24.02.12

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Ano II Número 130 Data 24.02.2012

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AnoII

Número130

Data24.02.2012

Marinella CastroUsuários dos chamados planos anti-

gos, que vigoram à margem da legislação do mercado de planos de saúde, estão pro-tegidos da cobrança de despesas hospitala-res em caso de internações. Os convênios antigos contratados antes da Lei 9.656/98, que regulamenta o setor da saúde suple-mentar, assim como os planos novos, não podem ser submetidos a tetos que limitem o prazo de internação hospitalar ou valores consumidos com remédios, exames e pro-cedimentos médicos, enquanto durar a per-manência no hospital, mesmo que seja em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

A lei 9.656 proíbe que as empresas limitem o prazo para internação de seus usuários, determinação que cabe aos mé-dicos, impedindo também a cobrança de valores em decorrência de gastos hospita-lares. Apesar de os planos antigos viverem em uma espécie de limbo, sem legislação específica, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os cerca de 8 milhões de usuários do segmento estão resguardados pela súmula do Superior Tri-bunal de Justiça (STJ), que estendeu para

todo o universo dos planos de saúde as re-gras determinadas na lei do segmento.

Apesar de a recusa de convênios quanto ao pagamento de custos hospitala-res já ter sido considerada abusiva, usuá-rios ainda recorrem aos tribunais para ter o direito preservado. Na última quarta-feira foi publicada nova decisão do STJ sobre o tema. O Tribunal definiu como abuso a cobrança que uma operadora de plano de saúde impôs a uma paciente de São Paulo estabelecendo o limite de R$ 6,5 mil para despesas hospitalares com o tratamento de um câncer.

O estudante Arthur Felipe Bambir-ra conta que no ano passado enfrentou dissabores quando seu pai foi internado, para tratamento de um acidente vascular cerebral (AVC). “A operadora do plano de saúde informou que só poderia pagar um determinado número de exames”, conta. O estudante lembra que em outra ocasião, seu pai também tratou de uma infecção, sem re-alizar alguns exames, que não foram cober-tos pelo convênio. “Quando pagamos caro por um plano completo, esperamos que o atendimento seja integral e não limitado.”

A industrial Maura Lenice Garcia paga R$ 1,7 mil por mês do plano médico de sua família, com quatro pessoas ao todo. “Usamos muito pouco o serviço e acho jus-to que o atendimento seja mantido caso a gente precise de uma internação longa,”, diz. A costureira Maria Therezinha Soares concorda: “Pagamos muito e praticamen-te não usamos o plano. Não é justo que se houver uma internação os valores sejam limitados”.

Segundo a ANS, a multa prevista para as operadoras que descumprem a legisla-ção é de R$ 80 mil e os usuários devem registrar eventuais queixas na agência re-guladora. Sobre o tema, a Federação Na-cional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa 15 grupos de operadoras privadas de assistência à saúde, de um total de 1.396 empresas, e a Associação Brasi-leira de Medicina de Grupo (Abramge), in-formaram que não comentam decisões do Poder Judiciário. A Associação Mineira de Hospitais (AMH) preferiu não se manifes-tar sobre a proibição de limite para gastos hospitalares.

estado de minas - economia - p.13 - 24.02.12pLanos de saúde

Convênio antigo não tem limite

Proibição às operadoras que restringem gasto hospitalar vale para contratos anteriores à regulamentação do setor

O polêmico Estatuto do Torcedor é legal e não cabe qualquer questionamento jurídico sobre seu conteúdo. Esse foi o entendimento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgarem ontem à tarde ação direta de inconstitucionalidade (Adin) ajuizada pela direção nacional do Partido Progressista (PP), em que classifica a legislação como “afronta aos postulados constitucionais da liberdade de associação, da vedação de interferência estatal no funcionamento das associações e, sobretudo, da autonomia desportiva”.

Entre os argumentos apresentados pelo PP, está o fato que a lei “fere a competência de es-tados e municípios” para tratarem do desporto. A legenda, no entanto, não conseguiu convencer os ministros do STF. Ao apresentar seu voto, o relator da adin, ministro Cezar Peluso, discor-dou das alegações do partido: afirmou que o Es-tatuto do Torcedor é um conjunto ordenado de normas de caráter geral, com redação que aten-de à boa regra legislativa e estabelece preceitos de “manifesta generalidade”, que “configuram bases amplas e diretrizes gerais para a disciplina do desporto nacional” em relação à defesa do consumidor.

O voto de Peluso foi seguido pelos demais

ministros que participaram da sessão plenária na tarde de ontem. Em relação à competência da União para determinar regras relativas ao es-porte, o ministro ressaltou que está prevista na Constituição Federal. Peluzo acrescentou ainda não encontrar “sequer vestígio de afronta” a di-reitos e garantias individuais na norma, como alegado pelo PP na Adin.

“Compartilho da compreensão de que o Estatuto, na verdade, visa assegurar ao torcedor o exercício da sua paixão com segurança. Isso implica imputar responsabilidade aos organiza-dores dos eventos esportivos”, afirmou a minis-tra Rosa Weber. “Não me parece que tenha ha-vido qualquer exorbitância na (lei)”, concordou a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha. Para o ministro Ayres Britto, o Estatuto protege o tor-cedor-consumidor. “É dever do Estado fomentar práticas desportivas como direito de cada um de nós, de cada torcedor”, ponderou. No mesmo sentido votaram os ministros Luiz Fux, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Cel-so de Mello. Não participaram do julgamento os ministros Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa.

A ação foi ajuizada em julho de 2003 e questionava 29 artigos. Ao que tudo indica, a

decisão de ontem remove o último obstáculo ao pleno funcionamento do estatuto.PARA COBRAR

Principais mudanças do Estatuto» As entidades são obrigadas a divulgar re-

gulamento e tabela das competições até 60 dias antes de seu início

» Para cada 10 mil torcedores presentes em uma partida é obrigatória a presença de uma ambulância, um médico e dois enfermeiros

» As entidades organizadoras da competi-ção respondem pelos prejuízos causados a torce-dores devido a falhas de segurança no estádio

» Os clubes são obrigados a adotar provi-dências para evitar tumultos e garantir a segu-rança do torcedor nos estádios

» Os árbitros são escalados por sorteio, aberto ao público, no mínimo 48 horas antes de cada rodada

» Os ingressos são postos à venda até 72 horas antes do início da partida, em pelo menos cinco postos

» Os regulamentos das competições só podem ser alterados depois de dois anos de vi-gência

estado de minas - super esportes - p.5 - 24.02.12estatuto do torcedor

Sem obstáculos Supremo Tribunal Federal não aceita ação do Partido Progressista que questionava a interferência estatal nas associações desportivas

Leonardo AugustoEstádio do Horto será tema de reunião hoje na Procuradoria

Geral do Estado A polêmica envolvendo o contrato firmado entre o Atlético

e a BWA (empresa que venceu a licitação para administrar o In-dependência) terá mais um capítulo hoje. Está marcada para as 11h, no prédio da Procuradoria Geral do Estado, uma reunião entre representantes da empresa, dos clubes da capital, da Advocacia Geral do Estado e o secretário estadual extraordinário para a Copa do Mundo de 2014, Sérgio Barroso. Eles discutirão a legalidade do acordo que estabeleceu o alvinegro como parceiro da BWA na exploração comercial do novo estádio do Horto.

O assunto não deve se encerrar aí. Deputados estaduais que-rem convocar a Minas Arena (administradora do Mineirão) e a BWA para explicar em audiência pública os contratos fechados com o governo do estado para exploração dos dois estádios. Re-querimento para a reunião será votado na Comissão de Esporte, Lazer e Juventude da Assembleia Legislativa na terça-feira. Re-

presentantes do Atlético, Cruzeiro e América e do governo do esta-do serão ouvidos. A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público também será convidada.

O objetivo da audiência, conforme o deputado estadual Gus-tavo Valadares (PSD), é saber qual modelo de gestão será imple-mentado nos estádios, sobretudo no que se refere à movimenta-ção financeira gerada com os jogos: “A receita dos ingressos, por exemplo, como será distribuída?”.

O encontro tomou força depois da divulgação do contrato fechado entre a BWA e o Atlético. Anunciada em 2008 pelo gover-no do estado, a reforma do Independência se arrastou por quatro anos, dois a mais que a previsão inicial. Não bastasse a demora, depois de concluídas as obras foi constatado que cerca de seis mil assentos estão com a visibilidade do campo comprometida. Outro problema, conforme o deputado Alencar da Silveira Júnior (PDT), um dos integrantes do Conselho Administrativo do América, é que o estacionamento contido no projeto original da reforma não foi construído.

estado de minas - super esportes - p.3 - 24.02.12FuteBoL mineiro

Independência de novo na pauta do dia

Rossana MagriA Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas

aprovou ontem requerimento para realização de reunião com con-vidados, com o objetivo de obter informações sobre a colocação de grades no Estádio Raimundo Sampaio, conhecido como In-dependência. Autores da proposição, os deputados Gustavo Va-ladares (PSD) e Antônio Júlio (PMDB) afirmaram que as grades já instaladas vão prejudicar a visibilidade de pelo menos 6 mil torcedores, o equivalente a 24% do total de assentos. Segundo os parlamentares, a medida também contraria as normas da Fifa, que exige 100% de visibilidade para os espectadores. Gustavo Vala-dares informou que a reunião será um desdobramento da visita da Comissão de Esporte, Lazer e Juventude ao estádio, realizada em 15 de fevereiro. Na ocasião, ficou constatada a necessidade de pro-teção no piso superior, devido ao alto grau de inclinação (40º). As grades escolhidas, no entanto, se mostraram inadequadas. O Inde-pendência tem inauguração prevista para o fim de março. Eventos

– Na Reunião Ordinária de Plenário de ontem, o deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT) também falou sobre o Independência. Ele defendeu a realização de eventos noturnos no local. De acordo com Alencar, o estádio não dará lucro apenas com a realização de jogos de futebol. O deputado acredita que, se a mobilização de moradores contra os eventos noturnos prevalecer, a empresa que ganhou a licitação para administrar o estádio pode desistir do contrato. Enchentes – A Comissão de Transporte aprovou outros requerimentos na reunião de ontem. Um deles pede a realização de debate público, em conjunto com a Comissão de Meio Ambiente, sobre responsabilidades e medidas de prevenção de enchentes no Estado. O autor é o deputado Célio Moreira (PSDB). Também foi aprovado requerimento dos deputados Rogério Correia e Adelmo Carneiro Leão, ambos do PT, para realização de reunião com o DER e o Dnit sobre a situação das rodovias estaduais e federais em Minas.

assemBLeia inForma - 24.02.12Deputados pedem discussão sobre

visibilidade no Estádio Independência

DENNER TAYLORO Ministério Público Estadual (MPE) decidiu entrar na po-

lêmica do contrato entre o Atlético e o consórcio Arena Indepen-dência, que garante ao Galo cerca de 45% dos lucros gerados pelo novo estádio. O procurador geral de Justiça do Estado, Alceu José Torres, chefe do MPE, convocou para hoje uma reunião entre os envolvidos para discutir o assunto.

Estarão presentes representantes da Secretaria de Estado Ex-traordinária da Copa (Secopa-MG), da Advocacia Geral do Estado (AGE) e dos três clubes da capital, América, Atlético e Cruzeiro, além de, provavelmente, da empresa BWA, uma das integrantes do consórcio que venceu a licitação para administrar o novo estádio Independência.

O MPE não quis antecipar o que exatamente poderá ser re-solvido hoje nem informou o que teria motivado a convocação da

reunião. No entanto, informações de bastidores dão conta de que o órgão pretende se posicionar em relação à afirmação feita pelo pre-sidente do Atlético, Alexandre Kalil, na semana passada, de que o contrato havia sido submetido ao Ministério Público.

Segundo o dirigente atleticano, o MPE teria dado aval à ne-gociação. No entanto, na ocasião, o órgão não confirmou a infor-mação.

É provável também que a AGE apresente um parecer, ainda que preliminar, sobre o contrato. Até ontem, a informação oficial era que os advogados do Estado não haviam terminado a análi-se do documento. Fontes do governo dizem que o Estado busca meios legais para vetar a parceria do Atlético com a concessioná-ria, por entender que ela viola os termos da licitação que proíbem a participação de clubes e seus dirigentes na administração do In-dependência.

o tempo - versão eLetrônica - 24.02.12polêmica

MP convoca clubes e Estado para tratar do IndependênciaAdvocacia Geral pode apresentar hoje parecer sobre contrato do Galo com o consórcio

hoJe em dia - versÇao eLetrônica - 24.02.12

O Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública contra a Infraero para que o estacionamento seja fracionado nos aeroportos. A cobrança por hora é considerada abusiva e ilegal, mas a empresa que administra a malha aeroportuária cobra o valor integral da hora mesmo para aqueles motoris-tas que param por períodos menores. A irregularidade foi

verificada inicialmente no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, mas a Infraero confirmou que o mesmo é válido para todas unidades. Antevendo a possibilidade de os preços serem reajustados, o MPF também pediu que a Justiça impeça aumentos desproporcionais na tabela de pre-ços.

estacionamento

MP aciona aeroportos

estado de minas - economia - giro econômico - p.12 - 24.02.12

hoJe em dia - ediÇão eLetrônica - capa - 24.02.12

hoJe em dia - versão eLetrônica - 24.02.12

hoJe em dia - versão eLetrônica - 24.02.12

hoJe em dia - ediÇão eLetrônica - editoriaL - 24.02.12