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alcochete Informação da Câmara Municipal de Alcochete AGOSTO 2011 | Número 2 | Distribuição Gratuita www.cm-alcochete.pt › PÁGINAS 12, 13 E 16 ALCOCHETE EM FESTA O ORGULHO DE UMA TRADIÇ ÃO GRANDE PLANO VEREADOR PAULO ALVES MACHADO DESTACA TRABALHO DESENVOLVIDO NAS ÁREAS DA EDUCAÇÃO, SAÚDE E ACÇÃO SOCIAL › PÁGINAS 8 E 9 › PÁGINAS 4 E 5 INFOCO PROVEDOR DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ALCOCHETE, JOAQUIM PEREIRA, CONSIDERA UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS UM DESAFIO A CONCRETIZAR BREVEMENTE

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alcochete

Informação da Câmara Municipal de AlcocheteAGOSTO 2011 | Número 2 | Distribuição Gratuita

www.cm-alcochete.pt

› PÁGINAS 12, 13 E 16

ALCOCHETE EM FESTAO ORGULHO DE UMA TRADIÇÃO

GRANDE PLANOVEREADOR PAULO ALVES MACHADODESTACA TRABALHODESENVOLVIDO NAS ÁREASDA EDUCAÇÃO, SAÚDEE ACÇÃO SOCIAL

› PÁGINAS 8 E 9 › PÁGINAS 4 E 5

INFOCOPROVEDOR DA SANTA CASADA MISERICÓRDIA DE ALCOCHETE,JOAQUIM PEREIRA, CONSIDERA UNIDADEDE CUIDADOS CONTINUADOSUM DESAFIO A CONCRETIZAR BREVEMENTE

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in SÍNTESE

2.inalcochete | Agosto 2011 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

FICHA TÉCNICA

PERIODICIDADE Bimestral | PROPRIEDADE Câmara Municipal de Alcochete | MORADA Largo de São João 2894-001 AlcocheteTelef.: 212 348 600 DIRECTOR Luís Miguel Carraça Franco, Presidente da Câmara Municipal de Alcochete | EDIÇÃO SCI – Sector de Comunicação e Imagem COORDENAÇÃO DE REDACÇÃO Susana Nascimento REDACÇÃO Íngride Nogueira, Micaela Ferreira,Rosa Monteiro | FOTOGRAFIA SCI | PAGINAÇÃO CJORGE – Design & Comunicação e Rafael Rodrigues/SCI | IMPRESSÃO EmpresaGráfica FUNCHALENSE | DEPÓSITO LEGAL 327832/11 | REDACÇÃO E FOTOGRAFIA SCI – Sector de Comunicação e ImagemTelef.: 212 348 658 | [email protected] | TIRAGEM 10 000 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

FESTIVAL DE EXPRESSÕES IBÉRICAS CHEGA EM SETEMBROAs sonoridades ibéricas e a música folk vão estar em destaque entre os dias 23 deSetembro e 15 de Outubro, em Alcochete, com a realização de mais uma ediçãodo Festival de Expressões Ibéricas (FEI) organizado pela Câmara Municipal. Com uma programação promissora, o FEI promete contagiar o público com diferentes ritmos do espaço ibérico e com outras manifestações artísticas que vãodesde o teatro às animações de rua. Mais do que um Festival, o FEI é um eventoque divulga a cultura ibérica, através de diversas vertentes artísticas, e convida o público a conhecer a arte característica das Regiões da Península Ibérica e da Comunidade Ibero-Americana.

Inalcochete

CONTACTOS ÚTEISCâmara Municipal de Alcochete – 212 348 600 | Comunicação de Avarias, Roturas e Entupimentos 919 561 411 Serviço Municipal de Protecção Civil – 912 143 999 | Canil Municipal – 914 432 270 | Cemitério – 212 348 638Posto de Turismo – 212 348 655 | Bombeiros Voluntários de Alcochete – 212 340 229 ou 212 340 557 | Guarda NacionalRepublicana – 212 348 071 | Centro de Saúde de Alcochete – 212 349 320 | Extensão de Saúde em Samouco – 212 329 600Extensão de Saúde em São Francisco – 212 314 471 | Farmácia Nunes – 212 341 562 | Farmácia Cavaquinha – 212 348 350Farmácia Póvoas – 212 301 245 | Central de Táxis Alcochete – 212 340 040 | Central de Táxis Samouco e Freeport– 212 321 775 | Transportes Sul do Tejo – 211 126 200 | Transtejo – 210 422 400.

“ALCARTE 2011”Até 2 de Setembro,está patente na GaleriaMunicipal, a exposiçãocolectiva “Alcarte2011” que, na sua 29.ªedição, apresenta trabalhos de pintura e de fotografia de 76artistas. Durante as Festas do Barrete Verde e dasSalinas, poderá visitaresta exposição numhorário alargado: nosdias 12, 16, 17 e 18 de Agosto, das 18h00às 24h00, e nos dias13, 14 e 15 de Agosto,das 15h00 às 24h00.

“VIVER ALCOCHETE:TERRA DE ENCANTOS E EMOÇÕES”Durante as Festas do Barrete Verde e das Salinas, poderávisitar o stand daCâmara Municipal quevai estar situado na Rua do Mercado. Sob o lema “ViverAlcochete: Terra deEncantos e Emoções”, a Câmara Municipalconvida os visitantes a conheceremo Concelho. Da gastronomia ao artesanato, da lezíria ao rio Tejo,Alcochete é um conviteque desperta os sentidos de quem o visita.

MOBILIDADE ALTERNATIVAEm Setembro,Alcochete associa-se às comemorações da Semana Europeia da Mobilidade e, entreos dias 17 e 18, a Câmara Municipalsensibiliza a populaçãopara soluções de mobilidade “amigasdo ambiente”. Os munícipes vão serdesafiados a experimentar algunsveículos alternativoscomo bicicletas, segways e pedalkarts.

PISCINA MUNICIPAL O Executivo Municipalapresentou, na sessãode Câmara realizada a 3 de Agosto, uma proposta de regulamento da gestãoe funcionamento daPiscina Municipal quefoi aprovada por unanimidade. A proposta será submetida a consultapública por um períodode 30 dias. Foi também aprovadapor unanimidade a submissão para consultapública do projecto de regulamento para a Casa de Velório de Alcochete.

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Agosto 2011 | inalcochete.3Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Caros (as) Munícipes,

O nosso País está a ser assolado por uma crise económica, financei-ra e social que, naturalmente, afecta e condiciona todos os municí-pios portugueses, sendo que o Município de Alcochete não se cons-titui como uma excepção.No entanto, e apesar dos constrangimentos resultantes da conjuntu-ra descrita, a Câmara Municipal tem conseguido consolidar os seusobjectivos, materializar os anseios da nossa população e apoiar adinâmica da sociedade civil.O período correspondente aos dois últimos meses foi vivido commuita intensidade e com actividades muito diversificadas, que emmuito projectaram o nosso Concelho. Refiro, a título meramenteexemplificativo, a 10.ª edição do Festival Internacional de Papagaiosde Alcochete – que, uma vez mais, encheu de cor e magia os céus deAlcochete –, a 2.ª Corrida do Município – uma iniciativa da CâmaraMunicipal que visa promover a nossa identidade e tradição e que cul-minou com uma noite de exaltação à “festa brava” – e o programa“Julho + Quente”, que, assumindo-se como uma iniciativa culturaldiversificada, promoveu diversas manifestações artísticas dinamiza-das nos mais diversos “palcos ao ar livre”.Não posso deixar de referir, ainda, a realização de mais uma ediçãodas Festas de Confraternização Camponesa de São Francisco e das

“Festas Populares do Samouco” emHonra da Nossa Senhora do Carmo,que, uma vez mais, encheram estas Fre-guesias de muita animação, contri-buindo, assim, para o engrandecimen-to do concelho de Alcochete.À semelhança do que se verificou emanos anteriores e não obstante todosos constrangimentos, a Autarquia nãopodia deixar de realizar e de apoiar es-tas iniciativas que, contribuindo parauma crescente valorização do nossoterritório, concorrem igualmente paraum maior desenvolvimento da activi-dade económica local.Este foi, ainda, um período de intensas

negociações que conduziram à resolução do problema que estevesubjacente à suspensão temporária das obras de construção do Cen-tro Escolar de S. Francisco. Infelizmente, a conjuntura económicaque o País atravessa afectou a empresa Montiterras S.A., que se viuimpossibilitada de cumprir os compromissos assumidos com a Câ-mara Municipal. Assim sendo e confrontados com esta realidade, foi celebrado, coma concordância da Autarquia, um contrato de cessão de posição con-tratual entre a empresa “Montiterras S.A.” e a empresa “Pragosa, S.A.”,que permitiu retomar o desenvolvimento das obras referentes a esteequipamento escolar, que estará concluído até ao final do mês deDezembro do presente ano.Agosto é, para muitos, o mês escolhido para as merecidas férias, apósum intenso ano de trabalho. É sinónimo de descanso, de diversão ede convívio, servindo para retemperar energias para um ano de tra-balho que se adivinha socialmente mais penoso do que o normal.Acresce que o mês de Agosto tem um significado muito especial emAlcochete, porquanto coincide com a realização das Festas do Barre-te Verde e das Salinas, momento sublime de exaltação da nossa iden-tidade e das nossas tradições. Esta é, sem dúvida, a altura do ano emque Alcochete ganha um brilho muito especial e recebe o maior nú-mero de visitantes. São milhares aqueles que nos visitam durante osdias em que decorrem as Festas, atraídos pelas emoções e sensaçõesque as mesmas transmitem e pelo bem receber tão característico dasgentes de Alcochete. Também aqui, a Autarquia, desde sempre, apoialogística e financeiramente a realização das Festas do Barrete Verde edas Salinas, não só porque este é o momento do ano em que Alco-chete reforça a sua identidade cultural, mas também porque, cadavez mais, promovem o Concelho no País e além-fronteiras, engran-decem a nossa Terra e manifestam o orgulho de ser quem somos!

Finalmente,Agosto!

EDITORIAL

O mês de Agosto tem um significado muito especial emAlcochete, porquanto coincide com a realização dasFestas do Barrete Verde e das Salinas, momento sublimede exaltação da nossa identidade e das nossas tradições.

COMUNIDADE EDUCATIVACom a chegada do ano lectivo, em Setembro, a CâmaraMunicipal prepara mais uma recepção de boas-vindas à comunidade educativa, com a realização de iniciativasculturais que promovem o convívio entre professores e funcionários e que dão a conhecer o Concelho.

JORNADAS EUROPEIAS DO PATRIMÓNIONo âmbito destas Jornadas, a Autarquia realiza a 24 de Setembro, às 17h00, no Núcleo de Arte Sacra, uma apresentação pública sobre a antiga Igreja de Santa Maria de Sabonha.

LUÍS MIGUEL CARRAÇA FRANCOPresidente da Câmara Municipal de Alcochete

“RAÍCES Y TOROS III”EM EXPOSIÇÃO NA BIBLIOTECA DE ALCOCHETEDurante as Festas do Barrete Verde e das Salinas, aAutarquia inaugura no próximo dia 13 de Agosto, às15h30, na Biblioteca de Alcochete, a exposição “Raícesy Toros III”de Arturo Castro Ortega, membro do grupode Forcados de Mazatlán, México. Através desta exposição, Arturo Castro Ortega apresenta-nos a suapaixão pela figura feminina, enquanto suporte da vida, mas também pelo toiro e pela festa brava.

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4.inalcochete | Agosto 2011 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

in FOCO

Uma instituição ao serviçodos mais necessitados

de Samora Correia, que era o anti-go palácio de família, assim como sa-linas e terrenos que vão para alémdo Rio das Enguias. Até 1942 a acti-vidade da Misericórdia era muito re-duzida. As reuniões da AssembleiaGeral eram onde está o coro e nãohavia acolhimento de pessoas. Sóem 1943 é que a Misericórdia pas-sou a ter acolhimento de pessoas,após ter tomado posse em 1942deste edifício, que era bem diferentedo actual. As grandes obras de am-pliação deste edifício realizaram-seno fim dos anos 60, pois o edifícioresumia-se ao rés-do-chão e só aonível do corpo central, quando seentra, é que existia o primeiro andar.

A Santa Casa da Misericórdia deAlcochete tem desenvolvido aolongo dos anos uma função muitoimportante de apoio às pessoasmais desfavorecidas. Como carac-teriza a acção da Misericórdia?

Durante muitos anos a Misericór-dia foi a mãe dos pobres, porque notempo em que não havia apoio daSegurança Social, que só teve inícioapós o 25 de Abril, a Misericórdiafoi desde 1942, e durante cerca de50 anos uma das grandes entidadesempregadoras do Concelho, porqueera a maior produtora de sal do País.De Maio a Setembro, a Misericórdiachegava a empregar 400 homens atrabalhar nas Salinas e depois no In-verno, os poucos que sabiam iam tra-balhar na Agricultura. Naquele tem-po não existiam pescadores despor-tivos, existiam profissionais que vi-viam da pesca, existiam barqueirose a grande maioria da população nãotinha trabalho. As famílias erammuito numerosas e as necessidadeseram muitas, as mulheres não tra-balhavam, daí que vinham aqui de-zenas e dezenas de pessoas buscaralimentação todos os dias. Mas naaltura a Misericórdia podia apoiar

estas pessoas, produzia o sal, e de-pois vendia-o para as grandes empre-sas que havia na época.

Quais as principais valências equantas pessoas trabalham na ins-tituição?A Misericórdia é uma pequena/ mé-dia empresa onde trabalham 82 pes-soas, entre as quais a directora do lar,duas assistentes sociais, duas encar-regadas, uma médica, uma enfermei-ra e três senhoras que trabalham naenfermaria, que dão muito do seutempo a esta causa. Mantemos a fun-cionar o Lar para idosos, que temactualmente 80 utentes, o Centrode Dia que recebe diariamente 30pessoas, e o Apoio Domiciliário, queprestamos a 40 pessoas. Consegui-mos, com muito sacrifício que a par-tir de Fevereiro último, o Apoio Do-miciliário passasse de 5 para 7 diasna semana. Mas esta valência temcustos elevadíssimos para a Miseri-

córdia, na medida em que foi precisointegrar mais duas empregadas porcausa dos horários rotativos. Porqueainda que tenhamos um protocolocom a Segurança Social no que dizrespeito ao Centro de Dia e ao ApoioDomiciliário, o Estado não compar-ticipa com mais nenhuma verba.

Como é gerir a Santa Casa da Mi-sericórdia de Alcochete? De ondevêm as verbas para fazer face àsdespesas desta casa?A Misericórdia vive actualmente comtremendas dificuldades, nós rece-bemos pessoas que têm pensõesmuito pequenas e grande parte dovalor dessas pensões é para pagaros medicamentos. Actualmente, osrendimentos da Misericórdia che-gam da Segurança Social, que nospaga um valor por utente, que tota-lizam 39 mil euros mensais. Contudonós damos assistência a cerca de160 pessoas, entre as que estão no LarBarão de Samora Correia, no Centrode Dia e no Apoio Domiciliário. Cla-ro que temos de contabilizar o querecebemos dos utentes e umas ren-das da herdade, das duas salinas e deuma casa ou outra que a Misericór-dia tem, e que no fundo representamcerca de 35 mil euros anuais. Mensal-mente, a Misericórdia gasta mais oumenos 150 mil euros, e falta semprecerca de 20 mil euros por mês, quetentamos compensar com alguns do-nativos que recebemos. Gerir a Mise-ricórdia é muito complicado e a ma-nutenção do Lar é muito dispendio-sa. Mas o acordo que mantemos há11 anos com a Alcolar, uma empresaprivada, garante um rendimento anualde cerca de 80 mil euros, e garantiuna altura as obras necessárias ao edifí-cio, propriedade da Misericórdia, ondeactualmente funciona o lar privado.

A Misericórdia de Alcochete temnovas instalações que estão pra-ticamente equipadas na sua tota-lidade. A construção do novo edi-fício constituía uma necessidadepara a Misericórdia?Era absolutamente necessária na me-dida em que quando este Lar foi re-modelado, no fim da década de 60,do século passado, foi para acolherentre 60 a 65 idosos. A cozinha, alavandaria e todas as outras áreasde serviço foram dimensionadaspara este número de pessoas, inclu-sive nunca houve um balneário ouum vestiário para as funcionárias.Até porque há 30 anos existiam nomáximo 20 funcionárias, contandojá com as 7 ou 8 freiras que aquitrabalhavam. Na altura, não haviaApoio Domiciliário nem Centro deDia. O acordo que temos com a Se-gurança Social, diz respeito a 90 ido-sos instalados no Lar, mas nós nosúltimos anos temos evitado acolher

A Santa Casa da Misericórdia deAlcochete está a comemorar 500anos, mas sobre a data da sua fun-dação existem algumas dúvidas.Em que se baseia para fundamen-tar esta afirmação?Tudo se põe em dúvida, mas exis-tem documentos antigos, ainda quemuitos se tenham perdido ao longodos tempos, e existiram pessoas quese dedicaram muito à instituição. Oúltimo grande provedor da SantaCasa da Misericórdia de Alcochete,que assumiu o cargo até 1961, foi oProf. Leite da Cunha, que dedicou 21anos da sua vida à instituição. Eleera uma pessoa muito estudiosa quese dedicou muito à história desta Mi-sericórdia, pesquisou muita informa-ção na Torre do Tombo, no Patriarca-do de Lisboa e no Arquivo Distritalde Setúbal. Ele deixou muitos docu-mentos escritos à mão, penso que agrande maioria se perdeu, mas algunsestão aqui na Misericórdia, outros es-tão no Arquivo Distrital de Setúbal.E um dos livros que foi encontradona altura em que ele era provedor daMisericórdia menciona o ano de 1511como o ano provável da Fundaçãoda Misericórdia de Alcochete. Trata-se de um livro encontrado na Capelada Senhora da Vida, que é proprie-dade da Misericórdia, e que estava aservir de calço a uma Santa.

E que livro era esse?Não sei que livro era, penso que es-teja no Arquivo Distrital de Setúbal,o que eu conheço é um documentoescrito pelo Prof. Leite da Cunhacom base neste livro encontrado.

A Santa Casa da Misericórdia teve asua sede em diferentes edifícios naVila. Quais?A sede da Santa Casa da Misericór-dia de Alcochete foi durante 400anos a Igreja da Misericórdia e foiassim até 1942, ano em que passoua funcionar no edifício actual, dei-xado em testamento pelo 3.º Barão

A comemorar 500 anos, a Santa Casa da Misericórdia de Alcochete continua a ser uma instituição com umagrande intervenção na área social com implicações directas na vida da população de Alcochete. Actualmente,a Misericórdia mantém em funcionamento o Lar Barão de Samora Correia, o Centro de Dia e presta ApoioDomiciliário a cerca de 40 pessoas. As novas instalações estão totalmente equipadas. E porque a área da Saúdesempre esteve, desde a sua fundação, relacionada com o trabalho meritório desenvolvido pelas Misericórdias,o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Alcochete, Joaquim Pereira, pretende avançar com a construçãode uma unidade de cuidados continuados até ao final do presente ano.

COM UMA LIGAÇÃO DE 25 ANOS À MISERICÓRDIA, O PROVEDOR CONSIDERA FUNDAMENTAL A CONSTRUÇÃO DE UMA UNIDADE DE CUIDADOS CONTINUADOS

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ALCOCHETE

SABIA QUE…

A primeira sede da Misericórdia foi a capela do Hospital do Espírito Santo, actual Igreja de Nossa Senhora da Vida. Posteriormente a Igreja da Misericórdia, edificada em 1563, onde está o actual Núcleo de Arte Sacra do MuseuMunicipal, passou a ser a sua sede. A partir de 1942 em virtude do legado do 3.º Barão de Samora Correia à Misericórdia, de uma parte da sua fortuna para construção no palácio e dependências que tinha em Alcochetede um asilo, com a denominação de Asilo Barão de Samora, a sede da Misericórdia passou a ser neste edifício.

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Agosto 2011 | inalcochete.5Informação da Câmara Municipal de Alcochete

inFOCO

OS UTENTES DO LAR E DO CENTRO DE DIA FAZEM ALGUMAS ACTIVIDADES FISICAS NO GINÁSIO

AOS IDOSOS QUE NECESSITAM, A MISERICÓRDIA GARANTE EXERCÍCIOS DE FISIOTERAPIA

No total tenho mais de 25 anos de-dicados à Misericórdia de Alcoche-te. É um grande privilégio ser Prove-dor da Misericórdia, mas é precisogostar muito e dedicar muito tempoà instituição. Felizmente que aquitrabalham pessoas muito dedicadasque colaboram muito umas com asoutras, dão muito do seu tempo emprol da instituição e têm muito oespírito de voluntariado. Estão sem-pre disponíveis.

Considera que as pessoas em Al-cochete estão motivadas para o Vo-luntariado?Em primeiro lugar é preciso gostar devoluntariado. Muitas vezes sou abor-dado na rua com perguntas sobre co-mo as pessoas podem fazer voluntaria-do na Misericórdia. Respondo sempreque estou disponível para recebê-lasmas raramente aparecem. De vez emquando aparece uma pessoa ou outra,mas estão cá muito pouco tempo, aspessoas não disponibilizam o seu tem-po para estas causas. Era muito impor-tante que houvesse voluntariado naMisericórdia de Alcochete.

A Misericórdia tem condições parareceber voluntários?Claro que tem. Era importante queaparecessem pessoas dispostas a virfazer voluntariado, principalmentenas horas das refeições, para ajudaras pessoas que não podem tomar asrefeições sozinhas, ajudar a deitarum idoso, fazer animação ou sim-plesmente companhia, ainda queneste caso se registem muitas visi-tas de familiares. Nós temos muitasactividades e às vezes temos de dis-pensar as nossas funcionárias, algu-mas até estão de folga, para acompa-nhar os idosos. Há situações que nãosão fáceis aqui na Santa Casa da Mi-sericórdia, mas as difíceis ficam paraas funcionárias e as mais fáceis fica-riam para os voluntários. As funcio-nárias têm de se desdobrar para darassistência às pessoas, mas se hou-vesse duas ou três pessoas que fizes-sem voluntariado, principalmente nashoras das refeições era muito bom.

Quanto à comemoração do aniver-sário da Misericórdia, de que formaa efeméride vai ser assinalada?Nós não temos muito dinheiro e porisso não podemos ter uma grande pro-gramação. Já se realizou o concerto doOrfeão da Sociedade Imparcial 15 deJaneiro de 1898, gostaria de ter um con-certo com a Banda de Alcochete, umaactuação de danças sevilhanas e seriainteressante uma representação da épo-ca de D. Manuel I pela Associação Gil-teatro. E gostaria ainda de organizar atéao final do ano, para encerrar as co-memorações uma Sessão Solene nonosso Salão Nobre e convidar o Pre-sidente da União das Misericórdias.

cesso burocrático decorreu sem pro-blemas, avançámos com a candida-tura, que foi aprovada. Há um anoassinámos o contrato com a Adminis-tração Regional de Saúde, em que aMisericórdia vai ser financiada em 737mil euros. O processo está a avançar naCâmara assim como o empréstimoban-cário. É nossa intenção adjudicar a obrao mais rápido possível, desejamos queesta arranque antes do final do ano.

Porque é que se envolveu no tra-balho da Misericórdia? O que signi-fica para si ser Provedor da Mise-ricórdia de Alcochete?Eu estou na Misericórdia num sen-tido de missão, não ganho ordena-do pelo 14.º ano consecutivo en-quanto provedor da Misericórdia,mas já tinha estado na instituiçãoantes, durante 12 anos como secre-tário da mesa, entre 1974 e 1986.

tantas pessoas, porque queremos darmelhores condições de vida e dehabitabilidade às pessoas que nosprocuram, e por isso normalmentenunca temos mais de 80 idosos. Nósconseguimos construir o novo edifí-cio que já está praticamente todoequipado, e integra uma lavanda-ria, uma cozinha, com câmaras fri-goríficas, uma casa das máquinas paradar apoio à cozinha e à lavandaria,uma caldeira, um ginásio e ainda doisjardins. A maior parte destas valên-cias já está a funcionar. Devemos,cerca de 40 mil euros em 600 mileuros que já estão ali gastos. A aju-da do Estado foi de cerca de 140 mileuros até agora, estamos à esperados outros 75 mil. No edifício actualteremos ainda de recuperar todo orés-do-chão, transformar a ainda co-zinha num refeitório e arranjar ostelheiros. Nós já recuperámos todoo primeiro andar, os quartos e to-das as casas de banho. Vamos aindaconstruir um balneário/ vestiário paraas funcionárias. Tudo isso vai ser feito,mas luta-se com o problema da faltade dinheiro. Vai devagarinho, mas vai.

Que outras intervenções foramefectuadas nos últimos anos nosentido da modernização dos ser-viços e das instalações?Tivemos de reestruturar alguns espa-ços, criámos novos gabinetes para adirecção e para a médica, aumentá-mos a enfermaria, reunimos numamesma sala uma central telefónicae os servidores e adquirimos com-putadores que agora estão ligadosem rede. A Misericórdia não tinhaum serviço informatizado, há um anoatrás não tínhamos nada disto. Naaquisição dos computadores e da cen-tral telefónica gastámos 27 mil eurosmais IVA. Tivemos de investir numelevador porque era muito complica-do para os bombeiros subir ao pri-meiro andar com pessoas com 90 ou100 kg. Foi com muito sacrifício quemontámos ali um elevador, que noscustou mais de 60 mil euros.

A construção de uma unidade decuidados continuados é uma prio-ridade para a Santa Casa da Mise-ricórdia?Depois de um período difícil as Mi-sericórdias estão a voltar à área dasaúde. Esta é uma valência que fezparte da história das Misericórdias,que foram criadas porque não exis-tiam hospitais. É uma intenção daMisericórdia de Alcochete voltar àárea da Saúde. Mas o problema quese coloca é o da construção do edifí-cio. Nós tínhamos previsto um edi-fício para 28 camas, e é isso que vaiser, e tínhamos previsto custos naordem de 1 milhão e 200 mil euros,mas com a crise a agravar-se, agorasão de 1 milhão e 800 mil euros. O pro-

SAIBA MAIS

Santa Casa da Misericórdia de AlcocheteEm 1498 são criadas as primeiras misericórdias portuguesas, sendo a de Lisboa a primeira. Segundo a tradição a rainha D. Leonor, influenciada pelo grupode religiosos que a rodeavam, com destaque para o FreiMiguel de Contreiras, concebeu uma forma de irmandade, que se dedicava a cumprir as 14 obrasde Misericórdia enunciadas nos Evangelhos. D. Manuel Iaconselhou que as principais cidades, vilas e lugares doreino seguissem o exemplo da capital do reino. Quantoà data da fundação da Misericórdia de Alcochete é muito provável que tenha sido anterior à data da edificação da Igreja, em 1563.

A Bandeira da Misericórdia A Bandeira da Misericórdia de Alcochete é consideradacomo a mais antiga das Bandeiras da Misericórdiaremanescentes no nosso país, que desde os primórdiosdestas instituições são os seus símbolos exteriores maisrepresentativos. Exposta no coro alto da Igreja daMisericórdia de Alcochete a Bandeira da Misericórdiarevela uma pintura a óleo sobre tela, representando aPietá, Virgem com Cristo morto nos braços, e do outrolado a imagem própria das Misericórdias, NossaSenhora que cobre o mundo com o seu manto, seguro

nas pontas por dois anjos e debaixo do qual se acolhem figuras ajoelhadas de clérigos, reis, nobres e plebeus.

Hospital de AlcocheteSão antigas as referências a um hospital em Alcochetecuja fundação remonta aos anos de 1500 e 1600, e tinha a sua sede no conjunto urbano anexo à capelade Nossa Senhora da Vida, pertencente à Misericórdia.Mais tarde perante o testamento do 3.º Barão deSamora Correia que integrava diversos prédios situadosno Largo Barão de Samora Correia, o Hospital passou afuncionar desde 1942 no corpo central do edifício ondeainda hoje está instalado o Lar Barão de Samora Correia. Em 1951, após obras de beneficiação e ampliação efectuadas no edifício, o Hospital foi inaugurado comos serviços de medicina e cirurgia e maternidade. A maternidade, que durante vários anos funcionou noHospital, foi desactivada em 1985, com assinaláveisinconvenientes para a população de Alcochete. O encerramento da maternidade foi justificado pelofacto de aí não se verificarem 1000 partos por ano. O Hospital foi gradualmente perdendo valências atéque foi definitivamente encerrado após a inauguraçãodo Centro de Saúde de Alcochete.

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in LOCAL

“Alcochete 2025”está em fase de conclusão

Obras de construção do Centro Escolarprosseguem em São Francisco

AUTARQUIA PRIVILEGIA CIRCULAÇÃO PEDONALA Câmara Municipal vai realizar um conjunto de trabalhos, por administração directa, no passeio existente no Largo de São João,que estabelece a ligação entre a Rua Carlos Manuel RodriguesFrancisco e o Largo da Revolução. A Autarquia vai melhorar a circulação nesta área com a relocalização dos lugares de estacionamento e da praça de táxis existente e, no sentido de limitar uma área máxima para ocupação da via pública, a marcação no pavimento será também reforçada e os actuais pilaretes serão substituídos.

Em Junho, na sessão de Câmara descentralizada, o ExecutivoMunicipal apresentou aos munícipes que residem na Fonte da Senhora o estudo prévio para o projecto de qualificação urbanísticae paisagística a desenvolver noParque de Merendas deste lugar. O estudo, que foi aprovado por unanimidade pelo ExecutivoMunicipal, apresenta um conjuntode acções que, por um lado, vãobeneficiar a área de merendas através da requalificação geral dos pavimentos, das caldeiras de árvores, do mobiliário urbano, da iluminação pública e das condiçõesde acesso e mobilidade existentes e,por outro lado, vão valorizar a Fonteatravés da colocação de uma pavimentação diferenciada, de iluminação específica e da requalificação da própria Fonte queassume uma forte importância nahistória local. O principal objectivo da Autarquia é valorizar a vertentelúdica do Parque de Merendas, tornando-o num espaço públicototalmente adaptado para momentos de lazer ao ar livre, nãodescurando também a sua componente religiosa, uma vez queesta é uma área de culto a NossaSenhora da Atalaia.Neste âmbito, está também prevista uma intervenção no parque infantil, com a delimitaçãodas áreas de recreio e colocação de um pequeno polidesportivo.Assim como está prevista a construção de novas instalaçõessanitárias, com áreas para arrumação e instalações adaptadas para pessoas com mobilidade reduzida. De forma a reforçar a segurançarodoviária neste local vão ser realizados trabalhos para alinhar a via pública, com o recuo do murofrontal, e a linha de água será alargada com vista a melhorar as condições de drenagem. Após apresentação deste estudo de qualificação urbanística e paisagística do Parque dasMerendas da Fonte da Senhoradecorreu uma fase de auscultaçãopública durante um período de vinte dias, com o intuito de recolher sugestões, reclamaçõese outros contributos por parte dos munícipes.

PARQUE NA FONTEDA SENHORA SERÁREQUALIFICADO A estratégia para o desenvolvimento sustentá-

vel de Alcochete assenta no aproveitamentodo posicionamento geográfico do Concelho,integrado na Área Metropolitana de Lisboa, navalorização do rico património histórico, social,cultural e natural, com destaque para a Reser-va Natural do Estuário do Tejo, na potenciaçãoda vocação turística relacionada com a fruiçãodos espaços naturais de lazer, no desenvolvi-mento da actividade comercial que promova avitalidade urbana do Núcleo Antigo, na pro-moção do espaço público e melhoria nas aces-

sibilidades, na criação de melhores condiçõespara a fixação empresarial, e na promoção deuma vivência urbana com os “privilégios” doespaço rural.Algumas das directrizes fundamentais desteplano estão já em desenvolvimento. “A Requa-lificação da Frente Ribeirinha, em que a Câma-ra Municipal está a ultimar os projectos de exe-cução, soubemos inserir no PROT-AML a inte-gração do Município de Alcochete no ArcoRibeirinho Sul, que também já está em discus-são, o Pólo Tecnológico da Coutadinha, que sem

dos atrasos devido a “graves dificuldades fi-nanceiras e económicas”.No entanto, o Executivo Municipal deliberouainda, por unanimidade, a não aplicação demultas contratuais à Montiterras S.A. pelo in-cumprimento do plano de trabalhos e peloatraso na execução da obra, tendo em conta aconjuntura económica do País e a colaboraçãodemonstrada pela empresa no sentido da re-solução da situação.Para o Presidente da Câmara Municipal deAlcochete, Luís Miguel Franco, “a Câmara Mu-nicipal encontrou, em colaboração com as duasempresas, a solução mais célere e que vai per-mitir de uma forma mais rápida a conclusãodo Centro Escolar de São Francisco, na salva-guarda dos interesses primordiais e funda-mentais da Câmara Municipal e naturalmen-te da sua população”.A empreitada de construção do Centro Esco-lar de São Francisco tem o valor contratual €2.755.453,88 + IVA, tendo sido já executa-dos trabalhos no montante de €626.953,58+ IVA.

A Câmara Municipal de Alcochete aprovou,por unanimidade, na reunião extraordináriade Julho, a cessão da posição contratual que aempresa Montiterras – Sociedade de Terrapla-nagens S. A. tinha na empreitada de constru-ção do Centro Escolar de São Francisco e atransferência do contrato para a empresa Cons-

truções Pragosa S.A., que irá executar a obra até30 de Dezembro deste ano.O Executivo Municipal aprovou esta delibe-ração na sequência do incumprimento da em-presa Montiterras, que suspendeu as obras einformou que não tinha condições para apre-sentar um plano de trabalhos para a correcção

Um dos mais importantes instrumentos de planeamento para o Município, o Plano Estratégico de Desenvolvimento “Alcochete 2025”, está actualmente em fase de conclusão e integra os aspectosestratégicos fundamentais para o desenvolvimento do Concelho até 2025.

OBRAS DO CENTRO ESCOLAR FORAM RETOMADAS

LUÍS MIGUEL FRANCO E AUGUSTO MATEUS ENCERRAM FASE DE PARTICIPAÇÃO PÚBLICA COM SESSÃO NO FÓRUM CULTURAL

6.inalcochete | Agosto 2011 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

a integração do Município no Arco RibeirinhoSul, muito dificilmente seria concretizável, e arequalificação do parque escolar, através daconstrução do Centro Escolar de São Francis-co”, são alguns exemplos referidos pelo Presi-dente da Câmara, Luís Miguel Franco.Durante o processo de elaboração deste planoestratégico, pela equipa técnica liderada pelo Prof.Augusto Mateus em articulação com os técni-cos da Autarquia, realizaram-se diferentes ses-sões de participação pública, que envolveramagentes económicos e educativos, o movimen-to associativo e a população em geral, a últimadas quais a 29 de Junho. Nesta última sessão pública foram abordadasdiferentes questões relacionadas com a execu-ção do plano, as formas de potenciar e valori-zar os aspectos identitários existentes no terri-tório, com destaque para a vertente ambientale turística, a expansão urbana, entre outros.Concluída esta fase de participação pública vãoainda realizar-se reuniões de trabalho entre ostécnicos da Autarquia e a equipa responsávelpela concepção do Plano, no sentido de inte-grar contributos válidos na versão final do Pla-no Estratégico de Desenvolvimento de Alco-chete.

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inLOCALCÂMARA PROCEDE A ARRANJOS EXTERIORES NO NÚCLEO CA Câmara Municipal vai executar a terceira fase dos arranjos exteriores no Núcleo C, uma área habitacional situada na vila de Alcochete. A empreitada já foi adjudicada e os trabalhos vão incidir no espaço queestabelece a ligação entre a Rua Ary dos Santos e a Rua da Várzea, tornando-o numa área verde. Localizado entre habitações, este local de passagem encontra-se bastantedegradado, desprovido de espaços verdes e com pavimento em terrabatida. Com esta intervenção, a Autarquia vai revitalizar este espaço privilegiando a criação de três áreas verdes, com a colocação de canteiros

relvados ao nível do solo. Devido à inclinação do terreno, vão ser construídos muretes que servirão como pontos de drenagem de água e que, revestidos a pedra de calcário, funcionam igualmente como bancos favorecendo assim a criação de uma zona de estadia. A intervenção inclui ainda trabalhos de pavimentação com colocação de calçada à portuguesa, a criação de percursos perpendiculares aos espaços verdes que vão permitir a circulação pedonal e instalação de iluminação. No âmbito deste concurso, que totaliza o valor de €22.776,22, está aindaprevista a construção de novos troços de passeios no Concelho.

Regulamento está em consultapública até 8 de SetembroO abastecimento de Água e a drenagem de ÁguasResiduais no Município de Alcochete vão obedecer a novas regras e ter novos tarifários.

O novo Regulamento do Serviço de Abasteci-mento de Água e de Drenagem de Águas Re-siduais do Município de Alcochete foi aprova-do por unanimidade pela Câmara Municipal,na reunião de 6 de Julho e está em consultapública até ao dia 8 de Setembro.A actualização do referido Regulamento, quepassa a incluir o Abastecimento de Água e a Dre-nagem de Águas Residuais, é um imperativolegal para adequação à legislação em vigor,designadamente ao Decreto-Lei n.º 194/2009de 20 de Agosto, ao Decreto Regulamentarn.º 23/95 de 23 de Agosto e à Portaria n.º34/2011 de 13 de Janeiro.Aspectos relevantes da proposta em discussãosão a introdução de um capítulo dedicado àdrenagem das águas residuais, a definição deregras que visam a defesa do consumidor, ascondições de disponibilização do serviço pú-blico de fornecimento de água e de drenagemde águas residuais e as alterações ao nível das ta-rifas e pagamentos, com a criação de uma tarifafamiliar, dirigida aos agregados com 5 ou maispessoas em regime de “permanência e econo-mia comum” e a tarifa social “para os titularesde contrato cujo agregado familiar possua ren-dimento bruto englobável para efeitos de IRS,que não ultrapasse uma vez o valor anual daretribuição mínima mensal garantida”. Estãodefinidas ainda tarifas para as instituições, co-lectividades, Estado, autarquias locais e sectorempresarial do Estado.Este Regulamento estabelece que “os utiliza-dores têm o direito a ser informados, de formaclara e conveniente, sobre as condições em queo serviço é prestado, em especial no que res-peita aos tarifários aplicáveis”, pelo que antesda entrada em vigor todos os clientes irãoreceber junto à factura da água informaçãodetalhada sobre os novos tarifários e condi-ções de acesso.O Regulamento define igualmente que “os uti-lizadores podem denunciar, a todo o tempo, oscontratos de fornecimento de água e de dre-nagem de águas residuais que tenham cele-brado por motivo de desocupação do local deconsumo, mediante comunicação escrita à Câ-mara Municipal” e que “findo o prazo para pa-gamento estipulado nas facturas, este pode serainda efectuado no prazo de 10 dias úteis,acrescido dos respectivos juros de mora”.Devemos ter em conta que “todos os edifícios

existentes ou a construir, com acesso ao servi-ço de abastecimento público de água devemdispor de sistema predial de distribuição deágua devidamente licenciado, de acordo comas normas de concepção e dimensionamentoem vigor, e estar ligado ao respectivo sistemapúblico”, sendo que “dentro da área abrangi-da pela rede pública de distribuição de água,os utilizadores são obrigados a requerer o ra-mal de ligação à rede pública”. Ainda confor-me estipulado no artigo 18, “a instalação do sis-tema predial (que é o conjunto de canaliza-ções privadas e acessórios, instalados entre oramal de ligação e os dispositivos de utilização)e respectiva conservação em boas condiçõesde funcionamento e salubridade é da respon-sabilidade do proprietário”. A obrigatoriedadede ligação à rede pública também se verificaem relação à drenagem de águas residuais.De acordo com o artigo 22.º, “compete à Câma-ra Municipal promover a execução dos ramaisde ligação dos sistemas prediais ao sistema pú-blico” mas também pode ser promovida pelosproprietários, desde que estejam devidamenteautorizados, mas estes devem solicitar a verifica-ção das obras assim como do estado da ligaçãodo ramal, no âmbito de obras de urbanização.Quanto ao tarifário, o Regulamento apresentatarifas fixas e variáveis para o fornecimento deágua, saneamento e resíduos sólidos urbanose tarifas relativas aos serviços auxiliares (insta-lação de contadores, restabelecimento do for-necimento, reparação da torneira de seguran-ça, mudança de titularidade, aferição do con-tador, verificação e execução de ramais e ex-tensões da rede).

O NOVO REGULAMENTO EM DISCUSSÃO PREVÊ TARIFAS FAMILIARES E SOCIAIS

Agosto 2011 | inalcochete.7Informação da Câmara Municipal de Alcochete

ÁGUA E ÁGUAS RESIDUAIS

A Praia dos Moinhos e a Praia de Samouco registaram significativos investimentos nos últimos anos, graças à acção da Câmara Municipal e das Juntasde Freguesia de Alcochete e de Samouco. Reunir condições para qualificar a Praia dos Moinhos como praia de banhos aglutina as acções prosseguidas há vários anos pelosautarcas no sentido de termoszonas balneares com qualidadeambiental. Por iniciativa da Junta de Freguesiade Alcochete e em colaboraçãocom a Câmara Municipal e a Autoridade Marítima Nacional, a Associação Cinotécnica de Busca e Salvamento está a desenvolver,até 15 de Setembro, um ProjectoIntegrado de Vigilância eSalvamento, na Praia dos Moinhos.Orçado em 21 mil euros, esteProjecto assegura a presença diáriade um Coordenador e de três nadadores-salvadores que, comuma embarcação, uma mota de água e uma moto 4x4, vigiam e assistem aos banhistas, contandocom a colaboração de um bombeiro. A Praia dos Moinhos passou a dispor de dois postos de vigilânciapara uma área vigiada que vaidesde o primeiro moinho (para quem vem da Vila) até à vala do esteiro do Brito, numa extensãode 300 metros, mas a ACBS exercevigilância numa área mais vasta,sem, contudo, deixar de apelar ao cumprimento por parte dosbanhistas. Para o Presidente da Junta deFreguesia de Alcochete, “as pessoasadquiriram hábitos que têm de mudar, uma vez que na praiaprevalece o interesse colectivo”.Estêvão Boieiro destaca a limpezadiária do areal da Praia dos Moinhose as acções de educação ambientalcom alunos do 1.º Ciclo do EnsinoBásico. Também o Presidente da Junta de Freguesia de Samouco,António Almeirim, apela à colaboração dos utentes da Praiade Samouco no sentido de colocarem o lixo nos locais adequados.

PRAIA DOS MOINHOS COM VIGILÂNCIA

A tarifa fixa de abastecimento de água e dedrenagem de águas residuais é diferenciadade forma progressiva em função do diâmetronominal do contador e a tarifa variável é devi-da em função do volume de água fornecido efacturados por escalões. Os valores contrata-dos são facturados em função do tipo de uti-lizador: doméstico e não doméstico.A proposta de actualização dos tarifários, queem breve será apreciada pela Assembleia Mu-nicipal, obedece à Lei n.º 58/2005 de 29 deDezembro, que refere que “o regime de tari-fas a praticar pelos serviços públicos de águasvisa assegurar tendencialmente e em prazorazoável a recuperação dos investimentos ini-ciais e futuros”, bem como à Lei n.º 2/2007de 15 de Janeiro que estabelece que os preçosa fixar pelos municípios “não devem ser infe-riores aos custos, directa ou indirectamente,suportados com a prestação desses serviços ecom o fornecimento desses bens”.Os interessados devem dirigir, por escrito, assugestões ao Presidente da Câmara Municipal,sendo que a proposta de Regulamento estádisponível para consulta pública, em suportede papel, no Serviço de Atendimento da Di-visão de Águas e Saneamento, na Rua doMercado em Alcochete, de 2.ª a 6.ª-feira, das9h00 às 12h30 e das 14h00 às 16h00 e nosite da Autarquia em www.cm-alcochete.pt.Para mais informações contactar o Serviço deAtendimento da Divisão de Águas e Sanea-mento da Câmara Municipal de Alcochete,localizado na Rua do Mercado, em Alcochete,ou através do número directo 212 348 605 oudo endereço electrónico [email protected].

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GRANDEPLANO

8.inalcochete | Agosto 2011 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

As Associações de Pais são estruturas associativas de maior importância na vidadas escolas.

A nossa principal preocupaçãoao nível da gestão de RecursosHumanos tem sido a estabilização e a valorizaçãoprofissional dos trabalhadores.

A Câmara Municipal assumiu como umadas prioridades para este mandato a Educa-ção. Qual o balanço que faz sobre o trabalhoque tem sido desenvolvido neste âmbito?De facto, a educação constitui uma das priori-dades deste mandato e eu diria mesmo quetem sido uma prioridade desde 2005. Mas háque separar em duas categorias: por um lado,temos as questões relativas à melhoria do par-que escolar, por outro, temos todo o conjuntode apoios e de recursos que a Câmara Muni-cipal presta à educação e aos seus agentes co-mo as direcções das escolas, os professores, osalunos e os pais. Antes de mais foi necessárioter um conhecimento concreto da realidade,para que a partir de 2007 pudéssemos planeara intervenção. Elaborámos um estudo diagnós-tico do estado do parque escolar, das suas ne-cessidades e carências, procurámos conheceras dinâmicas territoriais e demográficas parapercebermos onde é que eram necessárias maisescolas e que tipo de escolas. Do resultadodeste estudo, apresentou-se a Carta Educativa,a partir da qual foram elaborados estudos ar-quitectónicos para a construção de dois cen-tros escolares inteiramente novos, um em S.Francisco, cuja conclusão se aponta para De-zembro deste ano, e o outro para a QuebradaNorte, em Alcochete, e ainda projectos para oalargamento e requalificação das restantes es-colas. Naturalmente que esta foi uma formaabreviada de apresentar um processo muito

complexo e demorado, e para o qual foi neces-sário um empenho enorme dos técnicos da Au-tarquia. Entretanto, as dificuldades económi-cas que o país atravessa têm-nos vindo a fazerreflectir sobre quais as melhores opções e quaisas prioridades para o futuro, nomeadamente emtermos do esforço financeiro ainda necessáriopara a requalificação do restante parque escolar.Mas eu gostaria de dizer que o esforço na edu-cação não é apenas o que decorre da constru-ção deste novo centro escolar. O esforço é tam-bém resultado de todo um trabalho anual, per-manente do Museu Municipal, do Fórum Cul-tural, da Biblioteca de Alcochete, da PiscinaMunicipal e das respectivas Divisões. Quantoao novo Centro Escolar é, de facto, um inves-timento colossal dado que uma escola hojetem custos verdadeiramente impensáveis, queno caso rondam os 3 milhões de euros, e acomparticipação total do QREN e do Progra-ma de Alargamento da Rede do Pré-Escolar nãovai para além dos 700 mil euros, pelo quecerca de 2 milhões e 300 mil euros é esforçofinanceiro próprio da Autarquia.

A recepção à comunidade Educativa é umexemplo dessa valorização da educação nomunicípio de Alcochete?Ainda bem que pergunta, porque às vezes nãovalorizamos alguns rituais importantes, aindaque simbólicos, e este é efectivamente um mo-mento marcante para a Autarquia. Não só da-

mos as boas vindas aos novos professores edemais trabalhadores não-docentes das esco-las, como temos a oportunidade de reconhe-cer o trabalho e o mérito dos que entretanto seaposentaram. É um encontro fantástico, poisraras vezes temos a possibilidade de partilharopiniões em matéria educativa, num clima mui-to informal sem constrangimentos de qual-quer natureza. Na verdade, acreditar na educação é muito maisdo que investir nas escolas, do ponto de vistafísico. Os esforços que temos feito para dar a co-nhecer projectos ganhadores das nossas esco-las, a confiança que depositamos e também aexigência que colocamos no resultado do tra-

balho docente são uma permanente do traba-lho do Vereador da Educação.

Em 2007, assistimos à transferência demuitas das competências da AdministraçãoCentral para as Autarquias Locais. Contu-do, a CMA não celebrou com o Ministérioda Educação os contratos de transferênciasde competências em matéria de educaçãoaté ao 3.º ciclo. Porquê?A verdade é que as Autarquias sempre queassinam contratos de transferência de compe-tências com a Administração Central, invaria-velmente, surgem problemas que resultam emprejuízo sério para a Administração Local. Masneste caso, essa nem sequer era a questão defundo. Já todos sabíamos que as transferênciasviriam, e vieram a comprovar-se as nossas sus-peitas, sem a respectiva transferência de ver-bas. Mas o que nos impediu de assumir, paraalém dos encargos com um parque escolar quenão teve investimentos significativos desde quefoi construído (no caso a Escola EB 2,3 El-ReiD. Manuel I que precisa de um investimentosério para o qual ninguém tem dinheiro, pelomenos o Ministério da Educação não tem tidonestes últimos anos), foi o facto de que esta trans-ferência pressupunha também a assunção dacontratação de pessoal não-docente, para o 1.º,2.º e 3.º ciclos do ensino básico. Ora, com ascarências reais de pessoal das escolas, que équase sempre tema das televisões na abertura

“ACREDITAR NA EDUCAÇÃO É MUITO MAISDO QUE INVESTIR NAS ESCOLAS”

ENTREVISTA AO VEREADOR DA CÂMARA MUNICIPAL DE ALCOCHETE, PAULO ALEXANDRE MEIRELES DE CARVALHO ALVES MACHADO

Em entrevista ao InAlcochete, o Vereador Paulo Alves Machado destaca o trabalho desenvolvido pela Câmara Municipal em prol do bem-estar da população e do serviço público. A educação, a saúde, a valorização profissional dos funcionários da Autarquia e a importância da preservação da identidade local são alguns dos aspectos focados pelo autarca e que têm sido prioridades para o Executivo Municipal.

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do ano lectivo, a Autarquia ia assumir um ónusque dificilmente teria capacidade para supor-tar. A verdade é que as Autarquias que assu-miram estes contratos de transferências decompetências, cerca de um terço da totalidadedas autarquias nacionais, se pudessem voltaratrás, neste momento fá-lo-iam, estou certo.Por outro lado, já agora deixe-me dizer, que agestão de pessoal não-docente, no actual con-texto de grande contenção das contratações, porimposição das medidas restritivas governa-mentais, deixa as autarquias entre a “espada ea parede”: se contratam, não cumprem com osobjectivos de redução de 2% de pessoal im-posto pela Troika. Se não contratam têm as es-colas encerradas a cadeado pelos pais que exi-gem respostas para as questões de falta de higie-ne e de segurança nas escolas dos seus filhos.

Qual a relação e a importância das Associa-ções de Pais neste contexto? As Associações de Pais são estruturas associa-tivas de maior importância na vida das esco-las. É certo que muitas vezes deveriam ser maisajudadas a desenvolver a sua missão pelas pró-prias escolas e o facto disso não acontecer, deàs vezes existir um certo desconhecimento daacção das Associações de Pais pela própria es-cola, leva a que haja atritos que se vão debe-lando naturalmente, com o decorrer do tem-po. Também compreendo, que dada a sua na-tureza precária no tempo, as associações ten-dem a ser muito activas, quando têm indiví-duos nas suas direcções muito empenhados efocalizados na superação dos problemas queeventualmente considerem existir. Quando essaslideranças desaparecem, muitas vezes, lamen-tavelmente, as próprias associações extin-guem-se. Por outro lado, e sou muito críticonesta matéria, até porque também eu vivi aexperiência do movimento associativo de pais,muitas vezes as associações tendem a exorbi-tar a sua acção, desenvolvendo ou desejandoprojectos pedagógicos diferentes para os seusfilhos, assentes nas expectativas pessoais doslíderes das próprias associações. Não raras ve-zes o exemplo do seu filho funciona como bi-tola para o que corre bem ou mal na escola eisso, naturalmente, não pode ser. Cada caso éum caso e cada criança é distinta, não se po-dendo tirar ilações ou fazer generalizações daqualidade educativa da escola ou do docente,só porque o nosso filho gosta muito ou detes-ta o que está a vivenciar. Agora, o que uma As-sociação pode fazer é muito mais do que aqui-lo que ela não pode, nem deve fazer.Neste âmbito, destaco ainda como muito po-sitivo a recente criação da Federação das Asso-ciações de Pais e Encarregados de Educaçãodo Concelho de Alcochete, a FAPEECA, que temsido um parceiro importante da Câmara Muni-cipal. Isto porque, em conjunto com a CâmaraMunicipal, a Direcção do Agrupamento e aFundação João Gonçalves Júnior, a FAPEECAtem sido a promotora das Actividades de Enri-quecimento Curricular, importante para ascrianças que frequentam estas actividades nãoobrigatórias, mas muito relevantes em termosde ocupação dos tempos das crianças para alémdas aulas.

O Vereador é também responsável pelo pe-louro dos Recursos Humanos. Que grandesdesafios se têm colocado à CMA na gestãodesta matéria?Esta é, de facto, uma matéria da maior impor-tância. Mas, ao contrário de alguma oposiçãoque usa e abusa da demagogia da “ineficácia”

da máquina municipal e dos seus trabalhado-res, a verdade é que não há organizações efica-zes se não tivermos trabalhadores capazes decompreender o que se espera deles e de se sen-tirem valorizados. Por isso, a nossa principalpreocupação ao nível da gestão de recursos hu-manos, tem sido a estabilização e valorizaçãoprofissional dos trabalhadores para estarmosem condições de lhes pedir “que vistam a cami-sola”, que se dediquem ao trabalho com em-penho, com inteligência ao serviço das popu-lações. Mas gostava também de dizer, se me per-mite, que a valorização profissional não é apenasprocurar cumprir escrupulosamente com a le-gislação em matéria laboral, mas também pas-sa pela formação, de forma alargada e adequa-da às necessidades das pessoas, pela melhoriadas condições de trabalho, pelo apoio em ma-téria de higiene, saúde e segurança no traba-lho, bem como pela criação de condições defuncionamento organizacional, através da im-plementação de programas de modernizaçãoadministrativa. E tudo isso temos feito, sendoque, por exemplo, agora, nos encontramos aavaliar a eficácia de novos horários de trabalhoque foram implementados a partir do dia 1 deJulho, ouvidos os trabalhadores e as suas es-truturas representativas, e estamos a monitori-zar a relação custo / benefício / satisfação do ser-viço prestado, para perceber a adequação daproposta ou da sua ineficácia. A verdade é queisto não seria possível se não fossem os esfor-ços que temos desenvolvido para implemen-tar uma gestão de qualidade na CMA e se nãocontássemos com o contributo muito válidode todos os trabalhadores e das chefias e diri-gentes, sem excepção.

A Autarquia tem um Plano de Promoção daSaúde que tem vindo a implementar no Mu-nicípio. Quais são os seus principais objec-tivos?De facto, o Plano de Promoção da Saúde, é umplano muito vasto que se concretiza em acçõesque a própria Câmara Municipal desenvolve e

de vida destas populações. Para além daestreita e muito eficaz parceria entre a CMA eo Centro de Saúde de Alcochete, visível numconjunto de acções e rastreios que são feitosem conjunto, destaco para finalizar a inau-guração da nova extensão do Centro de Saúdede Alcochete em Samouco como corolário, seassim se pode dizer, de um esforço municipalpara valorizar e melhorar as condições de saú-de das pessoas, tão penalizadas que são com atrágica redução de médicos, nomeadamentemédicos de família, que urge repor. A CâmaraMunicipal tem efectuado também todas as di-ligências possíveis junto do Ministério da Saú-de de forma a melhorar o acesso aos serviços desaúde em São Francisco e continua a reivindi-car a construção do Hospital Montijo /Alco-chete mas têm sido infrutíferas. A verdade éque quando as populações deixam de reivin-dicar, deixam de estar unidas em torno do queé importante para a maioria, é porque tudoafinal está bem, e neste caso os que não têm voz,mais uma vez saem prejudicados.

A programação cultural de qualidade temsido uma preocupação constante da Câma-ra Municipal. Que outras preocupações lhecoloca a implementação de uma políticacultural do Município?Apesar das dificuldades económico-financei-ras, a Câmara Municipal tem conseguido man-ter uma oferta cultural diversificada e de qua-lidade superior no Concelho. A verdade é quehoje em Alcochete, seis anos depois de umaoferta cultural permanente, de qualidade e di-versificada, há um público fiel às diversas ini-ciativas, destacando de forma muito carinho-sa, as acções culturais vocacionadas para as fa-mílias e para o público infanto-juvenil que é aíque se deve centrar a nossa preocupação, emformar públicos. Para além destas e doutras iniciativas regularesque decorrem no Fórum Cultural, na Bibliote-ca de Alcochete e no Museu Municipal, querosublinhar também o programa Julho + Quen-te que este ano foi de excepção, tanto na qua-lidade, como na diversidade e abrangência daspropostas artísticas e performativas que tive-mos a oportunidade de ver, quanto no públi-co que acorreu entusiasticamente. Em Julho, aCâmara Municipal organizou também a IICorrida do Município, que decorre de umcompromisso com a importante preservaçãoda nossa identidade local e a exaltação do pa-pel dos Forcados no contexto da corrida de toi-ros à portuguesa. A verdade é que o reforço danossa identidade é não só uma preocupaçãoque se reflecte na programação cultural, comoestá subjacente à permanente atenção e cuida-do com que a CMA se relaciona com o Movi-mento Associativo Cultural ou mesmo comoutras organizações como o Círio dos Maríti-mos e a Paróquia de Alcochete que organiza asfestas de São João. Mais, o esforço logístico efinanceiro da CMA no apoio às tradicionaisfestas populares de São Francisco e do Samou-co, ou ainda às Festas do Barrete Verde e dasSalinas é exemplo dessa vontade de manter,enquanto for viável, as tradições como umfactor importante do entretenimento e fruiçãocultural das populações. Agora, também é claro,e todos estamos cientes disso neste contexto di-fícil, que provavelmente não vai ser possívelmanter muito mais tempo este esforço finan-ceiro e que temos de encontrar, todos, outras so-luções, não se podendo esperar que as Câma-ras continuem a ser os únicos mecenas da ac-ção cultural local.

GRANDEPLANO

Agosto 2011 | inalcochete.9Informação da Câmara Municipal de Alcochete

que é partilhado por todos os parceiros em se-de de Conselho Local de Acção Social (CLAS),ao qual eu presido, e que é uma estrutura departicipação que visa disponibilizar recursos eprocurar soluções para os problemas de po-breza e de exclusão social do Concelho. Masse tivesse de identificar acções concretas donosso Plano de Promoção da Saúde, em pri-meiro lugar falaria do trabalho desenvolvidono âmbito do projecto “Seniores + Activos”promovido pela Divisão de Educação, Desen-volvimento Social e Saúde e pela Divisão deDesporto, Juventude e Movimento Associati-vo com o apoio das Associações de Reforma-dos e das colectividades e que, anualmente,mobiliza cerca de 3000 seniores, ou ainda doprojecto “Vamos à Vila”, que assegura a deslo-cação dos munícipes residentes nas áreas ru-rais para o centro da Vila e que, aliás, está aconcurso para o Prémio da Qualidade do Dis-trito de Setúbal. O combate ao isolamento dapopulação sénior do Concelho tem sido tam-bém uma preocupação constante da Autar-quia e com um impacto imenso na qualidade

O combate ao isolamento da população sénior do Concelho tem sido umapreocupação constante da Autarquia.

A Câmara Municipal tem conseguido manter uma ofertacultural diversificada.

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10.inalcochete | Agosto 2011 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

inVIDA

Para Carlos Soares, dirigente da AssociaçãoGilTeatro, o FIPA 2011 tem “um saldo muitopositivo” e “a qualidade foi mantida” apesar de

A constante animação no recinto do areal reser-vado para a actuação das equipas de papagaiosacrobáticos e a qualidade do espectáculo e do

só terem participado 16 equipas devido aosconstrangimentos de natureza financeira de-correntes da actual crise.

FIPA é referênciainternacionalEm Julho, a Praia dos Moinhos de Alcochete readquiriu um extraordinário colorido graças à 10.ª edição do Festival Internacional de Papagaios (Estáticos e Acrobáticos) de Alcochete, organizado pela Associação GilTeatro/GilPapagaios, em parceria com a Câmara Municipal deAlcochete.

PAPAGAIOS ESTÁTICOS E ACROBÁTICOS MARCARAM PRESENÇA NA PRAIA

número de espectadores presentes no FestivalNocturno foram uma marca da edição de 2011do FIPA e constituem pistas orientadoras para aprogramação das próximas edições, de acordocom as palavras do dirigente associativo, que con-siderou o Festival Nocturno “o melhor de sempre”.Para além das equipas estrangeiras, na suamaioria provenientes da Europa, a participa-ção portuguesa esteve em realce com a pre-sença do Núcleo de Estrelas da Lourosa queensinou aos visitantes como se fazem papa-gaios tradicionais com cana, papel e cola e queofereceu um papagaio com o desenho da Ban-deira de Portugal para ser enviado para ummuseu de papagaios na Malásia.Durante dois dias, no areal da praia, váriasequipas, entre as quais os Imagina, os Vortex,Carlos Pitonzo, os irmãos Molina, Juan Faurae Cisco, do Revobarcelona deslumbraram adul-tos e crianças com as acrobacias dos papa-gaios ao som de músicas clássicas ou moder-nas bem conhecidas do público.O Vereador da Cultura e da Educação, PauloAlves Machado, salientou, na sessão inaugu-ral do evento, que “a Câmara Municipal par-ticipa desde sempre, e particularmente nosúltimos cinco anos, de forma muito especiale empenhada, na organização do Festival dePapagaios” e felicitou Carlos Soares, a Asso-ciação GilTeatro e todos os patrocinadores eparticipantes pelos contributos à realizaçãodo Festival. Estiveram ainda presentes na inau-guração o Vereador do Ambiente, Jorge Giro,e o Presidente da Junta de Freguesia de Alco-chete, Estêvão Boieiro.O Festival prosseguiu, com a actuação dosGaiteiros de Alcochete, do Grupo de Cavaqui-nhos da Sociedade Filarmónica 1.º de De-zembro do Montijo e do Rancho FolclóricoJuventude Atalaiense, que actuaram na praiade Alcochete, requalificada com uma área pe-donal, zona verde e áreas desportivas de aces-so livre.No segundo dia destaque para as actuaçõesda Escola de Dança D. Manuel I e dos Gruposde Dança Moderna e de Hip-Hop da Socieda-de Filarmónica 1.º de Dezembro no mesmolocal.

“Julho + Quente” anima noitesde Verão na vila de AlcocheteEntre os dias 15 e 31 de Julho, o Núcleo An-tigo da Vila de Alcochete foi palco de maisuma edição do “Julho + Quente”, um eventoque já integra a agenda cultural do Concelhoe que, ano após ano, surpreende o públicocom iniciativas de rua inovadoras e arrojadasque animam as noites de Verão.Os Largos de São João, da República, da Mi-sericórdia e Almirante Gago Coutinho e a RuaComendador Estêvão de Oliveira foram os“palcos ao ar livre” escolhidos para a realiza-ção do “Julho + Quente” que, desde 2007, traza cultura para as ruas do Concelho duranteeste mês. Do teatro à dança, da música à poe-sia, o “Julho + Quente” apresenta todos osanos um programa cultural diversificado, trans-versal a todas as idades e, este ano, não fugiuà regra. Não faltaram animações de rua pro-porcionadas por bandas de música itinerantescomo os “Desbundixie” e a “Bizu Walking Band”,teatros de rua que apresentaram ao público

personagens hilariantes ou imaginárias, comoos espectáculos “Herança de Jeremias” e“Puppetologia” e performances originais quecombinaram o teatro, com a música e a dan-ça, como a “Charanga” dos Circolando ou “OBaile dos Candeeiros”. A Andante Associação Artística, companhiade teatro do Concelho, também integrou a pro-gramação deste evento com “Poesia à La Carte”,que apresentou um cardápio requintado,repleto de poesia e de menus que foram “ser-vidos” directamente, junto dos ouvidos de cadacliente, num restaurante inaugurado no Largode São João.Com a realização de mais uma edição do“Julho + Quente”, que contou com uma boareceptividade do público, a Câmara Munici-pal contribui para uma maior democratizaçãono acesso à cultura, através de uma iniciativaque promove diversas manifestações artísticase dinamiza os espaços públicos. OS “DESBUNDIXIE” TROUXERAM NOVAS SONORIDADES AO LARGO DE SÃO JOÃO

Foto: António Sousa

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inVIDA

Agosto 2011 | inalcochete.11Informação da Câmara Municipal de Alcochete

2ª Corrida do Municípioexalta identidade local

Em praça estiveram os cavaleiros João Salguei-ro, João Moura Caetano e Manuel Lupi, quecom lides bem trabalhadas sacaram bons fer-ros aos toiros da Ganadaria Passanha Sobral.

Destacamos a primeira lide do cavaleiro da Her-dade da Barroca d’Alva, que com a entregaque lhe é reconhecida recreou-se frente a umtoiro bravo na investida, e na segunda lide pro-

curou a sorte frente ao sexto da noite, encer-rando a sua actuação com um ferro de palmo. A entrada em praça do Grupo de ForcadosAmadores de Alcochete, a comemorar o 40º

Aniversário, foi um dos momentos mais emo-tivos da noite pois estavam reunidos cerca de100 elementos do Grupo, actuais e antigos. A Autarquia não esqueceu a ocasião e no in-tervalo da 2.ª Corrida do Município, o Presi-dente da Câmara, Luís Miguel Franco, entre-gou ao Cabo do Grupo, Vasco Pinto, uma lem-brança alusiva a aniversário do Grupo, e osvereadores Paulo Machado e Jorge Giro entre-garam diplomas de participação aos cavaleirostauromáquicos.Mas outros momentos emocionantes se segui-ram, refiram-se as pegas das antigas glóriasAntónio Manuel Cardoso, António José Pinto,João Pedro Bolota e Estêvão Oleiro, assim co-mo a do actual cabo do Grupo, Vasco Pinto ea do forcado, Carlos Dias.A 2.ª Corrida do Município foi antecedidapela lide do jovem cavaleiro amador AntónioPrates, que com apenas 13 anos mostrou naarena a sua forma de interpretar a arte do tou-reio frente a um novilho do Eng. Samuel Lupi.A pega esteve a cargo do grupo de forcados ama-dores juvenis de Alcochete e na cara do toiroesteve António José Cardoso (Nené Júnior).Integrada na programação das Festas Popula-res de Samouco, em honra de Nossa Senhorado Carmo, a 2.ª Corrida do Município foi an-tecedida por dois eventos equestres que se rea-lizaram durante o dia. Durante a manhã maisde meia centena de cavaleiros foram convida-dos a visitar a Fundação das Salinas do Sa-mouco durante um agradável passeio que ter-minou bem perto do Parque de Merendas des-ta Vila, local onde se realizou um almoço con-vívio para todos os participantes. À tarde rea-lizou-se o Cortejo Equestre e de Atrelagens quepercorreu as principais ruas de Alcochete eSamouco, no qual participaram 50 cavaleiros,e que culminou num jantar de confraterniza-ção.

A 2.ª Corrida do Município proporcionou a todos aqueles que estiveram na Praça de Toiros deAlcochete, no passado dia 9 de Julho, uma bela noite de exaltação à festa brava e à forte identidade tauromáquica existente no Concelho.

ACTIVIDADES AO AR LIVRE FORAM MUITO APRECIADAS

EXECUTIVO MUNICIPAL OFERECEU LEMBRANÇA AO GRUPO DE FORCADOS AMADORES DE ALCOCHETE

“Férias Activas de Verão” divertem 300 criançasTrês centenas de crianças, dos 6 aos 14 anos,participaram no programa desportivo “FériasActivas de Verão”, organizado pela CâmaraMunicipal e que decorreu nas freguesias de Al-cochete, de Samouco e de São Francisco, nosmeses de Junho e Julho.Nas “Férias Activas” em Alcochete participa-ram um total de 180 crianças e jovens destafreguesia, incluindo os que residem nas zonasrurais da Fonte da Senhora e do Passil, numtotal de quatro semanas de actividades, a quese somam as 120 crianças e jovens que fre-quentaram as “Férias Activas” em Samouco eem São Francisco.O Parque Desportivo do Valbom, a PiscinaMunicipal, os Pavilhões de Alcochete e de Sa-mouco e o Polidesportivo de São Francisco fo-ram as infra-estruturas onde decorreram as vá-rias actividades, assim como no Pinhal dasAreias e nas praias do concelho.Na Praia dos Moinhos decorreu também umasessão educativa com a Associação Cinotécni-ca de Busca e Salvamento. As crianças, in-cluindo algumas a frequentar a Fundação JoãoGonçalves Júnior, escutaram a explicação dodirigente associativo Nuno Lima sobre os cui-dados a ter nas praias, o significado das coresdas bandeiras, o papel do nadador salvador,entre várias outras questões importantes paraa prevenção e a segurança dos mais novos.Durante as quatro semanas temáticas, as acti-vidades desportivas decorreram durante o pe-

ríodo da manhã, à excepção do dia em que osparticipantes nas Férias Activas de Alcocheteforam visitar o Jardim Zoológico de Lisboa, re-partidas pela Semana no Parque Desportivo,

Semana na Piscina, Semana na Natureza e naPraia e Semana “Mix”.Segundo o técnico da Autarquia, Hugo Tava-res, “a diferenciação de actividades entre dois

grupos distintos, dos 6 aos 10 anos e dos 11aos 14 anos de idade, aumentou a motivaçãodos jovens mais crescidos que tiveram a pos-sibilidade de participar em actividades commais competição”, assim como dos própriosprofessores de Educação Física.Esta actividade da Autarquia destinada à ocupa-ção sadia de crianças e jovens nos períodos daspausas escolares proporciona o convívio e a prá-tica desportiva de numerosas modalidades, des-de o andebol ao râguebi, passando por activi-dades como natação, jogos e passeios pedestres.As “Férias Activas 2011” foram organizadas pelaDivisão de Desporto, Juventude e MovimentoAssociativo da Câmara Municipal de Alcochetee contaram com a colaboração dos jovens doCurso Tecnológico de Desporto da Escola Se-cundária de Alcochete e de dois voluntários.Com 13 anos, Diogo Santos participou pelasegunda vez nas “Férias Activas de Verão” emAlcochete e a sua actividade preferida este anofoi a orientação que realizou no Pinhal das Areias.Sara Meireles, de 10 anos, participou pela tercei-ra vez neste programa, que “acha divertido” etem especial preferência por actividades em gru-po que sejam competitivas.David Baptista tem 12 anos e há dois/ três anosque adere às Férias Activas. Disse que “é umbom passatempo e engraçado” e as suas activi-dades preferidas nas quatro semanas são des-portos como o dodgebol, futebol, andebol, ténise actividades na piscina e na natureza.

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inMOVIMENTO

CASA DO POVO PROMOVE ANIMAÇÃO PARA OS JOVENS NAS FESTASA Casa do Povo de Alcochete promove durante as Festas do Barrete Verde e das Salinas o INDIEmFRENTE, um programa de animação dirigido à juventude, que será inaugurado por António Manuel Ribeiro, vocalista dos UHF,

no dia 12 de Agosto, às 22h30, no Palco Casa do Povo, situado na RuaChão do Conde, perto da Igreja Matriz.Com o objectivo de apoiar e estimular os jovens para a música e dançamoderna/contemporânea e aproximá-los dos projectos culturais e artísticos em curso no Município, o INDIEmFRENTE vai decorrer entreos dias 12 e 15 de Agosto com inúmeras actividades, desde

malabarismo, música, espectáculo de fogo, dança e danças sevilhanas, iniciativas que são abertas ao público.Consulte o programa de animação em www.cm-alcochete.pt.

12.inalcochete | Agosto 2011 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Este ano assinala-se a 70ª edição das Festasdo Barrete Verde e das Salinas. Esta dataacresce responsabilidade à organização dasfestividades?Claro que é uma grande responsabilidade orga-nizar estas festas que contam já com 70 anos dehistória, ainda que o Aposento não tenha orga-nizado três edições, mas estas são festas muitoimportantes para os alcochetanos e nós encara-mos sempre este desafio com muita seriedade,no sentido da preservação da nossa tradição.

Do programa das Festas deste ano o que destaca?Destaco as entradas de toiros na vila, principal-mente as do Rossio, as largadas de toiros, os ar-tistas que vão actuar nos diferentes palcos, que aexemplo de anos anteriores, vão garantir anima-ção em toda a Vila. E claro o concerto com Pau-lo de Carvalho no palco de São João na noite de17 de Agosto. Este ano vai realizar-se um espec-táculo onde vão actuar as sevilhanas de todosos grupos de Alcochete e em que vão estar tam-bém presentes antigos elementos do grupo deSevilhanas do Aposento do Barrete Verde.

Como é que surgiu a ideia da entrada de toi-ros na Vila a partir do Rossio?Não foi só a entrada de toiros, tínhamos a ideiade que as bandeiras estavam encurraladas no Lar-go de São João, que não se viam bem. Então pen-sámos em primeiro lugar pôr as bandeiras lá embaixo e depois pensámos em fazer as entradasde toiros na Vila desde o Rossio. Claro que todasnão, mas algumas entradas de toiros como se

Esta componente religiosa é muito importantee isso vê-se na Procissão, que é um dos momen-tos que todas as pessoas e esta direcção respei-tam muito. Temos todos a nossa fé e gostamosque a Procissão seja um momento importantedas festas. Alterámos um pouco as coisas, há doisanos integrámos uma pausa (para interpretaçãode um fado dedicado a Nossa Senhora) junto àigreja da Nossa Senhora da Vida, e que originouum momento importante e emotivo que as pes-soas gostaram muito e depois outro momentode pausa em frente ao Centro Paroquial. Temosque adaptar as coisas à actualidade, mas nuncadeixar cair a tradição, que é muito importante.

De acordo com o livro “História do Aposen-to do Barrete Verde” só em 1964 é que se rea-lizaram as primeiras largadas nocturnas e aprimeira Noite da Sardinha Assada. Há quemdiga que esta é a melhor noite das Festas, par-tilha dessa opinião?Claro que sim, é o auge das Festas. É a noiteque todo o alcochetano espera e o forasteiro tam-bém. A Noite da Sardinha Assada é uma tra-dição que as pessoas gostam muito. Não dis-pensam mesmo. Os alcochetanos estão à espe-ra um ano inteiro pelas Festas do Barrete Verdee mais ainda pela Noite da Sardinha Assada.Mas existem também muitos forasteiros que ti-ram férias nesta altura do ano para participaremnas Festas e para estarem presentes nesta noite.

Porque é que as gentes locais esperam umano inteiro pelas festas? Porque é que tudo é

diferente neste segundo fim-de-semana deAgosto?Para já Alcochete é diferente, não é só no se-gundo fim-de-semana de Agosto. Temos mui-tos visitantes todo o ano, mas nesta época festi-va há mais atractivos para as pessoas se deslo-carem até cá. Agosto é mês de férias para emigrantes e paramuito forasteiros, e não se pode deixar de men-cionar que é tudo gratuito. Apesar de não seresse o principal chamariz para as pessoas viremcá. Mas claro que é muito importante. E a ma-neira de receber dos alcochetanos, mas essa éigual o ano inteiro.

A população continua a contribuir para a rea-lização das Festas?Nós não fazemos peditório como era normalfazer e arranjámos uma maneira diferente paraque as pessoas possam contribuir para as festas.Existiam alguns problemas no peditório à po-pulação, e por isso criámos o sistema de bilhasde barro, colocadas em estabelecimentos co-merciais e que são recolhidas no final das Fes-tas. Este sistema funcionou muito bem no pri-meiro ano, no ano passado já foi um pouco me-nor, mas ainda assim com os donativos conse-guimos uma quantia maior que a do peditório.Nós efectuamos o peditório ao comércio e quemgosta do Aposento do Barrete Verde vai à sedee faz o seu donativo.

O grande impulsionador das Festas do Bar-rete Verde e das Salinas, José André dos San-

faziam antigamente, em que os campinos vinhamcom os toiros pelo campo, chegavam à Vila, rea-lizavam-se as largadas e depois levavam-nos ou-tra vez para o campo. Tecnicamente, hoje não épossível fazer (a recolha no sentido inverso) co-mo se fazia antigamente, não podemos ir da Pra-ça de Toiros para o Rossio, porque os toiros e oscabrestos vão com a crença na Praça de Toirose vão embalados. E por uma questão de segu-rança não podemos fazer o percurso no sentidoinverso. Mas, tentamos reviver a tradição comessa entrada de toiros na Vila como se os cam-pinos a cavalo e os toiros viessem do campo.

A entrada de toiros na vila desde o Rossioteve uma boa receptividade?Eu acho que as pessoas gostaram muito, masnão se pode fazer em todos os dias da festa, paranão ser um hábito, é preciso que seja sempreuma coisa nova para que as pessoas estejam àespera que isso aconteça.

Como é que surgiu a ideia de colocar dife-rentes palcos em toda vila?Eu e os outros elementos da minha direcção par-tilhávamos a opinião de que havia uma coisaque era preciso alterar, a festa estava muito cen-tralizada no Largo de São João e então tivemosesta ideia que eu acho que resultou muito bem.

A componente religiosa assume também gran-de importância nas Festas, relacionada comuma fé muito forte em Nossa Senhora da Vi-da. De que forma é que esta fé se manifesta?

“A MELHOR FESTA QUE HÁ EM ALCOCHETE”

Alcochete está em festa entre os dias12 e 18 de Agosto. E nesta altura do ano é comum ouvir-se dizer quemelhor festa que esta não há. As ruasjá estão engalanadas, as varandas e janelas estão ornamentadas, o arraial está montado, as trincheirasno sítio certo, e já quase se conseguem ouvir as palmas e bradosàs pegas e faenas que de formaespontânea acontecem nas ruas daslargadas. Estão aí as Festas do Barrete Verde e das Salinas.No ano em que se assinala a 70.ªedição das Festas, o InAlcochete foi aoencontro do Presidente da Direcçãodo Aposento do Barrete Verde, CarlosMaurício, para saber o que significaorganizar estas festas, que constituemuma das mais enraizadas tradiçõesentre as gentes de Alcochete.

70ª EDIÇÃO DAS FESTAS DO BARRETE VERDE E DAS SALINAS

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APOSENTO DO BARRETE VERDE FESTEJA ANIVERSÁRIO COM OS ALCOCHETANOS No próximo dia 20 de Agosto, o Aposento do Barrete Verde promove na RuaJosé André dos Santos, em frente à sede da colectividade, uma grande festade aniversário, que pretende assinalar os 67 anos de história de uma das maisidentitárias colectividades de Alcochete. A exemplo dos últimos dois anos, a direcção do Aposento do Barrete Verde convida todos os alcochetanos e amigos da colectividade a participar na largada de vacas e no jantar de confraternização, ao qual se segue uma animada noite, onde a componente musical não será esquecida. Após sete dias de festa, a animaçãoestá de regresso à vila de Alcochete neste dia emblemático para o Aposento.

inMOVIMENTO

Agosto 2011 | inalcochete.13Informação da Câmara Municipal de Alcochete

ESTÃO DE PARABÉNSEM AGOSTO…Grupo Desportivo Alegria e Trabalho da Barroca d’AlvaFundado a 1 Agosto de 1953Grupo de Forcados Amadores do Aposento do Barrete VerdeFundado a 9 Agosto de 1965Futebol Clube de Veteranos | Fundado a 12 Agosto de 1999 Associação de Protecção de Animais Abandonados de Alcochete – Os Canitos | Fundada a 12 Agosto de 2004Associação Desportiva Samouquense | Fundada a 15 Agosto de 1965Núcleo Sportinguista do Concelho de AlcocheteFundado a 18 Agosto de 1995Aposento do Barrete Verde | Fundado a 20 Agosto de 1944

EM SETEMBRO...Associação Artística Andante | Fundado a 21 Setembro de 1999

FESTAS DE SAMOUCO REGISTARAM MUITA ANIMAÇÃO

tos, pelo seu espírito de iniciativa e dinamis-mo é fonte de inspiração para esta direcção? Claro que sim. José André dos Santos foi umapessoa muito importante na história do Apo-sento do Barrete Verde, tanto que a fotografiadele nunca saiu da sala da direcção. É claro queele nos inspira, mas os tempos são outros, ascoisas são muito diferentes e nós temos quetransformar e adaptar essa inspiração aos nos-sos dias.

O que significa para si ser Presidente do Apo-sento do Barrete Verde?Em primeiro lugar é um grande orgulho e umagrande responsabilidade porque as pessoas queme antecederam são pessoas muito respeitadas.E também é uma vontade muito grande de comos membros da direcção organizar estas festas queeu acho que os alcochetanos têm de ter. E porisso ficámos mais dois anos. Fomos eleitos pordois anos e agora mais dois, estamos no segun-do mandato. As coisas estão difíceis mas nós tra-balhamos em conjunto, funcionamos em equi-pa. Somos uma equipa muito unida.

O que é que distingue o Aposento do BarreteVerde das outras colectividades?O Aposento do Barrete Verde é uma colectivi-dade muito antiga, que defende os toiros e astradições tauromáquicas. O Aposento do Barre-te Verde é único em Portugal, tendo em conta asua dimensão, o número de sócios e por tudo oque tem feito ao longos dos anos. Portanto, achoque o Aposento do Barrete Verde faz a diferen-ça, sobretudo por defender o toiro e a festa detoiros. É bem verdade que as pessoas, quer asgentes locais quer de fora, se identificam com oAposento do Barrete Verde por causa destesaspectos de defesa da Festa Brava e por este darcontinuidade às tradições muito antigas, e é aliásesse o querer da direcção e acho que de todosos alcochetanos.

Que balanço faz do primeiro mandato e des-tes dois anos a liderar a direcção do Aposen-to do Barrete Verde? Bem, o balanço que faço é baseado naquilo queas pessoas me dizem, ou aos membros da mi-nha direcção, ou seja, que desde o nosso primei-ro ano na organização das Festas do Barrete Ver-de e das Salinas, estas evoluíram em muitos as-pectos. Anteriormente, a festa estava muito con-centrada no Largo de São João e hoje temos afesta a decorrer em toda a Vila. É um grande or-gulho estarmos envolvidos na organização des-tas festividades, há dois anos trouxemos cá o Jo-sé Cid, o ano passado veio o Rui Veloso, e só es-tou a falar do artista principal. Mas claro que exis-tiram outros os artistas que animaram a Vila.Este ano, como todos sabem, está um poucocomplicado, mas conseguimos trazer como artis-ta principal o Paulo de Carvalho, que é um artistade nome e bem conhecido. E um pouco maisacessível em termos financeiros, visto que asajudas que temos este ano são inferiores às dosúltimos 2 anos, e temo que cada vez será pior.Tivemos de reduzir o orçamento, não digo parametade mas aí para 70% do orçamento do anopassado.

As Festas Populares de Samouco em honra de Nossa Senhora do Carmo trouxeram de novo à vila de Samouco uma enorme animação, convívio e divertimento entre os habitantes locais e os visitantes que durante cinco diastiveram a oportunidade de assistir a inúmeros espectáculos realizados nos doisprincipais largos.Este ano, as Festas foram inauguradas no dia 8 de Julho com a recepção às entidades oficiais, a cerimónia de hastear das bandeiras na Rotunda “Ti Estrudes”, a solta de pombos pela Sociedade Columbófila de Samouco e o desfile das entidades oficiais pelas principais ruas da Vila, com participaçãoda Banda da Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense e daFanfarra da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Montijo.Na inauguração das Festas estiveram presentes o Presidente da CâmaraMunicipal, o Presidente da Assembleia Municipal, os Vereadores, os Presidentesdas Juntas de Freguesia de Alcochete, de Samouco e de São Francisco, o Pároco de Samouco, os representantes das colectividades da Freguesia,entre outras individualidades.A actuação de vários grupos musicais ao longo dos cinco dias, a “Noite da Sardinha Assada”com fados por Cidália Moreira e outros fadistas, a actuação nas ruas da charanga “Filhos do Samouco” , a homenagem à Nossa Senhora do Carmo, a procissão no Domingo à tarde, os espectáculoscom Serafim Stand Up e Anabela com a Orquestra Big Band Loureiros foramalguns dos pontos mais significativos destas Festas que atraem pessoas de toda a Região.Este ano, as Festas de Samouco integraram ainda a realização da 2.ª Corrida de Toiros do Município de Alcochete, que decorreu na Praça de Alcochete, e que integrou um passeio equestre na área protegida das Salinas deSamouco e um cortejo equestre nas ruas da Freguesia em festa.Para António Almeirim, Presidente da Junta de Freguesia de Samouco, asFestas em honra de Nossa Senhora do Carmo significam “orgulho e satisfação”na medida em que continuam a existir pessoas que organizam as festividadesde forma altruísta para usufruto de toda a comunidade.Também o Presidente da Associação das Festas Populares de Samouco manifestou o seu agradecimento à Câmara Municipal de Alcochete e à Junta de Freguesia de Samouco, aos agentes económicos, aos comerciantes locais e àpopulação pelos diversos apoios que tornam possível a realização das Festas. Deacordo com Paulo Cardoso, verifica-se “um reconhecimento do trabalho que éfeito e que as pessoas tentam, com muito esforço, não deixar morrer a tradição”.

FIGURAS HOMENAGEADAS

Forcado | FRANCISCO BOLOTANascido em Alcochete a 20 de Abril de 1946 Francisco Bolota é um homemde coração forte. Fardou-se pelo Grupode Forcados Amadores do Aposento do Barrete Verde de Alcochete nos anosde 1965 a 1967. Com uma grande paixãopelos toiros, recorda todos os momentosque viveu enquanto forcado comomomentos passados entre grandes amigos, em muitas tardes e noites de glória. Lembra com saudade uma corrida no Campo Pequeno, com toirosPassanha, onde o Grupo ganhou o prémio da empresa.

Campino | MANUEL DA ROSANascido na Barrosa, concelho de Benavente,a 15 de Outubro de 1929, começou desdemenino a aprender o trabalho do campo. Apartir dos 7 anos começou a acompanhar o pai, maioral de gado, a juntar o gado nocampo. Manuel da Rosa esteve sempre ligado ao campo, mesmo antes de ser campino, foi guarda-florestal nas grandescasas agrícolas do Ribatejo. Em 1977 vaitrabalhar com José Dias, a quem permaneceligado até à actualidade. São muitas ashistórias que este campino tem para contar, umas de aflição e outras de grande camaradagem entre os campinos.

Salineiro | JOÃO CARNEIRONascido em Alcochete, no lugar de ValeFigueira, a 10 de Outubro de 1935, JoãoCarneiro tinha 14 anos quando foi trabalhar para a salina do Pinheirinho. Na altura diziam que tinha sorte, por serafilhado da patroa. Mas que sorte eraaquela, pensava aquele rapaz de 14 anosque ficava uma semana sem ir a casa eque se levantava antes do sol raiar para conseguir tirar o sal. Não queria ser salineiro mas esta foi a sua prisão. Paraeste salineiro governar a salina é vivercom ela ao colo, é ouvir o seu respirar, é fazer o que a água manda.

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14.inalcochete | Agosto 2011 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

inPLURAL

ntes da Ordem do Dia, no período de pedidos de es-clarecimento sobre a actividade da Câmara Munici-pal, a bancada da Coligação Democrática Unitária(CDU) colocou questões ao Executivo, tendo o de-putado Fernando Leiria solicitado mais informaçõessobre a interrupção da obra de construção do Cen-

tro Escolar de São Francisco e sobre os resultados da reunião doExecutivo Municipal com a empresa Montiterras, responsávelpela empreitada.O Executivo Municipal esclareceu os deputados sobre as ques-tões colocadas.Nesta reunião da Assembleia Municipal, os deputados munici-pais da CDU apresentaram uma saudação, intitulada “Centro deSaúde de Samouco é já uma realidade!”, que foi aprovada, pormaioria, com 18 votos a favor pelas bancadas da CDU e do PSe duas abstenções do PSD.Em relação à “Saudação ao novo Governo”, apresentada pelabancada do PSD, o deputado Fernando Leiria (CDU) perguntouse em vez de ser uma saudação ao Governo se não deveria antesconstar “Assembleia da República”, questionou a leitura dos re-sultados das eleições legislativas e destacou o aumento dos votosna CDU no distrito de Setúbal.Fernando Leiria fez também uma declaração de voto para justi-ficar os votos contra dos restantes deputados da CDU à “Sauda-ção ao novo Governo!”, apresentada pela bancada do PSD, afir-mando que “não temos que dar o benefício da dúvida [ao novoGoverno] porque sabemos o que está escrito no acordo do Go-verno com a Troika”.Em relação ao ponto 2, “Eleição do representante da AssembleiaMunicipal na Direcção da Fundação João Gonçalves Júnior parao triénio 2011/2014”, a bancada da CDU propôs Olívia Silvapara o cargo. Eleita por escrutínio secreto, a deputada conseguiu13 votos a favor, tendo-se registado cinco votos no candidatoproposto pela bancada do PS e duas abstenções.As propostas “Repartição do Fundo de Equilíbrio Financeiropara o ano de 2012”, a “1.ª Revisão às Grandes Opções do Planode 2011 – Actividades Mais Relevantes e Plano Plurianual de In-vestimento” e a “1.ª Revisão ao Orçamento de 2011” foram apro-vadas com 13 votos a favor da CDU e as abstenções do PS e do PSD.As propostas “Extinção da CDR – Cooperação e DesenvolvimentoRegional/EIM Agência de Desenvolvimento Regional de Setúbal” e“Desafectação do domínio público de uma parcela de terreno sita emValbom, na freguesia de Alcochete, para integrar o domínio priva-do municipal” foram aprovadas por unanimidade pelos deputados.

Bancadada ColigaçãoDemocráticaUnitária

A o período de antes da Ordem do Dia, o deputado dabancada do PS, José Luís Catalão, solicitou esclare-cimentos ao Executivo Municipal quanto ao proces-so de implementação do SIADAP (Sistema Integra-do de Avaliação do Desempenho da Administração

Pública) na Autarquia.Também o deputado Pedro Lavrado colocou algumas questõesem relação às obras de construção do Centro Escolar de SãoFrancisco e indagou quais as diligências feitas para que fosse re-tomada a execução da obra e se tinham sido pedidos elementosadicionais comprovativos da capacidade financeira da empresaMontiterras aquando da adjudicação.O Executivo Municipal esclareceu os deputados sobre os váriosassuntos.Aquando da apreciação da “Saudação: Centro de Saúde do Sa-mouco é já uma realidade”, apresentada pela CDU, o deputadoJosé Luís Catalão, do PS, propôs que se eliminasse a referência àCDU no texto da proposta, devendo apenas constar “a firmevontade do Executivo Municipal”, alteração que foi rejeitadapela maioria comunista.Após a votação da saudação relativa ao novo Centro de Saúde de Sa-mouco, aprovada com os votos da CDU e do PS, a bancada do PSapresentou uma declaração de voto que justifica a sua votação, coma ressalva de que “não concordam com os considerandos da sauda-ção”. No período destinado aos assuntos relevantes, o deputado doPS, Francisco Giro, destacou a realização, no dia 15 de Junho,na Escola Profissional de Montijo, de uma formação por vídeo-conferência promovida pela Comissão de Protecção de Criançase Jovens de Alcochete, lamentando que o evento não tenha de-corrido em Alcochete devido a problemas informáticos.O Executivo Municipal esclareceu os deputados sobre as diver-sas questões.Em relação ao ponto 2 da Ordem do Dia, “Eleição do represen-tante da Assembleia Municipal na Direcção da Fundação JoãoGonçalves Júnior para o triénio 2011/2014”, a bancada do PSapresentou como candidato o deputado Pedro Lavrado, que obte-ve cinco votos.Os deputados socialistas abstiveram-se na votação dos pontos 3,4 e 5 da Ordem do Dia da reunião, isto é, nas propostas “Repar-tição do FEF para o ano de 2012”, “1.ª Revisão às GrandesOpções do Plano – Actividades Mais Relevantes e Plano Pluria-nual de Investimentos” e “1.ª Revisão ao Orçamento de 2011” eaprovaram, por unanimidade, as propostas “Extinção da CDR –Cooperação e Desenvolvimento Regional, EIM – Agência de De-senvolvimento Regional de Setúbal” e “Desafectação do domíniopúblico de uma parcela de terreno sita em Valbom, freguesia deAlcochete, para integrar o domínio privado municipal”.Na discussão desta última proposta, José Luís Catalão (PS) quissaber se já havia intenção de instalar algum equipamento no re-ferido terreno.Antes de encerrar a sessão, a deputada Joana Lino perguntou sea Montiterras já tinha apresentado insolvência, circunstância quedificultaria a cessão da posição contratual a outra empresa.

Bancadado PartidoSocialista

N s deputados do PSD colocaram várias questões à Câ-mara Municipal, no período antes da Ordem do Dia.Em relação à obra de construção do Centro Escolarde São Francisco, o deputado Luíz Batista quis saberqual o nível de execução da obra quanto aos autos

de medição e quais os pagamentos já efectuados, assim como aforma como serão geridas as expectativas das famílias. Manifes-tou ainda preocupação quanto à forma como está a funcionar oparque automóvel da Autarquia.A deputada Raquel Saraiva (PSD) chamou a atenção para o mauestado de conservação dos passeios e do parque infantil na Ur-banização da Lagoa do Láparo (Quebrada Norte), em Alcochete.O Executivo Municipal esclareceu os deputados sobre as ques-tões colocadas.Nesta sessão da Assembleia Municipal, os deputados munici-pais do PSD apresentaram uma “Saudação ao novo Governo”,que foi rejeitada com 12 votos contra e uma abstenção da CDU,5 abstenções do PS e 2 votos a favor do PSD.No período de discussão da Saudação apresentada pela CDU,“Centro de Saúde de Samouco é já uma Realidade!”, a bancadado PSD saudou a população do Samouco pela abertura do Cen-tro de Saúde nesta Vila, mas questionou a redacção da propos-ta e se no Samouco havia carência de cuidados de saúde ao níveldos médicos de família, isto é, quis saber se em Samouco, “a uni-versalidade do direito à saúde está posta em causa”.Os deputados do PSD abstiveram-se na votação da proposta 3,“Repartição do FEF para o ano de 2012”, bem como na votaçãodas propostas relativas à “1.ª Revisão às Grandes Opções do Pla-no – Actividades Mais Relevantes e Plano Plurianual de Investi-mentos” e à “1.ª Revisão ao Orçamento de 2011”.Na discussão sobre a 1.ª Revisão às GOP e ao Orçamento de2011, o deputado Luíz Batista colocou várias questões, nomea-damente em relação aos montantes inscritos nas rubricas de“material de transporte” e de “aquisição de serviços especializa-dos de comunicação” e a diminuição das verbas destinadas à re-de viária, iluminação pública e recintos desportivos.As duas novas propostas incluídas na Ordem do Dia, “Extinçãoda CDR – Cooperação e Desenvolvimento Regional/EIM Agên-cia de Desenvolvimento Regional de Setúbal” e “Desafectação dodomínio público de uma parcela de terreno sita em Valbom, nafreguesia de Alcochete, para integrar o domínio privado muni-cipal” tiveram voto favorável dos deputados do PSD, tendo sidoaprovadas, por unanimidade, pela Assembleia Municipal.

Bancada do Partido SocialDemocrata

O

As Moções e Declarações de Voto apresentadas pelos deputados municipais durante a sessão da Assembleia Municipal estão disponíveis em www.cm-alcochete.pt

A Assembleia Municipal de Alcochete reuniu em sessão ordinária no dia 28 de Junho último, no Salão da sede da Junta de Freguesia de Samouco, para deliberar sobre a eleição do seu representante na Direcção da Fundação João Gonçalves Júnior, a repartição do Fundode Equilíbrio Financeiro para 2012 e a 1.ª Revisão às Grandes Opções do Plano e ao Orçamento do Município. Foram ainda incluídosdois novos pontos: a proposta de extinção da Agência de Desenvolvimento Regional de Setúbal - CDR Cooperação e DesenvolvimentoRegional e a desafectação de uma parcela de terreno em Valbom.

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Agosto 2011 | inalcochete.15Informação da Câmara Municipal de Alcochete

inEMPRESARIAL

Na sua opinião, quais as mais-valias para Alco-chete em ter o Freeport Outlet no Concelho?Parece-me evidente que para um Concelho teruma valência comercial como um Outlet ésempre uma oportunidade. O facto de estar-mos a falar de um conceito particular, que é oOutlet, traz vantagens e sinergias para o Con-celho de Alcochete e o turismo é um dos pon-tos em que eu acredito que existe uma siner-gia importante quer para o Freeport, que estáa explorar muito essa vertente e felizmente es-tamos a ser bem sucedidos, quer para o pró-prio Município. Nós, Freeport, conseguimosatrair quatro milhões de visitas por ano. É umnúmero que é considerável para um Outlet. Omelhor Outlet da Europa, localizado em Lon-dres, tem um registo entre os cinco/ seis milhõese o Freeport Outlet está claramente no top cincodos Outlet’s em termos do número de visitantes.Também é verdade que Alcochete, pelas ca-racterísticas e pela sua localização geográfica,é também uma grande mais-valia para o Freeport.Esta é uma das melhores localizações paraconseguirmos atrair o público de Lisboa, paraatrairmos o grande número de turistas que to-dos os anos chegam a Lisboa, e também paraconseguirmos fazer face à população que vivena margem sul que é cada vez mais importan-te. Esta é, certamente, do ponto de vista geo-estratégico uma mais-valia para o Centro.

O que distingue o Freeport dos restantes Cen-tros de Outlet?Começo por destacar um aspecto que é visí-vel, embora não seja o mais importante. Nóssomos o maior Outlet de toda a Europa e, por-tanto, logo pela dimensão marcamos uma dife-rença, mas, a verdadeira diferença, e que fazcom que o Freeport seja de forma distinta o me-lhor Outlet em Portugal, tanto em número de visi-tantes como em volume de vendas, é o facto denós termos uma vasta oferta comercial. Ou seja,o conjunto de marcas que nós temos no Centronão são possíveis de encontrar em mais nenhumoutro espaço comercial em Portugal, é único.

Considera que o facto do Freeport ser umcentro comercial a céu aberto poderá seruma desvantagem competitiva?Não, de acordo com os estudos que nós temosé a principal vantagem e diferenciadora doFreeport. É curioso. Em Portugal, se pergun-tar aos consumidores qual é a característica deum Outlet, provavelmente um terço das pes-soas vai dizer-lhe que é o de ser um Centro a céuaberto. E isto não é, naturalmente, a caracte-rística de um Outlet, é a característica doFreeport por opção. E depois, enquanto expe-riência de visita, o que as pessoas nos dizem éque é muito agradável porque não são remeti-dos para aquele cenário de espaço fechadocomo é o espaço comercial tradicional.

O Freeport é parceiro da Câmara Munici-pal e do ICNB na gestão do Pólo Ambientaldo Sítio das Hortas. Podemos afirmar queo Freeport tem preocupações ambientais?Sim, actualmente, não conheço nenhuma em-presa em Portugal que não tenha preocupa-ções ambientais. Cada empresa irá expressarde forma diferente, a maneira como vai actuare como vai prestar o seu contributo. Neste ca-so em particular foi relativamente simples por-que aquando da implementação do Freeportfoi estabelecido um protocolo, de acordo como qual haveria uma situação tripartida entre oICNB, a Câmara Municipal e o Freeport para aconstrução e gestão de um Pólo Ambiental cha-mado Sítio das Hortas. É algo que acaba porexpressar a intenção de três entidades, sobre umdesígnio da protecção ambiental, mas que aca-ba por favorecer todas as entidades: o ICNB por-que tem uma mais-valia naquilo que é o seu tra-balho, nós porque conseguimos dar uma boaimagem do Centro e porque aprendemos comestas boas práticas e a Câmara porque tem maisum instrumento para desenvolver uma série deactividades culturais e educativas.

O Freeport também tem apostado muitonesse segmento de turismo de consumo…Sim temos apostado nessa tendência. Estamosa trabalhar e a desenvolver um plano de turis-mo desde 2007 e, todos os anos, temos apren-

dido e completado esse Plano. Se tivesse quetraduzir a nossa experiência do turismo e quehoje já conseguimos partilhar essa lógica eudiria o seguinte: a pessoa chegou ao avião vaiver a revista de bordo e, provavelmente, vaiencontrar publicidade ao Freeport; chegou aoaeroporto, está à espera da sua bagagem e vaiver publicidade ao Freeport; no hotel vai fo-lhear a Golden Book e garantidamente vai en-contrar publicidade ao Freeport; provavelmen-te vai perguntar ao concierge onde é que podefazer compras e há uma forte probabilidade domesmo recomendar o Freeport; por fim a pes-soa questiona-se como é que pode deslocar-seaté ao Freeport e será informada que, a partirdo Marquês de Pombal, há transporte gratui-to, um autocarro de dois pisos que torna a via-gem do Marquês de Pombal até ao Freeport,numa experiência única. Atravessar a PonteVasco da Gama no primeiro piso é uma expe-riência fenomenal. E isto é um pouco da his-tória do Freeport em tudo o que faz, isto é,não queremos fazer o que os outros já fizeram.Queremos tentar fazer diferente e, no final,queremos proporcionar a todas as pessoas quenos visitam (sejam turistas ou não) uma expe-riência diferente. Quando pensarem noFreeport queremos que as pessoas tenham aclara percepção que nós somos o Centro quetem a melhor oferta de marcas em Portugal,com colecções muito interessantes e que aspessoas continuam a estar muito na moda apreços absolutamente excepcionais.

Indique algumas razões para que os visitan-tes não deixem de visitar a vila de Alcochete. Não resido em Alcochete mas já várias vezespensei em mudar-me e as razões pelas quaiseu me mudaria para Alcochete são exactamen-te as mesmas razões que diria a alguém paravisitar Alcochete. Gosto muito da hospitalida-de das pessoas, acho que é uma Vila que con-seguiu ter a coragem de preservar a sua arqui-tectura e a sua história. É uma Vila onde tive-ram também a coragem para resistir à tenta-ção que seria, de repente, começar a construirem altura. É uma Vila que está a cativar gentejovem e que está a pensar muito bem o futu-ro. Tive a oportunidade de assistir a algumasdas sessões promovidas com o professor Au-gusto Mateus sobre o Plano que existe para Al-cochete e fiquei extremamente impressionadopor se estar a dar lugar a esta discussão e nãoser apenas uma decisão puramente política,mas haver uma lógica e uma partilha pública,de transmissão clara dos critérios que estão aser utilizados e de se estar a trabalhar este pro-jecto quase como se de uma empresa se tratas-se. Para mim foi uma excelente surpresa per-ceber que os Municípios, e o Município de Al-cochete em particular, já têm esta visão.

Como imagina o Freeport Outlet em 2025?Imagino que à nossa volta vamos ter um PóloUniversitário e um grande Pólo de lazer e estoua falar de um parque temático, que não existeem Portugal e muita falta faz. Estou ainda aimaginar as pessoas a fazerem um check-in au-tomático no Freeport para um voo, cujo aero-porto ficará apenas a cinco minutos de distân-cia. Imagino o Freeport como o melhor Centroem termos de marcas, tão simplesmente porqueem 2025 já todas as grandes marcas vão estarno mercado português e espero também queestejam, naturalmente, no Freeport de Alco-chete. Portanto, é fácil de imaginar e penso quenão vou estar muito longe da realidade (risos).

“Alcochete, pelas características e pelasua localização geográfica, é umagrande mais-valia para o Freeport”Localizado em Alcochete e com quatro milhões de visitas por ano, o Freeport de Alcochete marca a diferença no mercado Outlet. A vasta oferta comercial é apenas um dos atractivos deste Centro que proporciona, a todos os que o visitam, uma experiência diferente.

Somos o maior Outlet de toda a Europa e, portanto,logo pela dimensão marcamosuma diferença.

ENTREVISTA A NUNO OLIVEIRA, DIRECTOR DO FREEPORT OUTLET

O Freeport não aposta apenas na sua verten-te comercial. A vertente de entretenimentocomplementa o segmento comercial ou tra-ta-se de uma componente que o Freeport querdiferenciar?Nós acreditamos que o modelo exclusivamen-te de oferta comercial tem sucesso em algunspaíses e em alguns contextos. Mas, no Freeportnós complementamos essa vertente para daralgo mais a quem nos visita. A primeira ofertade lazer que nós criámos no Centro foram oscinemas e em 2009 equacionámos outro pro-jecto, a criação de um Centro de Exposições.Arrancámos com um projecto super ambicio-so, fizemos um protocolo com o Museu deHistória Natural de Londres e contratámos umconjunto de quatro exposições. Enquanto pro-motor comercial, arriscámos nesta ambição detrazer este conteúdo cultural para um espaçoque é entendido, na maior parte dos casos,como comercial e foi um risco que acabou porser muito bem sucedido.

Tem havido uma boa receptividade por par-te dos visitantes, quanto ao Centro de Expo-sições?Sim, seja ao nível da percepção e das expe-riências que tiveram nos espaços, nas diferen-tes exposições, seja ainda através de um indi-cador mais económico e mais comercial que éa capacidade de atracção de visitantes. Em mé-dia, 10% das pessoas que visitaram estas expo-sições nunca tinham visitado o Freeport antes.Ou seja, este ponto de atracção que fez comque as pessoas que não se interessavam exclu-sivamente pelo tema comercial viessem visitaro nosso espaço e, a partir daí, já não estamossó a falar da conquista de um cliente, estamosa falar da manutenção, da fidelização de umdeterminado cliente.

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16.inalcochete | Agosto 2011 Informação da Câmara Municipal de Alcochete

Organizadas pelo Aposento do Barrete Verdecom o apoio financeiro e logístico da CâmaraMunicipal, as Festas do Barrete Verde e dasSalinas realizam-se este ano entre os dias 12 e18 de Agosto e durante sete dias a vila de Al-cochete ganha uma nova cor, um novo brilhoe exuberância partilhados por todos que nes-tes dias a visitam. Nesta altura do ano, Alcochete recebe milha-res de visitantes atraídos pelas tradições tauri-nas, pela gastronomia, pelo fado, pelas expo-sições e pela animação que se vive nas ruas,pela maneira genuína de bem receber destepovo da beira Tejo.As Festas do Barrete Verde e das Salinas têm asua génese na iniciativa de um alcochetanoque muito fez pelas tradições desta Vila, JoséAndré dos Santos, de seu nome, foi o princi-pal impulsionador e criador destas festividades,que se realizaram pela primeira vez em 1941,com a denominação de Festas das Salinas edo Barrete Verde.Mas é mais antiga a tradição de festejar destepovo ribeirinho, pois nos anos 30 do séculopassado realizavam-se em Alcochete as Festasem honra de Nossa Senhora da Vida, por ini-ciativa da Sociedade Imparcial 15 de Janeirode 1898, que integravam uma parte religiosae uma parte profana, traduzida na realizaçãode uma corrida de toiros. Actualmente, a devoção a Nossa Senhora daVida permanece muito enraizada nas gentesde Alcochete e a Santa integra a Procissão por

Terra e por Mar, que se realiza no Domingo econstitui um dos momentos religiosos maisimportantes das festividades.Entre os anos de 1936 a 1940 não se realiza-ram festejos significativos, mas para angaria-ção de fundos a Santa Casa da Misericórdiade Alcochete promoveu uma corrida de toirosorganizada por uma comissão.Perante a crescente dificuldade em encontraruma entidade ou comissão que se responsabi-lizasse pela organização anual das festividadesfoi fundado a 20 de Agosto de 1944 o Apo-sento do Barrete Verde, que desde então assu-me a organização das Festas. Enraizadas nas tradições e história local as Fes-tas do Barrete Verde e das Salinas têm no For-

cado, no Campino e no Salineiro as figurasbasilares, que protagonizam um dos momen-tos mais marcantes das festividades. Outro ícone das Festas são as Meninas do Bar-rete Verde, que colaboram na organização dasmesmas e que mantêm na actualidade esta tra-dição.Um dos momentos altos da Festa é a Noite daSardinha Assada, que reúne na Vila milharesde pessoas em alegre confraternização que per-dura quase até ser dia, muito por culpa da Cha-ranga, que abre caminho pelas principais ruaslevando a festa a todos os recantos de Alco-chete e arrastando atrás uma multidão quenão se cansa de pular e gritar “olés”.A Câmara Municipal atribuiu ao Aposento doBarrete Verde um subsídio de 45 mil euros,uma verba igual à de anos transactos, para arealização das Festas deste ano que têm comodestaque o espectáculo com Paulo de Carva-lho, mas que a exemplo de anos anteriores,apresenta vários artistas em pequenos palcoscolocados em diferentes locais, garantindo aanimação em toda a Vila.As Festas do Barrete Verde e das Salinas cons-tituem uma manifestação do que de mais ge-nuíno os Alcochetanos têm para oferecer nu-ma amálgama de sentimentos, emoções e di-versão.Este é um tempo de alegria, de saltar a trin-cheira, de cantar e dançar, porque esta é “Gen-te Modesta, Que atira ao ar o barrete, QuandoAlcochete, Se encontra em Festa”.

A MAIS GENUÍNA TRADIÇÃO DAS GENTES DA “BORDA D’ÁGUA”O segundo fim-de-semana de Agosto marca o arranque das Festas do Barrete Verde e das Salinas, reveladoras da identidade e vivência destepovo da “borda d’água”, da sua história e tradições e motivo de orgulho para os que nasceram em Alcochete ou dela já se fizeram filhos.

13 DE AGOSTO23h00 | Noite Andaluza00h30 | Noite da Sardinha Assada

14 DE AGOSTO23h30 | Gala de Fados “Sr. Fado”

15 DE AGOSTO21h30 | Cortejo tradicional pelas ruas da Vila23h00 | Homenagem ao Forcado, ao Campino e ao Salineiro

17 DE AGOSTO23h00 | Concerto com Paulo de Carvalho

PASSEIOS NA ALCATEJOA Câmara Municipal promove passeios turísticosgratuitos a bordo da embarcação tradicionalAlcatejo, durante as Festas do Barrete Verde e das Salinas. Os interessados devem reservaringresso no Posto de Turismo de Alcochete.

Calendário:13 de Agosto10h30 (Ponte Vasco da Gama) e 14h00 (Reserva Natural)15 de Agosto14h30 (Frente Ribeirinha)16 de Agosto10h30 (Ponte Vasco da Gama) e 14h30 (Frente Ribeirinha)17 de Agosto10h00 (Ponte Vasco da Gama) e 14h00 (Ponte Vasco da Gama)

DESTAQUES DO PROGRAMA

ENCANTOS & TRADIÇÕES

SABIA QUE

A 7 de Setembro de 1941 realizaram-se asprimeiras festas denominadas das Salinase do Barrete Verde. A organização estevea cargo da Santa Casa da Misericórdia de Alcochete com o concurso da CâmaraMunicipal, dos Senhores Samuel Lupi dosSantos Jorge e José André dos Santos e a colaboração da Sociedade Imparcial15 de Janeiro de 1898 de Alcochete.Nesse ano foi criado o primeiro grupo de “Meninas do Barrete Verde”.

FESTAS DO BARRETE VERDE E DAS SALINAS