2014 01-30 contribuição 06 zp-16
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Contribuições da ZP 16 a Consulta Pública nr 2 de 2013 - CNAP. Contribuições da Praticagem de Santos.TRANSCRIPT
MODELO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÕES REFERENTE À CONSULTA PÚBLICA Nº 02 /2013
IMPORTANTE: As contribuições que não se tratem apenas de alteração no texto, mas sim de Texto onde
constem as contribuições e respectivas justificativas, deverão ser feitas por meio desta ficha. No item
EXTRATO, deverá constar uma síntese da Nota Técnica, com no máximo 100 palavras. Esta ficha deverá ser
preenchida e enviada para o e-mail [email protected]. Todas as contribuições serão avaliadas e
respondidas de forma consolidada em relatório específico.
NOME/IDENTIFICAÇÃO: PRÁTICOS – SERV PRATICAGEM PORTO SANTOS E BAIX SANT S/S LTDA
CPF/CNPJ: 01.331.652/0001-71
EXTRATO: Demonstra que a remuneração líquida por manobra dos práticos brasileiros equivale a cerca da
metade da remuneração dos práticos americanos.
COMISSÃO NACIONAL PARA ASSUNTOS DE PRATICAGEM- CNAP
CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS- MODELO NOTA TÉCNICA
CONTRIBUIÇÃO Nº 06 DA PRATICAGEM DA ZP-16
OBS: A Praticagem da ZP-16 reitera a sua total discordância em relação ao processo de
regulação que vem sendo conduzido pela CNAP e reafirma que a metodologia que se pretende aplicar é
tendenciosa e contém vícios e impropriedades matemáticas graves que condenam a sua utilização, tudo
conforme exposto em sua contribuição nº 01. A apresentação da presente contribuição de forma alguma
significa ou deve ser interpretada como aquiescência ou concordância da Praticagem da ZP-16 com o
processo ou a metodologia. O encaminhamento desta contribuição representa, única e exclusivamente, a
salvaguarda do direito de manifestação no contexto do ordenamento vigente.
REFERÊNCIAS
1) DIBNER, B. Review and analysis of harbor pilot net incomes. Louisiana Pilotage Fee Commission.
Fevereiro, 2012.
2) DIBNER, B. Assessment Of Bridge Hours Required And Net Revenue Per Bridge Hour And Per Mile
For Florida And Gulf Coast Pilot Organizations. Setembro, 2008.
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Com base nos dados obtidos nas publicações em referência, é possível montar a tabela apresentada a seguir:
Zona de Praticagem Remuneração
Individual
Total
Manobras
Nr
Praticos Man/Pratico/Ano Remuneração/Manobra
ZP 07: Corpus Christi, TX -
Aransas-Corpus Christi Pilots
Association;
$456.677,00 3.698 14 264,14 USD 1.728,90
ZP 09: Galveston - Texas City,
TX; $306.521,00 5.515 16 344,69 USD 889,27
ZP 10: Houston Pilots, TX; $672.164,00 13.317 78 170,73 USD 3.936,98
ZP 11: Sabine River, TX; Port
Arthur, Beaumont, Orange; $544.838,00 4.066 29 140,21 USD 3.885,96
ZP 15: New Orleans - Baton
Rouge, NOBRA, LA; $415.356,00 12.147 108 112,47 USD 3.692,97
ZP 16: Pascagoula, MS -
Pascagoula Bar Pilots'
Association;
$380.146,00 1.421 6 236,83 USD 1.605,12
ZP 18: Tampa Bay, FL -
Tampa Bay Pilots; Port of
Tampa, St Petersburg, Manatee;
$213.983,00 4.815 23 209,35 USD 1.022,14
ZP 20: Port Everglades, FL; Port
Everglades Pilots Association +
Port Dania;
$300.439,00 10.336 18 574,22 USD 523,21
ZP 21: St. John Bar Pilots;
Jacksonville; $371.692,00 3.647 12 303,92 USD 1.223,01
Remuneração Média Ponderada por Manobra $3.007,51
Para as 9 ZP analisadas utilizando-se os dados disponíveis nas referências, é possível calcular o número de
manobras/prático/ano, bem como a remuneração média/manobra/prático, no caso U$ 3.007,51.
A conversão do valor médio ponderado/manobra para reais PPC (1 dolar internacional igual a 1,9865 reais –
fonte: IPEADATA AGO/2013) resulta em um valor de R$ 5.974,43/manobra/prático.
Ao confrontar o valor apurado por manobra nas ZP americanas com os valores apurados para as ZPs 12, 14 e
16, três das principais ZPs do Brasil, são constatadas as seguintes diferenças:
ZP-12 – 45% da remuneração média por manobra da Região de Referência (EUA).
ZP-14 – 59% da remuneração média por manobra da Região de Referência (EUA)
ZP-16 – 58% da remuneração média por manobra da Região de Referência (EUA)
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Tabela 11. Informações das Regiões de Referência
Dados I nputs
Observação ZP 12 ZP 14 ZP 16
Remuneração Líquida
por Hora de Manobra
por prático (a)
R$ 2.072,09 R$ 1.752,95 R$ 2.205,54
Obtido a partir do
benchmarking
internacional
Remuneração Líquida
por Manobra (b) R$ 2.667,82 R$ 3.505,90 R$ 3.437,59
(a) multiplicado
pelo tempo
de manobra
Remuneração Líquida
Anual por Prático R$ 379.558,24 R$ 987.757,73 R$ 668.426,83
(b) multiplicado pelo número
de manobras
por prático
Tabela 12. Cálculos
Dados I nputs
ZP 12 ZP 14 ZP 16 Custos Operacionais EIR - por Manobra R$ 814,48 R$ 720,74 R$ 1.478,84
Custos Operacionais EIR - por Hora de Manobra R$ 632,60 R$ 360,37 R$ 948,82
Valor Base por Manobra R$ 3.482,30 R$ 4.226,63 R$ 4.916,43
Valor Base por Hora de Manobra R$ 2.704,70 R$ 2.113,32 R$ 3.154,36
Preço Médio de Referência para a ZP antes da aplicação
dos Fatores A, B e W* R$ 4.199,04 R$ 5.170,96 R$ 5.887,83
*Inclui Alíquota Média de Tributação.
PREÇOS DE M ANOBRAS I NTERM EDI ÁRI AS
Manobras intermediárias são definidas como aquelas que acontecem dentro da Zona
de Praticagem diferentemente do deslocamento entre barra e berço (ou vice-versa), tais como
manobras de fundear/suspender, amarrar à boia/largar da boia, entrar/sair de dique/carreira ou
mudança de berço.
Para o caso particular de manobras intermediárias que representem etapas de uma
manobra completa, seu preço corresponderá a uma parcela do preço máximo para a manobra
completa, não podendo o somatório de preços dessas manobras intermediárias ser superior ao
preço da manobra completa.
O preço de cada manobra intermediária é definido pela seguinte Equação, apresentada
na Consulta Pública N° 01/CNAP, de 07 de março de 2013, e nas notas explicativas
disponíveis nos seguintes endereços eletrônicos:
http://www.portosdobrasil.gov.br/comissao-nacional-para-assuntos-de-praticagem/consultapublica e
http://www.dpc.mar.mil.br/sta/legislacao/resolucao/menu.html
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Em vista do resultado, é possível afirmar que, aparentemente, existiria uma disposição prévia de
deliberadamente remunerar o prático brasileiro em apenas uma fração do seu congênere norte-
americano.
Causa estranheza tal fato, pois é sabido que as condições dos portos norte-americanos, no tocante a dragagem,
capacidade e número de rebocadores, condições dos atracadouros, defensas, cabeços e outros quesitos de
segurança, ou facilitadores para as manobras, são consideravelmente melhores, em favor de seus práticos.
Cabe, ainda, o questionamento do porquê dessa enorme diferença, ao considerar-se os preços mais elevados no
Brasil, comparativamente aos EUA, de itens como: automóveis, eletrônicos, eletrodomésticos, computadores,
smartphones, roupas, que não compõem a cesta básica ou o PPC, entretanto, são itens normalmente adquiridos
por pessoas da classe média tanto do Brasil como dos EUA, classe na qual se enquadram os práticos.