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Governador Luiz Fernando Pezão anunciou, em inauguração da 2a Cia. Destacada de Nilópolis, que José Mariano Beltrame continua no governo em 2015 | CARLOS MAGNO/ DIVULGAÇÃO/ GOVERNO DO ESTADO

PT defende revisão da Lei da Anistia

TCE vai investigar viagens de vereadores em todo o Estado

Brasília prepara a festa da Indy 300

Léo Moura não vai enfrentar o Galo

Executiva do partido da presidente reeleita defi ne futuras bandeiras, como também a regulação da mídia PÁG. 04

Após irregularidades em São João de Meriti, Tribunal de Contas estende ação às Câmaras de 90 municípios PÁG. 02

Corrida no Distrito Federal abrirá o calendário em 2015. Obras do autódromo começam em janeiro PÁG. 14

Lesionado no domingo, lateral do Fla está fora da semi da Copa do Brasil PÁG. 13

Agnelo, Tony Kanaan e Maruska Lima | ANDRESSA ANHOLETE/METRO

Nelson Motta e suas 7 vidas

BELTRAME FICASecretário de Segurança é o 1º confirmado do governo Pezão

Seu desafio é redirecionar projeto das UPPs, aumentando de 38 para 90 unidades, com 11 mil PMs a maisOntem, houve confrontos na Maré, no complexo

da Penha e na Rocinha PÁG. 03

Nelson Motta esuas 7 vidasBiógrafo de sucesso de Tim Maia, jornalista conta agora a sua própria história PÁG. 10

CECILIA ACIOLI/FOLHAPRESS

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RIO DE JANEIRO Terça-feira,4 de novembro de 2014Edição nº 1.006, ano 5

MÍN: 21°CMÁX: 37°C

CALLAS, O MITO

COMPANHIA DE DANÇA STUDIO3 LEVA AO MUNICIPAL COREOGRAFIA SOBRE A DIVA DA ÓPERA PÁG. 11

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RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com |02| {FOCO}

1FOCO

O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 513 mil exemplares diários.

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Filiado ao

Conversa carioca

O jornalista Xico Vargas mantém a coluna ‘Conversa Carioca’, de segunda à sexta-feira, no jornal ‘BandNews Rio 2a edição’, além da coluna ‘Ponte Aérea’ em xicovargas.uol.com.br.

XICOVARGASXICO.VARGAS@METROJORNAL.COM.BR

TOM JOBIM MOSTROU O LEGADO DA INFRAERONão foram necessários mais de 20 minutos e temperatura pouco acima dos 300C para revelar os efeitos de mais de qua-tro décadas de administração da Infraero sobre o aeroporto Tom Jobim. Um curto-circuito, sinal evidente de instalação ve-lha e mal-mantida, jogou os terminais na treva, imobilizou os 65 elevadores e 67 escadas rolantes, e transformou bom nú-mero dos 84 banheiros em pocilgas sufocantes. Embarques e desembarques foram feitos por escadas, debaixo do sol, e os passageiros transportados por ônibus, como nos anos 1970, quando no Brasil não existiam “fingers” refrigerados, que ofe-recem um mínimo de conforto até a porta do avião. O caos tomou a tarde e o início da noite.

Esse é o resultado de 42 anos de administração da In-fraero, uma estatal que foi jogada no colo dos brasileiros pela ditadura militar. Criada em 1972 para montar e ge-rir a infraestrutura dos aeroportos, pariu monstrengos e só mostrou desenvoltura na administração da folha de pes-soal, como fazem no Brasil as repartições públicas. Em ju-nho passado tinha pendurados 15.874 empregados, dos quais 2.871 ocupavam cargos comissionados, coisa bem ao gosto das estatais.

Embora abocanhe o aluguel de cada centímetro qua-drado de solo dos aeroportos brasileiros, mais as taxas de estacionamento, de uso pelas empresas aéreas e pelas for-necedoras de alimentação, de combustíveis e de manu-tenção, além das taxas de embarque (R$ 23,37, domésti-co; e R$ 41,40, internacional), que todo passageiro paga, há muito a Infraero opera da mão para a boca. Em 2013, faturou R$ 1 bilhão, mas alega que a fonte tem secado com a entrega de terminais à iniciativa privada.

Resultado disso, quer do governo, através do Tesouro, R$ 750 milhões dos suados impostos que os brasileiros pagam para um plano de demissão incentivada que promete enxu-gar 2,5 mil funcionários da folha; ou seja, andamos tanto pa-ra chegar a isso. Pior, nada indica que teremos vida melhor antes de, pelo menos, ano e meio. Uma parte disso, certamen-te, deve-se à privatização meia-boca promovida pela governo, com o apelido de concessão. O vencedor do negócio é conde-nado a arrastar a Infraero, que mantém 49% das ações.

Se nesse tempo todo a estatal não conseguiu dar ao prin-cipal aeroporto de uma capital como o Rio de Janeiro instala-ções elétricas confiáveis, imagine-se como introduzir compe-tência na tarefa diária desse pessoal. Um exemplo: aeroportos são estruturas com imensa área construída exposta ao sol. Cresce pelo mundo o número dos que têm os tetos cobertos de painéis solares. Dali sai a energia para, por exemplo, ar--condicionado, esteiras, escadas ou elevadores. Coisa moder-na, com manutenção e sem curto-circuito.

TCE fará auditoria em 90 CâmarasO TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio) vai realizar inspeções especiais em 90 Câ-maras Municipais para exa-minar a legitimidade e a lega-lidade de despesas feitas pelas casas em viagens de funcioná-rios. A decisão foi tomada on-tem, depois que o órgão abriu auditoria para avaliar os gas-tos da Câmara de Vereadores de São João de Meriti, na Bai-xada Fluminense.

“A vista dessa grave de-núncia, também estende-mos essa inspeção para todas as Câmaras do Estado, a ex-ceção da Câmara da capital, que é fiscalizada pelo TCM [Tribunal de Contas do Muni-cípio]”, informou o presiden-te do TCE, Jonas Lopes.

São João de Meriti vive uma crise financeira com atraso no pagamento de servi-dores. No entanto, a Câmara enviou 20 dos 21 vereadores, além de dois suplentes e sete acompanhantes, para um ho-tel quatro estrelas em um bal-neário turístico na praia de

Cabo Branco, em João Pessoa, capital da Paraíba.

O motivo da viagem que custou R$ 107,3 mil e durou cinco dias seria a realização de um curso de capacitação para agentes públicos muni-cipais. Os recursos foram apli-cados em passagens aéreas, hospedagem e translados.

Técnicos do TCE levanta-ram que, nos últimos cinco anos, a Câmara do município gastou em torno de R$ 750

mil apenas com inscrições de vereadores em cursos de ca-pacitação. A auditoria na Ca-sa será retroativa a 2010.

“Vamos avaliar se o curso é pertinente ou se tem algu-ma valia para melhorar a ati-vidade parlamentar. Se ficar comprovado que essa viagem foi desnecessária, cada verea-dor terá que devolver aos co-fres públicos o dinheiro usado indevidamente”, explicou Lo-pes. METRO RIO COM BANDNEWS FM

Estado. Tribunal de Contas estende inspeção após denúncia de viagem de 20 vereadores de São João de Meriti para balneário no Nordeste

Praia de Cabo Branco, na Paraíba, para onde viajaram os vereadores | DIVULGAÇÃO

Mapeamento da Escola Na-cional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz re-vela que 30% dos conflitos sociais estão em áreas urba-nas. O relatório da Fiocruz, que leva em consideração problemas ampliados de saúde, questões ambientais, violência, qualidade de vida e o risco a extinção de uma cultura ou tradição, identifi-cou 490 focos de tensão em todo o país, número 40% su-perior do que foi registrado no ano passado.

No Rio de Janeiro, segundo a pesquisa, a construção do Arco Metropolitano provocou ameaças a territórios quilom-bolas e de agricultura fami-liar, além de ter intensificado a área de poluição da região.

Em Santa Cruz, na zo-na oeste, a instalação da Companhia Siderúrgica do Atlântico acelerou o proces-so de degradação da região. O pesquisador Marcelo Fir-po afirma que pescadores se sentem prejudicados, “em função também dos aciden-tes que aconteceram no iní-cio dessa fábrica”.

Há casos de pescadores da Baía de Sepetiba e da Baía de Guanabara que se manifes-tam contra a atividade petro-química e são ameaçados por criminosos. “Existem pesca-dores que foram ameaçados ou efetivamente assassina-dos, porque denunciaram ou se manifestaram contrários a esses empreendimentos”, ex-plicou Firpo. BANDNEWS FM

Fiocruz. Áreas urbanas têm 30% dos conflitos sociais

Projetos feitos em conjunto pela Fetranspor e a Câmara Metropolitana de Integração Governamental, vinculada ao Governo do Estado, pre-vê a construção de mais dez BRTs até 2018. Há a previsão de quatro corredores exclusi-

vos de ônibus na Baixada Flu-minense, quatro no leste do Estado, um no Arco Metropo-litano e outro na Ponte Rio-Ni-terói, o mais polêmico, que enfrenta resistência da Agên-cia Nacional de Transportes Terrestres. METRO RIO

Projetos. Estado prevê mais 10 BRTs até 2018

Ministro Luiz Fux

Mediação pela águaO ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal

Federal), convocou, ontem, uma audiência

de mediação para o próximo dia 20, a fim de debater a transposição do rio Paraíba do Sul. A captação da água do rio é cogitada pelo governo de São Paulo para prover

o Sistema Cantareira, que abastece a Região

Metropolitana da capital paulista. A medida, segundo ele, é para

“evitar um desnecessário conflito” entre os Estados

de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que também dependem da água do rio, e “focar

na resolução técnica da dificuldade a ser

enfrentada”.

RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com {FOCO} |03|◊◊

“A política de Polícia Pacificadora é uma boa ideia executada sem planejamento.” PAULO STORANI, EX-CAPITÃO DO BOPE E ESPECIALISTA EM SEGURANÇA PÚBLICA

“Há dois anos acabou a lua de mel e os índices de violência só aumentam.” IGNÁCIO CANO, SOCIÓLOGO DO LABORATÓRIO DE ANÁLISE DE VIOLÊNCIA DA UERJ

Uma semana após a confir-mação nas urnas de que Luiz Fernando Pezão continuará como governador pelos pró-ximos quatro anos, o secre-tário José Mariano Beltrame também teve o seu “dia do fi-co” ontem. Ele afirmou sua permanência à frente da Se-gurança Pública do Estado durante a inauguração da 2ª Companhia Destacada do 20º BPM (Mesquita), em Nilópolis.

Com a presença do go-vernador Pezão ao seu lado, Beltrame discursou em de-fesa dos dois mandatos em que esteve na Secretaria de Segurança do Estado (Seseg) e já indicou que os próxi-mos passos na pasta serão voltados às Unidades de Po-lícia Pacificadora (UPP). Ele prometeu que irá anunciar novidades em breve.

“Estamos terminando ago-

ra um diagnóstico de todas as UPPs para fazer um redirecio-namento para efetivas ações do nosso projeto”, disse.

Já Pezão afirmou que Bel-trame terá a mesma inde-pendência que possuía no go-verno de Sérgio Cabral para atuar à frente da secretaria.

“Vamos agora para o ter-ceiro passo, solidificar as UPPs e olhar a região metropolita-na do Rio com muito cuidado, fortalecendo-a. É importante continuar a reforçar o policia-

mento,” afirmou.Pezão disse também que

irá se reunir com o ministro da Justiça, José Eduardo Car-dozo, e a presidente Dilma Rousseff nos próximos dias para definir como se dará o apoio ao Rio. O governador pretende montar um plano de metas com a Polícia Fe-deral para impedir a entrada de drogas e armas no Estado.

Companhia destacadaA 2ª Companhia Destacada da Polícia Militar em Nilópo-lis tem um efetivo de 130 ho-mens e 11 viaturas. A unidade foi construída com recursos do programa Somando For-ças, da Secretaria de Obras, no valor de R$ 539 mil.

Estado. Atual secretário afirma que também fará parte do novo governo de Luiz Fernando Pezão e diz que UPPs terão ‘redirecionamento’

Confirmado no novo governo, José Mariano Beltrame prometeu novidades para as próximas semanas | CARLOS MAGNO / DIVULGAÇÃO

Beltrame diz que fica à frente da Segurança do Rio

Enquanto se discute o futu-ro da Segurança Pública do Estado, comunidades do Rio de Janeiro ainda sofrem com ataques de grupos crimino-sos. Ontem, por causa da violência no entorno do con-junto de favelas da Maré, na zona norte, 4.010 alunos da rede municipal de ensino fi-caram sem aulas.

De acordo com a Secreta-ria Municipal de Educação, nove escolas, um Espaço de

Desenvolvimento Infantil e três creches ficaram sem atendimento. Alunos de um projeto social da comunidade precisaram se jogar no chão para se proteger dos tiros.

Dois menores morreram em confronto com a força de pacificação na Maré. Em no-ta, associações de moradores das comunidades da região reclamaram da forma como as Forças Armadas têm rea-gido aos confrontos. Elas la-

mentam que a força de ocu-pação, que está na região há sete meses, não esteja garan-tindo a segurança dos mora-dores das comunidades.

No Complexo da Penha, também na zona norte, oi-to linhas de ônibus que trafe-gam próximo à Vila Cruzeiro,alteraram seu itinerário por causa da violência. Já na Roci-nha, zona sul, houve troca de tiros entre PMs e suspeitos.

METRO RIO Crianças de um projeto social se protegem do tiroteio na Maré | REPRODUÇÃO / FACEBOOK DE YVONNE BEZERRA DE MELLO

Os próximos quatro anos devem ser difíceis para a Se-gurança Pública do Rio de Janeiro. Com índices de cri-minalidade subindo e na en-cruzilhada para definir o fu-turo da política de Unidades de Polícia Pacificadora, o se-cretário José Mariano Bel-trame vai enfrentar um gra-ve problema de acordo com os especialistas em segu-rança: o desgaste após oito anos à frente da pasta mais problemática do governo.

Para o ex-capitão do Ba-talhão de Operações Espe-ciais da PM (Bope) Paulo Storani, apesar do inegá-

vel avanço que Beltrame impôs à Segurança Públi-ca do Estado, é preciso ava-liar o que foi feito de certo e errado ao fim do gover-no, para que se avance.

“Errou-se quando a UPP deixou de seguir um plane-jamento sustentável. Não se avaliou se havia ou não es-trutura para implementar mais unidades”, disse.

Storani, que também cri-tica a falta de integração dos governos estadual e federal para impedir que armas e drogas continuem a entrar pelas fronteiras, identifica o estrangulamento da Polícia

Militar por causa da política de UPP como um dos graves problemas a ser corrigido. “Temos que tornar a ativi-dade mais atrativa. Hoje, ser policial militar no Rio de Ja-neiro talvez seja a profissão mais perigosa do Brasil. Não se falou em melhorar o sa-lário e nem sobre as pers-

pectivas de carreira na PM”, comentou.

Só neste ano, foram mortos 65 policiais no Rio de Janeiro, sendo 17 deles em áreas de Unidades de Polícia Pacificadora.

Pezão: mais UPPsPara o sociólogo Ignácio

Cano, do Laboratório de Análise de Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), sem os ajustes necessários – co-mo o aperfeiçoamento da formação de policiais e o investimento na relação entre os agentes de segu-rança e a população –, o secretário Beltrame vai ter problemas nos próxi-mos quatro anos.

“Ele enfrenta o desgaste pessoal, que já manifestou a pessoas próximas, e o des-gaste político. Não houve os ajustes que ele tanto espe-rava para a política de segu-

rança e ele ligou o piloto au-tomático”, explicou.

Durante a campanha à reeleição, o governador Pezão afirmou que a ex-pansão do programa de pacificação chegaria à to-da a Região Metropolitana do Rio com, no mínimo, 50 novas unidades. Até 2018, serão 90 UPPs ao to-do no Estado.

Para isso acontecer, a meta para o próximo man-dato é alcançar o efetivo de 60 mil policiais. Atual-mente, segundo Pezão, são 49 mil PMs na corporação.

J.C.

O desafio da reinvenção após oito anos de desgaste

Confrontos na Maré tiram 4 mil alunos das escolas

“Tem muita coisa a ser feita, mas estamos próximos de dar passos importantes para a comunidade fluminense.” JOSÉ MARIANO BELTRAME, SECRETÁRIO

JULIOCALMONMETRO RIO

RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com |04| {BRASIL}

ANDRÉ VARGAS AGE COMO SE CONTINUASSE PETISTA. Alvo de processo de cas-sação devido às relações nada republicanas com o megadoleiro Alberto Yous-sef, o deputado André Vargas (PR) surpreendeu aparecendo nesta segun-da-feira (3) na sede do PT pouco antes de reunião da cúpula, em Brasília. Circu-lou muito à vontade, mes-mo após se desfiliar ofi-cialmente do PT em abril, e ameaçar pôr a “boca no trombone”. E avisou inter-locutores: não será puni-do sozinho.

‘CUMPANHERADA’. André Vargas acompanha de per-to o crescimento da lista dos envolvidos no Petro-lão, que ele conhece, diga-mos assim, por dentro.

CASSAÇÃO EM CURSO. A cassação de Vargas foi re-comendada pelo Conse-lho de Ética, e seu recurso à comissão de Constitui-ção e Justiça será analisar nesta terça.

MORREU DE VELHO. Com pelo menos 5 viagens ofi-ciais na presidência, Lula riscou a África da agenda depois do ebola, até para ocasionais pit stops de

“negócios”.

COM LUPA. Dilma e Lula procuram notícia boa para ofuscar a rentrée de Aécio Neves no Senado, nesta quarta (5). O pior é que não têm nenhuma.

VANGUARDA DO ATRASO. Dois dias após a reeleição de Dilma, o decadente go-verno bolivariano de Ve-nezuela revelou um con-vênio com o MST para troca de experiências e avanços “na construção de uma sociedade socia-lista”.

GOVERNO BURLA LEI. A Lei 123/2006 “facilita” apenas a vida de alguns: 402 em-presas de pequeno porte e microempresas burla-ram o respectivo fatura-mento máximo de R$ 3,6 milhões e R$ 360 mil em contratos com o governo federal. Até a CGU gastou R$ 15 milhões com con-tratos irregulares.

COM ANA PAULA LEITÃO E TIAGO VASCONCELOS WWW.CLAUDIOHUMBERTO.COM.BR

PODER SEM PUDORComo irritar adversário

José Maria Alkmin (PSD), mestre em política, fa-zia um discurso na Câma-ra dos Deputados quando o adversário Pedro Alei-xo (UDN) pediu um apar-te e começou a atacar Jus-celino Kubitschek. Alkmin permaneceu impassível: enquanto Aleixo desan-cava o amigo JK, ele arru-mava papéis numa pasta. Ao final da intervenção,

Alkmin tirou Pedro Aleixo do sério:- Vossa Excelência poderia repetir o aparte?- Vossa Excelência me res-peite, não sou moleque! – gritou o udenista.- Tá bem, Pedro, tá bem, depois conversaremos... – sorriu Alkmin, que con-tinuou a discursar igno-rando completamente o aparte do colega.

“É IMPORTANTE QUE [O STF]

NÃO SE CONVERTA EM CORTE

BOLIVARIANA.”MINISTRO GILMAR MENDES SOBRE O FATO

DE O PT NOMEAR, ATÉ 2016, DEZ DOS ONZE MINISTROS

Política

André Vargas | PAULO H CARVALHO/CASA CIVIL

CLÁUDIO HUMBERTOCLAUDIO.HUMBERTO@METROJORNAL.COM.BR

Dirigentes do PT decidiram ontem, em reunião da Exe-cutiva Nacional, que o se-gundo mandato de Dilma Rousseff na presidência deve ser o momento de o partido forçar a adoção de políticas que, por serem consideradas radicais, são deixadas de la-do para não prejudicar a coa-lização com partidos aliados que não comungam ideais mais à esquerda.

Em resolução divulgada ao fim do encontro, os petis-tas defenderam participação ativa do partido nas decisões do Planalto em questões eco-nômicas, na condução da re-forma política e em agendas sociais. A provocação à opo-sição derrotada nas eleições aparece já nos primeiros pa-rágrafos, e a vontade de “de-mocratizar a mídia” por lei é citada quatro vezes no docu-mento de oito páginas.

Ausente do encontro, a presidente Dilma foi cobra-da para “ampliar o diálogo” com seu partido. “Vamos re-forçar o papel [no governo]. A presidente já deu ao nosso presidente [Rui Falcão] status maior para participar. É só aprimorar”, disse Humber-to Costa (PE), líder do parti-

do no Senado, na saída da re-união, realizada em Brasília.

Segundo a resolução, “é urgente construir hegemo-nia na sociedade e promo-ver reformas estruturais”. Para isso, o partido mar-cou uma semana de atos “em defesa da democracia e da reforma política” en-tre os dias 9 e 15. A resolu-ção também defende pautas com resistência no Legislati-vo, como a revisão da Lei da Anistia a autores de crimes da ditadura militar e a cri-

minalização da homofobia.O assunto corrupção é ci-

tado no fim do documen-to, que defende a proativi-dade no enfrentamento das acusações, “em especial no ambiente dos próximos me-ses, em que setores da direi-ta vão continuar premiando delatores”.

A eleição para a presidên-cia da Câmara dos Deputados no biênio 2015-2016 foi trata-da também. O PT não preten-de acatar a decisão de Eduar-do Cunha (PMDB-RJ), que,

desafiando o rodízio que os partidos da presidente e do vice, Micher Temer, fazem desde 2007, lançou sua can-didatura para substituir o colega de legenda Henrique Eduardo Alves (RN). “O PT quer ter candidato”, disse Rui Falcão. “Como manda a ro-tina do parlamento, a maior bancada tem o direito a indi-car o candidato.”

Pressão sobre Dilma. Petistas querem que bandeiras partidárias, como regulação da mídia e revogação da Anistia, sejam abraçadas pelo governo no 4o mandato da legenda na presidência

Encontro foi liderado por Rui Falcão (centro) | ALAN MARQUES/FOLHAPRESS

PT exige guinada à esquerda no governo

Estados e municípios querem perdão de R$ 360 biSuperior a R$ 481 bilhões, a dívida de estados e municí-pios com a União se tornou impagável e trava os inves-timentos de governadores e prefeitos. Para tentar reverter essa situação, eles esperam

que a presidente Dilma Rous-seff cumpra a promessa, fei-ta durante a campanha eleito-ral, de apoiar a aprovação do PL 99/2013 no Senado.

O texto prevê a troca o in-dexador e a taxa de juros das

dívidas. Aprovado na Câmara em outubro de 2013, o proje-to vinha sendo travado pela base do governo, que alegava impactos negativos nas con-tas públicas.

Com a nova posição do Pla-

nalto, o presidente do Sena-do, Renan Calheiros (PMDB--AL), colocou o projeto como o primeiro da pauta de ama-nhã. “O consenso é total para votação”, diz o relator do tex-to, Luiz Henrique (PMDB-SC).

Pela previsão do gover-no, a mudança deve repre-sentar um desconto na dívi-da de, no mínimo, 75%. Essa redução resultará em um abatimento de R$ 360,8 bi-lhões. Governadores e pre-feitos, que prometem ir a Brasília acompanhar a vota-ção e pressionar os senado-res, também já fazem suas contas.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), esti-ma uma redução de até R$ 20 bilhões no saldo devedor da capital paulista, que ho-je é de R$ 58 bilhões. O Rio Grande do Sul prevê que seu débito tenha um abatimento entre R$ 15 bilhões e R$ 20 milhões até 2028. O Estado deve R$ 45 bilhões ao gover-no federal. METRO

RAPHAELVELEDA METRO BRASÍLIA

RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com |06| {ECONOMIA}

O contribuinte já pode co-meçar a se preparar pa-ra acertar as contas com o Leão. Para facilitar o preenchimento da decla-ração do Imposto de Ren-da 2015, a Receita Federal lançou ontem um serviço que permite fazer um ras-cunho do documento que deve ser entregue no ano que vem.

A nova ferramenta po-de ser utilizada a partir de computadores, tablets e smartphones, desde que tenham acesso a internet. Seu uso não é obrigatório. 

No site da ReceitaNo caso de desktops, o ser-viço pode ser acessado pe-lo site da Receita (www.re-ceita.fazenda.gov.br).

Para tablets e smart-phones, já está disponível

no App IRPF, que pode ser baixado pelas lojas Google Play ou App Store.

Os dados do rascunho ficarão disponíveis até 28 de fevereiro. No dia 1º de março, poderão ser trans-feridos para a declaração do IR 2015.

PreparativoAs informações ficarão nas bases de dados da Re-ceita. “As informações [do rascunho] não serão utili-zados pela Receita Fede-ral. Ela só vai usar os da-dos da declaração que foi feita entre março e abril”,

disse o subsecretário de Arrecadação e Atendimen-to da Receita, Carlos Ro-berto Occaso.

Para ele, o aplicativo on-line vai facilitar a ta-refa do contribuinte que, por exemplo, tem dificul-dade de reunir dados so-bre rendimentos recebi-dos ao longo do ano ou de pagamento de despesas dedutíveis da declaração.

Para não esquecer“Se eu vendi um carro no mês de janeiro, por exemplo, já posso lançar isso no ras-cunho do IR para não esque-cer os dados. Quando chega a hora de declarar o IR, não tenho que ficar mais procu-rando quais são os dados do comprador, onde está o reci-bo”, afirmou o subsecretário.

METRO

Imposto de Renda 2015. Aplicativo on-line reúne informações para a prestação de contas à Receita no ano que vem

Ferramenta também está disponível para smartphones e tablets | REPRODUÇÃO

Contribuinte vai poder fazer ‘rascunho’ da declaração do IR

• Acesso. - Computador: acesse ‘Rascunho IRPF 2015’ em receita.fazenda.gov.br - Tablets e smartphones: pelo navegador (no m-RFB) ou pelo App IRPF, acesse o serviço ‘Rascunho IRPF 2015’

• Preenchimento. - Com CPF e código antirrobô. Dá para preencher informações como dependentes, bens e direitos, entre outras

• Salvar informações. - Para salvar o rascunho é preciso criar palavra-chave. A senha será usada para importar dados para o IR 2015

Como funciona

O dólar comercial fechou ontem em alta de 0,88%, a R$ 2,501 na venda. Segundo a agência de notícias “Reu-ters”, a oscilação se deve a incertezas do mercado sobre como será a política econô-mica no segundo mandato da presidente Dilma Rous-seff (PT).

Os investidores querem sa-ber como será a equipe econô-mica, sobretudo o nome pró-ximo ministro da Fazenda, já que Guido Mantega deixará o cargo. Segundo o jornal “Va-lor Econômico”, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Tra-buco, teria rejeitado o convite de Dilma para assumir o Mi-nistério da Fazenda.

Com a negativa, Dilma es-

taria considerando chamar Henrique Meirelles, ex-presi-dente do Banco Central e fa-vorito de Lula para presidir a pasta. Segundo o jornal, a re-sistência da presidente a Mei-relles teria diminuído. Dilma era contrária à sua indicação por dificuldades de relaciona-mento. METRO

Meirelles pode estar mais perto da Fazenda | MOACYR LOPES JÚNIOR/FOLHAPRESS

Novo ministro. Dólar sobe a R$ 2,50 com especulações

Papel da Petrobras cai mais de 2%Em um dia de poucos ne-gócios, as ações da Petro-bras fecharam com que-da de mais de 2%, levando o Ibovespa, principal índi-ce da Bolsa, cair 1,25%, para

53.947,21 pontos. A ação or-dinária recuou 2,73%, a R$ 14,25. A preferencial perdeu 2,81%, a R$ 14,85.

As ações da Petrobras chegaram a recuar mais de 4% na Bolsa, depois que o Conselho de Administração da empresa adiou a reunião em que seria discutido o rea-juste de preços nos combus-tíveis. METRO

Reajuste da gasolina

A Audi convocou recall mun-dial de 850 mil veículos por falha no airbag. No Brasil, envolve 3.996 carros (mode-los A4 Sedan, S4 Sedan, A4 Avant, S4 Avant, RS4 Avant) fabricados de 3 de fevereiro de 2012 a 23 de julho de 2014. Segundo a montadora, a falha pode impedir o airbag frontal de abrir em caso de acidente.

A Audi afirmou que a falha não tem relação com o recall mundial de dispositivos fabri-cados pela empresa japonesa Takata, no qual já foram in-cluídos cerca de 6,1 milhões de carros de pelo menos 10 marcas diferentes.

Os proprietários devem comparecer à concessioná-ria da marca para a reprogra-mação da unidade eletrônica, que demora 1 hora. Mais in-formações pelo telefone 0800 777 2834 e no site www.audi.com.br. METRO

Falha no airbag. Audi faz recall de 4 mil carros

Taxa Selic. Mercado eleva projeção a 12% em 2015Após a alta da Selic para 11,25% ao ano na última quarta-feira, os economis-tas consultados pelo Ban-co Central elevaram a 12% ao ano a estimativa para os juros básicos da econo-mia no fim de 2015.

A projeção anterior era de 11,50%. Apesar disso, o mercado manteve ainda a perspectiva de que a Selic permanecerá em 11% até o fim do ano.

Na quarta-feira pas-sada, o BC surpreendeu ao elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 11,25%.

Sobre expansão do PIB em 2014, a perspectiva foi reduzida para 0,24% neste ano, frente a 0,27% de alta prevista antes. Para 2015 a projeção é de expansão da economia de 1%, mes-mo número da pesquisa anterior.

METRO

Campanha mundial de 850 mil carrosenvolve modelo RS4 | DIVULGAÇÃO

RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com |08| {MUNDO}

Presidente ‘pária’Foram poucos, em outu-bro, os telefonemas à Casa Branca em busca de apoio a candidatos democratas a deputados, senadores e go-vernadores. “Puderam ser contados nos dedos de uma mão”, segundo o “El Pais”, um dos mais importantes jornais da Europa. Quan-do houve, foram na maio-ria para Michelle, a popular mulher de Obama.

Um estrategista demo-crata citado pelo “New York Times”, disse que “Michel-le é fantástica mas carrega o peso do nome Obama”. O “Político” disse que a im-popularidade do presiden-te foi o fator de maior peso nas eleições de hoje. “Pre-sidente pária”, escreveu um colunista do “Washing-ton Post”. Uma candidata democrata ao Senado por Kentucky chegou a se ne-gar a dizer publicamente se votou em Obama nas últi-mas eleições presidenciais.

Conta talvez como um

pouco de consolo o fato de que também Bush en-cerrou a presidência como “persona non grata”, tam-bém ele com a mulher, Laura, mais popular.

No pano de fundo da ida às urnas hoje há a movi-mentação de dois prováveis candidatos à presidência, a ex-secretária democrata de Estado Hillary Clinton e o republicano Rand Paul. Obama ainda tem 27 meses de mandato, mas as ambi-ções estão à vista.

“Vamos dar as boas-vin-das à avó de Charlotte”, dis-se a milhares de estudan-tes o candidato democrata ao Governo de Maryland. Charlotte é a neta recém--nascida de Hillary. Ca-da vez duvida-se menos de que ela não queira ser a pri-meira mulher a governar os EUA. Já Rand, um médi-co de 51 anos, senador por Kentucky, passou pelo Tea Party, à direitíssima, criou o Comitê de Ação Política, não poupa ataques a Hillary e visitou 30 estados nos últi-mos 12 meses.

Análise

NEWTONCARLOSJornalista

Uma reformulação na equi-pe do presidente dos EUA, Barack Obama, parece qua-se certa para depois das elei-ções legislativas de hoje, que devem trazer perdas substan-ciais para os democratas e au-mentar a pressão para que Obama renove a presidência.

Pesquisas apontam que os republicanos, que fizeram da impopularidade de Oba-ma uma grande bandeira na campanha, estão em uma for-te posição para tomar os seis assentos necessários para ti-rar o Senado das mãos dos de-mocratas. Eles também de-vem expandir sua maioria na Câmara dos Deputados.

Assessores da Casa Bran-ca, entretanto, dizem que mesmo que as previsões se confirmem, Obama deve resistir a pedidos para fa-

zer uma mudança geral pa-ra seus últimos dois anos no cargo, decisão que difere das rápidas manobras reali-zadas por seus antecessores após revezes semelhantes.

Mesmo uma reformu-lação lenta e gradual pode acrescentar novos talentos a um círculo interno que

tem sido criticado por ser muito isolado. Ainda não é certo que novos reforços na equipe seriam suficien-tes para ajudar Obama a su-perar o impasse legislativo em Washington e pressio-nar por novas iniciativas pa-ra salvar seu legado.

Ao mesmo tempo, não se

sabe se ele responderá com uma medida ainda mais crí-tica: alterar seu solitário es-tilo de liderança para lidar com a nova realidade do Congresso e com diversas crises internacionais.

O presidente pode es-tar relutante em fazer al-guma mudança fundamen-tal de curso nos últimos anos de mandato, segun-do pessoas dentro e fora da administração.

Apoiadores e críticos di-zem que deslizes para lidar com a crise do ebola e a in-surgência do Estado Islâmi-co precisam de grandes mu-danças dentro da “bolha” que virou a Casa Branca, on-de decisões políticas estão sendo concentradas em um grau considerado quase sem precedentes. METRO

Reforma. Presidente dos EUA terá de lidar com revés após votação para deputados e senadores, mas não está certo se ele resistirá a pedidos para fazer uma mudança geral

Impopularidade do presidente é chave republicana | LARRY DOWNING/REUTERS

Obama enfrenta pressão para renovar equipe

RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com |10| {CULTURA}

2CULTURA

O jornalista, escritor, letrista, produtor e diretor musical faz 70 anos ‘com pique de garoto’ e cheio de ideias e projetos. Amanhã, ele lança sua autobiografi a, ‘As Sete Vidas de Nelson Motta’. Também chega às lojas o CD ‘Nelson 70’, com versões de canções de sucesso assinadas por ele e parceiros, de 1967 a 2014

‘SEMPRE DETESTEI NOSTALGIA’

“AS SETE VIDAS DE NELSON MOTTA”

NELSON MOTTAED. FOZ,

224 PÁGS.R$39,90

Para ler e ouvir

Nelson Motta

Ele se chama Nelson Motta, mas também poderia incor-porar a palavra ‘múltiplo’ ao sobrenome, já que são tantas as suas facetas. Aos 70 anos, completados no dia 29 de outubro, ele lança sua auto-biografia, onde narra os mo-mentos marcantes de sua tra-jetória. O lançamento do livro será amanhã, às 19h, na Livra-ria da Travessa, em Ipanema (rua Visconde de Pirajá, 572. Tel.: 3205-9002).

Aos 70 anos, o senhor pas-sa por momentos nostálgi-cos ou prefere pensar pa-ra frente?É um privilégio chegar aos 70 e melhor ainda, com boa saúde e produtivo. Sempre detestei nostalgia, é uma das coisas que mais enve-lhece [risos]. Sempre gostei de olhar para frente, para as novidades, para ver, apren-der e fazer coisas novas. E continuo assim.

No livro “As Sete Vidas de Nelson Motta”, o senhor re-lembra alguns fatos marcan-tes de sua carreira. Como foi a seleção desses episódios?A ideia foi da editora Isa Pes-soa, que editou 10 livros meus, entre eles o “Vale Tu-

do” e “Noites Tropicais”. Ela montou um roteiro com crô-nicas, resenhas, notas de co-lunas de jornal que escre-vi desde 1966. Fui lendo, me surpreendendo, e escrevendo novos textos, causos, comen-tários, sobre o que publiquei como jornalista. É meio uma autobiografia de um jornalis-ta através de seu trabalho. Só que o jornalista virou compo-sitor, dono de discotecas, pro-dutor, roteirista e escritor de teatro musical [risos].

Além do livro, foi lança-do o CD “Nelson 70”, com composições suas, grava-das por artistas como Leni-ne, Marisa Monte, Ed Mot-ta e Fernanda Takai. Por que os escolheu para inter-pretar suas músicas?Eles dizem que eu os infuen-cio muito [risos]. São grandes artistas e amigos que amo, respeito e admiro. Procu-rei as canções mais adequa-das para o estilo de cada um deles. Mas não interferi na-da nas gravações, eles fize-ram o que quiseram, só disse: “surpreendam-me”.

O senhor revelou grandes artistas, como Lulu Santos e Vanessa da Matta. Acha

que o Brasil ainda tem re-velado artistas com boa qualidade musical?Há muitos novos artistas de alta qualidade, no meio de um mar de lixo musical. Mas nunca foi diferente. É que agora há tanto barulho musi-cal que é mais difícil encon-trar pérolas. Não tenho in-teresse pela música pop de massa. Quando é inevitável, entra por um ouvido e sai pe-lo outro. Tenho outras priori-dades, muita coisa boa para ouvir. Só que agora você tem acesso à música do mundo inteiro, do passado e de hoje, e de graça, sem sair de casa. Viver hoje é um paraíso para quem gosta de música.

O senhor gosta de assistir a reality shows musicais, co-mo o ‘The Voice’?Ah, vi só alguns poucos pro-gramas, muito bem feito e eficiente, mas não me inte-resso muito só por vozes, hoje, e há um bom tempo, a música não é só música, é muitas outras coisas. Aliás, comecei minha carreira na televisão em 1966, como ju-rado do programa “A Gran-de Chance”, de Flávio Ca-valcanti, que teve Alcione, a Marron, e Emílio Santiago

como vencedores.

A biografia “Vale Tudo”, sobre Tim Maia, foi um su-cesso de vendas no país. E “As Sete Vidas de Nelson Motta” é a sua autobiogra-fia. O senhor, que está liga-do diretamente com livros biográficos, o que acha da biografia não-autorizada? Sou contra. Pela liberdade to-tal, sempre fui. E claro que também a favor de uma Jus-tiça rápida e implacável. Sou pela responsabilidade do bió-grafo, como fui nas de Tim Maia e Glauber Rocha [“A Pri-mavera do Dragão”, também escrita por Nelson Motta e lançada em 2011].

Falando um pouco sobre jornalismo, como o senhor vê essa área inserida no meio digital?Acho que hoje há mui-to mais opções para quem quer textos longos, em pro-fundidade, do que jamais houve, quando dependía-mos apenas da imprensa es-crita. Sou viciado em jornal de papel, mas passo mais horas na Internet lendo jor-nais do mundo inteiro, indo direto nas fontes que acho mais confiáveis. METRO RIO

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Na rota da seda

A grife Animale abriu os desfiles de inverno da 38a São Paulo Fashion Week, levando para a passarela

a leveza dos tecidos asiáticos. O evento vai

até sexta-feira na capital paulista.

RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com {CULTURA} |11|◊◊

No mundo da ópera, nun-ca houve uma artista como Maria Callas (1923-1977). Considerada a maior de to-das as intérpretes dramáti-cas, a cantora lírica ameri-cana de ascendência grega é a homenageada do espetá-culo de dança “Paixão e Fú-ria – Callas, o Mito”, com co-reografia de Anselmo Zolla, criada para a companhia de dança Studio3.

Após apresentações em Paris, Milão e São Paulo, o es-petáculo, sob direção de José Possi Neto, chega ao Theatro Municipal, onde faz apresen-tação única, hoje, às 21h.

Em cena, para revisitar o mito e sua paixão e fúria pela música e pelo palco, estarão os 20 bailarinos do elenco fixo da companhia, encabeçado por Vera Lafer. Além de uma convidada es-pecial, que sintetiza o vigor e a sutil beleza da dança: Marilena Ansaldi.

Pioneira da dança-teatro

no Brasil, ex-solista do Thea-tro Municipal de São Paulo e do Balé Bolshoi, da Rússia, a bailarina completará 80 anos no palco.

“Esse convite é um ci-clo. Nasci no teatro de ópe-ra, meu pai era cantor e mi-nha mãe participou de um

coral. Callas é a grande pai-xão da minha vida. Eu a co-nheci em 1951, quando era criança, ela cantou com o meu pai. Ela virou uma di-va, com voz extraordiná-ria, uma atriz fantástica. Ela trouxe a ópera de vol-ta”, comenta Marilena, que

cantará pela primeira vez em cena.

Sobre o vigor que esban-ja no palco, Marilena con-fessa ser “um mistério” e faz graça. “Meu grande ins-trumento sempre foi mi-nha energia. Um dia, ela pode acabar, igual à água de São Paulo”, brinca.

O espetáculo apresenta imagens criadas por José Possi Neto. Elas são apoia-das nos cenários de Rena-ta Pati e Brito Antunes, na música compilada pe-lo produtor musical Feli-pe Venâncio e na ilumina-ção de Joyce Drummond.

METRO RIO

Dança. Soprano é homenageada em ‘Paixão e Fúria - Callas, o Mito’, com coreografia de Anselmo Zolla e direção de José Possi Neto. Bailarina paulistana, Marilena Ansaldi faz participação especial e completará 80 anos no palco do Municipal

Marilena Ansaldi e o bailarino Laudnei Delgado, da Studio3 Cia. de Dança | ANNELIZE TOZETTO/ DIVULGAÇÃO

Callas em movimento

“É um mistério, mistérios a gente não consegue revelar. Tenho saúde, paixão. Só sei trabalhar com o que me apaixono” MARILENA ANSALDI, BAILARINA

No Theatro Municipal(Praça Floriano, s/no, Cine-lândia. Tel.: 2332-9191). Ho-je, às 21h. R$ 20 a R$ 360. Vendas nas bilheterias e no site ingresso.com. Livre.

Programe-se

A partir do dia 18 de novem-bro, às 10h, já começa a ser vendido o Rock in Rio Card para a edição de 30 anos do festival, que acontece nos dias 18, 19, 20, 24, 25, 26 e 27 de setembro de 2015, na Cidade do Rock. O cartão equivale a um ingresso antecipado que garante a entrada no evento antes mesmo da confirmação de todas as bandas e atrações.

Ano passado, a venda an-tecipada foi encerrada em 52 minutos, quando os 80 mil ingressos disponíveis esgo-taram. Dessa vez, serão dis-ponibilizadas 100 mil unida-des e a venda será feita pelo site www.rockinrio.com.br, por meio da Ingresso.com. O valor da entrada será R$ 320 (inteira) e R$ 160 (meia-entra-da). Como na edição de 2013, quem adquirir o ingresso po-derá escolher em qual da-ta pretende usá-lo, antes que a venda oficial seja aberta ao público em geral, em abril do ano que vem. METRO RIO

Ingressos. Venda do Rock in Rio Card começa no dia 18

RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com |12| {PUBLIMETRO}

Leitor fala

Menos carrosPrecisamos de um rodízio de carros na ci-dade, assim como em São Paulo, ou uma diminuição nos incentivos à indústria au-tomobilística. O que não dá é para conti-nuar perdendo tanto tempo no trânsito! CARLOS CAVALCANTE – RIO DE JANEIRO, RJ

Metro Pergunta

A construção de 10 BRTs até 2018 é uma solução para o trânsito na Região Metropolitana do Rio?

@amanda_tatagibaNão é o ideal, mas no curto prazo é uma boa opção para aliviar o trânsito

@carlosgullinoSim, o BRT é uma alternativa barata e eficiente. Me ajuda muito.

@odetesalermoNão é uma ideia ruim, mas precisamos de mais confortos nos BRTs já existentes

Metro web

Para falar com a redação: leitor.rj@metrojornal.com.brParticipe também no Facebook: www.facebook.com/metrojornal

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Correções

Diferentemente do que foi publicado na edição de ontem na página 16, na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro, o Corinthians tem 14 vitórias na competição, e não 32.

Na mesma edição, o crédito correto da foto da página 05, na matéria ‘Sósias celebram o Dia de Finados’, é de Armando Paiva/Fotoarena/Folhapress.

Facebook lança app que cria ‘salas anônimas’Segredo. Rooms é um novo aplicativo que permite conversar e compartilhar conteúdo

Aplicativo permite trocar conteúdo sem identificação | DIVULGAÇÃO/ROOMS

Com a disseminação do uso das redes sociais, mui-ta gente reclama que não há mais espaço para a pri-vacidade. Uma possibili-dade para evitar a super exposição virtual e retalia-ções vem justamente do Fa-cebook, um dos ícones do compartilhamento.

A empresa lançou dia 23 de outubro o “Rooms” (sa-las, em inglês), um aplica-tivo que permite criar salas particulares para conversas e/ou troca de conteúdo sem a necessidade de identifica-ção, uma vez que o usuário pode usar vários “nickna-mes” (um apelido virtual).

Para entrar nas salas só é preciso fotografar um có-digo de barras em 2D, o QR Code. Mas, não é por isso que os usuários esta-

rão livres de sanções ca-so publiquem algum mate-rial considerado ofensivo. A empresa poderá excluir conteúdo impróprio (nu-dez, spam, pedofilia) e até mesmo as salas.

O “Rooms” é quase uma volta ao início da Internet com as antigas salas de ba-te-papo, misturada com a proposta do “Secret” (se-gredo, em inglês), aplicati-vo de postagens anônimas. Também é possível perso-nalizar a aparência de ca-da sala e do ícone “curtida”.

Quem pode?Por enquanto o app está disponível apenas em in-glês e para dispositivos iOS até o próximo ano, quan-do será lançada uma versão para Android. METRO

A Lua em seu signo aumenta tendências para ampliar condutas sentimentais e uma postura

nostálgica. Cuidado com exageros e exigências.

Estará propenso a se dedicar com mais intensidade aos problemas das pessoas

que considera especiais.

Muitas vezes a rotina semanal traz uma dispersão de certas relações. Aproveite para

retomar contatos e amizades especiais.

Projetos a longo prazo são propensos a tomar dedicação mais intensa. Atente-se para

que a ansiedade não faça antecipar etapas.

Este é um momento propício para lidar com atividades culturais e variadas formas de conhecimento

para hobbies e mesmo profissionalmente.

Bom momento para refletir sobre o bem que terá ao se desapegar de alguns costumes

que impeçam de lidar com algumas inovações.  

Procure não abdicar de momentos de lazer e diversões em função das obrigações ou

problemas que envolvam sua rotina.   

Estudos e assuntos que sinta vontade em conhecer tendem a despertá-lo. Boas

conversas com amigos serão bem vindas.

Projetos que envolvam finanças e objetivos materiais terão oportunidades para

ajustes e decisões importantes. 

Valorizar o romantismo em ocasiões mais íntimas será um tempero especial. Segredos

afetivos são propensos a esclarecimentos.

Tendências para lidar de maneira mais constante com diferenças nas relações,

o que requisitará paciência.

Procure agir com mais sutileza e evitar tom de crítica diante de assuntos que podem ser

resolvidos com simplicidade em suas relações.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

A Lua em seu signo aumenta

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com {ESPORTE} |13|◊◊

3ESPORTE

Leo Moura fora do jogo decisivoO lateral-direito Leo Moura foi cortado da partida do Fla-mengo contra o Atlético-MG, amanhã, às 22h, no Mineirão, pelo confronto de volta das semifinais da Copa do Brasil. Atual campeão do torneio, o rubro-negro venceu o jogo de ida, semana passada, no Ma-racanã, por 2 a 0 e pode per-der por até 1 a 0, que ainda assim avança à final. Se fizer um gol, o Fla obriga o Galo a marcar quatro para avançar.

Leo Moura sofreu uma le-são na vitória por 3 a 0 sobre a Chapecoense, domingo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, e deu lugar a Leo – provavelmente seu substituto na partida de amanhã.

O lateral fez um exame de imagem ontem e precisará de ao menos uma semana para voltar aos gramados.

Outros dois jogadores trei-naram levemente no Ninho do Urubu e também não são presença certa no jogo deci-sivo: o meia Everton, que so-freu um estiramento no pri-meiro confronto contra os mineiros, e Gabriel, que dei-

xou o gramado domingo com dores na coxa direita.

No Campeonato Brasilei-ro, o Flamengo ocupa a 10ª posição, com 43 pontos, já praticamente sem correr ris-co de cair para a Segunda Di-visão. METRO RIO

Copa do Brasil. Lateral sofreu um estiramento na coxa direita e não enfrenta o Atlético-MG, amanhã, às 22h, no Mineirão, por vaga na final

Leo Moura sofreu um estiramento na coxa direita | GILVAN DE SOUZA/DIVULGAÇÃO

Após sofrer acidente, Dalto Duarte tem morte cerebralO jóquei Dalto Duarte, de 28 anos, vencedor do Grande Prêmio Brasil, teve morte ce-rebral na madrugada de do-mingo, após sofrer acidente de moto na Rodovia Rio-San-tos, perto de Itaguaí. Ele es-tava internado, em estado gravíssimo no Hospital Muni-cipal Pedro II, em Santa Cruz.

Dalto viajava com a sua esposa, a veterinária Renata Abreu, que estava na garupa e não corre risco de morrer. Ela

sofreu fraturas no pulso, na bacia e nos pés.

O jóquei tinha mais de 1.900 vitórias na carreira e era um dos mais bem sucedidos atletas no turfe carioca, se-gundo o Jockey Club Brasilei-ro. Ele liderou as estatísticas nas temporadas 2009/2010, 2010/2011 e 2012/2013.

Dalto é natural de Brasí-lia (DF), mas cresceu no Rio Grande do Sul antes de che-gar ao Rio. METRO RIO

Furnas debate geração que estará em Rio-2016A sede de Furnas do Rio, em Botafogo, na zona sul, sedia hoje, a partir das 9h30, a 1ª edição do Fórum Geração de Ouro, uma sé-rie de encontros que con-tarão com discussões, pa-lestras e apresentações de atletas, ex-atletas, estudio-sos do esporte e membros do COB, Comitê Paralím-pico, jornalistas especiali-zados, além de represen-tantes de Federações e Confederações esportivas,

e do poder público.O encontro será mediado

pelo jornalista Álvaro José e terá como convidado es-pecial o presidente da Em-presa Olímpica Municipal (EOM), Joaquim Monteiro de Carvalho. Participarão do evento personalidades ligadas às modalidades em pauta no primeiro encon-tro: handebol e remo.

Estão confirmadas as presenças do ex-jogador de handebol Bruno Souza,

do jogador de handebol de praia Jaime Torres, da re-madora Fabiana Beltrame, do remador paralímpico Caio Ribeiro e do técnico de remo Júlio Soares.

Nos encontros serão dis-cutidos temas como históri-co das modalidades esporti-vas, preparação dos atletas, potencial de medalhas pa-ra a Olimpíada de 2016, desafios, possibilidades de transformação e legados para a cidade. METRO RIO

Dalto Duarte sofreu acidente grave | JOCKEY CLUB BRASILEIRO/DIVULGAÇÃO

Com destaque para a partida entre Real Madrid de Liver-pool, em Madri, a partir das 17h45 (de Brasília) pelo Gru-po B, a Liga dos Campeões da Europa abre hoje a quarta ro-dada da fase de grupos.

O time merengue é o lí-der isolado da chave, com 9 pontos, e defende os 100% de aproveitamento. Já os ingle-ses, terceiros na tabela com três pontos, brigam para ga-rantir uma das duas vagas da próxima fase. No outro jo-go do grupo, o lanterna Basel recebe o Ludogorets Razgrad, da Bulgária, na Suíça.

Pelo Grupo A, o lanterna Malmö recebe o líder Atlético de Madrid, enquanto a Juven-tus, terceira na tabela, pega o vice-líder Olympiacos. Os ti-mes de Madri da Grécia estão empatados com seis pontos.

O duelo entre o líder Ba-yer Leverkusen e o Zenit, ter-ceiro colocado, é o destaque do Grupo C, que tem ainda o confronto entre o vice-lí-der Mônaco e o lanterna Ben-fica. No Grupo D, o Borussia Dortmund defende a lideran-

ça contra o lanterna Galatasa-ray, enquanto o Arsenal, vice--líder, recebe o Anderlecht. Os belgas têm apenas um ponto.

Outros jogosA rodada segue amanhã com: Manchester City x CSKA Mos-cou e Bayern de Munique x Roma, pelo Grupo E; PSG x Apoel e Ajax x Barcelona, pe-lo F; Sporting x Schalke 04 e Maribor x Chelsea, pelo G; e Shakhtar Donetsk x BATE Bo-risov e Athletic Bilbao x Porto, pelo Grupo H. METRO RIO

CR7 de olho na quebra de recorde na na Liga | REUTERS/SERGIO PEREZ

Liga dos Campeões. Real pega o Liverpool em casa

Tênis

Nadal é operado

O tenista espanhol Rafael Nadal passou ontem

por uma cirurgia para a retirada do apêndice. A

recuperação do número 3 do mundo deve durar de

4 a 5 semanas.

RIO DE JANEIRO, TERÇA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com |14| {ESPORTE}

A cinco rodadas do fim da temporada e a quatro jo-gos sem vencer na Série B do Campeonato Brasileiro, o Vasco começa a se preocu-par com a queda de rendi-mento na reta final.

Ontem, o diretor-execu-tivo Rodrigo Caetano se re-uniu com jogadores e co-missão técnica no centro do gramado do campo prin-cipal do CFZ (Clube de Fu-tebol Zico), no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste, e

o clima era de cobrança.O time do técnico Joel

Santana é o terceiro coloca-do na tabela, com 56 pon-tos, a quatro do Atlético-GO, que ocupa a quarta posição. O cruzmaltino só não saiu do G-4 após quatro jogos sem vencer, porque os seus rivais por uma vaga entre os quatro primeiros na classifi-cação também fracassaram.

O próximo adversário é o ABC-RN, sábado, às 16h20, no Maracanã. METRO RIO

Série B. Vasco tem papo cabeça antes do treino

Depois de retornar ao G-4, com a vitória por 2 a 0 sobre o Goiás, o Fluminense se pre-para para enfrentar o Coriti-ba, sábado, às 19h30, no Cou-to Pereira, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O técnico Cristóvão Bor-ges, no entanto, tem uma dúvida para escalar o time. O lateral-esquerdo Chiqui-nho tomou o terceiro car-tão amarelo e desfalca o tri-color. Fernando e Carlinhos brigam pela vaga.

O Flu contou com os trope-ços de Corinthians e Atlético--MG na última rodada e agora é o quarto colocado, com 54 pontos. METRO RIO

Flu. Sem Chiquinho, dois brigam por vaga na lateral

O procurador-geral do Supe-rior Tribunal de Justiça Des-portiva (STJD), Paulo Schmitt, disse ontem que vai analisar as imagens da expulsão do técnico do Botafogo, Vagner Mancini, na derrota por 2 a 1 para o Cruzeiro, domingo, no Mineirão, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Segundo o árbitro Elmo Cunha, Mancini teria amea-çado o quarto árbitro, Emer-son de Almeida Ferreyra: “Es-tou te esperando lá embaixo.

Quero você lá no vestiário”, escreveu o árbitro na súmula do jogo, publicada ontem no site da CBF.

O Botafogo é o 18º coloca-do na tabela, com 33 pontos. Na próxima rodada, o alvine-gro enfrenta o Atlético-PR, sá-bado, às 21h, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Segundo o matemático Tris-tão Garcia, do site Infobola, o Glorioso tem 61% de chances de cair para a Segunda Divi-são. METRO RIO

Fogo. STJD vai analisar a expulsão de Mancini

40%de chances de disputar a Libertadores do ano que vem tem o Flu, segundo o matemático Tristão Garcia, do site Infobola.

A próxima temporada da Fórmula Indy começará em Brasília (DF), dia 8 de mar-ço do ano que vem, e os pi-lotos deverão encontrar a pista do Autódromo In-ternacional Nelson Piquet em perfeitas condições. As obras de reforma, que se concentrarão no traçado e nas áreas de escape, estão previstas para começar em janeiro.

Ontem, em passagem pe-la cidade, o piloto baiano Tony Kanaan visitou as ins-talações e em seguida se re-uniu com o governador Ag-nelo Queiroz, a presidente da Terracap (Agência de De-senvolvimento do Distrito Federal), Maruska Lima, e o diretor-geral da Band Brasí-lia, Flávio Lara Resende.

Tony reforçou a necessi-dade de garantir a seguran-ça da prova. “O mais impor-tante é ter um autódromo seguro, com o asfalto bom. Tendo uma pista, o resto a gente dá aquele jeitinho brasileiro”, brincou. A pre-visão é de que, no final de semana da corrida, a capital federal receba cerca de 80 mil pessoas.

Para isso, serão insta-ladas arquibancadas pro-visórias. As obras focarão especialmente renovar o asfalto -- o restante da re-forma prevista, com as ins-talações definitivas, deve ser concluído em 2016. Até dezembro, será realizada a licitação para empresas interessadas.

“Em janeiro começa-

rão as atividades em cam-po, com serviços prelimi-nares e essenciais, como revestimento novo da pista e áreas de escape. A refor-ma completa, com boxes, arquibancada e paisagismo levará dois anos”, salienta Maruska.

PressãoEmpolgado, Tony Kanaan destacou a boa localiza-ção do Nelson Piquet: “Já corremos no Rio e em São Paulo, mas Brasília vai ser a melhor cidade de todas. Os americanos precisam conhecer isso aqui”, disse.

O piloto da Ganassi e Helio Castroneves são os representantes brasilei-ros na categoria. Brasília será a casa nova da Indy até 2019. “A categoria veio para ficar e vai movimen-tar toda a economia da ci-dade”, destacou Agnelo Queiroz.

No Brasil, a Band e a Bandsports detêm os di-reitos exclusivos de trans-missão da Fórmula Indy.

Fórmula Indy. Piloto brasileiro visita o Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Brasília (DF), que passará por obras para receber a prova de abertura da temporada 2015, dia 8 de março

Kanaan: ‘Prioridade deve ser a segurança’

O governador Agnelo Queiroz recebeu Kanaan, ao lado do diretor da Band, Flávio Lara Resende | ANDRESSA ANHOLETE/METRO BRASÍLIA

“Começar o campeonato no Brasil, com apoio da torcida, é demais. Vai ter uma pressão muito grande contra os estrangeiros. Espero que isso nos ajude e dê uma forcinha extra.”TONY KANAAN, PILOTO BRASILEIRO, DA EQUIPE GANASSI

FABIANEGUIMARÃES METRO BRASILIA

MARATONA DE AMORGente, vivi uma experiência tão maravilhosa nesse fi-nal de semana que nem vou falar de carros hoje. Que-ro dividir com vocês a emoção que senti na Maratona de Nova York. E o mais legal é que fui não como es-portista, mas como torcedor da minha companheira Adriana Henao, que participou pela primeira vez des-sa competição mundialmente famosa e fez dessa es-treia uma ação de solidariedade aos mais necessitados.

Foi a oportunidade que tive de retribuir todo o ca-rinho e suporte que a Adriana sempre me dá nas mi-nhas corridas. São inúmeras as imagens de TV e fotos que mostram a Adriana e nossa filha Mikaella sempre do meu lado, independentemente da situação. Hoje eu sei que é muito melhor, durante a temporada, vol-tar para o hotel e encontrar a família do que ficar so-zinho, olhando para o teto.

A cumplicidade do olhar, o sorriso, o abraço que re-carrega as baterias para a batalha seguinte. Tudo faz parte de uma rotina que Deus permitiu que eu pudes-se viver e vivo cada segundo com muita intensidade. O amor faz o coração bater mais forte e a Adriana e a Mikaela tornam tudo mais bonito a cada dia.

Foi por isso tudo que eu assumi imediatamente o outro lado quando a Adriana resolveu participar da Maratona. Vocês não fazem ideia como a baixinha treinou! E nessa fase final, eu assumi a casa e cuidei da Mikaella para que ela tivesse mais tempo. Quan-do a gente chegou em Nova York, eu fui passear com a Mikaella pela cidade, enquanto a Adry cumpria seus compromissos na véspera. O engraçado é que esses passeios sempre acontecem em vários lugares durante a temporada da Indy, só que eu nunca participo por-que estou cumprindo a minha agenda. Dessa vez foi a minha vez.

Outra coisa legal foi a arrecadação de fundos para a fundação do ator Sean Pean, a J/P Haitian Relief Or-ganization (www.jphro.org) em apoio à educação, saú-de e reconstrução do Haiti, que foi devastado pelo ter-remoto de 2010. Cada um da equipe se encarregou de promover a sua campanha e muita gente contribuiu. Só a Adry conseguiu quase R$ 40 mil.

Na prova, fui para arquibancada e vibrei com a or-ganização e a força dos atletas, que enfrentaram mais de 50km. Adriana estava linda e completou a prova em 4h50min52s. Então, para e pensa. Se com 10 ou 15 minutos tem gente que começa a ficar com a língua de fora, imagine correr isso tudo! É ou não é um orgu-lho enorme? Parabéns Adry!

Um forte abraço para todos e até semana que vem!

Opinião

HELIO CASTRONEVESHELIO.CASTRONEVES@METROJORNAL.COM.BR

Helio Castroneves, 39, nasceu em São Paulo e foi criado em Ribeirão Preto. É o piloto brasileiro com mais vitórias na Indy, com 29 conquistas, e venceu três edições da Indy 500 (2001, 2002 e 2009). Disputou em 2014 sua 17ª temporada na categoria e 15ª pelo Team Penske.

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