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BOLETIM INFORMATIVO 21 DE SETEMBRO DE 2020 EDIÇÃO 571 - Ano 12 ANOS Desenvolvido por Linhas Comunicação. www.linhascomunicacao.com.br www.anrbrasil.org.br ANOS DESTAQUE Confira os principais destaques da participação da ANR no Global Retail Show, maior evento de varejo do país C ristiano Melles, presidente da ANR, e Fernando Blower, diretor executivo da ANR e presidente do SindRio, comandaram na última quarta-feira um painel do Global Retail Show, um dos maiores eventos de varejo do mundo e principal encontro do setor no país. Mediado pelo jornalista Ederaldo Kosa, o encontro discutiu as perspectivas para o setor de alimentação fora do lar, além de apresentar as ações que a entidade tem capitaneado para colaborar com seus associados durante a pandemia e, principalmente, na saída da crise. “Enquanto não houver uma vacina a alimentação fora do lar não vai al- cançar o faturamento obtido no primeiro trimestre do ano. O setor vinha do melhor trimestre dos últimos seis anos. Com a pandemia, o faturamento de muitos bares e restaurantes caiu cerca de 90%. Estamos seguindo os proto- colos sanitários e nossa expectativa é que a melhora seja gradativa. Na minha visão, vai acontecer de maneira mais consistente apenas no primeiro semestre de 2021”, destacou Melles. Para Blower, a recuperação será lenta, não só em razão da ausência da vacina até o momento, mas por conta da conjuntura econômica. “A baixa do poder de compra da população reflete diretamente no setor, o que é muito ruim, já que bares e restaurantes possuem uma importância social e econômi- ca muito grande, tanto na questão da empregabilidade quanto em relação à identidade cultural”, completou. Outro ponto em debate foram as medidas governamentais para auxiliar o setor como, por exemplo, a MP 936, que virou a Lei 14.020. “A MP dos Salários preservou milhões de empregos, porém atende a base da pirâmide. Há o Pronampe também, mas o médio operador, que já saiu do SIMPLES, está desamparado. Faltam linhas específicas para o setor”, destacou o pre- sidente da ANR. Além dos pleitos nacionais, as lideranças falaram de reivindicações regio- nais, como a tolerância de permanência de pelo menos uma hora após às 22h na capital paulista (veja mais na nota abaixo). “Cada cidade está adotando critérios próprios de reabertura. É preciso dialogar e mostrar as demandas do setor. Queremos uma retomada segura, mas que seja executável. Defendo uma ampliação maior de horário, pois isso evita aglomerações. Ainda é funda- mental pensar em mais medidas para a ocupação ordenada de áreas abertas. É necessário ter regras claras, apoio do poder público e uma desburocratização”, disse Blower. Segundo Melles, o setor, mesmo antes da pandemia, já tinha importantes cuidados com a saúde e segurança do consumidor. “A preocupação, agora, é com a continuidade da MP dos Salários, fluxo de caixa, concessão de crédito e reforma tributária. É uma crise de começo, meio e fim. O sucesso do setor estará ligado com as medidas de apoio para a sobrevivência”, concluiu. As altas taxas dos aplicativos de delivery e os principais números da quinta pesquisa da série Covid-19 realizada pela ANR, a segunda em parceria com a consultoria Galunion, também foram pautas do debate, realizado na última quarta-feira (16). ENCONTRO REÚNE LIDERANÇAS DO SETOR No mesmo dia e evento, Cristiano Melles participou de debate sobre os caminhos para a recuperação do setor da alimentação fora do lar no país ao lado do presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, e do presidente do Instituto Foodservice Brasil (IFB), Ely Mizrahi. A mediação ficou a cargo de Ricardo Bomeny, presidente do Conselho de Associados da ABF e CEO da BFFC (Brazil Fast Food Corp.), holding que controla as marcas Bob’s, Yoggi, além de ser franqueada das marcas KFC e Pizza Hut (na cidade de São Paulo). “As entidades se uniram para falar sobre o desemprego e nosso setor cacifou a MP dos Salários. Porém, ela é só uma ponta das medidas necessárias para a manutenção do emprego. Precisamos de um contínuo apoio enquanto a pandemia estiver vigente. Temos que estratificar os setores e especificar os mais afetados. Sem isso, a única saída é o prejuízo. Os índices da nossa última pesquisa, como o número de estabelecimentos que não vão mais abrir (22%) e daquelas empresas com mais de uma unidade que já promoveram o fechamento de alguma loja (42%), tendem a piorar se os auxílios não continuarem.” Cristiano Melles, presidente da ANR “O Brasil não é um país bom em fazer planejamentos e dialogar. A sociedade civil aqui não é bem articulada. Nós não tivemos um protocolo com o mínimo de padrão. Mesmo com os esforços das entidades, cada cidade possui regras e protocolos específicos. Perdemos a oportunidade de usar algumas boas práticas do exterior. Também faltam medidas de isenção específicas para o setor de alimentação fora do lar.” Paulo Solmucci, presidente da Abrasel “Fizemos uma construção de soluções em conjunto para os desafios enfrentados pelo setor. É fundamental que o poder público e a sociedade entendam nossa realidade. Temos que conciliar as questões de saúde e sanitárias com a sobrevivência das empresas e empregos.” Ely Mizrahi, presidente do Instituto Foodservice Brasil (IFB) “Desde o início da crise, temos elegido prioridades em relação aos pleitos como, por exemplo, crédito, protocolos de abertura e temas trabalhistas e tributários. Estamos acompanhando algumas notícias sobre a questão do horário de funcionamento e aproveito para fazer um questionamento: se o horário das eleições será estendido para evitar aglomerações, por qual razão o horário de funcionamento de bares e restaurantes precisa ser restringido? É uma contradição.” Ricardo Bomeny, presidente do Conselho de Associados da ABF e CEO da BFFC (Brazil Fast Food Corp) Wiboo é a nova parceira da ANR A ANR acaba de firmar parceria com a Wiboo, considerada um ecossistema digital integrado. A startup possui o objetivo de tornar o relacionamento entre marcas e clientes ainda mais fidelizado e engajado por meio da utilização de técnicas de marketing digital. Com o acordo, os associados poderão utilizar os serviços da Wiboo de forma gratuita durante 30 dias. “Após o período ‘piloto’, quem quiser continuar trabalhando conosco terá condições diferenciadas. A atenção para o meio digital pode ser uma boa alternativa para os bares e restaurantes minimizarem os impactos econômicos causados pela pandemia”, explica Cássio Rosas, Head de Marketing e Estratégia na Wibx. Os associados interessados em usufruir da parceria podem entrar em contato com o executivo diretamente pelo e-mail: [email protected]. O ecossistema Wiboo possui uma plataforma digital em que as marcas bonificam o usuário por meio de um token chamado Wibx. O mecanismo funciona da seguinte forma: o usuário baixa o aplicativo e faz o seu cadastro. Em seguida, tem a SÓCIO-FORNECEDOR Foto: Divulgação Foto: Divulgação possibilidade de compartilhar/curtir/recomendar as campanhas das suas marcas preferidas nos seus perfis das redes sociais (Facebook, Twitter e Whatsapp) e, assim, ganhar moedas Wibx. Com a sua carteira de tokens cada vez mais cheia, pode trocar por produtos e serviços, ou até mesmo por dinheiro em casas de Exchange cadastradas. Cristiano Melles presidente da ANR Fernando Blower diretor executivo da ANR e presidente do SindRio LEGISLAÇÃO ANR reivindica o uso de divisórias de acrílico como alternativa para manutenção do distanciamento social A ANR encaminhou, na última semana, um ofício à Prefeitura de São Paulo, reivindicando a possibilidade do uso de divisórias de acrílico nos estabelecimentos food service. O item seria uma alternativa à manutenção do distanciamento social. Hoje, de acordo com as regras impostas pela Prefeitura, bares e restaurantes precisam manter uma separação de 2 metros entre uma mesa e outra. A solicitação da entidade se baseia na própria Portaria PREF 696, que au- torizou a reabertura gradual de restaurantes na cidade de São Paulo, e indica a possibilidade de, ao invés da distância entre as mesas, utilizar barreiras de pro- teção acrílica entre elas. “Propomos que seja aceita a instalação da proteção de forma opcional, uma vez que a Portaria já admite o uso de barreira acrílica nos caixas, balcões de atendimento, credenciamento, pontos de informação, recepções, locais de entrega de alimentos e similares”, afirma a ANR no ofício assinado pelo presidente da associação, Cristiano Melles, e pelo consultor ju- rídico, Carlos Augusto Pinto Dias. O documento destaca, ainda, que a forma de proteção sugerida deve ser considerada, uma vez que a medida também já ocorre em buffets, mostran- do-se “efetiva no combate à transmissão do vírus e no atendimento seguro aos clientes”. Flexibilização de horário A ANR também pleiteia junto à Prefeitura uma nova flexibilização no horário de funcionamento de bares e restaurantes na capital paulista na fase amarela. Em ofício enviado ao prefeito Bruno Covas, a entidade pede um novo ato ad- ministrativo do Executivo municipal para permitir que clientes que já estão no estabelecimento, com entrada até 22h, possam permanecer no local até pelo menos uma hora depois do fechamento. De acordo com a proposta da ANR, a possibilidade da permanência esta- ria condicionada a uma série de requisitos por partes dos estabelecimentos, como: dedicação preponderante ao fornecimento de refeições; estar devida- mente registrado no CMVS, além de contar com responsável técnico cadas- trado na COVISA; possuir estacionamento conveniado; disponibilizar pessoal (próprio ou terceirizado) para o exercício da função de portaria; e não ter his- tórico de autuações por desrespeito ao protocolo de reabertura do segmento de restaurantes, bares e similares. A ANR ressalta que todos os seus associados têm cumprido à risca os protocolos sanitários para combater a Covid-19 e estão comprometidos em retomar os negócios de maneira segura para clientes e colaboradores. Fotos: Divulgação|ANR BRASIL Decreto amplia horário de funcionamento de bares e restaurantes de Porto Alegre U m novo decreto municipal ampliou em uma hora o horário de funcionamento de bares e restaurantes de Porto Alegre desde a última sexta-feira (18). Agora, restaurantes, lanchonetes, padarias e similares poderão encerrar as atividades até 23h. No entanto, devem permitir o ingresso de clientes até, no máximo, 22h. O horário de abertura permanece inalterado. Estão mantidos também os dias de atendimento de segunda-feira a sábado, assim como o cumprimento das orientações de higienização e distancia- mento de acordo com a determinação das autoridades de saúde. Em Juiz de Fora (MG), os restaurantes também tiveram o ho- rário de funcionamento alterado. Os estabelecimentos poderão fun- cionar das 10h às 22h, durante todos os dias da semana. Em Belo Horizonte, o funcionamento de bares e restaurantes segue liberado só de sexta a domingo, das 17h às 22h. Já no Distrito Federal, o Governo liberou shows ao vivo em bares e restaurantes. A atividade estava suspensa desde março, quando o executivo decretou o fechamento dos estabelecimentos e o cancelamento das apresentações musicais, como norma de com- bate à disseminação da Covid-19. Em São Paulo a fase amarela do Plano São Paulo do Governo do Estado permite a restaurantes e bares o funcionamento por oito horas e atendimento presencial com 40% da capacidade. Alguns pontos tradicionais de algumas cidades, como Campinas, insatisfei- tos com as regras para retomada das atividades, preferem continuar apenas com delivery e retirada. No estado, além da abertura plena do comércio, a partir do dia 23 de setembro, os parques temáticos, com atividades ao ar livre, poderão reabrir ao público. Os locais poderão operar apenas pelo período de oito horas por dia, com limitação de 40% de sua capaci- dade de público. Na última semana, a prefeitura da capital também anunciou a volta de atividades presenciais extracurriculares em escolas públicas e particulares a partir do dia 7 de outubro. O retorno não é obriga- tório para escolas nem para as famílias e valerá para todo o ensino básico (0 a 17 anos). O ensino superior foi liberado para voltar com aulas. Já nas escolas, o retorno está previsto para 3 de novembro. Dados da quinta fase do inquérito sorológico feito com adul- tos na cidade (pessoas acima de 18 anos) mostraram um avanço do novo coronavírus em bairros nobres, principalmente da re- gião centro-oeste. Cerca de 1,64 milhão de pessoas na cidade de São Paulo – 13,9% da população total – já foram infectadas pelo novo coronavírus. Foto: Divulgação MUNDO Nova onda de casos faz países europeus retomarem restrições A pós ter sido um dos epicentros da pandemia, a Espanha volta a sofrer com o aumento do número de casos do novo coronavírus. Em uma tentativa para controlar a disseminação da doença, na última sexta-feira (18), o governo regional de Madri anunciou que vai restringir a mobilidade em algumas áreas. Os habitantes das zonas afetadas poderão sair de seus bairros apenas para tratar de “questões básicas”, como trabalhar, ir ao médico, ou levar os filhos à escola. Além disso, reuniões estarão limitadas a um máximo de seis pessoas, anunciou Isabel Díaz Ayuso, presidente dessa região. No Reino Unido também houve retomada de restrições em razão do avanço do vírus. As reuniões de grupos de mais de seis pessoas, dentro ou fora de casa, agora estão proibidas por lei. A princípio, as administrações re- gionais terão a função de separar os grupos e mandar a população de volta para casa. Cerca de 2 milhões de pessoas no nordeste da Inglaterra, incluindo nas cidades de Newcastle e Sunderland, não poderão encontrar pessoas fora de suas casas. Apenas o serviço de mesa será permitido nos bares, e locais de entretenimento terão que fechar até às 22h. Na França, as autoridades também estão preparando restrições mais rí- gidas em várias cidades para conter uma nova onda, depois de quase 10 mil novos casos por dia terem sido registrados na semana passada. O ministro francês da Saúde, Olivier Veran, disse que em Lyon e Nice novas regras já estão em vigor desde sábado (19). Entre as medidas estão o fechamento de bares da 0h30 até 6h e a proibição da venda de álcool em pontos comerciais após as 20h. Assim como na Europa, no Oriente Médio também há movimentações para evitar a segunda onda de contágios. Israel é o primeiro país desenvolvido do mundo a impor uma segunda paralisação nacional, válida pelas próximas três semanas. A medida gerou protestos em Tel Aviv, quando centenas foram às ruas contra as restrições. TREINAMENTO Inscrições abertas para primeira turma de curso a distância do SindRio; associados ANR têm desconto de 50% O SindRio (Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro) abriu inscrições para o curso de Elaboração de Ficha Técnica, que será ministrado de forma remota. A iniciativa tem o objetivo de qualificar pessoas para o mercado de trabalho do setor gastronômico. A capacitação visa ensinar como implementar métodos e ferramentas ge- renciais para garantir o lucro e a sustentabilidade de uma empresa. Como fazer fichas técnicas na prática, formatação do preço de venda, controle de custos, diminuição dos desperdícios e controle de compras e es- toque serão outros pontos abordados no treinamento. Os associados da ANR têm desconto de 50% e as inscrições podem ser feitas aqui. Foto: banco de imagem Cássio Rosas, Head de Marketing e Estratégia na Wibx NOVO DESIGN Burger King remodela restaurantes para atender distanciamento social A rede Burger King, associada ANR, remodelou o design de suas lojas em diversas partes do mundo. A partir de agora, todas as novas unidades da marca serão guiadas por experiências contactless (sem toque) e que respeitem um espaçamento viável entre os consumidores. Tecnologias sustentáveis complementam os novos projetos. Batizado de Restaurant of Tomorrow (Restaurante de Amanhã, em tra- dução literal), o design dos novos restaurantes do Burger King traz mais áre- as dedicadas para os pedidos de drive-thru e drive-in, a criação de uma “reti- rada rápida” na frente do estabelecimento e do walk-up (um espaço externo coberto para realizar refeições). Os primeiros locais a receber as novas lojas, que devem começar a ser construídas a partir do próximo ano, serão Miami, Caribe e América Latina. GRUPO DE TRABALHO AGENDE-SE: Reunião do GT-TEC discute Encovisas e panorama sobre gordura trans no Brasil A ANR realiza nesta quinta-feira, dia 24, das 15h às 16h30, uma nova reunião do GT-TEC, Grupo de Trabalho da entidade que tem a coordenação de Eliana Alvarenga. Durante o encontro, a coordenadora do projeto “Um esforço coletivo para mudar o panorama da gordura trans no Brasil”, a nutricionista Ana Flávia Re- zende, da Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN), vai falar sobre o tema como convidada da ANR. Inscreva-se antecipadamente para esta reunião: https://bit.ly/3hKL3xK Também será discutida a formatação da edição anual do Encovisas, inicial- mente prevista para junho mas adiada por conta da pandemia, e a descentra- lização da COVISA, na capital paulista.

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BOLETIM INFORMATIVO21 DE SETEMBRO DE 2020

EDIÇÃO 571 - Ano 12ANOS

Desenvolvido por Linhas Comunicação. www.linhascomunicacao.com.br

www.anrbrasil.org.br

ANOS

DESTAQUE

Confira os principais destaques da participação da ANRno Global Retail Show, maior evento de varejo do país

C ristiano Melles, presidente da ANR, e Fernando Blower, diretor executivo da ANR e presidente do SindRio, comandaram na última quarta-feira um

painel do Global Retail Show, um dos maiores eventos de varejo do mundo e principal encontro do setor no país. Mediado pelo jornalista Ederaldo Kosa, o encontro discutiu as perspectivas para o setor de alimentação fora do lar, além de apresentar as ações que a entidade tem capitaneado para colaborar com seus associados durante a pandemia e, principalmente, na saída da crise.

“Enquanto não houver uma vacina a alimentação fora do lar não vai al-cançar o faturamento obtido no primeiro trimestre do ano. O setor vinha do melhor trimestre dos últimos seis anos. Com a pandemia, o faturamento de muitos bares e restaurantes caiu cerca de 90%. Estamos seguindo os proto-colos sanitários e nossa expectativa é que a melhora seja gradativa. Na minha visão, vai acontecer de maneira mais consistente apenas no primeiro semestre de 2021”, destacou Melles.

Para Blower, a recuperação será lenta, não só em razão da ausência da vacina até o momento, mas por conta da conjuntura econômica. “A baixa do poder de compra da população reflete diretamente no setor, o que é muito ruim, já que bares e restaurantes possuem uma importância social e econômi-ca muito grande, tanto na questão da empregabilidade quanto em relação à identidade cultural”, completou.

Outro ponto em debate foram as medidas governamentais para auxiliar o setor como, por exemplo, a MP 936, que virou a Lei 14.020. “A MP dos

Salários preservou milhões de empregos, porém atende a base da pirâmide. Há o Pronampe também, mas o médio operador, que já saiu do SIMPLES, está desamparado. Faltam linhas específicas para o setor”, destacou o pre-sidente da ANR.

Além dos pleitos nacionais, as lideranças falaram de reivindicações regio-nais, como a tolerância de permanência de pelo menos uma hora após às 22h na capital paulista (veja mais na nota abaixo). “Cada cidade está adotando critérios próprios de reabertura. É preciso dialogar e mostrar as demandas do setor. Queremos uma retomada segura, mas que seja executável. Defendo uma ampliação maior de horário, pois isso evita aglomerações. Ainda é funda-mental pensar em mais medidas para a ocupação ordenada de áreas abertas. É necessário ter regras claras, apoio do poder público e uma desburocratização”, disse Blower.

Segundo Melles, o setor, mesmo antes da pandemia, já tinha importantes cuidados com a saúde e segurança do consumidor. “A preocupação, agora, é com a continuidade da MP dos Salários, fluxo de caixa, concessão de crédito e reforma tributária. É uma crise de começo, meio e fim. O sucesso do setor estará ligado com as medidas de apoio para a sobrevivência”, concluiu.

As altas taxas dos aplicativos de delivery e os principais números da quinta pesquisa da série Covid-19 realizada pela ANR, a segunda em parceria com a consultoria Galunion, também foram pautas do debate, realizado na última quarta-feira (16).

ENCONTRO REÚNE LIDERANÇAS DO SETORNo mesmo dia e evento, Cristiano Melles participou de debate sobre os caminhos para a recuperação do setor da alimentação fora do lar no país ao lado do presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, e do presidente do Instituto Foodservice Brasil (IFB), Ely Mizrahi. A mediação ficou a cargo de Ricardo Bomeny, presidente do Conselho de Associados da ABF e CEO da BFFC (Brazil Fast Food Corp.), holding que controla as marcas Bob’s, Yoggi, além de ser franqueada das marcas KFC e Pizza Hut (na cidade de São Paulo).

“As entidades se uniram para falar sobre o desemprego e nosso setor cacifou a MP dos Salários. Porém, ela é só uma ponta das medidas necessárias para a manutenção do emprego. Precisamos de um contínuo apoio enquanto a pandemia estiver vigente. Temos que estratificar os setores e especificar os mais afetados. Sem isso, a única saída é o prejuízo. Os índices da nossa última pesquisa, como o número de estabelecimentos que não vão mais abrir (22%) e daquelas empresas com mais de uma unidade que já promoveram o fechamento de alguma loja (42%), tendem a piorar se os auxílios não continuarem.”

Cristiano Melles, presidente da ANR

“O Brasil não é um país bom em fazer planejamentos e dialogar. A sociedade civil aqui não é bem articulada. Nós não tivemos um protocolo com o mínimo de padrão. Mesmo com os esforços das entidades, cada cidade possui regras e protocolos específicos. Perdemos a oportunidade de usar algumas boas práticas do exterior. Também faltam medidas de isenção específicas para o setor de alimentação fora do lar.”

Paulo Solmucci, presidente da Abrasel

“Fizemos uma construção de soluções em conjunto para os desafios enfrentados pelo setor. É fundamental que o poder público e a sociedade entendam nossa realidade. Temos que conciliar as questões de saúde e sanitárias com a sobrevivência das empresas e empregos.”Ely Mizrahi, presidente do Instituto Foodservice Brasil (IFB)

“Desde o início da crise, temos elegido prioridades em relação aos pleitos como, por exemplo, crédito, protocolos de abertura e temas trabalhistas e tributários. Estamos acompanhando algumas notícias sobre a questão do horário de funcionamento e aproveito para fazer um questionamento: se o horário das eleições será estendido para evitar aglomerações, por qual razão o horário de funcionamento de bares e restaurantes precisa ser restringido? É uma contradição.”

Ricardo Bomeny, presidente do Conselho de Associados da ABF e CEO da BFFC (Brazil Fast Food Corp)

Wiboo é a nova parceira da ANR

A ANR acaba de firmar parceria com a Wiboo, considerada um ecossistema digital integrado. A startup possui o objetivo de tornar o relacionamento

entre marcas e clientes ainda mais fidelizado e engajado por meio da utilização de técnicas de marketing digital. Com o acordo, os associados poderão utilizar os serviços da Wiboo de forma gratuita durante 30 dias.

“Após o período ‘piloto’, quem quiser continuar trabalhando conosco terá condições diferenciadas. A atenção para o meio digital pode ser uma boa alternativa para os bares e restaurantes minimizarem os impactos

econômicos causados pela pandemia”, explica Cássio Rosas, Head de Marketing e Estratégia na Wibx. Os associados

interessados em usufruir da parceria podem entrar em contato com o executivo diretamente pelo e-mail: [email protected].

O ecossistema Wiboo possui uma plataforma digital em que as marcas bonificam o usuário por meio de um token chamado Wibx. O mecanismo

funciona da seguinte forma: o usuário baixa o aplicativo e faz o seu cadastro. Em seguida, tem a

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possibilidade de compartilhar/curtir/recomendar as campanhas das suas marcas preferidas nos seus perfis das redes sociais (Facebook, Twitter e Whatsapp) e, assim, ganhar moedas Wibx. Com a sua carteira de tokens cada vez mais cheia, pode trocar por produtos e serviços, ou até mesmo por dinheiro em casas de Exchange cadastradas.

Cristiano Mellespresidente da ANR

Fernando Blowerdiretor executivo da ANRe presidente do SindRio

LEGISLAÇÃO

ANR reivindica o uso de divisórias de acrílico como alternativa para manutenção do distanciamento social

A ANR encaminhou, na última semana, um ofício à Prefeitura de São Paulo, reivindicando a possibilidade do uso de divisórias de acrílico nos

estabelecimentos food service. O item seria uma alternativa à manutenção do distanciamento social. Hoje, de acordo com as regras impostas pela Prefeitura, bares e restaurantes precisam manter uma separação de 2 metros entre uma mesa e outra.

A solicitação da entidade se baseia na própria Portaria PREF 696, que au-torizou a reabertura gradual de restaurantes na cidade de São Paulo, e indica a possibilidade de, ao invés da distância entre as mesas, utilizar barreiras de pro-teção acrílica entre elas. “Propomos que seja aceita a instalação da proteção de forma opcional, uma vez que a Portaria já admite o uso de barreira acrílica nos caixas, balcões de atendimento, credenciamento, pontos de informação, recepções, locais de entrega de alimentos e similares”, afirma a ANR no ofício assinado pelo presidente da associação, Cristiano Melles, e pelo consultor ju-rídico, Carlos Augusto Pinto Dias.

O documento destaca, ainda, que a forma de proteção sugerida deve ser considerada, uma vez que a medida também já ocorre em buffets, mostran-do-se “efetiva no combate à transmissão do vírus e no atendimento seguro aos clientes”.

Flexibilização de horárioA ANR também pleiteia junto à Prefeitura uma nova flexibilização no horário de funcionamento de bares e restaurantes na capital paulista na fase amarela. Em ofício enviado ao prefeito Bruno Covas, a entidade pede um novo ato ad-ministrativo do Executivo municipal para permitir que clientes que já estão no estabelecimento, com entrada até 22h, possam permanecer no local até pelo menos uma hora depois do fechamento.

De acordo com a proposta da ANR, a possibilidade da permanência esta-ria condicionada a uma série de requisitos por partes dos estabelecimentos, como: dedicação preponderante ao fornecimento de refeições; estar devida-mente registrado no CMVS, além de contar com responsável técnico cadas-trado na COVISA; possuir estacionamento conveniado; disponibilizar pessoal (próprio ou terceirizado) para o exercício da função de portaria; e não ter his-tórico de autuações por desrespeito ao protocolo de reabertura do segmento de restaurantes, bares e similares.

A ANR ressalta que todos os seus associados têm cumprido à risca os protocolos sanitários para combater a Covid-19 e estão comprometidos em retomar os negócios de maneira segura para clientes e colaboradores.

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Decreto amplia horário de funcionamento debares e restaurantes de Porto Alegre

U m novo decreto municipal ampliou em uma hora o horário de funcionamento de bares e restaurantes de Porto Alegre desde

a última sexta-feira (18). Agora, restaurantes, lanchonetes, padarias e similares poderão encerrar as atividades até 23h. No entanto, devem permitir o ingresso de clientes até, no máximo, 22h.

O horário de abertura permanece inalterado. Estão mantidos também os dias de atendimento de segunda-feira a sábado, assim como o cumprimento das orientações de higienização e distancia-mento de acordo com a determinação das autoridades de saúde.

Em Juiz de Fora (MG), os restaurantes também tiveram o ho-rário de funcionamento alterado. Os estabelecimentos poderão fun-cionar das 10h às 22h, durante todos os dias da semana. Em Belo Horizonte, o funcionamento de bares e restaurantes segue liberado só de sexta a domingo, das 17h às 22h.

Já no Distrito Federal, o Governo liberou shows ao vivo em bares e restaurantes. A atividade estava suspensa desde março, quando o executivo decretou o fechamento dos estabelecimentos e o cancelamento das apresentações musicais, como norma de com-bate à disseminação da Covid-19.

Em São Paulo a fase amarela do Plano São Paulo do Governo do Estado permite a restaurantes e bares o funcionamento por oito

horas e atendimento presencial com 40% da capacidade. Alguns pontos tradicionais de algumas cidades, como Campinas, insatisfei-tos com as regras para retomada das atividades, preferem continuar apenas com delivery e retirada.

No estado, além da abertura plena do comércio, a partir do dia 23 de setembro, os parques temáticos, com atividades ao ar livre, poderão reabrir ao público. Os locais poderão operar apenas pelo período de oito horas por dia, com limitação de 40% de sua capaci-dade de público.

Na última semana, a prefeitura da capital também anunciou a volta de atividades presenciais extracurriculares em escolas públicas e particulares a partir do dia 7 de outubro. O retorno não é obriga-tório para escolas nem para as famílias e valerá para todo o ensino básico (0 a 17 anos). O ensino superior foi liberado para voltar com aulas. Já nas escolas, o retorno está previsto para 3 de novembro.

Dados da quinta fase do inquérito sorológico feito com adul-tos na cidade (pessoas acima de 18 anos) mostraram um avanço do novo coronavírus em bairros nobres, principalmente da re-gião centro-oeste. Cerca de 1,64 milhão de pessoas na cidade de São Paulo – 13,9% da população total – já foram infectadas pelo novo coronavírus.

Foto: Divulgação

MUNDO

Nova onda de casos faz países europeus retomarem restrições

A pós ter sido um dos epicentros da pandemia, a Espanha volta a sofrer com o aumento do número de casos do novo coronavírus. Em uma tentativa

para controlar a disseminação da doença, na última sexta-feira (18), o governo regional de Madri anunciou que vai restringir a mobilidade em algumas áreas. Os habitantes das zonas afetadas poderão sair de seus bairros apenas para tratar de “questões básicas”, como trabalhar, ir ao médico, ou levar os filhos à escola. Além disso, reuniões estarão limitadas a um máximo de seis pessoas, anunciou Isabel Díaz Ayuso, presidente dessa região.

No Reino Unido também houve retomada de restrições em razão do avanço do vírus. As reuniões de grupos de mais de seis pessoas, dentro ou fora de casa, agora estão proibidas por lei. A princípio, as administrações re-gionais terão a função de separar os grupos e mandar a população de volta para casa. Cerca de 2 milhões de pessoas no nordeste da Inglaterra, incluindo nas cidades de Newcastle e Sunderland, não poderão encontrar pessoas fora

de suas casas. Apenas o serviço de mesa será permitido nos bares, e locais de entretenimento terão que fechar até às 22h.

Na França, as autoridades também estão preparando restrições mais rí-gidas em várias cidades para conter uma nova onda, depois de quase 10 mil novos casos por dia terem sido registrados na semana passada. O ministro francês da Saúde, Olivier Veran, disse que em Lyon e Nice novas regras já estão em vigor desde sábado (19). Entre as medidas estão o fechamento de bares da 0h30 até 6h e a proibição da venda de álcool em pontos comerciais após as 20h.

Assim como na Europa, no Oriente Médio também há movimentações para evitar a segunda onda de contágios. Israel é o primeiro país desenvolvido do mundo a impor uma segunda paralisação nacional, válida pelas próximas três semanas. A medida gerou protestos em Tel Aviv, quando centenas foram às ruas contra as restrições.

TREINAMENTO

Inscrições abertas para primeira turma de curso a distância do SindRio; associados ANR têm desconto de 50%

O SindRio (Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro) abriu inscrições para o curso de Elaboração de Ficha Técnica, que será

ministrado de forma remota. A iniciativa tem o objetivo de qualificar pessoas para o mercado de trabalho do setor gastronômico.

A capacitação visa ensinar como implementar métodos e ferramentas ge-renciais para garantir o lucro e a sustentabilidade de uma empresa.

Como fazer fichas técnicas na prática, formatação do preço de venda, controle de custos, diminuição dos desperdícios e controle de compras e es-toque serão outros pontos abordados no treinamento. Os associados da ANR têm desconto de 50% e as inscrições podem ser feitas aqui.

Foto: banco de imagem

Cássio Rosas, Head de Marketing e Estratégia na Wibx

NOVO DESIGN

Burger King remodela restaurantes para atender distanciamento social

A rede Burger King, associada ANR, remodelou o design de suas lojas em diversas partes do mundo. A partir de agora, todas as novas unidades da

marca serão guiadas por experiências contactless (sem toque) e que respeitem um espaçamento viável entre os consumidores. Tecnologias sustentáveis complementam os novos projetos.

Batizado de Restaurant of Tomorrow (Restaurante de Amanhã, em tra-dução literal), o design dos novos restaurantes do Burger King traz mais áre-as dedicadas para os pedidos de drive-thru e drive-in, a criação de uma “reti-rada rápida” na frente do estabelecimento e do walk-up (um espaço externo coberto para realizar refeições). Os primeiros locais a receber as novas lojas, que devem começar a ser construídas a partir do próximo ano, serão Miami, Caribe e América Latina.

GRUPO DE TRABALHO

AGENDE-SE: Reunião do GT-TEC discute Encovisase panorama sobre gordura trans no Brasil

A ANR realiza nesta quinta-feira, dia 24, das 15h às 16h30, uma nova reunião do GT-TEC, Grupo de Trabalho da entidade que tem a coordenação de

Eliana Alvarenga.Durante o encontro, a coordenadora do projeto “Um esforço coletivo para

mudar o panorama da gordura trans no Brasil”, a nutricionista Ana Flávia Re-zende, da Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN), vai falar sobre o tema como convidada da ANR.

Inscreva-se antecipadamente para esta reunião: https://bit.ly/3hKL3xK

Também será discutida a formatação da edição anual do Encovisas, inicial-mente prevista para junho mas adiada por conta da pandemia, e a descentra-lização da COVISA, na capital paulista.