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BRUXINHO ILUSTRADO ‘HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL’ GANHA NOVA EDIÇÃO COM DESENHOS DE JIM KAY PÁG. 11 MÍN: 15°C MÁX: 25°C www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_RJ RIO DE JANEIRO Segunda-feira, 20 de junho de 2016 Edição nº 1.399, ano 6 RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR O Metro Jornal é impresso em papel certificado FSC, garantia de manejo florestal responsável. Peritos analisam cenário de guerra no Centro. Polícia, que já tinha informação sobre a invasão, estuda soluções sobre a custódia de presos em hospitais públicos do Rio | JOSE LUCENA/FUTURA PRESS ‘Pé torto’ do Flamengo tira a vitória no fim Propinas vieram de contratos de navio-sonda Rubro-negros empatam em 2 a 2 com o São Paulo, em Brasília, com pênalti perdido no último lance do jogo. Fogo e Fluminense perdem fora de casa PÁG. 14 MPF diz que acordo para enviar dinheiro ilegal para a cúpula do PMDB gerou prejuízos de US$ 7,3 bi PÁG. 04 Alan Patrick perdeu pênalti | ANDRE BORGES/AGIF/FOLHAPRESS Permanência do Reino Unido na UE ganha fôlego Pesquisas mostram recuperação dos que apoiam a permanência no bloco. Campanhas voltaram ontem PÁG. 09 ESTADO DE EMERGÊNCIA >> Depois de decretar estado de calamidade por causa de crise financeira, governador em exercício viaja hoje para Brasília em busca de socorro de R$ 2,9 bilhões >> Prefeito inaugura túnel em via expressa no Centro e nega problemas na Olimpíada >> Bandidos invadem hospital Souza Aguiar para resgatar traficante e deixam um paciente morto em tiroteio PÁGS. 02 E 03

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BRUXINHOILUSTRADO‘HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL’ GANHA NOVA EDIÇÃO COM DESENHOS DE JIM KAY PÁG. 11

MÍN: 15°CMÁX: 25°C

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RIO DE JANEIRO Segunda-feira, 20 de junho de 2016Edição nº 1.399, ano 6

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O Metro Jornal é im

presso em papel certificado FSC,

garantia de manejo florestal responsável.

Peritos analisam cenário de guerra no Centro. Polícia, que já tinha informação sobre a invasão, estuda soluções sobre a custódia de presos em hospitais públicos do Rio | JOSE LUCENA/FUTURA PRESS

‘Pé torto’ do Flamengo tira a vitória no fim

Propinas vieram de contratos de navio-sonda

Rubro-negros empatam em 2 a 2 com o São Paulo, em Brasília, com pênalti perdido no último lance do jogo. Fogo e Fluminense perdem fora de casa PÁG. 14

MPF diz que acordo para enviar dinheiro ilegal para a cúpula do PMDB gerou prejuízos de US$ 7,3 bi PÁG. 04

Alan Patrick perdeu pênalti | ANDRE BORGES/AGIF/FOLHAPRESS

Permanência do Reino Unido na UE ganha fôlegoPesquisas mostram recuperação dos que apoiam a permanência no bloco. Campanhas voltaram ontem PÁG. 09

ESTADO DE EMERGÊNCIA

>> Depois de decretar estado de calamidade por causa de crise financeira, governador em exercício viaja hoje para Brasília em

busca de socorro de R$ 2,9 bilhões

>> Prefeito inaugura túnel em via expressa no Centro e nega problemas na Olimpíada

>> Bandidos invadem hospital Souza Aguiar para resgatar traficante e

deixam um paciente morto em tiroteio

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RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2016www.metrojornal.com.br 02| {FOCO}

1FOCO

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/2586-9565

COMERCIAL: 021/2586-9570

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145)Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini Diretora Financeira: Sara Velloso. Gerente Executivo: Ricardo AdamoEditor-Executivo de Arte: Vitor IwassoMetro Rio de Janeiro. Editora-Executiva: Ana Lúcia do Vale. (MTB: 18.892) Editora de Arte: Cláudia Lorena. Gerente Comercial: Patrícia CapelutoGrupo Bandeirantes de Comunicação RJ. Diretor Geral: Daruiz ParanhosDiretor de Jornalismo: Rodolfo Schneider. Diretor Comercial: Tuffy Habib

Filiado ao

O Metro jornal circula em 23 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Campinas e Grande Vitória, somando 495 mil exemplares diários.

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ALE SILVA/FUTURA PRESS - 22/06/2014

O deputado do PSDB é presidente da Comissão de Tributação, Controle da Arrecadação Estadual e de Fiscalização dos Tri-butos Estaduais da Alerj.

O que representa decre-tar calamidade pública a menos de 50 dias para a Olimpíada?Isso representa a confis-são de incompetência do planejamento do Estado. Se o governo tivesse to-mado alguma medida de contenção de despesa em 2014, quando a crise co-meçou, isso não estaria acontecendo agora.

O decreto vai ajudar o Estado com o cumpri-mento das obrigações? Do ponto de vista pragmá-tico, está aberto um cami-nho para receber recursos federais. Certamente, is-so foi coordenado com o presidente interino. Com o decreto, entende-se que até o fim das Paralimpía-das, que a União pode-rá socorrer o Estado com emprego de material, de pessoal e recursos.

Como fica a Alerj com o decreto?O Governo do Estado po-derá fazer demissões, contratações e alocar os recursos como bem enten-der. E poderá tomar essas decisões ao arrepio da As-sembleia Legislativa.

Há efeitos colaterais com a decisão do governador em exercício?Agora, a imagem do Rio de Janeiro fica arranhada com o decreto às vésperas dos Jogos Olímpicos.

LUIZ PAULOO governador em exercício

Francisco Dornelles vai se en-contrar com o presidente in-terino Michel Temer, durante reunião com todos os gover-nadores para negociar uma solução para a dívida dos Es-tados. Na sexta-feira, o go-vernador decretou estado de calamidade pública no Rio de Janeiro devido à crise financeira.

Dois temas vão dominar a reunião com o presidente: o impasse sobre o parcelamen-to do montante a ser pago pe-los Estados para a União e a discussão sobre o montante que o Governo Federal vai en-viar ao Rio de Janeiro, em so-corro às contas fluminenses. Outros Estados em situação semelhante podem exigir iso-nomia na reunião.

De acordo com o secretá-rio executivo do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República, Moreira Franco, o decreto ha-via sido tema de uma reunião no Palácio do Jaburu, em Bra-sília, com a presença do mi-nistro da Fazenda, Henrique Meirelles, da secretária do Tesouro Nacional, Ana Pau-la Vescovi, e do presidente interino Michel Temer. Tam-bém participaram o prefeito Eduardo Paes, o presidente da Alerj (Assembleia Legisla-

tiva do Rio de Janeiro), Jorge Picciani, e o governador em exercício.

Segundo Moreira Franco, o Rio deve receber um apor-te de R$ 2,9 bilhões. O mon-tante será destinado para fi-nalizar as obras da Linha 4 do metrô e para pagar servi-dores e fornecedores, com o intuito de evitar greves du-rante a Olimpíada. Hoje, por exemplo, o Hospital Univer-sitário Pedro Ernesto (Hupe) vai suspender as cirurgias por não ter recebido o repas-se prometido pelo governo fluminense.

Nesta semana, cada secre-taria terá que detalhar quais

medidas de contenção serão tomadas para reduzir os gas-tos do Estado.

Paes defende ajudaOntem, durante a inaugura-ção do túnel da Via Expressa, no Centro, Eduardo Paes vol-tou a negar que a crise do Es-tado tenha relação com os Jo-gos Olímpicos. Ele, porém, defendeu ajuda federal ao

governo fluminense: “O que afeta é a prestação de servi-ços. Estamos num momen-to crítico. Então, tem que ter ajuda do Governo Federal para o Estado. Em relação à Olimpíada, não há problema, porque a prefeitura já assu-miu e fez tudo o que podia.”

Deputados reclamamLíderes da oposição na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) estudam entrar com pe-dido de impeachment do go-vernador. A principal crítica é do grande número de isen-ções fiscais concedidas pelo Estado, mesmo sabendo da si-tuação financeira. METRO RIO

Crise. Em reunião com presidente interino, Dornelles deve acertar socorro federal para pagar servidores e finalizar obra do metrô. Outros governadores devem pedir tratamento semelhante

Servidores do Hospital Univesitário Pedro Ernesto vão suspender as cirurgias hoje | JOSE LUCENA/FUTURA PRESS - 02/12/2015

Em Brasília, Rio vai buscar R$ 2,9 bilhões

Comitê minimiza decretoLogo após o governador em exercício decretar es-tado de calamidade pú-blica por causa da crise financeira fluminense, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos minimi-zou a medida.

Segundo o diretor de Comunicação do comi-tê, Mário Andrada, a deci-

são não terá impacto na realização do evento. De acordo com ele, o comitê acompanha a situação das finanças do Estado desde o ano passado e já sabia das dificuldades financeiras. “O Estado tem sido trans-parente conosco e com a sociedade. Então, a gente está supertranquilo e con-fiante. [A crise] Não muda os Jogos e nada na prepa-ração. Todas as obrigações do Estado conosco foram cumpridas”, disse o diretor à Agência Brasil. METRO RIO

Rio 2016

O decreto dá mais liberdade ao governo para remanejar recursos de uma área para ou-tra. Mas, na visão do professor de Direito e Gestão Pública do Ibmec (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), Jerson Carneiro, isso não inclui gas-tar abaixo do mínimo previs-to na Constituição em Saúde e Educação:

“O Estado precisa resolver a extinção de cargos de comis-são – muitos já têm que ser mandados embora, extinguir

a função de confiança, man-dar embora contratações de servidores que passarem em concursos públicos não está-veis. Isso tem previsão consti-tucional. O governador já deu sinal de que certos serviços que hoje são do Poder Público vão ser privatizados, e essa é a leitura correta. Assim, o Esta-do pode aumentar sua arreca-dação, melhorar a eficiência do serviço público para eco-nomizar um pouco as contas públicas.” METRO RIO COM BAND

Especialista defende Estado mais enxuto

JULIOCALMONMETRO RIO

R$ 19 bié deficit estimado no orçamento do Governo do Rio de Janeiro para este ano.

Marta explica

“Tive que escolher um partido grande, sou

senadora de São Paulo e preciso de espaço.

No PMDB, posso continuar a trabalhar em tudo que acredito, independentemente dos investigados que

me cercam. A Lava Jato está tralhando nisso.”

MARTA SUPLICY, PRÉ-CANDIDATA DO

PMDB À PREFEITURA DE SÃO PAULO, EM

ENTREVISTA À RÁDIO BANDEIRANTES, À

BANDNEWS TV E À BANDNEWS FM

Dólar - 1,44% (R$ 3,421)

Bovespa + 0,25%

(49.533 pts)

Euro - 0,65% (R$ 3,869)

Selic (14,25% a.a.)

Salário mínimo(R$ 880)

Cotações

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RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2016www.metrojornal.com.br {FOCO} 03|

Moisés Lucena é considerado foragidoda Justiça | REPRODUÇÃO

Sete pessoas foram indiadas pelo estupro coletivo de-nunciado por uma jovem de 16 anos, ocorrido no morro da Barão, na Praça Seca, na zona oeste. Raí de Souza, de 22 anos, e Raphael Assis Duarte Belo, 41, que estão presos, vão responder por estupro de vulnerável e di-vulgação das imagens.

O celular de Raí foi a prin-cipal fonte de provas da polí-cia. Os traficantes Moisés Ca-milo de Lucena, o Canário e Sérgio Luiz da Silva, o Da Rus-sa, que estão foragidos, fo-ram indiciados por estupro. E Michel Brasil da Silva, de 20 anos, e Marcelo Miranda da Cruz Correa, 18, irão respon-der pela divulgação das ima-gens da jovem.

Também foi pedida a apreensão de um traficante menor de idade, conhecido como Perninha. As penas são de 15 anos para o crime de es-tupro de vulnerável, oito pa-ra a produção do material e seis anos para a divulgação.

“A gente espera que a pena seja exemplar, para que isso não venha a se repetir”disse a delegada Cristiana Bento, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV).

O jogador de futebol Lu-cas Perdomo Duarte, de 20 anos, que chegou a ser pre-so, não foi indiciado por fal-ta de provas. A polícia não descarta a participação de outras pessoas no estupro e deve abrir outro inquérito para apurar os fatos.

É um crime que chocou o Brasil. Acho que vai fazer his-tória para o país até pela for-ma hedionda como foi prati-cado. E acho que serve para a gente começar a pensar so-bre o conceito de estupro e essa cultura de estupro”, des-tacou a delegada. BAND

Estupro coletivo. Sete são indiciados pela polícia

O Túnel da Via Expressa – ba-tizado de Prefeito Marcello Alencar – foi aberto ao tráfe-go ontem pela manhã na zo-na portuária. Por enquanto, apenas o sentido Aterro do Flamengo está liberado. O ou-tro sentido do túnel, Avenida Brasil, deve ser inaugurado no mês de julho. A expetati-va é que 110 mil veículos pos-sam circular todos os dias nas duas direções.

Considerado o maior tú-nel rodoviário urbano do Bra-sil, com 3.382 metros de ex-tensão, ele liga o Armazém 8, na avenida Rodrigues Alves, à avenida General Justo, nas proximidades do aeroporto Santos Dumont, no Centro. A passagem não tem semáforos e saídas intermediárias

Com a inauguração do tú-nel e da Via Expressa, com extensão total de 6,8 km, os cariocas voltam a ter uma li-gação viária entre a Avenida Brasil, a Ponte Rio-Niterói e o Aterro do Flamengo. Isso por-que a obra substitui parte do fluxo de veículos que usavam o Viaduto da Perimetral, de-molido em 2014.

“Agradeço muito à popula-ção, que soube compreender

a importância desse reencon-tro do Rio com a sua história e as transformações que estão acontecendo. Estamos falan-do do maior túnel urbano do país, uma obra erguida sem nenhum recurso público”, disse o prefeito Eduardo Paes.

A inauguração do túnel foi acompanhada por familia-

res de Marcello Alencar, como a viúva do ex-prefeito, D. Cé-lia, e o filho, Marco Aurélio, além de netos e bisnetos do homenageado.

O Túnel Prefeito Marcello Alencar ficará fechado ao trá-fego diariamente, das 22h às 4h. Nesse horário, motoristas em direção ao Centro deverão seguir pelas avenidas Francis-co Bicalho e Presidente Var-gas. Para acessar a zona sul, a prefeitura recomenda seguir pela avenida Presidente Var-gas até o Viaduto 31 de Março e Túnel Santa Bárbara ou Ele-vado Paulo de Frontin e Túnel Rebouças. METRO RIO

Primeira galeria do maior túnel subterrâneo do país é inaugurada

Primeira galeria do túnel foi aberta ontem | CONCESSIONÁRIA PORTO NOVO/HUDSON PONTES

Eram 17h30 de ontem, quan-do batedores da polícia fecha-ram a avenida Radial Oeste, na zona norte, para a passa-gem das delegações. Ônibus foram escoltados por moto-ciclistas da Polícia Rodoviária Federal e do Exército. Ao todo, 350 agentes, além de 80 veícu-los, entre carros, motos e um helicóptero, participaram do teste de segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Em pouco mais de cinco minutos, toda a família olím-pica já estava dentro do Mara-canã. Lá, chefes de Estado do mundo todo vão assistir às ce-rimônias de abertura e encer-ramento da Olimpíada. O si-mulado ocorreu em bairros da zona sul, na Barra da Tiju-ca, no Maracanã e no Centro.

Farão parte do esquema de segurança 85 mil agentes das polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal, além da Força Nacional de Segurança, do Corpo de Bombeiros e das Forças Armadas. Eles ficarão sob a coordenação da Secre-taria Extraordinária de Segu-rança para Grandes Eventos, do Ministério da Justiça.

METRO RIO COM BAND

Olimpíada. Simulado de segurança reúne 350 agentes

Na quinta-feira passada, a Se-cretaria de Segurança Pública do Rio já tinha a informação de que criminosos planeja-vam invadir o Hospital Mu-nicipal Souza Aguiar, no Cen-tro, para resgatar o traficante Nicolas Labre Pereira de Je-sus, o ‘Fat Family’, aponta-do como chefe do tráfico no morro Santo Amaro, no Cate-te, na zona sul. Ele é irmão do traficante Marco Antônio Pe-reira Firmino da Silva, o My Thor, que está preso em pre-sídio federal. Conversas en-tre bandidos foram captadas em escutas feitas pela Delega-cia de Combate às Drogas (De-cod), da Polícia Civil. Na ma-drugada de ontem, o plano se concretizou. Uma pessoa que buscava atendimento morreu e duas ficaram feridas na ação – um PM e um enfermeiro.

Cerca de 20 a 25 bandi-dos armados com fuzis e gra-nadas chegaram em quatro

motos e cinco carros. Eles in-vadiram o hospital por volta de 3h. Dentro da unidade, os dois policiais que faziam a vi-gilância do preso na porta do setor de ortopedia só tiveram tempo de se esconder. ‘Fat Fa-mily’ estava internado sob custódia desde o dia 13, após ser ferido na cabeça durante troca de tiros com agentes da Decod e ser preso.

O tiroteio no hospital teria acontecido na saída, quando um PM de folga chegava com

um amigo para ser socorrido. Ronaldo Luiz Marriel de Sou-za, de 35 anos, morreu. O sol-dado Fábio Ferreira da Silva foi baleado no peito e na bar-riga. O técnico de enferma-gem Júlio Cezar dos Santos, 51, também foi baleado na barriga. Os dois foram opera-dos e estão internados.

A invasão ao hospital foi comemorada em um áudio de traficantes que circula nas redes sociais. “Trouxemos, mané. O mano tá na rua com nós (SIC). O amigo tá bem”, di-zia um dos bandidos.

“Essa ação vai ter resposta exemplar. Os PMs [que faziam a custódia do traficante] agi-

ram bem. Se trocassem tiros dentro do hospital, seria uma tragédia”, afirmou o delegado Rivaldo Barbosa, chefe da Di-visão de Homicídios.

Em nota, a secretaria de Estado de Segurança (Seseg) esclareceu que todo o fluxo de informações de alertas so-bre um possível resgate de

um preso custodiado no Hos-pital Souza Aguiar funcionou.

Ontem à tarde, o secretá-rio de Segurança, José Maria-no Beltrame, se reuniu com integrantes da Cúpula da Po-lícia Militar para discutir o ca-so e estudar soluções sobre a questão da custódia de presos em hospitais públicos no Es-tado do Rio de Janeiro.

Recompensa de R$ 3 milO Portal dos Procurados, do Disque-Denúncia, está ofe-recendo R$ 3 mil de recom-pensa por informações que levem à prisão do traficante Nicolas Labre, o ‘Fat Family’. As informações podem ser transmitidas anonimamente às autoridades pelas redes so-ciais Whatsapp ou Telegram no telefone (21) 96802-1650, por mensagem no Facebook, e também pelo telefone do Disque-Denúncia: (21) 2253-1177. METRO RIO COM BAND

Souza Aguiar. Conversas entre bandidos sobre invasão em hospital para resgatar criminoso conhecido como Fat Family foram captadas pela Civil

Policiais reforçam a segurança da unidade, após invasão de criminosos na madrugada de ontem | JOSE LUCENA/FUTURA PRESS

Cúpula da polícia já sabia de plano de resgate de traficante

30 %é o quanto a Via Expressa vai desafogar o fluxo de veículos nos túneis Santa Bárbara e Rebouças, no horário de pico da manhã.

‘Fat Family’ em foto feita por parentesno hospital | REPRODUÇÃO

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RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2016www.metrojornal.com.br 04| {BRASIL}

INVESTIGADA, IDELI MAN-TÉM SUA BOQUINHA NA OEA. Ex-ministra da pre-sidente afastada Dilma Rousseff, a petista Ideli Salvatti continua vivendo a vida boa longe do Brasil: ela e o marido vivem um exílio dourado nos Esta-dos Unidos. Ela na Organi-zação dos Estados Ameri-canos (OEA) e ele na Junta Interamericana de Defesa (JID), cujas sedes ficam em Washington. Ideli e o marido se mudaram para lá há mais de um ano, após a reeleição e antes do impeachment.

NADA MAL. Jefferson Fi-gueiredo, marido de Ideli e músico de formação, ga-nha US$ 7,4 mil (cerca de R$ 25.300) por mês, desde abril de 2015.

SEM SAUDADES. No gover-no Dilma, Ideli foi minis-tra da Pesca, das Relações Institucionais e até dos Direitos Humanos. Saiu-se mal nos três cargos.

QUE CRISE? Ideli foi no-meada para uma embro-mação chamada “Acesso a Direitos e Equidade” da OEA. Ela ganha US$11 mil (R$37,900) mensais.

PARA 73%, POLÍTICOS BRA-SILEIROS SÓ FAZEM PIORAR. Levantamento nacional feito pelo Paraná Pesquisa constatou que 73,1% dos entrevistados consideram que o nível dos políticos brasileiros vem pioran-do a cada ano que passa. Apenas 4,9% acreditam em melhoria, nos últimos anos. São 20,4% aqueles que dizem que o nível da classe política não mu-dou. Somente não soube-ram responder sobre os níveis dos políticos 1,6% dos entrevistados. É a me-nor taxa de incerteza da pesquisa.

PROFUNDA DECEPÇÃO. Lí-der da bancada pró-im-peachment, o senador Ricardo Ferraço (PSDB--ES) não se conforma com a indicação de Antônio Patriota, ex-ministro de Dilma, à embaixada em Roma: “Ele foi conivente com todos os equívocos da política externa brasi-leira dos últimos anos”, disse ele.

COM GABRIEL GARCIA, RODRIGO VILELA E TIAGO VASCONCELOSWWW.DIARIODOPODER.COM.BR

PODER SEM PUDORAteus, graças a Deus

Na campanha presidencial de 1994, Lula esteve no Acre para fazer comícios na capital, Rio Branco, e ajudar candidatos petis-tas. E seguiu em comitiva para Tarauacá, próxima à divisa com o Amazonas.Com medo de viajar em aviões pequenos, Lula lo-go reclamou do bimotor. Durante o vôo, uma for-te turbulência começou

a sacudir o avião e Lula foi ficando cada vez mais nervoso. A certa altura, apavorado, olhou para os companheiros, todos ateus, e comunicou:- Os materialistas que se virem, mas eu vou come-çar a rezar.O avião aterrissou em Ta-rauacá com todos os pas-sageiros sãos e salvos, mas suados e aliviados.

“OS ESTADOS NÃO TÊM CONDIÇÕES

DE PAGAR AS SUAS DÍVIDAS”

FRANCISCO DORNELLES, GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO, SOBRE “ESTADO DE CALAMIDADE”

Política

Ex-ministra Ideli Salvatti | ZECA RIBEIRO / CÂMARA DOS DEPUTADOS

CLÁUDIO [email protected]

A venda de um campo de petróleo no Benin, na Áfri-ca, que teria rendido 1,31 milhão de francos suíços em propinas ao deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem algo em co-mum com quatro navios--sonda alvos da Lava Jato.

Os navios Petrobras 10.000, Vitoria 10.000, DS-5 e Titanium Explorer, assim co-mo o campo do Benin, foram investimentos da Petrobras em busca de petróleo que, se-gundo auditorias da estatal, deram em poços secos e pre-juízo. Ao todo, o rombo alcan-ça pelo menos US$ 7,3 bilhões (R$ 25,2 bilhões atualmente).

Segundo a Petrobras, estes contratos, tocados pela área internacional, foram firma-dos com base em expectati-vas muito otimistas de lucro e chegaram a contrariar pare-ceres técnicos que desaconse-lhavam o negócio. Além dis-so, em todos houve propina.

“Claro que é normal no negócio de petróleo você perfurar alguns poços secos. Agora, com a ineficiência ad-ministrativa gerada pela cor-rupção, esses danos acabam sendo superestimados. É uma administração muito mais ineficiente em razão da cor-rupção”, diz o procurador do MPF (Ministério Público Fede-ral) Diogo Castor de Mattos, da força-tarefa da Lava Jato.

A área internacional da Pe-trobras era comandada pelo PMDB. Dois diretores, Nestor Cerveró (2003 a 2008) e Jorge Zelada (2008 a 2012), já foram condenados por corrupção.

DelaçõesEm delações, Cerveró e os lo-bistas Júlio Camargo e Fer-nando Baiano afirmaram que a cúpula do PMDB, incluin-do Cunha e Renan Calheiros (PMDB-AL), foram beneficia-dos. Os políticos negam.

Já o campo do Benin te-ria rendido propina de até US$ 10 milhões, mas apenas a parcela de Eduardo Cunha – que também rechaça a de-núncia – foi identificada.

A ideia de contratar os na-vios nasceu em 2005, quando foram comprados campos de petróleo em Angola e no Gol-fo do México. Segundo a au-ditoria, as encomendas sem licitação não tinham “emba-samento em dados geológicos ou negócios firmes”.

Quando a prioridade se deslocou ao pré-sal, anos de-pois, os quatro navios-sonda já haviam sido redirecionados para outras atividades. Hoje, o Petrobras 10.000 e o Vito-ria 10.000 operam na Bacia de Santos, o Titanium teve o con-trato rescindido em agosto do ano passado e o DS-5 está “em stand-by no Golfo do México”, de acordo com a auditoria.

Em suma, “a óbvia explica-ção para a falta de cuidado pa-ra a celebração dos negócios é de que o principal objetivo era receber a propina, e não perseguir benefícios à Petro-bras”, afirmou Sérgio Moro.

“Isso tudo indica que, num contexto de corrupção sistêmica, as decisões não são feitas sempre em benefício da companhia, mas em razão daquilo que vai gerar uma ar-recadação maior de propina. Há desvio de finalidade”, ava-lia Deltan Dallagnol, coorde-nador da Lava Jato no Paraná.

Lava Jato. Contratos com quatro navios-sondas e campo de petróleo, que renderam propina a integrantes do PMDB, quase não deram retorno, segundo apurou auditoria da estatal

O navio Petrobras 10.000, que segundo auditoria, foi um investimento que deu prejuízo | DIVULGAÇÃO/AGÊNCIA PETROBRAS

Petrobras gastou US$ 7,3 bilhões com poços secos

Uso excessivo de fones de ouvido afeta 51% dos jovensO uso diário de fones de ouvido para escutar músi-ca e frequentar lugares ba-rulhentos como baladas ou shows são hábitos que po-dem causar perdas auditi-vas em adolescentes.

O alerta é da Associação de Pesquisa Interdiscipli-nar e Divulgação do Zumbi-do, que fez um estudo com 170 jovens de 11 a 17 anos e constatou que 92 dos entre-

vistados (54,7% dos partici-pantes) apresentaram zum-bido por causa da exposição ao som alto e, deste grupo de 92 jovens, 47 (ou 51%) ti-veram zumbido após usar fo-nes por muito tempo.

“Se essa geração conti-nuar se expondo a níveis muito elevados de ruído, pro-vavelmente terá perda de au-dição entre 30 e 40 anos”, diz Tanit Ganz Sanchez, coorde-

nadora do estudo e profes-sora de otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Para a pesquisadora, o zumbido nos ouvidos é con-siderado um tipo de perda auditiva por prejudicar as células ciliadas, que diante do excesso de barulho ficam sobrecarregadas e podem sofrer lesões temporárias ou definitivas.

O zumbido é tratável e passível de prevenção. Uma forma de se proteger é usar protetor auricular e fazer intervalos durante o perío-do de exposição ao som.

“Ao fazer intervalo de dez minutos a cada hora de exposição ao barulho é pos-sível aumentar a chance dos ouvidos se recuperarem e não terem lesões definiti-vas”, conclui. METRO CAMPINAS

RAFAEL NEVES METRO CURITIBA

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RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2016www.metrojornal.com.br 06| {BRASIL}

O senador José Serra (PSDB--SP) assumiu a chefia do Mi-nistério das Relações Exterio-res fazendo um barulho que assustou diplomatas e obser-vadores acostumados ao tom normalmente moderado uti-lizado pelo Itamaraty. Logo ao assumir o cargo de chanceler, o tucano condenou o foco pul-verizado em países de menor poder econômico e político, implementado nas gestões do PT, disse que a política exte-rior brasileira deixaria de ser-vir a um partido e sinalizou mudanças no setor. Passado o primeiro mês, entretanto, ob-servadores de dentro e de fora da diplomacia já creem que as novidades ficarão mais no dis-curso do que na prática.

“Serra não dará um cava-lo-de-pau na política externa brasileira. Isso nem caberia em um setor tão estratégico”, avalia o professor de Relações Internacionais Alcides Cunha Costa Vaz, da UnB (Universi-dade de Brasília).

“Ele, político que é, vai va-lorizar cada ação, mas sinais como dizer que o multilate-ralismo fracassou têm como base fatos concretos, como o emperramento da Rodada Doha”, completa ele, referin-do-se a negociações da OMC (Organização Mundial do Co-mércio) com o objetivo de di-minuir as barreiras comer-ciais em todo o mundo.

Primeiras viagensLogo após assumir, Serra via-jou para a Argentina para co-locar em prática seu projeto de focar esforços em parcei-ros tradicionais. De lá, partiu para a França, para o encon-tro da OCDE (Organização pa-ra a Cooperação e o Desen-

volvimento Econômico); lá, triunfou em manter sua pasta nas manchetes jornalísticas, com discussões sobre a ten-dência de interrupção ou não da recessão no Brasil.

Também houve um ruí-do entre o chanceler e o bra-sileiro Roberto Azevêdo, di-retor-geral da OMC, que chegou a classificar de “enor-me equívoco” o abandono do multilateralismo.

Em entrevista à “Folha de S.Paulo”, na semana passa-da, no entanto, Azevêdo pro-curou um caminho diplomá-

tico. “Há áreas importantes da OMC em que o Brasil con-tinuará engajado, mas que o Brasil também vai procurar áreas de negociação que fo-ra da OMC têm perspectivas de avançar mais rapidamen-te”, disse.

Em uma das possibilidades mais polêmicas, o novo chan-celer avalia diminuir a pre-sença brasileira em mercados periféricos, até fechando re-presentações diplomáticas.

“Apesar de o Brasil estar tentando ajudar na Venezue-la, os países classificados de

‘bolivarianos’ tendem a per-der importância na políti-ca de Serra”, opina o cientis-ta político Rui Tavares Maluf, da Fundação Escola de Socio-logia e Política de São Pau-lo. “Mas isso, ao contrário do que muitos gritam, não sig-nifica uma dependência em relação a países como os Es-tados Unidos. Significa focar nos verdadeiros grandes par-ceiros econômicos”. sustenta.

Serra discursa no Itamaraty em sua posse como chanceler | UESLEI MARCELINO/REUTERS

“O multilateralismo que não aconteceu prejudicou o bilateralismo que aconteceu em todo o mundo. Quase todo mundo investiu nessa multiplicação, menos nós.” JOSÉ SERRA, MINISTRO DAS RELAÇÕES

EXTERIORES EM DISCURSO DE POSSE

“Quando Serra assina notas hostis a países que criticam o impeachment e diz que o Itamaraty não servirá à política de um partido, é um recado para dentro, não para fora.” ALCIDES CUNHA COSTA VAZ, PROFESSOR DE

RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA UNB

“Não há mudanças radicais na política externa em si. No discurso, porém, o foco ideológico é substituído por um discurso econômico.” RUI TAVARES MALUF, CIENTISTA POLÍTICO

DA FESPSP

Balança comercial vive bom momentoA alta do dólar é aliada do chanceler José Serra no ob-jetivo de mostrar avanços na área econômica das re-lações exteriores, a “diplo-macia de resultados”, que ele disse almejar.

Nos primeiros cinco meses do ano, o país acumula um superavit entre importações e exportações de US$ 19,69 bi-lhões. Maio, aliás, teve o me-lhor resultado na série históri-

ca iniciada em 1989, com um superavit de US$ 6,4 bilhões.

Apesar de boa parte da sa-fra de produtos, como a soja, ter sido embarcada com an-tecedência, para aproveitar o câmbio favorável, o gover-no crê que é possível manter os bons números.

O objetivo é bater o re-corde de 2006, quando a ba-lança comercial fechou com superavit de US$ 46 bilhões.

De janeiro a março, se-gundo dados do governo, as exportações brasileiras cres-ceram 6,5%, enquanto as im-portações (que têm um efeito negativo no PIB) caíram 5,6%.

Uma das primeiras medi-das de Serra no Itamaraty foi criar uma secretaria-geral pa-ra questões comerciais, che-fiada por Marcos Galvão, que deixou a missão brasileira na OMS. METRO BRASÍLIA

RAPHAELVELEDA METRO BRASÍLIA

Relações exteriores. Tom adotado pelo chanceler é marca de sua origem política, avaliam especialistas, que não veem espaço para guinadas

Serra alia discurso agressivo a política externa pragmática

PONTOS DE FRICÇÃOVeja mudanças e permanências no Itamaraty de José Serra

PONTOS PONTOS PONTOS PONTOS PONTOS PONTOS PONTOS

As críticas de José Serra ao Mercosul antes de o senador assumir o cargo de chanceler geraram críticas à escolha feita pelo presidente interino, Michel Temer (PMDB), para o cargo. "O Mercosul foi um delírio megalomaníaco", disse Serra em março

de 2015. Outras críticas foram feitas na tribuna do Senado, em entrevistas e palestras do ex-candidato à Presidência pelo PSDB. Após a posse, porém, Serra passou a defender a modernização do bloco. "Estou plenamente convencido da importância do Mercosul e pronto para trabalhar com nossos parceiros, com vi stas ao seu fortalecimento", disse o ministro, em carta ao jornal "El País", que havia dito que o novo chanceler "não é fã" do bloco. Essa modernização, para Serra, passa pela aceleração de acordos de livre-comércio entre os países membros, ideia que já enfrentou certa resistência na Argentina, primeiro país que Serra visitou após assumir

MERCOSUL

Ao assumir, Serra determinou um estudo sobre a situação dos postos diplomáticos no exterior. Ele já criticou o excesso de representações em regiões como o Caribe, mas nega que a decisão de fechar consulados e embaixadas esteja tomada.

Mesmo assim, o ex-ministro Celso Amorim, que ocupou o posto de Serra durante os dois mandatos de Luís Inácio Lula da Silva, tem criticado o sucessor, a quem acusa de querer deixar em segundo plano a África e países vizinhos

FIM DE EMBAIXADAS E CONSULADOS

Em seu discurso de posse, o novo chanceler disse que ‘o multilateralismo fracassou’ e prometeu se esforçar para fechar mais acordo bilaterais e com blocos econômicos, como o Acordo Transpacífico, um tratado comercial formado por países como

Estados Unidos, Japão e Austrália. Para especialistas ouvidos pelo Metro, Serra carrega no discurso ideológico, mas age na esteira do travamento de negociações mais amplas de derrubada de barreiras comerciais, como a Rodada Doha, que a OMC (Organização Mundial do Comércio) não consegue fazer avançar. Ainda segundo Serra, os acordos que o Brasil vinha fazendo prejudicavam o país. "Não tem mais concessão unilateral, chega. É troca", disse o ministro, em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura

MULTILATERALISMO X BILATERALISMO

Ao lado do Chile, o Brasil busca liderar uma moderação internacional para a crise política, econômica e social da Venezuela. "É uma obrigação pragmática. Não interessa ao Brasil nem a ninguém na região um colapso interno ou até um conflito

civil na Venezuela", afirma o professor de relações internacionais Alcides Cunha Costa Vaz, da UnB. Mas críticas diretas do chanceler brasileiro e acusações de abuso do governo de Nicolás Maduro prejudicam essa tentativa de moderação, já que o governo do país vizinho também critica a gestão Temer no Brasil, e Serra recebeu o líder oposicionista Henrique Capriles em Brasília

CRISE NA VENEZUELA

Um ministro político é visto pela entidade que representa os servidores do Itamaraty como um atalho para a melhora na relação com o Planalto e com o Congresso. "Fomos uma das poucas categorias não contempladas com os reajustes aprovados

pela Câmara. A vinda de um político dá a esperança de um trânsito melhor para resolver pautas como essa e como o auxílio-moradia dos postos do exterior, alguns no quinto mês de atraso", avalia Suellen Paz, recém- empossada na presidência do Sinditamaraty. Ainda de acordo com ela, entre os servidores há alguma resistência ideológica contra as mudanças. "Assim como na sociedade, o cenário aqui no ministério está polarizado. Há pessoas aliviadas e outras que acharam mais desagradável", explica, lembrando que a falta de consenso não levou, porém, a conflitos mais acirrados

RELACIONAMENTO COM OS SERVIDORESSALDO DO MERCADO

EXTERNO

em US$ bilhões

* ATÉ MAIO

2016*20152014201320122011

29,7919,39

2,28

-4,04

19,69 19,7

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RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2016www.metrojornal.com.br 08| {ECONOMIA}

A alta do desemprego tem acompanhado também o crescimento de novos em-preendimentos no país.

O primeiro trimestre des-te ano registrou recorde de nascimento de negócios. De acordo com dados da Sera-sa Experian, foram registra-das nas juntas comerciais 516.211 novas empresas, mé-dia de 5,7 mil por dia.

Os microempreendimen-tos, que correspondem aos negócios com renda igual ou inferior a R$ 360 mil por ano, são 80% deste total.

Para o economista chefe da Serasa Experian, Luiz Ra-di, não há dúvidas de que o aumento da taxa de desem-prego, que alcançou 11,2% no trimestre, pior índice des-de 2012, de acordo com o IBGE, tem alavancado os mi-croempreendedores. “O re-corde da abertura de em-presas pequenas não é um indicador positivo. São pes-soas que estão perdendo os empregos formais. Parte de-las está tentando se aven-turar com novos empreen-dimentos. Empreender é a única forma de sobrevivên-cia para elas”, disse.

Radi afirma que pesquisa realizada no fim do ano pas-sado pela Serasa, quando a quantidade de micros já cres-cia, mostra que entre as cinco atividades mais recorrentes entre os novos negócios estão manicure, confecção de bolos e doces, comércio de perfu-mes, venda de roupas e servi-ços de reparos e manutenção. “São setores que pedem in-vestimento inicial baixo.”

O consultor de marke-ting do Sebrae (Serviço Bra-sileiro de Apoio às Micro e

Pequenas Empresas) Adria-no Augusto Campos expli-ca que o momento de crise no país pede atenção redo-brada ao novo empreende-dor. “É difícil prever o com-portamento do consumidor neste momento”, disse.

Para quem quer abrir seu próprio negócio, o consultor afirma que é melhor optar por alguma área que já tenha experiência. “Se foi demitido do setor de informática, por exemplo, pense em prestar serviço nesse setor.”

Entre os desafios do novo empreendedor está se adap-tar a um novo regime de tra-balho. “Não pode continuar a ter atitude de empregado. O empreendedor tem que se vi-rar, ter postura pró-ativa, fa-zer contatos, pesquisa, pro-curar ajuda” disse Campos.

Desafios da crise. País registrou no início deste ano nascimento de 5,7 mil empresas por dia, 80% delas relacionadas às micros. Abrir seu próprio negócio tem sido alternativa para quem perdeu o emprego. Nova aventura, porém, requer comportamento mais ativo

COMEÇAR DE NOVODados sobre surgimento de novos empresas no país

FONTE: SERASA EXPERIAN

DISTRIBUIÇÃOPOR SETORES

COMÉRCIOINDÚSTRIASERVIÇOS

1º TRIM

20161º TRIM

20151º TRIM

20141º TRIM

20131º TRIM

20121º TRIM

20111º TRIM

2010

322.387373.010

447.130 428.741469.524 480.364 516.211

PARTICIPAÇÃO DAS MICROEMPRESAS NO TOTAL

41% 50,3% 62,4% 68,9% 72,3% 75,5% 80,1%

2010 201635%

8,4%

53%

28,4%

8,4%

63%

Desemprego traz novos empreendedores ao mercado

3 dicas para iniciantes

1PlanejarNão tome atitudes precipitadas. O conse-lho do Sebrae é buscar informações sobre o setor, colocar as ideias no papel, estudar o público e avaliar se o produto é legal. Con-versar com pessoas da área também ajuda.

3Paciência...O Sebrae estima que os 12 primeiros me-ses sejam os mais di-fíceis. Os seis primei-ros são para “arrumar a casa”, fazer carteira de clientes e apresen-tar o produto. É preci-so paciência para se consolidar.

2Separar

A dica da Serasa é criar uma conta pró-pria para o negócio. Evite fazer saques da empresa para pagar despesas de casa. Os orçamentos devem ser separados. Isso evi-ta que no futuro você precise pegar emprés-timos bancários.

Sem emprego, Fabiano abriu lanchoneteAté novembro passado, Fa-biano Ibidi, 38 anos, man-tinha dois empregos pa-ra sustentar a família, que conta com três filhos, a mulher e sua mãe. Há dois meses, se viu sem nenhum deles e partiu para o de-safio de ser dono do pró-prio negócio. Abandonou a experiência que tinha co-

mo tratador de imagem e funcionário em indústria química e abriu uma lan-chonete na garagem de ca-sa. “Sempre gostei de co-zinhar e percebi que as áreas em que trabalhava não tinham mais perspec-tiva.” Com a venda de cer-ca de 380 lanches por mês, diz estar caminhando pa-ra ter a mesma renda de antes. “Se tudo der certo, penso até em mudar a lo-ja para um lugar maior.”

METRO

Outro rumo

Cresce o número de pessoas que mudam de área

Crise reduziu a oferta de vagas | ZANONE FRAISSAT/FOLHAPRESS

Levantamento realizado pe-lo site de empregos Catho mostra crescimento do nú-mero de profissionais que procuram por vagas fora de sua área de atuação.

Entre 2015 e 2016, pas-sou de 9% para 11% o per-centual de candidatos que se ofereceram a postos de outras áreas. Já a fatia de

profissionais que enviam o currículo tanto para vagas dentro quanto fora do ramo original cresceu de 63% para 69%. O percentual de traba-lhadores que querem vagas somente dentro da área de atuação, por sua vez, caiu de 28% para 20%.

De acordo com o diretor de gestão da Catho, Murilo

Cavellucci, os dados sugerem maior flexibilidade do profis-sional brasileiro. “O novo ce-nário do mercado de traba-lho, com aumento da taxa de desemprego e aumento da competição, tem levado mui-tos profissionais a avaliarem a possibilidade de uma mu-dança de área”, afirma.

Essa, no entanto, é uma

decisão que deve ser funda-mentada, além de levar em consideração interesses e co-nhecimentos do trabalhador. “É importante que o profis-sional analise se tem as ha-bilidades necessárias para in-gressar no novo ramo.” Fazer cursos de capacitação pode ser um caminho para quem deseja mudar. METRO

A Lei Geral das Microem-presas foi criada em 2006 para mudar a tributação

têm receita bruta anual igual ou inferior a R$ 360 mil.

receita bruta anual superior a R$ 360 mil e igual ou inferior a R$ 3,6 milhões.

Ambas pagam, no máximo, oito tributos mensais. Quanto menor o faturamento, mais reduzida é a alíquota.

O que são as micro?

Fabiano mudou de área | ARQUIVO PESSOAL

VANESSASELICANI METRO ABC

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RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2016www.metrojornal.com.br {MUNDO} 09|

Manifestantes contra o “Brexit” se abraçam em protesto ontem em Londres, Inglaterra | NEIL HALL/REUTERS

As campanhas para o refe-rendo que vai decidir se a Grã-Bretanha continua na UE (União Europeia) vol-taram ontem na reta final com novo impulso para os que apoiam a permanência.

Os atos foram paralisa-dos por três dias em res-peito à morte da deputada trabalhista e defensora do “fica”, Jo Cox, assassinada por um homem com proble-mas mentais e ligação com a extrema-direita.

O apoio ao “Brexit”, abre-viação de british exit (saída

britânica), vinha crescendo até o acontecimento do cri-me. Pesquisas publicadas no sábado, porém, mostram fô-lego novo para a permanên-cia, com 45% da preferência ante 42% para os contrários ao bloco europeu. A votação será na quinta-feira.

O dia ontem foi de ata-ques em declarações e ma-nifestações dos principais jornais sobre o tema.

O primeiro-ministro David Cameron, que defende que a Grã-Bretanha fique na UE, disse em entrevista ao jornal

“Sunday Telegraph” que os britânicos enfrentarão uma “escolha existencial” e irre-versível na quinta-feira. “En-tão, pergunte a si mesmo: eu realmente ouvi alguma coisa, qualquer coisa, que me con-venceu de que sair (da UE) se-ria o melhor para a segurança econômica da minha famí-lia?”, disse Cameron.

Michael Gove, porta-voz da campanha rival, mini-mizou a declaração. “Eu não posso prever o futuro, mas não acredito que o ato de deixar a União Europeia

possa piorar a nossa situa-ção econômica, penso que poderia torná-la melhor.” Entre os principais pontos levantados pelo “Brexit” está a soberania britânica, principalmente em relação aos imigrantes.

Em seus editorias de on-tem, defenderam a perma-nência no bloco os jornais “Daily Mail” e “Observer”. O “The Guardian” já havia de-clarado apoio ao “fica”. Na posição contrária, estão o “The Sun” e o “Sunday Tele-graph”. METRO

Referendo. Campanhas voltaram ontem após três dias paradas por conta do assassinato da deputada Jo Cox. Pesquisas mostram recuperação dos que apoiam permanência no bloco

Guardas de fronteira turcos são acusados de matar 11 sí-rios, a maioria da mesma fa-mília, que tentavam atra-vessar a fronteira.

A informação foi divulga-da ontem pelos ativistas do Observatório Sírio de Direi-tos Humanos.

Pelo menos duas mulhe-res e quatro crianças esta-

vam entre os mortos nos ti-roteios durante a noite de sábado para domingo, disse o órgão.

Oficiais militares da Tur-quia negaram a informação das mortes, mas confirma-ram o registro de um gru-po que tentava passar pela fronteira. De acordo com a fonte oficial, tiros de adver-tência foram disparados pa-ra o alto e as pessoas fugi-ram para a floresta do local.

A Turquia abriga cerca de 2,7 milhões de refugia-dos sírios, mas fechou suas fronteiras. O país admite apenas pessoas sob perigo iminente.

O Observatório de Direi-tos Humanos, que acompa-nha a violência em toda a Sí-ria, disse ter documentado desde o início do ano mor-tes de cerca de 60 civis em tiroteios com guardas tur-cos na fronteira. METRO

Sírios tentam escapar da guerra no país | RODI SAID/REUTERS

Turquia. Ativistas acusam tropas de matar 11 sírios

Roma terá mulher no comando pela primeira vez

Italianos foram às urnas ontem no segundo tur-no das eleições em 126 cidades. Pela primeira vez, Roma será coman-dada por uma mulher. A jovem advogada Virgi-nia Raggi, do antissiste-ma Movimento 5 Estre-las, desbancou o Partido Democrático do primei-ro-ministro, Matteo Ren-zina, na prefeitura da ca-pital italiana. De acordo com preliminares, ela al-cançou ontem 65% dos votos. Em sua campanha, a candidata prometeu combater a corrupção e os privilégios. METRO

Acidentes com barcos deixam 14 mortos na Rússia

Ao menos 14 pessoas morreram ontem no nau-frágio de duas embarca-ções de uma colônia de férias em um lago da Re-pública da Carélia, na Rússia, informou o Minis-tério de Emergências do país. Havia 51 pessoas a bordo, incluindo quatro adultos. Um policial dis-se à Reuters por telefo-ne que dois dos três bar-cos viraram devido ao mau tempo. Pelo menos 10 das vítimas, de acor-do com informações pre-liminares, eram crianças. Elas tinham entre 12 e 15 anos. METRO

Crianças Eleições municipais

O Conselho Norueguês de Refugiados afirmou ontem que ao menos 30 mil pes-soas fugiram da cidade ira-quiana de Falluja nos últi-mos três dias.

A população tenta esca-par do conflito entre o Es-tado Islâmico, que domina o território, e tropas do Ira-que. Desde o fim de maio, o cerco aos terroristas tem se fechado na região.

Os civis são acolhidos em campos para refugiados no entorno. METRO

População civil é acolhida em campos | STRINGER/REUTERS

Guerra. 30 mil fugiram de Falluja em três dias

Uma semana após o assas-sinato da ex-integrante do The Voice americano Chris-tina Grimmie, um novo par-ticipante do programa mu-sical é vítima de violência.

Alejandro “Jano” Fuen-tes, 45 anos, que participou do “The Voice” mexicano em 2011, morreu sábado, dois dias após ser balea-do com três tiros na cabe-ça em Chicago, nos Estados Unidos.

De acordo com a mídia local, ele se recusou a sair de seu carro durante um as-salto a mão armada.

Fuentes era dono de um estúdio e de uma escola na cidade e tinha acabado de sair de uma comemoração

de seu aniversário, de acor-do com as reportagens.

As autoridades ainda bus-cam os suspeitos pela morte do cantor. METRO

Alejandro Fuentes levou três tiros | REPRODUÇÃO/FACEBOOK

Novo caso. Ex-The Voice é assassinado nos EUA

Japoneses protestam contra EUAMilhares de pessoas se reuniram ontem na ilha japonesa de Okinawa contra a presença de bases militares dos Estados Unidos. O protesto foi motivado pela prisão de um norte-americano suspeito de assassinar uma japonesa. | KYODO/VIA REUTERS

Permanência britânica na UE ganha fôlego

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RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2016www.metrojornal.com.br 10| GASTRONOMIA

PLUS

+CRUCERO SAUVIGNON BLANCSIEGEL UNIQUE SELECTION

A linha de vinhos brancos da Siegel é boa e de ótimo custo-benefício. Em muitos casos, os vinhos valem

mais do que custam. Esse Sauvignon Blanc, básico, tem frescor, boa acidez. Adequado para abrir os trabalhos ou

para acompanhar um peixe grelhado.

O top da Siegel forma-se a partir de uma mescla de Carménère, Syrah e Cabernet Sauvignon. O mosto passa 16 meses em barricas de carvalho francês. Um tinto poderoso, pronto para beber, mas com longa vida pela frente. Muito bom.

Um dos maiores representantes da alta qualidade do Vale do Colchagua.

É frequentador constante das listas de melhores vinhos do Chile. A mescla se

altera a cada ano, privilegiando sempre as melhores uvas de cada safra. Um ícone.

ONDE: sommeliervinhos.com

Tinto produzido só em safras excepcionais pela La Playa. A safra 2012 é uma rica mescla de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Syrah, Carménère e Petit Verdot. Muito redondo, apesar de ser bem potente. Ótimo vinho.ONDE: vinhosesabores.com.br

CLOS APALTAAXELPRIMERO

O vizinho

R$ 59R$ 249

R$ 900R$ 160

viu a uva

Como não poderia deixar de ser, os espumantes são maioria entre os vinhos nacionais expostos na Cité du Vin, aberta dias atrás em Paris. Oito dos 15 rótulos são de espumantes. Entre eles aparece o Gran Legado Natural Brut Champenoise (R$ 65). Bela escolha.

O espetacular tinto italiano (mescla de Cabernet Sauvignon, 85%, e Cabernet Franc, 15%) está entre aqueles rótulos arrebatadores. A safra 1985 ganhou títulos de melhor vinho do mundo em várias publicações. A de 2002 (até R$ 2.780) está excelente.

Este é, certamente, um dos mais tintos mais “franceses” do Chile. O Santa Rita Casa Real 1999 é um Cabernet Sauvignon espetacular, produzido por Cecília Torres. Brilhou numa recente degustação, que teve também, além do Sassicaia, um Mouchão Tonel 3-4 2008, o grande Pêra-Manca e o belo Calvario, ambos 2005.

Espumantes são maioria na nova Cidade do Vinho

Rótulo da semana 1: Sassicaia TenutaSan Guido 2002

O vinho da semana 2: o belo Santa Rita

Pode até parecer exagero, mas

que seja exagero, então: às vezes, a distância de metros entre dois vinhedos esta-

belece uma diferença brutal na qualidade das uvas. Duvida? Bem, quem tem um jardim sabe da diferença en-

tre um local com sol e outro, sem: parte do gramado fica verde e outra, amarelada. Não seria diferente com as videiras...

Certamente por saber das qualidade do Vale do Colchagua, algu-mas das melhores vinícolas chilenas se instalaram por ali. Trata-se de

uma faixa de terra entre o Pacífico e os Andes, com influência do mar, das geleiras e da amplitude térmica, a diferença entre picos de calor e frio. Esse é um conjunto perfeito para produção de excelentes vinhos, como os da Ca-sa Lapostole (entre eles o Clos Apalta, um ícone), da Montes, da Casa Silva... e da Siegel e La Playa, organizadoras de duas provas em Vitória, no Espírito San-to, para as quais o Metro Jornal foi convidado. Na primeira foram apresenta-dos os principais rótulos da Siegel, todos com um ponto comum: o ótimo cus-to-benefício. A segunda focou no Axel, tinto maior da La Playa. Em ambos os casos ficou comprovada a enorme qualidade dos terrenos.

Na maioria das vezes, vizinho não se escolhe. Mas há exceções. O fato de o vale do Colchagua ser a origem de tantos bons vinhos o torna uma

referência. Tanto para as vinícolas, sempre atentas à qualidade das uvas colhidas por seus concorrentes, quanto para o consumidor,

para quem a quantidade e variedade de rótulos dificulta a en-trada no mundo dos tinto e brancos. Ou seja, vinhos vin-

dos dos Colchagua têm enorme possibilidade de serem de qualidade. Quem garante é a vi-

zinhança. Exagero? Nem tanto... METRO VITÓRIA

Notas

Vinhos nacionais são relacionados

para Cité

du Vin Bordeaux abriu a Cité du Vin, imponente conjunto arquitetônico, misto de

museu e parque temático. Quinze rótulos brasileiros

estão entre garrafas de todo o mundo. Entre eles o ótimo Cabernet Franc Pequenas Partilha, da

Aurora (até R$ 60).

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RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2016www.metrojornal.com.br {CULTURA} 11|

2CULTURA

Está uma zoeira só a batalha de memes entre brasileiros e portugueses que, na última semana, entrou nos trendings topics do Twitter: BR x PT. Tra-ta-se da Primeira Guerra Me-meal entre os usuários da re-de social daqui e da terrinha.

A batalha teve início no dia 13 de junho. Os portugue-ses provocaram os brasilei-ros usando o meme “in brazi-lian portuguese we don’t say” (em português do Brasil nós não dizemos). Ele já era popu-lar por aqui e fez sucesso em 2015 ao trocar expressões em inglês por gírias nossas.

Os brasileiros não curti-ram. Acusaram os portugue-ses de terem se apropriado do meme e a hashtag #BRXPT to-mou conta da rede. Logo, di-versos memes foram criados em resposta “ao plágio”.

“Os astros dizem que o país da zoeira é o Brasil. Acei-tem BR X PT”, postou um in-ternauta. “Os portugueses

criaram uma tag, e os brasi-leiros foram lá e colonizaram ela KKKKKK #PrimeiraGuer-raMemenal”, disse outro, en-tre milhares de postagens com montagens engraçadas.

A brincadeira tomou tal proporção, que até os perfis do NetFlix – do Brasil e de Por-tugal – no Twitter entraram na onda. “Pelo menos NÓS nunca discutimos@Netflix Brasil, não é?”, tuitou o per-fil de lá. “Jamais, @NetflixPT. Não tretamos nunca. Mas fica longe dos meus memes, tá?”, respondeu o daqui.

Hermanos zoam tambémApós muitos memes publica-dos no Twitter na semana pas-sada, os brasileiros se declara-ram vitoriosos na primeira batalha. Mas, agora, os argen-tinos resolveram entrar na disputa com os brasileiros e a hashtag #SegundaGuerraMe-meal foi lançada. Vamos ver quem zoa mais? METRO RIO

#Primeira Guerra Memeal. Tendo o Twitter como ‘campo de guerrilha virtual’, uma disputa de memes entre brasileiros e portugueses tem dado o que falar na internet. Agora, a Argentina entrou nessa divertida briga

Batalha da zoação!

Trocas de memes entre Brasil e Portugal bombaram o Twitter | FOTOS: REPRODUÇÃO

Brasileiros se declararam vitoriosos nabatalha e Argentina entrou na briga

Outro olhar para o bruxoEste tem sido um bom ano para os fãs de Harry Potter. Além de uma nova história do bruxo – criada para uma peça em Londres que será editada em livro – e do filme spin-off “Animais Fantásti-cos e Onde Habitam”, que estreia em novembro, o per-sonagem retorna às origens com o lançamento de uma edição ilustrada de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, o livro de estreia da saga que vendeu 450 milhões de exemplares pelo mundo.

Premiado com a meda-lha Kate Greenaway, Jim Kay foi o escalado para co-

locar no papel as ricas des-crições de personagens, am-bientes e situações criados por J.K. Rowling. O trabalho levou dois anos e meio, mas valeu a pena.

O traço de Kay capta jus-tamente a aura de sonho e fascínio que Harry sente diante daquele mundo novo ao qual tanto ele quanto o

leitor estão sendo apresen-tados. Não é um trabalho fácil, especialmente após a franquia cinematográfi-ca ter ajudado a cristalizar imagens muito sólidas de como funciona aquele uni-verso de magia.

“Ver as ilustrações de Jim Kay mexeu comigo profun-damente. Amo sua interpre-tação do mundo de Harry Potter”, afirmou a autora.

Kay desenhará todos os sete livros da série. “Harry Potter e a Câmara Secreta” já tem lançamento mundial previsto para 4 de outubro.

METRO

“HARRY POTTER E A PEDRA FILOSOFAL”J.K. ROWLING E JIM KAY (ILUSTRAÇÕES)

ROCCO; 256 PÁGS.R$ 120

Ilustrações de nova publicaçãosão de Jim Kay

REP

RO

DU

ÇÃO

‘MasterChef’

Inscrições abertas

A Band acaba de abrir inscrições para o

“MasterChef Profissionais”. Os cozinheiros

profissionais interessados em participar do programa

apresentado por Ana Paula Padrão (foto) devem

preencher o formulário no site band.com.br/

masterchefprofissionais.

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RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2016www.metrojornal.com.br 12| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

Obras na cidadeCiclovia parcialmente destruída e com vítimas fatais. Asfalto tendo que ser re-feito em São Conrado. Recapeamento mal feito em Ipanema e Leblon. Os fa-tos vão se repetindo e reclamados pe-la população do Rio. Nós,moradores da zona norte, também estamos assis-tindo ao mesmo filme. Nos bairros Es-tácio e Rio Comprido as calçadas es-tão sendo quebradas e efetuadas nova cimentação. Mas a péssima qualidade do material já se faz sentir, pois o pi-so das calçadas está se desmanchando! Restos de materiais esquecidos e lar-gados. Ruas cobertas de lama e buei-ros entupidos pela enorme quantidade de areia não recolhida pelas empresas contratadas. Fiscalização? Nenhuma. Uma vergonha!FERNANDO FREDERICO SOUZA – RIO DE JANEIRO, RJ

Violência no CentroImpressionante como a violência con-tinua predominando na cidade do Rio de Janeiro. Ainda é muito comum fla-grarmos assaltos no Centro, onde cri-minosos atuam sem nenhum tipo de repressão dos policiais militares. Falta muito para o Rio ter condições de re-ceber os Jogos Olímpicos. Mas, até lá, certamente vamos ganhar uma bela maquiagem. Vergonha de tudo isso. THIAGO RODRIGUES – RIO DE JANEIRO, RJ

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Este é um momento do ano propenso a maior envolvimento com assuntos familiares

e ajustes em questões do lar.

A época do ano é positiva para se envolver com novos estudos e se aprofundar em conhecimentos

que há tempos tem interesse.

Momento de atenção especial com as finanças, principalmente com questões ligadas a projetos.

Pesquisas e ponderações serão essenciais.

O período do aniversário é sempre um divisor de águas no ano por apontar mais

oportunidades para concluir metas pendentes.

O momento do ano é especial para refletir sobre alguns valores e se vale a pena

cultivar certos projetos ou costumes.

Momento do ano associado ao seu signo oposto, Câncer, o que possibilita convivências

com pessoas diferentes e ampliação de relações.

Período importante para revisões em assuntos financeiros e temas materiais, áreas

propensas a imprevistos e indicadas à moderação.   

Dia para valorizar as despesas mais essenciais na rotina, especialmente com os assuntos

domésticos. Atente-se mais ao corpo e à saúde.

Momento para quebrar a rotina com lazer, diversões e convivências diferentes.

Mais momentos sociais serão frequentes.

O convívio com amizades tende a ser mais intenso, retomando contatos ou

conhecendo novas pessoas.

Novas prioridades profissionais tendem a tomar sua atenção neste período, com oportunidades

para novas responsabilidades.

Contatos com pessoas à distância, planos para viagens e atividades que envolvam

vínculos com outros lugares tendem a tomar sua atenção.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

POR: GUILHERME SALVIANO

TEMER! JAMAIS ROUBA-LO-EI!Bom dia, caros e inflacionados leitores! Colunáticos no ar!

PENSAMENTO DO DIA! Toda mulher tem sua qualidade. A bonita serve pra namorar e beijar na boca. A feia serve pra espantar mosquito e mau olhado. É por isso que eu ando com a minha mulher e a do meu cunhado!

E ATENÇÃO! O SÉRGIO MACHADO ENTREGOU TODOS OS POLÍTICOS! E as acusações contra o presidente?Já sei o que o Temer vai dizer: “Isso é uma calúnia. Sou inocente. Jamais rouba-lo-ei.” Temer, o Presiden-te da Mesóclise!E continua a pergunta que não quer calar: “Qual de-veria ser o novo slogan do governo Temer?”1)Não cobice a minha mulher, trabalhe! 2) Não reclame da crise, arrume uma empreiteira! E acabamos de descobrir uma bomba! Furo de Repor-tagem do Pânico no Jornal!   Descobrimos que a tese de Doutorado do Temer foi sobre Pacto Federativo. Pacto Federativo com o demo?E o Dunga caiu, a Dilma caiu... só falta cair o preço do creme de baunilha da Victoria Secret. Sabe aquele creme que mulher gostosa passa nas coxas? Nosso slogan é “Não reclame da crise, FAÇA SEXO!”

E A MULHER DO CUNHA? A ARREGALADA! Ela devia ser presa por porte ilegal de bolsa Vuitton, transporte de Louboutin e compra de Chanel nº5 COM O NOSSO DINHEIRO!E qual deveria ser a punição pra mulher do Cunha? PASSAR DOIS MESES VESTINDO O GUARDA-ROUPA DE QUALQUER DEPUTADA DO PT!  Hahahaha! Como disse a vizinha: “PREFIRO A PENA DE MORTE!” Dá as roupas da Jandira Feghali pra ela! Aí sim vai ficar com os OLHOS ARREGALADOS! Vai ficar 10 anos sem piscar!E os bens da Arregalada foram bloqueados! Acabou a festa! Como disse o Simão: “Agora a mulher do Cunha vai comprar bolsa na Le Postiche!” Hahahaha!

PRA TERMINAR! Perguntaram pro português: “Sua mulher grita muito na cama?” “Grita tanto que eu ouço lá da padaria!” Hahahaha! E a Dilma? Que saudades dos discursos da Dilma! E sabe como chamam os dois neurônios que a Dilma tem na cabeça? OS INVASORES!

POR HOJE É SÓ! CIRO BOTELHO E BERNARDO PENTEADO! Os Colunáticos!  Twitter: @ciraobotelho/@bernardpenteado

CIRO & BERNARDO

Ciro Botelho e Bernardo Penteado são redatores de humor no programa ‘Pânico na Band’, autores de sátiras como ‘Video Soul’, ‘Jornal dos Dois Echás’, ‘Jô Suado’, entre outros. Juntos há dez anos na TV, lançaram os livros ‘Piadas Fantárdigas de Tiririca’ e As Melhores Piadas de Bêbado’ (ed. Matrix). Também escrevem o blog ‘Colunáticos’ no site do ‘Pânico na Band’ (paniconaband.band.uol.com.br)

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RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2016www.metrojornal.com.br {CULTURA} 13|

Da entrada da emergência do Hospital Regional do Para-noá, no Distrito Federal, ouve--se a folia. No CAPS (Centro de Atenção Psicosocial) II, o pré-dio vizinho, uma banda en-saia todas as manhãs de ter-ça-feira, cantando e dançando uma democrática mistura de ritmos – do forró ao funk.

O grupo reúne um núme-ro variado de integrantes, mas que sempre supera uma dezena, todos eles frequenta-dores ou atendentes do ser-viço. Eles aprendem a tocar pandeiros, triângulos e tam-borins ao som de Luiz Gonza-ga e Clara Nunes.

O instrumental de qualida-de surpreendente e o sorriso no rosto dos músicos faz com que os espectadores se esque-çam de que boa parte daque-

las pessoas foram diagnosti-cadas com diferentes quadros de doenças mentais.

Única banda do DF e uma das poucas do Brasil a surgi-

rem de projetos de musicote-rapia, a Maluco Voador tem três anos de trajetória e come-ça agora a ocupar as ruas do DF em apresentações e shows

que são um convite a dançar – quem não se mexe é logo convidado a participar da ro-da. “Está na hora de pisar fo-ra daqui”, diz o psicólogo e

integrante do grupo, Filipe Willadino.

Passeando por canções de sucesso, como “Último Pau de Arara”, de Luiz Gonzaga, e composições próprias, co-mo o funk “Maluco Voador”, a banda facilita a ressociali-zação dos frequentadores do CAPS. “Não tenho do que me queixar, com a banda a gen-te vê que não está sozinha, é ela que me dá o equilíbrio”, afirma Maria do Rosário dos Santos, 53, musicista e voca-lista do grupo.

Essa segunda função ela divide com outros integran-tes, como o animado Antônio Ivan Rodrigues, 40. Ele, que não sabe ler, decora as letras inteiras e diz que foi a banda que o fez gostar de música: “Antes eu só queria saber de

ficar sozinho.” “Mudou a minha vida is-

so, eu nem andava sozinho, ficava o tempo todo trancado, agora olha eu”, conta Francis-co Bezerra, 44, enquanto ca-minha pelo CAPS com o quei-xo erguido.

A resposta do público nos shows tem sido tão boa que os frequentadores afirmam ter aumentado o número de visitas – e com os primeiros cachês eles já conseguiram comprar novos instrumentos.

Tirando pelos animados aplausos das dezenas de pes-soas que se acumulavam na porta do CAPS para ver o gru-po, o sucesso está garantido.

Saúde. Banda Maluco Voador, formada por funcionários e frequentadores do CAPS II do Paranoá, no Distrito Federal, mistura funk, baião e cantigas de roda para facilitar o tratamento e a ressocialização. Fazendo seus primeiros shows, os integrantes sonham cada vez mais alto

Banda ensaia todas as terças no CAPS II do Paranoá, no Distrito Federal | ANDRESSA ANHOLETE/METRO ESPECIAL

‘Malucos’ que ganham asas por meio da música

Conheça uma das compo-sições autorais do Maluco Voador, faixa que leva o nome da banda e foi composta por Claudinei da Costa, o Gato Preto Tigrão.

É o maluco voador / Que tá chegando nas paradas / Com seu ritmo envolvente / Encaixes de palavras / E você quer aprender / qual o nosso passinho? / Entra e sai / Entra e sai / Bem devagarinho / Entra e sai / Entra e sai / Do nosso passinho.

Para cantar junto

Tratamento à base de pandeiro e tambor

Lucicleide dança e canta nos shows do grupo | ANDRESSA ANHOLETE/METRO ESPECIAL

Formada por atendentes e frequentadores do CAPS II do Paranoá, a banda Maluco Voador reúne pessoas com os mais diferentes diagnósticos.

Integram a banda pessoas com quadros depressivos, psicóticos, transtornos de hu-mor e outros. Quando eles es-tão com os instrumentos na mão, porém, o canto os tor-na uma unidade.

“A banda serve como tera-pia e serve também para nos dar uma noção de grupo, de cuidado uns com os outros”, diz João Vítor Alves, 23, que

entrou no grupo há apenas uma semana.

De acordo com a equipe técnica do CAPS, as ativida-des da Maluco Voador funcio-nam como tratamento, não só como uma forma de entre-ter os frequentadores.

“A medicação é impor-tante, mas não é tudo no tratamento. Esse tipo de atividade, os grupos profis-sionalizantes, tudo isso me-lhora a autoestima deles, os deixa mais felizes”, diz o psi-cólogo e integrante do grupo Filipe Willadino.

Essa tese é comprovada pe-los músicos da banda. “A ban-da me ajudou muito. Eu es-tive internada, perdi minha voz, as forças, mas aqui na música eu estou me recupe-rando”, diz Vera Maria Jesus, 60, a mais velha do grupo.

“Ainda resta no Brasil uma cultura de manter as pessoas presas. O que a gente tenta fazer aqui é uma reabilitação psicossocial, isso tem que ser uma constante”, diz Willadi-no, relembrando a importân-cia da luta antimanicomial.

BRUNO BUCIS/METRO BRASÍLIA

“Eu estava o tempo todo em crise. Os remédios não

me animavam. A música que trouxe o equilíbrio.”

MARIA DO ROSÁRIO DOS SANTOS, 53.

“Eu estava muito mal, ficava em casa, nem de

música queria saber. Foi aqui que me reencontrei.”

ANTÔNIO IVAN RODRIGUES, 40

Com três anos de trajetó-ria, a Maluco Voador mu-da de formação quase todos os dias, conforme o fluxo de frequentadores do CAPS II do Paranoá. Os mais antigos aju-dam os mais novos a tocar, e assim cada um aprende um pouco dos instrumentos.

“Eu aprendi aqui a tocar chocalho, tamborim, car-ron e atabaques”, enume-ra orgulhosa Maria do Ro-sário dos Santos, 53, uma das integrantes mais an-tigas da banda. Mesmo os que acompanham o proje-to mais recentemente, po-

rém, já sonham que o voo da Maluco Voador será alto.

“Gostaria que se expandis-se, que a gente fizesse mais shows, fosse nesses progra-mas da televisão, tipo ‘Su-perstar’”, afirma Lucicleide Rodrigues, 30. Os integrantes sonham até em gravar discos com as canções do repertório.

A maior pretensão do projeto, porém, continua sendo mostrar que alterna-tivas ao tratamento podem funcionar. “Nada melhora mais a nossa saúde do que fazer os shows”, diz Luci-cleide. METRO BRASÍLIA

Na esperança de um futuro de shows, discos e televisão

BRUNOBUCIS METRO BRASÍLIA

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RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2016www.metrojornal.com.br 14| {ESPORTE}

3ESPORTE

Com pênalti cobrado para fora por Alan Patrick no úl-timo lance da partida, o Fla-mengo ficou no empate em 2 a 2 com o São Paulo, em Brasília, ontem à tarde, que deixou um gosto amargo no torcedor rubro-negro.

Apesar de ter saído atrás por duas vezes, o Flamen-go reagiu e deu mostras de que poderia virar a partida. Mas o goleiro Denis, a trave e a má pontaria impediram o Fla de levar os três pontos.

A equipe também lamen-tou o desempenho defensivo ruim. O argentino Calleri, ex-pulso no segundo tempo por reclamação, marcou duas vezes por uma desatenção rubro-negra. No primeiro tempo, aos 11 minutos, ele

arrancou da intermediária, fez falta em Márcio Araújo e bateu na saída de Alex Mura-lha. O Fla reagiu rápido, com boa jogada de Jorge e Ever-ton, que resultou no gol con-tra de Rodrigo Caio, aos 22.

No segundo tempo, Cal-leri, de cabeça, marcou no-vamente aos seis minutos. Mas Willian Arão, também de cabeça, igualou tudo no-vamente cinco minutos de-pois. No fim, após pênalti em Emerson Sheik, Alan Patrick desperdiçou chan-ce de ouro para garantir a vitória. METRO RIO

Campeonato Brasileiro. Alan Patrick bate para fora em cobrança no último minuto de jogo

Alan Patrick lamenta pênalti perdido no fim | ANDRE BORGES/AGIF/FOLHAPRESS

Fla desperdiça pênalti e fica só no empate

FLAMENGO SÃO PAULO

2 2 “Poderíamos ter saído com os três pontos. Tentei caprichar, mas tirei muito do goleiro. É continuar trabalhando e treinando as penalidades para a próxima oportunidade.” ALAN PATRICK

O dia ontem era de homena-gens da torcida corintiana, que se despediu do técnico Ti-te e do gerente de futebol Edu Gaspar. Dentro de campo, os ex-comandados do novo téc-nico da Seleção Brasileira não decepcionaram no Itaquerão. Pior para o Botafogo, que até fez uma boa partida, mas foi derrotado por 3 a 1.

“Precisamos corrigir algu-mas coisas. Não podemos so-frer tantos gols. Isso tem fei-to muita diferença na nossa pontuação”, criticou o golei-ro Sidão.

Com o resultado, o Glorio-so caiu para 19ª colocação e voltou para zona de rebaixa-mento, com oito pontos. Na quarta-feira, a equipe vai en-frentar o recebe o Figueiren-se, às 21h, no estádio muni-

cipal de Juiz de Fora. Ontem, o Fogão saiu atrás no primei-ro tempo, com bonito gol de Bruno Henrique, aos 24. O ti-me da Estrela Solitária res-pondeu na mesma moeda, três minutos depois. Leandri-nho invadiu a área e, mesmo sem ângulo, chutou forte, en-cobrindo o goleiro Cássio.

No segundo tempo, Mar-quinhos Gabriel marcou logo aos sete minutos. Bruno Hen-rique selou a vitória paulista no fim do jogo. METRO RIO

Tite foi homenageado em São Paulo| TABA BENEDICTO/FOLHAPRESS

Degola. Na despedida de Tite, Corinthians se impõe e devolve o Fogão ao Z-4

CORINTHIANS BOTAFOGO

3 1

O Fluminense tinha tudo para voltar à briga pelo G-4. Mas um gol no fim de jogo de Diego Souza – que dei-xou as Laranjeiras no início do ano para voltar à Ilha do Retiro – jogou as pretensões do Tricolor nesta rodada pe-lo ralo. Com a derrota por 2 a 1 para o Sport, na Ilha do Retiro, o Flu caiu para a 11a

posição, com 13 pontos.Apesar de ter o domí-

nio do jogo e o controle da posse de bola durante todo o primeiro tempo, o Fluminense saiu atrás no placar. Aos 43, de cabe-ça, o meia Gabriel Xavier abriu o placar para o time pernambucano.

Com Magno Alves no lu-gar de Richarlison na vol-ta do intervalo, o Flu só

conseguiu o gol de empa-te já no fim, com o próprio Magnata, aos 39.

Quando parecia que o Fluminense buscaria a vi-rada, veio o balde de água fria. Diego Souza arrancou da intermediária, driblou o Diego Cavalieri e marcou um bonito gol, aos 45.

O Flu volta a campo na quarta-feira, às 21h45, no estádio Kléber Andrade, em Cariacica (ES), para enfren-tar o Santos. METRO RIO

Ex-Flu, Diego Souza definiu a partida|ALDO CARNEIRO/FOLHAPRESS

Derrota. Fluminense cai em Pernambuco com gol de Diego Souza no fim

SPORT FLUMINENSE

2 1Andy Murray

Mais umAtual número 2 do

mundo, Murray venceu Milos Raonic (9º) por 2

sets a 1, parciais de 6/7(5), 6/4 e 6/3, e conquistou

seu quinto título na grama de Queen’s, tornando-

se o maior vencedor do torneio.

Olimpíada Rio-2016

Onde está a tocha hoje?

Iranduba (AM)

SÁBADO

3 X 1PALMEIRAS SANTA CRUZ

1 X 0ATLÉTICO-PR SANTOS

2 X 1AMÉRICA CORITIBA

ONTEM

1 X 2VITÓRIA CHAPECOENSE

3 X 0ATLÉTICO PONTE PRETA

2 X 2FLAMENGO SÃO PAULO

3 X 1CORINTHIANS BOTAFOGO

3 X 2FIGUEIRENSE INTER

2 X 1SPORT FLUMINENSE

2 X 0GRÊMIO CRUZEIRO

Brasileirão 9ª rodada

metrojornal.com.br

Tá na redeConfira os detalhes da rodada do Brasileirão

BRASILEIRO - SÉRIE A

P V GP SG1º ALMEIRAS 19 6 19 9

2º INTERNACIONAL 19 6 12 6

3º GRÊMIO 18 5 16 8

4º ORINTHIANS 16 5 13 6

5º ÃO PAULO 14 4 10 2

6º FLAMENGO 14 4 10 1

7º CHAPECOENSE 14 3 16 3

8º ANTOS 13 4 11 4

9º TLÉTICO-PR 13 4 10 -3

10º PONTE PRETA 13 4 10 -4

11º FLUMINENSE 13 3 8 0

12º FIGUEIRENSE 12 3 10 0

13º ANTA CRUZ 11 3 13 1

14º TLÉTICO 10 2 13 -2

15º VITÓRIA 9 2 9 -5

16º ORITIBA 8 2 13 -4

17º SPORT 8 2 10 -5

18º BOTAFOGO 8 2 8 -5

19º AMÉRICA 8 2 9 -6

20º CRUZEIRO 8 2 8 -6

Classificados para a Libertadores Rebaixados para a Série B

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RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2016www.metrojornal.com.br {ESPORTE} 15|

FERNANDOVALEIKADA FRANÇA, ESPECIAL PARA O METRO

CONFUSÃO PLANEJADA A bagunça causada pe-los torcedores da Croácia, no estádio de Saint-Étien-ne, durante o jogo contra a República Tcheca, foi tu-do menos espontânea. Se-gundo a Federação Croata de Futebol, desde a véspe-ra, seus informantes já sa-biam que os hooligans do país planejavam ações vio-lentas naquela partida. No final do jogo eles jogaram sinalizadores no campo e brigaram entre si, chegan-do a interromper a parti-da. “Até alertamos a po-lícia francesa e a UEFA sobre nossas investiga-ções”, disse Miroslav Mar-kovic, responsável pela se-gurança da delegação.

SAUDADES DOS 7 A 1

O atacante Thomas Müller está chateado com as críti-cas que seu time está rece-bendo na Euro 2016. “Cla-ro que nós podemos – e queremos – melhorar e fa-zer gols”, mas o problema é que vocês da impren-sa nunca estão contentes com o que fazemos em campo”, disse. “O único dia em que vi todo mun-do satisfeito foram os 7 a 1 contra o Brasil, na Copa de 2014”. Segundo Müller, as impressões sobre a Alema-nha deverão ser mais favo-ráveis quando chegarem os mata-matas. “Se vencer-mos, todo mundo fica con-tente e até quem nos criti-cou esquece”, disse. Resta saber se as outras equipes darão aos alemães a mole-za que os brasileiros ofere-ceram no Mineirão.

O FANTASMA DE 1998

Os ingleses pisarão o gra-mado do estádio Geoffoy--Guichard, em Saint--Etienne, com um olho no retrovisor. Em 1998, foi bem ali que perderam a partida das quartas-de-fi-nal da Copa do Mundo da França, contra a Argenti-na. “Eu tinha 13 anos e fi-quei muito desapontado com a expulsão de Da-vid Beckham e com a nos-sa derrota nos pênaltis”, lembra-se Wayne Roo-ney. “Nós só jogamos com os argentinos porque fo-mos os segundos do nos-so grupo, atrás da Romê-nia”, lembra-se o técnico Roy Hodgson. “Aprende-mos a lição: lutar muito para confirmar a liderança da nossa chave”.

Bastidores

Com a França já classifica-da para as oitavas-de-final da Euro 2016, e a Suíça pra-ticamente lá, antes mesmo de a bola rolar, na última ro-dada do Grupo A, o jogo em Lille não valia grande coisa. O técnico Didier Deschamps decidiu rechear seu time de reservas para poupar ener-gia de alguns titulares. Tal-vez por causa disso, os locais começaram tomando sufo-co dos suíços, diante do pre-sidente francês François Hol-lande na tribuna de honra.

Isso até Paul Pogba acor-dar. Aos 12 minutos, o cra-que da seleção francesa acer-tou um forte chute de perna direita. O goleiro suíço Som-mer conseguiu espalmar, e a bola raspou a trave. Cinco mi-nutos depois, Pogba balançou o travessão. Os franceses con-tinuaram melhores no segun-do tempo. Ameaçaram com um chute de Griezmann, de-fendido por Sommer, mas sem conseguir abrir o pla-

car. Dois minutos depois, Pa-yet mandou outra bomba na bola na trave, com Sommer batido. Ao contrário dos seus dois primeiros jogos, contra um time forte na defesa, des-ta vez a França não achou um gol no finzinho.

Com o empate, os donos da casa voltarão a jogar nos mata-matas, no dia 26 de ju-nho, em Lyon.

Festa albanesaAo contrário de Lille, a par-tida de Lyon era de vida ou morte para romenos e alba-neses. Apoiados por sua ba-rulhenta torcida, os albaneses queriam quebrar um tabu: o de nunca terem vencido seus rivais, nos dezesseis jogos que as duas seleções disputa-ram. O jogo começou pegado, com jogadas ríspidas. Apesar de a Romênia ter mais inicia-tiva, as melhores chances do primeiro tempo foram todas albanesas. Aos 23 minutos, sozinho na área, o lateral-es-

querdo albanês Lenjani man-dou por cima. Aos 35, tam-bém cara-a-cara, foi a vez de Memshaj, desperdiçar, com um chute fraco.

A Albânia acabaria pre-miada com o gol de Sadiku, de cabeça, no fim do primei-ro tempo. Na segunda eta-pa, a Romênia ainda man-dou uma bola no travessão, em um chute de direita de Andone. Confirmada como a terceira colocada da chave, a Albânia, agora, terá de es-perar os outros resultados, para ver se classifica na re-pescagem. Eliminada, a Ro-mênia volta para casa.

DecisãoLíder do grupo B, a Ingla-terra decide sua classifica-ção hoje, às 16h, contra a Eslováquia, em Toulouse.

No mesmo horário, a Rússia, com remotas chan-ces, enfrenta a surpresa País de Gales, em Saint Etiente.

FERNANDO VALEIKA

Eurocopa. Com reservas em campo, França coloca três bolas na trave da Suíça, mas não consegue sair do insosso empate sem gols. Hoje é dia de decisão para Inglaterra e País de Gales

Griezzmann pouco fez na partida contra a Suíça | GETTY IMAGES

Se não fosse a trave...

Rosberg vence fácil no Azerbaijão

Rosberg comemora no circuito de Baku | MARK THOMPSON/GETTY IMAGES

Recebendo pela primeira vez um grande prêmio de Fórmula 1, as ruas de Baku, no Azerbaijão, entraram pa-ra a história na carreira de Nico Rosberg, da Mercedes, o grande vencedor da corri-da, ontem. O piloto alemão largou na ponta e teve uma corrida bem tranquila, sem ser ameaçado por Sebastian Vettel, da Ferrari, que che-gou em segundo, e pelo sur-preendente Sergio Pérez,

da Force India, que voou baixo e acabou em tercei-ro. Outro nome forte na dis-puta do título, Lewis Hamil-ton, da Mercedes, largou só em décimo e conseguiu um quinto lugar, atrás, de Kimi Raikkonen, da Ferrari.

Felipe Massa estava espe-rançoso em fazer uma boa corrida. Largara em quinto, mas os pneus escolhidos não aguentaram a pista nova e seu Williams perdeu rendi-

mento. Com isso, o brasilei-ro terminou a prova em dé-cimo. Felipe Nasr, da Sauber, largou em 16º e cruzou a li-nha em 12º, sem pontuar.

ClassificaçãoO campeonato segue com Ni-co Rosberg na liderança, ago-ra com 141 pontos. Hamilton foi para 117, enquanto Vettel tem 96. Felipe Massa caiu pa-ra nono na temporada, com apenas 38 pontos. METRO

Foi divulgado ontem o gru-po que a seleção brasileira feminina de basquete terá pela frente nos Jogos Olím-picos. Cabeça de chave do grupo A, por ser país-sede, o Brasil terá como adversá-rias a Austrália (2a coloca-da no ranking), França (4a), Belarus (10a), Turquia (11a) e Japão (16a).

Favoritas à medalha de ouro, as americanas (1ª) fi-caram no grupo B, com Es-panha (3ª), China (8º), Ca-nadá (9º), Sérvia (14º) e

Senegal (24ª). Os quatro pri-meiros colocados de cada chave avançam às quartas de finais, que serão em for-mato de mata-mata, assim como semifinais e final.

Os jogos serão disputa-dos na Arena da Juventu-de, no Complexo de Deo-doro, durante a primeira fase, e na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico, em todas as fases. A final está marcada para o dia 20 de agosto, penúltimo dia de competições. METRO RIO

Basquete. Seleção já sabe quem são as adversárias

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RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2016www.metrojornal.com.br 16| {ESPORTE}

FOTÓGRAFO/AGÊNCIAFOTÓGRAFO/AGÊNCIA

Aos 30 anos, Lucão vai che-gar à sua segunda Olimpía-da como um dos destaques da seleção masculina de vô-lei. Após ser campeão italia-no atuando pelo Modena na atual temporada, o central de 2,10 m acertou sua vol-ta ao Brasil e vai defender o Sesi-SP na Superliga. O de-safio olímpico já tem ho-ra marcada para começar: será no dia 7 de agosto, às 11h35, contra o México no Maracanãzinho. No sábado à noite, a seleção encerrou sua participação na primei-ra fase da Liga Mundial com 3 sets a 1 sobre os EUA, na Arena Carioca 1.

Qual é a sensação a tão pouco tempo para a Olimpíada?Já dá para sentir o espírito olímpico e isso é espetacu-lar. Eu estive em Londres em 2012 e foi uma experiência mágica, um sonho realizado. Mas acho que nada se equipa-ra a jogar dentro de casa.

O Brasil vive um momento político instável. Como vai ser jogar uma Olimpíada neste momento?Acho que a Olimpíada vai dar uma aliviada. Hoje em dia, tudo no Brasil é uma incógnita. Não sei quem vai ser presidente, quem vai ser ministro, quem vai ser governador. Mas, o espor-te está vindo mais uma vez como algo que pode salvar as pessoas da incerteza que vive o Brasil, pelo menos por um período.

Como lidar com a pressão de ser uma das equipes brasileiras com mais chan-ces de medalha?Ir bem na Liga Mundial é um bom início. Se a gen-te não vai bem aqui, já vão achar que estamos mal pre-parados, o que aconteceu em 2012. A gente foi mal na Liga Mundial, mas con-quistamos a prata olímpica, que foi um resultado mui-to bom, um final de ciclo

bom. Mas, não tem jeito, a seleção está vinculada a tí-tulos, a vitórias. E jogando dentro do Brasil, a pressão é maior ainda. Mas temos que levar essa pressão pa-ra o lado positivo, porque a torcida sempre apoiou a gente, sempre aplaudiu independentemente do resultado.

Muito se fala da derro-ta para a França na Liga Mundial do ano passado, no Maracanãzinho, pal-co do vôlei na Olimpíada. Qual foi o peso daquele resultado?Perdemos uma partida para a França, que acabou se tor-nando a campeã. Eles estão na Olimpíada e talvez se-ja a seleção mais forte hoje. Quando você enfrenta ad-versários desse nível, esse tipo de coisa acontece. En-tão, a gente estava num ní-vel muito bom. A gente es-tava jogando bem. Não é como se a gente tivesse caí-

do precipitadamente. Pe-gamos times muito for-tes e perdemos, como pode acontecer na Olimpíada. Pe-lo menos seis equipes vão para lutar por medalha de ouro. Vai ser jogo duro o tempo inteiro. Tudo pode acontecer.

Qual é a importância da Superliga para termos uma seleção forte?A Superliga é a base da se-leção brasileira. A gente es-tá até um pouco preocupa-do porque neste ano muita gente perdeu incentivo e pa-trocínio. Até o momento ainda está meio indefinido quantas equipes vão jogar a próxima temporada. Nós da seleção conseguimos um bom time e um bom salá-rio com mais facilidade. Mas para quem está chegando o mercado está complicado realmente. Estou preocupa-do porque quem traz futuro para a seleção são as equi-pes nacionais. METRO RIO

LUCAS SAATKAMPLucão vai disputar a segunda Olimpíada como uma das principais peças da seleção brasileira,

que não conquista a medalha de ouro desde 2004. Foram duas pratas seguidas nos últimos Jogos

‘A PRESSÃO É MAIOR JOGANDO NO BRASIL’

Começa hoje a venda de in-gressos para os Jogos Olím-picos em postos físicos. Duas bilheterias estarão à disposição do público. Uma funcionará no Shopping Le-blon, na zona sul, e a outra no Shopping Via Parque, na zona oeste. O horário de funcionamento será de 10h

às 22h, de segunda a sába-do, e de 13 às 21h, aos do-mingos e feriados.

A compra só pode ser efetuada por maiores de 18 anos e o pagamento deve ser feito à vista, com dinhei-ro ou com o cartão Visa, tan-to na opção de crédito co-mo de débito. Até então, as

entradas para as competi-ções só foram vendidas pe-la internet.

Ao todo, serão 30 bilhete-rias físicas espalhadas pelo Rio e por outras cinco cida-des onde haverá partidas de futebol: São Paulo, Belo Ho-rizonte, Salvador, Brasília e Manaus. METRO RIO

Apesar de a Federação Inter-nacional de Atletismo (Iaaf) ter confirmado na sexta-fei-ra a suspensão à Federação Russa de Atletismo (Rusaf) por denúncias que apontam para um esquema sistemáti-co de dopagem na modali-dade, alguns atletas russos poderão vir aos Jogos Olím-picos do Rio de Janeiro mes-mo assim.

No mesmo dia, o Conse-lho da Iaaf também aprovou uma alteração da regra para que atletas individuais que consigam provar que não estão “contaminados” pelo sistema russo – e que rea-lizem testes antidoping no exterior – possam competir na Olimpíada como “atletas neutros”. Ou seja, sob a ban-deira olímpica.

A recordista mundial no salto com vara Yelena Isin-bayeva é uma das atletas que poderá requerer partici-par dos Jogos Olímpicos.

Atletas que colaboraram

com as investigações sobre o doping sistemático tam-bém poderão ter a chan-ce de participar dos Jogos Olímpicos.

De acordo com a Iaaf, a atleta Yuliya Stepanova de-ve ser uma das beneficia-das. “Estou orgulhoso tam-

bém porque o Conselho aceitou a recomendação pa-ra se referir à aplicação de Yuliya Stepanova a um pai-nel apropriado sob esta re-gra alterada o mais rapida-mente possível”, afirmou Sebastian Coe, presidente da Iaaf. METRO RIO COM ABR

Isinbayeva ainda pode disputar os Jogos do Rio

Isinbayeva pode competir sob a bandeira neutra | STEPHANE KEMPINAIRE/FRAME/FOLHAPRESS

WANDER ROBERTO/INOVAFOTO/CBV

Ingressos começam a ser vendidos em bilheterias

Ingressos já começaram a ser entregues | CELSO PUPO /FOTOARENA/FOLHAPRESS