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RevistadeMedicinaeSadedeBraslia ARTIGODEREVISO
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1. Mdica pediatra do Hospital Regional de Sobradinho, Braslia - DF2. Mdico, doutor, docente do curso de medicina da Universidade Catlica de Braslia
E-mail do primeiro autor: [email protected] em 03/09/2015 Aceito em 07/09/2015
Abordagem teraputica da Leishmaniose Visceral no Brasil
- reviso para clnicos
Therapeutic approach of Visceral Leishmaniasis in Brazil - a review for the clinicians
Renata Vivas Conti 1, Vitor Laerte Pinto Junior 2
Resumo
A leishmaniose visceral no Brasil uma doena zoontica uniformemente fatal se no tratada sendo
causada por protozorios da espcie Leishmania infantum (syn chagasi). As crianas so as mais
acometidas pela LV no Brasil, a maior parte dos casos ocorrem em indivduos com at dez anos de
idade. Clinicamente trata-se de doena de evoluo crnica e tem como principais manifestaes a
febre prolongada, a expressiva perda ponderal acompanhada de aumento progressivo e de grande
magnitude do bao e do fgado. Por fim, o paciente evolui para quadro de caquexia e imunodepresso
morrendo em grande parte das vezes acometido por infeces bacterianas. Este estudo de reviso da
literatura teve o objetivo de descrever as opes teraputicas disponveis para a LV no Brasil e a
abordagem clnica do paciente adulto e peditrico. Os antimoniais pentavalentes so as drogas de
eleio para o tratamento da LV h mais de 70 anos, em situaes especiais indica-se o uso de
anfotericina B. O tratamento deve ser preferencialmente ambulatorial havendo indicaes de
internao em casos graves. Os efeitos adversos das drogas devem ser monitorados por meio de
exames complementares e o paciente acompanhado por doze meses. O critrio de cura clnico e o
paciente recebe alta aps a excluso de recadas. O progressivo aumento do nmero de casos da LV
no Brasil torna necessrio que todos os clnicos, principalmente pediatras, tenham o conhecimento
adequado acerca das opes teraputicas disponveis.
Palavras chave:Leishmaniose Visceral, terapia.
Abstract
Visceral leishmaniasis (VL) in Brazil is a zoonotic disease caused by protozoa of the species
Leishmania infantum(syn chagasi) uniformly fatal if untreated. Children are the most affected by
VL, most cases occur in individuals with up to ten years old. Clinically it is a chronic disease condition
and its main manifestations the prolonged fever, accompanied by significant weight loss and
progressive increase of large magnitude of the spleen and liver. Finally, the patient developed
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cachexia and immunosuppression, death occurs mainly caused by bacterial infections. In this review
study the authors aimed to describe the available therapeutic options for VL in Brazil and clinical
management of adult and pediatric patients. Pentavalent antimony are the preferred drugs for the
treatment of VL for over 70 years, but in special situations it is indicated the use of amphotericin B.Treatment should be preferably outpatient and hospitalization is indicated only in severe cases.
Adverse effects of drugs should be monitored through laboratory tests and the patient accompanied
by twelve months. Cure criteria is clinical and the patient is discharged after excluding relapses. The
progressive increase in the number of cases of VL in Brazil makes it necessary for all physicians,
particularly pediatricians, to have adequate knowledge about the treatment options available.
Key words:Visceral leishmaniasis, therapeutics.
Introduo
A leishmaniose visceral (LV) no Brasil
uma doena zoontica de evoluo clnica
crnica uniformemente fatal se no tratada
sendo causada por protozorios do gnero
Leishmania sp. endmica em 98 pases nomundo e contabiliza-se que ocorram cerca de
300 mil casos novos por ano (90 % em
Bangladesh, Brasil, Etipia, ndia, Nepal,
Sudo do Sul e Sudo) e que a estimativa do
nmero de bitos gire em torno de 20.000 a
50.000 por ano. 1
A LV considerada uma doena
negligenciada, isto , alm de se encontrar
intimamente ligada s populaes mais
vulnerveis do ponto de vista scio
econmicas, tambm fator perpetuador desta
condio.2 Esta situao se comprova pelo
elevado acometimento de indivduos,
nomeadamente da faixa etria peditrica, em
condies de pobreza em pases em
desenvolvimento e pelo desinteresse por parte
dos laboratrios farmacuticos no
desenvolvimento de novas opes
teraputicas.
A espcie causadora da doena a
Leishmania infantum (syn L.chagasi) e o
principal vetor da LV no Brasil aLutzomyalongipalpis, flebotomnio amplamente
distribudo do Mxico Argentina. um
inseto pequeno medindo aproximadamente de
2 a 5 mm e apresentam elevada antropofilia,
mostrando-se cada vez mais adaptado ao
ambiente domstico. Localiza-se
preferencialmente no peridomiclio onde
encontram condies adequadas de umidade e
presena de matria orgnica para sua
multiplicao. A fmea necessita de repasto
sanguneo para oviposio, sendo os animais
domsticos e o homem suas fontes
preferencias. 3
A dinmica da transmisso da LV
zoontica mantida pelos reservatrios
animais da doena e pelos vetores. No ciclo
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silvestre o principal reservatrio so candeos
selvagens, dentre os quais bem descrita a
participao da raposa do campo (Pseudalopex
vetulus). 4 No ciclo domstico o co (Canis
familiaris) o principal reservatrio da
doena. 5
As crianas so as mais acometidas
pela LV no Brasil, a maior parte dos casos
ocorrem em indivduos com at dez anos de
idade, com perodo de incubao variando de
semanas a vrios meses. Clinicamente trata-sede doena de evoluo crnica e tem como
principais manifestaes a febre arrastada, a
expressiva perda ponderal acompanhada de
aumento progressivo e de grande magnitude do
bao e do fgado. O parasitismo do Sistema
Retculo Endotelial (SER) causa diminuio da
atividade da medula ssea com consequentepancitopenia. Por fim, o paciente evolui para
quadro de caquexia e imunodepresso
morrendo em grande parte das vezes
acometido por infeces bacterianas. 5
A suspeita clnica de que o indivduo se
encontra com LV deve ser seguida de
confirmao diagnstica por meio de pesquisa
direta ou indireta da presena do parasito no
organismo. A primeira inclui tcnicas de
microscopia ptica, de biologia molecular e o
cultivo em meios especficos. A segunda
consiste em pesquisa de anticorpos do
hospedeiro e antgenos do parasita
(imunodiagnstico). 6
O tratamento de escolha realizado
com antimoniatos pentavalentes, drogas que
comearam a ser utilizadas na dcada de 20 do
sculo passado e que possuem elevada
toxicidade. No Brasil no so descritos
fenmenos de resistncia do parasito sendo,portanto o uso de drogas alternativas como a
anfotericina B restrito s situaes definidas
pelo programa nacional de controle como
crianas menores de seis meses e gestantes. 7
At 2005 a maior parte dos casos era
oriunda da regio Nordeste do Pas, fenmeno
que comeou a se modificar a partir da dcadade 80 quando foi descrito o um grande surto da
doena em zona urbana da cidade de Teresina,
capital do estado do Piau. 8Novos surtos da
doena foram sendo detectados em zonas
urbanas de diversos estados inclusive nas
capitais, como em So Lus no Maranho e
Belo Horizonte em Minas Gerais e CampoGrande no Mato Grosso do Sul. 9
Atualmente so notificados cerca de 3.000
novos casos por ano com tendncia de
crescimento e expanso em todo territrio
nacional. A atual situao epidemiolgica da
LV impe que todo o clnico esteja preparado
para o diagnstico e tratamento da doena no
Brasil e este estudo de reviso da literatura teve
o objetivo de descrever as opes teraputicas
disponveis para a LV e a abordagem clnica do
paciente adulto e peditrico.
Drogas Disponveis
Antimoniais Pentavalentes
Os antimoniais pentavalentes so as
drogas de eleio para o tratamento da LV h
mais de 70 anos, exceto na ndia onde a
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resistncia chega a 60 %. 10Seu mecanismo de
ao no totalmente conhecido. Possuem
atividade leishmanicida e ao
imunomuduladora pr-inflamatria que podecontribuir para a interrupo da progresso da
doena. 11 So administradas por via
intramuscular ou intravenosa. As duas
apresentaes disponveis so o
estibogluconato de sdio (Pentostan ) e
antimoniato de meglumina (Glucantime ).
A dose recomendada de antimonial de20mg/Kg/dia uma vez ao dia, sendo que a
meglumina contm 8,1 % de concentrao (81
mg/ ml) e o estibocluconato 10 % (100 mg/ml),
com dose mxima diria de 1215 mg (Quadro
1). Os antimoniais tem seu uso contraindicado
na gravidez. O tempo de tratamento timo no
foi estabelecido, sendo a recomendao daOMS de 28 a 30 dias. 2 A manuteno do
tratamento por mais de 30 dias pode ser
necessrio em alguns casos em que a regresso
do tamanho do bao seja mais lenta, podendo
se estender at 40 dias. O acompanhamento
deste critrio para interrupo do tratamento
indicado, pois o bao considerado um
reservatrio do parasito e recadas esto
associadas ao tratamento incompleto. 12
O principal fator limitante do uso dos
antimoniais a sua toxicidade manifesta na
elevada incidncia de eventos adversos que
tendem a aumentar no decorrer do tratamento.
Os efeitos mais comuns so mialgia, artralgia,
nuseas, vmitos, dor abdominal. Alteraes
eletrocardiogrficas como achatamento e
inverso de onda T e alargamento do intervalo
QTc (400 ms em homens e 450 ms em
mulheres), so observadas e esto associadas
em um minoria de casos a arritmias graves emorte sbita. Mais raramente ocorre aumento
das enzimas hepticas e pancreatite. O paciente
deve ser monitorado por meio de provas
bioqumicas do sangue e ECG periodicamente
durante o tratamento. 10,12
Anfotericina B
A anfotericina B age no ergosterol damembrana celular dos parasitas causando sua
disfuno com consequente morte celular.
Tem ao leishmanicida e tambm
imunomoduladora, com taxas de cura de 60 %
nas formas mais graves e 95 % nas formas
brandas e moderadas. 13 A anfotericina B
desoxicolato tem sido utilizada na LVH comoalternativa aos antimoniais pentavalentes
desde a dcada de 60, tendo como indicaes a
falha teraputica (no reposta, recada ou
toxicidade), formas graves de acordo com os
critrios adotados pelo Ministrio da Sade
(MS) do Brasil (descrito na seo acerca da
clnica) e quando o custo do tratamento
justifique o seu uso em detrimento aos
antimoniais. Como no foi documentada at o
momento resistncia aos antimoniais no Brasil,
a anfotericina B considerada droga
alternativa. 14
A anfotericina B mostra-se menos
txica em relao aos antimoniatos, no entanto
o desoxicolato de anfotericina pode
desencadear reaes adversas durante a
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infuso como reaes alrgicas, febre,
calafrios e flebite. O surgimento de
apresentaes lipdicas, nomeadamente da
lipossomal, trouxe mais segurana comdiminuio dos efeitos adversos, no entanto o
principal fator limitador o elevado custo,
sendo indicada somente nas formas graves e de
intolerncia aos antimoniatos. O uso
prolongado de qualquer apresentao se
associa diminuio da funo renal,
reversvel com a retirada da droga.15
O MS do Brasil disponibiliza para o
tratamento da LV a Anfotericina B
desoxicolato recomendado na dose de 0,75 a 1
mg/Kg/dia e a Anfotericina B Liposomal na
dose de 3-4 mg/Kg/dia por 5 a 7 dias para
tratamento de casos graves e pacientes
gestantes (Quadro 1 ).
7
Miltefosina
Inicialmente desenvolvida para
tratamento contra o cncer, demonstrou
atividade leishmanicida, sendo licenciada em
2002 para tratamento da doena na ndia. O seu
mecanismo de ao no foi totalmente
elucidado. Sua biodisponibilidade aps
administrao oral chega a 82 % da
concentrao e seu metabolismo se d no
fgado por meio da ao do citocromo P450
sendo eliminada quase que completamente por
via heptica. 16
Os efeitos colaterais incluem
manifestaes gastrintestinais como perda do
apetite, nuseas e vmitos que podem ser
suficientemente intensos, obrigando a
diminuio da dose ou interrupo do
tratamento. Esse efeito se d pela ao
detergente da miltefosina na mucosa
gastrintestinal, a tomada da medicao comalimentos, preferencialmente gordurosos,
elimina quase totalmente esse desconforto. Seu
uso contraindicado na gravidez sendo
provado que causa efeito teratognico em fetos
humanos. A droga comercializada na forma
de cpsulas de 10 e 50 mg para uso humano (h
a forma lquida para uso veterinrio). A doserecomendada para tratamento da LV em
monoterapia de 2.5 mg/Kg/dia por 28 dias
(Tabela 1). 16
A terapia combinada para LV tem sido
muito defendida e a miltefosina tem sido um
elemento preferencial para esta estratgia. Um
dos esquemas propostos a combinao com aanfotericina B (uma dose nica de 5 mg/Kg), o
que diminui o tempo de uso da miltefosina de
28 para 7 dias. 17 O uso desta droga no
autorizado no Brasil.
Paramomicina e Pentamidina
A paramomicina um aminoglosdeo
com excelente atividade antileishmanicida,
que utiliza a dose de 11 mg/Kg/Dia por 21 dias
obtendo-se taxa de cura de cerca de 95 %.
Limitaes incluem a via parenteral de
administrao com incidncia de efeitos locais
causados pela injeo e oto e nefrotoxicidade.
Seu uso bem tolerado sendo raras as
complicaes do tratamento. 18 No
autorizado o uso desta droga para esta
indicao no Brasil
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O isotionato de pentamidina, utilizado
frequentemente no tratamento e na profilaxia
da pneumocistose em pacientes soropositivos
para o HIV, foi introduzido como alternativaaos antimoniais pentavalentes no tratamento da
LV em casos de resistncia ou falha
teraputica. Seu mecanismo de ao no
totalmente conhecido, mas acredita-se que
tenha ao na inibio do ADN do
cinetoplasmo do parasita. Pode ser
administrada por via intravenosa ouintramuscular em esquemas de 2 a 3 mg/Kg
por 4 a 7 dias obtendo-se taxas de cura de cerca
de 90 % (Quadro 1). Seu uso bastante restrito
tanto pelos diversos efeitos adversos como
induo de diabetes, hipoglicemia, choque,
miocardite e toxicidade renal, como pelo
aparecimento de resistncia.
19
Esta droga no autorizada para esta indicao no Brasil.
Abordagem Teraputica
O tratamento deve ser iniciado aps a
confirmao diagnstica por meio de avaliao
clnica e laboratorial. Em indivduos
moradores de rea endmica com febre e
visceromegalia e, portanto considerados
suspeitos, a confirmao diagnstica pode ser
determinada pela melhora aps terapia de
prova. 20
A abordagem inicial inclui a avaliao
do estado geral do paciente e da
coexistncia de outras doenas (principalmente
imunossupresso), pode ser necessria a
introduo de medidas de reidratao e apoio
nutricional. A presena de infeces
bacterianas deve ser agressivamenteinvestigada e tratada e a indicao de
transfuso de sangue e hemoderivados deve ser
individualizada levando-se em considerao as
condies clnico-laboratoriais e as
caractersticas pessoais do paciente. 2
O tratamento da LV com drogas especficas
deve ter o objetivo principal de curar opaciente, adicionalmente deve-se almejar a
reduo dos episdios de recada e de
surgimento de resistncia parasitria. O
paciente deve ser acompanhado diariamente
durante o tratamento, preferencialmente em
ambiente ambulatorial. A internao est
indicada caso estejam presentes os critriospresentes na Tabela 2. 20
O critrio de cura utilizado para
acompanhamento dos pacientes em tratamento
essencialmente clnico. A regresso das
manifestaes clnicas, evidenciado por ganho
ponderal, melhora dos parmetros
hematolgicos e regresso da febre so os mais
imediatamente notados a partir do quinto dia
de tratamento. A reduo do tamanho do bao
mais lenta, ao fim do tratamento este pode se
apresentar em cerca de 40 % do tamanho
aferido na consulta inicial.
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Tabela 2 Critrios para internao na Leishmaniose Visceral
Desnutrio intensa; Anemia acentuada (< 5 g% de hemoglobina); Diarreia intensa ou prolongada;
Presena de sangramentos; Infeces bacterianas
Comorbidades (cardiopatia, nefropatia, diabetes, ictercia, HIV etc..); Sinais de toxemia (letargia, m perfuso, cianose, taquicardia ou bradicardia, hipoventilao ou
hiperventilao e instabilidade hemodinmica) Recidiva; Menores de 6 meses de idade e maiores de 65 anos.Fonte: Manual de Vigilncia e Controle da Leishmaniose Visceral, Ministrio da Sade, Brasil, 2014.
O acompanhamento mdico diriodurante o curso da terapia farmacolgica e
aps no terceiro, sexto e dcimo segundo
meses. Um bom indicador de cura a ausncia
de recada aps o sexto ms do fim do
tratamento.
ConclusoA LV na atualidade uma doena
presente em cerca de 30 % dos municpios
brasileiros, inclusive capitais de estado, e em
todas as Regies do Pas. O conhecimento
acerca da circulao da doena no territrio e
das manifestaes clnicas da LV essencial
para a suspeita diagnstica precoce e
instituio de tratamento adequado.
bem estabelecido que os fatores de
risco para a morte para doena decorrem da
evoluo para quadros graves e que a
instituio oportuna da teraputica da doena e
de suas complicaes so medidas essenciais
para o alcance de bom prognstico. O clnico
no Brasil deve dominar as opes teraputicas
para doena e as possveis complicaesdecorrentes da sua utilizao.
A droga de escolha para o tratamento
da LV no Brasil o antimoniato pentavalente;
at o momento no foram detectados indcios
de resistncia do parasita no Brasil. Trata-se de
droga com elevada toxicidade podendo causar
arritmias e pancreatite. O tratamento deve sermonitorado diariamente e a cura somente
estabelecida aps a observao de melhora dos
parmetros clnicos e laboratoriais e na
ausncia de recada aps doze meses. A
utilizao de esquema alternativo obedece a
critrios relacionados gravidade da doena e
caractersticas pessoais do paciente.
Estudo financiado pela Coordenao de
Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior
(CAPES-MEC).
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