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INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA Eduardo Fernandes Cazassa Turma MBF034 Modelo de Desenvolvimento Imobiliário Um Estudo de Caso no Mercado de Capitais Brasileiro São Paulo - 2013

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INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA

Eduardo Fernandes Cazassa Turma MBF034

Modelo de Desenvolvimento Imobiliário Um Estudo de Caso no Mercado de Capitais Brasileiro

São Paulo - 2013

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INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA

Eduardo Fernandes Cazassa Turma MBF034

Modelo de Desenvolvimento Imobiliário Um Estudo de Caso no Mercado de Capitais Brasileiro

O aluno cumpriu todos os requisitos necessários para a

elaboração do Projeto Aplicado, estando, portanto, APROVADO.

São Paulo, 08 de Abril de 2013

Professor Orientador Ricardo José de Almeida

São Paulo – 2013

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OBJETIVO DO TRABALHO

O objetivo desse trabalho é elaborar um paper, ou seja, um estudo de caso de uma

empresa real. Nesse estudo será analisada uma situação real de desenvolvimento imobiliário

de uma empresa do setor de varejo com ativos imobiliários sob a ótica da disciplina

“Avaliação de Empresas” do curso MBA Executivo em Finanças e serão propostas soluções

que atendem ao objetivo de maximização de valor da empresa, com base em conceitos

ministrados por essa disciplina além de soluções utilizadas no mercado imobiliário brasileiro.

INTRODUÇÃO

O imóvel é uma classe de ativos que possui um modelo de avaliação (valuation)

próprio que possui diversas variáveis próprias, podendo ser avaliado como se fosse uma ação

listada em bolsa. Ainda assim, um princípio básico permanece: o valor do imóvel corresponde

ao valor presente do seu fluxo de caixa gerado, ou seja, renda ou aluguéis (Damodaran, 2007).

As decisões de agentes econômicos devem considerar suas instalações e sua

dependência do ativo imobiliário, como as redes de varejo. As decisões de investimentos

nessas empresas são baseadas em premissas sobre o valor futuro do seu negócio em face da

propriedade. A decisão de expandir uma rede de lojas passa pela questão de que o local e o

imóvel onde a expansão em estudo seja melhor utilizado para o fim desejado, sob pena de não

se obter o imóvel desejado (por compra ou locação) ou não se atingir uma decisão

economicamente eficiente (Brealey, 2008).

Expandir um negócio passa pela estratégia corporativa e deve buscar a aquisição de

vantagem competitiva ao se utilizar o imóvel como meio e não como fim em si. O gerador de

fluxo de caixa mais importante é o fluxo de caixa do negócio de varejo, como a ser detalhado

neste caso. A questão a ser abordada parte de uma realidade de mercados competitivos que é a

precificação de ativos, como o imobiliário, como ponto de partida de uma decisão de

investimento.

A EMPRESA

Estabelecida como uma rede de varejo, a Empresa Brasil de Remédios, é uma

tradicional empresa de origem familiar e possui uma recente história de fusão em um setor

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que apresenta claras economias de escala. Os grandes centros urbanos são os focos de atenção

e os preços competitivos que praticam proporcionam margens de retorno antes de impostos e

despesas financeiras não superiores a 6% em relação a receita bruta nos últimos 5 anos até

2012. A margem líquida ficou próxima a 4% nesse mesmo período, indicando baixa

alavancagem pela natureza de geração de caixa e empréstimos de longo prazo subsidiados.

A despeito de forte expansão dos negócios com incremento do número de lojas de

varejo e pequenas aquisições desde a entrada de investidores capitalistas em seu capital social,

a Empresa Brasil de Remédios uniu-se a uma grande concorrente com vistas a integração de

sistemas, centros de distribuição, e redução de estruturas corporativas que poderiam ser

reduzidas em uma integração de operações.

Após decisões pertinentes ao processo de fusão que perdurou por cerca de doze meses,

a expansão da rede de lojas continuou parte da estratégia de negócios. Os grandes centros

urbanos continuam demandando serviços de qualidade neste setor, com atenção à localidade

das lojas (deve estar próximo ao consumidor, ainda que haja redundância geográfica), além de

outras estratégias como fidelização de clientes e oferta de maior cesta de produtos que

agreguem maior margem de retorno à empresa (medicamentos e não medicamentos). Em

resumo, as vantagens competitivas concentram-se em marca, localização, serviços e preços.

Dados da indústria farmacêutica brasileira em 2012 (IMS Health e Abrafarma)

indicam que o setor ainda é fragmentado e sujeito a consolidação: cerca de 88% das lojas de

empresas do setor são independentes e representam 48% das receitas do setor. O processo de

consolidação se acelerou em 2004 com a entrada de recursos em grandes grupos empresariais

do setor de varejo farmacêutico.

SOBRE O MERCADO IMOBILIÁRIO BRASILEIRO

O Mercado Imobiliário brasileiro tem um momento de alta em 2013. A estrutura de

financiamento e o papel governamental são fundamentais para que haja alavancagem no setor,

tanto pelas empresas como pelos consumidores. A forma como o setor é estruturado no Brasil

impede que se formem bolhas de preços como visto em países como EUA e Espanha nos

últimos 10 anos. Um fator limitante à bolha são as taxas de juros ainda altas se comparadas

com o restante do mundo. Os empréstimos são concedidos no limite de 90% do valor do

imóvel (mais comumente 80%) e as prestações dos financiamentos são limitadas a 30% da

renda dos compradores de imóvel. Os financiamentos imobiliários ainda não são realizados

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com a finalidade de crédito aberto (vinculação de garantia imobiliária para crédito sem

destinação em imóvel, denominado Home Equity), evidência de que o desenvolvimento

brasileiro não atingiu níveis internacionais.

Desde meados de 2005, o setor imobiliário brasileiro teve uma sequência de aberturas

de capital de empresas, totalizando 26 empresas em 5 anos. Ao mesmo tempo, os bancos

disponibilizaram linhas de crédito com maior prazo e menores taxas. Desta maneira, houve

uma nova oferta caracterizada por lançamentos de projetos para atender a um mercado pouco

atendido desde os anos iniciais da década de 1980, quando havia alta inflação, baixa poupança

e frequentes crises econômicas.

Neste ambiente, os preços dos imóveis tanto residenciais quanto corporativos

atingiram um rápido aumento em 2009, atingindo altos patamares em 2010 e 2011. A

demanda continuou forte e assim permanece em 2013, sendo que a compra especulativa tem

limites e não é amplamente realizada. Segundo dados do setor, os preços multiplicaram por 2

vezes nos últimos anos na cidade do Rio de Janeiro e na cidade de São Paulo (gráfico 1). O

mesmo movimento se verificou em outras grandes cidades brasileiras, ainda que em

proporções diferentes.

Gráfico 1 – Evolução de Preços de Imóveis em SP e RJ – FIPE/ZAP (ago/2010 = 100)

Fonte: FIPE/ZAP

De acordo com Shiller (2007), as bolhas de preços são caracterizadas por aumentos de

preços que não se sustentam pelo custo do ativo (substituição do ativo) ou pela renda deles

originada (aluguel). Constata-se de que os preços aumentaram mais do que o valor de locação

(gráfico 2). Contudo, os custos de construção sustentam os preços praticados, conforme

gráfico 3. O custo de construção aumentou menos que os preços, sendo que o insumo terra

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não está precificado e o insumo trabalho não está precificado em sua totalidade no índice

INCC medido pela FGV.

 

Gráfico 2 – Evolução da Taxa de Locação em SP e RJ – FIPE/ZAP

Fonte: FIPE/ZAP

Gráfico 3 – Evolução dos Custos de Construção INCC – FGV (ago/2010 = 100)  

Fonte: FIPE/ZAP

Os imóveis no Brasil tem apresentado uma tendência semelhante aos seus custos de

construção e pela primeira vez encontram condições antes não existentes:

1) Juros reais em níveis historicamente baixos

2) Financiamento disponível por motivos estruturais (inflação e instabilidade) e

situacionais (compensação de ajustes de correção de parcelas de crédito

imobiliário - FCVS - e baixa participação de bancos privados no crédito de longo

prazo)

3) Empresas imobiliárias pouco desenvolvidas e com baixo nível de capital,

reduzidos ganhos de escala assim como concentração na oferta para público de alta

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poder aquisitivo, que pode antecipar o pagamento do imóvel ou financiar sua

construção.

4) Mercado Secundário cada vez mais eficiente, pois a compra se realizava apenas

com pagamentos à vista (“cash on cash”, ou sem alavancagem), com altos custos

cartoriais e pouca informação disponível aos compradores.  

Ao contrário de outros países onde houve financiamento a baixos custos para

alavancagem de indivíduos e empresas, as condições brasileiras são tal que os preços dos

imóveis ainda apresentam grande discrepância entre imóveis usados e imóveis novos, imóveis

localizados em centros financeiros e imóveis localizados nas periferias das grandes cidades,

modificando as estruturas urbanas e a expansão das cidades.

Para uma empresa ou indivíduo que possa realizar a transição de venda de ativo

imobiliário para realizar locação, trata-se de uma medida economicamente eficiente. Tal

transição já está em estágio mais avançado em economias como a dos EUA, como visto no

gráfico 4.

Gráfico 4 – Ativos Imobiliários Corporativos  

 

Fonte: BR Properties – Apresentação de Resultados 2011

MOMENTO ATUAL

Tendências: empresas buscam soluções para se desfazerem de ativos imobiliários a

fim de melhor competir em seus segmentos e tornar seus ativos imobiliários assessórios,

atribuindo-lhes uma despesa de locação em detrimento da propriedade em seus ativos

imobilizados.

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O PROBLEMA

A Empresa Brasil de Remédios apresenta uma rede de mil lojas nos mercados mais

relevantes, sendo cerca de dois terços das lojas de propriedade de terceiros e locadas para a

empresa em contratos de até 10 anos. Há um grande interesse em expansão da rede de lojas,

em torno de 10% incremental (cem lojas) nos próximos dois anos.

A geração de caixa pelas operações tem sido aplicada, nos últimos 2 anos,

consistentemente em investimentos para aquisição de imobilizado, expansão e melhoria das

lojas, sendo o ciclo de caixa (clientes, estoques e fornecedores) uma importante aplicação da

geração de caixa pelas operações.

A empresa deseja manter sua política agressiva de crescimento, assim como precisa

buscar eficiência operacional e diferenciação frente a concorrentes em um ambiente em que a

consolidação pode ser uma questão de tempo para acontecer. O Diretor Financeiro Jonas

apresenta a preocupação de canalizar recursos e esforços para que a empresa esteja preparada

para um momento aguardado de maior consolidação futura. Entre direcionar os esforços da

operação para o projeto de expansão (localização) ou para o próprio negócio (marca, serviços

e preços), apresenta um dilema e algumas possíveis soluções.

Um acordo realizado entre os sócios da empresa foi de que a alavancagem da empresa

por empréstimos tradicionais como debentures seriam apenas utilizados em caso de fusões e

aquisições futuras. A diluição também não era desejada pois traria desequilíbrio ao recém

firmado acordo de sócios. O momento de alta dos preços dos imóveis indicaram que a

alternativa imobiliária seria uma saída sem grandes discussões e de aproveitamento de

oportunidade naquele instante. Segundo dados apresentados, os imóveis apresentaram altas

expressivas nos últimos anos.

Os valores de imóveis nas cidades brasileiras apresentam uma rápida evolução

apresentando um momento de valorização (tanto em tendência como em nível). Segundo os

gráficos 2 e 3, vemos que os valores dos imóveis cresceram na mesma direção que seus custos

e apresentam uma rentabilidade em seu menor nível histórico. Assim sendo, a decisão sobre

os investimentos a serem realizados ficou centrada entre as diferentes formas de alavancagem

nos ativos imobiliários da empresa.

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O IMÓVEL COMO ESTRATÉGIA DE GERAÇÃO DE VALOR

Em janeiro de 2013, Jonas recebe três propostas que parecem contribuir para a solução

que buscava. O conceito das propostas era o mesmo: a precificação do ativo imobiliário em

alta permite a geração de valor imediata e criação de moeda de troca para futuras aquisições.

Sobre a Precificação Imobiliária

De acordo com o conceito explicado por Schiller (2007), os preços dos ativos

imobiliários são sustentados pela relação com sua renda gerada (aluguel) e por custos de

construção. Caso não o sejam, trata-se de uma condição instável com probabilidade de queda,

uma bolha. Conclui que a condição de aumento de preços dos imóveis é também uma

consequência psicológica explicada pela economia comportamental de que os preços dos

ativos imobiliários podem sustentar a escalada de preços. O fluxo de alugueis das lojas é,

contudo, um suporte de preços sustentável na visão de Schiller, sendo as taxas de juros na

economia brasileira em valor historicamente baixo um reforço para este sentimento. Há que se

reconhecer o real impulso ao mercado financeiro relacionado ao mercado imobiliário pelo

recente arcabouço institucional que permitiu a criação de instrumentos financeiros com lastro

em ativos imobiliários com isenção fiscal ao tomador (investidor) – inserir nota sobre Lei

10.931 e instruções CVM relacionadas a SFI e securitização de recebíveis imobiliários.

Sendo o valor dos imóveis, de acordo com Damodaran, o valor de sua renda a valor

presente, a taxa de juros utilizada é, ao lado do valor dos alugueis, variáveis que definem os

valores dos imóveis. Quanto maior o valor do aluguel e menor a taxa de juros aplicada no

cálculo de valor presente do fluxo de pagamentos, maior será o valor avaliado do imóvel.

Assim sendo, os instrumentos financeiros dele derivados apresentarão uma oportunidade de

geração de valor. A questão que Jonas náo pôde responder ainda era como esta oportunidade

deveria ser melhor aproveitada no negócio da Empresa Brasil de Remédios.

Supondo uma aplicação do modelo de fluxo de caixa a valor presente, em termos

reais, o valor de uma loja em 2006 difere substancialmente de uma mesa loja em 2013,

supondo mesmos valores de aluguel. As expectativas de taxas de juros que trazem fluxos de

caixa como de aluguel foram diminuídas ao longo deste período.

Em janeiro de 2004, a taxa Selic média móvel de 12 meses estava em 22,5%aa sendo

que, em dezembro de 2006, estava em 15,1% aa e, finalmente, apresenta valor de 7,6% em

março de 2013. O gráfico 5 retrata a evolução da taxa Selic com média móvel de 12 meses.

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Para o exemplo de um fluxo mensal de aluguel de R$10.000,00 em termos reais (já que os

contratos de aluguel são corrigidos anualmente por algum índice inflacionário, em geral IGP-

M), desconsiderando mudanças contratuais que possam ter ocorrido, os valores de Imóvel são

apresentados na tabela 1. Assume-se que a expectativa de juros seja próxima da taxa naquele

instante. É verificada uma clara diferença entre valores, dado que a taxa de juros que define o

custo de oportunidade das empresas é determinante para uma operação imobiliária conforme

discutido. O desafio concetra-se na apropriação desta valorização e aproveitamento de

oportunidade.

Gráfico 5 – Taxa de Juros Base (Selic) Anual para período 01/2004-03/2013

Fonte: IPEADATA

Tabela 1 – Valor das lojas com base em fluxo de 10 anos

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Propostas de Geração de Valor

Ao constatar o forte aquecimento do mercado imobiliário e o ambiente estável de

negócios, a Empresa Brasil de Remédio solicitou Propostas para formas de se apropriar do

valor que suas lojas poderiam ter. Para tanto, mencionou a criação de um Fundo Imobiliãrio

exclusivo assim como operações imobiliárias específicas para lojas próprias e lojas que não

estivessem sob sua propriedade, mas que operam e pretendem continuar operando.

Segundo Block (2002), o ciclo imobiliário é composto de 4 fases: depressão,

recuperação gradual, boom e excesso de construção/queda. As características de boom (e não

bolha) são assistidas no momento brasileiro: absorção de espaços corporativos em rápida

velocidade, alugueis em alta, retornos altos para proprietários de imóveis, em especial quando

se trata de oferta de financiamento.

Proposta 1: FII Multi Asset com um Locatário - criação de um Fundo Imobiliário com

lojas da Empresa Brasil Remédios

A Gestora de Ativos Andromeda propôs a denominada de “sales and lease-back”, que

consiste na criação de um Fundo Imobiliário em que as lojas da rede fossem vendidas ao

Fundo Andromeda Renda Estável e este realiza o aluguel dos imóveis para a empresa

vendedora dos ativos. A compra dos imóveis se dá por um valor de avaliação à taxa de juros

que seus Fundos Imobiliários vinham praticando com grandes empresas que possuem alta

qualidade de crédito e alta transparência e boas práticas de governança.

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Os imóveis da rende seriam adquiridos pelo Gestor do Fundo e a empresa deveria

realizar contratos de locação por um prazo de 15 anos, sujeito a reavaliações a cada 5 anos.

Para a aquisição das lojas de propriedade de terceiros, a Gestora Andromeda ofereceu

consultoria com valor de 2% sobre o valor de aquisição dos imóveis, sendo bem visto pelo

Diretor Jonas que possui uma Equipe pequena. A taxa de desconto a ser utilizada pelos

imóveis da empresa seria 10%aa, antes de correção monetária por índice de inflação de

mercado, ainda que Jonas conhece as taxas alvo oferecidas aos cotistas dos Fundos da

Andromeda que equivale a 8%aa antes de correção monetária. O prazo para realização da

operação seria de 6 a 12 meses. A Gestora informou que seus custos são tais que o volume

mínimo desejado para a operação é R$100 milhões.

A clara vantagem desta proposta era seu tamanho; e a exposição da empresa ao

público investidor. As possíveis desvantagens eram a possível perda de barganha na

renovação dos contratos de locação, pela troca de pequenos proprietários de imóveis por um

único proprietário, e o custo de 10%aa que parecia alto perto da captação de dívida que

apresentava taxas semelhantes.

Figura 1 – Diagrama FII Multi Asset com um Locatário

Proposta 2: CRI de Locação - Operação de Securitização dos Recebíveis dos Imóveis

A Gestora de Ativos Bigger propôs a securitização de imóveis da empresa que já

estivessem sob a propriedade da Empresa Brasil Remédios, sendo responsabilidade desta a

aquisição das demais lojas. O prazo para a realização desta operação seria de até 3 meses,

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pressupondo o esforço anterior da empresa em adquirir lojas em quantidade desejada para

obter uma operação de pelo menos R$50 milhões como sugerido por Jonas. O que agradou

Jonas nesta proposta foi a taxa oferecida: 9%aa em termos reais.

As vantagens se concentravam em: prazo menor de realização da operação; e taxa

mais atrativa. As possíveis desvantagens eram a limitação de lojas próprias (ou a necessidade

de aplicar capital na aquisição de lojas que fossem alvo da operação); o menor volume da

operação e a incerteza sobre as condições de renovação contratual a serem definidas em

conjunto com a Gestora em 5 anos, quando era prevista a próxima renovatória contratual.

Figura 2 – Diagrama CRI de Locação

Proposta 3: Operação de Securitização do Fluxo de Alugueis dos Imóveis

A Gestora de Ativos Crescimento propôs uma operação ainda não testada no mercado

de varejo brasileiro: ainda que a propriedade das lojas não seja da Empresa Brasil de

Remédios, propôs que os fluxos de alugueis dessas lojas sejam formalizados em contratos de

pelo menos 10 anos para que fosse feita uma operação de securitização do direito de aluguel,

tratada como direito de superfície. Após o prazo de pelo menos 10 anos, a propriedade

deixaria de ter vínculos com a operação financeira. O prazo para a realização desta operação

seria de até 3 meses. A taxa oferecida também foi de 9%aa em termos reais, sendo a operação

mínima sugerida pela Gestora Crescimento de R$30 milhões. Os valores da operação

poderiam ser utilizados para a aquisição de lojas pela Empresa para consolidar as

propriedades das lojas que estivessem em maos de terceiros, isso se daria pela constituição da

empresa compradora dos imóveis no momento da estruturação.

O passo a passo foi assim estruturado:

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1) Gestora adquire imóvel e implementa no imóvel o Empreendimento Imobiliário

(conforme Estatuto da Cidade)

2) Gestora concede o direito de superfície do imóvel para a Empresa, por prazo determinado,

e preço certo, que poderá ser pago a prazo.

3) Preço da concessão da superfície corresponde ao crédito imobiliário passível de ser

securitizado por meio da emissão de CRIs

4) A Empresa possui um prazo determinado para adquirir o veículo que adquiriu o imóvel

utilizado no CRI (Opção de Compra).

A Concessão de Direito Real de Superfície tem fundamento nos artigos 1.369 e

seguintes do Código Civil e na Lei 10.257/2001 (Estatuto da Cidade). Tal instituto

proporciona à empresa interessada possuir coisa própria incorporada em terreno alheio,

utilizando-o por tempo determinado e mediante preço certo.

Tecnicamente, uma escritura pública define que a empresa interessada em utilizar uma

edificação adequada às suas necessidades torna-se titular do direito real de uso do terreno

correspondente, por prazo determinado, e preço certo, que poderá ser pago a prazo, ajustando-

se, também, a construção do edifício. O preço da concessão da superfície corresponde ao

crédito imobiliário passível de ser securitizado por meio da emissão de CRIs. Ao contrário da

locação comum, na superfície não há possibilidade de revisão do preço ajustado.

Assim, as vantagens pareciam claras: surpresas na renovação de contratos de locação

não seriam mais problemas; todas as lojas que ainda não estivessem sob a propriedade da

Empresa seriam em breve de propriedade da mesma, como desejado por Jonas. A grande

desvantagem era o tamanho da operação aliada à inovação da solução que poderia incorrer em

atrasos da emissão prevista para 3 meses.

Figura 3 – Diagrama CRI de Direito de Superfície

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Tabela 2 - Resumo Propostas

Propostas 1 2 3

Descrição Fundo Imobiliário (FII) CRI com lastro em imóveis

CRI com lastro em direito

de superfície

Funcionamento

As lojas passam a ser

propriedade do Fundo que

realiza contratos de locação

de 15 anos.

As lojas de propriedade da

Empresa tem contratos de

locação vinculados por 10

anos.

As lojas de propriedade da

Empresa ou de terceiros tem

vinculação do fluxo de

renda de locação de 10 anos

para a operação financeira.

Opção de Compra dos

imóveis.

Tamanho (mínimo) R$ 100 milhões R$ 50 milhões R$ 30 milhões

Prazo de realização 6 a 12 meses Até 3 meses Até 3 meses

Taxa de Juros da Operação 10% aa 9% aa 9% aa

Propriedade dos Imóveis

antes da Operação Empresa Empresa Empresa e/ou Terceiros

Propriedade dos Imóveis

após a Operação Fundo Imobiliário Empresa Empresa e/ou Terceiros

Pré condição Negocial

Fundo será Proprietário das

lojas.

A Empresa deve se

encarregar de aportar

contratos de locação de lojas

próprias.

Valor da Opção de Compra

do Ativo deve respeitar

rentabilidade prevista de

9%aa para o período de

aquisição a combinar.

Forma de renovação de

contrato de locação

A estabelecer em renovação

contratual com o Fundo

Imobiliário, em geral

reajustes a cada 3 anos.

Estabelecida em Contrato de

Locação, em geral reajustes

a cada 5 anos.

Pré estabelecida, sem

revisão de valor.

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Anexo I (a ser utilizado após discussão do caso)

A DECISÃO

A aquisição de concorrentes em um futuro processo de consolidação foi determinante.

Jonas ponderou os seguintes pontos:

1. Seu prazo para realização de qualquer operação era o orçamento do ano vigente,

sendo que operações que ultrapassassem 6 meses de previsão de realização poderiam

enfrentar mudanças de mercado em que atua e no mercado financeiro, podendo

colocar seus esforços em vão;

2. Jonas também tem participação acionária na companhia e acredita que a propriedade

dos imóveis é uma condição de proteção de contratos que apresentem cláusulas de

reajuste que podem seguir em sentido contrário ao crescimento da lucratividade e

receita da companhia, sendo um fator de pressão sobre margens em um futuro quando

não estiver no corpo executivo, mas apenas como acionista da companhia; e

3. Jonas percebeu nos instrumentos financeiros apresentados uma possibilidade de

realizar um desejo há muito tempo expressado quando entrou para o corpo executivo

da companhia: as lojas eram detidas por muitos proprietários, não havendo

concentração ou uniformização de contratos que lhe permitissem negociações,

flexibilizações ou poder de barganha.

Jonas optou pela Proposta 3 em que o fluxo dos recebíveis foi securitizado,

estabelecendo que durante os anos vindouros, a empresa Brasil de Remédios poderia adquirir

as lojas de terceiros com os recursos captados, tendo, assim, atingido os principais objetivos

alinhados com a estratégia da empresa:

1. Permitir investimentos nos negócios “core” da empresa, sem dispersão de foco em

ativos imobiliários como verificou nos últimos dois anos;

2. Aproveitamento do momento do mercado imobiliário de perspectiva de redução de

taxas de juros em que a precificação permite uma grande entrada de recursos na

companhia;

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3. O tamanho da operação permitirá que a companhia julgue se o modelo adotado é

correto, pois teria de aportar esforços adicionais para realizar operações de valor

acima de R$ 50 milhões sem antes demonstrar os efeitos positivos desta inovação na

empresa tradicional em que trabalha; e

4. Aproveitar do benefício de liquidez imediata para realizar a aquisição de lojas de

propriedade de terceiros, em prazo dilatado para realizar boas negociações, como

também poderia utilizar a liquidez obtida para movimentos de consolidação.

O Conselho de Administração da Empresa ponderou sobretudo em relação ao fato de

que a Empresa não tem a propriedade de todas as lojas em que atua. Problemas reconhecidos

como renovação a um alto custo e perda de ponto são levados em conta nos contratos e

poderiam ser evitados com a compra dos imóveis. Por isso, a utilização dos recursos captados

pela empresa por meio do CRI de Direito de Superficie devem ser utilizados primordialmente

para a compra das lojas ainda não em uso pela empresa. Portanto, a opção de compra tratada

na proposta 3 deveria ser exercida no menor prazo possível.

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Anexo II – O RECENTE DESENVOLVIMENTO DO MERCADO DE CAPITAIS

IMOBILIÁRIO

O efeito macroeconômico do aumento de renda associado à baixa poupança estimula o

mercado de capitais no Brasil, como retratado na tabela 3. Este efeito é especialmente forte no

setor imobiliário, pois a renda disponível pode ser direcionada a um mercado que passou por

duas a três décadas em baixo desenvolvimento. Sendo a taxa de poupança próxima de 20% da

renda disponível, a necessidade de financiamento é um grande fomentador do mercado de

capitais, tendo capitais sendo originados no exterior e também realocados de outros ativos de

menor retorno que aquele do setor imobiliário.

Tabela 3 – Contas Nacionais Contas Nacionais

Principais agregados macroeconômicos 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Produto Interno Bruto (R$ milhões) 2.369.484 2.661.344 3.032.203 3.239.404 3.770.085 4.143.013

Per capita (R$) 12.769 14.183 15.992 16.918 19.509 21.252

Renda nacional bruta (R$ milhões) 2.310.899 2.606.535 2.960.429 3.175.327 3.702.057 4.064.885

Renda disponível bruta (R$ milhões) 2.320.265 2.614.364 2.968.345 3.182.010 3.706.969 4.069.598

Poupança bruta (R$ milhões) 416.586 481.236 569.400 515.258 661.013 713.462

Capacidade (+) ou necessidade (-) de financiamento (R$

milhões)

21.450 -5.045 -56.129 -56.129 -100.033 -101.150

Fonte: IBGE

BREVE HISTÓRICO SOBRE FUNDO IMOBILIÁRIO E CRI NO BRASIL

O mercado brasileiro apresenta um crescimento acelerado em estruturas de

financiamento privado ao setor imobiliário. Em especial, Fundos e Papeis direcionados aos

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ativos tem obtido destaque por seus bons resultados aos investidores. A seguir, serão

detalhados: (i) os Fundos Imobiliários; e (ii) Certificados de Recebíveis Imobiliários.

(i) Fundo de Investimento Imobiliário - FII

Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) são fundos que investem em

empreendimentos imobiliários (exemplos: edifícios comerciais, shopping centers, hospitais

etc.). Surgiram no Brasil em 1993 para facilitar o acesso de pequenos e médios investidores

aos investimentos em ativos imobiliários.

Estabelecido pela Lei 8.668, o Fundo Imobiliário teve forte crescimento com as regras

estabelecidas em pela Instrução CVM 472 de 2008 em que o modelo brasileiro se aproximou

do modelo americano, em que entidades separadas pudessem gerir ativos imobiliários de

forma profissional e com transparência.

O retorno do capital investido se dá por meio da distribuição de resultados do Fundo

(o aluguel pago por um shopping center, por exemplo) ou pela venda das suas cotas do Fundo.

O mercado imobiliário tem crescido no Brasil e trazido oportunidades para

investidores pessoas físicas e jurídicas, conforme seu crescimento retratado na tabela 4. Os

FIIs são constituídos como “condomínios fechados”. São divididos em cotas que, uma vez

adquiridas, não podem ser resgatadas. O patrimônio de um fundo imobiliário pode ser

composto de imóveis comerciais, residenciais, rurais ou urbanos, construídos ou em

construção, para posterior alienação, locação ou arrendamento.

Tabela 4 - Fundos Imobiliários no Mercado Brasileiro

Fonte: CVM

O mercado de FII já havia recebido um grande impulso na sua capacidade de captação

no final de 2005, por conta da isenção da incidência de imposto de renda nos rendimentos

distribuídos para seus cotistas pessoas físicas pelos fundos negociados em ambiente de bolsa

ou balcão, conforme foi determinado pela Lei 11.196 de 2005. As três condições para este

benefício fiscal ao tomador são: o cotista beneficiado tiver menos do que 10% das cotas do

Valor  das  Emissões  de  FIIs  Registradas  na  CVM  (R$  milhões)  

2007   2008   2009   2010   2011   2012  

1.030   678   3.445   9.799   7.665   14.016  

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fundo; o FII tiver no mínimo 50 cotistas; e as cotas do FII forem negociadas exclusivamente

em bolsa de valores ou mercado de balcão organizado.

Em 2012, os Fundos Imobiliários tiveram destaque, pois apresentaram valorização

média de 35%, ao passo que o Ibovepa (ações) teve alta de 7,4% e o CDI foi de 8,4% (fonte:

BM&FBovespa).

Os FIIs podem investir em outros ativos, além de imóveis, como: certificados de

recebíveis imobiliários (CRI), cotas de FIDCs e FIPs que estejam ligados à atividades

permitidas aos FIIs, fundos de ações setoriais (construção civil/mercado imobiliário) e letras

hipotecárias. São obrigados a distribuir pelo menos 95% dos lucros obtidos a seus cotistas,

além de fornecer dados consolidados mensalmente e demonstrações financeiras

semestralmente.

Pode-se dizer que existem três grandes grupos de FIIs:

• Fundos de Renda de Aluguel;

• Fundos de Desenvolvimento Imobiliário; e

• Fundos de Investimento em Títulos Imobiliários.

(ii) Certificado de Recebível Imobiliário - CRI

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) são títulos de renda fixa baseados

em créditos imobiliários (pagamentos de contraprestações de aquisição de bens imóveis ou de

aluguéis), emitido por sociedades securitizadoras. Podem ser adquiridos por investidores tais

como Fundos de Investimentos.

Sua criação se deu pela Lei 9.514 de 1997. Teve grande evolução com a regulação de

instrumentos de securitização de créditos estabelecidos pela Lei 10.931 de 2004, com

simplificações apresentadas pela Instrução CVM 414 de 2004. Suas formas de distribuição

(venda) são estabelecidos pelas Instruções CVM 400 (2003) e CVM 476 (2009). Hoje é um

mercado de aproximadamente R$ 10 bilhões anuais.

Tabela 5 - Emissões de CRI no Mercado Brasileiro

Inclui operações com registro na CVM, dispensadas de registro e

distribuídas de acordo com Instrução CVM 476. Fonte: ANBIMA

Valor  das  Operações  (R$  milhões)  

2007   2008   2009   2010   2011   2012  

1.520     4.810     3.196     7.767     13.382     9.947    

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O grande avanço para os instrumentos de securitização no Brasil se deu por meio da

Lei 9.514/1997 que trata da alienação fiduciária (imóvel tratado como bem similar ao

automóvel em que se pode fazer retomada do bem), e Lei 10.931/2004 que trata do

patrimônio de afetação (para evitar fraude) e instrumentos de securitização (CRI/CCI/CCB) e

assim criou-se uma segurança ao se tratar do ativo imobiliário como forma de investimento

seguro.

Os CRIs podem ser utilizados para diversas finalidades, tais como:

• Residencial / Comercial / Loteamento / Shopping: risco de crédito pulverizado

• Financiamento de novos imóveis ou construção: risco de crédito concentrado em um

ou poucos devedores

• Built to Suit: financiamento a construção com risco no contrato de locação a

performar

• Sale and Lease-Back: venda com locação do ativo no mesmo ato, com finalidade de

desimobilização

• Corporativo: risco concentrado em um único devedor

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Anexo III - ALUGUEL DE PROPRIEDADES COMERCIAIS E INDUSTRIAIS (fonte:  Cushman  &  Wakefield  Industrial  Snapshot  2012  e  Colliers)  

 

Apesar da desaceleração econômica do Brasil em 2011, a demanda por espaços de

escritórios têm aumentado consideravelmente em 2012 não só em São Paulo, mas nos

importantes mercados do país. Atraindo grandes multinacionais que procuram por espaços

que ofereçam uma qualidade superior, fortalecendo o mercado para lajes corporativas.

Além disto, o índice de valorização nos preços pedidos de locação é constante e se

estima permanecer uma vez que haverá ao forte investimento em urbanização e infraestrutura

para receber a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas em 2016, beneficiando as regiões e

entorno onde irão acontecer às competições.

O setor industrial está bastante aquecido. De acordo com relatório Marketbeat

Industrial Snapshot 2012 para o Brasil, o segmento industrial, principalmente

empreendimentos do tipo condomínios de galpões vive seu momento áureo no país, em

decorrência de um cenário econômico estável, suportado pelo aumento de renda e consumo da

população. Construídos não somente em formato built-to-suit, mas especulativos; os

empreendimentos vêm atraindo intensamente investimentos nacionais e internacionais. Ainda

que com algumas dificuldades, como a escassez de terrenos adequados; seja por questões de

localização até por problemas de documentação e aprovações; e infraestrutura das rodovias, o

mercado é promissor, com grande potencial e deve se manter aquecido em curto/médio prazo.

Tabela 6 – Valores de Locação Industrial em diferentes localidades

Aluguel de Galpões industriais no mundo

Mercado Aluguel (US$/m2/mês) Aluguel (R$/m

2/mês) Taxa de Capitalização

Tóquio 23,14 43,41 6,20%

Londres (Heathrow) 20,96 39,32 6,00%

Hong Kong 20,55 38,55 4,40%

Cingapura 18,79 35,25 4,80%

São Paulo 14,94 28,02 10,50%

Paris 14,45 27,11 6,80%

Fonte: Colliers International - 2011

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BIBLIOGRAFIA

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<http://www.cushwake.com/cwmbs4q12/PDF/brazil_ind_4q12.pdf>. Acesso em 01 mar

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