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21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental ABES – Trabalhos Técnicos 1 III-009 – OTIMIZAÇÃO DA MÃO DE OBRA DE TURMAS DE VARRIÇÃO EM BELO HORIZONTE, MG Paloma Pessoa Nogueira (1) Engenheira Civil pela EEUFMG, 1987. Mestra em Saneamento, Meio Ambiente, e Recursos Hídricos pelo DESA da EEUFMG, 1997. Engenheira Sanitarista da Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte – SLU. Mara Adelina Moura Mesquita Engenheira Civil pela Faculdade de Engenharia da Fundação Mineira de Educação e Cultura, 1993. Especialista em Gestão Ambiental e Empresarial pela PUC-Minas, 1998. Engenheira Civil I, Chefe da Seção de Planejamento de Varrição e Serviços Complementares da Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte – SLU. Endereço (1) : Rua Silveira, 45 - Floresta - Belo Horizonte - MG - CEP: 31140-000 - Brasil - Tel: (31) 3442-5697 – Fax: (31) 3421-8164 - e-mail: [email protected] RESUMO Atualmente, 70% da área do município de Belo Horizonte é atendida com a atividade de varrição manual de forma sistematizada, com freqüência e recursos definidos, formalizados em Planejamento de Varrição. Esse tem o objetivo de subsidiar o gerenciamento operacional da atividade, por meio de metodologia desenvolvida e implementada pela SLU. As áreas do município que contam com varrição planejada estão repassadas à empreiteiras que se habilitaram à exercer a atividade por meio de Edital de Concorrência Pública. No restante do município, a varrição é executada de forma operacional pela SLU, com mão-de-obra própria. Isso ocorreu devido à priorização do planejamento das áreas que seriam terceirizadas, para maior controle e fiscalização da execução dos contratos. A SLU se viu compelida a agilizar e otimizar a metodologia empregada nos Planejamentos de Varrição, aplicando-a também nas áreas de seu atendimento direto, buscando uma melhoria nos resultados alcançados com a utilização de recursos e procedimentos padronizados, diminuindo assim, a possibilidade de erros, ganhando em produtividade e garantindo maior eficiência no processo. O planejamento de varrição manual é fundamental para o bom andamento desse serviço, além de possibilitar a avaliação do cumprimento dos contratos e auxiliar na administração dos gastos advindos dessa atividade. Em 1998, foram implantados os serviços de varrição planejados conforme a metodologia existente na SLU, utilizando parâmetros que refletiam a realidade da atividade desenvolvida naquela época. Entretanto, tais parâmetros estão sendo considerados inadequados atualmente, conforme se pôde avaliar após sua implantação. As produtividades até então observadas nas equipes operacionais sofreram mudanças consideráveis após a implantação dos serviços planejados, resultando em superdimensionamento das turmas de varrição. Tal fato provocou alterações nos contratos de varrição, sendo necessário estabelecer critérios para redimensionamentos de mão-de-obra, materiais e equipamentos. O presente trabalho apresenta metodologia desenvolvida pela SLU, para subsidiar tais redimensionamentos, a fim de reduzir custos e adequar parâmetros do Planejamento de Varrição. PALAVRAS-CHAVE: Redimensionamento, Produtividade, Planejamento de Varrição, Otimização. INTRODUÇÃO A limpeza urbana em Belo Horizonte é gerenciada exclusivamente pela Superintendência de Limpeza Urbana – SLU – entidade autárquica a qual compete planejar, fiscalizar, explorar e executar os serviços de varrição, capina, coleta, transporte , tratamento e transformação do lixo e a comercialização de seus produtos e subprodutos (Belo Horizonte, Lei n.º 2.220 de 27/08/73). Para obtenção de maior eficiência na prestação dos serviços de limpeza urbana, a SLU criou 10 unidades de áreas, definidas como Divisões de Limpeza Pública, que, na sua maioria, obedecem aos limites das Administrações Regionais da Prefeitura de Belo Horizonte (Portaria 527, Belo Horizonte, 1992). Para a execução do serviço de varrição, essas Divisões de Limpeza Pública foram subdivididas em dois setores, A e B,

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21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

ABES – Trabalhos Técnicos 1

III-009 – OTIMIZAÇÃO DA MÃO DE OBRA DE TURMAS DE VARRIÇÃO EMBELO HORIZONTE, MG

Paloma Pessoa Nogueira (1)

Engenheira Civil pela EEUFMG, 1987. Mestra em Saneamento, Meio Ambiente, eRecursos Hídricos pelo DESA da EEUFMG, 1997. Engenheira Sanitarista daSuperintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte – SLU.Mara Adelina Moura MesquitaEngenheira Civil pela Faculdade de Engenharia da Fundação Mineira de Educação eCultura, 1993. Especialista em Gestão Ambiental e Empresarial pela PUC-Minas, 1998.Engenheira Civil I, Chefe da Seção de Planejamento de Varrição e ServiçosComplementares da Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte – SLU.

Endereço(1): Rua Silveira, 45 - Floresta - Belo Horizonte - MG - CEP: 31140-000 - Brasil - Tel: (31) 3442-5697 –Fax: (31) 3421-8164 - e-mail: [email protected]

RESUMO

Atualmente, 70% da área do município de Belo Horizonte é atendida com a atividade de varrição manual deforma sistematizada, com freqüência e recursos definidos, formalizados em Planejamento de Varrição. Essetem o objetivo de subsidiar o gerenciamento operacional da atividade, por meio de metodologia desenvolvida eimplementada pela SLU.As áreas do município que contam com varrição planejada estão repassadas à empreiteiras que se habilitaram àexercer a atividade por meio de Edital de Concorrência Pública. No restante do município, a varrição éexecutada de forma operacional pela SLU, com mão-de-obra própria. Isso ocorreu devido à priorização doplanejamento das áreas que seriam terceirizadas, para maior controle e fiscalização da execução dos contratos.A SLU se viu compelida a agilizar e otimizar a metodologia empregada nos Planejamentos de Varrição,aplicando-a também nas áreas de seu atendimento direto, buscando uma melhoria nos resultados alcançadoscom a utilização de recursos e procedimentos padronizados, diminuindo assim, a possibilidade de erros,ganhando em produtividade e garantindo maior eficiência no processo. O planejamento de varrição manual éfundamental para o bom andamento desse serviço, além de possibilitar a avaliação do cumprimento doscontratos e auxiliar na administração dos gastos advindos dessa atividade.Em 1998, foram implantados os serviços de varrição planejados conforme a metodologia existente na SLU,utilizando parâmetros que refletiam a realidade da atividade desenvolvida naquela época. Entretanto, taisparâmetros estão sendo considerados inadequados atualmente, conforme se pôde avaliar após sua implantação.As produtividades até então observadas nas equipes operacionais sofreram mudanças consideráveis após aimplantação dos serviços planejados, resultando em superdimensionamento das turmas de varrição. Tal fatoprovocou alterações nos contratos de varrição, sendo necessário estabelecer critérios para redimensionamentosde mão-de-obra, materiais e equipamentos.O presente trabalho apresenta metodologia desenvolvida pela SLU, para subsidiar tais redimensionamentos, afim de reduzir custos e adequar parâmetros do Planejamento de Varrição.

PALAVRAS-CHAVE: Redimensionamento, Produtividade, Planejamento de Varrição, Otimização.

INTRODUÇÃO

A limpeza urbana em Belo Horizonte é gerenciada exclusivamente pela Superintendência de Limpeza Urbana –SLU – entidade autárquica a qual compete planejar, fiscalizar, explorar e executar os serviços de varrição,capina, coleta, transporte , tratamento e transformação do lixo e a comercialização de seus produtos esubprodutos (Belo Horizonte, Lei n.º 2.220 de 27/08/73).

Para obtenção de maior eficiência na prestação dos serviços de limpeza urbana, a SLU criou 10 unidades deáreas, definidas como Divisões de Limpeza Pública, que, na sua maioria, obedecem aos limites dasAdministrações Regionais da Prefeitura de Belo Horizonte (Portaria 527, Belo Horizonte, 1992). Para aexecução do serviço de varrição, essas Divisões de Limpeza Pública foram subdivididas em dois setores, A e B,

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com exceção da Divisão de Limpeza Pública Centro, que foi subdividida em 05 distritos, em função de suascaracterísticas peculiares de concentração de população, por sediar o centro administrativo e comercial dacidade e apresentar fluxo intenso de automóveis e pedestres, e a Divisão de Limpeza Pública Norte, que não foisubdividida, por apresentar a menor área edificada do município.

A SLU entende por varrição o conjunto das atividades necessárias para ajuntar, acondicionar e remover osresíduos sólidos lançados nas ruas e logradouros, e os que se encontram soltos sobre os passeios (calçadas) e,no mínimo, em uma faixa com a largura nominal de 0,5 m (meio metro) ao longo das sarjetas das ruaspúblicas. Define-se como turma de varrição a equipe formada por certo número de trabalhadores, responsávelpela varrição ou conservação de um roteiro que é a descrição detalhada do trajeto a ser percorrido, por dia detrabalho. São também obrigações dessa equipe, a remoção dos detritos acumulados nos cestos coletores deresíduos leves dispostos regularmente nessas ruas ou logradouros, a comunicação de irregularidadesobservadas nesses cestos à SLU e a remoção de folhas caídas, papéis e outros resíduos similares acumuladossobre os gramados e áreas ajardinadas de canteiros centrais e pequenas praças, existentes em sua área de atuação( Contrato SLU/DP- JUR n.º 300/007/98 – Anexo III).

Em relação à varrição, a SLU desenvolveu uma metodologia para seu planejamento, estabelecendo uma rotinasimplificada e condizente com as deficiências operacionais e técnicas, geralmente observadas nos serviços delimpeza urbana, descrita por SILVA, MESQUITA e CHENNA, em 1997. Baseada em valores levantados emcampo, essa metodologia definiu como parâmetros de produtividade mínima e média geral para o município,1.000 m de sarjeta/varredor.dia e 1.200m de sarjeta/varredor.dia, respectivamente.

Tal metodologia foi empregada nos planejamentos de varrição das Divisões de Limpeza Pública, cujos serviçosforam implantados em 1998, com exceção dos setores A das Divisões Leste, Noroeste e Barreiro, onde avarrição é atualmente executada de forma operacional, ou seja, com critérios de freqüência e abrangênciadefinidos pela área de execução e não pela área de planejamento.

No primeiro semestre de 1998, após a finalização do processo licitatório que propiciou a contratação deempresas prestadoras de serviço de varrição, foi implantado o planejamento que vinha sendo desenvolvido pelaSLU desde 1994. A partir deste Edital, a SLU passou a quantificar o serviço de varrição manual através dasextensões de sarjetas varridas, para efeito de pagamento desses serviços. Duas empresas, que serão aquidenominadas C e D foram as vencedoras do Edital de Concorrência Pública e se habilitaram a atender omunicípio de Belo Horizonte com atividade de varrição manual. Neste Edital, as Divisões de Limpeza Públicaforam divididas em três lotes, conforme demonstrado na figura 1. No início do ano 2000, o lote I do Edital deVarrição, que engloba as Divisões de Limpeza Pública Norte, Pampulha e Venda Nova passou a ser deresponsabilidade da empresa C, que assumiu o contrato da empresa D, ficando assim os 3 lotes a cargo de umamesma empreiteira.

As produtividades apresentadas pelas turmas planejadas quando comparadas às produtividades encontradas naliteratura técnica, como a faixa apresentada por FLINTOFF, em 1984, de 1.500 a 10.000 m de sarjeta porvarredor por dia, ou aquela fornecida por ZEPEDA, em 1994, de 2.000 a 4.000 m de sarjeta por varredor, pordia, aliadas à demanda de ajustes no planejamento advinda das unidades operacionais e das empreiteirasevidenciaram a necessidade de um redimensionamento urgente daquelas turmas de varrição.

A exemplo da redução de mão-de-obra efetuada em 1999 nos lotes II e III do Edital de Varrição, ocorreu umademanda por parte da empreiteira C para que se redimensionasse o quadro de pessoal do lote I.

Ressalta-se que os redimensionamentos das equipes de varrição dos lotes II e III foram realizados apósexaustivas discussões entre representantes das equipes responsáveis pelo planejamento, equipes responsáveispelo gerenciamento e fiscalização da atividade e, pela empreiteira responsável por sua execução. Nestasreuniões cada um procurava defender sua posição, o que dificultava o entendimento na busca pelas soluções.Assim, se a SLU receava que a diminuição das turmas aumentasse demais a produtividade desenvolvida pelosgaris, o que poderia originar conseqüências desastrosas para a saúde dos mesmos , além de descaracterizar ametodologia empregada no planejamento de varrição, a empreiteira estava preocupada em diminuir o custo damão-de-obra, pois avaliando que a mesma estava superdimensionada pretendia ajustá-la para viabilizar ocontrato.

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Os primeiros redimensionamentos de turmas de varrição ocorridos após a implantação dos serviços em 1998,apesar dos resultados satisfatórios, foram determinados mais em função da experiência e conhecimento práticosdos envolvidos do que em fatores técnicos que os explicassem com propriedade.

Para se efetivar o redimensionamento das turmas de varrição do lote I foi desenvolvido um estudo preliminarque constou de levantamento, compilação e tabulação de dados operacionais, relacionados à produtividade dasequipes de varrição e posterior análise dos mesmos. Após esta análise foi possível apurar a produtividadeexecutada em campo, determinando-se a velocidade de trabalho desenvolvida pelos garis. De posse desteparâmetro estabeleceu-se a produtividade máxima que seria possível alcançar pelas equipes, desenvolvendo amesma velocidade e obedecendo critérios como horário integral de trabalho, pausa para almoço e descanso.

Este trabalho foi realizado visando subsidiar tecnicamente o redimensionamento das turmas de varrição dasDivisões de Limpeza Pública Norte, Pampulha, e Venda Nova, buscando adequar o número de varredoresempregados à extensão do percurso a ser varrida e ao tempo disponível para tanto. Trata-se de uma proposta deredimensionamento, realizada em estudo elaborado em fevereiro/2000 pela SLU, embasada na metodologiapara planejamento de varrição manual desenvolvida na SLU e descrita por SILVA, MESQUITA E CHENNAem 1997, e na determinação da produtividade média diária possível, com pausa, das turmas a serem avaliadas.

Figura 1: Divisões de Limpeza Pública

Área Atendida por Empreiteira - Lote l - D

Área Atendida por Empreiteira - Lote ll - C

Área Atendida por Empreiteira - Lote lll - C

Área Atendida pela SLU

LEGENDA

VENDA NOVA

NORTE

PAMPULHA NORDESTE

LESTENOROESTE

OESTE

BARREIRO

SUL

CENTRO

B

B

B

AA

A

SUPERINTENDÊNCIA DE LIMPEZA URBANAPLANEJAMENTO DE VARRIÇÃO

ATENDIMENTO COM ATIVIDADE DE VARRIÇÃOMANUAL NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE

Escala 1:140.000

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METODOLOGIA

OBTENÇÃO DOS DADOS

No desenvolvimento deste trabalho utilizaram-se dados referentes às turmas de varrição a serem analisadas osquais foram obtidos em estudo elaborado em fevereiro de 2000 para a determinação das produtividadesexecutadas pelas mesmas. Também foram consultados dados do atual planejamento de varrição destas mesmasturmas: extensão prevista a ser varrida por dia da semana e diretrizes básicas do planejamento de varrição daSLU, apresentada por SILVA et alli em 1997.

Parâmetro muito importante, a produtividade, também dita rendimento, é empregada no cálculo da formaçãodas equipes e, para a SLU, representa a extensão linear de sarjeta que um gari é capaz de varrer ou varre em umdia, com qualidade no serviço e em boas condições de trabalho.

Definir valores para esse parâmetro é tarefa difícil, tendo em vista a extensa variabilidade de fatores como:declividade do terreno, tipo de vegetação, densidade de arborização, material construtivo do passeio,pavimentação das vias, intensidade do fluxo de pedestres e tráfego de veículos, tipo de ocupação do terreno(residencial, comercial ou outros), sexo e idade do varredor, ferramentas empregadas, clima, padrão dequalidade desejado, entre outros.

No estudo para determinação da produtividade na varrição a SLU definiu 3 variações deste parâmetro a seremconsideradas na análise de desempenho do gari, conforme descrito a seguir:

• Produtividade real: é o rendimento operacional, reflete o serviço executado. É calculada dividindo-se aextensão efetivamente varrida pelo número de garis varredores que trabalharam no período e é levada emconta para o cálculo da velocidade média do varredor.

• Produtividade possível: é a produtividade que seria obtida caso os garis trabalhassem efetivamente durantetoda a jornada, ou seja, 8 horas por dia, de segunda a sexta-feira e 4 horas, aos sábados.

• Produtividade possível com pausa: é a produtividade que é possível de se atingir considerando, dentro dajornada integral de trabalho, uma pausa de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados, conformerecomendado pela área da SLU responsável pela segurança e medicina do trabalho. É relevante esclarecerque as turmas consideradas eram formadas por funcionários contratados pelas empresas prestadoras deserviços de varrição, os quais, não possuem o hábito de realizar tal pausa, já assimilada pela equipeprópria da SLU.

As produtividades aqui consideradas foram calculadas por dia e por turma, sendo determinadas as médiasaritméticas simples dessas produtividades para cada turma, no período observado.

Conhecidas as produtividades médias diárias de cada turma, foi possível calcular os demais parâmetros, ouseja, a produtividade média real, possível e a possível com pausa, para cada setor das Divisões analisadas e paracada uma das Divisões. Dessa forma, definiram-se novos valores para a produtividade passíveis de seremempregados nos trabalhos de planejamento ou redimensionamento das turmas de varrição dos setores eDivisões considerados.

A tabela 1 resume os resultados finais do estudo para determinação das produtividades, entendendo-se comoprodutividade do gari, aquela atingida quando varredores e "carrinheiros" varrem.

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Tabela 1: Produtividade Média Diária de Divisões de Limpeza PúblicaDescrição Norte Pampulha Venda

NovaValorMédio

DesvioPadrão

Mediana 1ºQuartil

3ºQuartil

Gari 1,81 1,86 1,99 1,89 0,10 1,86 1,83 1,93Mão de Obra

Varredor 3,82 3,23 4,56 3,87 0,67 3,82 3,52 4,19

Tempo médio diáriogasto no percurso (h)

04:56 04:44 05:25 05:02 00:21 04:56 04:50 05:10

N.º de sacos plásticos 29,93 39,84 36,32 35,36 5,03 36,32 33,12 38,08

Média da extensãoVarrida Diária (m/sarj.)

5.577,97 4.755,20 5.974,36 5.435,84 621,88 5.577,97 5.166,58 5.776,17

Varredor 1.461,64 1.471,40 1.310,33 1.414,45 90,31 1.461,64 1.385,98 1.466,52ProdutividadeDiária Realm/gari Gari 992,08 933,33 911,61 945,67 41,63 933,33 922,47 962,71

Varredor 2.368,80 2.481,56 1.931,45 2.260,60 290,58 2.368,80 2.150,12 2.425,18ProdutividadeDiária Possívelm/gari Gari 1.607,81 1.574,09 1.343,74 1.508,55 143,72 1.574,09 1.458,91 1.590,95

Varredor 1.974,00 2.067,96 1.609,54 1.883,83 242,15 1.974,00 1.791,77 2.020,98ProdutividadeDiária Possívelcom Pausam/gari

Gari 1.339,84 1.311,74 1.119,78 1.257,12 119,77 1.311,74 1.215,76 1.325,79

Varredor 296,10 310,19 241,43 282,58 36,32 296,10 268,77 303,15Velocidade deVarriçãom/gari hora Gari 200,98 196,76 167,97 188,57 17,97 196,76 182,36 198,87

DEFINIÇÃO DO PARÂMETRO PRODUTIVIDADE

Considerando-se as características de cada produtividade calculada, optou-se por adotar no redimensionamentodas turmas a “produtividade possível com pausa”, justamente por tratar-se de informação baseada em dadosobtidos em campo que, portanto, espelham a realidade, além de considerar a pausa de 10 minutos a cada 50minutos trabalhados, conforme já mencionado.

Tal procedimento é adotado com o objetivo de minimizar os efeitos danosos que podem ser provocados pelarepetição contínua dos movimentos inerentes à atividade de varrição, levando o trabalhador a desenvolverLesões por Esforços Repetitivos - LER nos membros superiores e problemas na coluna vertebral. Ressalta-seainda que a varrição é uma atividade exaustiva e freqüentemente precisa ser executada sob condições penosas detrabalho, relacionadas às variações climáticas, ao "stress" provocado pela exposição intensa ao fluxo deveículos e pedestres, aos sons advindos das atividades urbanas, entre outros.

Além dessas pausas, a SLU exige que os garis cumpram o horário determinado para almoço e descanso, práticaessa pouco utilizada pelas empreiteiras, que preferem não interromper o trabalho e terminar a jornada maiscedo.

Na opção pela “produtividade possível com pausa”, levou-se ainda em consideração, o fato de que há entreempregadores a adoção de pagamento pós-produção, em função do trabalho executado, levando o garivarredor muitas vezes a ultrapassar seus limites com prejuízo para sua saúde.

A partir dessa definição, ficaram estabelecidas as novas produtividades que seriam empregadas comoparâmetros de redimensionamento para cada uma das Divisões e para cada um de seus Setores.

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OUTROS PARÂMETROS

Embora o parâmetro “produtividade” seja determinante nesse processo, outros critérios e aspectos sãoigualmente importantes e precisam ser considerados.

A análise técnica indica a necessidade de se compor uma equipe de varrição com número par de "carrinheiros" evarredores a fim de se cumprir a execução do percurso conforme planejado e garantir a segurança dostrabalhadores. Isto por que a metodologia de planejamento empregada propõe que a turma de varrição sesubdivida em duas equipes, que percorrem simultaneamente, os lados direito e esquerdo das vias públicas,evitando desta forma manobras perigosas para a segurança dos garis. Além disto, ao "carrinheiro" cabe apenas afunção de recolher e acondicionar os resíduos em sacos plásticos que devem ser dispostos em pontos deconfinamento para posterior remoção da via pública e o esvaziamento dos cestos coletores de resíduos leves.

Entretanto, devido ao superdimensionamento das equipes propostas no planejamento original elaborado pelaSLU, a mesma se viu compelida a aceitar a argumentação sustentada pela empreiteira de que após a reduçãodas equipes, o “carrinheiro” poderia varrer, já que essa prática é usual e freqüentemente observada no campoem turmas pequenas. Caso contrário, os mesmos ficariam ociosos.

Exceção se fez nas turmas em que foram especificados 4 ou mais garis varredores. Neste caso, se determinouque os carrinheiros não varressem, pois é preciso considerar que, quanto maior for o número de varredores emuma equipe, tanto menor será a produtividade dos “carrinheiros”, devido ao aumento e acúmulo do volume dosresíduos varridos.

Assim, quando o número de varredores necessários for menor ou igual a 3, para o cálculo da produtividadeconsiderou-se o gari "carrinheiro" varrendo, porém com produtividade reduzida em 50%.

ANÁLISE E DEFINIÇÃO DA MÃO-DE-OBRA DE CADA EQUIPE

A definição da equipe de cada uma das turmas foi determinada por meio de planilha eletrônica, desenvolvidaespecificamente para este trabalho.

Nesta planilha, efetua-se o cálculo automático da produtividade da equipe, a medida que são definidos valorespara o número de varredores e “carrinheiros”.

As tentativas de definição do número de componentes da turma encerram-se ao se obter para a região um valortão próximo quanto possível do valor apurado no estudo para a produtividade da equipe.

As tabelas 2, 3 e 4 apresentam as planilhas com as alterações propostas nas equipes, para as Divisões deLimpeza Pública Norte, Venda Nova e Pampulha respectivamente, nas quais V refere-se a Varredor e C refere-se a “carrinheiro”.

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Tabela 2: Proposta Alternativa de Redimensionamento das Equipes de Varrição Divisão de LimpezaPública Norte

Divisão Setor Turma Extensão varridapor semana

Planejamento Original Proposta alternativa

(m.sarjeta/semana)

Equipe Produtividade Equipe Produtividade

V C (m.sarjeta/gari.dia)

V C (m.sarjeta/gari.dia)

1º de Maio 31.910,00 4 2 1.450,45 2 2 1.933,94

Campo Alegre 31.535,00 4 2 1.433,41 2 2 1.911,21

Conj. Felicidade 14.557,00 2 2 1.323,36 0 2 2.646,73

Floramar 43.065,00 6 2 1.305,00 2 2 2.610,00

Guarani 34.953,00 4 2 1.588,77 2 2 2.118,36

Juliana 18.507,00 2 2 1.682,45 0 2 3.364,91

Hospital 34.457,00 4 2 1.566,23 2 2 2.088,30

NORTE Jaqueline 46.557,00 6 2 1.410,82 4 2 2.116,23

Jard. Guanabara 47.668,00 6 2 1.444,48 4 2 2.166,73

Júlio Maria 29.175,00 4 2 1.326,14 2 2 1.768,18

Planalto 31.939,00 4 2 1.451,77 3 2 1.451,77

Providência 30.540,00 4 2 1.388,18 2 2 1.850,91

São Bernardo 36.519,00 4 2 1.659,95 2 2 2.213,27

Tupi 49.072,00 6 2 1.487,03 4 2 2.230,55

Vila Clóris 48.481,00 6 2 1.469,12 4 2 2.203,68

Volante 16.584,00 2 2 1.507,64 0 1 6.030,55

Total 545.519,00 68 32 1.458,61 35 31 1.964,06

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Tabela 3: Proposta Alternativa de Redimensionamento das Equipes de Varrição Divisão de LimpezaPública Venda Nova

Divisão Setor Turma Extensãovarrida por

semana

Planejamento Original Proposta alternativa

(m.sarjeta/semana)

Equipe Produtividade Equipe Produtividade

V C (m.sarjeta/gari.dia)

V C (m.sarjeta/gari.dia)

Céu Azul I 36.560,00 4 2 1.661,82 3 2 1.661,82Céu Azul II 30.255,00 4 2 1.375,23 2 2 1.833,64Copacabana 44.575,00 6 2 1.350,76 3 2 2.026,14Jardim Leblon 29.495,00 4 2 1.340,68 2 2 1.787,58Lagoa 50.365,00 6 2 1.526,21 3 2 2.289,32Letícia 42.365,00 6 2 1.283,79 3 2 1.925,68

A Piratininga 44.379,00 6 2 1.344,82 3 2 2.017,23Rio Branco 29.510,00 4 2 1.341,36 2 2 1.788,48Santa Mônica 40.810,00 6 2 1.236,67 3 2 1.855,00

VENDA São J. Batista 29.770,00 4 2 1.353,18 2 2 1.804,24NOVA Venda Nova I 26.750,00 4 2 1.215,91 2 2 1.621,21

Venda Nova II 28.560,00 4 2 1.298,18 2 2 1.730,91Sub Total 433.394,00 58 24 1.358,60 30 24 1.876,16

Ana Lúcia 28.985,00 4 2 1.317,50 2 2 1.756,67Jardim Europa 44.120,00 6 2 1.336,97 3 2 2.005,45Mantigueira 30.830,00 4 2 1.401,36 2 2 1.868,48Nova América 25.815,00 4 2 1.173,41 2 2 1.564,55

B Padre P. Pinto 30.786,00 4 2 1.399,36 2 2 1.865,82Paraúna 29.455,00 4 2 1.338,86 2 2 1.785,15Serra Verde 37.877,00 6 2 1.147,79 3 2 1.721,68Vilarinho 51.570,00 6 2 1.562,73 4 2 2.344,09Sub Total 279.438,00 38 16 1.337,02 20 16 1.814,53

TotalGeral

712.832,00 96 40 1.350,06 50 40 1.851,51

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Tabela 4: Proposta Alternativa de Redimensionamento das Equipes de Varrição Divisão de LimpezaPública PampulhaDivisão Setor Turma Extensão

varrida porsemana

Planejamento Original Proposta alternativa

(m.sarjeta/semana)

Equipe Produtividade Equipe Produtividade

V C (m.sarjeta/gari.dia)

V C (m.sarjeta/gari.dia)

Ant. Carlos I 33.076,00 4 2 1.503,45 2 2 2.004,61

Bandeirantes 31.368,60 4 2 1.425,85 2 2 1.901,13

Castelo 47.384,10 4 2 2.153,82 2 2 2.871,76

Confisco 8.880,00 1 1 1.614,55 0 1 3.229,09

Eng. Nogueira 32.964,00 4 2 1.498,36 2 2 1.997,82

Manacás 43.571,00 4 2 1.980,50 2 2 2.640,67

Otac. N. Lima I A 16.022,00 2 1 1.456,55 2 1 1.165,24

Otac. N. Lima I D 13.848,00 0 1 2.517,82 0 1 5.035,64

Otac. N. Lima II 26.013,50 3 1 1.576,58 3 1 1.351,35

P Ouro Preto 30.661,80 4 2 1.393,72 1 2 2.787,44

A Pampulha I 30.233,60 4 2 1.374,25 2 2 1.832,34

M A Pampulha II 29.110,50 4 2 1.323,20 2 2 1.764,27

P Paquetá 35.578,00 4 2 1.617,18 2 2 2.156,24

U Santa Terezinha 30.324,00 4 2 1.378,36 2 2 1.837,82

L São Francisco I 32.476,80 4 2 1.476,22 1 2 2.952,44

H São Francisco II 27.430,86 4 2 1.246,86 1 2 2.493,71

A São Luiz I 23.952,00 4 2 1.088,73 2 2 1.451,64

São Luiz II 23.444,00 4 2 1.065,64 2 2 1.420,85

Serrano 30.948,00 4 2 1.406,73 2 2 1.875,64

Urca 30.849,00 4 2 1.402,23 1 2 2.804,45

Usiminas 25.387,00 3 1 1.538,61 2 1 1.846,33

Zoológico 18.196,60 4 2 827,12 1 2 1.654,24

Sub Total 621.719,36 77 39 1.468,05 36 39 2.036,75

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Tabela 4: Proposta Alternativa de Redimensionamento das Equipes de Varrição Divisão de LimpezaPública Pampulha ( CONTINUAÇÃO )Divisão Setor Turma Extensão

varrida porsemana

Planejamento Original Proposta alternativa

(m.sarjeta/semana)

Equipe Produtividade Equipe Produtividade

V C (m.sarjeta/gari.dia)

V C (m.sarjeta/gari.dia)

Aeroporto 27.334,00 4 2 1.242,45 2 2 1.656,61

Ant. Carlos II 33.788,40 4 2 1.535,84 2 2 2.047,78Braúnas I 33.208,90 4 2 1.509,50 2 2 2.012,66

Braúnas II 20.334,70 3 1 1.232,41 1 1 2.464,81

P Dona Clara 30.582,10 4 2 1.390,10 2 2 1.853,46

A Isabel Bueno 33.181,65 4 2 1.508,26 2 2 2.011,01

M Jard. Atlântico 26.094,50 4 2 1.186,11 1 2 2.372,23

P Lagoa do Nado 24.725,10 4 2 1.123,87 2 2 1.498,49

U B Liberdade 27.860,00 4 2 1.266,36 3 2 1.266,36

L Otac. N. Lima III 25.513,65 3 1 1.546,28 2 1 1.855,54

H Otac. N. Lima IV 26.370,30 3 1 1.598,20 2 1 1.917,84

A XV Veranistas 34.145,60 4 2 1.552,07 2 2 2.069,43

Stª Amélia I 25.132,10 4 2 1.142,37 2 2 1.523,16

Stª Amélia II 26.060,90 4 2 1.184,59 2 2 1.579,45

Stª Branca I 26.032,20 4 2 1.183,28 2 2 1.577,71

Stª Branca II 23.966,50 4 2 1.089,39 2 2 1.452,52

Santa Rosa 34.409,75 4 2 1.564,08 2 2 2.085,44

Sub Total 478.740,35 65 31 1.339,13 33 31 1.794,72

TotalGeral

1.100.459,71

142 70 1.409,04 69 70 1.923,88

Na análise de cada turma levou-se em consideração, além da produtividade definida para a Divisão e o Setorcomo um todo, as características físicas da área, tais como topografia, arborização, tipo de ocupação do solo(residencial, comercial, industrial, etc.), além de outros fatores intervenientes como o sentido do tráfego, ofluxo de pedestres, a existência de canteiros e muretas, etc.

Assim, na simulação da proposta alternativa, quando uma turma apresentava valores para a produtividade muitomaiores ou menores que o esperado para a Divisão ou Setor, eram avaliadas as características da regiãobuscando se justificar tal fato.

Em determinados casos mantinha-se a produtividade mais baixa ou mais alta do que o valor preestabelecido,conforme se encontrasse justificativa para sua discrepância em relação aos demais.

RESULTADOS

Esse estudo resultou na apresentação de uma proposta técnica de redimensionamento das turmas de varriçãodas Divisões de Limpeza Pública Norte, Pampulha e Venda Nova, alterando a mão-de-obra empregada em todasas turmas analisadas, gerando uma redução de 38% no total de mão-de-obra em relação ao considerado noplanejamento original. Em relação a uma proposta anteriormente apresentada pela empreiteira, houve umaredução de 32% do total de mão-de-obra para todas as Divisões de Limpeza Pública (ver tabela 5).

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A apresentação desta proposta, subsidiada por uma análise de conceitos técnicos, possibilitou que, à época doredimensionamento, as discordâncias se mostrassem enfraquecidas, restringindo-se às questões operacionaisespecíficas de certas turmas. Tanto que, após análise conjunta com a área operacional e a empreiteira, a reduçãono total de mão-de-obra empregada em todas as Divisões analisadas foi praticamente confirmada na maioriadas turmas conforme demostrado na tabela 5.

Tabela 5 : Alteração no total de mão-de-obraMão de obraplanejada - SLU

Mão de obra - 1ºredimensionamento(proposta da empreiteira)

Mão de obra -redimensionamento(proposta da SLU)

Mão de obra - 2ºredimensionamento( definitivo )

Totaldeturmas

V C V C V C V C74 323 149 296 135 154 142 156 138

Total 472 431 296 294

A proposta definitiva apresentada pela empreiteira que incluia outros aspectos operacionais, gerou à época umaalteração no preço do quilômetro varrido de R$ 34,39 para R$ 29,94, o que por sua vez proporcionou umaredução de 15% no gasto mensal da Autarquia com a atividade de varrição no que se refere a redução de mão-de-obra.

CONCLUSÃO

As diferenças detectadas entre as produtividades planejadas e as verificadas em campo, após a implantação dosserviços de varrição em 1998, parecem ter sido decorrentes da introdução de uma metodologia racional deplanejamento desenvolvida pela SLU, além da mudança na forma de medição que determina a remuneração aser paga às prestadoras de serviços. Anteriormente, a medição era feita com base no índice homem-horaentretanto, no último Edital publicado passou-se a adotar o critério quilômetro varrido. Tais fatos, aliados àadoção de pagamentos de prêmios pós-produção aos garis contratados pelas empreiteiras, contribuiu para aelevação dos valores do parâmetro produtividade no município de Belo Horizonte.

A SLU tem procurado desenvolver propostas de metodologias que visam aprimorar o planejamento de varriçãomanual, em todas as suas etapas, buscando soluções mais racionais que otimizem a sua aplicabilidade.

O estudo desenvolvido para determinação das produtividades reais executadas pelas turmas de varrição, queatuam nas diversas Divisões de Limpeza Pública de Belo Horizonte, é de uma simplicidade impressionante,principalmente quando levamos em conta os benefícios que foram alcançados após a análise de seus resultados.

A metodologia empregada para o redimensionamento de mão-de-obra das turmas de varrição se apresenta eficaze expedita, com potencial para gerar economias consideráveis tanto para a SLU quanto para as empreiteiras.Mas sua aplicabilidade se expande quando é empregada para se elaborar novos planejamentos, mais otimizados,com produtividades calculadas por meio de dados reais e que subsidiam redimensionamentos globais,ampliando a área de atuação das turmas de varrição, conciliando todos os parâmetros do projeto e confirmandoa metodologia utilizada pela SLU, só que de forma mais racional e atualizada.

A partir deste princípio, conclui-se que, ao redimensionar as turmas de varrição já implantadas, a SLU temtrabalhado dados e processos preciosos que nortearão daqui por diante a elaboração de novos Editais maisconsistentes, por meio da otimização dos planejamentos de varrição.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. SILVA, M.E.C, CHENNA, S.I.M, MESQUITA, M.AM. Planejamento de Varrição Manual: Metodologia ecomentários . In: SIMPÓSIO LUSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL,VIII,1998, João Pessoa - Brasil. Anais . p.18 - 31, vol. 2.

2. ZEPEDA, F. Situacion del Manejo de Residuos Solidos em America Latina y el Caribe . In: SIMPÓSIOINTERAMERICANO DE RESIDUOS SOLIDOS, CONGRESO DE AIDIS, XXIV. 1994, Buenos Aires -Argentina.

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3. BELO HORIZONTE - SUPERINTENDÊNCIA DE LIMPEZA URBANA . Define e aprova novos limitesdas Divisões de Limpeza Pública. Portaria 527/92, de 28 dez. de 1992. p. 1-5.

4. BELO HORIZONTE. Lei n.º 2.220. 27 ago.1973. Cria e organiza a Superintendência de Limpeza Urbanade Belo Horizonte, sob forma de autarquia, extingue o Departamento de Engenharia Sanitária da SecretariaMunicipal de Serviços Urbanos e dá outras providências. Belo Horizonte, 27 ago. 1973. p. 5.