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  • 24/07/2015 Portal Cincia & Vida - Filosofia, Histria, Psicologia e Sociologia - Editora Escala.

    http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/92/artigo316034-4.asp 1/4

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    Comportamento DestrutivoEstatsticas alarmantes, etiologia difusa e alto ndice entre artistas e outras pessoas pblicas

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    Suicdio na velhice

    O comportamento suicida no idoso tem algumas peculiaridades como a

    utilizao de mtodos violentos. Eles tambm no costumam dar indcios de

    suas intenes, os atos so geralmente premeditados e podem assumir a forma

    de situaes passivas (ex: no usar medicamentos essenciais). No caso da

    mulher, a menopausa, por exemplo, pode significar o fim de feminilidade, visto

    que no poder mais gerar um filho. As alteraes corporais e hormonais, o no

    se sentir atraente, os filhos independentes, a aposentadoria, doena, solido,

    desencadeiam processos melanclicos e at mesmo o suicdio.

    Automutilao

    A automutilao no uma tentativa de suicdio, mas j foi considerada erroneamente como tal. Define-se ento, como

    comportamento onde feridas so autoinfligidas sem inteno de morte.

    Na verdade os indivduos usam desse comportamento como forma de aliviar uma dor emocional, visto que apresentam

    grandes dificuldades para expressar as suas emoes. No conseguem chorar mesmo quando esto sozinhos, se sentem

    um lixo humano ou um grande fracasso e, portanto, no merecedores de conviver com os demais, afastando-se ento de

    amigos e familiares.

    As pessoas que se automutilam, escondem suas feridas e cicatrizes, no acreditam que podem ter coisas boas, alm de

    no ter expectativas positivas em relao ao seu prprio futuro. Entretanto, acreditam num alvio de sua dor emocional (ex:

    dio, raiva, medo) atravs da dor fsica.

    Existem algumas possveis causas para esse tipo de comportamento como transtorno de personalidade borderline.

    Entretanto, grande parte dos automutiladores sofrem de problemas como depresso, transtorno bipolar, sndrome do pnico,

    transtornos alimentares e bullying. A causa tambm pode estar relacionada associao entre amor e dor, visto que o

    comportamento de autodestruio carrega uma carga de prazer associado, muito comum nos masoquistas.

    Como forma de tratamento, associa-se a psicoterapia e medicao. A primeira visa ajudar o paciente a lidar com frustraes

    que no seja a automutilao. A medicao tambm importante, pois pode aliviar sintomas ansiosos e depressivos que

    colaboram para a manuteno da autoagresso.

    Edio n 114

    SUMRIO DA EDIO

    MATRIA DE CAPA

    REPORTAGENS

    CONSULTRIO

    EDIES ANTERIORES

    EXPEDIENTE

    FILOSOFIA

    LEITURAS DA HISTRIA

    PSIQUE

    SOCIOLOGIA

    AGENDA

    ARTIGOS

  • 24/07/2015 Portal Cincia & Vida - Filosofia, Histria, Psicologia e Sociologia - Editora Escala.

    http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/92/artigo316034-4.asp 2/4

    Indivduos que se automutilam usam desse

    comportamento como forma de aliviar uma dor

    emocional, visto que apresentam grandes

    dificuldades para expressar as suas emoes

    O uso de drogas, como um meio de lidar com confl itos, o fcil acesso a armas e o surgimento de

    transtornos mentais na adolescncia, principalmente os de humor e a esquizofrenia, podem ser um fator

    de risco para o suicdio entre jovens

    Luto patolgico

    Ocorre quando o indivduo enlutado no consegue se desligar do morto e passa a

    viver de recordaes. Esse tipo de comportamento pode ocorrer no processo de

    luto, entretanto torna-se patolgico medida que persiste por mais de seis

    meses. Tambm comum ocorrer de a pessoa que perdeu um ente querido

    falecer logo em seguida. Nesses casos, fica claro que o fator afetivo influi nessas

    mortes, e a m otivao inconsciente a d e encontrar o parceiro.

    difcil precisar o nmero de pessoas que se matam ou tentam se matar, visto que as estatsticas so obtidas atravs

    dos atestados de bito

    Em relao s causas genticas do risco de suicdio, h controvrsias. A questo

    da hereditariedade significativa nos transtornos mentais, ento um jovem que se

    mata pode cometer o suicdio porque herdou de seus pais uma doena mental. O

    fato de ter um indivduo com comportamento suicida na famlia no transmite isso

    aos seus por hereditariedade.

    Outro ponto importante so as questes sociais como problemas familiares,

    amorosos e financeiros que podem levar o indivduo a tentar se matar. Diariamente

    vemos nos jornais histrias de pessoas que colocaram fim em suas vidas aps

    uma decepo amorosa ou por ter perdido o emprego. Em muitos casos, a pobreza

    pode no ser uma causa direta, mas pode aumentar o risco de depresso e

    consequentemente levar ao suicdio.

    Para a psicologia, existem alguns comportamentos que indicam a inteno de se

    cometer um suicdio, como relatos de querer desaparecer ou de dormir para

    sempre, que devem se levados a srio. Ento, no correto dizer coisas do tipo

    quem quer se matar no avisa antes ou fulano quer somente aparecer..., frases

    comuns de serem ouvidas.

    O uso abusivo de lcool, associados histria familiar de alcoolismo ou aos

    problemas amorosos, pode potencializar a ideao suicida. Ter relao sexual sem

    usar preservativos, praticar esportes radicais, dirigir sem prudncia ou andar em

    locais perigosos tambm so comportamentos que sinalizam ideao suicida.

    Portanto, ficar atento aos sinais de alerta de ideao e fatores de risco so

    importantes medidas de interveno.

    Epidemiologia

    difcil precisar o nmero de

    pessoas que se matam ou

    tentam se matar, visto que as estatsticas so obtidas por meio dos

    atestados de bito. Nesse documento consta a causa da morte, entretanto

    sabemos que existem suicdios que so confundidos com acidentes ou

    situaes que o individuo provoca. No caso dos suicidas inconscientes,

    como o diabtico que negligencia o seu tratamento, recusando ou

    esquecendo-se de tomar os remdios, em seu atestado de bito no vai

    constar o suicdio como causa da morte.

    Para a Organizao Mundial de Sade (OMS), o suicdio um grave

    problema de sade pblica em todo mundo. a dcima maior causa de

    morte no mundo e a terceira maior na faixa entre os 15 e 35 anos. No

    Brasil, o Ministrio da Sade implantou, em 2005, a Estratgia Nacional de

    Preveno ao Suicdio com manual de orientao para os profissionais da

    sade mental.

    Controle aDiabetes

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  • 24/07/2015 Portal Cincia & Vida - Filosofia, Histria, Psicologia e Sociologia - Editora Escala.

    http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/92/artigo316034-4.asp 3/4

    A avaliao da OMS deixa nosso pas em 13 lugar entre os 100

    pases pesquisados com altas taxas de suicdio

    Os ndices de mortes violentas em nosso Pas, em destaque o suicdio,

    foram estudados pelo Instituto Sangari e divulgados os resultados em

    fevereiro de 2011. De acordo com essa pesquisa, o nmero de pessoas

    que tiraram a prpria vida passou de 6.985, em 1998, para 9.328, em 2008.

    Houve um aumento de 33,5%. Todavia, se comparados aos ndices de

    outros pases, a taxa de suicdio no Brasil baixa. A avaliao da OMS

    deixa nosso Pas em 13 lugar entre os 100 pases pesquisados. Contudo,

    o Mapa da Violncia apontou para altos ndices entre jovens brasileiros de

    15 a 24 anos em relao a outros pases.

    Mulheres que tentam

    A observao dos casos de suicdio no Brasil, em artigo publicado no Jornal

    Brasileiro de Psiquiatria, leva concluso de que as mulheres tentam se suicidar

    aprox. 4 vezes mais que os homens. Porm, pelo uso de mtodos letais mais

    eficazes (disparo de armas de fogo, enforcamento, dentre outros), os homens se

    matam, em mdia, aproximadamente, 3 vezes mais do que as mulheres. Estas,

    por razes psicolgicas a serem investigadas, empregam meios bem menos

    violentos e com grandes chances de falhar no suicdio, tais como remdios,

    venenos e cortes nos pulsos.

    Como forma de apontar o problema existem projetos como os realizados no Pronto Socorro

    do Hospital Ouro Verde (Campinas-SP), que capacitam as equipes de sade a lidar com as

    tentativas de suicdio e tambm estimular a pessoa que tentou se matar a continuar em

    tratamento psicolgico e psiquitrico. Isso um comeo, mas sabemos que o suicdio

    uma questo de alta complexidade, em que a pergunta principal para entender o porqu

    de o indivduo se matar.

    A morte por suicdio entre os adolescentes tem aumentado signifi cativamente na

    ltima dcada

    O psiclogo Nilson Berenchtein Netto, em seu livro Do Assdio Moral Morte de Si, fala da

    necessidade de focar os motivos de fundo em vez de simplesmente estancar os efeitos.

    Outro fator importante abordado pelo autor, que a poltica pblica nessa rea deve se

    preocupar com as condies que mantm nas pessoas o desejo de viver.

    REFERNCIAS

    NETTO, N. B. Suicdio: de quem o problema? Jornal Psi Publicao do Conselho Regional de Psicologia de SP (n. 170). Set/Out 2011.

    CASSORLA, R.M.S. O que suicdio. Coleo primeiros passos. So Paulo: Ed. Brasil iense, 1984 .

    FUENTES, D.; et al. Neuropsicologia teoria e prtica. So Paulo: 2008,. c.18, p.301-311.

  • 24/07/2015 Portal Cincia & Vida - Filosofia, Histria, Psicologia e Sociologia - Editora Escala.

    http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESPS/Edicoes/92/artigo316034-4.asp 4/4

    Renata Cassis psicloga graduada pela PUC, especialista em Neuropsicologia pela FMUSP-SP, psicloga Hospitalar da Beneficncia Portuguesa de So

    Paulo e membro do Centro de Estudos e Assistncia em Psicologia Hospitalar-CEAP, desde 2010.

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