2.5 macrozoneamento e zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total...

19
Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 148 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento O macrozoneamento do território consiste em um dos elementos normativos do Plano Diretor. Traduz-se na conformação de diversas parcelas de território destinadas funcionalmente e racionalmente a determinadas ocupações. É o zoneamento que expressa a qualificação do solo e a imposição dos usos lícitos, gerando não apenas direitos, mas também obrigações. Sua formulação compatibiliza as intenções do planejamento urbano e territorial com a realidade socioespacial encontrada. O macrozoneamento foi definido em dois níveis de detalhamento: o primeiro que descreve o uso principal do solo, a macrozona; e o segundo que consiste no detalhamento de cada macrozona, a zona. O primeiro nível de detalhamento identifica os espaços por sua vocação: ambiental, rural e urbana; e o segundo evidencia a qualificação desta vocação, estabelecendo as áreas mais restritivas e aquelas com melhores possibilidades para dinamização ou de uso futuro. Os desenhos das macrozonas e de suas respectivas zonas resultam da interseção de diferentes dimensões que se superpõem: a) Ecológica e ambiental referente aos aspectos do meio físico com suas potencialidades e fragilidades, que constituem o suporte do território, bem como aos aspectos referentes à legislação de proteção do meio ambiente. b) Cultural – relativa aos valores materiais e imateriais da sociedade, que constituem referências no território, e à legislação de preservação do patrimônio cultural. c) Social referente à distribuição da população no território, ao maior ou ao menor acesso a serviços, infra-estrutura e equipamentos, ao acesso à educação e saúde, e demais indicadores de processos de segregação espacial. d) Econômica – relativa à distribuição da renda e do trabalho no território, às características dos setores produtivos e ao perfil da mão de obra. e) Espacial – referente à ocupação e uso do solo atual e às tendências de ocupação. Na interseção destes elementos ficam evidentes pontos de conflito, justamente onde a realidade da ocupação contrasta com a capacidade de suporte do território ou com o marco legal. Nestes casos, que serão detalhados na descrição das zonas, as decisões sobre sua destinação como rural, urbana ou ambiental são orientadas de forma geral pelos princípios defendidos pelo PDOT, e em especial pelos seguintes quesitos: pela posição da comunidade evidenciada no processo participativo; pela irreversibilidade da situação; pelo interesse coletivo (isto é, por aspectos que beneficiam o coletivo em detrimento do individual); pela observância à legislação e aos zoneamentos ambientais em vigor, sem contudo deixar de destacar a necessidade de revisão desses últimos, em função do seu relativo grau de desconexão com a realidade instalada, em particular no caso das unidades de conservação de uso sustentável. Ressalta-se, assim, a vocação das macrozonas e zonas como a definição da ambiência do território. Isso não significa, porém, que usos diferentes aos definidos não possam ocorrer nessas porções do território. Espaços com características rurais podem remanescer na macrozona urbana, assim como parcelamentos com características urbanas podem surgir pontualmente no meio rural. Entretanto, a ambiência onde estes enclaves rurais ou urbanos estão fixados define-se pela forma de ocupação predominante, que pode ser atual ou de previsão futura. Para tais casos excepcionais, o PDOT prevê dispositivos específicos para seu tratamento: os parcelamentos urbanos desconformes, a previsão de contratos específicos que garantem a manutenção de imóveis rurais em áreas urbanas, as áreas de interesse ambiental e as áreas de proteção de mananciais. Predomina na configuração das macrozonas e de suas zonas o valor positivo atribuído à continuidade dos espaços. Em termos urbanos, a continuidade é um valor positivo por

Upload: others

Post on 17-Jun-2020

6 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 148

2.5 Macrozoneamento e Zoneamento

O macrozoneamento do territórioconsiste em um dos elementos normativos doPlano Diretor. Traduz-se na conformação dediversas parcelas de território destinadasfuncionalmente e racionalmente a determinadasocupações. É o zoneamento que expressa aqualificação do solo e a imposição dos usos lícitos,gerando não apenas direitos, mas tambémobrigações. Sua formulação compatibiliza asintenções do planejamento urbano e territorial coma realidade socioespacial encontrada.

O macrozoneamento foi definido em doisníveis de detalhamento: o primeiro que descreve ouso principal do solo, a macrozona; e o segundoque consiste no detalhamento de cada macrozona,a zona. O primeiro nível de detalhamento identificaos espaços por sua vocação: ambiental, rural eurbana; e o segundo evidencia a qualificação destavocação, estabelecendo as áreas mais restritivas eaquelas com melhores possibilidades paradinamização ou de uso futuro.

Os desenhos das macrozonas e de suasrespectivas zonas resultam da interseção dediferentes dimensões que se superpõem:

a) Ecológica e ambiental – referente aosaspectos do meio físico com suaspotencialidades e fragilidades, que constituemo suporte do território, bem como aos aspectosreferentes à legislação de proteção do meioambiente.

b) Cultural – relativa aos valores materiais eimateriais da sociedade, que constituemreferências no território, e à legislação depreservação do patrimônio cultural.

c) Social – referente à distribuição dapopulação no território, ao maior ou aomenor acesso a serviços, infra-estrutura eequipamentos, ao acesso à educação esaúde, e demais indicadores de processosde segregação espacial.

d) Econômica – relativa à distribuição da rendae do trabalho no território, às característicasdos setores produtivos e ao perfil da mão deobra.

e) Espacial – referente à ocupação e uso dosolo atual e às tendências de ocupação.

Na interseção destes elementos ficamevidentes pontos de conflito, justamente onde arealidade da ocupação contrasta com acapacidade de suporte do território ou com omarco legal. Nestes casos, que serão detalhadosna descrição das zonas, as decisões sobre suadestinação como rural, urbana ou ambiental sãoorientadas de forma geral pelos princípiosdefendidos pelo PDOT, e em especial pelosseguintes quesitos:

• pela posição da comunidade evidenciada noprocesso participativo;

• pela irreversibilidade da situação;

• pelo interesse coletivo (isto é, por aspectosque beneficiam o coletivo em detrimento doindividual);

• pela observância à legislação e aoszoneamentos ambientais em vigor, sem contudodeixar de destacar a necessidade de revisãodesses últimos, em função do seu relativo grau dedesconexão com a realidade instalada, emparticular no caso das unidades de conservação deuso sustentável.

Ressalta-se, assim, a vocação dasmacrozonas e zonas como a definição daambiência do território. Isso não significa, porém,que usos diferentes aos definidos não possamocorrer nessas porções do território. Espaços comcaracterísticas rurais podem remanescer namacrozona urbana, assim como parcelamentoscom características urbanas podem surgirpontualmente no meio rural. Entretanto, aambiência onde estes enclaves rurais ou urbanosestão fixados define-se pela forma de ocupaçãopredominante, que pode ser atual ou de previsãofutura. Para tais casos excepcionais, o PDOT prevêdispositivos específicos para seu tratamento: osparcelamentos urbanos desconformes, a previsãode contratos específicos que garantem amanutenção de imóveis rurais em áreas urbanas,as áreas de interesse ambiental e as áreas deproteção de mananciais.

Predomina na configuração dasmacrozonas e de suas zonas o valor positivoatribuído à continuidade dos espaços. Em termosurbanos, a continuidade é um valor positivo por

Page 2: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 149

permitir a implantação de infra-estrutura e desistemas de transporte a menores custos, porpermitir a ocupação racional do solo e porpossibilitar a articulação e integração urbanasausentes nos espaços fragmentados ou dispersos.Em termos ambientais, continuidade significa aintegridade de ecossistemas representativos dafauna e flora do bioma Cerrado, preservados emáreas extensas e contínuas. No meio rural, acontinuidade dos espaços é a garantia dapermanência da atividade produtiva, uma vez queos custos de manutenção do uso agrosilvopastoril,em meio a áreas urbanas, de forma fragmentada,tornam-se bastante elevados, e acabam por cedera pressões para a ocupação urbana.

Nessa perspectiva, foram definidas aMacrozona Urbana, a Macrozona Rural e aMacrozona de Proteção Integral.

2.5.1 Macrozona Urbana

Na Macrozona Urbana identificam-se osespaços destinados às atividades de finalidadeurbana, predominantemente dos setoressecundário e terciário. São espaços servidos deinfra-estrutura e cujo contexto socioeconômico esua ambiência evidenciam tanto uso, comovocação urbanos.

No entanto, não se exclui a presença, oumesmo a permanência, de atividades do setorprimário, que correspondem a áreas que mantêmconexão com a dinâmica rural mesmo queinseridas no contexto urbano presente ou futuro.

A Macrozona Urbana corresponde a 18,62% daárea total do território do Distrito Federal eencontra-se subdividida nas seguintes zonas:

a) Zona Urbana do Conjunto Tombado

A Zona Urbana do Conjunto Tombadocorresponde à poligonal da área tombada emâmbito federal e na esfera distrital. Compreende

o Plano Piloto de Brasília, a Vila Planalto, oCruzeiro, o Setor Octogonal, o Setor Sudoeste e aCandangolândia, acrescida do Lago Paranoá.

Considerando o especial interessehistórico, cultural, urbanístico, paisagístico eambiental dessa área urbana central de Brasília, aocupação desta zona deve respeitar as restrições

FIGURA 49 – ZONA URBANA DO CONJUNTO TOMBADO

Page 3: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 150

estabelecidas para preservação do ConjuntoUrbanístico Tombado como Patrimônio Nacional ereconhecido pela UNESCO como PatrimônioCultural da Humanidade.

Por tratar-se do centro político,econômico, social e cultural do Distrito Federal ecentro político nacional, esta zona urbanacentraliza as atividades administrativas, grandeparte das atividades de prestação de serviços e osequipamentos de alcance regional. Está, assim,sujeita à demanda intensa por novos espaços parao desenvolvimento de atividades e por infra-estrutura urbana, especialmente de transporte.

O conjunto tombado, apesar de jáconsolidado com a implantação quase total doselementos estruturais de sua morfologia urbana,ainda apresenta áreas não ocupadas, setores aserem implantados e núcleos urbanos comproblemas a serem equacionados. A ocupação euso do solo devem orientar-se por valores culturaise ambientais, pelo planejamento prévio da infra-estrutura de saneamento ambiental, com vistas àestruturação e otimização da ocupação, econsiderando a capacidade de suporte da bacia doLago Paranoá e a legislação de preservação dopatrimônio cultural e ambiental.

Além do instituto específico dotombamento e dos demais institutoscorrelacionados ao uso e à ocupação do soloprevistos para dar execução à política urbana, oPDOT, na definição de uma zona específica queabrange toda a poligonal submetida aotombamento, busca reforçar os preceitos legais

para a preservação das quatro escalasestruturadoras da concepção urbanística dacidade - monumental, residencial, gregária ebucólica -, e da ambiência da cidade. Nessesentido, busca-se a compatibilização dosinteresses públicos de proteção do patrimôniocultural e de desenvolvimento urbano.

A fim de promover as condiçõesbásicas para a conservação e desenvolvimentodo Conjunto Urbanístico Tombado, o PDOTestabelece como a necessidade de elaboraçãodo Plano do Conjunto Urbanístico Tombado deBrasília, como o instrumento de gestão da área.

As diretrizes para a Zona Urbana doConjunto Tombado incluem, ainda, aconsolidação da vocação de cultura, lazer eturismo do Lago Paranoá, mediante a criação epromoção de espaços adequados para ocumprimento de suas funções, reconhecendoeste elemento no contexto da preservação dobem tombado.

A manutenção dos valores culturaisrelativos ao conjunto urbanístico de Brasíliapassa também por medidas e proposições queextrapolam esta zona e que estão voltadas parauma melhor distribuição de atividades e serviçosno território, com o fortalecimento de novascentralidades, que podem contribuir para adiminuição da pressão sobre a área central.

b) Zona Urbana de Uso Controlado I

A Zona Urbana de Uso Controlado I éconstituída pelo Lago Norte, o Varjão, o Lago

Sul, a Agrovila de Vargem Bonita, as Quadras 06 a29 do Setor de Mansões Park Way, o SetorHabitacional Taquari, o setor de Mansões DomBosco e o núcleo urbano do Paranoá.

Está inserida na bacia do Lago Paranoáe configura um sistema ambiental-paisagísticocomposto por unidades de conservação e porespaços livres públicos e privados, que envolvem oconjunto urbano tombado. A zona alcança grandesextensões de linha de cumeada, que constituem asprincipais visuais do Plano Piloto, compondo oenvoltório da paisagem do Conjunto UrbanoTombado, garantindo sua ambiência ecompreensão.

Do ponto de vista ambiental, é uma zonasensível especialmente no que tange os recursoshídricos. Sendo bem drenada por pequenoscórregos que desembocam no Lago Paranoá, suaocupação tem reflexo direto no Lago: tanto naqualidade de suas águas, como na manutenção deseu espelho. Os atributos naturais desta Zonamotivaram a constituição de unidades deconservação, algumas inclusive sobrepostas: Áreade Relevante Interesse Ecológico do RiachoFundo; Área de Proteção Ambiental do PlanaltoCentral; Área de Proteção Ambiental do Paranoá,onde se localizam as Áreas de Relevante InteresseEcológico do Paranoá, Dom Bosco, do Bosque edo Torto; e Área de Proteção Ambiental do Gama eCabeça-de-Veado, onde se localizam as Áreas deRelevante Interesse Ecológico do Cerradão e daZona de Vida Silvestre da APA.

Page 4: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 151

A conformação desta zona se justifica,especialmente, pela presença desses elementosque compõem as dimensões cultural e ambientaldo território, as quais devem orientar a ocupação eo uso do solo, de acordo com as condiçõespróprias da capacidade de suporte e com alegislação de preservação do patrimônio cultural eambiental, tais como zoneamento, planos demanejo das unidades de conservação e o institutodo tombamento.

O quadro atual de ocupação na ZonaUrbana de Uso Controlado I denota o usopredominante habitacional com baixa densidade,que favorece a manutenção de áreas verdes. Há,no entanto, alguns enclaves de maior densidade,como a Vila Varjão, o Paranoá e a Agrovila daVargem Bonita. O perfil socioeconômico dapopulação se distingue da seguinte forma: nasáreas menos densas a população é de média-alta ealta renda; e nas áreas de maior densidade apopulação é de média para baixa renda.

Nesta zona, a ocupação urbana não estáplenamente consolidada. Ainda existem áreas emprocesso de ocupação: o projeto de expansão doParanoá – em licenciamento; o Setor Taquari –área indicada para urbanização no documentoBrasília Revisitada, do Arquiteto Lúcio Costa; e aimplantação de condomínios nos lotes do Park Waye Dom Bosco.

No Lago Norte, nas áreas situadas aolongo de córregos, caracterizadas no PDOT/1997como Rural Remanescente, verifica-se tendênciaao parcelamento irregular do solo. Algumas

propriedades, no entanto, mantêm suascaracterísticas rurais, e poderão ver garantidasua condição com a celebração de contratoespecífico com a Secretaria de Estado deAgricultura, Pecuária e Abastecimento.

A manutenção da qualidade ambientalda região e do lago exige a proteção das áreas

de preservação permanente, bem como deremanescentes do cerrado, a exemplo de extensaárea da Aeronáutica. Esta área limítrofe à EstaçãoEcológica do Jardim Botânico pode passar a serconsiderada como Macrozona de Proteção Integral,mediante a constituição de uma unidade deconservação pelos órgãos competentes.

FIGURA 50 – ZONA URBANA DE USO CONTROLADO I

Page 5: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 152

Diante desse contexto, são diretrizesespecíficas para a Zona Urbana de Uso ControladoI manter o uso habitacional de baixa densidade;proteger os atributos naturais; implementarmedidas de controle ambiental para proteção dasunidades de conservação; promover a valorizaçãodos atributos urbanísticos e paisagísticos da zona;e respeitar a capacidade de suporte do lagoParanoá, exigindo o planejamento prévio da infra-estrutura de saneamento ambiental.

c) Zona Urbana de Uso Controlado II

A Zona Urbana de Uso Controlado II éconstituída pelo núcleo urbano de Brazlândia, peloCondomínio Privê Lucena Roriz, por parte donúcleo urbano de Ceilândia, pelo núcleo urbano deSão Sebastião, por parte do núcleo urbano dePlanaltina, pela Fercal, pelas áreas urbanassituadas no entorno do Parque Nacional deBrasília, pelo entorno da Reserva Biológica daContagem (região do Colorado), por trecho situadoao longo da DF-001 que contorna a ReservaEcológica do IBGE e Estação Ecológica da UnB,pelos assentamentos informais situados na Área deProteção Ambiental da Bacia do Rio SãoBartolomeu e pela Área de Relevante InteresseEcológico JK, e pelas demais áreas urbanas dointerior de Áreas de Proteção de Manancial.

Essa zona reúne áreas de significativasensibilidade ambiental, que exigem ocupação euso urbano disciplinado no sentido de proteger osatributos naturais, especialmente os solos e osrecursos hídricos, superficiais e subterrâneos.

Incluem-se nessa zona as áreasurbanas inseridas nas APAs do Descoberto, doSão Bartolomeu, do Cafuringa e do PlanaltoCentral, além da ARIE JK, cujo uso do solo edesenvolvimento de atividades é disciplinadotambém pelos respectivos zoneamentosambientais legalmente instituídos. A necessidadede estabelecer condições para o planejamento egestão do território, competência do PDOT, exigea convergência entre o zoneamento urbanísticodo Plano Diretor e os zoneamentos ambientais,particularmente, nos casos das APAs dos riosDescoberto e São Bartolomeu. Esta aproximaçãosignifica, reconhecer as dinâmicas urbanas,populacionais e ambientais lá estabelecidas, nadefinição de parâmetros de uso e ocupação dosolo adequados ao meio ambiente destasunidades de conservação, e ao uso detecnologias adequadas ou adaptadas visandosua conservação e a adoção de medidas querevertam ou minimizem danos ambientais jáinstalados. Por outro lado, as áreas destinadasao uso urbano não são, necessariamente,ocupadas na medida em que forem observadasas restrições físicas e ambientais que incidemsobre elas. Neste sentido, embora o PDOT tenhaconstituído manchas urbanas contínuas paraesta zona, algumas áreas incluídas não serãopassíveis de ocupação.

Particularmente nas APAs doDescoberto e do São Bartolomeu, unidades deconservação de uso sustentável, evidenciam-seconflitos de ocupação decorrentes da presençade assentamentos informais, implantados em

áreas onde a ocupação urbana não é permitidapelos respectivos zoneamentos ambientais. Nestasituação estão o Condomínio Privê Lucena Roriz ea Vila São José na APA do Descoberto, além deinúmeros condomínios em São Sebastião, nasproximidades do Paranoá e no entorno dePlanaltina, localizados na APA do São Bartolomeu.

Para tais casos, a delimitação da zonaconsiderou a situação de fato – a cidade real – e acondição de irreversibilidade dos parcelamentos, oque possibilita a configuração de espaçoscontínuos, conectados com a malha urbanaexistente, em vez de peças urbanas fragmentadase autônomas. A legalização dos parcelamentossituados no interior da zona deve cumprir todas asexigências da legislação em vigor, o que podeimplicar inclusive a desconstituição de alguns delespor motivos ambientais. Sob o ponto de vista doplanejamento e da gestão territorial, a qualificaçãoda área como urbana permitirá o controle maisefetivo do seu uso e ocupação.

As demais áreas como, a Área deRelevante Interesse Ecológico – ARIE JK; oentorno imediato de unidades de conservação deproteção integral – Parque Nacional de Brasília,Reserva Biológica da Contagem (região doColorado) –; e o trecho situado ao longo da DF-001, que contorna a Reserva Ecológica do IBGE eEstação Ecológica da UnB foram incluídas nessazona para valorização de seus atributosambientais. Os parâmetros de ocupação destasáreas devem ser compatíveis com a manutençãoda integridade ecológica dos seus ecossistemas.

Page 6: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 153

A região da Fercal, apesar de apenasem parte estar inserida na APA do Cafuringa, cujozoneamento ambiental prevê sua ocupação, foitotalmente incluída na zona dados os impactos daatividade industrial desenvolvida em sua área.

As áreas urbanas inseridas em Áreas deProteção de Manancial – APMs – também foramincluídas nesta zona, a fim de ressaltar suacondição especial quanto ao uso e ocupação,tendo em vista a proteção dos recursos hídricosdestinados ao abastecimentos público. No entanto,as diretrizes para estas áreas são aquelasespecíficas definidas para as APMs.

As densidades de ocupação da zonavariam de alta densidade, em enclaves como onúcleo urbano de São Sebastião, Itapuã,condomínios de Planaltina, Fercal, Vila Estrutural,Condomínio Privê Lucena Roriz e Vila São José,cujo perfil socioeconômico da população é de baixarenda; a média e baixa densidade nas demaisáreas e condomínios da APA de São Bartolomeu,com perfil socioeconômico da população de médiaa alta renda.

O uso predominante em toda a zona é ohabitacional, destacando-se, no entanto, áreasdestinadas a atividades econômicas, como oParque Capital Digital, Parque Ferroviário, o SOFNorte e as indústrias da região da Fercal.

A Zona Urbana de Uso Controlado II, noordenamento territorial, visa compatibilizar o usourbano com a conservação dos recursos naturais,promover a recuperação ambiental e a proteção

dos recursos hídricos. Tal objetivo se traduz emdiretrizes específicas de planejamento territorial,tais como: reforçar o uso habitacional de baixa emédia densidades populacional; proteger osatributos naturais; estabelecer medidas decontrole ambiental para proteção das unidadesde conservação, e, especialmente, do entorno

das unidades de proteção integral; regularizar osassentamentos informais com recuperação dedanos ambientais causados pelo processo deurbanização; e planejar a infra-estrutura desaneamento ambiental previamente à ocupaçãourbana, respeitando a capacidade de suporte doscorpos hídricos receptores dos efluentes.

FIGURA 51 - ZONA DE USO CONTROLADO II

Page 7: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 154

Além disso, para controle de doenças deveiculação por fatores ambientais, que conformelevantamentos da Diretoria de Vigilância Ambientalem Saúde acerca da hantavirose e leishmaniose noDistrito Federal, mostram alta incidência de casosna bacia do rio São Bartolomeu, especialmente naregião de São Sebastião e de Planaltina, devemser estabelecidas medidas de controle e depromoção da salubridade ambiental.

d) Zona Urbana Consolidada

A Zona Urbana Consolidadacompreende os núcleos urbanos implantados ouem processo de implantação, servidos de infra-estrutura urbana e equipamentos comunitários,com média e baixa densidade populacional, ealguns enclaves de alta densidade, cuja ocupaçãourbana deve ser consolidada.

Integram esta zona as seguinteslocalidades: Sobradinho, Planaltina, Santa Maria(incluindo o Pólo JK), Gama, Recanto das Emas,Riacho Fundo I e II, Guará, SIA, SCIA, NúcleoBandeirante, Taguatinga, Águas Claras, Ceilândiae Samambaia.

Esta zona engloba localidadesintegrantes da Zona Urbana de Dinamização eZona Urbana de Consolidação do PDOT/1997, dasquais foram destacadas apenas aquelas que nãoapresentam sobreposição com áreas definidascomo de Proteção de Manancial e de InteresseAmbiental.

Nesta Zona se deseja fomentar odesenvolvimento urbano com a melhoria da infra-estrutura e dos equipamentos públicosexistentes, além de seu aproveitamento para alocalização de pólos e eixos de dinamização, aexemplo das áreas lindeiras ao metrô, naCeilândia, ao longo do Pistão Sul, emTaguatinga, e da via EPIA.

Estão situadas nesta zona as subcentralidades daregião de Taguatinga, Ceilândia e Samambaia, doSIA , do Gama e de Sobradinho, onde se deseja odesenvolvimento das potencialidades locais,incrementando a dinâmica interna e melhorandosua acessibilidade e interação com as localidadesvizinhas.

FIGURA 52 - ZONA URBANA CONSOLIDADA

Page 8: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 155

Nas áreas inseridas na bacia do LagoParanoá deve-se realizar o planejamento prévio dainfra-estrutura de saneamento básico, para oadensamento ou ocupação, tendo em vista orespeito à capacidade de suporte desta bacia.

Nas localidades de Sobradinho ePlanaltina, em função de suas limitações quanto aoabastecimento de água e esgotamento sanitário,devem ser observadas as soluções a seremadotadas pela Companhia de SaneamentoAmbiental do Distrito Federal – CAESB, tais comoas soluções de esgotamento sanitário adotadaspara a região, a futura utilização de Corumbá IVcomo manancial para abastecimento público e aefetivação da captação a fio d´água no rio SãoBartolomeu, em substituição aos antigosbarramentos propostos.

e) Zona Urbana de Qualificação e Expansão

A Zona Urbana de Qualificação eExpansão é constituída pelas regiões das ColôniasAgrícolas Vicente Pires, Arniqueira, VeredaGrande, Vereda da Cruz e Águas Claras; peloentorno de Sobradinho; pelas bordas de Ceilândia;pelo Setor Habitacional Água Quente; por áreas aolongo da DF-280 (trecho entre Samambaia e ÁguaQuente), da DF-001(trecho entre Recanto dasEmas e Santa Maria), da BR-040 (trecho próximo àSanta Maria) e da DF-140.

Esta zona reúne algumas áreasdestinadas no PDOT/1997 para o uso rural, quesofreram processo de ocupação urbana mediante aimplantação de assentamentos informais.

Enquadram-se nesta situação o entorno deSobradinho; as bordas de Ceilândia; o SetorHabitacional Água Quente e as ColôniasAgrícolas Vicente Pires, Arniqueira, VeredaGrande, Vereda da Cruz e Águas Claras,consideradas pelo PDOT/1997 como Áreas

Rurais Remanescentes. Tais áreas têmreconhecida a sua destinação urbana e aconseqüente necessidade de qualificação de seusespaços para cumprimento das funções sociais dacidade e da propriedade urbana.

FIGURA 53 - ZONA URBANA DE EXPANSÃO E QUALIFICAÇÃO

Page 9: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 156

Agregam-se, também, à Zona Urbana deQualificação e Expansão espaços destinados àurbanização futura. São áreas vocacionadas paraocupação urbana por possuírem relação direta comnúcleos já implantados ou por estarem situadas aolongo de corredores de transporte ou de eixosconexão entre núcleos urbanos. Atendem a estesrequisitos as áreas ao longo da DF-280, DF-001,BR-040, DF-290 e DF-140 e a área próxima aonúcleo urbano do Gama. A característica maisrepresentativa destas áreas consiste na suaqualidade de espaço de estruturação e articulaçãodo tecido urbano, especialmente com os núcleosurbanos existentes. A identificação destas áreasantecipa a tendência de ocupação, evitandosituações de ilegalidade ou irregularidade, e otimizaa infra-estrutura de transporte implantada.

O perfil da população e da densidade deocupação da zona é bastante diversificado eguarda estreita relação: em Vicente Pires,observam-se densidades populacionais médias eum perfil socioeconômico de média renda; nasbordas de Ceilândia, onde a densidade deocupação é maior, o perfil socioeconômico dapopulação é de baixa renda. Nas demaislocalidades o padrão se repete.

A Zona Urbana de Qualificação eExpansão objetiva o adequado aproveitamento dosolo com vocação urbana. As diretrizes específicasde planejamento territorial para esta zona setraduzem em: estruturar e articular o tecido urbanode forma a integrar e conectar as localidadesexistentes; reforçar a aplicação de instrumentos de

política urbana adequados para qualificar edisciplinar a ocupação, e promover aregularização fundiária; reverter danosambientais e recuperar áreas degradadas;respeitar a capacidade de suporte dos corposhídricos receptores dos efluentes, planejar ainfra-estrutura de saneamento ambiental.

f) Zona de Contenção Urbana

A Zona de Contenção Urbana écomposta por áreas situadas nos limites entre asmacrozonas urbana e rural, sujeitas à pressãourbana. As ações e diretrizes definidas para elabuscam estabelecer um gradiente decrescentepara a ocupação urbana, criando uma zona de

FIGURA 54 - ZONA DE CONTENÇÃO URBANA

Page 10: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 157

amortecimento entre o uso urbano maisintenso e a zona rural. Terá, também, importantepapel na contenção da ocupação urbana de áreasambientalmente sensíveis. O principal objetivodesta zona é, então, conter a pressão excessiva doadensamento urbano sobre a zona rural e áreasambientalmente protegidas, assegurando apreservação e manutenção de suas característicasnaturais. Para atingir este propósito, nesta zona,serão aplicados parâmetros urbanísticos maisrestritivos a fim de disciplinar a ocupação daquelasde glebas rurais já reparceladas, em desacordocom a legislação vigente, e propiciar a ocupaçãoracional do solo e, conseqüentemente, deter oavanço urbano desordenado sobre as áreas rurais.

Integram a Zona de Contenção Urbanaparte da borda da Ceilândia, incluindo parte doSetor de Regularização Sol Nascente; a região docórrego Ponte de Terra, próximo ao núcleo urbanodo Gama, em volta da Área de Proteção deManancial Ponte de Terra; uma faixa de terrasituada nas proximidades da DF-140, entre a ZonaUrbana de Expansão e Qualificação e a Zona Ruralde Uso Controlado; e parte do Setor HabitacionalEstrada do Sol. Ressalta-se que esta Zonaincorpora áreas públicas e privadas, o que tornaainda mais complexo o processo de contenção daocupação.

Apesar do objetivo comum, as áreas queintegram a Zona de Contenção Urbana apresentamdiferentes características. A região das bordas da

Ceilândia constitui, pelas característicasgeológicas do terreno, uma área de risco, comocupação irregular, predominantemente de baixarenda, com uso do solo mais intenso, sendocaracterizada, parte dela, como Área deRegularização de Interesse Social. É, assim,desejável a definição de uma barreira àexpansão urbana – a qual já vem ocorrendo emdireção às áreas rurais –, formada por umaocupação de menor densidade, conformeparâmetros definidos, que possibilite adistribuição mais racional das habitações noespaço urbano em formação.

Na região situada em volta do córregoPonte de Terra observa-se que a urbanizaçãoocorrida no interior da APM, esta, em parteinstituída como área de regularização, tem seexpandido para fora dela, por meio dofracionamento de glebas rurais em áreasinferiores a dois hectares, pressionado aindamais o manancial utilizado para abastecimentopúblico de água. Para deter o adensamento quese vislumbra naquela região é necessárioestabelecer um tamponamento por meio deparâmetros de ocupação mais restritivos emenos danosos ao meio ambiente.

A inclusão da faixa de terra próxima àDF-140, na Região Administrativa de SãoSebastião, por sua vez, tem por finalidadedeterminar um limite menos denso eestabelecendo uma gradação quanto àintensidade do uso do solo urbano em relação ao

rural. Foco de interesse para o parcelamentourbano futuro – quando não de áreas irregulares jáimplantadas –, este gradiente se estabelecerácomo transição entre as zonas urbana e rural.

O Setor Habitacional Estrada do Sol,constituído por quatro áreas de regularizaçãoespecífica, terá parte dele nesta zona com afinalidade de proteger a região de vales que delefazem parte.

Page 11: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 158

2.5.2 Macrozona Rural

A Macrozona Rural, reconhecida suamultifuncionalidade, refere-se aos espaçosdestinados às atividades de finalidade rural,predominantemente do setor primário. Odesenvolvimento das atividades rurais com averticalização e a diversificação da produção, aintegração com o turismo, a presença deagroindústrias, o uso de novas tecnologias e detecnologias alternativas, agregam à dinâmica ruralatividades próprias dos setores secundário eterciário.

O macrozoneamento, aparado por taisconstatações, orienta suas diretrizes para adiversificação e pluralidade da ocupação do solorural, tanto dos sistemas de produção, quanto dasatividades rurais não-agrícolas. A recuperação econsolidação da capacidade produtiva dos espaçosrurais são essenciais a sua manutenção eprevinem a ocupação irregular do solo e oparcelamento de glebas rurais com finalidadeurbana.

A Macrozona Rural corresponde a70,34% da área total do DF. Tendo como critério osdiferentes agro-ecossistemas, constituídosbasicamente pelas bacias hidrográficas, estamacrozona foi subdividida nas seguintes zonas:

a) Zona Rural de Uso Diversificado

A Zona Rural de Uso Diversificado éconstituída pelas áreas rurais inseridas em suamaior parte na bacia do Rio Preto, e na bacia do

Rio São Marcos. São terras planas quefavorecem a larga produção de grãos comutilização de mecanização e de irrigação. Aprodutividade na região insere o Distrito Federalno contexto do agronegócio da Região Centro-Oeste.

Nesta zona a atividade rural está consolidada,dispondo de uma matriz produtiva que responde àcompetitividade do agronegócio, comespecialização de produto, adoção de tecnologiasde ponta e produção em larga escala. Integrando adinâmica desses espaços rurais estão associadasoutras atividades não-agrícolas de suporte,

FIGURA 55 - ZONA RURAL DE USO DIVERSIFICADO

Page 12: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 159

incluindo em alguns casos pequenosnúcleos reconhecidos como agrovilas, a exemplodos núcleos São José, Jardim, Carirú, Capão Secoe Lamarão.

A conformação desta zona segue asrodovias construídas nas proximidades do divisordas bacias dos rios Preto e São Marcos com abacia do rio São Bartolomeu - DF-130, DF-250, DF-110. Tal delimitação estabelece limites de fácilassimilação que correspondem, quase natotalidade, às duas bacias mencionadas.

A Zona Rural de Uso Diversificadoobjetiva reforçar a vocação rural da região,incentivando usos intensivos e a verticalização daprodução. Para que tal objetivo seja alcançado,dentro de parâmetros que observem a manutençãoda qualidade ambiental dos agro-ecossistemas,foram estabelecidas as seguintes diretrizesespecíficas de planejamento territorial: consolidar ouso rural produtivo por meio da diversificação desistemas de produção, que inclui agroindústrias eturismo rural; respeitar a capacidade de suportedos corpos hídricos na captação e no lançamentode efluentes; adotar medidas de controle ambiental,de conservação de solo e de estradas; e estimulara adoção de novas tecnologias de irrigação emsubstituição ao uso de pivôs centrais.

b) Zona Rural de Uso Controlado

A Zona Rural de Uso Controlado éconstituída pelas áreas rurais inseridas nas baciasdo rio São Bartolomeu, rio Maranhão, rioDescoberto, rios Alagado e Santa Maria e lago

Paranoá. Foram reunidos agro-ecossistemasdistintos, relacionados a unidades territoriais quecorrespondem às citadas bacias hidrográficas,onde ocorrem declividades acentuadas, bordasde chapada, solos rasos, presença demananciais destinados ao abastecimentopúblico, e outras situações de fragilidadeambiental.

As diferentes áreas rurais que compõem esta zonatêm em comum a necessidade de maior controledo uso e ocupação do solo, devido às restriçõesdecorrentes de sua sensibilidade ambiental e danecessidade de proteção dos mananciaisdestinados ao abastecimento de água dapopulação.

FIGURA 56 - ZONA RURAL DE USO CONTROLADO

Page 13: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 160

A atividade rural desta zona envolvedesde culturas e criação de subsistência, atéatividades de pesquisa avançada e o turismo rural.No entanto, a consolidação do uso rural produtivodeve considerar os aspectos da sustentabilidadeambiental, para assegurar a manutenção dadiversidade dos agro-ecossistemas, comvalorização de atividades agro-ecológicas,orgânicas e agroflorestais.

A ausência de atividades ruraisprodutivas em propriedades que não reúnem ascondições necessárias para sua inserção nomercado (dificuldade de acesso à água, solosinadequados, dimensão incompatível, dificuldadede acesso à tecnologia apropriada, etc.), e mesmoa proximidade com núcleos urbanos e maioracessibilidade ao sistema de transporte, tornamalguns destes espaços rurais mais susceptíveis àspressões para a ocupação urbana, muitas vezespromovida de forma irregular.

Na delimitação da Zona Rural de UsoControlado foram identificadas as principais baciashidrográficas, distinguindo, entre elas, as queapresentam características físicas e produtivaspróprias ou comuns entre si, a serem observadasno planejamento territorial, na forma que se segue:

a) Zona Rural de Uso Controlado I – compreendepredominantemente à bacia do rio SãoBartolomeu;

b) Zona Rural de Uso Controlado II –compreende predominantemente a bacia do rio

Maranhão e parte da Chapada da Contagemna bacia do lago Paranoá;

c) Zona Rural de Uso Controlado III –compreende predominantemente a bacia doalto rio Descoberto;

d) Zona Rural de Uso Controlado IV –compreende predominantemente as baciasdo baixo rio Descoberto e dos rios Alagado eSanta Maria; e

e) Zona Rural de Uso Controlado V –compreende predominantemente a bacia dolago Paranoá.

Com essas delimitações por baciashidrográficas, as diretrizes de planejamentoterritorial podem alcançar as especificidades dosagro-ecossitemas, tendo como ponto de partidao objetivo comum de compatibilizar o uso eocupação do território com a conservação dosrecursos naturais, a recuperação ambiental, aproteção dos recursos hídricos e a valorizaçãodos atributos naturais.

As diretrizes que se aplicam a toda azona indistintamente incluem a recuperação dacapacidade produtiva, com incentivo àsatividades agro-ecológicas, de agriculturaorgânica, agroflorestais e de turismo rural; arevitalização das dinâmicas locais de produção ecultura popular, o controle ambiental e o respeitoao zoneamento e/ou planos de manejo dasunidades de conservação.

Para a Zona Rural de Uso Controlado I,tendo em vista a forte pressão para ocupaçãourbana ao longo da chapada, devem ser adotadasmedidas de monitoramento e controle do uso eocupação do solo, a fim de coibir o parcelamentoirregular de glebas rurais para fins urbanos.

Na Zona Rural de Uso Controlado II,onde as características geomorfológicascontribuem para a formação de locais de grandebeleza cênica, com atributos naturais de fortepotencial para atividades de lazer, esportes deaventura e ecoturismo, devem ser incentivadosempreendimentos de lazer ecológico.

A Zona Rural de Uso Controlado IIIcorresponde à bacia a montante do lago doDescoberto, manancial responsável por cerca de60% do abastecimento de água no Distrito Federal.O PDOT/2007 traduz esta condição especial nasdiretrizes para a Zona, que incluem restrições aouso e à ocupação compatíveis com a manutençãoda qualidade e quantidade das águas destinadasao abastecimento público.

Na Zona Rural de Uso Controlado IV,que compreende bordas de chapada e encostas,áreas de declividade mais acentuada e solos rasos,a consolidação das atividades rurais e o controlede processos erosivos, mediante a proteção dasbordas de chapada e encostas com florestamentoe recomposição da vegetação nativa, devem serincentivados.

Os fragmentos de espaços rurais nabacia do lago Paranoá, identificados como Zona

Page 14: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 161

Rural de Uso Controlado V, são valorizados pelopapel que desempenham na manutenção dascondições ecológicas da bacia, sendo nelesincentivadas a preservação e a conservação dasáreas remanescentes de vegetação nativa.

2.5.3 Macrozona de Proteção Integral

A Macrozona de Proteção Integralcompreende os grandes espaços legalmenteprotegidos do Distrito Federal, destinados àpreservação da natureza, onde é admitido, apenas,uso indireto dos recursos naturais. Nela éincorporado o conceito de proteção integralintroduzido pela Lei Federal 9.985/2000, queinstituiu o Sistema Nacional de Unidades deConservação – SNUC, onde a Unidade deConservação de Proteção Integral constitui umgrupo composto das seguintes categorias: EstaçãoEcológica, Reserva Biológica, Parque Nacional,Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre.

Assim, nessa macrozona, os espaçosque a integram têm sua finalidade ambientaldefinida por lei específica, não sendo nelespermitidas atividades de cunho urbano ou rural, àexceção daquelas já previstas na norma, comopesquisa e educação ambiental.

Na perspectiva de reconhecimento davocação e da ambiência dos diferentes espaços,foram incluídas na Macrozona de Proteção Integral- que perfaz cerca de 11,04% do território do DF -,todas as unidades de conservação no DistritoFederal que se enquadram no grupo de proteçãointegral definido pelo SNUC (Mapa Ambiental do

FIGURA 57 - MACROZONA DE PROTEÇÃO INTEGRAL

Page 15: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 162

Distrito Federal – ano 2006, SEMARH),quais sejam:

a) Parque Nacional de Brasília;

b) Estação Ecológica de Águas Emendadas;

c) Estação Ecológica do Jardim Botânico;

d) Reserva Ecológica do IBGE;

e) Reserva Ecológica do Guará;

f) Reserva Ecológica do Gama;

g) Reserva Ecológica do Lago Paranoá;

h) Estação Ecológica da Universidade de Brasília- Áreas de Relevante Interesse Ecológico deCapetinga e Taquara;

i) Reserva Biológica do Descoberto;

j) Reserva Biológica de Contagem.

As unidades de conservação quecompõem a Macrozona de Proteção Integral nãodispõem de plano de manejo nem, portanto, doscorrespondentes levantamentos e estudos técnicosque permitam delimitar as respectivas zonas deamortecimento e indicar, com propriedade,corredores ecológicos a serem instituídos. Aausência destes instrumentos e de suasinformações não permite que a proposta dezoneamento aponte, em suas diretrizes deocupação, parâmetros mais contundentes deproteção destes espaços. No entanto, procura-sesuprir tal dificuldade estabelecendo como diretriz aelaboração dos planos de manejo e a definição dasrespectivas zonas de amortecimento e de

corredores ecológicos. Para o caso doscorredores ecológicos, já encontram-seindicadas as áreas mais prováveis de sualocalização, como o vale do rio São Bartolomeu,o lago Paranoá e as bacias do Alto Descoberto edo rio Maranhão.

2.5.4 Áreas de Diretrizes Especiais

As Áreas de Diretrizes Especiaisforam concebidas como polígonos sobrepostos aoutras macrozonas do Plano Diretor, quedestacam áreas que necessitam de tratamentodiferenciado, como algumas unidades deconservação não contempladas na Macrozonade Proteção Integral e áreas de drenagem depequenas captações destinadas aoabastecimento público. Tais áreas foramidentificadas como Áreas de Interesse Ambientale Áreas de Proteção de Manancial,respectivamente.

A utilização desta categoria dezoneamento – Área de Diretriz Especial,introduzida pelo PDOT/1997 – evidencia anatureza destes espaços, que exigem diretrizesespecíficas de uso e ocupação do solodestinadas a promover sua adequação, por meiode uma disciplina especial, às finalidades urbanaou rural.

Com o objetivo de reforçar o caráterexcepcional dessa categoria, as áreas nelainseridas passam a integrar, no zoneamentoproposto, as denominadas zonas de uso

controlado, seja urbana ou rural, conforme adestinação do solo.

a) Áreas de Proteção de Mananciais

As Áreas de Proteção de Mananciais –APMs –, categoria introduzida pelo PDOT/1997,objetivam a conservação dos recursos naturais, arecuperação ambiental e a promoção do usosustentável em áreas de mananciais destinados aoabastecimento público, assim como o manejo dasbacias hidrográficas a montante dos pontos decaptação de água da CAESB. Correspondem, emgeral, a pequenas bacias de drenagem, onde odesenvolvimento de atividades tem impacto diretoe imediato na qualidade e disponibilidade da águano ponto de captação. Esta condição exigediretrizes de planejamento bastante restritivas, queevitem a intensificação do uso e da ocupação dosolo, seja urbano ou seja rural.

Em sua delimitação, as APMs incluem abacia de drenagem a montante do ponto decaptação. No entanto, nos casos em que a baciade drenagem coincide, em parte, com algumaMacrozona de Proteção Integral, a delimitação daAPM fica restrita àquelas áreas fora dos limites detal macrozona. Este critério justifica-se pois asdiretrizes da Macrozona de Proteção Integral sãomais restritivos do que os da APM.

No zoneamento do PDOT/1997, muitasAPM’s estão sobrepostas a zonas urbanas, o quetornou explícito o conflito de uso e ocupação dosolo nestas áreas. Visando dirimir os conflitos etornar mais claras as intenções do planejamento

Page 16: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 163

para com as APMs, no PDOT/2007, a delimitaçãoda zona urbana nas bacias de contribuição demananciais restringiu-se às áreas onde tal uso estáefetivamente consolidado ou onde há parcelamentoregistrado em cartório. Desta forma, muitas dasAPM’s que eram urbanas, segundo o PDOT/97,retomam sua destinação rural, e as quepermanecem como urbanas enquadram-se nosparâmetros definidos para a Zona Urbana de UsoControlado II.

No PDOT/1997 estão mapeadas 24Áreas de Proteção de Mananciais, número que foiampliado no PDOT/2006 para 25, além de teremsido procedidas adequações necessárias:

• introduzidas duas novas captações – Engenhodas Lages e Cabeça-de-Veado;

• ampliadas duas captações, adequando-as àsrespectivas bacias de drenagem – do ribeirão doGama e do Pipiripau;

• e, alteradas ou extintas as poligonais de trêscaptações – do Lago Descoberto, Contagem eParanoazinho – por terem sido incorporadas àMacrozona de Proteção Integral.

As situações que implicarammodificação, acréscimo ou extinção de poligonaisde APM na proposta de zoneamento doPDOT/2007, podem ser assim detalhadas:

• Faixa de 125m em torno do lago doDescoberto: com a criação da Reserva Biológica doDescoberto correspondendo à faixa de 125m emtorno do lago do Descoberto, visava a maior

proteção para a faixa mínima em torno do lago, aAPM delimitada nesta localização perdeu suafunção estratégica, uma vez que a unidade deconservação é mais restritiva à ocupação do quea categoria APM; esta unidade de conservaçãofoi incorporada no PDOT/2007 à Macrozona deProteção Integral e a APM foi desconstituída.

• Captações do Contagem e Paranoazinho:como no caso anterior, com a criação daReserva Biológica da Contagem, abrangendoquase integralmente as poligonais das bacias dedrenagem das captações de Contagem eParanoazinho, conseqüentemente incluída naMacrozona de Proteção Integral. De forma quefoi mantida como APM apenas a área relativa àDF-001, integrante das bacias de drenagem dascaptações e não pertencente à mencionadaREBIO.

• Captação do Pipiripau: no PDOT/97, a APMcorresponde apenas a uma pequena área emtorno da futura barragem, uma vez que porocasião da sua aprovação, a captação estavaem processo de implantação; hoje, a captaçãoencontra-se em atividade e sua bacia dedrenagem, apesar de extensa, foi incluída naproposta de zoneamento do plano.

• Captação do Engenho das Lages: aimplantação de nova captação no córregoEngenho das Lages, para atender à demanda dacomunidade instalada às margens da BR-060,motivou a delimitação e a decorrenteincorporação desta nova APM na proposta dezoneamento do Plano.

• Captações do Cabeça-de-Veado e do Ribeirãodo Gama: em duas áreas da bacia de drenagem dacaptação do Cabeça-de-Veado, uma localizada aolongo da DF-001, nos limites da Estação Ecológicado Jardim Botânico e outra no interior da área devegetação do Jardim Botânico de Brasília, e emestreita faixa limítrofe à bacia do ribeirão do Gamaforam acrescentadas poligonais de APMs.

Com estes ajustes ficam incorporadastodas as áreas que fazem parte de seus regimesde disciplina.

No caso das futuras barragens do rioSão Bartolomeu, as poligonais delimitadas noplano correspondem àquelas definidas comoperímetros das áreas de proteção dos reservatóriosno Decreto Federal n°13.869, de 31 de março de1992. A opção por manter a referência aos doisreservatórios, apesar de não haver definiçãoquanto à forma de captação tanto no Plano Diretorde Água e Esgotos da CAESB quanto no PGIRH,se deve à condição estratégica do rio SãoBartolomeu como manancial de abastecimentofuturo para o Distrito Federal.

São diretrizes específicas deplanejamento territorial para estas áreas: amanutenção, a recuperação e a ampliação deáreas com vegetação preferencialmente nativa; aproibição do parcelamento do solo urbano e rural,exceto para fins de regularização ou paraparcelamentos já registrados; a proibição doadensamento de áreas urbanas já existentes e dolançamento de drenagem a montante do ponto decaptação de água; a proibição da instalação de

Page 17: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 164

indústrias poluentes e outras atividades de forteimpacto nos corpos hídricos; a adoção detecnologias de controle ambiental paraconservação de solo e para construção emanutenção de estradas; a proibição de exploraçãode minerais; e a exigência de implantação de obrasde saneamento ambiental com vistas a mitigarimpactos causados pelo processo de urbanização.

b) Áreas de Interesse Ambiental

As Áreas de Interesse Ambientalenglobam importantes unidades de conservação dogrupo de uso sustentável, sujeitas a regimesespeciais de administração. Delas fazem parteÁreas de Relevante Interesse Ecológico e FlorestaNacional, Reservas Particulares do PatrimônioNatural, além do Jardim Botânico de Brasília e doJardim Zoológico de Brasília, dada a relevânciadestes espaços no contexto das políticas depesquisa, educação ambiental, proteção e manejoda fauna e flora nativa e exótica.

As Áreas de Interesse Ambientalobjetivam a proteção dessas unidades deconservação, estabelecendo parâmetros maisrestritivos para sua utilização, seguindo os usosurbano ou rural, estabelecidos nomacrozoneamento. As diretrizes específicas deplanejamento territorial para estas áreas ressaltamo respeito à legislação específica aplicada àunidade de conservação, especialmente quanto aocorrespondente plano de manejo e zoneamentoambiental; proteção de remanescentes devegetação nativa; recuperação de áreasdegradadas; e garantia às atividades de pesquisa,

conservação e manejo de espécies da fauna eflora, bem como de visitação e de educação

FIGURA 58 – ÁREAS DE DIRETRIZES ESPECIAIS

Page 18: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 165

ambiental, próprias aos equipamentos públicos doJardim Botânico de Brasília e Jardim Zoológico deBrasília.

As Áreas de Interesse Ambientalcompreendem as unidades de conservação eequipamentos públicos citadas a seguir, cujadelimitação corresponde, conforme a respectivalegislação, às suas poligonais (Mapa Ambiental doDistrito Federal – ano 2006, SEMARH):

- Área de Relevante Interesse Ecológico daGranja do Ipê;

- Área de Relevante Interesse Ecológico JK;

- Área de Relevante Interesse Ecológico doBosque;

- Área de Relevante Interesse do Cerradão;

- Área de Relevante Interesse do Riacho Fundo;

- Área de Relevante Interesse do Paranoá Sul;

- Área de Relevante Interesse Ecológico doTorto;

- Área de Relevante Interesse Ecológico DomBosco;

- Área de Relevante Interesse Ecológico MataGrande;

- Área de Relevante Interesse Ecológico daZona de Vida Silvestre da APA do Gama eCabeça-de-Veado;

- Florestas Nacionais;

- Reserva Particular do Patrimônio Natural doCórrego de Aurora;

- Reserva Particular do Patrimônio Natural doSonhém;

- Reserva Particular do Patrimônio Natural doChakra Grissu;

- Reserva Particular do Patrimônio Natural deMaria Velha;

- Jardim Botânico de Brasília;

- Jardim Zoológico de Brasília.

Page 19: 2.5 Macrozoneamento e Zoneamento - seduh.df.gov.br · consolidado com a implantação quase total dos elementos estruturais de sua morfologia urbana, ainda apresenta áreas não ocupadas,

Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal - Documento Técnico – Versão Final – Novembro / 2007 166

MAPA 14 - ZONEAMENTO