri-buídas, consideradas na lei e de-creto municipais”, afirma.

Caso o consumidor queira denunciar a venda de sacolas biodegradáveis pode escrever para o endereço [email protected].

Conamp o tempo – mG 30/07/2012

Ministério Público proíbe venda de sacolas plásticas no comércio de Belo Horizonte

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Daniel Camargos - Luiz RibeiroCampanha lançada este

ano às vésperas da eleição quer pôr fim a uma das práticas mais torpes da política no semiárido do país, que enfrenta a pior seca nos últimos 30 anos: a troca do voto pela água. Com o slogan “Não troque seu voto por água. Água é direito seu”, a Articula-ção do Semiárido (ASA), res-ponsável pela campanha, dá o recado direto, uma vez que a ló-gica tacanha da compra de vo-tos pode muitas vezes ser sutil. “Quem tem o poder define onde atender primeiro e isso penaliza muitas famílias por interesses políticos”, detalha a coordena-dora da ASA em Minas, Valquí-ria Smith. O ideal, segundo ela, é que as ações sejam mais do que emergenciais. “Tem que ter água de graça e de qualidade. É a oportunidade de politizar esse debate”, afirma Valquíria. A ASA é uma rede formada por cerca de mil organizações da sociedade civil que atuam na gestão e no desenvolvimento de políticas para o semiárido.

Saiba mais...Até o momento, 115 mu-

nicípios mineiros decretaram situação de emergência devido à seca. A região do semiárido brasileiro é uma das maiores e mais populosas do mundo. Cerca de 22 milhões de pessoas vivem na área, o que correspon-de a 12% da população do país,

em 10 estados, sendo nove do Nordeste e parte de Minas Ge-rais. Em Minas, o semiárido compreende as regiões Norte e Vale do Jequitinhonha, onde vivem mais de 3,5 milhões de pessoas.

Uma das localidades mais atingidas pela atual estiagem é a Serra Geral de Minas, que abrange Porteirinha, Pai Pedro, Mato Verde, Monte Azul, Ma-monas e Espinosa. O promo-tor eleitoral de Porteirinha, Ali Ayoub, responsável por cinco municípios, está vigilante: “A água realmente é um elemen-to muito importante na vida de qualquer cidadão. Somen-te quem não tem sente a falta que ela faz. Se alguém pro-meter água em troca de voto, isso constitui infração e crime eleitoral e tem que ser investi-gado”.

Nas eleições municipais de 2008, uma denúncia de compra de votos com a doação de cai-xa d’água provocou a cassação do prefeito eleito em São João do Paraíso, no Norte de Minas, José de Souza Nelci (PR), pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Um novo pleito foi mar-cado e Nelci foi impedido de concorrer. O agricultor Adrião Pereira de Oliveira, pai de oito filhos e morador do distrito de Barrinha foi o autor da denún-cia. “Durante a campanha, veio uma pessoa aqui e falou: ‘Vou te dar a caixa-d’água e gostaria

que você votasse no Souza’”, lembra Adrião, que, prestou depoimento e declarou que não chegou a prometer o voto, embora tenha recebido a caixa d’água.

Em sua defesa, o ex-prefei-to José de Souza Nelci rebateu as acusações, sustentando que a prefeitura distribuía material de construção e outros benefí-cios para a comunidade caren-te, mas dentro de um trabalho social contínuo, sem nenhuma relação com a campanha po-lítica. Disse ainda que Adrião Pereira recebeu a caixa-d’água de um integrante de uma igreja evangélica, que não tinha rela-ção com sua campanha. “Minha cassação foi a coisa mais injus-ta que já vi na política”, alegou o ex-prefeito.

O coordenador do Centro de Apoio às Promotorias Elei-torais de Minas Gerais, pro-motor Edson Resende, ressalta que as denúncias que chegam ao conhecimento do Ministério Público são apenas uma amos-tra. “O fato de ter 10 denún-cias, por exemplo, não significa que de fato tenha apenas isso”, pondera Resende. O promotor destaca que é recorrente candi-datos apresentarem essa atitude no período eleitoral. “São fatos que lamentavelmente ocorrem”, afirma.

O promotor eleitoral Ali Ayoub reforça que os promo-tores da região estão atentos.

estado de minas on line 30/07/2012

Seca histórica no país faz água virar moeda eleitoral Campanha pretende erradicar do semiárido uma das mais indecorosas práticas políticas:

a compra de voto em regiões afetadas pela estiagem

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“Acredito que a população do Norte de Minas já está bastante esclarecida sobre a necessida-de de não trocar benefícios de qualquer natureza pelo voto. Mas é importante que todas as pessoas, ao tomar conhecimen-to de qualquer irregularidade, levem ao conhecimento do Mi-nistério Público ou da polícia. Com os casos chegando ao co-nhecimento do Ministério Pú-blico, serão tomadas providên-cias imediatamente”, assegura Ayoub.

Caminhão-pipa em curral eleitoral

A coordenadora da ASA, Valquíria Smith, explica que a motivação da campanha é a junção de dois fatores: uma das maiores secas do semiárido nos últimos 30 anos e o perío-do eleitoral. “A troca de água por votos sempre foi prática no semiárido brasileiro. O ca-minhão-pipa vai ao local que tem um padrinho político ou interesses eleitorais”, denun-cia. Enquanto a realidade não é modificada, com soluções que minimizem o problema da seca, como a construção de cis-ternas, o caminhão-pipa é uma necessidade nos períodos de estiagem.

A campanha da ASA con-voca as famílias agricultoras, as organizações que atuam no semiárido e as comissões muni-cipais da ASA nos nove estados do Nordeste e em Minas Gerais a se mobilizar para evitar o cri-me eleitoral. No fim de maio, a ASA também encaminhou um

ofício à presidente do Tribu-nal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, solicitando o apoio da Corte à campanha. Oferecer benefícios em troca de água é crime pela Lei Federal 9.840/99, conhe-cida como Lei de Combate à Corrupção Eleitoral.

A coordenadora nacional da ASA, Marilene de Souza, conhece bem a realidade do Norte do estado, pois nasceu na região. Foi responsável pelo projeto de construção das cis-ternas para captação de água de chuva, modelo desenvolvi-do pela ASA. A iniciativa visa permitir aos moradores das comunidades rurais de regiões semiáridas acumular água que possa garantir o abastecimen-to durante o período crítico da estiagem. “Durante mais de 40 anos, o semiárido foi marcado pela troca de votos. Nesta épo-ca, em regiões como o Norte de Minas, centenas de comunida-des rurais sofrem com a falta de água, ficando na dependência do caminhão-pipa. Com isso, cria-se uma oportunidade para os maus políticos trocarem água pelo voto. É isso que que-remos impedir com a campa-nha”, afirma a coordenadora.

Marilene destaca que o ob-jetivo da mobilização é “cons-cientizar as pessoas que a água é um direito delas e que não pode ser trocada por alinha-mento político ou por votos”. Ela ressalta que as atenções dos envolvidos na campanha se voltam para as regiões mais

castigadas pela seca, onde, ao mesmo tempo em que centenas de pessoas lutam para conseguir água que chega pelo caminhão-pipa, candidatos a prefeito e a vereador se engalfinham para conquistar votos, muitas vezes na base do vale-tudo eleitoral.

No Piauí, a troca de votos por benefícios preocupa tanto que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem um co-mitê de combate à corrupção eleitoral – o estado é a unidade da federação com o maior nú-mero de prefeitos cassados na Lei Ficha Limpa. Até o início do mês foram mais de 55. Este ano, o Ministério Público esta-dual também elaborou cartilhas de conscientização. Também vai realizar até setembro pales-tras em escolas, associações e sindicatos, com a ajuda de pro-motores de Justiça nos municí-pios.

Pacote estiagemNo começo do ano, o go-

verno federal anunciou um pacote de R$ 2,7 bilhões para enfrentamento aos efeitos da seca no Nordeste e em Minas. Desse total, R$ 200 milhões são destinados ao pagamento do Bolsa Estiagem, programa voltado aos pequenos agricul-tores, e R$ 500 milhões para o Garantia-Safra. Foram recupe-rados ainda, 2,4 mil poços ar-tesianos ao custo de R$ 60 mi-lhões. Para a Operação Carro-Pipa, foram destinados R$ 164 milhões, beneficiando mais de 2 milhões de pessoas.

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super notíCias-p.4 28/07/2012

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A Associação Nacional dos Mem-bros do Ministério Público (CONAMP), por meio do presidente da entidade, César Mattar Jr., rechaçou hoje (29) as declara-ções feitas pelo presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) sobre a legalidade de determi-nados pagamentos feitos pelos Tribunais de Justiça e Ministérios Públicos dos es-tados. “A CONAMP estranha as levianas e genéricas declarações do presidente da ANPR, e as credita ao desconhecimento da realidade legislativa do Ministério Pú-blico brasileiro e, em especial, a dos esta-dos”, disse César.

Conforme matéria do Jornal do Bra-sil, devido a gratificações diversas, os tri-bunais estaduais estariam pagando a de-sembargadores e juízes salários que extra-polam teto constitucional estipulado, isto é, o valor dos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ain-da segundo o jornal, pagamentos similares também seriam feitos pelos Ministérios Públicos estaduais, que ainda não tiveram normatizada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) a publicidade de suas folhas de pagamento.

Em resposta, o presidente da CO-NAMP ressaltou que a entidade, em apoio aos MPEs, sempre pugnou pela transpa-rência na administração pública e lembrou que a ANPR oficiou ao CNMP para que os dados vencimentais dos membros do MPF,

apesar de decisão do STF, não sejam iden-tificados à sociedade, como preconizado pela Lei de Acesso à Informação.

“Quanto à propalada declaração da mesma ANPR, por seu presidente, de que acionaria o Judiciário para questionar su-postas irregularidades nos pagamentos dos vencimentos do Ministério Público dos Estados e da magistratura estadual, a CONAMP reafirma a disposição de aderir ao mesmo procedimento judicial, no esco-po de resguardar a transparência na admi-nistração pública, especialmente no que tange ao MP, inclusive MPEs e MPF, já que este paga, com amparo legal, diversas verbas indenizatórias ‘extra-teto’”, com-plementou César Mattar Jr.

O presidente da CONAMP concluiu dizendo que “as declarações do presiden-te da ANPR, se ocorridas, são genéricas e inadequadas. Que as irregularidades, se constatadas, sejam reprimidas e reparadas, mas jamais atingidos os cerca de 16 mil membros dos MPs Estaduais e o mesmo número de membros do Judiciário Estadu-al. Que olhemos para dentro de nossa casa primeiro. Eventuais equívocos pontuais, devem ser tratados pontualmente. No âm-bito dos estados, a regra é, e sempre será, de servil obediência aos ditames legais e constitucionais”.

Conamp notíCia da hora 29 de julho de 2012

CONAMP contesta declarações da ANPR sobre pagamento

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Luciane Evans - Era manhã de 18 dia de abril de 2012

e Ana Paula Garcia da Silva, de 30 anos, foi do céu ao inferno em poucas horas. Grávi-da do primeiro filho, Ana foi vítima, segun-do denuncia, de agressões físicas e verbais cometidas por uma equipe médica de uma maternidade particular de Belo Horizonte. Onde esperava aconchego e respeito, ela ouviu palavras rudes, passou por proce-dimentos que não queria, sentiu-se humi-lhada e violada. E pior: saiu de lá sem sua menina, Mariana, que morreu 55 minutos depois de nascer. “Não consideraram os meus direitos. Deram-me anestesia à força. Os médicos faziam o que queriam e depois sumiram, sem me dar explicações. Tudo o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declara como práticas claramente prejudiciais no parto foi aplicado a mim”, lamenta, revoltada.

Mas Ana Paula não está sozinha. Um grupo de mulheres que passaram pelo ser-viço de obstetrícia particular ou público no Brasil e se sentiram de alguma forma desrespeitadas está saindo do anonimato e se unindo para exigir mudanças reais. Em Minas Gerais, cansadas de esperar resposta dos órgãos de saúde, elas resolveram levar o caso à Comissão Estadual de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. Na quarta-feira, participarão de audiência pú-blica sobre o tema. Com o nome Violência no parto, o movimento acionou entidades médicas do estado e o Ministério Público para abrir o debate, que promete trazer à tona polêmicas que há anos estão em silên-cio.

A ONU Mulheres, braço da Organi-zação das Nações Unidas para igualdade de gênero e empoderamento das mulheres, está convidando indivíduos, organizações, grupos e redes para enviar observações por escrito sobre injustiças e violações dos di-reitos das mulheres em todo o mundo. O prazo para o envio pelo site http://www.unwomen.org/csw/communications-proce-dure-es é quarta-feira. O processo de co-municação tem como objetivo identificar as tendências emergentes na injustiça e práticas discriminatórias, a fim de formular políticas públicas.

Insatisfeitas

Engrossando o coro, as mulheres car-regam a tiracolo pesquisas nacionais que comprovam os abusos cometidos nas ins-tituições durante os partos. Um deles, feito em 2010, é da Fundação Abramo e aponta que uma em cada quatro brasileiras sofreu algum tipo de violência durante a assistên-cia obstétrica. As reclamações mais citadas são exame de toque doloroso, negativa para alívio da dor, falta de explicação para os procedimentos adotados e humilhações diversas. Outra análise, mais recente, é da pesquisadora de pós-graduação do Progra-ma de Saúde Pública da Faculdade de Saú-de Pública da Universidade de São Paulo (USP), Ana Carolina Franzon. Trata-se de uma ação de blogagem feita por ela este ano, que apontou: metade das mulheres que respondeu ao teste, aplicado na inter-net por meio de 75 blogs, disse estar insa-tisfeita com o atendimento obstétrico que receberam.

“Obtivemos 2 mil respostas e a insa-tisfação estava relacionada à primeira vez de dar à luz. Outro estudo que fizemos, em 2008, mostrou que há quatro tipos de vio-lência obstétrica: física, verbal, negligência e abuso sexual. O que mais ocorre é a ridi-cularização da individualidade da mãe. Há médicos que dizem: ‘Na hora de fazer, não doeu’. Há a banalização da dor”, observa, acrescentando que nenhum paciente pode sofrer qualquer tipo de violência dentro de uma instituição de saúde. “É uma infração aos direitos humanos. Quando isso for con-siderado violência contra a mulher, teremos uma arma para lutar”, diz Ana Carolina. Ao exemplificar uma dessas coações, a pesqui-sadora compara que no Sistema Único de Saúde (SUS) a equipe médica faz de tudo para não adotar a cesariana, mesmo que a paciente implore. “Já no privado ocorre o contrário: mesmo elas implorando pelo parto normal, eles optam pela cesárea.”

A produtora cultural Lis Brasil é víti-ma de uma dessas violências. “Os médicos querem apressar tudo, para que o procedi-mento seja conveniente e os leitos, deso-cupados. São exames doloridos, nos dão o hormônio ocitocina sem a nossa permissão, e dizem que é para dilatar mais rápido. Já a episiotomia, que é um corte na vagina, é um procedimento invasivo e desnecessá-

rio, é uma mutilação ao corpo da mulher”, comenta Lis, acrescentando que essas prá-ticas não são recomendadas pela OMS. “Somos tratadas como um pedaço de car-ne, ninguém quer saber o seu nome”, re-clama Lis.

Métodos devem ser revistos A classe médica reconhece que há pro-

cedimentos desnecessários na assistência ao parto. Segundo o primeiro secretário da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais, Frederico Peret, métodos antes considerados de rotina estão sendo revistos. “Há momentos em que essas in-tervenções são necessárias. O corte na va-gina, por exemplo, só deve ser usado em situações que facilite a saída do bebê. Isso corresponde a 20% dos casos”, diz, acres-centando que a ocitocina só deve ser usada quando o trabalho de parto estiver prolon-gado. “Precisamos rever alguns métodos, mas um dos maiores problemas é a falta de informação da paciente, que deve ser dada pelo seu médico.”

Conforme o presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, João Batista Gomes Soares, a obstetrícia é a área mais denunciada no órgão. Ele é enfático ao afirmar que nenhum profissio-nal pode conduzir um procedimento que a paciente não queira. “Mas o corte na va-gina é consagrado mundialmente, facilita a descida do bebê”, defende, contando que, muitas vezes, as pacientes sem a presença do marido, menores de idade ou com dis-túrbios mentais são as que mais gritam no parto. “Elas têm que colaborar”, frisa.

Sobre a pouca humanização nas ma-ternidades brasileiras, João Batista justifica dizendo que as unidades estão sobrecarre-gadas e, com isso, a paciência dos profis-sionais diminui. “Não é justificativa para os abusos, mas é a realidade. Hoje o paciente é impaciente. Para ter uma ideia, 80% dos partos são cesarianas porque as mulheres querem e, aí, o médico acha bom pela con-veniência”, afirma.

estado de minas on line 30/07/2012

Mineiras discutem violência no parto em audiência pública na Assembleia Legislativa

Crescem no Brasil denúncias sobre desrespeito e humilhações a gestantes. Médicos reconhecem que precisam rever procedimentos. Em Minas, mobilização leva a audiência pública quarta-feira

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Agência EstadoDois anos após a proibição do nepotismo na adminis-

tração federal a Controladoria-Geral da União (CGU) abriu investigação para apurar nove casos de parentesco entre ser-vidores do Executivo. O órgão é responsável pelo controle interno e prevenção da corrupção. Decreto de 2010 proíbe o nepotismo e define as situações de parentesco entre os ser-vidores.

Levantamento obtido pela reportagem a partir da Lei de Acesso à Informação revela ainda que, após a edição do decreto, 174 casos foram identificados. Os servidores foram notificados e apresentaram justificativas para a contratação. Do total, 132 pessoas foram exoneradas. Desde então, 21 novas denúncias chegaram à CGU. Dessas, nove foram con-sideradas infundadas e três resultaram em exoneração.

O decreto proibiu a ocupação de cargos de confiança por familiares de ministro, dirigentes ou ocupantes de cargos de confiança e chefia na administração federal. Atingiu tam-bém cargos temporários e estagiários. Foram considerados

parentes aqueles em linha reta ou colateral, por consanguini-dade ou afinidade, até terceiro grau. A lei vale para cônjuge e companheiro e também para o “nepotismo cruzado”.

O decreto regulamenta medidas do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal que vedam a prá-tica nos Três Poderes em Estados e municípios, até o pa-rentesco de terceiro grau. Na edição da Súmula Vinculante n.° 13, o Supremo entendeu que a contratação de parentes desrespeita a Constituição. A legislação prevê que o serviço público deve zelar pela legalidade, moralidade, eficiência e impessoalidade.

Em 2011, um ministro de Estado consultou a Comissão de Ética da Presidência da República sobre eventual contra-tação de parente. Após análise do caso, o colegiado desacon-selhou ao chefe da pasta a nomeação cogitada. A justificativa era que o ato administrativo poderia comprometer a imagem pública da autoridade.

estado de minas on line 30/07/2012

Controladoria da União investiga nove casos de nepotismo no Executivo

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Ministério Público acu-sa PMs que mataram empre-sário em São Paulo de ho-micídio doloso e de alterar a cena do crime

Reconstituição mostrou como os PMs mataram Ri-cardo Prudente por acreditar que o celular que ele segura-va era uma arma

São Paulo – O Minis-tério Público estadual pre-tende denunciar à Justiça os três policiais que mataram o empresário Ricardo Pruden-te de Aquino, de 39 anos, no dia 18, por homicídio doloso qualificado e fraude proces-sual, informou ontem o pro-motor Rogério Leão Zagallo. Segundo ele, os PMs mata-ram a vítima desarmada de-pois da abordagem policial e foram flagrados por câmeras de seguranças alterando a cena do crime.

“Cenas gravadas por câmeras de segurança mos-tram os militares recolhen-do as cápsulas deflagradas. Isso é crime chamado fraude processual. Eles alteraram

a cena do crime, mexeram onde não deviam”, acusa Zagallo. Para ele, o local não poderia ter sido altera-do, para a análise de peritos. Além disso, afirma que o cri-me ocorreu por volta das 22h e só foi informado à Polícia Civil quatro horas depois, por uma advogada dos poli-ciais. Zagallo sustenta ainda que os policiais devem res-ponder por supostamente te-rem colocado 50 gramas de maconha dentro do veículo de Aquino.

O cabo Adriano Costa da Silva e os soldados Ro-bson Tadeu do Nascimento Paulino e Luís Gustavo Tei-xeira Garcia estavam detidos no Presídio Romão Gomes, em SP. Ontem, entretanto, a Justiça Militar expediu alva-rá de soltura dos acusados e eles foram libertados.

Ricardo Prudente foi morto com dois tiros na ca-beça em seu Ford Fiesta. Aryldo de Oliveira de Pau-la, advogado dos PMs diz desconhecer a existência do

vídeo. Segundo ele, eles ati-raram porque pensaram que o motorista estivesse arma-do. Márcio Gomes Modesto, que também defende os poli-ciais, negou que eles tenham alterado a cena do crime. Modesto disse que não teve acesso às imagens que estão como o Ministério Público e que comprovariam a altera-ção no local do assassinato.

Já o advogado Cid Viei-ra de Souza Filho, da famí-lia de Aquino, garante que nas imagens de circuitos de segurança é possível ver os PMs retirando cápsulas de-flagradas das armas deles.

O secretário de Segu-rança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, já adiantou que os PMs serão demitidos. “Não se aborda ninguém em desproporção numérica. Eles estavam em quatro viaturas, em duas motos e do outro lado estava apenas um motorista”, disse.

Conamp estado de minas – mG 30/07/2012

MP denuncia policiais

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A Associação do Ministério Pú-blico de Pernambuco (AMPPE) rea-liza, no dia 10 de agosto, a posse da nova diretoria e conselho fiscal da entidade, para o biênio 2012/2014. O promotor de Justiça e atual tesou-reiro da AMPPE, José Vladimir da Silva Acioli, assumirá a presidência da entidade, substituindo Norma da Mota Sales Lima, que está no car-go desde 2010. A solenidade está marcada para as 20h, na Usina Dois Irmãos, localizada na Praça Farias Neves, em Recife.

Participam da cerimônia de posse o presidente da Associação Nacional dos Membros do Minis-tério Público (CONAMP), César Mattar Jr., integrantes da diretoria da entidade e os presidentes das as-sociações dos MPs dos estados, do Distrito Federal e Territórios e do Ministério Público Militar.

Vladimir da Silva Acioli foi eleito presidente da AMPPE no dia 15 de junho, pela chapa Movimen-to, que recebeu 187 votos.

Confira a composição da nova diretoria e conselho fiscal da AM-PPE:

- Presidente: José Vladimir da

Silva Acioli- 1° Vice-Presidente: Cristiane

de Gusmão Medeiros- 2ª Vice-Presidente: Norma da

Mota Sales Lima- 1º Secretário: Sérgio Roberto

da Silva Pereira- 2º Secretário: Salomão Abdo

Azis Ismail Filho- 1° Tesoureiro: José Correia de

Araújo- 2ª Tesoureira: Sônia Cardoso

da Silva Santos- Conselho Fiscal: Francisco

Cruz Rosa, Henrique Ramos Ro-drigues, Henriqueta de Belli Leite de Albuquerque, Maria Bernadete Gonçalves Aragão, Marinalva Se-verina de Almeida

- Conselho Fiscal (suplentes): Antonio Augusto de Arroxelas Ma-cedo Filho, Daniela Maria Ferreira Brasileiro, Frederico Guilherme da Fonseca Magalhães, Muryllo José Salgado da Silva, Irene Cardoso Souza, Márcia Cordeiro Guimarães Lima, Marcus Alexandre Tieppo Rodrigues

Conamp 27 de julho de 2012

Nova diretoria da AMPPE será em empossada em 10 de agosto

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