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pelas 20h00. Passará em seguida por Santa Cruz, Pra- ça da República e Cruz de Celas. Quando, por volta das 22h00, o cortejo chegar à escadaria da Igreja de Santo António dos Olivais, contará com mais de quinze grupos folcló- ricos, numerosos figurantes e, naturalmente os Reis Magos. No átrio do portal da Igreja, vai ser representado um pre- sépio ao vivo perante o qual os grupos executarão cânti- cos tradicionais e oferecerão presentes ao Menino Jesus. O cerimonial acabará, ao pé do presépio realizado pela Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, no core- to do Largo da igreja, com cânticos e partilha de meren- das. Vida da comunidade Domingo 1 de Janeiro Santa Maria Mãe de Deus Dia Mundial da Paz HORÁRIO DAS MISSAS: Missas como aos Domingos. Não haverá Missa no Casal do Lobo e na Carapinheira. Haverá na Cova do Ouro às 10h e no Dianteiro às 12h. Quarta 4 de Janeiro Às 21h15, em Santo António: Cate- quese para o Crisma (jov. e adultos) Às 21h15, no Tovim: Catequese de adultos. Quinta 5 Janeiro 15h30 às 18h15: Adoração do Santíssimo, na igreja de Santo António. Oração pelas vocações. Sexta 6 de Janeiro Às 21h15, Em Santo António: Cate- quese de adultos. Sábado 7 Janeiro Retoma a catequese: Horário normal 22h00: Chegada dos Reis Domingo 8 de Janeiro Às 10h30: Missa de Catequese Às 15h30: Missa no Dianteiro e, a seguir, Leilão de Ano Novo Segunda 9 de Janeiro Festa do Baptismo de Jesus Às 18h30: Eucaristia Solene em Santo António Sábado 7 de Janeiro: "A Espera dos Reis" São numerosos os grupos folclóricos que, na noite do dia 7 de Janeiro, irão dar corpo à reconstituição da "Espera dos Reis", tradição que teve maior expressão nos anos 30 e que a Associação de Folclore e Etnografia da Região do Mondego resolveu recuperar. Este ano, a sua realização, é patrocinada pela Câmara Municipal de Coimbra, a Junta de Fre- guesia de Santo António dos Olivais e outras entidades públicas. O cortejo terá início no Rossio de Santa Clara, junto ao Portugal dos Pequenitos, PICA-PAU Paróquia de Santo António dos Olivais 3000-083 COIMBRA Tel 239 711 992 | 239 713 938 [email protected] Folha da Comunidade Paroquial Ano 30 Nº 15 - 1 Janeiro 2017 SANTA MARIA MÃE DE DEUS Oito dias depois da Solenidade do Natal do Senhor, que a liturgia oriental designa significativamente por «Páscoa do Natal», eis-nos no primei- ro dia do Ano Civil de 2017, tradicio- nalmente designado como Dia de «Ano Bom», a celebrar a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, articulada com o Dia Mundial da Paz. A figura que enche este Dia, e que motiva a nossa alegria, é, portanto, a figura de Maria, na sua fisionomia mais alta, a de Mãe de Deus, como foi solenemente procla- mada no Concílio de Éfeso, em 431, mas já assim luminosamente desenhada nas páginas do Novo Testamento. É assim que a encontramos, também, naquela menção sóbria com que Paulo se refere à Mãe de Jesus, escrevendo aos Gálatas: «Deus mandou o seu Filho, nasci- do de mulher, nascido sujeito à Lei» (Gál. 4,4). Nesta linha breve e densa aparece compendiado o mistério da Incarnação, ao mesmo tempo que se sente já pulsar o coração da Mariologia: Maria não é grande em si mesma; é, na verdade, uma «mulher», verdadeiramente nossa irmã na sua condição de humana criatura. Não é grande em si mesma, mas é grande por ser a Mãe do Filho de Deus, e é aqui que ela nos ultrapassa, imaculada por graça, bem-aventurada, nossa mãe na fé e na esperança. Maria não é grande em si mesma; vem-lhe de Deus essa grandeza. O Evangelho deste Dia de Maria (Lucas 2,16-21) guarda também uma preciosidade, quando Lucas nos diz que «todos os que tinham escutado as coisas faladas pelos pastores ficaram maravilhados, mas Maria guardava todas estas Palavras, ponde- rando-as no seu coração» (Lucas 2,18-19). Olhada por Deus com singular olhar de Graça foi Maria, também Pobre, também Feliz, Bem-aventurada, Santa Maria Mãe de Deus, que hoje celebramos em unísso- no com a Igreja inteira. Para ela elevamos hoje os nossos olhos de filhos encantados. Mãe de Deus, Senhora da Alegria, Mãe igual ao Dia, Maria. A primeira página do ano é toda tua, Mulher do sol, das estrelas e da lua, Rainha da Paz, Aurora de Luz, Estrela matutina, Mãe de Jesus e também minha, Senhora de Janeiro, do Dia pri- meiro e do Ano inteiro. (Dom António Couto)

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Page 1: 272 15- 1 de Janeiro 2017) - Franciscanos Conventuais Pau... · noite do dia 7 de Janeiro, irão dar corpo à reconstituição da "Espera dos Reis", tradição ... páginas do Novo

pelas 20h00. Passará em seguida por Santa Cruz, Pra-ça da República e Cruz de Celas. Quando, por volta das 22h00, o cortejo chegar à escadaria da Igreja de Santo António dos Olivais, contará com mais de quinze grupos folcló-ricos, numerosos figurantes e, naturalmente os Reis Magos. No átrio do portal da Igreja, vai ser representado um pre-sépio ao vivo perante o qual os grupos executarão cânti-cos tradicionais e oferecerão presentes ao Menino Jesus. O cerimonial acabará, ao pé do presépio realizado pela Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, no core-to do Largo da igreja, com cânticos e partilha de meren-das.

Vida da comunidade Domingo

1 de Janeiro Santa Maria

Mãe de Deus Dia Mundial

da Paz

HORÁRIO DAS MISSAS: Missas como aos Domingos. Não haverá Missa no Casal do Lobo e na Carapinheira. Haverá na Cova do Ouro às 10h e no Dianteiro às 12h.

Quarta 4 de Janeiro

Às 21h15, em Santo António: Cate-quese para o Crisma (jov. e adultos) Às 21h15, no Tovim: Catequese de adultos.

Quinta 5 Janeiro

15h30 às 18h15: Adoração do Santíssimo, na igreja de Santo António. Oração pelas vocações.

Sexta 6 de Janeiro

Às 21h15, Em Santo António: Cate-quese de adultos.

Sábado 7 Janeiro

Retoma a catequese: Horário normal 22h00: Chegada dos Reis

Domingo

8 de Janeiro

Às 10h30: Missa de Catequese

Às 15h30: Missa no Dianteiro e, a seguir, Leilão de Ano Novo

Segunda 9 de Janeiro

Festa do Baptismo de Jesus Às 18h30: Eucaristia Solene em Santo António

Sábado 7 de Janeiro: "A Espera dos Reis"

São numerosos os grupos folclóricos que, na noite do dia 7 de Janeiro, irão dar corpo à reconstituição da "Espera dos Reis", tradição que teve maior expressão nos anos 30 e que a Associação de Folclore e Etnografia da Região do Mondego resolveu recuperar.

Este ano, a sua realização, é patrocinada pela Câmara Municipal de Coimbra, a Junta de Fre-guesia de Santo António dos Olivais e outras entidades públicas. O cortejo terá início no Rossio de Santa Clara, junto ao Portugal dos Pequenitos,

PICA-PAU

Paróquia de Santo António dos Olivais 3000-083 COIMBRA Tel 239 711 992 | 239 713 938 [email protected]

Folha da Comunidade Paroquial Ano 30 Nº 15 - 1 Janeiro 2017

SANTA MARIA MÃE DE DEUS

Oito dias depois da Solenidade do Natal do Senhor, que a liturgia oriental designa significativamente por «Páscoa do Natal», eis-nos no primei-ro dia do Ano Civil de 2017, tradicio-nalmente designado como Dia de «Ano Bom», a celebrar a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, articulada com o Dia Mundial da Paz.

A figura que enche este Dia, e que motiva a nossa alegria, é, portanto, a figura de Maria, na sua fisionomia mais alta, a de Mãe de Deus, como foi solenemente procla-mada no Concílio de Éfeso, em 431, mas já assim luminosamente desenhada nas páginas do Novo Testamento.

É assim que a encontramos, também, naquela menção sóbria com que Paulo se refere à Mãe de Jesus, escrevendo aos Gálatas: «Deus mandou o seu Filho, nasci-do de mulher, nascido sujeito à Lei» (Gál. 4,4). Nesta linha breve e densa aparece compendiado o mistério da Incarnação, ao mesmo tempo que se sente já pulsar o coração da Mariologia: Maria não é grande em si mesma; é, na verdade, uma «mulher», verdadeiramente nossa irmã na sua condição de humana criatura. Não é grande em si mesma, mas é grande por ser a Mãe do Filho de Deus, e é aqui que ela nos ultrapassa, imaculada por graça, bem-aventurada, nossa mãe na fé e na esperança. Maria não é grande em si mesma; vem-lhe de Deus essa grandeza.

O Evangelho deste Dia de Maria (Lucas 2,16-21) guarda também uma preciosidade, quando Lucas nos diz que «todos os que tinham escutado as coisas faladas pelos pastores ficaram maravilhados, mas Maria guardava todas estas Palavras, ponde-rando-as no seu coração» (Lucas 2,18-19).

Olhada por Deus com singular olhar de Graça foi Maria, também Pobre, também Feliz, Bem-aventurada, Santa Maria Mãe de Deus, que hoje celebramos em unísso-no com a Igreja inteira. Para ela elevamos hoje os nossos olhos de filhos encantados.

Mãe de Deus, Senhora da Alegria, Mãe igual ao Dia, Maria. A primeira página do ano é toda tua, Mulher do sol, das estrelas e da lua, Rainha da Paz, Aurora de Luz, Estrela matutina, Mãe de Jesus e também minha, Senhora de Janeiro, do Dia pri-meiro e do Ano inteiro. (Dom António Couto)

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Palavra do Senhor Santa Maria Mãe de Deus

Num 6,22-27 Sal. 66 (67)

Gal 4,4-7 Lc 2,16-21

ELE é a nossa paz.

Acolhe-o, como Maria, no regaço,

Acerta por Ele o pulsar do coração,

E corre sobre este chão de terra lavrada,

Semeada de paz e de pão.

Vai, minha irmã, meu irmão,

Sonha e dança sobre este chão cheio de céu,

Corre, como Maria, sobre os montes,

Vence a apatia,

Bebe as fontes,

Anuncia a paz,

Rasga horizontes,

Abraça os estilhaços,

Refaz as pontes.

(Dom António Couto)

Neste dia celebra-se, em primeiro lugar, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, em segundo lugar, o Dia Mundial da Paz e , finalmente, o primeiro dia do ano civil.

As leituras que hoje nos são propostas evocam esta multiplicidade de temas e de celebrações.

Na primeira leitura, sublinha-se a dimensão da presença contínua de Deus na nossa caminhada e recorda-se que a sua bênção nos proporciona a vida em plenitude.

Na segunda leitura, a liturgia evoca, outra vez, o amor de Deus, que enviou o seu Filho ao encontro dos homens para os libertar da escravidão da Lei e para os tornar seus “filhos”. Podemos, assim, dirigir-nos a Deus e chamar-Lhe “abbá” (“papá”).

O Evangelho mostra como a chegada do projeto libertador de Deus (que se tornou realidade plena no nosso mundo através de Jesus) provoca alegria e feli-cidade naqueles que não têm outra pos-sibilidade de acesso à salvação: os pobres e os marginalizados. Convida-nos, também, a louvar a Deus pelo seu amor e a testemunhar o desígnio liberta-dor de Deus no meio dos homens.

Maria, a mulher que proporcionou o nos-so encontro com Jesus, é o modelo do crente para todos os cristãos.

Comissão Nacional Justiça e Paz

A NÃO-VIOLÊNCIA ATIVA E CRIATIVA

Nota da CNJP sobre a

mensagem do Papa para o Dia

Mundial da Paz 2017

A Comissão Nacional Justiça e Paz, com esta breve nota, quer c h a m a r a a t e n ç ã o p a r a a oportunidade dos apelos lançados pe lo Papa Franc isco na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2017.

Salienta esta mensagem que a violência não permite alcançar objetivos de valor duradouro, que responder à violência com a violência e a vingança desencadeia uma espiral de morte infindável, que beneficia apenas poucos "sen hores da guerra". Grandes quantidades de r e c u r s o s s ã o , d e s s e m o d o , des t inadas a f ins mi l i ta res e subtraídas às exigências da grande maioria dos habitantes da terra. Também não é resposta duradoura à violência a dissuasão nuclear, com a ameaça duma segura destruição recíproca.

Há, então, que buscar resolver as controvérsias pelas vias da razão. das negociações baseadas no direito, na justiça e na equidade. A não-violência deve tornar-se o estilo característico dos relacionamentos e da ação política.

O amor ao inimigo constitui a «magna carta da não-violência cristã», que consiste em responder ao mal com o bem, invertendo dessa forma a espiral de represálias.

A n ã o - v i o l ê n c i a a s s i m entendida não se confunde com a rendição ou a passividade, pelo contrário, é ativa e criativa e exige o máximo empenho e coragem. A

história dá-nos exemplos do sucesso de combates não violentos pela justiça: Gandhi na libertação d a í n d i a , Martin Luther

King Jr contra a discriminação racial nos Estados Unidos, João Paulo TI e outros na queda do comunismo.

Este compromisso a favor das vítimas da injustiça e da violência não é um património exclusivo da Igreja Católica, mas pertence a muitas tradições religiosas. A violência é uma profanação do nome de Deus. Só a paz é santa, não a guerra.

A origem da violência reside no coração humano. É da família que pode brotar a não- violência, onde os conflitos são superados com o diálogo, o respeito, a busca do bem do outro, a misericórdia e o perdão. A partir da família, a alegria do amor propaga-se pelo mundo, irradiando para toda a sociedade. Com esse ob je t i vo con t ras tam a v io lênc ia doméstica e os abusos sobre mulheres e crianças.

Estes apelos são oportunos na 'guerra mundial aos pedaços" que atinge muitos países. Mas também são oportunos em Portugal.

Pelo facto de beneficiarmos da paz (há quem diga que somos dos países mais pacíficos do mundo), não podemos ser indiferentes a esses cenários de guerra e temos especiais deveres de solidariedade para com as suas vítimas (como são muitos dos refugiados que chegam à Europa).

E a não-violência ativa e criativa, as vias do diálogo e do perdão, de que nos fala o Papa Francisco, são oportunas na superação de todo o tipo de conflitos, familiares, sociais, económicos ou políticos, que também marcam a sociedade portuguesa.