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8/13/2019 22275946-Lusiadas-CIX-ilha-dos-amores-teste-12º

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GRUPO I

A

Leia, atentamente, o texto, constituído por cinco estâncias de Os Lusíadas,transcritas do Canto IX.

Est. 89, v. 1

Que as Ninfas do ceano, t!o fermosas,

"#tis e a I$%a an&#$ica pintada1,

utra cousa n!o # 'ue as de$eitosas(onras 'ue a vida fa)em su*$imada+.

'ue$as premin-ncias &$oriosas,

s triunfos, a fronte coroada

/e pa$ma e $ouro, a &$0ria e maravi$%a,

Estes s!o os de$eites desta I$%a.

Est. 9, v. 9

Que as imorta$idades 'ue fin&ia

anti&uidade, 'ue os I$ustres ama,

L2 no este$ante $impo3, a 'uem su*ia

4o*re as asas ínc$itas da 5ama,

6or o*ras va$erosas 'ue fa)ia,

6e$o tra*a$%o imenso 'ue se c%ama

Camin%o da virtude, a$to e fra&oso,

7as, no fim, doce, a$e&re e de$eitoso,

Est. 91, v. 1

N!o eram sen!o pr#mios 'ue reparte,

6or feitos imortais e so*eranos,



mundo cos vares 'ue esfor:o e arte

/ivinos os fi)eram, sendo %umanos.

Que ;<piter, 7erc<rio, 5e*o e 7arte,

Eneas e Quirino e os dous "e*anos=,

Ceres, 6a$as e ;uno com /iana,"odos foram de fraca carne %umana.

Est. 9+, v. +=

7as a 5ama, trom*eta de o*ras tais,

L%e deu> no 7undo nomes t!o estran%os

/e /euses, 4emideuses, Imortais,

Indí&etes, (er0icos e de 7a&nos.6or isso, 0 v0s 'ue as famas estimais,

4e 'uiserdes no mundo ser taman%os,

/espertai ?2 do sono do 0cio i&navo8,

Que o ânimo, de $ivre, fa) escravo.

Est. 9, v.

E ponde na co*i:a um freio duro,

E na am*i:!o tam*#m, 'ue indi&namente

"omais mi$ ve)es, e no torpe e escuro

@ício da tirania infame e ur&enteA

6or'ue essas %onras v!s, esse ouro puro,

@erdadeiro va$or n!o d!o B &ente

7i$%or # merec-D$os sem os ter,

Que possuíD$os sem os merecer.

Luís de Cames, s Lusíadas, ed. preparada por . ;. da Costa 6imp!o, =. ed.,

Lis*oa, 7NEFIC, +

1 I$%a an&#$ica pintada representa:!o, pintura de uma i$%a $inda, 'ue $em*ra um

$u&ar %a*itado por an?os.



+ su*$imada i$ustre, c#$e*re.

premin-ncias Gpor preemin-nciasH distin:es, superioridades, %onrarias, $ouros,

pr#mios.

3 no este$ante $impo na *ri$%ante morada dos deuses.

= os dous "e*anos (#rcu$es e aco.> L%e deu $%es deu.

Indí&etes divindades primitivas e nacionais dos Jomanos.

8 do 0cio i&navo do 0cio indo$ente, pre&ui:oso

presente, de forma *em estruturada, as suas respostas aos itens 'ue se se&uem.

1. Expon%a, sucintamente, o conte<do das tr-s primeiras estâncias.

2. K5ama desempen%a um pape$ fundamenta$ no processo da imorta$idade.

Jefira tr-s dos aspectos evidenciados nesse desempen%o, fundamentando a sua

resposta com cita:es do texto.

3. Identifi'ue a ap0strofe presente na estância 9+ e exp$icite a inten:!o 'ue $%e est2

su*?acente.

4. Indi'ue o modo das formas ver*ais K/espertai Gverso 1H e Kponde Gverso H e

refira o

respectivo va$or expressivo.

B

Considere a se&uinte opini!o so*re s Lusíadas

Mas o texto é complexo e, por vezes até, contraditório. Em certos momentos exibe

uma face menos gloriosa; aquela em que emergem as críticas, as dúvidas, o

sentimento de crise.

7aria @ita$ina Lea$ de 7atos, "0picos para a Leitura de s Lusíadas, Lis*oa,

Editoria$ @er*o, +3



5a)endo ape$o B sua experi-ncia de $eitura de s Lusíadas, comente, num texto de

oitenta a cento e vinte pa$avras, a opini!o acima transcrita.

Observações:

1. 6ara efeitos de conta&em, consideraDse uma palavra 'ua$'uer se'u-nciade$imitada por espa:os em *ranco, mesmo 'uando esta inte&re e$ementos $i&ados

por %ífen Gex. FdirDseDiaFH. Qua$'uer n<mero conta como uma <nica pa$avra,

independentemente dos a$&arismos 'ue o constituam Gex. F+8FH.

2. Mm desvio dos $imites de extens!o indicados imp$ica uma desva$ori)a:!o parcia$

Gat# = pontosH do texto produ)ido.

GRUPO II

Leia, atentamente, o se&uinte texto.

N!o creio 'ue as c$assifica:es acrescentem o 'ue 'uer 'ue se?a B frui:!o de uma

o*ra de arte, se?a e$a $iter2ria ou de outra 'ua$'uer nature)aA mas tam*#m n!o penso

'ue a pre?udi'uem. 6or isso, ao terminar a $eitura de 7emoria$ do Convento, ainda

so* o imp#rio da fascina:!o 'ue e$a me provocou, surpreendiDme a interro&ar 'ue

$ivro # este Que escreveu, 'ue 'uis ;os# 4arama&o escrever Mm romance

%ist0rico Mm romance rea$ista Mma a$e&oria Mma par2*o$a Mma epopeia Mm

conto de fadas Mma %ist0ria de amor GOH resposta sur&iu, inevit2ve$, irrecus2ve$

por assim di)er 7emoria$ do Convento # tudo isso, um ca$eidosc0pio, GOH um

espe$%o do rea$ reinventado, diverso e comp$exo, B ima&em e seme$%an:a do mundo

e dos %omens 'ue ne$e %a*itam e o fa)em avan:ar. GOH

Este romance n!o # apenas um romance %ist0rico, a sua dura:!o transcende os

$imites crono$0&icos do 'uadro %ist0rico em 'ue B primeira vista parece encerrarDse

GOH. cada passo sur&em refer-ncias a acontecimentos 'ue vir!o a produ)irDse

muito para a$#m do marco tempora$ da %ist0ria 'ue nos # contada P a prop0sito dos

damascos carmesins e dos panos verdes 'ue ornamentam o coro da I&re?a a$udeDse

ao K&osto portu&u-s pe$o verde e pe$o encarnado, 'ue, em vindo uma rep<*$ica, dar2

*andeira GOH. 'ue, neste romance GOH, a %ist0ria n!o # uma cate&oria imut2ve$ e



fixa, mas a contínua respira:!o da rea$idade, rio cu?as 2&uas nunca param e nunca

se repetem. GOH

$uta de c$asses. /e outra coisa n!o fa$a este romance 'ue por isso mesmo #

tam*#m um romance rea$ista P e uma epopeia. Rs duas epí&rafes1 'ue o autor $%e

antepSs P uma do 6adre 7anue$ @e$%o, a outra de 7ar&uerite Tourcenar P poderiater acrescentado uma terceira, extraída do con%ecido poema de rec%t intitu$ado

K6er&untas de um per2rio Letrado, 'ue come:a por estes tr-s versos KQuem

construiu "e*as, a das sete portas F Nos $ivros vem o nome dos reis. F 7as foram os

reis 'ue transportaram as pedras a uma per&unta an2$o&a 'ue o 7emoria$ d2

resposta. 6ara asse&urar a sua pro&#nie+, um rei *eato promete eri&ir um convento

de franciscanos na vi$a de 7afra. 7as s!o os servos da &$e*a 'ue, com o seu

san&ue e o seu suor %!oDde construíD$o, %omens vindos de todos os cantos do país,atraídos pe$a esperan:a de me$%or sa$2rio, $evados B for:a outros como se &ado

fossem GOH.

Com tudo isto, ficou ainda por di)er 'ue o romance deve muito da sua for:a narrativa

ao esti$o incompar2ve$ de 4arama&o, ao seu perfeito domínio da $ín&ua portu&uesa,

a 'ue este $ivro # uma permanente %omena&em, B opu$-ncia de uma escrita em 'ue

o extremo ri&or e a $i*erdade estreme se con?u&am, numa rara a$ian:a em 'ue

nen%um de$es # sacrificado pe$o outro e antes mutuamente se enri'uecem.

Luís 5rancisco Je*e$o, 7emoria$ do Convento, ;os# 4arama&o,

+= anos da 1.a edi:!o recep:!o da crítica na #poca, Lis*oa, Camin%o, s.d.

1 epí&rafe fra&mento de texto, cita:!o curta, m2xima, etc., co$ocada em frontispício

de $ivro, no início de uma narrativa, de um capítu$o, de uma composi:!o po#tica, etc.,

como orienta:!o de $eitura ou o*?ectivos afins.

+ pro&#nie descend-ncia, sucess!o.

estreme pura, radica$.

6ara responder aos itens de 1 a 6, escreva, na fo$%a de respostas, o número do item

se&uido da lera !"en!#!$a!va da a$ternativa correcta.



1. 4e&undo o autor, na frui:!o de uma o*ra de arte, c$assific2D$a tornaDse

a% inade'uado.

b% impossíve$.

$% indiferente.

"% imprescindíve$.

2. recurso a interro&ativas G$in%as =DH serve ao autor como

a% introdu:!o B tem2tica 'ue vai desenvo$ver.

b% 'uestionamento diri&ido a outros críticos.

$% ro$ de suspeitas decorrentes da $eitura do $ivro.

"% efeito meramente ret0rico e esti$ístico.

3. Com o recurso ao termo Kca$eidosc0pio G$in%a 8H, o autor v- 7emoria$ do

Convento como uma o*ra

a% o*scura na sua mu$tip$icidade.

b% mu$tifacetada como a vida.

$% emaran%ada como um $a*irinto.

"% <nica na sua sin&u$aridade.

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