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  • 24 ENCICLOPDIA PRATICADA CONSTRUO CIVIL

    I N S T A L A E SS A N I T R I A S

    ii

    S U M R I O :CANALIZAO DE AGUA DIVERSOS TIPOS DE ENCANA-MENTOS LOIAS SANITRIAS AUTOCLISMOS DIVERSOSTIPOS DE DRINIS CASAS DE BANHO RETRETES

    LATRINAS TURCAS PIAS 2 FIGURAS

    PREO

    EDIO DO AUTOEF. PEREIRA DA COSTA

    DISTRIBUIO DA PORTUGLIA EDITORAL I S B O A PREO 15100

  • DA CONSTRUO CIVILTEXTO E DESENHOS DE F. PEREIK& DA COSTA

    I N S T A L A S A N I T

    A gua no s um dos mais importantes elementosnecessrios vida como tambm o primeiro fac-

    tor imprescindvel na higiene.Sem gua no pode haver higiene. A salubridade das

    habitaes obtida a partir da instalao necessriapara a conduo da gua para as suas dependncias desanidade. Podem as edificaes ser bem dotadas de are-jamento, mas se no contiverem o necessrio abasteci-mento de gua no renem as condies prprias paraserem habitadas. O abastecimento das guas nas edifi-caes, quer sejam de habitao, quer de fins comer-ciais, industriais ou pblicos, provm das redes de abas-tecimento municipal nas localidades onde esse servioest montado, ou de poos ou cisternas nas povoaesdesprovidas de to til melhoramento.

    As redes das canalizaes para o abastecimento degua nas povoaes so geralmente construdas comtubos de fibrocimento, ferro fundido, ferro preto e ferrogalvanizado.

    Os ramais de ligao a cada edificao, quase semprede menor dimetro, so por costume formados por tubosde chumbo ou de ferro galvanizado.

    Os dimetros das tubagens so estabelecidos deacordo com o caudal de gua que tm de suportar e aresistncia do material de que so construdos os canos apreciada pela presso a que tm de resistir.

    O assentamento de uma boa canalizao trabalhoque merece a melhor das atenes por parte dos ope-rrios que tm de os construir e por parte dos tcnicosque tm de os estudar e dirigir.

    Fig. l. BEDE DE DISTRIBUIO DE AGUA (Corte)

    l

  • INSTALAES SANITRIAS

    C A N A L I Z A O D E G U AC~")s encanamentos para gua so construdos geral-^^^ mente com tubos de chumbo, de ferro galvani-zado, de ferro fundido, de fibrocimento ou ainda devariados tubos de qualquer metal.

    Nas instalaes nos interiores das edificaes de ha-bitao de uso a aplicao de tubagens de ferro gal-vanizado ou de chumbo. Porm, nas grandes linhas deabastecimento, construdas na via pblica, as tubagensa utilizar so de ferro fundido ou de fibrocimento.

    As dependncias destinadas a instalaes sanitrias,e por conseguinte providas de canalizaes para o abas-tecimento de gua, so, nas casas de habitao, as re-tretes, casas de banho e cozinhas.

    A canalizao de gua para as cozinhas destina-se atanques de lavagens, pias e lavabos. As retretes utili-zam a gua para as correntes de varrer das suas baciase para o abastecimento de lavatrios e bids. Nas casasde banho a gua necessria para as tinas de banhoe para os chuveiros.

    Nos estabelecimentos comerciais e industriais e nosedifcios de servio pblico a gua distribuda a re-tretes, a lavabos e bebedouros.

    Alm destes dispositivos tambm temos de os prepa-rar para as correntes dos urinis e para o abasteci-mento de vasilhas.

    E N C A N A M E N T O S E M G E R A Latrs dissemos os encanamentos para gua nos

    edifcios de habitao so, de uma maneira geral,construdos com tubos de ferro galvanizado e de chumbo.As canalizaes interiores so ligadas s canalizaesexteriores quase sempre prximo das entradas dos edi-fcios ou das habitaes.

    Quando as povoaes so abastecidas de gua porservios municipais ou pblicos, a canalizao levadaat s entradas das propriedades por conta desses mes-mos servios. Nos trminos das redes pblicas, dentrodas propriedades, colocado um contador para medidado consumo de gua pelos moradores, e desse apa-

    relho que segue depois todo o encanamento para asdependncias que necessitam do precioso lquido.

    Os encanamentos interiores so feitos quando daconstruo do edifcio, de conta do construtor ou doproprietrio e fazem parte do conjunto da obra.

    Junto do contador, antes da gua l entrar, tem o en-canamento uma torneira ou vlvula de segurana, parase impedir a sua entrada quando se julgar conveniente.

    Os encanamentos podem ser interiores ou exteriores:isto , podem ser metidos nas paredes ou assentes so-bre os seus paramentos, ficando vista.

    Os encanamentos de ferro fundido ou de fibrocimento,cuja funo fora das edificaes, no so assunto paraestudo nesta ocasio (*).

    Seguindo do contador a canalizao para o interiorde toda a casa, mister elaborar-se o traado das linhase dos seus ramais, para sua aprovao.

    A linha sai do contador e sobe at quase ao tecto deonde parte na direco das dependncias a abastecer.Dessa linha saem os ramais que se destinam aos tan-ques, pias, autoclismos, lavatrios e demais recipientes,sempre em baixadas devidamente aprumadas. cos-tume, para abreviar a obra, deixar as baixadas comqualquer direco, cortando paredes, prejudicando ostabiques e frontais, somente com a ideia de encurtartubagens em alguns metros. Este processo no reco-mendvel. As baixadas devem ser sempre aprumadase nunca em sentidos diagonais e outros mais ou menoscondenveis.

    As linhas tambm devem ficar assentes em perfeitonivelamento em toda a sua extenso.

    Deve-se evitar o corte dos materiais que compemas paredes, os frontais e os tabiques, como tijolos e ou-tros, que por vezes quebram a construo e provocamassentamentos.

    Isto, bem claro, quando se trata de canalizaesinteriores em que se abrem os roos que ho-de receber

    (*) No caderno n. 25 desta Enciclopdia sero tratados os en-canamentos na via pblica.

    !-

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    Fig.2. BEDE DE DISTRIBUIO DE [AGUA (Planta)

    _2

  • INSTALAES isAMTRIAS

    Fig. 3. TORNEIRADE PASSAGEM

    Fig. . TORNEIRADE SERVIO

    Fig. 5.VLVULADE PASSAGEM

    Fig. 6. VLVULADE SERVIO

    as tubagens. Porm, quando se trata do assentamentode encanamentos exteriores, em qne no h por conse-guinte abertura de roos, s o mau aspecto faz regeitaros maus traados.

    Vejamos agora os sistemas de encanamentos.

    E N C A N A M E N T O S D E C H U M B O

    O trabalho das canalizaes de chumbo realizadopelo canalizador, tambm algumas vezes chamado sol-dador (4).

    Nas canalizaes de tubos de chumbo que contnua,prescinde-se dos chamados acessrios, o que no acon-tece com os encanamentos feitos com tubos de outrasespcies.

    Os tubos de chumbo encontram-se no mercado emrolos que medem de dez a cinquenta metros.

    TESTAS canalizaes so elaboradas com tubos de chumbode dois cordes, de vrios e convenientes dimetros.

    A designao de dois cordes provem da sua espes-sura com duas nervuras longitudinais, que lhe permitea resistncia apropriada para a conduo de guas sobpresso.

    Os tubos de chumbo que no so de dois cordes somuito mais estreitos nas suas paredes e no tm a re-sistncia para os encanamentos de gua.

    Os tubos de chumbo so ligados entre si por meiode soldadura ordinria, limpando-se e acertando-se bemambas as pontas que se pretendem unir, metendo-seuma dentro da outra.

    A solda para estes servios, apresentada no mercadoem varetas, uma liga de estanho e chumbo em partesiguais, de fuso muito fcil, talvez mesmo mais do queo prprio chumbo.

    Depois da soldadura feita, a maarico, alisa-se bemtoda a juno com uma lima ou raspadeira.

    As ligaes dos ramais s linhas principais so feitasquase pelo mesmo processo, mas tem de previamenteabrir-se um furo na linha para dar a passagem para oramal. Como este furo fica estreito de principio, alar-ga-se, fazendo com o resto do metal que sobeja dos ladosorna espcie de canho curto, onde deve entrar a pontado ramal para se fazer a soldadura.

    As tubagens de chumbo so fixadas nas paredes pormeio de escpulas de ferro (Fig. 7), espaadas de umass outras de cerca de Om,50 ou Ora,60, quando ficam vista, assentes sobre os paramentos. Interiormente sse empregam as escpulas nas curvas, ngulos e gran-des comprimentos para se obter uma boa fixao, por-que com a cobertura dos roos com argamassa tudo ficabem seguro. Tambm lembramos que de espaos a es-paos se pode aplicar, para eficiente fixao das tuba-gens, amas chapadas de gesso, antes do tapamento dosroos com a nassa dos rebocos.

    E N C A N A M E N T O S D E F E R R OG A L V A N I Z A D O

    encanamentos de ferro a utilizar nas casas de ha-bitao ou de pequeno desenvolvimento so cons-

    titudos por tubos de ferro galvanizado (!).Os dimetros destes tubos, quando tm precisamente

    a mesma funo que tm os tubos de chumbo, compor-tam igualmente as mesmas dimenses. Assim, nas linhase baixadas podem medir normalmente Om,019 e nos ra-mais apenas Om,012. Porm, quando se deseja maiorcaudal podem ser admitidos outros dimetros.

    A tubagem de ferro galvanizado rene nas constru-es actuais maior vantagem que a de chumbo, pois que,com a instalao de guas quentes, este tipo de enca-namento no de admitir.

    A instalao dos encanamentos de ferro galvanizado,ao contrrio dos de tubos de chumbo, exige um certonmero de acessrios que lhe so afins e imprescindveis.

    Para a juno dos diferentes tubos entre si necessi-ta-se de unies, e para os diferentes traados temoscurvas, cotovelos, joelhos, ts, forquilhas, cruzetas e ou-tras peas que se adaptam por meio de rosca, formandoum nico todo em toda a canalizao.

    A rosca nos tubos aberta na ocasio de se fazer oseu assentamento, enquanto que os acessrios j vmpreparados com ela.

    Os comprimentos dos tubos vo de 4m,00,5m,00 a 6m,00,conforme a origem do seu fabrico e cortam-se com ser-rote nas dimenses necessrias.

    (!) No norte do Pais o canalizador designado Picheleiro.(2) A galvanizao do ferro foi inventada por Galvani,

    italiano (1737-1798), que lhe deu o seu nome.fsico

    3-

  • INSTALAES SANITRIAS

    A fixao dos encanamentos de ferro nas paredes obtida por meio de braadeiras e de grampas que ajus-tam os tubos no seu lugar. Geralmente sobre os acess-rios no se aplicam estes pertences, a no ser em casosde fora maior.

    Se os encanamentos so interiores, metidos em roospreviamente abertos nas paredes, com algumas cha-padas de massa de cimento e areia ou, melhor ainda,com chapadas de massa de gesso, que se fixam nos seuslugares. Por vezes, quando se oferece melhor proveito,essa fixao obtida com escpulas de ferro como sepratica para as tubagens de chumbo, pregadas para ointerior da alvenaria.

    Para a fixao exterior das grampas e braadeiras(Fig. 7) utilizam-se s vezes buchas de madeira embe-bidas com cimento ou gesso.

    A juno das roscas das peas em ligao firmadacom massa e estopa, como de uso em todas as canali-zaes metlicas.

    Quando os encanamentos de ferro ficam vista conveniente serem pintados. Estas canalizaes soexecutadas pelos canalizadores de ferro. Antigamenteeste servio era da competncia dos serralheiros.

    E N C A N A M E N T O S D EP R E T O

    F E R R O

    ]\]AS canalizaes de categoria que se aplicam porvezes em certas casas so utilizados os tubos de

    ferro preto, cujo aspecto ptimo e exigem um bomacabamento, conquanto o processo de execuo sejaigual ao que se empresta instalao de ferro galva-nizado. Nestes encanamentos as grampas e braadeirasso tambm do mesmo material. S as torneiras ou asvlvulas so de lato.

    Os encanamentos de ferro preto s devem ser apli-cados nas instalaes exteriores, pois que pena em-bebe-los nos interiores das paredes.

    A sua resistncia a todas as presses magnfica.

    G U A S Q U E N T E Sencanamentos para passagem de guas quentes,para lavatrios e banhos, no podem ser feitos

    com os tubos de chumbo, como se compreende, masconstroem-se com tubos de ferro, tanto galvanizadocomo preto.

    Estes encanamentos nunca devem ficar embebidos nasparedes pois que as danificam, como de saber.

    Quanto a torneiras e o modo do assentamento tudo similar s restantes canalizaes de ferro.

    Este encanamento necessita, para manter constante-mente a temperatura da gua que conduz, de um canode retorno, que partindo do limite at onde abastecevolta caldeira com o excedente, para de novo seaquecer, pois que com a circulao perdeu grande partedo calor.

    Os dimetros das tubagens empregadas nestes enca-namentos de guas quentes so iguais aos das guasfrias, tanto nas linhas como nos ramais.

    T O R N E I R A S

    NAS vulgares canalizaes executadas nas edificaesdestinadas a habitao, faz-se, por via de regra,somente uso de dois sistemas de torneiras: as de pas-sagem e as de servio (Figs. 8 e 4).

    As primeiras destinam-se a vedar a passagem dagua pela canalizao e as segundas ao seu despejo.

    As torneiras so aparelhos fabricados em lato oubronze, e a sua ligao s canalizaes de chumbo preparada com uma camada de estanho no seu bocalpara facilitar a soldadura. As ligaes das torneiras aosencanamentos de ferro so praticamente obtidas pormeio de tarraxas, tanto nos tubulares como nos tubos,isto , com roscas de macho e fmea.

    O principal funcionamento das torneiras consiste nummacho provido de uma pequena vlvula circular, desola ou de borracha, para se obter o tapamento herm-

    Fig. 7. DIVERSOS^ACESSRIOS DE CANALIZAESl Braadeira apara/usada; 2 Braadeira encastrada; 3Escpula; 4 Unio de tubos de ferro (Vistas interior e exterior)

    5 Cotovelo

    4

  • I N S T A L A E S SANITRIAS

    a. i r n r l r n r

    r

    irFig. 8. CASAS DE BANHO

    (Planta; l Corte por C; 2 Corte por A; 3 Corte por B)

    tico da passagem da gua. O macho gira enroscado nocastelo e o seu funcionamento feito por um manipulona sua parte superior.

    As torneiras de servio tm geralmente a forma debico de papagaio e a sada dos liquides feita com asformas circulares e de bico de pato, isto , de jacto re-dondo e achatado.

    No nmero das torneiras citamos tambm as vlvulas,aparelhos do mesmo gnero, destinados a caudais degua de grande presso (Figs. 5 e 6').

    Nas vlvulas de passagem o macho (das torneiras) substitudo por uma vlvula propriamente dita.

    O corpo da vlvula dividido por uma espcie desepto e com a subida ou descida do pisto, manobradona sua haste superior, assim se intercepta ou deixa cor-rer livremente a gua. Um bucim enroscado e com es-topa garante a vedao do aparelho.

    As vlvulas de servio no so tambm mais do quetorneiras resistentes e aperfeioadas destinadas s cor-rentes de grandes presses.

    Os exteriores das torneiras ou vlvulas ficam pulidos,niquelados ou cromados.

    O U T R O S E N C A N A M E N T O S

    "ToDOS os encanamentos que vimos de descrever, querem tubos de chumbo quer em tubos de ferro gal-

    vanizado, destinados ao abastecimento de gua nas ca-sas de habitao, comerciais e de servio pblico, tantopodem ser assentes nas paredes mestras, divisrias, fron-tais e tabiques, como mergulhados no terreno.

    Os canos de chumbo no devem ficar muito super-fcie quando assentes no interior do terreno, pois quese sujeitam ao esmagamento, devido aos assentamentosdas terras e passagem dos veculos pesados. A pro-fundidade a que devem ficar estes tipos de encanamen-tos nunca deve ser inferior a um metro.

    Para os canos de ferro a profundidade de Om,80 su-ficiente.

    Nos encanamentos subterrneos destas categorias astorneiras de passagem, tambm chamadas de segurana,so assentes nos troos que ficam superfcie ou maisaltos.

    S nos encanamentos subterrneos de grande cor-rente se utilizam as torneiras em poos (#).

    Quando todo o encanamento for dado por concludoe feita a ligao rede pblica de abastecimento ou aalgum reservatrio, pe-se em carga, a fim de se veri-ficar se no h roturas ou quaisquer outras deficinciasque sejam perigosas e tenham de se remediar imedia-tamente.

    S depois desta prova se procede ao tapamento dascanalizaes nos roos, se elas so de instalao inte-rior.

    Os tubos de chumbo de um cordo s so aplicadospara gua sem presso e para outros fins. A sua resis-tncia muito fraca, pelo que antecipadamente se devebanir a sua utilizao nos encanamentos de abasteci-mento.

    P A T E R E S

    A s ligaes das torneiras aos encanamentos tm comoremate umas espcies de anilhas de lato que so

    os pateres.Os pateres so possuidores de roscas para se efectuar

    o atarraxamento com as torneiras. Uns dizem-se machose tm as roscas no exterior do bocal, e outros denomi-nados fmeas tom as roscas no lado interior. As funesquer de uns quer de outros so exactamente as mesmas.Os pateres so quase sempre fixados a buchas de ma-deira com parafusos.

    Do lado oposto quele em que atarraxa a torneirah uma espcie de tabuladura que recebe o tubo dacanalizao, por soldadura se ela de chumbo e tam-bm de rosca se se trata de tubagem de ferro.

    Quando conveniente dar um certo balano s tor-neiras, aplica-se uma alonga ou tubo acrescentado delato, que se atarraxa no pater de um lado e na prpriatorneira do outro.

    Em alguns casos so os prprios pateres providos decanhes do comprimento desejado que do o respectivobalano s torneiras.

    (*) Ver o Caderno n. 25 desta Enciclopdia.

  • INSTALAES SANITKIAS

    A S S A N I T R I A SA S chamadas loias sanitrias so todas as vasilhas

    que se utilizam nas retretes, casas de banho e co-zinhas, de assentamento imvel e ligadas s canaliza-es de gua e de esgoto.

    No nmero das loias sanitrias contamos as baciasde retrete, bids, urinis, lavatrios, tinas de banho,tanques de lavagem e pias de despejo.

    As bacias de retrete, bids, urinis, e lavati*ios sogeralmente fabricados de grs vidrado e de faiana dep de pedra.

    As pias de despejo so fabricadas dos materiais des-critos, se se destinam a fins de alta higiene, como nosservios hospitalares, e de cantaria se se destinam scozinhas vulgares.

    Fig. 9. ABOS E TAMPOS DS BACIAS DE RETRETE

    As tinas de banho so fabricadas de faiana de p depedra, de ferro esmaltado, de chapas de zinco pintadascom esmalte e de beto armado, e construdas de tijolorevestido de reboco de massa de cimento e areia ou deazulejos.

    Os tanques de lavagem destinados a cozinhas e copas,tanto da casas particulares como de casas de sade, sofabricados de faiana de p de pedra, grs vidradoe cantaria pulida.

    Os formatos de todas estas loias so os mais varia-dos, bem como os seus tipos e modos de funcionamento.

    As bacias de retrete ou de latrina so fabricadas emdiferentes modelos, desde as vulgares e simples piasat aos modernos sistemas sifnicos. De entre elas des-tacam-se dois tipos: o de borda estreita e o de bordalarga. O primeiro destes tipos necessita de um aro demadeira destinado a assento das pessoas e o segundodispensa esse atributo.

    Os aros de madeira que por vezes so construdos demadeiras de cor, so pulidos, e quando construdos demadeiras ordinrias so pintados de tinta branca.

    A sua abertura deve coincidir com a abertura da ba-cia onde funciona (Fig. 9). A fixao dos aros de ma-deira feita por meio de parafusos que, metidos na suabase, entram em buchas na parede que fica no tardozda latrina.

    Para o movimento de levantar e baixar o aro, duasdobradias ligam este sua base fixada na parede.

    Nas retretes de categoria os aros so providos detampos, que fazem a sua cobertura e so assentes tam-bm com dobradias.

    A gua para as bacias de retrete entra abaixo daborda, do lado trazeiro, por descarga do autoclismo.

    Os lavatrios so abastecidos por torneiras de qual-quer tipo e descarregados por meio de vlvulas. Os la-vatrios so providos de tubos de descarga, que ligamaos sifes de caixa de chumbo ou do formato de gar-rafa. Dos sifes seguem para a canalizao de esgoto.

    As tinas de banho so abastecidas por torneiras deguas quentes e frias e o seu esgoto faz-se por meio devlvula para sifo de onde segue para os encanamentosde esgoto.

    As bacias de lavatrio so tambm de muitos forma-tos, desde os pequenos lavabos ou lava-mos, de faceou de canto at aos grandes, de largas dimenses.

    No mercado o formato dos lavatrios designado porchapas, sendo a chapa l o maior.

    As pias de despejo so por vezes servidas por torsneiras para a sua descarga e tambm podem receber a-correntes de varrer por meio de autoclismos.

    Os tanques de lavagens so ligados aos esgotos atra-vs de sifes de gorduras, para boa normalizao dascanalizaes.

    Fig. 10. LOIAS SANITRIAS(a Bid; b Lavatrio; c Urinol; d Bacia de retrete)

  • INSTALAES SANITRIAS

    0. 11. AUTOCLISMODE SIFO ALTO

    Fig. 12. AUTOCLISMODE CAMPNULA

    Fig. 13. AUTOCLISMODE SIFO INGLS

    A U T O C LCO os autoclismos reservatrios de gua abastecidos

    automaticamente da rede de gua instalada nos edi-fcios e destinam-se a descarregar correntes de varrernas canalizaes e lavagens das louas sanitrias, baciasde latrina, urinis, lavadouros, pias, etc.

    Os autoclismos so construdos de ferro preto ou gal-vanizado, de grs cermico e de porcelana.

    Os autoclismos so accionados por uma corrente, pu-xador ou boto que se maneja, ou ainda automatica-mente por perodos fixados ou por descargas intermi-tentes. A descarga do autoclismo feita por um tubode descarga de um dimetro relativamente largo, de0",032 ou 0*,03 interiormente.

    A alimentao do reservatrio geralmente feita porum tubo que vem da canalizao interior com o dime-tro interior de Om,013.

    A descarga de gua para as latrinas deve ter emmdia o volume de 12 a 15 litros.

    A altura normal a que devem ficar os autoclismos so2m,00 ou 2m,50. Acima desta altura exigido o dimetrode Om,06 ou Om,075 para os tubos de descarga.

    Os autoclismos so constitudos em geral por trs pe-as, que so o reservatrio, a torneira de alimentao deflutuador e o sifo para a descarga.

    em geral sobre consolas de ferro que se assenta oautoclismo e, tanto quanto possvel, sobre a pia ou qual-quer local onde se pretenda a descarga.

    Os reservatrios so caixas de ferro esmaltado oupintado, como atrs dissemos, providos de um lado deuma entrada para o ramal de alimentao e do outrode uma boca para servir um ramal, sempre de dimetromuito estreito, apenas O'n,012. que o avisador e queserve para levar ao tubo de descarga o excedente dagua. que, por deficincia do autoclismo, possa vir acimado prprio nvel.

    O tubo de descarga parte do fundo do autoclismoe chega at pia ou bacia de latrina para fazer a des-carga da gua ou a corrente de varrer.

    O tubo de alimentao provido de uma torneira depassagem ou de segurana para se interceptar a passagemda gua quando for conveniente. O tubo de descargatambm algumas vezes provido de uma idntica torneira.

    Fig. 14. LOIAS SANITRIAS(A, B e C Diversos tipos de bacias de retrete; D e A1 Vistas de frente das baeias; E e E1 Bids; F Urinis de face;

    G Urinis de canto)

  • INSTALAES SANITElAS

    Depois de efectuada a descarga o reservatrio do au-toclismo cheio automtica e imediatamente at linhado seu nvel de gua.

    Existe um nmero variado de modelos de autoclismos,mas em todos eles a torneira do ramal de alimentaro ligada por um sistema de alavanca a um flutuador,espcie de bia, que regula o volume da gua a admito-no reservatrio. O puxador dos autoclismos manejadocom rapidez e larga-se logo de seguida, para que a des-carga seja bem feita. No entanto h alguns sistema deautoclismos em que preciso manter puxada a co^ _ntedurante a descarga.

    AUTOCLISMO DE SIFO ALTO (fig. 11).A descarga deste autoclismo feita por meio de umsifo recurvado. Puxada a corrente que faz mover aalavanca, desloca-se assim a vlvula que tapa a sadada descarga e, faz-se imediatamente o despejo de algumagua que leva por aspirao todo o ar contido na partesuperior do sifo, o que faz despejar o reservatrio.Assim, feita a descarga sobre a pia-ou qualquer outravasilha, o flutuador baixa e abre a torneira de alimen-tao e faz-se o enchimento do reservatrio compri-mindo o ar dentro do sifo.

    O autoclismo est sempre pronto a descarregar a suacorrente de varrer pelo seu tubo de descarga.

    AUTOCLISMO DE CAMPNULA (Fig. 12).Neste tipo de autoclismo o brao livre do sifo co-berto por uma campnula ligada na extremidade ala-vanca do puxador. Quando se puxa pela corrente a cam-pnula levantada e leva para o sifo alguma gua,fazendo-se deste modo o despejo do autoclismo e ficafeita com rapidez a descarga.

    A U T O C L I S M O I N G L S (Fig. 13). umsistema de autoclismo bastante prtico o que descreve-mos. Uma espcie de funil que se liga ao tubo de des-carga, situa-se no centro do reservatrio e cobertopor uma campnula formando deste processo o sifo,que propriamente dito no existe. Quando se puxa a cor-rente a alavanca faz levantar a campnula, fazendo en-trar a gua no sifo e simultaneamente a descarga.A torneira da alimentao liga ao brao do flutuador paraprovocar o enchimento automtico do reservatrio.

    A U T O C L I S M O S A U T O M T I C O S . Sovariados os sistemas de autoclismos automticos. Unsso regulados pela demora do enchimento do reserva-trio e quando a gua atinge o nvel respectivo pro-duz-se a descarga; outros regulam-se pela passagem dagua para o sifo, cuja demora dependente da ala-vanca que baixa de tempo a tempo.

    Antigamente existiam curiosos sistemas de autoclis-mos, movimentados pela porta da latrina, quando abriaou fechava, regulados pelo levantamento do tampo demadeira que cobria a pia, pelo toque de um boto dis-posto na parede, etc., etc.

    O U T R O S A U T O C L I S M O S . A l m dos au-toclismos de funcionamento automtico, h ainda aquelescujo movimento feito por meio de um cursor quecorre numa espcie de calha metlica metida na paredee os que descarregam quando se abrem por chave apro-priada. Estes autoclismos so utilizados nas latrinas des-tinadas a pessoas anormais ou crianas.

    Os disparadores automticos de gua so os mais mo-dernos aparelhos destinados ao despejo das correntesde varrer.

    Fig. 15. , URINIS COLECTIVOS(Assentes en're papagaios de pedra serrada)

    Fig. 16. PORMENORES DOS PAPAGAIOSDE PEDRA SERRADA

    8

  • INSTALAES SANITRIAS

    U R I N I Surinis so artefactos destinados a recolher asnrinas e so assentes ou construdos junto das

    paredes das dependncias destinadas a instalaes sani-trias.

    Os urinis podem ser classificados em duas categoriase ambos contam vrios sistemas.

    A primeira destas classificaes diz respeito aos uri-nis formados apenas por um vaso, que quase sempremanufacturado com grs esmaltado ou faiana de p depedra.

    A segunda refere-se aos urinis construdos com v-rios materiais num conjunto dentro de preceitos sani-trios.

    Os urinis de cermica de qualquer formato, mais oumenos arredondados ou de salincia esguia, podem serde face ou de canto. Estas designaes so derivadas daforma do seu assentamento. Se so de face so assentesna face de uma parede e se so de canto so fixados nongulo formado por duas paredes.

    Estes urinis so abastecidos de gua para a sua la-vagem e do seu esgoto, por um ramal da canalizaoabastecedora da respectiva dependncia, onde est a ins-talao sanitria. A gua entra por um orifcio superiore cai por toda a superfcie do vaso, empurrando as uri-nas para a canalizao de esgoto que sai na parte infe-rior do urinol. Um pequeno ralo de lato na boca doesgoto impede que matrias estranhas s urinas passempara a canalizao, obstruindo-a.

    A canalizao dos esgotos destes urinis geralmentefeita com tubos de chumbo de dois cordes ou de ferrogalvanizado de Om,035 de dimetro. Quando a espessuradas paredes onde esto assentes os urinis permitem,fazem-se os encanamentos dos esgotos com manilhas dagrs de Ora,05 de dimetro, que oferecem melhor ga-rantia.

    Estes tipos de urinis so fixados nas paredes pormeio de parafusos para buchas de madeira nelas embe-bidas.

    A corrente da gua para os urinis regulada poruma torneira do passagem adaptada no respectivo ramalda canalizao.

    Os esgotos destes urinis canalizados como atrs jindicmos, so dirigidos s canalizaes das latrinas ououtras que lhes fiquem prximas. A sua interrupo parasupresso dos odores prprios dos encanamentos obtida por um sifo assente entre a descida do urinole o ramal a onde se ligam, como mostramos nos de-senhos.

    Dos urinis fabricados ern cermica temos tambm aconsiderar os chamados urinis de coluna, que se assen-tam encostados a paredes e apoiados num pavimentoprovido de caleira com ralo e sifo. O gnero de fun-cionamento destes urinis em tudo idntico quelesque so construdos com vrios materiais, que^de se-guida vamos explicar, ao tratar-mos dos urinis^colec-tivos.

    Fig. 17. UEINOIS COLECTIVOS(Tipo de coluna; A Variante)

    Fig. 18. URINIS COLECTIVOS(Tipo vulgar de caleira)

  • INSTALAES SANITRIAS

    U R I N I S C O L E C T I V O Surinis colectivos a um grupo de urinis

    seguidos e separados por leves divisrias, os pa-pagaios, qae se instalam para servio do pessoal de ofi-cinas, escritrios, armazns, etc.

    Os urinis de faiana e os urinis construdos de con-junto podem ser instalados unicamente e em srie, comovamos estudar. Os encanamentos dos esgotos dos uri-nis em srie no devem ter menos de CP.007 de di-metro.

    Os encanamentos dos esgotos dos urinis devem sersempre feitos com manilhas de grs, tanto quanto a es-pessura das paredes ou pavimentos o possam permitir,e s se utilizam as tubagens metlicas quando para asoutras no haja espao.

    Os metais so atacados pelo cido corrosivo das urinas.

    U R I N I S DE F A C E (Fig. IS). Estesurinis assentam sobre os paramentos das paredes, re-vestidos de azulejos ou de placas de pedra serrada. Osurinis ficam separados uns dos outros pelos papagaios,que podem ser construdos de pedra serrada, cantariaou ardsia pulidas.

    A corrente de varrer descarregada por um auto-clismo, assente superiormente, a meio da correntezados recipientes, cujo tubo de descarga liga a um tubohorizontal, a gambiarra, que despeja em todos os uri-nis.

    Se a srie de recipientes for grande convenientedividir o seu nmero por mais autoclismos, a fim de ga-rantir o seu funcionamento.

    A descarga dos autoclismos pode ser automtica, in-termitente ou contnua, ou pela abertura de torneirasde passagem para cada urinol.

    Cada urinol provido do seu sifo para que os mauscheiros da canalizao no passem para fora.

    U R I N I S DE C O L U N A (Fig. 17}. Estesurinis de faiana so dos mais perfeitos artefactos aeste fim destinados e os que melhor apresentam o as-pecto higinico.

    Estes urinis so tambm assentes sobre as paredese constam geralmente de trs peas, todas do mesmomaterial e fabrico. A principal tem a forma de um meiocilindro cncavo e assenta no pavimento formando pia ;a segunda uma divisria que serve de papagaio e aterceira forma a posio horizontal do conjunto.

    A pia do pavimento recebe um ralo metlico por ondepassa a urina que gira por um sifo para o encanamentodo esgoto.

    Estes recipientes podem ficar montados sobre umaespcie de degrau de cantaria ou abaixo do pavimento,como mostramos no pormenor de uma variante.

    Os sifes dos urinis devem ser possuidores de ven-tilao, devendo ser ligados a um encanamente de res-piradouro.

    As descargas intermitentes de um autoclismo mantma lavagem constante dos recipientes.

    URINIS DE ARDSIA OU DE PEDRAS E R R A D A (Fig. 18}. um sistema de urinis

    que tanto podem ser construdos separadamente comoem srie, dentro dos mais elementares princpios cons-trutivos. O seu fundo, encostado a uma parede, cons-titudo por placas de ardsia ou de cantaria pulidas, talcomo os papagaios.

    Superiormente ao forro do fundo da construo correuma faixa das mesmas pedras, provida de um disposi-tivo para se assentar um tubo metlico cheio de orif-cios, para deixarem espalhar a gua por toda a super-fcie do forro, que para onde se urina.

    O pavimento dos urinis que pode ser em forma dedegrau de cantaria ou face do pavimento geral dacasa. comporta em todo o seu comprimento uma caleira,que partindo de ambas as extremidades da instalaocom pouco sulco atinge maior profundidade no centro,onde se assenta um ralo metlico para receber as urinasque entram num sifo a caminho dos esgotos.

    Um autoclismo colocado a meio da instalao forneceas correntes de lavagens, contnuas ou peridicas, se-gundo se desejar.

    Os degraus ou as lagens do pavimento podem serdotados de esbarros para escoamento das urinas quecaiam fora da caleira, ficando os ps das pessoas forados esbarros.

    Em algumas obras as caleiras dos urinis so cober-tas com uma grade de ferro fundido.

    P A P A G A I O S . As divisrias dos urinisem srie tm, como j vimos, a designao de papa-gaios.

    A sua construo pode ser de cantaria ou de ardsia,consoante o material do forro de toda a correnteza.Para os urinis de coluna, como j sabemos, existempeas apropriadas, para o fim em vista, de faiana ougrs vidrado.

    Os papagaios de pedra podem assentar-se sobre oprprio pavimento dos urinis, mas deixando-se livre apassagem das urinas e da gua sobre a caleira.

    Quando os urinis so de bacia e de faiana e em cadacompartimento haja um ralo para recolha das urinasque caiam por fora, podem os papagaios entrarem emtoda a sua largura no pavimento.

    Porm, o melhor meio de se fazer o assentamentodos papagaios de pedra, apoi-los num pedestal met-lico fixado no solo (Fig. 16), de Om,30, Om,40 ou Om,50de altura. Assim, a lavagem de todo o local completae perfeita.

    Os papagaios so fixados no forro do fundo do urinolpor entrada num sulco previamente preparado para essefim, seguros por pequenos esquadros metlicos ou,ainda, presos a braadeiras com parafusos.

    Nas instalaes de luxo todas as peas metlicas sode lato cromado.

    A largura dos papagaios normalmente de 0,m35 aOm,4 e a sua altura varivel, podendo medir-se docho a cima de lm,40 a I,m60.

    Nos urinis de coluna os pavimentos, como sabemosbem, constituem uma espcie de tina (Fig. 17A), pro-vida de ralo metlico, onde se recolhem as urinas e agua da sua lavagem, sem os inconvenientes de salta-rem para fora e tomarem mau aspecto. So estes defacto os urinis mais recomendveis para as instalaesde grandes aglomerados.

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  • I N S T A L A E S SANITRIAS

    C A S A S D E B A N H OA vulgar designao de cosas de banho dada a certas

    "T* dependncias das casas de habitao, destinadasa servios higinicos, compreende a instalao de baciade retrete, tina para banho de imerso ou para chu-veiro, bid e lavatrio (Fig. 8).

    Estas dependncias situam-se junto das fachadas pos-teriores das edificaes, quer seja para as trazeirasquer seja para sagues ou ptios, pois que precisam deventilao natural, o que s se consegue por meio dejanelas.

    Fig. 19. INSTALAO DE LATRINAS(Corte transversal)

    A ventilao artificial, cujos sistemas esto actual-mente muito desenvolvidos, no satisfaz plenamente asboas regras da higiene e s se deve utilizar quando nopossa deixar de ser.

    Nas novas construes a disposio das casas debanho e das latrinas sempre estudada conveniente-mente e conforme as normas municipais relativas asanidade.

    As latrinas que geralmente so umas pequenas depen-dncias das casas de habitao, e de grandes reas nosedifcios comerciais, fabris e pblicos, s comportam,por via de regra, bacias de retrete e lava-mos. Naslatrinas colectivas, para os grandes servios de pessoal

    empregado, tambm s vezes se instalam bids, mas snos compartimentos destinados a mulheres.

    A instalao de bids para servio comum no deaconselhar, pois que a higiene, o principal motivo dasua existncia, deixava de existir.

    As paredes das dependncias destinadas a casas debanho ou simplesmente a latrinas, devem ser revestidasde azulejos, de pedra serrada pulida ou de qualquer ou-tro revestimento hidrfugo muito mais pobre, mas quegaranta a boa iseno de infiltramentos.

    Tambm no aconselhvel que se deixem ficar n-gulos nos cantos: antes se devem formar curvas, em-bora de pequeno raio. Para efeitos de limpeza este omelhor sistema.

    Os pavimentos destas dependncias tambm devemser revestidos de ladrilhos-mosaicos ou de qualquerproduto que garanta a impermeabilizao.

    A concordncia dos revestimentos das paredes comos dos pavimentos deve igualmente formar curva.

    Assim, se podem aplicar rodaps de ladrilhos curvos.Para efeitos de lavagens destes pavimentos, mormente

    quando estas dependncias tambm comportam urinis. muito conveniente assentarem-se sifes ,de caixa dechumbo em qualquer canto da casa.

    Em certas dependncias de grande frequncia, tam-bm de grande utilidade o assentamento de ralos paraescoamento das guas que habitualmente por l se es-palham.

    Uma casa de banho bem montada, com todos os apa-relhos necessrios e com as tubagens vista, pintadasa esmalte branco, no s de grande efeito como dehigiene bem manifestada.

    fig, 20 INSTALAO DE LATRINAS(Planta)

    -11-

  • INSTALAES SANITRIAS

    R E T E T E S\ S retretes ou melhor as latrinas, so dependncias

    destinadas a dejeces, geralmente dispostas juntodas paredes mestras das fachadas posteriores das edifi-caes de habitao.

    Estas dependncias, de pequena superfcie, devemem todos os casos ser providas de uma janela, paraque a ventilao se faa normalmente, como con-vm.

    Esta janela que talvez deva ser dotada de umpano de p'eito mais alto do que a altura usual, porqueno enchalo onde melhor se pode assentar a bacia.

    O nmero de peas de loias sanitrias a instalarnuma latrina so as seguintes: bacia, bid e lavatrioou, simplesmente um lava-mos.

    Nem todas as retretes possuem bid fixo, porque seutilizam bids mveis.

    Os encanamentos dos esgotos da bacia da retrete paraa baixada exterior so normalmente de manilhas de grsde Om,10 de dimetro.

    Os encanamentos do bid so de Om,05 e vo ligardirectamente canalizao da bacia, a dos Om,10 de di-metro, havendo o prvio cuidado de a obturar com osrespectivos sifes.

    Os lavatrios ou lava-mos fazem ligar o seu tubo dedescarga, de Om,035 de dimetro, de lato cromado oude ferro galvanizado pintado se exterior, e de chumbose interior, depois de passar pelo sifo, ao encana-mento do esgoto que da bacia parte para a baixada, pormanilhas de Oro,05 ou, se no h espao para este tipode encanamento, tubagem desferro.

    TT"5- _11

    Dos sifes das canalizaes das bacias de latrina devesair sempre, qualquer que seja o tipo utilizado, enca-namentos de ventilao que sobem pela fachada, ao ladoda baixada dos esgotos, e vo alcanar o telhado ondevo terminar por um respiradouro.

    As paredes das retretes, por mais simples que sejam,devem ser sempre revestidas de azulejos, pelo menosat altura de lm,75. Os pavimentos devem, pela suaparte, ser revestidos de ladrilhos, sendo a sua constru-o de beto ou formigo. Por ATezes, nas latrinas desomenos categoria, os pavimentos ficam simplesmenterevestidos de betonilha, lisa ou esquartelada, bem comotambm as paredes apenas levam um reboco de arga-massa de cimento e areia, a um trao de 1:4, afagado colher.

    Para as betonilhas no ficarem com a sua cor cinzentado cimento, cujo aspecto no dos melhores, costumamos construtores misturar-lhes nas massas um pouco dexido de ferro.

    Esta cor encarnada favorece muitssimo os pavimen-tos de pouca categoria, pois que podem receber o en-ceramento (*).

    Nas latrinas de grandes fbricas nem sempre se apli-cam bacias de faiana ou de grs cermico, mas assen-tam-se pias de pedra pulida, onde tambm se podemintroduzir as descargas de gua para a sua limpeza.

    Para servio das pessoas que se servem destas pias,dotam-se as latrinas assim construdas com aros de ma-deira mveis, cuja abertura deve coincidir com os di-metros das pias.

    Os aros de madeira, pintados ou no, devem conser-var-se muito asseados.

    As pias de pedra aplicadas no servio de latrina tmuma certa vantagem sobre as bacias de faiana, nos lo-cais de grandes aglomerados de pblico, porque algumaspessoas temendo contgios, sobem para as pias em lugarde se sentarem, o que no pode fazer-se sobre asbacias.

    As latrinas turcas, talvez as mais recomendveis paraesses aglomerados, pelas suas condies de higiene,tambm totalmente no podem resolver o caso que oratratamos, porque se h pessoas que se no sentam nes-ses lugares tambm as h que no podem deixar de sesentarem.

    Nas retretes colectivas, aquelas que constam de vrioscompartimentos, construdas geralmente para os gran-des aglomerados populacionais, fbricas, oficinas, esta-es de caminhos de ferro, cais, etc., de aconselhara construo de vrios tipos de latrinas, assim como jse pratica, para homens e mulheres, de instalaes se-paradas, nos lugares pblicos.

    As retretes, que em portugus, alm de latrinas, tam-bm se designam sentinas, comportam como acessriosas papeleiras, que so os suportes para o papel higi-nico, e os toalheiros para suporte das toalhas.

    Fig. 21. INSTALAO DE LATRINAS(Alado exterior dos encanamentos) (*) Sobre betonilhas ver o Caderno n. 18 desta Enciclopdia.,

    12

  • INSTALAES SANITKIAS

    As paredes e os tectos destas dependncias no de-vem conter ngulos, para maior facilidade da respectivalimpeza. Os cantos ficam arredondados com uma pe-quena curva e para melhor contraste as arestas ficamaboleadas.

    R E T R E T E S C O L E C T I V A S

    A construo deste conjunto de retretes normal-mente de uma grande simplicidade. As divises

    dos compartimentos so construdas com tijolo assenteao cutelo,' com argamassa de cimento e areia ao traode l: 5.

    As divisrias, simples panos de tijolos como vemos,vo ligar-se parede que fecha todo o conjunto de re-tretes.

    Assim, dentro de uma dependncia de um edifcio ounum pavilho apropriado, pode construir-se toda umasrie de retretes. Nos nossos desenhos (Figs. 20 e 23}mostramos plantas, respectivamente, de quatro e trsdivises, mas pode-se tambm, no precisamos de acen-tuar, construir-se um nmero limitado de retretes dentrodeste mesmo sistema.

    As portas dos compartimentos das retretes comunsno so totalmente vedadas.

    Por vrios motivos e todos com finalidades mais oumenos conhecidas ou reflectidas, compreende-se a ne-cessidade de poder saber-se se os frequentadores seconservam em estado normal.

    Logo, para se obedecer a esses pontos de vista, dei-xam-se os batentes das portas relativamente encur-tados.

    Os batentes ou folhas que se assentam nos portaisdas retretes comuns devem ficar acima do pavimentocerca de Om,30. Podem por este sistema ver-se os psdas pessoas que esto l dentro e fica facilitada a lava-gem da respectiva retrete (Fig. 24).

    Escusamos de lembrar que as portas das retretes dascasas de habitao vedam totalmente o portal e, s ve-zes, possuem bandeira ou qualquer envidraado prpriopara lhes facultar boa luz.

    As divisrias das retretes colectivas, bem como aparede da frente, no atingem o p direito da depen-dncia a onde tm lugar. Ficam muito abaixo.

    Em geral todas as paredes das divises das retretesno passam de pouco mais de 2m,00. 2m,20 ou 2m,30 a altura dada usualmente a estas instalaes.

    Em certos pavilhes as paredes divisrias vo at aotecto da dependncia, e ento para melhor se garantiro arejamento de todo o conjunto, abrem-se bandeirasmveis na sua parede da frente, muito acima das portas.Nas paredes mestras onde se encostam estas instalaessanitrias, no se deixam janelas, como costume nasretretes das casas particulares, mas constroem-se a de-terminada altura frestas, cujos caixilhos se movimentampor bscula.

    As paredes divisrias so rematadas superiormentepor um capeamento de pedra pulida ou de madeira pin-tada.

    liy. 22. RETRETE COLECTIVA(Corte transversal)

    Fig. 23. RETRETE COLECTIVA(Planta dos esgotos)

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  • INSTALAES SANITKIAS

    Quando as retretes comuns so de utilizao mista sempre conveniente destinar uns compartimentos a ho-mens e outros a mulheres. A. parede que separa oscompartimentos dos homens dos das mulheres deve irat ao tecto da respectiva dependncia.

    Porm, aconselhvel que as retretes de cada sexo,fiquem completamente separadas com vestbulos parte.

    Nos vestbulos das retretes comuns ficam instaladosos lavabos com os seus respectivos toalheiros. Dentrode cada retrete deve ficar assente uma papeleira.

    Para as retretes colectivas cada encanamento prpriode cada bacia, de Om,10 de dimetro, liga a uma linhacujo dimetro de manilhas varivel, de acordo com onmero de ligaes que recebe.

    Assim, se de uma s bacia, servem simplesmenteos mesmos Om,10, se de duas ou trs bacias utilizam-seas manilhas de Om,12 de dimetro e assim sucessiva-mente. As baixadas, porm, em qualquer dos casos,nunca devem ter dimetros inferiores a Om,14.

    As pinturas das portas e caixilhos das instalaes deretretes devem ser sempre com tintas base de leode linhaa e, sendo possvel, com uma dem^o final deesmalte, para que a lavagem seja tanto quanto possvelde bons resultados.

    AL A T R I N A S T U R C A S

    s latrinas turcas so, como j tivemos ocasio deescrever, as mais apropriadas para servio comum

    dos grandes aglomerados de gente. A higiene pode poresse tipo de retrete ser mantida regularmente.

    As latrinas turcas so de um sistema que abrangevrios tipos, todos eles mais ou menos utilitrios, unsde construo obtida com o emprego de vrios mate-riais e outros de fabricao prpria em grs cermico,cantaria ou em beto armado.

    R

    Fig. 24. COMPARTIMENTO DE RETRETECOMPLETO

    (No Corte A-B vem-se os batentes das portas cortados acimado pavimento cerca de Om,30j

    Fig. 25. LATRINAS TURCAS(A Bacia pr-fabricada; B Corte de bacia vulgar;

    C Corte de pias de dejeeo e de urina)

    Estas retretes so de grande aplicao nas estaesde caminhos de ferro, fbricas, quartis e outros locaisem que muita gente estranha tem necessidade de seservir delas, sem perigo de contgio de qualquer es-pcie.

    As retretes turcas de fabricao prpria (Fig. 25),de grs cermico, de beto armado ou de cantaria pu-lida, encontram-se no mercado com as dimensSes vul-gares estabelecidas ou fabricam-se por encomenda quandotenham de obedecer a determinados locais ou a regrasespeciais.

    As bacias so constitudas por uma s pea de qual-quer dos materiais acima descritos e constam de umacavidade pouco profunda em toda a sua superfcie. Emvolta fica, como entendido, um rebordo ou faixa maisalta e de pouca largura vista, porque uma parte ficaencastrada nas paredes do aposento.

    No stio prprio aberto o crculo de cerca de Om,20ou Om,25 de dimetro e sua frente ficam duas esp-cies de pequenas plataformas para as pessoas porem osps.

    Estas plataformas no ultrapassam em altura o nveldos rebordos da bacia.

    Por debaixo do crculo aberto, por onde caiem os de-jectos, pode ser assente uma bacia de grs, circular oude qualquer outra forma ordinria, que fica em cima deum sifo que d o incio do encanamento.

    A descarga da gua ou a respectiva corrente de var-rer, que sai do autoclismo, entra por um orifcio entrea bacia da latrina e a bacia de grs.

    Isto, claro, como os estudiosos j compreenderam,diz respeito a um tipo de latrinas. Vejamos agora outrotipo.

    Assenta-se a bacia da latrina de grs cermico, d