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OS IRMÃOS ‘SUPLA’ SUMO ‘BROTHERS OF BRAZIL’ LANÇAM ÁLBUM GRAVADO NOS EUA PÁG. 11 MÍN: 22°C MÁX: 39°C RIO DE JANEIRO Quarta-feira, 28 de janeiro de 2015 Edição nº 1.061, ano 5 ABSTRAÇÃO RUSSA Dilma pede a ministros que defendam o governo Presidente do Ceivap diz que Rio deveria racionar água já SP pode ficar 5 dias sem abastecimento Em primeira reunião ministerial do ano, presidente Dilma Rousseff diz que fechará as portas para a corrupção e chama as mudanças em benefícios trabalhistas de “ajustes corretivos” PÁG. 06 Comitê de Integração da Bacia do Paraíba do Sul quer diminuir a vazão para o abastecimento do Estado PÁG. 03 Medida drástica seria tomada caso não volte a chover e o nível de água do reservatório Cantareira caia mais PÁG. 08 Estado vai cortar até R$ 8,3 bi do orçamento Acabou o dinheiro. Valor é três vezes maior do que o anunciado pelo governador durante a posse. Parte da verba de secretarias foi retida e só será liberada se a arrecadação com impostos aumentar. Pastas como Saúde, Educação e Segurança foram atingidas PÁG. 02 AUSCHWITZ 70 ANOS LÍDERES MUNDIAIS E SOBREVIVENTES FAZEM ATO EM CAMPO DE CONCENTRAÇÃO PÁG. 10 CAMPEONATO CARIOCA FERJ MANTÉM PREÇOS PROMOCIONAIS DE INGRESSO APÓS REUNIÃO TENSA PÁG. 16 www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_RJ RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR O Metro Jornal é impresso em papel certificado FSC, garantia de manejo florestal responsável. CCBB abre mostra do pintor Wassily Kandinsky PÁGS. 12 E 13 Pela primeira vez fora da Europa, a exposição traz a evolução artística do precursor do abstracionismo BRUNA PRADO / METRO RIO

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Page 1: 20150128_br_metro rio

OS IRMÃOS ‘SUPLA’ SUMO‘BROTHERS OF BRAZIL’ LANÇAM ÁLBUM GRAVADO NOS EUA PÁG. 11

MÍN: 22°CMÁX: 39°C

RIO DE JANEIRO Quarta-feira, 28 de janeiro de 2015Edição nº 1.061, ano 5

sunny

hazy

snow rain partly sunny

cloudy sleet thunder part sunny/showers

showers

thunder showers

windy

ABSTRAÇÃO RUSSA

Dilma pede a ministros que defendam o governo

Presidente do Ceivap diz que Rio deveria racionar água já

SP pode ficar 5 dias sem abastecimento

Em primeira reunião ministerial do ano, presidente Dilma Rousseff diz que fechará as portas para a corrupção e chama as mudanças em benefícios trabalhistas de “ajustes corretivos” PÁG. 06

Comitê de Integração da Bacia do Paraíba do Sul quer diminuir a vazão para o abastecimento do Estado PÁG. 03

Medida drástica seria tomada caso não volte a chover e o nível de água do reservatório Cantareira caia mais PÁG. 08

Estado vai cortar até R$ 8,3 bi do orçamentoAcabou o dinheiro. Valor é três vezes maior do que o anunciado pelo governador durante a posse. Parte da verba de secretarias foi retida e só será liberada se a arrecadação com impostos aumentar. Pastas como Saúde, Educação e Segurança foram atingidas PÁG. 02

AUSCHWITZ 70 ANOSLÍDERES MUNDIAIS E SOBREVIVENTES FAZEM ATO EM CAMPO DE CONCENTRAÇÃO PÁG. 10

CAMPEONATO CARIOCAFERJ MANTÉM PREÇOS PROMOCIONAIS DE INGRESSO APÓS REUNIÃO TENSA PÁG. 16

www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_RJ

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CCBB abre mostra do pintorWassily Kandinsky PÁGS. 12 E 13

Pela primeira vez fora da Europa, a exposição traz a

evolução artística do precursor do abstracionismo

BRUNA PRADO / METRO RIO

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RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |02| {FOCO}

1FOCO

O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 513 mil exemplares diários.

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145)Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes Junior Gerente Executivo: Ricardo Adamo Coordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor-Executivo de Arte: Vitor IwassoMetro Rio de Janeiro. Editora-Executiva: Ana Lúcia do Vale. (MTB: 18.892) Editora de Arte: Cláudia Lorena. Gerente Comercial: Patrícia CapelutoGrupo Bandeirantes de Comunicação RJ. Diretor Geral: Daruiz ParanhosDiretor de Jornalismo: Rodolfo Schneider. Diretor Comercial: Tuffy Habib

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/2586-9565

COMERCIAL: 021/2586-9570

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: Rua Álvaro Ramos, 350, 4º andar, Botafogo, CEP 22280-110, Rio de Janeiro, RJ. Tel.: 021/2586-9570. O jornal Metro é impresso pela News Technology Gráfica e Editora Ltda. Tels.: 021/3552-0580 e 021/3552-0553

Filiado ao

Um dia após o anúncio de cor-tes no orçamento de 2015 no valor de R$ 2,6 bilhões, maior que o divulgado no início do ano, inclusive com perdas nas secretarias consideradas prio-ritárias, o Governo do Rio mu-dou os alvos e os valores. On-tem, o Estado informou que a redução financeira pode che-gar a R$ 8,3 bilhões. A quan-tia estará no orçamento, no entanto, só poderá ser gasta de acordo com a capacidade financeira do governo.

Todas as áreas terão que re-ver os gastos, já que parte da verba de cada secretaria foi re-tida. A secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Cláu-dia Uchôa, esclareceu que os R$ 8,3 bilhões retidos serão li-berados na medida da neces-sidade de cada órgão e serão ou não autorizados de acordo com a receita e as prioridades do governo. A primeira revi-são será feita em abril.

“As prioridades estão da-das. O orçamento, mesmo nesse cenário conservador, é

maior do que o do ano passa-do”, disse. Em 2014 foi de R$ 75,9 bilhões e o deste ano está estimado em R$ 90,3 bilhões.

O motivo para a mudan-ça foi a reestimativa da recei-ta para este ano feita pela Se-cretaria de Estado de Fazenda, em função da queda da arreca-dação do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e a redução do preço internacional do barril de pe-tróleo, que repercute sobre a arrecadação dos royalties.

Em nota, o governador Luiz Fernando Pezão reafir-mou que Saúde, Educação e Segurança são prioridades, e reiterou que os investimentos para as três áreas estão garan-tidos. Segundo ele, o progra-ma de pacificação, as obras contratadas e os concursos já realizados não serão afetados pelo reequilíbrio financeiro: “Vamos trabalhar para que a Secretaria de Segurança e as polícias Civil e Militar possam executar todo o seu orçamen-to de 2015”. METRO RIO

Finanças. Redução no orçamento do Estado pode ser de R$ 8,3 bilhões, três vezes maior. Porém, Pezão reafirma que Educação, Saúde e Segurança são prioridades de sua gestão e diz que vai trabalhar para investir toda a verba dessas áreas

Programa de pacificação não será afetado por cortes

Marcelo Freixo

DepoimentoO deputado estadual

Marcelo Freixo (PSOL) foi convocado para depor,

hoje, em audiência de julgamento dos

23 ativistas acusados de atos violentos em

manifestações no Rio. A presença dele foi feita a

pedido da defesa dos réus e seria para esclarecer a suposta ligação do

parlamentar com atos violentos em protestos, ocorridos entre junho

de 2013 e julho de 2014. Freixo, porém, afirma não ter qualquer relação com

os manifestantes.

Como parte da comemora-ção pelos 450 anos do Rio, o prefeito Eduardo Paes anunciou ontem, em Irajá, a programação deste ano das Naves do Conhecimen-to, instalações que buscam integrar moradores das zo-nas norte e oeste com equi-pamentos de tecnologia.

Através do projeto “Memó-ria Carioca”, moradores pode-rão contar a história de seus bairros em livros e mostras de fotografia. Já o “Meu Rio Vale um Filme” fará oficinais para a produção de 32 curta-metra-gens. METRO RIO

Rio 450 anos. Cariocas vão poder contar suas histórias

Polícia Federal prende 21 em operação na Região dos LagosO Ministério Público e a Po-lícia Federal prenderam on-tem 21 pessoas em Cabo Frio e São Pedro da Aldeia, na Re-gião dos Lagos. Eles seriam integrantes de uma quadri-lha comandada por Carlos Eduardo Rocha Freire Barbo-sa, o “Cadu Playboy”, preso desde novembro.

Foram expedidos 26 man-dados de prisão, com as acu-sações de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e co-mércio ilegal de armas de fo-go, entre outros crimes. Entre os detidos está Francisco Frei-re Barbosa, pai de Cadu e pre-sidente da Empresa Cabista

de Desenvolvimento urbano (Ecatur) de Arraial do Cabo.

Também foram apreendi-dos quatro veículos, R$ 75 mil

e 50 cápsulas para endolação de drogas. A estimativa é de que o grupo movimentava R$ 1,8 milhão por mês.

A quadrilha ainda teria comprado votos em favor de candidatos a deputado esta-dual e federal no primeiro turno das eleições de 2014.

Operação em NiteróiOntem, agentes do Comando de Operações Especiais participaram de uma operação contra o tráfico de drogas no Morro do Caramujo, em Niterói. Uma pessoa foi detida, acusada de tráfico de drogas e roubo. Foram apreendidos uma pistola 9mm, um carregador, cinco munições, três motos e um carro roubados. METRO RIO

Agentes durante operação no Morro do Caramujo | PAULO CAMPOS/FOLHAPRESS

O enterro de Adriene Solan do Nascimento, de 21 anos, mor-ta por uma bala perdida na favela da Rocinha, domingo à noite, foi marcado por um protesto de familiares e ami-gos. Durante o sepultamento no cemitério São João Batista, em Botafogo, ontem, um gru-po levantou cartazes, a maio-ria pedindo justiça e paz.

Adriene foi atingida no tó-rax durante confronto entre policiais da UPP da comunida-de e traficantes. A bala perfu-rou o fígado e ela não resistiu. A jovem é uma das 25 pessoas vítimas de balas perdidas no Estado desde o início do ano. Cinco delas morreram.

Na noite de segunda-feira, a dita bala perdida encontrou mais um destino: um adoles-cente de 16 anos, morador do complexo de favelas do Ale-mão, na zona norte. O jovem

foi baleado enquanto soltava pipa, segundo a família.

De acordo com a Coor-denadoria de Polícia Paci-ficadora, os PMs da UPP fo-ram recebidos a tiros por criminosos e revidaram. “As armas dos policiais fo-ram apreendidas pela Polí-

cia Civil. O comando da UPP Fazendinha determinou a abertura de uma averigua-ção sumária”, informou.

Agentes do Bope reforça-ram o policiamento no Ale-mão e, à tarde, aconteceram mais tiroteios, mas ninguém havia sido preso. METRO RIO

Enterro de vítima de bala perdida na Rocinha é marcado por protesto

Amigos e familiares levaram cartazes ao cemitério | JOSE LUCENA/FUTURA PRESS

Dólar - 0,73%

(R$ 2,571)

Bovespa + 0,03% (48.591 pts)

Euro + 0,28%

(R$ 2,935)

Selic (12,25% a.a.)

Salário mínimo(R$ 788)

Cotações

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RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {FOCO} |03|◊◊

Insatisfeita e preocupada. Foi assim que se mostrou a pre-sidente do Ceivap (Comitê de Integração da Bacia Hidrográ-fica do Rio Paraíba do Sul), Vera Lúcia Teixeira, após a re-união do órgão, ontem, com integrantes do ONS (Opera-dor Nacional do Sistema Elé-trico) e da ANA (Agência Na-cional de Águas) para tratar da crise hídrica. Para ela, a crise não tem sido encarada com a seriedade que merecia e o racionamento já deveria ter sido implantado.

“A situação é grave, não es-tá chovendo, todos os reserva-tórios estão indo para o volu-me morto. Por que não entrar com processo de racionamen-to já? Não consigo entender. Fico muito preocupada com a falta de uma posição do Exe-cutivo em ações mais sérias

para economizar mesmo a água e a população ter essa consciência”, criticou Vera.

Na reunião, ficou decidi-do que a vazão mínima da es-tação de Santa Cecília, onde ocorre a transposição de água do Paraíba do Sul para o rio Guandu – que abastece a ca-pital e a região metropolita-na do Rio – será mantida em 145 m3/s (metros cúbicos por segundo). A vazão, que em maio de 2014 era de 190 m3/s, já havia diminuído no dia 21 e, no próximo mês, deverá so-frer nova redução. A decisão visa preservar os estoques de água disponíveis.

Na próxima reunião, pre-vista para 5 de fevereiro, o comitê vai pedir a diminui-ção da vazão da estação pa-ra 130 m3/s. “Estamos nessa discussão desde abril do ano

passado e sempre esperando as chuvas, que não vieram. Se não chover, quando che-gar em abril, início do perío-do de estiagem, não teremos mais entrada de água, só saí-da”, alertou Vera.

Questionada pelo Metro Jornal sobre a demora na adoção de um racionamento, a Secretaria de Estado do Am-biente não respondeu. Dois dos quatro reservatórios que abastecem o Estado do Rio, Paraibuna e Santa Branca, já estão usando água do volume morto. Os outros dois, Jagua-ri e Funil, estão perto de atin-gir a reserva técnica.

O governador Luiz Fer-nando Pezão vai hoje até Brasília para apresentar um plano contra a crise hídri-ca, baseado no programa de reflorestamento das mar-

gens dos rios Paraíba do Sul e Guandu, à presidente Dil-ma Roussef. Também será apresentado um projeto de saneamento.

Lagoa sem águaA falta de chuva já atin-ge a Lagoa Rodrigo de Frei-tas, que ganhou bancos de areia. Mas, segundo a Se-cretaria Municipal de Meio Ambiente, mesmo com o es-pelho d’água abaixo da me-tade do nível normal, há equilíbrio na concentração de oxigênio dissolvido, que garante a qualidade da vida aquática, sem causar causa impactos nos peixes.

METRO RIO COM BAND NEWS FM

Seca. Presidente do Comitê de Integração da Bacia do Rio Paraíba do Sul alerta que a crise é grave e ações mais sérias do governo deveriam ser tomadas. Vazão da água na transposição para o Guandu, que abastece a capital e região metropolitana, deve ser reduzida em fevereiro

‘Racionamento já deveria ter sido implantado no Rio’

Água na Lagoa está abaixo da metade do nível normal | ALE SILVA/FUTURA PRESS

“A crise é grave e é em toda a região Sudeste. Em São Paulo, só agora, quando já está faltando água em todas as casas, é que se começou a falar em racionamento. O Rio de Janeiro vai esperar para fazer isso também?”

VERA LÚCIA TEIXEIRA, PRESIDENTE DO CEIVAP

Leia sobre a crise hídrica em São Paulo na pág. 08 www.readmetro.com

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RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |04| {BRASIL}

O doleiro Alberto Youssef afirmou, em delação pre-miada, ter pago propina a um funcionário do gover-no do Maranhão momentos antes de ser preso na defla-gração da Operação Lava Ja-to, em 17 de março do ano passado. A confissão foi re-velada ontem pela Justiça Federal do Paraná.

O dinheiro, que teria si-do entregue em um hotel da capital São Luís, seria uma propina à cúpula da então governadora Roseana Sar-ney (PMDB) para antecipar o pagamento de um precató-rio de R$ 113 milhões que o governo maranhense devia ao grupo UTC/Constran, in-vestigado na Lava Jato, por conta de obras feitas na dé-cada de 1980.

Por ter intermediado a operação, Youssef diz ter recebido R$ 10 milhões da

empreiteira. Deste valor, segundo o doleiro, R$ 3 mi-lhões foram repassados a João Guilherme Abreu, que era chefe da Casa Civil de Roseana Sarney.

No dia da prisão, ele diz ter entregue R$ 1,4 milhão a Marcos Antonio Ziegert, assessor da Casa Civil. A PF

(Polícia Federal) obteve fo-tos das câmeras de seguran-ça do hotel, que mostram Youssef levando malas ao quarto do assessor, além de um email da direção da UTC para o doleiro, pa-rabenizando Youssef pelo acerto.

O dono da empreiteira,

Ricardo Pessoa, está preso desde novembro na sede da PF (Polícia Federal) em Curi-tiba. Em outras delações já reveladas, ele é apontado como o principal articula-dor do chamado “clube de empresas” suspeito de deci-dir licitações e fraudar con-tratos com a Petrobras.

Em nota, a UTC negou ter “furado a fila” do re-cebimento do precatório, e afirma ter fechado, em 2013, um acordo para rece-ber o valor em 24 parcelas.

Lava Jato. Doleiro diz ter recebido comissão por ‘agilizar’ precatório de R$ 113 milhões do governo maranhense à UTC

Imagens mostram Youssef levando malas a quarto de hotel | REPRODUÇÃO / JFPR

Youssef pagou propina no MA no dia da prisão A Justiça Federal do Para-

ná publicou ontem, a pe-dido do juiz Sérgio Moro, um balanço de quanto já foi bloqueado com inves-tigados na Lava Jato nas aplicações feitas em terri-tório nacional. O valor não abrange eventuais contas no exterior.

Segundo a lista, R$ 118,86 milhões de 16 in-vestigados e mais três em-presas estão congelados. Entre os nomes, nove são empreiteiros ainda presos desde a deflagração da 7ª fase da Lava Jato, em no-vembro do ano passado. Também constam o lobis-ta Fernando Baiano e o ex--diretor de Serviços da Pe-trobras, Renato Duque, solto por ordem do Supre-mo Tribunal Federal.

O “campeão” da lis-ta é o vice-presidente da Engevix, Gerson Alma-da, que já teve R$ 37,5 milhões bloqueados. Em seguida vem Idelfon-so Colares Filho, ex-pre-sidente da Queiroz Gal-vão, com R$ 18,1 milhões.

METRO CURITIBA

Justiça bloqueia R$ 118 mi na Lava Jato no país

RAFAEL NEVES METRO CURITIBA

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RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |06| {BRASIL}

AÇÃO NOS EUA CITA ODE-BRECHT E GRAÇA FOS-TER. Ação civil coletiva (class action suit) é mo-vida na Justiça de Nova York contra a Petrobras por acionistas nos Esta-dos Unidos, e pode fazer a estatal e seus execu-tivos pagarem indeni-zação. De acordo com a ação judicial movida pelo escritório de advo-cacia americano Wolf Popper, à qual esta co-luna teve acesso, o es-quema de roubalheira do Petrolão foi abasteci-do por tipos como a pre-sidente Graça Foster e o ex Sérgio Gabrielli, para beneficiar fornecedo-res como a empreiteira Odebrecht.

PAPÉIS SUJOS. Além de indenização por dano material, a ação coleti-va pede reparação por “dano moral”: agora, pega mal ser portador de ações da Petrobras.

CRIMES FINANCEIROS. A ação acusa a Petrobras de emitir relatórios fal-sos e seus executivos de “maquiar” fatos e resul-tados financeiros para esconder a corrupção.

DEVASSA FINANCEIRA. En-

tre os pedidos da ação está investigação da Co-missão de Valores Mobi-liários dos EUA em todos os relatórios emitidos pela Petrobras.

MULTA BILIONÁRIA. A ação coletiva pode ter milha-res de autores, já que a Petrobras vendeu 768 milhões de ações na Bol-sa americana entre 2010 e 2014.

PMDB PEDE TRÉGUA EM TROCA DE GOVERNABI-LIDADE . Detestado por Dilma, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), pe-diu a interlocutores, como o vice Michel Te-mer, para negociar “ces-sar-fogo” com o gover-no, que entrou pesado na campanha de Arlindo Chinaglia (PT-SP) pela presidência da Câmara. Eles juram que Cunha “garantirá governabili-dade”. Mas Dilma teme que, eleito no domingo (1º), ele coloque em vo-tação abertura de pro-cesso de impeachment contra ela.

COM ANA PAULA LEITÃO E TIAGO VASCONCELOSWWW.DIARIODOPODER.COM.BR

PODER SEM PUDORSai uma Brahmtáctica!

Lucídio Portella Nunes era governador do Piauí, em 1982, quando parti-cipou da inauguração de uma fábrica da Antarcti-ca. Ele carregava a fama de mal falar o português corretamente, o que, aliás, nunca dificultou a eleição, nem mesmo a presidente. Lucídio sau-

dou, em seu discurso:- Agora temos uma fábri-ca da Antarctica para to-mar Brahma a valer! O que na época foi gafe, hoje certamente seria re-cebido como uma sacada inteligente pela Ambev, a empresa que atual-mente produz as duas marcas.

“DILMA MOSTROU DESCONFORTO, NERVOSISMO, GAGUEJOU O

TEMPO TODO”

RONALDO CAIADO (DEM-GO) E O DISCURSO DE DILMA, ONTEM,

“DESCONECTADO DA REALIDADE”

Política

Graça Foster| RICARDO BORGES/FOLHAPRESS

CLÁUDIO [email protected]

Dilma reuniu os 39 ministros na residência oficial da Granja do Torto, casa de campo da presidência da República | LULA MARQUES/FRAME/FOLHAPRESS

Na primeira reunião com os 39 ministros do segun-do mandato, a presidente Dilma Rousseff disse que o ajuste fiscal será feito de forma gradual. “Os ajustes que estamos fazendo são necessários para manter o rumo preservando as prio-ridades sociais que inicia-mos há 12 anos”, justificou. “Contas públicas em ordem ajudam a combater infla-ção, garantem crescimento econômico, o emprego e a renda.”

Dilma classificou como ‘ajustes corretivos’ as mu-danças em benefícios tra-balhistas como seguro--desemprego, pensões e auxílios-doenças. “São cor-retivos, não se trata de me-didas fiscais, trata-se de aperfeiçoamento de políti-cas sociais”, argumentou.

Defesa do governoAs medidas anunciadas pe-lo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foram al-vos de críticas por serem impopulares.

A presidente cobrou dos ministros que reajam aos boatos e defendam o gover-no. “Devemos enfrentar o desconhecimento, a desin-formação, sempre e perma-nentemente. Nós não po-demos permitir que a falsa versão se crie e se alarde, reajam aos boatos, levem a posição do governo à opi-nião pública. Sejam claros, precisos. Não podemos dei-

xar dúvida”, frisou.Além disso, Dilma pe-

diu que cada ministro apre-sente uma lista de projetos prioritários, mas que atuem com eficiência. “Vamos fa-zer mais gastando menos”, pediu, em referência ao cor-te de R$ 1,9 bilhão por mês no orçamentos da União.

CorrupçãoA presidente voltou a defen-der a Petrobras, alvo de in-vestigação na operação La-va Jato. Dilma reafirmou que enviará um pacote an-ticorrupção ao Congresso em fevereiro e que as inves-

tigações devem punir os cri-minosos, não enfraquecer a imagem da petrolífera, clas-sificada como a ‘mais estra-tégica’ do país. “Temos que punir as pessoas, não des-truir as empresas. Temos que punir o crime, sem pre-judicar a economia e o em-prego”, disse.

AnúncioApós rodovias e aeropor-tos, o governo passará ao controle da iniciativa pri-vada hidrovias, draga-gens e portos. Sem dar de-talhes, a presidente Dilma Rousseff anunciou ontem que fará um programa de desburocratização.Dilma afirmou ain-da que o Minha Casa Mi-nha Vida entregará 3 mi-lhões de casas até 2018.

METRO BRASÍLIA

Segundo mandato. Dilma Rousseff reúne os 39 ministros, chama de ‘ajustes corretivos’ as mudanças em benefícios trabalhistas e diz que ‘fechará as portas’ para a corrupção

‘Reajam aos boatos’“Vamos mostrar a cada cidadão que não alteramos um só milímetro o nosso compromisso com o projeto vencedor na eleição.”PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF

A senadora Marta Suplicy (PT) voltou a atacar o gover-no Dilma Rousseff. Ontem, em artigo publicado na “Fo-lha de S.Paulo”, ela credita a falta de transparência do Palácio de Planalto na con-dução da política econômi-ca as causas do atual cená-rio de “inflação, volta do desemprego e elevação dos juros”. METRO

Fogo amigo. Marta volta a disparar contra Dilma

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RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |08| {BRASIL}

Noite de comoção em Santa Maria (RS)Familiares e amigos homenagearam as vítimas do incêndio na boate Kiss na madrugada de ontem, em Santa Maria (RS). O ritual teve contagem até 242 ao som de um bumbo, às 2h30, horário em que o acidente completou dois anos. | SILVIO KAUFMANN/FUTURAPRESS

BATALHA CONTRA A SECA EM SÃO PAULOO QUE JÁ FOI FEITO

Bônus (desconto) de 30% na conta do consumidor que reduzir 20% ou mais o gasto de água

Sobretaxa: Multa de até 100% na contapara quem aumentar o consumo

Redução da pressão da água em todos os bairros

Uso de duas cotas do volume morto do Cantareira

Transferência de água da Guarapirangae do Alto Tietê para o Cantareira

Início das obras do sistema São Lourenço.Previsão de captação de 4.700 litros por segundo

O QUE PODERÁ SER FEITO

Captação no rio Paraíba do Sul

Tratamento de esgoto para ampliara capacidade na Guarapiranga

Transferência de água do córregoGuaratuba para o Alto Tietê

Retirada de parte da reserva da Billings

Uso da terceira cota dovolume morto do Cantareira

Rodízio de água

Aumento da tarifa

FONTES: GOVERNO DE SÃO PAULO, SABESP E ANA (AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS)

O diretor metropolitano da Sabesp, companhia respon-sável pelo abastecimento de água em São Paulo, Paulo Massato, admitiu ontem, pe-la primeira vez, que a região metropolitana da capital pau-lista pode passar por um ro-dízio de água 5x2 ( cinco dias sem água e dois com). Segun-do ele, o racionamento será adotado caso a estiagem con-tinue. “Para fazer rodízio, te-ria que ser muito pesado, muito drástico. Para ganhar mais do que já economiza-mos hoje”.

A declaração foi feita na inauguração de uma obra no manancial do Alto Tietê, na presença do governador Ge-raldo Alckmin (PSDB). Mas a restrição, que deve mudar a rotina de muita gente, já é realidade para uma boa par-cela da população.

É o caso da secretária Me-lissa Del Monaco, de 34 anos, que mora em um prédio no Mandaqui, na zona norte, e chega a ficar até quatro dias por semana sem água. “Já faz mais de dois meses que esta-mos em situação de rodízio. Quando temos pressão sufi-ciente para encher as caixas, o estoque dura três dias. Nos outros, temos que encher baldes e panelas na torneira que fica lá no térreo, do lado da lixeira”.

Como alternativa, Melissa agora usa o chuveiro da aca-demia para tomar banho. “Se esse sufoco continuar, vou

passar uns dias na casa na praia e vir trabalhar com ôni-bus fretado”.

Moradora da Vila Aurora, na zona norte, a dona de casa Sonia Bernardes, de 52 anos, diz que fica sem água dois dias por semana e reclama da falta de informação. “Nin-guém nos avisou que ficaría-mos sem água dois dias intei-ros. Acabamos aprendendo na marra. Agora estocamos”.

A falta de água já mudou a rotina de muita gente. “Tenho ficado em média 18 horas to-dos os dias sem abastecimen-to. Lavar louça, roupa e banho só de manhã”, diz o empresá-rio Marcel Agarie, 35 anos, que mora no Parque São Jor-ge, na zona leste.

Embora a Sabesp já tenha adotado diversas medidas pa-ra evitar o racionamento, pa-

ra o engenheiro Eduardo Pa-checo, do portal Tratamento de Água, o rodízio é inevitá-vel. “Quanto mais nos apro-ximamos do final do período das chuvas, as alternativas do governo ficam mais inefica-zes. O rodízio já deveria ter si-do adotado. Essa demora nos levou a essa situação de colap-so no abastecimento”.

Na avaliação do engenhei-ro, o Estado já sabia que o es-calonamento no fornecimen-to de água seria inevitável quando o Cantareira atingiu a marca dos 5% de sua capacida-de de armazenamento. “O go-verno decidiu adotar as medi-das impopulares aos poucos. Foi um erro. Agora, enfrenta-mos uma situação de calami-dade”, afirmou Pacheco.

O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, disse ao Jor-nal Nacional que o racio-namento ainda está sendo avaliado e não há nenhum modelo definido. Caso seja adotado, a Sabesp vai priori-zar o atendimento de hospi-tais e penitenciárias.

Outro ladoA Sabesp afirma que, com a crise, nos últimos meses, a companhia intensificou a redução de pressão com o objetivo de diminuir o índi-ce de perda. Para que clien-tes não fiquem sem água por um período superior a 24 horas, a companhia está fazendo ajustes na gestão de demanda. METRO

Crise hídrica. Diretor da companhia de abastecimento de São Paulo afirma que, caso estiagem continue, medida ‘drástica’ será necessária. Moradores de diversas regiões reclamam que já ficam até quatro dias sem abastecimento da Sabesp

Sem chuva, rodízio pode ser de cinco dias sem água em SP

“Moro na zona norte. Estou atravessando a cidade para tomar banho na casa da minha mãe na vila Olímpia” CLEIDE MOREIRA, 26, ESTUDANTE

“A coisa foi piorando desde o começo do ano, com falta de água à tarde. Já cheguei a ficar três dias sem água”

CRISTIANE LIMA, 49, CULINARISTA

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RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {ECONOMIA} |09|◊◊

Ficar no vermelho pesou mais no bolso do brasilei-ro no ano passado. A taxa de juros média cobrada pe-los bancos no cheque espe-cial encerrou 2014 no maior patamar em quase 16 anos, chegando em dezembro a 200,6% ao ano. É a maior ta-xa desde fevereiro de 1999, quando estava em 204,3% ao ano.

Os juros da modalidade registraram crescimento de 9 pontos percentuais em re-lação a novembro do ano passado e de 52,7 pontos percentuais em 12 meses. Os dados foram divulgados ontem pelo Banco Central.

Especialistas recomen-dam que o consumidor evite ao máximo o uso do cheque especial, que ao la-do do cartão de crédito ro-tativo, tem as maiores ta-

xas do mercado. A linha de crédito só deve ser utiliza-da para momentos de ne-cessidade e por um perío-

do reduzido de tempo. A taxa média geral de ju-

ros para pessoas físicas al-cançou 43,4% ao ano em de-

zembro de 2014, uma queda de 0,7 ponto percentual em relação a novembro, quan-do estava em 44,1% ao ano. Mas acumula crescimento de 5,4 pontos percentuais no fechamento do ano.

A alta em 2014 é três ve-zes maior que o aumento dos juros básicos da econo-mia, promovido pelo BC pa-ra controlar a inflação. Em todo o ano passado, a Se-lic avançou 1,75 ponto per-centual, passando de 10% ao ano, no início de 2014, para 11,75% ao ano em dezembro.

Crescimento moderadoCom um volume de R$ 3,022 trilhões em dezembro de 2014, o estoque das ope-rações de crédito cresceu 11,3% em 12 meses, abaixo da estimativa do BC, que era

de alta de 12%. Para 2015, a autoridade monetária tam-bém projeta expansão de 12%. No fim de 2013, o sal-do das operações de crédito avançou 14,6%.

Maciel destacou que, este ano, deve haver moderação no crédito para financia-mento imobiliário. Segundo o diretor do BC, o aumen-to das taxas de juros ten-de a afetar os empréstimos imobiliários. Ele ressaltou, porém, que os preços dos imóveis são outro fator de influência e que a tendên-cia é de alta em ritmo me-nor nesses valores.

Neste mês, a Caixa Eco-nômica Federal anunciou reajuste dos juros do finan-ciamento da casa própria. A justificativa foi o aumento na Selic, que está fixada ho-je em 12,25% ao ano. METRO

Crédito. Taxa média de 200,6% em dezembro é a maior em quase 16 anos. Em 12 meses, aumento foi de 52,7%

EVOLUÇÃO Taxas de juros ao ano, em %*

0

55

110

165

220

55

110

165

DEZ/13 NOV/14 DEZ/14

Cheque especial

Crédito pessoal

Taxa média

Financiamento de outros bens

Crédito pessoal consignado

Financiamento de veículos

147,9147,9%%

24,424,424,4%%

191,6191,6%%

25,725,725,725,725,725,7%%

200,6200,6%%

25,925,925,9%%22,322,3%%22,722,722,7%21,321,3%%

86,186,1%%

103,7103,7103,7%%

80,480,480,4%%102102%%

82,382,382,3%%

3838%%44,144,144,144,1%%

43,443,4%%

78,178,178,1%%

FONTE: BANCO CENTRAL *RECURSOS LIVRES

Juro do cheque especial supera 200% ao ano

A inadimplência do consu-midor com empresas de tele-comunicações tem crescido mais que nos demais setores, segundo indicador do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e a CNDL (Confedera-ção Nacional de Dirigentes Lo-jistas) divulgado ontem.

Enquanto o atraso nos pa-gamentos no país vem desa-celerando – em dezembro o crescimento do total de dí-vidas não pagas foi de 3,19% contra 5,43% em agosto de 2014 – a quantidade de con-tas atrasadas no setor avan-çou 16,21%, a maior alta em 24 meses.

“Os chamados ‘combos’, que unem internet, telefone e TV por assinatura, têm se popularizado no Brasil, mas muitos consumidores ain-da não se planejam financei-ramente para lidar com es-sas despesas e a quantidade de atrasos tem sido cada vez maior”, afirma a economista--chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. METRO

Contas. Calote em internet e telefonia bate recorde

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RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |10| {MUNDO}

AUSCHWITZ 70 ANOS

Líderes mundiais se juntaram ontem a cerca de 300 sobreviventes de Auschwitz no local do antigo campo de concentração nazista, na Polônia, para marcar os 70 anos passados desde sua libertação, em 27 de janeiro de 1945. Em torno de 1,5 milhão de pessoas, sobretudo judeus europeus, foram mortos

com gás, fuzilados, enforcados ou incinerados em Auschwitz durante a Segunda Guerra

Mundial. O local é provavelmente o símbolo mais marcante do Holocausto, que eliminou 6

milhões de judeus em toda a Europa.METRO

Não houve o caos previsto, a tempestade de neve Ju-no não atingiu Nova York e a circulação de carros e do metrô, que havia sido proi-bida, foi liberada já ontem de manhã. Na segunda-fei-ra, o Serviço Meteorológico Nacional chegou a alertar para uma “tempestade ca-paz de causar risco à vida”, que poderia despejar até 75 cm de neve em partes da re-gião. Ontem, um dia depois, o mesmo serviço informou que cerca de 5,5 cm de ne-ve haviam caído de madru-gada no Central Park, em Manhattan.

“A tempestade não foi tão grave como os meteo-

rologistas tinham previsto”, admitiu ontem o governa-dor do Estado de Nova York, Andrew Cuomo.

VoosMesmo assim, pelo menos seis voos diretos entre Bra-sil e Estados Unidos foram cancelados ontem - dois da TAM, dois da American Air-

lines, um da United e outro da Delta. Os voos da Gol pa-ra Orlando e Miami foram mantidos. O Procon divul-gou nota informando que todos os passageiros que ti-veram voos cancelados têm direito a receber o dinheiro da passagem de volta e de eventuais prejuízos causa-dos pelo cancelamento.

Juno“Juno”, como foi batizada a nevasca, é a deusa do casa-mento na mitologia roma-na. Na “temporada” 2014/ 2015 de eventos meteoroló-gicos, Juno veio logo depois de Iori e será seguida por Kari. Sempre deuses mitoló-gicos, sempre em ordem al-fabética. METRO

5,5 cm. Previsão era de 75 cm de neve; porém, voos foram novamente cancelados ontem

CONCORD

ALBANY

HARTFORD

FILADÉLFIANOVA YORK

PROVIDENCE

BOSTON

PORTLAND

PERIGO DE NEVASCA

PERIGO DE TEMPESTADE DE INVERNO

ALERTAS DE NEVASCASDados da tarde de ontem

FONTE: WEATHER CHANNEL

EUA

Nevasca em NY não foi tão forte assim

Morador leva cães para passear em trecho sem neve de NY | CARLO ALLEGRI /REUTERS

A Procuradoria Geral do Mé-xico reafirmou ontem que os 43 estudantes da Escola Normal Rural de Ayotzina-pa desaparecidos há quatro meses foram executados e incinerados. Em entrevista coletiva, na Cidade do Mé-xico, o procurador-geral, Jésus Murillo Karam, disse que “não há dúvida” sobre a morte dos jovens.

“Com base nas investiga-

ções e análises das provas e fatos, podemos dizer que os estudantes foram privados de liberdade, depois incine-rados e jogados no leito do Rio San Juan”, afirmou.

José Murillo Karam atri-buiu a morte dos estudan-tes a um grupo criminoso local, mas procurou afas-tar as denúncias de envolvi-mento do governo federal nos crimes. METRO

Pelo menos onze pessoas, incluindo cinco estrangei-ros, foram mortos ontem em um ataque de homens armados ao Hotel Corin-thia, em Trípoli (Líbia). Em seguida, eles entraram no hotel e se explodiram, in-formou o porta-voz da segu-rança líbia, Issam Al Naas.

“Perseguidos e cercados no 24º andar do hotel, os ji-hadistas detonaram os cin-

tos com explosivos que usa-vam”, disse Al Naas.

Nas mãos das milícias de ex-rebeldes, que disputam o território e a riqueza petro-lífera, a Líbia, localizada no norte da África, é dirigida por dois parlamentos e dois governos rivais, um próxi-mo da coligação de milícias Fajr Líbia e outro reconheci-do pela comunidade inter-nacional. METRO

México. ‘Estudantes foram executados’, diz procurador

Líbia. Atentado deixa 11 mortos em hotel de luxo

1Bronislaw Komorowski. Presidente da Polônia deposita coroa de flores na “parede da morte”.

2Benjamin Netanyahu.Primeiro-ministro de Israel inaugura exposição em Museu do Holocausto, em Jerusalém.

3Steven Spielberg.Cineasta americano comparece à cerimônia em Auschwitz, na Polônia.

4Vladimir Putin.Presidente russo discursa em evento que marcou

o 70º aniversário da libertação de Auschwitz.

5Sobrevivente.Homem chora durante cerimônia no local do antigo campo de concentração. METRO

1

23

4 5À Cubana

Do ex-líder cubano Fidel Castro, 88 anos, sobre a reaproximação de Cuba com os Estados Unidos

“EU NÃO CONFIO NA

POLÍTICA DOS ESTADOS UNIDOS

NEM TIVE UMA TROCA COM ELES”

Cristina acaba com Secretaria de Inteligência

A presidente da Argen-tina, Cristina Kirchner, anunciou na noite de se-gunda-feira (26), em ca-deia nacional de TV, a dissolução da Secreta-ria de Inteligência. Para ela, as acusações do pro-motor Aberto Nisman fo-ram baseadas em escutas telefônicas entre supos-tos agentes da própria Secretaria. METRO

EI ameaça matar jornalista japonês em 24 horas

Em um vídeo divulga-do ontem, o grupo ter-rorista Estado Islâmico (EI) ameaçou matar em 24 horas um jornalista japonês e um piloto jor-daniano. Para evitar os assassinatos, o grupo ex-tremista exige a liber-tação de uma iraquia-na presa e condenada à morte por participar de ações terroristas. METRO

Terror Argentina

LASZLO BALOGH /REUTERS

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Page 11: 20150128_br_metro rio

RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {CULTURA} |11|◊◊

2CULTURA

Nelson Sargento

InternadoPresidente de honra da

Mangueira, o sambista de 90 anos está internado na ala de urologia do INCA (Instituto Nacional do Câncer) do Rio. Não há

previsão de alta. Segundo a mulher de Nelson

Sargento, ele está fazendo exames de rotina.

Morreu ontem no Rio a atriz e cineasta Suzana de Moraes, aos 74 anos, de câncer de co-lo de útero. Ela sofria com a doença há dois anos e estava internada na Clínica São Vi-cente, na zona sul. Seu corpo será cremado hoje, às 17h30, no Memorial do Carmo, em cerimônia restrita à família.

Filha mais velha do poeta e compositor Vinicius de Mo-raes (1913 - 1980), Suzana era casada com a cantora Adriana Calcanhotto desde 2010.

Como atriz, ela atuou em filmes como “Perfume de Gardênia” (1992). Como dire-tora, produziu um documen-tário sobre o seu pai, entre ou-tros trabalhos. METRO RIO

Luto. Morre a cineasta e atriz Susana de Moraes

Susana morreu aos 74 anos| JULIA MORAES/FOLHAPRESS/08/07/2008

Quem cresceu nos anos 1980 se lembra bem de al-guns sucessos musicais da época. Em meio a um sem--número de hits que emba-lavam as paradas do rádio e as danceterias da época, duas músicas se destaca-vam: “Humanos” e “Garota de Berlim”, do grupo paulis-ta Tokyo. A banda era lide-rada por um cantor de vi-sual à moda de Billy Idol e nome incomum que chama-va muita atenção com suas apresentações performáti-cas. Foi assim que Eduardo Smith de Vasconcelos Su-plicy, vulgo Supla, despon-tou para o Brasil.

Agora, exatamente três décadas depois, o cantor de 48 anos retorna à cena com o Brothers of Brazil. Duo musical formado por ele e o irmão, João Suplicy, 40, eles acabam de lançar seu terceiro disco, “Melo-dies From Hell”.

Permeado de referências

Música. Supla e João Suplicy lançam o 3º disco do Brothers of Brazil, ‘Melodies From Hell’. Gravado em Nashville, nos Estados Unidos, álbum reúne 14 faixas autorais

Irmãos Suplicy formam o duo Brothers of Brazil | JIM DEMAIN/DIVULGAÇÃO

Rock entre irmãos“MELODIES FROM

HELL”THE BROTHERS

OF BRAZILINDEPENDENTE,

R$ 27,90

do universo pop dos anos 1950 e 1960, o álbum foi gravado nos Estados Unidos e teve produção dos nor-te-americanos Jon Tiven e Jimmy Walls, que já traba-lharam com artistas como B.B. King, Robert Plant e o vocalista do Pixies, Black Francis.

O álbum da dupla traz 14 faixas e faz referências ao rock e MPB que vão desde João Bosco e Baden Powell até Carole King e Public Image Ltd. Entre os desta-ques estão os singles “Tudo Pelo Poder” e a faixa-título, “Melodies From Hell”.

ALEXLACERDAMETRO BELO HORIZONTE

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RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |12| {CULTURA}

ATÉ AKANDINSKY, 1914

Temos possibilidade de penetrar na obra, de nos tornarmos ativos e de viver

sua pulsação através de todos os nossos sentidos.”

500telas e aquarelas de Kandinsky, aproximadamente, foram destruídas pelos nazistas, que o consideravam um “degenerado”.

39obras de Kandinsky estão na mostra, além de 91 artigos de seus contemporâneos e de suas influências xamânicas.

Wassily Wasilyevich Kandinsky nasceu em Moscou, na Rússia, em 16 de dezembro de 1866. Vindo de uma família rica, estudou nos melhores colégios do país. Dese-nhava desde criança, mas a família queria que ele fosse advogado.

Formou-se, foi professor de direito e se casou com a prima An-na. Em 1895, visitou uma exposição de impressionistas france-ses que mudou sua visão de mundo. Aos 30 anos, recomeçou, ao ir morar na Alemanha para estudar pintura.

Quando estoura a Primeira Guerra Mundial, Kandinsky é obrigado a deixar a Alemanha e

Gabriele. Eles rompem contato e ela guarda os quadros dos cavaleiros azuis. O acervo de 80

obras foi doado à cidade de Munique em 1957.

Wassily era um teórico por nature-za. Ao longo da carreira, escreveu três manifestos sobre o próprio mo-dus operandi. O primeiro deles foi ‘Do Espiritual na Arte’, em que des-trincha a pintura. Em 1913, escreve um livro de poesias, ‘Rückblicke’.

Gabriele e Kandinsky se unem a ou-tros abstracionistas para criar o gru-po ‘Cavaleiro Azul’, entre eles Franz Marc e Paul Klee. Este foi o período mais produtivo da carreira de Kan-dinsky, quando se aprofunda na téc-nica abstrata.

Na Academia de Artes de Munich conheceu Gabriele Münter, uma ousada jovem pintora. Se divorciou de Anna e foi morar com ela. Viaja-ram juntos por toda a Europa, pin-tando e participando de exposições e de grupos de arte.

R$ 350milhões é o valor estimado no seguro para as obras da exposição. Estima-se que as obras, se leiloadas, poderiam arrecadar cerca de R$ 2,3 bilhões.

Arte. Rio de Janeiro é a segunda cidade da

América Latina a receber a retrospectiva completa

da obra do russo Wassily Kandinsky, no CCBB

NASCIMENTO – 1866 COMEÇA A PINTAR – 1896 1ª GRANDE GUER RA – 1914 GABRIELE, A MUSA – 1900 CAVALEIRO AZUL – 1911 DO ESPIRITUAL NA ARTE – 1912

‘No Branco’ (1920)

‘Improvisação’ (1913)

‘São Jorge’ (1911)

‘Abstrato’ (1916)

‘Improvisação nº 34’ (1913)

‘Dois ovais’ (1919)

BRUNA PRADO/ METRO RIO

Page 13: 20150128_br_metro rio

RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {CULTURA} |12|◊◊RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015

www.readmetro.com |12| {CULTURA} RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {CULTURA} |13|◊◊

Kandinsky (1866-

1944) pintava mú-

sicas. Ele queria

que o público sen-

tisse sua obra com

todos os sentidos,

em uma imersão.

Essa experiência

poderá ser vivida pelo pú-

blico carioca, a partir de ho-

je, no Centro Cultural Banco

do Brasil (CCBB), no Centro.

Uma instalação foi criada

na mostra “Kandinsky: Tudo

Começa Num Ponto”, que

permite que o visitante ve-

ja, ouça e toque as reprodu-

ções de obras conhecidas do

pintor russo. “Acho que con-

seguimos criar o ambiente

que ele sonhou”, afirma o

diretor geral da exposição,

Rodolfo de Athayde.

Estão em cartaz 39 traba-

lhos do pintor, pai do abstra-

cionismo. O Rio de Janeiro é

a segunda cidade da América

Latina a receber uma retros-

pectiva do trabalho do artis-

ta, depois de Brasília. A mos-

tra traz as influências dele,

como a cultura popular xa-

mânica russa e a juventude

passada na Alemanha. “Mer-

gulhamos na fonte que ele

bebe para trazer não só as

obras secas, mas o contexto

em que elas foram construí-

das”, conta o diretor da mos-

tra (leia a entrevista ao lado).

A exposição, com entra-

da gratuita, contém cinco

módulos. Cada um destaca

um aspecto diferente, co-

mo a espiritualidade, a re-

lação com a música e o en-

volvimento com a teoria e o

processo artístico. Com mui-

tos textos explicativos, a re-

trospectiva foi pensada para

que o público entenda como

Kandinsky abriu uma no-

va etapa na história da arte,

tornando a representação fi-

gurativa irrelevante.

“É um dos mais renoma-

dos artistas do século XX. É

um grande orgulho estar tra-

balhando nesta mostra”, de-

clara Ania Rodriguez, que

também é responsável pela

direção geral da exposição.

Segundo ela, a mostra revela

uma faceta pouca conhecida

do trabalho do artista.

A exposição fica em car-

taz até 30 de março e depois

segue para outras capitais. A

mostra vai ficar no Brasil du-

rante 11 meses, quando o

usual é que acervos tão caros

sejam emprestados por um

semestre. A maior parte das

obras pertence ao Museu Es-

tatal de São Petesburgo, com

o enriquecimento de cole-

ções da Alemanha, Áustria,

Inglaterra e França.

O conceito de arte socialista, que pregava o realismo, faz com que Kandinsky volte à Alemanha, levan-do Nina consigo. As obras dele fo-ram banidas dos museus soviéticos. Em 1926, torna-se professor da ou-sada escola Bauhaus.

De volta à Rússia, Kandinsky se envolve com a política pós-Revolução Socialista. Casa-se com Nina Andreevskaya, fi lha de um general, e entra para o Comitê de Educação e Cultura. Em três anos, ajuda a fundar 22 museus na terra natal.

Taxados de “degenerados” pelos nazistas, Kandinsky e Nina vão morar na periferia de Paris. Sua pintura adquire tons mais pastéis e ele se isola de colegas da pintura. Vende parte do acervo pessoal a colecionadores, como o casal Guggenheim.

Kandinsky morre em 13 de dezem-bro de 1944, em Neuilly-sur-Seine, aos 78 anos, vítima de complica-ções de uma arteriosclerose. Um dos mais infl uentes pintores do século 20, não viveu para ver o su-cesso que fez no pós-guerra.

O diretor geral da exposição ex-

plicou ao Metro os bastidores

da vinda do acervo milionário.

Como foi o processo de negocia-

ção para a reunião deste acervo?

Longo e não foi fácil. Acho que es-

sa exposição, com esse aprofun-

damento, não voltará a existir no

mundo. Foram dois anos de trâ-

mites para reunir peças de oito

museus de países diferentes, algo

caro e delicado para se fazer.

Qual foi o caminho das obras

até chegarem ao Brasil?

Uma volta! As obras de São Petes-

burgo, por exemplo, foram até a

Finlândia, de lá foram transporta-

das de navio à Alemanha, envia-

das a Luxemburgo, onde foram

encaminhadas de avião para Cam-

pinas e transportadas até Brasília.

Depois, vieram para o Rio.

Como você definiria essa

exposição?Eu diria que é um passeio pelo ca-

minho percorrido pelo Kandinsky

até chegar à arte abstrata. Eviden-

ciamos aqui as influências dos ri-

tuais xamânicos do norte da Rús-

sia, do expressionismo alemão, da

ousadia dele.

Dá para precisar o valor desse

acervo?Para a arte, incalculável. Qualquer

quadro do Kandinsky em um lei-

lão internacional arrecada facil-

mente € 20 milhões. Isso por que

não há quadros da fase francesa, a

mais conhecida, que não trouxe-

mos justamente pelos custos.

METRO BRASÍLIA E RIO

BRUNOBUCIS METRO BRASÍLIA E RIO

KKKK

1ª GRANDE GUER RA – 1914 NINA, A PAZ RUSSA – 1917 BAUHAUS – 1926 REFÚGIO NA FRANÇA – 1933 MORTE CALMA – 1944 PERSEGUIÇÃO NAZISTA – 1931

RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015

O modernismo da Bauhaus – que infl uenciou até Oscar Niemeyer – não era bem visto pelos nazistas. A escola foi perseguida em 1931 e cerca de 500 trabalhos de Kan-dinsky guardados lá foram destruí-dos. Bauhaus foi fechada em 1932.

{{{{CULTURACULTURACULTURA}}}} ||||131313

RODOLFO DE ATHAYDE

O diretor da mostra é um cubano que fala russo e negociou por dois anos, nesse idioma, a vinda da exposição

SERVIÇO‘Kandinsky: Tudo Começa Num Ponto’ abre hoje e fica em cartaz até o dia 30 de março no CCBB (rua Primeiro de Março, 66, Centro. Tel.: 3808-2020). A visitação é de quarta a segunda, das 9h às 21h. Grátis. Depois do Rio, a mostra passará pelos CCBBs de Belo Horizonte (15 de abril) e de São Paulo (9 de julho). A exposição fica no Brasil até 28 de setembro.

‘Cristo azul’ (1917)

‘Mancha negra’ (1912)

‘Crepuscular’ (1917)

BRUNA PRADO/ METRO RIO

Objetos e figurinos também compõem a mostra

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RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |14| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

Crise hídricaA crise hídrica neste verão avassalador, ao lado da insegurança econômica, em-bora muitos não se dêem conta é emble-maticamente preocupante. Esperamos que nossas maiores lideranças saibam ge-renciar com competência esses momen-tos complicados que vivenciamos, para atravessarmos com menos ônus possíveis esses duros tempos de agora. Oremos.JOSÉ DE ANCHIETA – RIO DE JANEIRO, RJ

Sinal esquece dos pedestresA rua Barão de Itapagipe, na Tijuca, é de mão dupla e, no cruzamento com a rua Delgado de Carvalho, o sinal verde dura uns 5 segundos para os pedestres atraves-sarem. Assim fica difícil, não dá tempo! EVA MENDES – RIO DE JANEIRO, RJ

Metro Pergunta

Dois anos depois, as boates do Rio estão preparadas para acidentes como o da Boate Kiss?

@jonasilgNão, a preocupação só durou poucas semanas depois da tragédia na Kiss.

@felipecilentoAcredito que sim, ninguém quer ser responsável por outra tragédia.

@sarahzordanNão sei se os lugares melhoraram, mas o público está mais atento e cuidadoso.

Metro web

Para falar com a redação: [email protected] também no Facebook: www.facebook.com/metrojornal

Siga o Metro no Twitter:

@MetroJornal_RJ

Cuide para não agir de forma intolerante com os valores das pessoas. Há costumes dos outros

que poderemos levar tempo para compreender.

Com a Lua em seu signo, mais paciência com o humor dos outros será essencial.

O momento recomenda compreensão nas relações.

Mercúrio – que rege seu signo – faz bom aspecto com Urano, boa influência para inovações

no trabalho e para empenho a novos projetos.

Momento para conversas sobre a sua individualidade e a de pessoas com quem se relaciona,

seja na vida amorosa, familiar ou com amizades.

O trabalho traz tendências para maior envolvimento emocional e necessidade

de ponderar antes de decisões importantes.

Ocasiões para lazer serão mais frequentes e positivas para tirar o estresse

da rotina. As situações sociais e festas serão frequentes.

Às vezes conquistas e bons momentos afetivos se dão muito pela simplicidade

de gestos e ideias do que por algumas sofisticações.

Um bom aspecto entre Mercúrio e Urano – este, regente de seu signo – despertará mais

vontade para esclarecer assuntos em suas relações.

Período para ocupar a mente com estudos, gostos culturais, leituras, e-mails,

correspondências e conversas com pessoas positivas.

Estudos e atividades culturais são sempre bem-vindas e tomarão dedicação.

Priorize bom humor e positivismo na vida afetiva.

Momentos voltados a temas espirituais, religião, terapia ou o que sirvam de combustível

para revitalizá-lo serão essenciais.

Decisões importantes marcarão os momentos na vida a dois. Quem está em

paquera terá oportunidades para expor mais o que sente.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Cuide para não agir de forma

Os invasores

Cruzadas

Precisa de um namorado (a)? Tem um app para isso Bizarro. Novo aplicativo investe na ideia de suprir as necessidades sociais e emocionais A internet já nos deu fo-tos de celebridades nuas, vídeos virais de gatinhos e cães, os famosos “memes” e agora ela nos preparou um aplicativo que viabili-za a criação de um namora-do ou namorada. É isso mes-mo, você pode simular uma relação on-line pelo valor de $25. De uma maneira mui-to colaborativa, o app forne-ce 100 mensagens, 10 voice-mails e até uma nota escrita à mão para que o compra-dor possa mostrar aos ami-gos e família.

O aplicativo está dispo-nível somente numa ver-são teste e já tem cerca de 5 mil registros de conta des-de o lançamento, que ocor-reu na semana passada. Por enquanto a facilidade fun-ciona apenas nos Estados Unidos e no Canadá. “Po-

rém estamos trabalhando a ideia de expandir o produ-to para outros países”, ex-plica o co-fundador do app, Kyle Tabor.

A ideia de produzir o aplicativo começou há oito anos, quando um dos idea-lizadores se divorciou e, en-tão, para evitar reclama-ções de sua mãe a respeito de novas namoradas, en-controu a solução perfeita.

O objetivo da nova fun-cionalidade é fornecer ao clinte o tipo de “parceiro ideal”, já que disponibiliza a opção de escolher exata-mente como quiser todos os atributos físicos, sociais e intelectuais do(a) novo(a) namorado(a). Outro deta-lhe importante é que o app não possui restrições de se-xo, então funciona para to-das as orientações. METRO

Com app, é possível criar ‘parceiro ideal’ | REPRODUÇÃO

Sudoku

Soluções

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RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com {ESPORTE} |15|◊◊

3ESPORTE

‘Detalhes’ separam Gilberto do VascoO atacante Gilberto, ex-Por-tuguesa, e atualmente no To-ronto FC, do Canadá, ainda não assinou contrato com o Vasco porque faltam detalhes na negociação: “O Toronto já autorizou ele a treinar no clu-be. Então faltam detalhes. Es-tamos fazendo exames mé-dicos. Mais uns dias e estará tudo pronto. Depois de assi-nado, é 100%. Mas vamos di-zer que agora é 99%”, ponde-rou o empresário do jogador, Sandro Zardo, à Rádio Brasil.

Gilberto, 25 anos, está trei-nando em São Januário para aprimorar a forma física. O “detalhe” em questão é o salá-rio. O Vasco quer um contrato por empréstimo e que os ca-nadenses banquem parte dos vencimentos do atleta.

A última passagem dele pelo futebol brasileiro foi em 2013, quando marcou 14 gols em 24 jogos pela Portuguesa. No final da temporada, Gil-berto foi vendido pelo Inter, dono dos seus direitos econô-micos, por R$ 7 milhões.

No coletivo de ontem, o técnico Doriva escalou o mes-mo time que jogou o Super Series com: Martin Silva; Jean Patrick, Luan, Rodrigo e Ch-ristiano; Lucas, Sandro Silva e Bernardo; Marcinho, Mon-toya e Rafael Silva. METRO RIO

Reforço. Segundo o empresário, jogador do Toronto está 99% garantido no cruzmaltino. Valor do salário é o que ainda emperra a transferência

Gilberto se destacou na Portuguesa, em 2013 | GUSTAVO EPIFANIO / FOTOARENA

Marcelo Melo segue vivo no Aberto da Austrália, primei-ro Grand Slam do ano. Poucas horas depois de garantir va-ga nas semifinais das duplas, com Ivan Dodig, ele atuou ao lado da eslovena Katerina Sre-botnik em partida pelas du-plas mistas, ontem, e venceu.

A parceria superou a dupla australiana formada por Luke Saville e Daria Gavrilova por 2 a 0 (6/3 e 6/2), em apenas 47 minutos de partida, válida pe-las quartas de final. Na semi, eles vão enfrentar a taiwane-sa Su-Wei Hsieh e o uruguaio Pablo Cuevas. 

Antes, nas duplas, Melo e Dodig derrotaram o espanhol Feliciano López e o bielo-rus-so Max Mirnyi por 2 a 1 (6/0, 3/6 e 7/6 (7-4). Mesmo que seja eliminada na semifinal, a du-pla já fez sua melhor campa-nha no torneio. METRO RIO

Tênis. Melo segue firme também nas duplas mistas

O Super Bowl, maior evento esportivo dos Estados Unidos, será exibido ao vivo, domin-go, a partir das 21h (de Bra-sília), em 11 cinemas do Rio. A decisão será entre o Seattle Seahawks e o New England Patriots, no Arizona.

Serão seis salas na capital e cinco no interior (Volta Re-donda, Niterói, Três Rios, No-va Friburgo e Angra dos Reis). No Rio, os cinemas cadastra-dos são: Cinemark Down-town, Cinemark Botafogo, Kinoplex Leblon, Kinoplex Ti-juca, UCI New York City Cen-ter (esgotado) e Espaço Itaú Praia de Botafogo. Os ingres-sos já estão sendo vendidos no www.ingresso.com ao pre-ço de R$ 53,85.

Mais informações: www.cinelive.com.br/2015/01/cine-live-leva-para-cinema-o-super--bowl/. METRO RIO

Super Bowl. Cinemas do Rio vão transmitir

O colunista está de férias.Coluna do Garotinho JOSÉ CARLOS ARAÚJO

Botafogo

ReforçosO Botafogo apresentou ontem o zagueiro Roger Carvalho e o meia Elvis (foto), que já treinavam com o grupo. A diretoria

acertou a contratação do lateral-esquerdo Luís

Ricardo, que estava no São Paulo.

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RIO DE JANEIRO, QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015www.readmetro.com |16| {ESPORTE}

O Campeonato Carioca-2015 só começa sábado, mas no tapetão ele já teve início. E acalorado. Divisão das torci-das no Maracanã, preço dos ingressos e o valor das cotas de TV foram temas que gera-ram polêmica na reunião do Conselho Arbitral que durou mais de três horas, ontem, na sede da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro).

O fato que gerou mais con-fusão foi o do preço dos in-gressos. No dia 15, Ferj, Vasco, Botafogo e os times chama-dos pequenos decidiram que os bilhetes iriam variar en-tre R$ 5 – meia-entrada pa-ra jogos entre clubes peque-nos – e R$ 50 – meia-entrada em clássicos. Pelo acordado, não haverá venda de bilhe-tes com valor inteiro. Serão comercializados apenas os de meia-entrada.

Flamengo, Fluminense e o Consórcio Maracanã fo-ram contra, alegando que te-

rão prejuízos, por causa dos programas de sócios-torcedo-res mantidos pelo tricolor e pelo rubro-negro. Como todo mundo terá acesso à meia-en-trada, os associados não terão nenhuma vantagem nos jo-gos do Estadual.

A reunião, no entanto, ig-norou o apelo dos três e de-cidiu que os preços serão mantidos. “Vamos iniciar o Campeonato Carioca dentro do que estava previsto. Não muda nada, porque aquilo foi decidido em um Conselho Ar-

bitral e somente por unanimi-dade que se poderia alterar al-guma coisa. Neste caso, não teve mudança alguma”, expli-cou o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira.

“Houve uma intervenção absurda e indevida de algo que chama-se Consórcio Ma-racanã, que não tem nada a ver com isso e que tem co-mo objetivo o lucro. Recuso--me a debater com um con-sórcio”, disse o presidente do Vasco, Eurico Miranda.

Os jogos das 22h, entre um

time grande e um pequeno te-rão preço máximo de R$ 40, no Maracanã. Haverá uma no-va reunião com o Ministério Público do Rio de Janeiro ho-je para definir se esses preços serão mantidos.

PrejuízoSegundo o vice-presidente de marketing do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Fla-mengo faturou, em quatro dias, no torneio Super Series, em Manaus, cerca de R$ 1,2 milhão. Por outro lado, ele prevê prejuízos no Estadual. “Em quatro dias, lucramos R$ 1,2 milhão. Hoje, no atual for-mato do Carioca, com os pre-ços que foram acordados, de-vemos deixar de lucrar entre R$ 2 milhões e R$3 milhões, jogando uma competição que vai durar quatro meses. Como se faz para pagar funcionários e jogadores com um prejuí-zo desses?”, questionou o diri-gente, em entrevista ao Arena Sportv. METRO RIO

Rivalidade. Discussão sobre preço dos ingressos, posição das torcidas no Maracanã e cotas de TV fazem o Estadual pegar fogo antes do seu início

Reunião manteve o preço dos ingressos | ÚRSULA NERY/DIVULGAÇÃO

Carioca: a briga já começou

Vôlei é o esporte com mais procuraO vôlei é o esporte que mais traz expectati-va para os brasileiros nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio. Ao menos é isso que o cadastro pa-ra a compra de ingres-sos reflete. Até agora, 27% dos 174 mil torce-dores cadastrados esco-lheram o vôlei.

O futebol vem em se-guida: 21,9%, à frente de natação (21%) e atletis-mo (20,6%). METRO

Polícia reconstitui morte de surfi staO Instituto Geral de Pe-rícias de Santa Catarina realizou ontem a recons-tituição da morte do sur-fista Ricardo dos Santos, o Ricardinho, na praia de Guarda do Embaú, em Palhoça. Quatro ver-sões diferentes do crime foram apuradas. O atle-ta, 24, morreu no último dia 20, após ser atingido por dois tiros disparados pelo policial militar Luiz Brentano. METRO

CBF desiste de dar queixaPor falta de provas e imagens de TV e áudio, a CBF decidiu não apre-sentar uma queixa-crime contra o meia uruguaio Facundo Castro. O joga-dor teria chamado o ata-cante brasileiro Marcos Guilherme de “macaco”, durante partida entre as duas equipes, válida pelo hexagonal final do Sul--Americano Sub-20, em Montevidéu, na noite de segunda-feira. METRO RIO

Racismo Rio-2016 Surf

Flu lança nota de repúdio à Ferj e fala em ditadura O Fluminense divulgou on-tem nota oficial em seu si-te garantindo que vai jogar a partida de estreia no Carioca, domingo, às 19h30, contra o Friburguense, no Raulino de Oliveira, em Volta Redon-da, como determinara a Ferj na segunda-feira. O confron-to estava inicialmente marca-do para acontecer no Maraca-nã, no mesmo horário.

O tricolor acredita que a ação foi uma retaliação pelo clube não concordar com a imposição dos preços dos in-

gressos. Flamengo e o Consór-cio Maracanã também assi-naram a nota, que cita Chico

Buarque e fala em ditadura. “Embora a Federação pre-

tenda instaurar o Ato Institu-cional número 5 no futebol carioca, não será o Fluminen-se Football Club o subversi-vo desta competição. Lem-bremos Chico Buarque: ‘Hoje você é quem manda, falou tá falado, não tem discussão’”, disse a nota. “Convidamos os torcedores sul-fluminenses a prestigiar a estreia tricolor... Apesar de você, amanhã há de ser outro dia”, finalizou o comunicado. METRO RIO

R$ 5(meia-entrada) é o valor dos ingressos mais baratos do Carioca. Fla e Flu são contra a decisão, porque não conseguirão cobrar preços mais baratos em seu programa de sócio-torcedor, que deveria oferecer vantagens aos associados.

“Esperamos, em breve, reunir todos os guerreiros em nossa casa, do lado direito das tribunas do Maracanã. Lugar que, por contrato e pelos próximos 34 anos, é nosso.”

FLUMINENSE, EM NOTA

Fla demite o goleiro Felipe Sem atuar há mais de seis meses – desde a chegada de Vanderlei Luxemburgo à Gávea –, o goleiro Felipe foi demitido do Flamengo na segunda-feira à noite, informou ontem o empre-sário do jogador, Marcelo Goldfarb.

O atleta promete ir à Justiça para receber os di-reitos pela rescisão unila-teral. Felipe tinha contra-to com o rubro-negro até o final do ano.

Além disso, segundo o goleiro, o Flamengo ain-da lhe deve cerca de R$ 1 milhão, referentes a nove meses de direitos de ima-gem atrasados. METRO RIO

Rescisão