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“O amor é tão solúvel como açúcar no café” destaque campus Página 16 Página 04 As piscinas do Complexo Desportivo da Rodovia, em Braga, acolheram mais uma edição do Ca- loiro de Molho, que decorreu na passada quarta- -feira. Segundo a Associação Académica da Uni- versidade do Minho, a actividade aconteceu como previsto, apesar de este ano lectivo não ter havido dispensa de aulas. De acordo com a organização, “esta continua a ser uma actividade de sucesso com a participação de muitos “caloiros” e dos próprios “doutores” e “engenheiros”. cultura DEZ SOBRE (O) ONZE Caloiro de molho em tempo de aulas Página 12 A peça de teatro, em jeito de programa de televisão, da autoria de Carlos Tê, esteve em Braga na passada semana Década após ataque às Torres Gémeas em discussão na UM Página 05 Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 151 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 11.OUT.11 academico.rum.pt facebook.com/jornalacademico twitter.com/jornalacademico Cheira bem, cheira a novo disco dos Dead Combo... Foi editado esta semana o quarto álbum de originais dos Dead Combo, “Lisboa Mulata”. Um álbum onde se exploram sons tradicionais dos países de língua oficial portuguesa. Concerto em Braga a 22.

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Caloiro de molho em tempo de aulas Cheira bem, cheira a novo disco dos Dead Combo... Década após ataque às Torres Gémeas em discussão na UM Foi editado esta semana o quarto álbum de originais dos Dead Combo, “Lisboa Mulata”. Um álbum onde se exploram sons tradicionais dos países de língua oficial portuguesa. Concerto em Braga a 22. A peça de teatro, em jeito de programa de televisão, da autoria de Carlos Tê, esteve em Braga na passada semana Página 04 Página 05 Página 16

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“O amor é tão solúvel como açúcar no café”

destaque

campus

Página 16

Página 04

As piscinas do Complexo Desportivo da Rodovia, em Braga, acolheram mais uma edição do Ca-loiro de Molho, que decorreu na passada quarta--feira. Segundo a Associação Académica da Uni-versidade do Minho, a actividade aconteceu como previsto, apesar de este ano lectivo não ter havido dispensa de aulas. De acordo com a organização, “esta continua a ser uma actividade de sucesso com a participação de muitos “caloiros” e dos próprios “doutores” e “engenheiros”.

cultura

DEZ SOBRE (O) ONZE

Caloiro de molho em tempo de aulas

Página 12

A peça de teatro, em jeito de programa de televisão, da autoria de Carlos Tê, esteve em Braga na passada semana

Década após ataque às Torres Gémeas em discussão na UM

Página 05

Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA151 / ANO 6 / SÉRIE 3TERÇA-FEIRA, 11.OUT.11

academico.rum.pt facebook.com/jornalacademicotwitter.com/jornalacademico

Cheira bem, cheira a novo disco dos Dead Combo...Foi editado esta semana o quarto álbum de originais dos Dead Combo, “Lisboa Mulata”. Um álbum onde se exploram sons tradicionais dos países de língua oficial portuguesa. Concerto em Braga a 22.

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Eis que chegou uma das semanas mais desejadas do ano. Este é, para os novos alunos, o primeiro contacto com a “tradição académica minhota”. Irá ser num Pavilhão Multiusos quase sempre lotado que os estudan-tes se vão poder divertir ao som de Emanuel, Linda Martini e Xutos & Pontapés, isto para falar apenas nos cabeças-de-cartaz. Um cartaz eclético que, e permitam-me a intromissão, ficará ainda mais completo, se as pessoas conseguirem ter forças para assitir ao concerto comemorativo do aniversário da Rádio Univer-sitária do Minho, no Sábado, dia 8. No Salão Medieval da reitoria da UM, Sean Rilley & The Slowriders vão, integrados no Festival de Outono promovido pelo Conselho Cultural da UM, dar um concerto único, em formato acústico. A não perder. Este será dos melhores fins-de-festa que se poderá ter. Estão todos, desde já convidados, mas apressem-se para assegurarem o vosso convite.Fora do contexto universitário, não consigo, esta semana, voltar a fugir a um tema que tem marcado a ac-tualidade política nacional. Falo, claro está, do que está a ser descoberto na Madeira (e infelizmente não é petróleo nem ouro, muito pelo contrário). No Governo Regional da Madeira, presidido pelo tão carismático como conflituoso Alberto João Jardim, estão a ser feitas revistas e os buracos estão a aparecer. Pela quanti-dade dos mesmos encontrados, a ilha poderá mesmo ir ao fundo. Mas sendo o golfe uma actividade ainda pouco explorada na ilha, parece-me incongruente que o Governo do país e até mesmo o Presidente da República não tenham mão firme no tratamento deste caso. É que para além do prejuízo directo que estas derrapagens têm na vida dos portugueses, este “imperador das bananas” não tem respeito por ninguém e ousa até falar em independência. Ora, para além disso, revolta-me ainda mais, a postura do mesmo face aos órgãos de comunicação social, fazendo eu, agora, um convite a que possam ver a entrevista que esse senhor deu, como candidato, há duas semanas, à RTP Madeira, onde “dirigiu” como quis uma entrevista e passou “raspanetes” em directo ao jornalista em causa. A minha classe fica, naturalmente revoltada, tal como eu, quando sei que na Madeira (que ainda é Portugal) há “ditadores” que ofuscam o fantástico brilho da ilha.Divirtam-se e até para a semana!!!

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Semana da Recepção ao CaloiroNem mais, nem menos. Os es-tudantes precisam de estar, de se divertir, de dançarem, de bebe-rem o seu copo... No ponto.Esta é a semana da Recepção ao Caloiro. Sejam moderados nos festejos e em tudo o que a eles está inerente.Sejam responsáveis e, acima de tudo, tenham responsabilidade e consciência durante a semana.

Sp.Braga/AAUMDepois de, no ano passado, ter ocupado por inúmeras vezes o “Em Alta”, a equipa de futsal mi-nhota não parece atinar com os ares da 1ª divisão. Desta vez foi em casa que voltou a ser derro-tado, o que, à 4ª jornada, resulta num penúltimo lugar, apenas com um ponto conquistado.Esperemos que nas próximas se-manas haja resultados positivos...

Novos alunos na UMChamam-lhes “caloiros”, mas por estes dias são eles que dão um co-lorido especial à Universidade do Minho. Por entre berros e gritos de curso, por vezes em demasia, os novos alunos são, neste início de ano, a cara de uma juventude alegre, irreverente e dinâmica. Esperemos que os seus anos na UM e o seu futuro no mercado de trabalho sejam profícuos.

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

DA

NIEL V

IEIRA

DA

SILVA // daniel.silva@

rum.pt

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 04 Outubro 2011 / N151 / Ano 6 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana Lopes, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cláudia Fernandes, Daniela Mendes, Diana Sousa, Diana Teixeira, Diogo Araújo, Eduarda Fernandes, Fabiana Oliveira, Filipa Barros, Filipa Sousa, Goreti Pêra, Inês Mata, Joana Neves, José Lopes, José mateus pinheiro, Mariana Flor, Neuza Alpuim, Sara Pestana, Sónia Ribeiro, Sónia Silva e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura, José Reis e Maria joão Pinto // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva e Luís Costa // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] // TIRAGEM: 2000 exemplares

PÁGINA 03 // 04.OUT.11 // ACADÉMICO

já pensaram em alugar um livro pelo telemóvel?INÊS MATA

[email protected]

Pela primeira vez no ensino superior português surge uma aplicação tecnológica que permite a escolha e o aluguer de livros pelo tele-móvel. A Universidade do Minho é a responsável pela inovação que permite a con-sulta e escolha de livros por meio de um catálogo.Os Serviços de Documen-tação estão então, a apostar nos meios digitais, nas RSS

feeds e nas famosas redes sociais como o Twitter e o Facebook. Esta criação do “catálogo mobile” surge numa épo-ca em que a Universidade do Minho é considerada uma das universidades com maior visibilidade via in-ternet, segundo o Ranking Web of World Universities. Um aluno que queira alugar um livro sem ter de sair de casa, basta aceder ao aleph.sdum.uminho.pt/mobile e ao “website mobile”: aleph.

sdum.uminho.pt/mobile.Diogo, aluno do 2ºano de Gestão, considera que “em-bora não leia muitos livros, o facto de existir uma forma tão simples de aceder à mi-nha escolha, irá, de certeza, despertar a minha curiosi-dade’’Esta nova aplicação contém quatrocentos mil livros ao dispor do aluno e pretende facilitar a vida dos interes-sados em desfrutar de um bom livro sem a deslocação à biblioteca.

acolhimento também é sinónimo de dádiva de sangueMArIANA Flor

marianacostaf [email protected]

Não só de praxe foi feita a semana de acolhimento e exemplo disso foi a campa-nha de dádiva de sangue, promovida na Universidade do Minho (UM). Os pólos de Gualtar e de Azurém transformaram-se, nos pas-sados dias 26 e 29, em ver-dadeiros pontos de colheita.As recolhas de sangue já são hábito na UM, mas desta vez, o principal objectivo foi incutir a responsabilidade social nos novos alunos.Para Nuno Catarino, coor-denador do departamento desportivo e cultural dos Serviços de Acção Social e um dos responsáveis pelo projecto, esta recolha repre-sentou um ritual de inicia-ção para os novos alunos. “É importante que os novos

alunos adquiram o culto da dádiva de sangue e foi isso que tentamos promover nesta campanha”, afirmou.As campanhas de dádivas de sangue realizam-se des-de 2001, na Universidade do Minho, e são resultado de uma parceria entre a

Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), os Serviços de Ac-ção Social da Universidade do Minho e Instituto Portu-guês do Sangue (IPS).O número de dadores au-menta ano após ano e os bons resultados desta ins-

tituição são uma realidade. Para Nuno Catarino, os bons resultados devem-se à óptima divulgação feita pela AAUM e à aliança de suces-so entre os SASUM, AAUM e IPS.“A Universidade do Minho tem influenciado positi-

vamente toda a região do Minho e tem sido exemplo para outras instituições de ensino”, salientou o mesmo.O balanço destes últimos dez anos de dádivas de san-gue revela resultados muito positivos, com cerca de 12 mil dadores inscritos desde 2001 e cerca de 3 mil dado-res inscritos para recolha de sangue para análise de me-dula.A inclusão desta campanha na semana de acolhimento é uma iniciativa a repetir nos próximos anos, apesar de não se terem atingido os números consideráveis a que as recolhas semanais nos têm habituado.Para Nuno Catarino os nú-meros não foram elevados, mas os principais objectivos foram conseguidos. “ Este é um viveiro para novos dado-res e uma incitativa a repe-tir”, referiu.

CAMPUS

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Com um leitor de códigos reader no telemóvel, ao apontar para esta imagem tem acesso ao catálogo de livros

Actividade revela-se um sucesso na UM

PÁGINA 04 // 04.OUT.11 // ACADÉMICOCAMPUS

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‘caloiro de molho’ em tempo de aulasANA ISAbel lopeS

[email protected]

As piscinas do Complexo Desportivo da Rodovia, em Braga, acolheram mais uma edição do Caloiro de Molho, que decorreu na passada quarta-feira, dia 28. Segun-do a Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), a actividade acon-teceu como previsto apesar de este ano lectivo não ter havido dispensa de aulas. De acordo com a organi-zação, “esta continua a ser uma actividade de sucesso com a participação de mui-tos “caloiros” e dos próprios “doutores” e “engenheiros”. “Não sentimos que o facto de não haver dispensa tenha prejudicado, as pessoas vêm na mesma. É uma boa opor-tunidade para o convívio en-

tre cursos.”Este é um acontecimento que marca a academia mi-nhota e que conta já com cerca de dez anos de his-tória e “é das actividades com mais impacto para os estudantes e para os novos alunos na Universidade do Minho”, afirma mesmo a organização. A questão da dispensa das aulas não foi, segundo a mesma, relevan-te para o evento. “Há algum burburinho mas toda a gen-te veio na mesma”, realçam.Inês Pinheiro, caloira de Biologia Aplicada, diz que “quando me falaram no ca-loiro de molho pensei logo em muita diversão. Estou a gostar muito da actividade.” Para esta aluna do primeiro ano, o Caloiro de Molho “ é importante para a praxe porque é uma forma de in-

tegrar os novos alunos e de nos conhecermos uns aos outros”. Marina Silva, do terceiro ano de Bioquímica, partilha esta opinião: “Mes-mo sem dispensa de aulas, a praxe continua. O facto de não haver dispensa de aulas prejudica toda a gen-te, porque as pessoas vêm mesmo que tenham de fal-tar”. Quanto à organização, Marina Silva salienta que esta edição lhe “parece mais organizada. Há um maior acompanhamento dos cur-sos, o presidente da comis-são de praxe ficou a saber de todas as actividades da tarde logo na entrada”. Sendo o terceiro ano que participam na actividade, Ricardo e Ana Portugal, doutores de Biolo-

gia Aplicada afirmam que o Caloiro de Molho deste ano foi bastante semelhante ao das edições anteriores. Es-tes alunos do terceiro ano entendem ainda que “é das melhores praxes para os ca-loiros, pelo menos foi dos momentos que mais gos-tamos”. “O facto de não ter havido dispensa de aulas prejudica a actividade. Se o professor hoje não tivesse

faltado não tínhamos vindo, assim como outros colegas nossos”, afirmam.Para a organização, este tipo de actividades preten-de fomentar o desporto da academia, a um nível mais recreativo. A AAUM diz ain-da que em 2011 a actividade mantém-se nos mesmos moldes, tendo sido introdu-zida, este ano, uma aula de ginástica aeróbica.

Dicas/Nuno Gonçalves

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Adriana Couto

Actividades promovem alegria e amizade entre “novos” e “velhos” alunos

Actividades aquáticas em destaque

Diversão, com alguma praxe à mistura, marcaram a tarde de actividades

CAMPUSPÁGINA 05 // 04.OUT.11 // ACADÉMICO

FAbIANA olIveIrA

[email protected]

O novo ano lectivo começou e os eventos organizados pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) voltaram em força. O “University Fashion”, que celebra este ano a décima edição, é um dos que se se-gue.O “Acolhimento” aos novos alunos e o “Caloiro de Mo-lho” foram dois dos palcos--alvo para a divulgação do início das inscrições, que

decorrem até ao dia 17 de Outubro e estão abertas a todos os alunos da Universi-dade do Minho (UM).Se no ano passado, as ex-pectativas foram bastante bem correspondidas, com destaque para a grande qualidade do evento e a elevada dedicação dos orga-nizadores, para este ano as perspectivas são ainda me-lhores. Para já, o número de inscrições revela-se muito animador, mas o que mui-tos alunos desconhecem são as modalidades em que se podem inscrever. Além da

quem não arrisca, não é university fashion

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dez sobre (o) onzeJoANA NeveS

[email protected]

Costuma dizer-se que o tempo é a cura para todos os males, mas, como não há bela sem senão, esta não é uma máxima aplicável a todas as matérias. Passada uma década sobre o fatídico 11 de Setembro, muitas são ainda as questões por deci-frar! Descobrir em que pon-to estamos, 10 anos depois, foi o mote da conferência or-ganizada pelo Centro de Es-tudos do Curso de Relações Internacionais (CECRI), no passado dia 29, na Escola de Economia e Gestão. Como oradores, o CECRI convidou José Manuel Anes, Presi-dente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, Pedro Cruz, jornalista e en-viado especial nos conflitos da Albânia, Kosovo, Guerra Líbano-Israel, Haitii e Ma-

ria do Céu Pinto, directora dos 1º e 2º ciclos de Rela-ções Internacionais, da Uni-versidade do Minho (UM). José Manuel Anes começou por fazer um reparo ao mi-litarmente bem estruturado ataque das Torres Gémeas, com direito ao que o mesmo intitula “o brinde”, a queda das torres.O orador refere-se ao feito como algo que deve ser “o orgulho de todos os discí-pulos de Bin Laden”. Apesar do pânico geral, instaurado pela “Al-Qaeda”, o professor aproveitou também para declarar que muitos são os que defendem que a orga-nização fundamentalista is-lâmica já não é o perigo. Ao invés, chama a atenção para as denominadas “Jihad es-pontâneas e sem líder”, que fazem “um, dois, mil aten-tados, onde existem muçul-manos”. Relembra ainda que o terrorismo de cariz islâmico, extremista, não

é o único existente, servin-do-se do massacre na No-ruega como exemplo. José Manuel Antes terminou a sua intervenção alertando para o possível regresso da extrema-esquerda, se a crise mundial não for travada.Já o experiente jornalista, Pedro Cruz, enalteceu a abertura da UM a vozes di-ferentes, com convidados de “fora da casa”. O professor de rádio e televisão direc-cionou grande parte da sua

intervenção para a necessi-dade de ver o Mundo com outros olhos, aquando da análise de fenómenos rela-cionados com questões cul-turais, religiosas ou o pró-prio valor da vida. Assim, referiu como fulcral que a reflexão pessoal seja feita a partir dos “olhos locais”. A dificuldade em percepcio-nar as restantes realidades passa também, segundo o mesmo, por vivermos num país em que as grandes divi-sões são baseadas em “Qual é o teu clube de futebol” ou “De que partido és”. A oradora feminina procu-rou que o seu discurso se debruçasse sobre as causas e consequências do 11 de Se-tembro.Maria do Céu Pinto revelou--se contra a explicação sim-plista de que o acontecimen-to se terá ficado a dever ao ódio dos árabes pelos ameri-canos, defendendo a neces-sidade de ir mais atrás no tempo. Salienta que os res-sentimentos em relação ao ocidente não se limitam aos EUA, mas também a França e Inglaterra, por terem “go-

vernado” o médio oriente. Contudo, admite que a in-fluência americana é muito importante, tendo-se enrai-zado na cultura e levando a desaparecer os valores tradi-cionais. Apoia também que o ataque só ocorreu porque a Guerra Fria havia já termi-nado.Como grande erro, a profes-sora da UM aponta para a decisão de George W. Bush (presidente dos EUA na data) em estender a guerra ao Iraque, fomentando ain-da mais o ódio americano e destruindo um país com uma posição estratégica no meio oriente. Concluiu di-zendo que a gestão pós 11 de Setembro diminuiu o pres-tígio dos EUA.No final da conferência, a representante do núcleo de tertúlias do CECRI, Marta Antunes, revelou-se bastan-te satisfeita com a mobiliza-ção dos alunos, atribuindo o sucesso não só à boa pre-paração do evento como à escolha de oradores de áre-as específicas distintas, não subordinados a um só sub--tema.

área de manequim, é possí-vel também a inscrição para repórter e/ou apresentador. Este tende a ser um projecto bastante gratificante para os estudantes, visto que é uma oportunidade para mos-trarem aquilo que valem. Exemplo disso é o caso dos alunos do curso de Design e Marketing de Moda, pois as roupas elaboradas como projecto final de curso são usadas por alguns dos ma-nequins para desfilar.Em relação aos vencedores do concurso terão, posterior-mente, o acompanhamento

na carreira de manequim. Segundo Catarina Oliveira, uma das responsáveis pelo “University Fashion”, este “é um incentivo para a carreira deles, ainda no ano passado os dois vencedores foram imediatamente convidados para fazer alguns desfiles”.Antes do primeiro casting haverá uma pré-selecção dos candidatos, que se realizará dia 18 de Outubro em Bra-ga e dia 19 em Guimarães. Uma semana depois, dia 26 de Outubro, o primeiro cas-ting acontecerá em Braga. O segundo casting será dia

2 de Novembro, em Guima-rães, e o terceiro e último casting está calendarizado para o dia 9 de Novembro, em Braga.Depois de apurados os 12 fi-nalistas (seis rapazes e seis raparigas), os concorrentes ficarão instalados nas resi-dências universitárias nos dias que antecedem a final, onde receberão uma forma-ção intensiva.Dia 16 de Novembro será o dia em que se vão conhecer as duas novas caras da UM, com a grande final a reali-zar-se em Guimarães.

CAMPUSPÁGINA 06 // 04.OUT.11 // ACADÉMICO

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JoSé MIguel lopeS

[email protected]

O professor da Escola Su-perior de Enfermagem da Universidade do Minho, João Macedo, lançou recen-temente o livro ‘Educar para a Morte’, através do qual espera “sensibilizar” a so-ciedade para o debate sobre este tema polémico.De acordo com o autor, a obra trata-se de uma refor-mulação da tese de Mestra-

JoSé MATeuS pINheIro

[email protected]

Como vem sendo tradição nos últimos anos, o Sarau Cultural voltou a integrar o programa de Acolhimento da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), de modo a permi-tir aos novos alunos um pri-meiro contacto descontraí-do, e acima de tudo, muito divertido com os grupos culturais da UM.Ao longo da noite, novos e velhos estudantes, envolvi-dos em cantigas e danças, deixaram o anfiteatro natu-

ral do campus de Gualtar em grande alvoroço.Estando o espaço decorado com lanternas japonesas e telas pintadas pelos novos alunos, eis que às 21h30 foi dada a “largada” com a ac-tuação do Coro Académico da Universidade do Minho, seguindo-se a percussão dos Bomboémia, o espiríto divertido das Tun’oBebes, a imponência da Tuna de Medicina, a Afonsina, os iPUM, a Tuna Universitária, tendo sido o alinhamento fi-nalizado com performances da Gatuna e com o espírito boémio tão característico da

Azeituna. No mesmo dia do Sarau Cultural, dia 27, terça--feira, decorreu também a cerimónia de boas-vindas do Reitor da UM, António

do que o docente realizou na área de Educação para a saú-de, em 2004, e que aborda o “desmoronar da temática da morte na sociedade ac-tual”. Tal como indicado no livro em questão, os estudos da investigadora Elizabeth Kübler-Ross serviram de modelo para a concepção do ensaio.“Em Portugal, estamos numa fase em que as ques-tões da morte não são abor-dadas” lamenta João Mace-do, acrescentando que se

vive “como se a morte não existisse”. Assim sendo, o livro ‘Educar para a Morte - Uma abordagem a partir de Elizabeth Kübler-Ross’ tem como objectivo estimular não só a sociedade a “falar sobre a temática”, mas tam-bém fazer com que “o tema seja bastante debatido nas Escolas Médicas e de Enfer-magem”, de modo a prepa-rar “os futuros profissionais para o contacto com pesso-as no fim da vida”, explica o investigador, que fala em

docente da escola de enfermagem lança livro sobre a morte

sarau cultural 11 alegra anfiteatro natural

negligência e na necessida-de de “uma maior humani-zação” nos cuidados presta-dos a pacientes neste tipo de condição. O livro foi apresentado na Livraria Almedina do cam-pus de Gualtar, no passado dia 28, pelo professor auxi-liar do ILCH, José Manuel Curado.Já no dia seguinte, coube à presidente da Escola de Enfermagem, Maria Isabel Lage, presidir a cerimónia de apresentação da obra.

Cunha, que permitiu aos novos alunos entrarem em contacto com as actividades da Universidade do Minho e da AAUM. O mesmo voltou a acontecer precisamente

neste Sarau Cultural, uma vez que iam sendo, durante o espectáculo, projectadas imagens do Acolhimento 11 e dos principais eventos da AAUM.

Tuna Universitária marcou, uma vez mais, presença no evento

PÁGINA 07 // 04.OUT.11 // ACADÉMICO

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UNIVERSITÁRIOreitor da UM quer manter parcerias com universidades dos EUADIANA SouSA

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António Cunha, reitor da UM, em declarações à Lusa, afirmou que, face à actual conjuntura, é preciso apos-tar “no desenvolvimento de conhecimento orientado para a produção de valor”. Por isso, defende que os programas de parcerias com instituições universitárias norte-americanas devem ser mantidos. Há cinco anos, o antigo executivo propôs parcerias entre empresas e universi-dades portuguesas e três

instituições do ensino su-perior dos EUA, nomea-damente, o Massachusetts Institute of Tecchnology (MIT) e as universidades de Carnigie Mellon e do Texas. Agora, a renovação destes programas está dependente de uma decisão do Ministé-rio da Educação e da Ciên-cia, que deverá ser tomada até Dezembro.O reitor da UM salienta o impacto positivo do progra-ma MIT Portugal. António Cunha destaca que esta parceria permite “o alarga-mento a um número mais abrangente de doutorandos portugueses da possibilida-

de de fazerem um doutora-mento em colaboração com a melhor escola de engenha-ria do mundo”. O representante do Conse-lho de Reitores das Univer-sidades Portuguesas para o programa MIT Portugal considera expectável que, em 2012, o nível de exi-gência desse projecto deve aumentar e que, por outro lado, a contribuição pública para o seu orçamento deve sofrer uma redução. Antó-nio Cunha, face à qualidade do trabalho que tem sido realizado ao abrigo destes programas e tendo em con-ta o seu impacto actual e

universidade de coimbra nas 400 melhores do mundoCáTIA AlveS

[email protected]

Segundo a classificação do ranking da “QS World University Rankings 2011”, divulgado este mês, a Uni-versidade de Coimbra é a melhor instituição de ensi-no superior em Portugal.Numa parceria com a revis-ta britânica Times Higher Education, a organização

QS - Quacquarelli Symon-ds organizou um “top 400” das melhores Universida-des do Mundo. Foram seis os critérios a ter em conta: reputação académica (40%), empregabilidade (10%), ci-tações científicas (20%), de-sempenho dos estudantes (20%), presença de corpo docente internacional (5%) e número de estudantes in-ternacionais (5%).A Universidade de Coimbra (UC) alcançou a 394ª posi-

ção, sendo a única institui-ção portuguesa a constar do “top 400”, num universo de mais de 2000 instituições. A UC obteve uma classifica-ção de 29,77 pontos, tendo sido considerada a melhor de Portugal em cinco dos seis critérios, à excepção da Universidade do Porto que, na área de Engenharia e Tecnologia, ficou no 239º lugar face ao 260º da UC. O reitor da UC, João Ga-briel Silva, declarou à co-

futuro, está confiante numa decisão positiva por parte do

Ministério da Educação e da Ciência.

municação social que esta classificação é “um óptimo incentivo nestes tempos de dificuldade, vindo de um dos rankings mundiais mais prestigiados”.Este ranking foi divulgado pela primeira vez no ano de 2004 e tem-se realizado anualmente desde então. Começa-se nas duas mil universidades, elegendo de-pois 700 e reduzindo por fim esse número para o “top 400”.

Este ano a grande vencedora foi a Universidade de Cam-bridge, no Reino Unido, ten-do sido eleita como a melhor instituição de ensino supe-rior no mundo. No segundo posto aparece a universidade de Harvard, em 3º o Massachusetts Ins-titute of Technology (MIT), em 4º a Universidade de Yale e a fechar o top 5, a pri-meira universidade em solo europeu, a Universidade de Oxford.

Reitor da UM identifica necessidade de aposta no desenvolvimento orientado

PÁGINA 08 // 04.OUT.11 // ACADÉMICO

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bruNo FerNANDeS

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O programa de arrenda-mento jovem está “desca-racterizado”. Quem o diz é a responsável pela “pasta” do Ambiente, Assunção Cris-tas. A ministra diz que o progra-ma não será a melhor forma para os jovens arrendarem casas e promete uma refor-mulação.A ministra do Ministério do Ambiente, Assunção Cristas, considerou o pro-grama “Porta 65” “desca-

racterizado” e “com pouca capacidade para atingir os objectivos” propostos para o mesmo.Rita Rato, deputada do PCP, questionou a ministra, du-rante a Comissão Parla-mentar do Ambiente e do Ordenamento do Território (decorrida na passada terça--feira), sobre a possibilidade do “Porta 65” ser extinto. Por sua vez, Assunção Cris-tas referiu que esse não era o objectivo do governo: o que se pretende é uma “re-organização e reafectação” de verbas. A deputada do PCP referiu ainda que o programa era “limitado” e que “não ser-

ve as necessidades do ar-rendamento jovem”: “É tão limitado que um casal de jovens que aufira o salário mínimo nacional, se quiser alugar com apoio um T2 em Lisboa, Évora ou Coimbra, não pode candidatar-se”. A parlamentar insistiu, ain-da, na necessidade de uma reforma do projecto: “O pro-grama necessita de uma re-formulação profunda e não de que se acabe com ele”. Assunção Cristas promete essa reformulação e refere que a equipa ministerial está a estudar uma forma de reformar todo o projecto: “É preciso perceber qual é a melhor forma de cumprir os

NACIONAL

jovem, a “geração com esperança”SóNIA SIlvA

[email protected]

“Geração com Esperança” é o tema do XII Encontro Na-cional da Juventude (ENJ) que se realizará de 21 a 23 de Outubro na Escola de Hotelaria e Turismo do Es-toril, em Cascais. Este pro-jecto pretende potenciar um intercâmbio entre jovens provenientes de todo o país e conta com a organização do Conselho Nacional de Ju-ventude.

O encontro “Geração com Esperança” tem como prin-cipal objectivo potenciar um diálogo estruturado entre as camadas jovens que, poste-riormente, ajudará na defi-nição de uma nova agenda política no que respeita à juventude em Portugal e na Europa. Os participantes apresenta-rão trajectórias de vida di-versificadas, com o intuito de contribuir para conclu-sões mais frutíferas. Este evento contém um programa alargado onde se

inclui a realização de con-ferências, mesas redondas e várias actividades de in-clusão e de lazer. O encon-tro será dividido em cinco grupos de trabalho com diferentes temáticas para reflexão: “Educação”, onde o principal tema de discussão será a acção social escolar, no que respeita à formula-ção de bolsas de estudo para os estudantes do ensino su-perior; “Ambiente e Saúde”; “Relações Internacionais”, que procura suscitar a refle-xão sobre o papel de Portu-

gal no mundo; “Associativis-mo e Participação Juvenil”; e finalmente “Emprego e As-suntos Sociais”, que procura promover o debate acerca da situação dos jovens no mer-cado de trabalho. Este XII Encontro Nacio-nal de Juventude oferece igualmente uma série de workshops que abrangem temáticas relacionadas com o desenvolvimento do mi-lénio, com a arte e criati-vidade, com a segurança e trabalho na rede, com a sen-sibilização para as barreiras

existentes aos portadores de deficiências, com hortas co-munitárias, com a alimenta-ção saudável e com a saúde sexual. “Geração com Esperança” possui uma página na in-ternet (http://www.enj2011.com/) onde todos os inte-ressados podem consultar a informação pormenorizada sobre o encontro e aceder aos contactos em caso de dúvida. Neste portal é igualmente possível fazer a inscrição na actividade.

objectivos para o qual o pro-grama foi criado. Não estou certa de que a forma como foi desenhado o programa seja o melhor”, afirmou.Para a ministra, o arrenda-mento jovem poderá encon-trar lugar nas novas regras de arrendamento jovem: “Se conseguirmos chegar a um mercado de arrenda-mento a funcionar bem, com habitação disponível a preços razoáveis e não espe-culativo e que seja um mer-cado concorrencial, teremos facilitado a vida aos jovens”. Entretanto, pouco dias após estas declarações, o porta 65 voltou a arrancar.A terceira fase de candidatu-

ras deste ano ao programa de apoio ao arrendamento jovem arrancou na passada sexta-feira. O período de candidaturas durará até 17 de Outubro, segundo fonte do Ministério do Ambiente.Recorde-se que no primei-ro período de candidaturas deste ano, que decorreu entre Abril e Maio, foram aprovados 5.733 processos, menos 2.420 do que em período homólogo do ano anterior, isto apesar de o número de candidaturas ter aumentado, com pedidos de 10.147 jovens, o maior nú-mero alguma vez alcançado desde o início do programa.

porta 65 reformulado

INQUÉRITOo que achas do cartaz da recepção ao caloiro ‘11?

PÁGINA 09 // 04.OUT.11 //ACADÉMICO

Após três anos na Universi-dade do Minho, Jénio Mon-teiro faz parte do grupo de alunos que frequentará o recinto da Recepção ao Ca-loiro apenas na quarta-feira, devido à tradição que envol-ve o dia da Latada. Após o hit “O ritmo do amor”, Ema-nuel veio substituir Quim Barreiros, num dos dias de maior adesão da Recepção ao Caloiro. “Neste momen-to, Emanuel está mais em voga”, afirma o estudante de Engenharia Civil.A deslocação para o Pavi-lhão Multiusos não repre-senta, para Jénio, qualquer dificuldade, uma vez que se encontra a viver em Guima-rães. Os bilhetes têm, na sua opinião, preços convidati-vos, e o facto de a actividade se realizar à sexta-feira não representará um entrave à presença da grande maioria dos alunos minhotos.

“O ano de caloiro tem mais magia”. A prova da expres-são usada pelos estudantes universitários é Luís Reis, estudante de primeiro ano de Gestão. Natural dos Aço-res, onde a oferta de espec-táculos é menor do que em Portugal Continental, pen-sa que o cartaz da Recepção ao Caloiro 2011 deriva de uma óptima escolha, pro-porcionando-lhe a oportu-nidade de assistir a espectá-culos promovidos por bons grupos portugueses.Tal como a maioria dos colegas, Luís não preten-de “arredar pé” do recinto, marcando, de igual forma, presença nas aulas que de-correrão ao longo dos dias de quinta e sexta-feira. Uma vez que a dispensa de aulas não foi concedida, o aluno é da opinião de que a Recep-ção deveria realizar-se du-rante o fim-de-semana.“Emanuel vai ser divertido”, afirma. Quanto à sexta--feira, os Xutos e Pontapés trarão algum público não universitário às festividades académicas.

Também no primeiro ano, Marisa Brandão pensa fre-quentar o recinto da Recep-ção ao Caloiro pelo menos duas noites e considera Lin-da Martini e Xutos e Ponta-pés os grupos mais interes-santes. A obrigatoriedade de frequência às aulas não será um impeditivo para uma boa dose de diversão.À sexta-feira, a ida de fim--de-semana é deixada para segundo plano por aqueles que querem, efectivamente, estar presentes na Recepção ao Caloiro. O prolongamen-to da actividade até ao últi-mo dia da semana poderá trazer algumas caras novas, que não pertençam à comu-nidade académica.

Ana Beiramar, estudante de 1.º ano, fala com entusias-mo da sua primeira Recep-ção ao Caloiro: “O cartaz é muito fixe, vai trazer grande diversão. Os grupos foram muito bem escolhidos. É, ainda, uma oportunidade de nos conhecermos todos”.Em período de crise eco-nómica, o preço do bilhete geral exige um esforço que a aluna acredita que valha a pena. “Os bilhetes não são baratos, mas percebo que é uma actividade que exige encargos financeiros”.Sem dispensa de aulas na quinta e sexta-feira, a aluna de Psicologia diz ter inten-ção de comparecer nas salas de aula, como habitualmen-te, uma vez que está ainda a ambientar-se. Na sexta--feira, dia anterior ao fim--de-semana, acredita que os Xutos e Pontapés farão com que algum público não ha-bitual frequente a Recepção ao Caloiro.

LUíS REIS1º ANO //GESTÃO

MARISA BRANDÃO1º ANO //

SOCIOLOGIA

ANA BEIRAMAR1º ANO //

PSICOLOGIA

Goreti Pera [email protected]

amanhã, Guimarães recebe mais uma edição de uma das actividades mais aguardadas pelos novos estudantes da academia minhota - a recepção ao Caloiro 2011.após as Serenatas Velhas, no Largo da oliveira, o feriado 5 de outubro foi a data escolhida para a realização da Latada, que dará início às noites de euforia no Pavilhão Multiusos. emanuel, Linda Martini e Xutos e Pontapés são os cabeça de cartaz da recepção ao Caloiro 2011, prometendo muita animação. resta-nos saber o que pensam os estudantes minhotos de uma das actividades da associação académica da Universidade do Minho (aaUM) com maior adesão.

JÉNIO MONTEIRO3º ANO //

ENGENHARIA CIVIL

PÁGINA 12 // 04.OUT.11 // ACADÉMICO

luÍS MIguel CoSTA

[email protected]

Quem escolheu o Theatro Circo, em Braga, como local para passar a noite de sexta--feira sabia bem o que que-ria: um serão passado com muitas gargalhadas. Como entrada para mais um fim de semana, foi servida uma dose de “Amor Solúvel”, um musical inteligente cheio de ironia, em que nada parece estar a mais.Partindo da atmosfera cria-da nas obras do dramaturgo inglês Denis Potter, Luísa Pinto, a encenadora que se estreia neste registo, cria em palco um cenário tele-

visivo debruado a “kitsch”, onde não se conta uma his-tória, mas muitas mais. A peça encena um con-sultório sentimental em pleno talk show (daqueles dirigidos às donas de casa com porções excessivas de romantismo), onde sema-nalmente se encontram o professor Dionísio (repre-sentado por Romeu Costa), sexólogo de grandes disser-tações filosóficas, Mónica (Carla Galvão), a seca apre-sentadora, Otília (Lilian de Lima), a maquilhadora aspi-rante a conselheira, Rogério (Pedro Pernas) e Rodrigo (Rui David), que escondem os seus dramas atrás de câ-maras de filmar.Dionísio, que tantos e tão sábios conselhos dá aos te-lespectadores que revelam os seus dramas por correio electrónico, não passa, afi-nal, de um pinga-amor que se revê em muitas das suas tiradas. Trata-se de um este-reótipo muito especial dos professores que abordam esse tipo de temas na televi-são e na rádio. Este acaba por sofrer uma inversão quase catársica de quem passa a sofrer dos problemas que resolve. Para mais, não con-

segue continuar a ocultar a maior das suas fraquezas: o desejo que o faz querer estar todas as semanas naquele estúdio de televisão.Mónica parte para a missão de moderar o programa, mas cedo começa a tentar ela própria perceber o amor. Paralela ao programa passa a haver uma “micro guerra dos sexos”, em que a apre-sentadora se preocupa em contrapor certezas, na sua opinião, machistas, que o

“o amor é tão solúvel como açúcar no café”DESTAQUE

professor tenta disfarçar de ciência. É constante o recurso a frases feitas, a termos cien-tíficos, a expressões que ninguém entende, mas que refinariam a linguagem do maior dos boçais. Não fal-tam explicações exaustivas sobre a arte de fazer a cor-te no reino animal, nem alusões às grandes paixões humanas que ficaram pelo caminho. Tudo se passa nos diálogos entre Mónica e Dionísio, aqui e ali interrompidos por mais uma cantiga que, naquele cenário e tendo em conta os temas em questão, não podia ter outra letra. Os temas, muitos deles escritos e compostos nos últimos anos, são retirados de um projecto antigo de Carlos Tê que nunca chegou a ser posto em prática: o disco Pepsonautas. Canções que era como se já tivessem em si um subtexto que estava à espera de ser escrito. “Amor Solúvel” acaba por roçar o registo de ensaio, visitando várias concepções de amor e formulando hipó-teses de teorias sobre tudo o que o envolve. As respostas dirigem-se tanto aos espec-

tadores que enviam as ques-tões, como para todos os que assistem. Tudo sob um pendor cómico e assumida-mente irónico. Pelas gargalhadas que acompanharam todo o es-pectáculo e pela ovação feita de pé, pode-se deduzir que a fórmula de “Amor Solúvel” resulta na perfeição. Quem não perdeu a oportu-nidade de ocupar um lugar na plateia do Theatro Circo foi Maria Pinto. No final, as palavras eram de agrado: “a peça realmente é muito boa; estão todos de parabéns.” Também Joaquim Silva es-teve presente. “Já tinha ou-vido falar da peça e quando soube que vinha cá a Braga arrisquei. Adorei a comici-dade do texto e as músicas eram excelentes. Além de bons actores, bons cantores” A peça, que conta com Hél-der Gonçalves (Clã) na di-recção musical e produção conjunta do Cine-teatro Constantino Nery e da Câ-mara Municipal de Matosi-nhos, esteve já em cena no V Circuito de Teatro Portu-guês em S. Paulo, Brasil, acolhendo uma receptivida-de do público bastante con-siderável.

a peça de teatro, em jeito de programa de televisão, da autoria de Carlos tê, esteve em Braga na passada semana

“Amor solúvel” é um consultório sentimental em formato de talk show televisivo onde um professor sexólogo disserta sobre o amor, acompanhado por uma entrevistadora embevecida

Nesta peça há lugar para sonhos e sons dos anos oitenta, num misto de consultório sentimental e discos pedidos.

Alexandre Lemos pode ser encarado como um verdadeiro industrial criativo. Com um largo percurso na área da rádio e do teatro, é no universo dos e-books que este jovem navega nos tempos actuais enquanto respon-sável pela secção portuguesa da editora de autopublicação on-line Bubok.

A rádio é uma paixão que ainda mantém nos dias de hoje, depois de ter presidido à Rádio Universidade de Coimbra durante aproxi-madamente dois anos. O trabalho no teatro prossegue através da companhia de teatro Marionet. Toda esta experiência ao nível da gestão destes, a que podemos chamar produtos culturais, fazem de Alexandre que, embora jovem, alguém a ouvir quando se fala no empreendedorismo na área da cultura.

Segunda: Sun Ra & his Outer Space Arkestra - Nuclear War (Nuclear War, 1982)“o Sun ra é enorme e o período em que o desco-bri foi um momento muito intenso. valorizo toda a cosmologia que ele cria, a intensidade musical de discos como ‘Jupiter’ ou o desafio às leis da gravidade com propostas como o ‘Strange Strings’ (uma gravação em que ele dá aos seus músicos instrumentos que vão tocar pela pri-meira vez) e, por fim, a muito aguda consciência que ele tem do mundo: ele, ao criar um universo ficcional, está a criticar a verdadeira ficção em que vivemos.”

Terça: Anti-Pop Consortium vs. Matthew Shipp - Real is Surreal (Anti-Pop Consortium vs. Matthew Shipp, 2000)“o hip-hop e o jazz têm uma relação de amor prolongada e com imensos relatos de terem chegado “ao acto” e, talvez, o exemplo mais

significativo seja Miles Davis quando, no seu último disco, atribuiu ao hip-hop a responsabili-dade pela música urbana no futuro. Aqui, para além do contexto geral, quis escolher um tema que tivesse a ver comigo e com esse namoro, que existe em mim também. o hip-hop e o jazz são boa parte da música que ouço e este disco é um momento raro em que se consegue um objecto incrível.”

Quarta: HHY & The Macumbas - Legba in Dub (Wire Tapper 25, 2011)“este tema surge aqui como uma espécie de ‘puxão de orelhas’ à imprensa. obviamente que esta não tem que estar atenta a tudo e cada um tem os seus gostos e segue o seu caminho. Agora é enigmático que haja esta tentativa de dar atenção a projectos artísticos portugueses que se internacionalizam e depois há músicos como o Jonathan, que tem uma música na colectânea da Tzadik (editora de John Zorn), um disco editado na Wordsound, ele é presença no Sonár, ele está na Wire, que talvez tenham de dar um concerto em Marte com o Sun ra para serem reconheci-dos pela imprensa...”

Quinta: Augustus Pablo and King Tubby - Satta Dub (King Tubbys Meets Rockers Uptown, 1976)“Neste disco estão dois nomes incríveis: King Tubby e Augustus pablo, “engenheiros de som”, como gostavam de ser chamados. Músicas como estas têm mesmo de ser ouvidas...”

Sexta: Burial + Four Tet + Thom Yorke . Ego (Ego/Mirror, 2011)“este disco foi comprado no ‘record Store Day’ (criado para comemorar as lojas independentes de discos) numa loja de discos de um amigo, recém inaugurada, o que me deixa muito feliz e que me ajuda um pouco mais a viver em Coimbra. o ‘culto da loja’ faz certamente parte da nossa relação com os discos: eu hoje compro a maior parte da música que ouço em formato electrónico, mas tenho sempre espaço para com-prar alguns discos de vinil e para ir comprá-los à loja. é mesmo uma parte muito importante, cerimonial.”

ALEXANDRE LEMOS

TECNOLOGIA E INOVAÇÃOtwittadas

NeuZA AlpuIM

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Let’s Talk iPhone“Let´s Talk iPhone” é o título do próximo evento da Apple que decorrerá no dia 4 de Outubro às 10 horas (18horas em Lisboa) na sede da empresa em Cuper-tino, na Califórnia.A empresa optou por enviar um convite apenas com o título do evento, não especificando o porquê do mesmo. Perante

um convite sugestivo, as expec-tativas e rumores sobre qual o produto que a Apple apresen-tará são grandes, desde uma melhoria do iPhone 4 até à apre-sentação do iPhone 5 com uma mudança radical de hardware e design diferente.

Cidade mais inovadora do mun-do mora em ParedesNo dia 14 de Setembro, o Fórum Económico mundial atri-

buiu o prémio de Pioneirismo Tecnológico de 2012 à empresa LivingPlanIT. Tal facto deveu-se essencialmente ao projecto “PlanIT Valley” que arranca no final de 2011, em Paredes. Este projecto apresenta uma cidade futurista diferente de todas as outras, onde a ecologia e tec-nologia são as palavras de or-dem –as infraestruturas estão ligadas à Web e são geridas por um sistema operativo urbano. O responsável pela empresa,

Steve Lewis, confessa que quer desenvolver uma nova geração de cidades alargando o seu campo de actuação aos quatro cantos do mundo.

Facebook pode recolher dados mesmo quando desligadoNik Cubrilovic, um hacker aus-traliano, descobriu que o face-book pode seguir todos os mov-imentos dos seus utilizadores mesmo quando este se encon-

tra desligado através de cookies. Os registos captados depois de um utilizador efectuar “log out” podem constituir uma falha de segurança em computadores de acesso público, uma vez que, através destes cookies é pos-sível ter acesso a todas as pá-ginas visitadas pelo utilizador. Segundo o australiano, “a única solução é apagar todos os cook-ies do facebook no browser, ou utilizar um browser em sepa-rado só para o facebook”.

DANIelA MeNDeS

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GOOGLE +, a mais recente aposta da Google, parece estar a superar as expecta-tivas quanto ao número de utilizadores, que aderiram à nova rede social, que se aproxima dos 50 milhões.A nova rede social da Goo-gle tem três meses de exis-

eDuArDA FerNANDeS

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É já no dia 6 de Outubro que Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, irá responder às perguntas dos utilizadores da Internet de todo o mundo, numa entre-vista exclusiva ao youtube. Os interessados poderão, na sua própria língua, fazer as questões, pela forma de texto ou vídeo, através da

página http://www.youtube.com/worldview até dia 5 de Outubro. As questões, às quais José Manuel Durão Barroso responderá, serão seleccionadas mediante uma votação para escolher as mais pertinentes. O presidente da Comissão Europeia estará presente, no Youtube e no canal de tele-visão Euronews, às 9h, para responder, efectivamente, a essas perguntas.Existem já perto de 25 mil

pessoas inscritas, perguntas no âmbito de vários temas, dos quais sociedade, eco-nomia, politica, assumem especial destaque nas dúvi-das dos cidadãos dos quatro cantos do Mundo, desde Portugal ao Canadá.Mensalmente, no canal worldview são entrevistados líderes mundiais. Na plata-forma Youtube já passaram Barack Obama, José Luis Rodríguez Zapatero, David Cameron, entre outros.

durão barroso em entrevista exclusiva para... o youtube

google + está, afinal, a crescertência e procura ultrapassar o seu maior adversário no setor: O Facebook.Em menos de 30 dias, o Google + atingiu os 25 mi-lhões de utilizadores.Paul Allen, fundador do site “Ancestry.com” acom-panhou a evolução da nova rede social através de um processo de procura e aná-lise de árvores genealógicas, inserido na internet.A facilidade na adesão ao

Google + deve – se, segundo Allen, à não obrigatoriedade em efetuar registo assim como pela indicação visual, através de uma seta, para o link da rede social, no motor de busca da empresa norte – americana.Esta é a mais recente aposta da multinacional face às re-des sociais, após várias ten-tativas mal sucedidas como a Google Wave e a Google Buzz.

Aos poucos, Google + vai atingindo valores interessantes na web

Durão Barroso segue pisadas de Barack Obama, Zapatero, David Cameron, entre outros

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PÁGINA 15 // 04.OUT.11 // ACADÉMICO

liftoff, gabinete do empreendedor da AAUM, apresenta...

> 10 OUTUBRO 11Talk “Admirável Mercado Novo” Campus de GualtarBraga

> 15 OUTUBRO 11Data limite para recepção de can-didaturas do concurso “Empreen-dedorismo está na Moda” – liftoff.aaum.pt

> 9 NOVEMBRO 11Dia do EmpreendedorAniversário LiftOff

> 11 OUTUBRO 11Desafio Ousar- Caçadores de Talen-tosCampus de GualtarBraga

> 18 OUTUBRO 11Workshop “Marketing Pessoal” Sede da AAUMBraga

Sessão de Apresentação:

“Desafio OUSAR -

Caçadores de Sonhos”

No dia 11 de Outubro de 2011, das 15h00 às 17h, a AIMinho em colaboração com o Liftoff- Gabinete do Empreendedor da AAUM irão organizar uma sessão de apresentação da iniciati-va “Desafio Ousar”, que pre-tende dar apoio à criação de novas empresas, a realizar na Universidade do Minho,

Auditório B2, Campus de Gualtar, em Braga.Pretende-se, com esta ses-são, dar a conhecer a inicia-tiva que visa apoiar a criação de 10 novas empresas. À primeira edição do Desafio concorreram 236 empreen-dedores, sendo que foram concluídos e submetidos 60 projetos. Com o apoio da AIMinho, foram criadas 20 novas empresas e 40 postos de trabalho. As redes de suporte a estes projetos envolveram um total de 48 parceiros.

A TecMinho, em parceria com o Spinpark, organiza a 4ª edição do SpinUM – Con-curso de Ideias de Negócio, com o objetivo de premiar e apoiar as ideias de negócio mais inovadoras geradas na Universidade do Minho.O SpinUM destina-se a do-centes, alunos e alumni da Universidade do Minho, independentemente da sua área científica, concorren-do individualmente ou em equipa até um máximo de cinco pessoas. As candida-turas serão avaliadas tendo em conta a qualidade da ideia, o potencial de merca-do e capacidade demonstra-da para a execução da ideia.Serão premiados os 1º e 2º classificados, sendo ainda

atribuído o Prémio “Jovens Empreendedores” à ideia melhor classificada cujos promotores, concorrendo individualmente ou em equipa, sejam alunos dos 1º, 2º ou 3º ciclos, com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos (inclusive).A nova edição do SpinUM distribuirá prémios mone-tários e oferecerá serviços de apoio à criação de empre-

Promovida pelo LiftOff – Gabinete do Empreendedor da AAUM irá decorrer no próximo dia 10 de Outu-bro, entre as 18h e as 19h, no Campus de Gualtar, em Braga.

Uma Talk para empregados, desempregados e insatisfei-tos que apresenta uma nova leitura ao mercado e como criar oportunidades de tra-balho e negócio, nas pala-vras incendiárias de Miguel Gonçalves.

Poderão antecipar o que vai acontecer em http://vimeo.com/28191450).Esta talk irá abordar o So Pitch e os novos desafios do mercado para pessoas e em-

presas. Uma aventura entusias-mante ao Comportamento e Esquema de atuação de negócio que entre outras aborda:- As empresas não oferecem emprego, compram traba-lho!

- O teu trabalho é um pro-duto e desenvolve-se no ter-reno!

- Produto que não está à mostra, não vende!

- CV não é curricullum vi-tae, é Canal de Vendas!

Participação gratuita, me-diante inscrição em:www.liftoff.aaum.pt

sas num valor total superior a 20.000 euros.O prazo de candidaturas de-corre até ao próximo dia 31 de outubro. O formulário de candidatura e demais infor-mação sobre o concurso (in-cluindo o regulamento), es-tão disponíveis no endereço:

www.tecminho.uminho.pt/empreender/spinum

SpinUMConcurso de Ideias de Negócio

Talk “Admirável Mercado Novo” com Miguel Gonçalves

Até 16 de dezembro, os em-preendedores que desejem constituir a sua própria empresa podem pôr à pro-va a sua ideia de negócio e habilitar-se a ser um dos vencedores.As melhores ideias serão apoiadas com prémios pe-cuniários, consultoria e as-sistência técnica, incubação, mentoring e ajuda na pro-cura de financiamento.Assim, para além da apre-sentação do Desafio OUSAR 2011/2012, e considerando importante a partilha de ex-

>

periencias, esta sessão visa igualmente dar a conhecer alguns casos de sucesso, três dos “Casos de OUSA-DIA apoiados pelo Desafio OUSAR 2009/2010” (So You Think You Can Pitch, ANR – Aplyed Neurobeha-vioral Reasearch e Paleta de Letras): As inscrições são gratuitas, devendo ser efectuadas, através o preenchimento de ficha de inscrição, que se encontra em www.liftoff.aaum.pt Vem saber mais. Concretiza o teu sonho. Vem ouvir al-guns empreendedores que apostaram em si e, com o Projeto OUSAR.

Programa e informações em www.liftoff.aaum.pt

braga ficou “a ver por um canudo” fast forward fugir para guimarães

AleXANDre roChA

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A ideia do festival é tão simples como desafiante: cada equipa deve escrever, realizar e editar uma curta--metragem em 24 horas, a partir de um tema entregue no início do festival pela organização a cada equipa. Esta é a primeira vez que a Velha-a-Branca organiza o evento fora de Braga, cidade que acolheu todas as edições anteriores do Fast Forward.

Desta vez, Guimarães será a anfitriã do festival que já conta com sete anos de exis-tência.No entanto, as regras conti-nuam a ser as mesmas: as curtas não podem ultrapas-sar os três minutos e devem ser entregues dentro do pra-zo, com pena de não pode-rem integrar o concurso.Para tal, não é preciso mais do que uma câmara para fil-mar e um computador para editar o filme.Luís Gomes, membro da

equipa responsável pela or-ganização, explica a mudan-ça de casa do festival com as dificuldades encontradas para organizar a edição de Março deste ano em Braga, no Theatro Circo. E, por isso, a disponibilidade de-monstrada pelo CCVF para receber o “Fast Forward” foi decisiva para o transportar para terras vimaranenses. O membro da equipa confessa ainda que foi uma boa apos-ta: “Acima de tudo estamos a gostar da forma prática e

atenciosa com que o Vila Flor resolve as questões re-lacionadas com o festival. E para nós isso conta muito”. Também destaca a proximi-dade entre as duas cidades, pois “muitas equipas parti-cipantes são de Guimarães” e,“no máximo, as equipas de Braga terão que se deslocar até lá, o que, de carro... São cerca de quinze minutos”. As novidades não se ficam só pela mudança de locali-zação. Este ano, para além dos workshops de escrita,

realização e edição, a Velha--a-Branca irá promover um Warm-Up na semana ante-rior ao festival, na sede de Braga. Esta iniciativa desti-na-se a preparar as equipas para as dificuldades ine-rentes à realização de uma curta.As inscrições são feitas no site oficial (www.fastforwar-dportugal.com), no qual os interessados poderão ler o regulamento e ter acesso a mais informações sobre o festival.

CULTURA

JoSé reIS

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No novo álbum, os Dead Combo – aqueles que apa-recem sempre com ar de gangsters, sem medo de ninguém, com um chapéu de salto alto e uma flor à lapela – aparecem com um coração amolecido. Amole-cido por uma cidade. Amo-lecido por um movimento. Amolecido por um tempo. O da multiculturalidade. Onde tudo se mistura, onde o africano já não é “o preto”, onde o chinês tem cada vez menos os olhos em bico, onde os indianos se mistu-ram com as avós em eléctri-cos apinhados de turistas a caminho de Belém (e quem fala de Lisboa multicultu-ral fala de uma Lisboa cada vez mais turística). Lisboa cresceu. E os Dead Combo, fazedores de música que aquece as almas de quem a ouve, sabem disso. A cidade

que os vê e que eles sentem é cada vez uma cidade mais plural. E “Lisboa Mulata” é a forma como a vêem. Como a sentem.

Do fado à mornaEm “Lisboa Mulata”, o novo disco do combo formado por Tó Trips e Pedro Gon-çalves, há cheiros de uma comunidade que cresce de dia para dia, de uma popu-lação que é Portugal, mas não é só Portugal. “Lisboa, tal como o resto do país, sempre foi multicultural e multiracial. O que eu acho é que hoje em dia [esta multi-culturalidade] é muito mais visível e muito mais aceite”, revela Pedro Gonçalves, em conversa com o ACADÉMI-CO. Por isso não é de estra-nhar que os ritmos do novo álbum nos levem de Norte a Sul, nos façam viajar da África quente de Cabo Ver-de ao fado tristonho de um país à rasca, passando pelas paisagens áridas norte-ame-

ricanas. “[Apesar de todas as influências] Fazemos questão que o nosso som te-nha alguma marca de por-tugalidade, não apenas do fado”, revela o músico.

Cumplicidades a doisO fado é, de resto, o alicerce de temas como “Esse olhar que era só teu” e “Ouvi o texto muito ao longe”, este último com colaborações vocais de Camané e Sérgio Godinho. No entanto, assu-me, “este é um disco muito mais cru e o que tem menos convidados. Neste só temos quatro pessoas convidadas [Marc Ribot e Alexandre Frazão a juntarem-se aos dois músicos enunciados acima] quando geralmen-te temos um monte deles”. Colaborações em estúdios, mas que não seguem com a dupla para os palcos. “Estes concertos [de promoção ao novo trabalho] serão agora mais nossos, feitos apenas a dois”, revela o músico.

cheira bem, cheira a novo disco dos dead combo...

Os Dead Combo passam pelo Theatro Circo a 22 de Outubro

A VI edição do Fast Forward decorre pela primeira vez em Guimarães, de 28 para 29 de Outubro, no Centro Cultural Vila Flor (CCVF). A iniciativa salta assim de Braga para a cidade vizinha, mas continua a ser

organizada pela Velha-a-Branca

dead combo

Foi editado esta semana o quarto álbum de originais dos Dead Combo, “Lisboa Mulata”. Um álbum onde Tó Trips e Pedro Gon-çalves exploram sons tradicionais dos países de língua oficial portuguesa. Ou “um disco multicultural”, como a cidade que eles vêem nascer todos os dias. Concerto de apresentação a 14 de Outubro no Porto.

PÁGINA 17 // 04.OUT.11 // ACADÉMICO

AGENDA CULTURALRUM BOXTOP RUM - 39 / 201130 SETEMBRO

1 TIGUANA BIBLES (Surrender)

2 DEUS (Constant now)

3 YOU CAN’T WIN, CHARLIE BROWN(A while can be a long time)

4 BEIRUT (Santa Fé)

5 WE TRUST(Time (better not stop))

6 MY MORNING JACKET (Holdin on to black metal)

7 JORGE CRUZ (Entre iguais)

8 JULIE & THE CARJACKERS (I’ve heard it on the radio before)

9 KILLS, THE (Baby says)

10 SMIX SMOX SMUX (Quantas vezes já)

11 FEIST(How come you never go there)

12 PZ (For sure)

13 M83 (Midnight city)

14 RAPARIGA ELÉCTRICA (Tens de sair)

15 LONG WAY TO ALASKA (United colors of patapon)

16 FLEET FOXES(Grown ocean)

17 PJ HARVEY(The words that maketh murder)

18 ADULTS, THE(Nothing to lose)

19 X-WIFE (Keep on dancing)

20 DEATH CAB FOR CUTIE (You are a tourist)

POST-IT03 > 07 Outubro

OLD JERUSALEMThe Go-BetweenTHE RAPTUREIn The Grace Of Your LoveTHE BLACK GHOSTS – Even In The Darkness

BraGaMÚSICA7 de OutubroZachary CaleFnac Braga

8 de OutubroSean Riley & the SlowridersSalão Medieval da Reitoria da UM

8 de OutubroBiréli LagrèneTheatro Circo

TEATRO7 de Outubro

I.M.A.N. Intermédia Multimédia acção e nada Theatro Circo

FOTOGRAFIA E MÚSICA4 de OutubroEmergents DST – internacional photography award – encontros da imagem 2011 - BALLATheatro Circo

GUiMarÃeSMÚSICA6 de OutubroReabertura – Dj Rui AlmeidaSão Mamede

TEATRO5 a 9 de OutubroUm acto de comunhão – de Lautaro ViloCCVF

BarCeLoSMÚSICA7 de OutubroCavalheiroSubscutaAuditório da Biblioteca Municipal de Barcelos

LEITURA EM DIA1 - Empenhai- Vos, de Stéphane Hessel. Ed. Planeta. Mais do que indignar-se com as injustiças, o autor incita à acção. Um manifesto/entrevista actual;

2 - Contra o Terror do Neoliberalismo de Henry A. Giroux.Ed.Pedago.Um dos teóricos da Nova Educação e Intervenção Política.

3 - O Futuro e os Seus Inimigos de Daniel Innerarity, Ed. Teorema.Um dos pensadores da Modernidade aborda a construção, hoje, do futuro.

Para ouvir de segunda a sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

podcast: podcast.rum.pt Um espaço

de António Ferreira e Sérgio Xavier.

4 - Dustin, o Com-Abrigo de Steve Kelly e Jeff Parker. Ed. Bizâncio.Os jovens licenciados, a acomodação à vida e modorra familiares, o trabalho temporário, e, quem sabe, o euromilhões.

JoSé reIS

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Lisboa é a cidade em que a cada esquina somos sur-preendidos pelas mais di-ferentes nacionalidades. Onde, num perímetro cur-to, dois indianos se cruzam com um grupo de loiros nórdicos, onde uma cabo--verdiana com um filho de poucos meses ao colo quase é atropelada por um alemão que, na sua bicicleta, procu-ra chegar a horas a qualquer lado. Onde um turco, com vontade de abrir o seu res-taurante a tempo e horas, interrompe a conversa de duas velhotas que acabam

de sair do mercado, a pro-curar os melhores produtos pela manhã, e passa pelo meio sem pedir licença. Lis-boa é isto mesmo, uma cida-de multicultural, um espaço multiracial. E os Dead Com-bo, a dupla formada por Tó Trips e Pedro Gonçalves, para além de saberem disso, gostam que a “sua” cidade seja assim. Por isso convo-cam os cheiros da cachupa e o som da morna cabo-ver-diana para o novo trabalho, os ritmos africanos de uma África em expansão e o fado a querer ser (merecidamen-te) património imaterial da humanidade. “Aurora em Lisboa”, o melhor tema do

CD RUMentre um passeio pela bica e um prato de cachupa...

disco, é uma viagem, sem sobressaltos, pelos primei-ros raios de sol numa cidade em constante movimento, onde o contrabaixo de Pe-dro Gonçalves chora sob a guitarra de Tó Trips. Em “Anadamastor”, por exem-plo, e em tributo à Ana do Adamastor, o local onde várias vezes se encontram, há uma espécie de dança que parece uma luta dentro de uma arena, a ver quem ganha: se o mais forte, se o mais inteligente. “Lisboa Mulata”, o quarto álbum dos Dead Combo, é como Lisboa: uma cidade grande, cheia de sons e caras dife-rentes, que nos leva a esque-

cer a crise e a troika durante largos minutos.dead combo

campeonato europeu universitário de taekwondo de volta à UMCArloS rebelo

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Dois anos após a 1ª edição do Campeonato Europeu Universitário (CEU) de Ta-ekwondo ter decorrido na ci-dade universitária de Braga, com a organização a perten-cer à Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), Universidade do Minho (UM) e Federação Académica do Desporto Universitário (FADU), eis que surge o 2º Campeona-to Europeu Universitário de Taekwondo nessa mesma ci-dade e organizada pelas mes-mas entidades. O ACADÉMICO esteve à conversa com André Pinhei-ro, vice-presidente do De-partamento Desportivo da AAUM.O dirigente associativo ex-plicou o proceso: “tudo começou quando a EUSA anunciou que o segundo campeonato europeu univer-sitário de Taekwondo não se iria realizar em Sófia, na Bul-gária, de 28 a 30 de Outubro deste ano, tal como estava previsto. A partir desse mo-mento contactámos a FADU e iniciámos todo o planea-mento para uma candidatura ao CEU de Taekwondo deste ano.” André Pinheiro afirma ainda que esta é uma prova de confiança dada à AAUM/UM, depois da organiza-ção deste torneio em 2009: “penso que reuníamos todas as condições para acolher esta 2ª edição do CEU de Ta-ekwondo e é mais um marco

PÁGINA 18 // 04.OUT.11 // ACADÉMICO

DESPORTOFUTSALNova derrota no regresso a casa do Sp.Braga/AAUMQuatro jornadas, três derrotas e um empate. A vida não está fácil para o Sp.Braga/AAUM neste ano de estreia na 1ª divisão de futsal. Os comandos de Pedro Palas receberam no passado Sábado a formação do S.L. Ol-ivais e saiu derrota por 2-3. O Olivais entrou melhor, chegou aos 0-2 já na segunda metade. Mas num espaço de 3 minutos o Sp. Braga/AAUM conseguiu empatar a partida e devolver a esperança aos adeptos min-hotos. O pavilhão desportivo da Universidade do Minho, em Gualtar, voltou a ter mais de meia casa de adeptos a as-sistir ao encontro. Quando era o Sp.Braga/AAUM que procurava o golo que lhe daria a primeira vitória na prova, um contra-golpe dos lisboetas sentenciou a partida. Com este resultado o Sp.Braga/AAUM cola-se nos últimos lugares da tabela com apenas um ponto conquistado. Na próxima jornada, da prova liderada neste momento pelo Benfica, o Sp.Braga/AAUM des-loca-se a Coimbra para defron-tar a também recém-promovida Académica. O jogo realiza-se no dia 5 de Outubro. A emoção do futsal regressa ao Minho no Sábado, com Sp.Braga/AAUM a receber o Módicus/Sandim às 16h no Pavilhão desportivo da Universidade do Minho, em Gualtar.

HÓQUEI EM PATINSMundial: Portugal empurrado para o 3º lugarA selecção portuguesa de hóquei em patins terminou a sua participação no Mundial da modalidade, que decorreu na Argentina, com uma vitória por 9-2 frente a Moçambique garantindo, assim, o 3ª lugar na prova que foi vencida pela Espanha que bateu a selecção da casa na final. Ainda assim, a caminhada portuguesa fica manchada pelo afastamento injusto nas meias-finais onde foi prejudicada frente à selecção argentina. Ainda assim, Portugal repete o terceiro lugar alcançado em 2009, vendo agora a Espanha igualar o palmarés luso.

desporto.zipby DVS

importante para a AAUM/UM.” Questionado sobre a data e instalações do CEU de Ta-ekwondo, André Pinheiro revelou-nos que o evento se irá realizar de 12 a 14 de Dezembro, e encerrará as competições europeias uni-versitárias de 2011. O local da competição acontecerá na nave do Complexo Desporti-vo Universitário de Gualtar.Quanto ao conjunto de atle-tas que irão participar no CEU de Taekwondo pela Universidade do Minho, Rui Bragança surge, à cabeça, como um dos favoritos às medalhas. Aluno de medi-cina na UM, efectuou, este ano, uma excelente campa-nha ao conquistar a meda-lha de prata no Campeonato do Mundo de Taekwondo. A AAUM deposita também confiança nos atletas uni-versitários minhotos já que no CEU de Taekwondo de 2009 os seguintes atletas obtiveram seis medalhas para a UM: Pedro Póvoa (Psi-cologia): Ouro -58kg , Rui Bragança (Medicina): Prata -58kg, Ana Rita (Enferma-gem): Prata - 57kg, Nuno Costa (Arquitectura): Bronze -63kg, José Fernandes (Me-dicina): Bronze - 68kg e Edu-ardo Rodrigues (Eng. Gestão Industrial): Bronze -74kg .

Quando o desporto vem pa-rar ao Minho

2012 poderá ser um ano de ouro para a AAUM e UM, recheado de competições na-cionais e internacionais (dois

mundiais universitários: xa-drez e futsal e fase final dos CNU’s). Querendo antecipar esse ano, tem-se no mês do Dezembro o CEU de Ta-ekwondo para terminar em grande o ano de 2011, com bons indicativos para o ano 2012.Falando dos eventos despor-tivos de alta competição uni-versitária, onde a presença da AAUM é assídua, o pre-sidente da instituição, Luís Rodrigues confidenciou no fecho do último ano despor-tivo que “como é tradição a AAUM / UM tem dado pro-vas na organização de even-tos com projecção nacional e internacional e a testemunho disso são todos os eventos organizados pela UM desde 1998, com o mundial de fut-sal, seguindo-se o Europeu de Voleibol em 2004 , Eu-ropeu de Basket em 2006 e mais recentemente Mundial de Badminton em 2008 e Europeu de Taekwondo em 2009.”Segue-se agora o segundo Campeonato Europeu Uni-versitário de Taekwondo em Dezembro de 2011. Questionado sobre os even-tos do próximo ano, Luís Rodrigues citou “2012 é um ano de particular importân-cia para as cidades que aco-lhem os estudantes da UM, a cidade de Braga e a cidade de Guimarães, uma vez que são capitais europeias da ju-ventude e da cultura, respec-tivamente.” Aproveitando a importância e o significado que 2012 vai ter para estas duas cidades, “surgiu a ideia

da organização do mundial universitário de xadrez inte-grado no programa da capital europeia da cultura (Guima-rães) e do Mundial Universi-tário de Futsal integrado no programa oficial da capital europeia juventude (Braga), que para grande satisfação da AAUM foram aceites e vão decorrer nestas duas ci-dades”. Para além disso, a AAUM e UM em conjunto com a FADU vão organizar em 2012 as fases finais dos Cam-peonatos Nacionais Universi-tários (CNU’s) inserindo-as no programa das capitais eu-ropeias da cultura e juventu-de e ao mesmo tempo contri-buir assim para enriquecer ainda mais estes programas. Luís Rodrigues afirma ainda que a AAUM/UM “ tem con-dições para no ano de 2012 ter três grandes eventos, dois Mundiais Universitários e CNU’s, sendo que os CNU’s são o maior evento desporti-vo no contexto universitário do país.”Em relação à participação dos estudantes da UM nes-tes grandes eventos, o pre-sidente da AAUM disse ao ACADÉMICO que “a parti-cipação dos estudantes nes-tes eventos tem contribuído para o sucesso das mesmas”, aproveitando para agradecer “o apoio da Universidade do Minho que também tem re-conhecido a importância do envolvimento destes mes-mos estudantes e o papel que estes assumem na organiza-ção destes eventos nacionais e internacionais.”

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Braga 2012: Capital Euro-peia da Juventude celebrou o Dia Mundial da Música com o M-Day com um ro-teiro de concertos por oito locais-chave pela cidade, em colaboração com a asso-ciação NAAM – Núcleo de Apoio às Artes Musicais.Durante a tarde, um pal-co com rodas, apoiado em carrinhos de compras reu-tilizados, circulou a cidade, tocando em locais históricos da cidade, em palcos impro-visados. Assim, símbolos da cidade como o Arco da Porta Nova, o Jardim de Santa Bárbara, o Cinema São Geraldo, o Theatro Circo e A Brasilei-ra, entre outros, serviram para dar a conhecer bandas do distrito, tocando para os

clientes ou quem passava. A iniciativa pretendeu di-namizar a cultura musical bracarense e dar a conhecer diversos artistas jovens do distrito nas mais variadas vertentes artísticas.As comemorações incluí-ram ainda outras activida-des relacionadas com mú-sica, tais como animação de rua, projecções audiovisu-ais, convívio e muita parti-cipação jovem, pretendendo um envolvimento multidis-ciplinar entre as diversas associações.O evento foi organizado pela NAAM – Núcleo de Apoio às Artes Musicais, com o apoio de Braga 2012: Capital Europeia da Juventude e em colaboração também com o iPUM e a AENIMA.

Braga celebrou Dia Mundial da Música com concertos improvisados pela cidade

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