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2º Semestre de 2015 2011 a 2016

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Page 1: 2011 a 2016 2º Semestre de 2015€¦ · 2º Semestre de 2015 2011 a 2016 . DIRETORIA Diretor-Presidente José Ricardo Pataro Botelho de Queiroz Diretor Juliano Alcântara Noman Diretor

2º Semestre de 2015

2011 a 2016

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DIRETORIA Diretor-Presidente José Ricardo Pataro Botelho de Queiroz Diretor Juliano Alcântara Noman Diretor Hélio Paes de Barros Júnior

Diretor Ricardo Fenelon Junior Diretor Ricardo Sérgio Maia Bezerra

EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL Superintendente de Acompanhamento de Serviços Aéreos Ricardo Bisinotto Catanant Gerente de Acompanhamento de Mercado Cristian Vieira dos Reis Gerente Técnico de Análise Econômica Luiz André de Abreu Cruvinel Gordo Especialistas em Regulação de Aviação Civil Cláudio Roberto Correia Silva Esa Pekka Tapani Horttanainen Flávia Macedo Rocha de Godoi Frederico Alves Silva Ribeiro Estagiária Ana Beatriz dos Santos Medeiros Secretária Waleska dos Santos Cabral Apoio Assessoria de Comunicação Social Núcleo de Sistemas de Tecnologia da Informação – SAS

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Tarifas Aéreas Internacionais Informações

ENDEREÇO Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC Superintendência de Acompanhamento de Serviços Aéreos – SAS Gerência de Acompanhamento de Mercado – GEAC Gerência Técnica de Análise Econômica - GTEC Setor Comercial Sul, Quadra 9, Lote C Edifício Parque da Cidade Corporate, Torre A, 5º andar CEP 70308-200, Brasília/DF, Brasil Contatos: www.anac.gov.br/faleanac, 163 É permitida a reprodução do conteúdo deste relatório, desde que mencionada a fonte: ANAC, relatório Tarifas Aéreas Internacionais 2011 a 2016. As informações divulgadas estão sujeitas a alterações. Brasília, DF, 7 de agosto de 2017.

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Apresentação

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) apresenta à sociedade brasileira o Relatório de Tarifas Aéreas Internacionais, com vistas a permitir o conhecimento da evolução dos preços do transporte aéreo internacional regular de passageiros com origem no Brasil e subsidiar a realização de estudos sobre o setor. O relatório está disponível na seção Dados e Estatísticas, opção Mercado do Transporte Aéreo, da página da ANAC na internet e contempla dados das tarifas aéreas internacionais de passageiros, para voos com origem no Brasil, efetivamente vendidas junto ao público adulto em geral desde janeiro de 2011, assim como informações sobre o histórico das tarifas aéreas internacionais no Brasil e a metodologia de apuração e de acompanhamento dos indicadores adotados pela Agência. A elaboração e a divulgação de estudos sobre as condições de mercado estão previstas no regimento interno da ANAC, aprovado pela Resolução nº 381/2016 e suas alterações. A ANAC foi criada pela Lei nº 11.182/2005 como entidade da Administração Pública Federal Indireta submetida ao regime autárquico especial, caracterizado por independência administrativa, autonomia financeira, ausência de subordinação hierárquica e mandato fixo de seus dirigentes, que atuam em regime de colegiado. A Agência atua como autoridade de aviação civil vinculada ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil e tem as atribuições de regular e fiscalizar as atividades de aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária, nos termos das políticas estabelecidas pelos Poderes Executivo e Legislativo. Para tal, deve adotar as medidas necessárias ao atendimento do interesse público e ao desenvolvimento da aviação civil. Reclamações, denúncias, sugestões, críticas ou elogios sobre o Relatório de Tarifas Aéreas Internacionais podem ser registrados no sistema Fale com a ANAC, acessível por meio da página da Agência na internet ou do telefone 163.

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Contexto do Setor

Tarifas Aéreas Internacionais 5

Contexto do setor

Em 2008, foi instituído o regime de liberdade tarifária para voos internacionais com destino à América do Sul e, a partir de 2009, esse regime foi gradativamente instituído para voos internacionais com destino nos demais continentes.

A evolução do mercado de transporte aéreo internacional no Brasil, desde 2000, está apresentada no gráfico a seguir. Entre 2011 e 2016 houve crescimento de 17% no número de passageiros pagos anuais, representando um crescimento médio de 3,2% ao ano.

O gráfico a seguir apresenta a participação dos continentes de destino nos voos internacionais com origem no Brasil em 2016.

8,7 7,9 7,3 8,1 9,110,4 10,8

12,3 13,4 12,615,4

17,9 18,9 19,821,3 21,6 20,9

Milh

ões

Passageiros pagos transportados em voos internacionais com origem ou destino no Brasil

Fonte: ANAC, Dados Estatísticos do Transporte Aéreo

1,85,2

24,2

35,8

3,7

29,4

África América Central América doNorte

América do Sul Ásia Europa

Par

tici

paç

ão %

Participação dos continentes nos passageiros pagos transportados em voos com origem no Brasil em 2016

Fonte: ANAC, Dados Estatísticos do Transporte Aéreo

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Contexto do Setor

Tarifas Aéreas Internacionais 6

Além do amadurecimento do novo marco regulatório do transporte aéreo internacional no Brasil, outros fatores influenciaram essa evolução, como variações na taxa de câmbio, o desenvolvimento da economia, o preço do petróleo e a flexibilização dos acordos de serviços aéreos internacionais.

O gráfico a seguir apresenta a taxa de câmbio nominal entre o Real brasileiro e o Dólar americano e o índice da taxa de câmbio real do Banco Central, que desconta a inflação de ambos os países.

Observa-se certa relação entre os períodos de desvalorização local do Real e as quedas locais do número de passageiros pagos anuais.

O gráfico a seguir apresenta a variação anual do Produto Interno Bruto – PIB brasileiro entre 2000 e 2016. Entre 2011 e 2014, houve crescimento do PIB, o que a princípio contribui para o incremento na demanda de brasileiros por viagens ao exterior. Em 2015 e 2016 houve, de forma oposta, recessão na economia brasileira.

Por fim, cabe ressaltar que os custos com combustível são relevantes no transporte aéreo. O gráfico a seguir apresenta a evolução do preço desse produto entre 2000 e 2016. A valorização

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Taxa de câmbio - Real/Dólar

Índice Cambio Real Dólar NominalFonte: Banco Central do Brasil

Séries 3698 (Dólar Nominal) e 11753 (índice câmio real)

1,80

3,80

2,39

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110

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-3,6

Var

iaçã

o %

Variação real do PIB do Brasil

Fonte: IBGE, contas nacionais Elaboração: ANAC

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Contexto do Setor

Tarifas Aéreas Internacionais 7

do petróleo no período entre 2011 e 2014 teve efeito desfavorável ao transporte aéreo, enquanto que, a partir de 2015, o preço deste insumo pode ser considerado favorável.

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2016

US$

Preço médio internacional do barril de petróleo

Fonte: Fundo Monetário Internacional, série POILAPSP Elaboração: ANAC

132,55

41,76

117,79

29,9225,21

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Valores por Continentes e Países

Tarifas Aéreas Internacionais 8

Tarifa aérea média por Continentes

O gráfico a seguir apresenta a tarifa média nominal anual em dólares americanos, por continente de destino, entre 2011 e 2016. Os dados se referem ao valor de passagens de ida e volta na classe econômica.

Assim, houve redução da tarifa, em dólares, para voos do Brasil para todos os continentes entre 2011 e 2016. O gráfico a seguir apresenta a variação percentual da tarifa média nominal em relação ao ano anterior para o mesmo período.

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566

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837

África América Central América doNorte

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Tarifa aérea média nominal por continentes

2011 2012 2013 2014 2015 2016

2,5 9,

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-4,3

-10

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1

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África América Central América doNorte

América do Sul Ásia Europa

Var

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o %

Variação nominal da tarifa aérea média por continentes

2012 2013 2014 2015 2016

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Valores por Continentes e Países

Tarifas Aéreas Internacionais 9

Distribuição dos assentos vendidos por intervalos de tarifa aérea por Continentes

Os gráficos a seguir apresentam a distribuição percentual de assentos comercializados por intervalo de tarifa aérea em dólares americanos, para cada continente, nos anos de 2011 e 2016.

Neles, é possível identificar a variabilidade dos valores das tarifas aéreas, bem como eventual concentração da quantidade de assentos vendidos em determinadas faixas de preços.

Para todos os continentes, observa-se, em 2016, maior concentração de passagens nas faixas de menor preço do que em 2011.

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Distribuição dos assentos por intervalos de tarifa aéreaÁfrica

2016 2011

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Valores por Continentes e Países

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sDistribuição dos assentos por intervalos de tarifa aérea

América Central

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Distribuição dos assentos por intervalos de tarifa aéreaAmérica do Norte

2016 2011

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Valores por Continentes e Países

Tarifas Aéreas Internacionais 11

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sDistribuição dos assentos por intervalos de tarifa aérea

América do Sul

2016 2011

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Distribuição dos assentos por intervalos de tarifa aéreaÁsia

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Valores por Continentes e Países

Tarifas Aéreas Internacionais 12

Até

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Europa

2016 2011

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Valores por Continentes e Países

Tarifas Aéreas Internacionais 13

Passagens vendidas com tarifas aéreas inferiores aos valores de referência das Resoluções 16/2008 e 83/2009, por Continentes

As resoluções ANAC nº 16 e 83, publicadas em 2008 e 2009, estabeleceram um cronograma para alteração gradual do regime de piso tarifário para o regime de liberdade tarifária, bem como tarifas de referência e as datas para aumento progressivo dos descontos máximos permitidos em relação às tarifas de referência.

Uma forma de se avaliar a evolução do mercado com a implementação do regime de liberdade tarifária é por meio da proporção de tarifas vendidas a valores inferiores àqueles estabelecidos como referência pelas resoluções ANAC nº 16/2008 e 83/2009.

Esse levantamento está apresentado no gráfico abaixo, por continente e por ano, entre 2011 e 2016. Observa-se que, para todos os continentes, foi observado aumento nesse percentual.

17,6

36,9

24,8

62,1

14,4 22

,0

15,9

43,7

28,2

74,5

20,3 32

,9

7,5

50,5

44,8

74,1

26,0

30,6

18,9

40,0

42,8

75,3

46,9

36,5

21,5

79,0

79,0 84

,2

62,6

52,1

67,0

79,7

67,5

83,2

80,4

67,8

África América Central América doNorte

América do Sul Ásia Europa

% d

os

asse

nto

s

Assentos vendidos com tarifas aéreas inferiores aos valores de referência (Res. 16/2008 e 83/2009)

2011 2012 2013 2014 2015 2016

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Valores por Continentes e Países

Tarifas Aéreas Internacionais 14

Tarifa aérea média por Países

Os gráficos a seguir apresentam os dados de tarifa aérea média e distribuição de assentos por intervalos de tarifa aérea para os principais países de destino de voos de passageiros com origem no Brasil, considerando-se ida e volta.

Os dados de todos os países estão disponibilizados em planilha eletrônica junto a este Relatório na mesma página da ANAC na internet.

1.16

6

378 52

2

299

1.04

8

1.40

8

1.08

2

330

302

281

1.11

9

1.72

4

856

330

233 32

1

986

1.87

3

872

325

357

330

954

1.63

4

541

291

284

270

694

1.31

5

673

286

337

296

686

972

Estados Unidos Argentina Chile Uruguai México Portugal

US$

Tarifa aérea média por país de destino em voos com origem no Brasil

2011 2012 2013 2014 2015 2016

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Histórico da regulamentação

Tarifas Aéreas Internacionais 15

Histórico da regulamentação de tarifas aéreas internacionais

Ao final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Aliados reuniram-se na cidade de Chicago, entre novembro e dezembro de 1944, para uma Conferência destinada a estabelecer o novo ordenamento jurídico para a aviação civil internacional. Dessa Conferência resultou a Convenção de Aviação Civil Internacional, mundialmente conhecida como Convenção de Chicago, bem como a Organização de Aviação Civil Internacional – OACI.

A Convenção consagrou a soberania dos Estados sobre os respectivos espaços aéreos, impondo a necessidade da negociação de acordos bilaterais que permitissem a realização de serviços aéreos entre os Estados.

O primeiro acordo dessa natureza no pós-guerra foi concluído entre os Estados Unidos da América e o Reino Unido, em Bermudas, em 1946.

No que diz respeito à política tarifária, o Acordo de Bermudas estabeleceu que as empresas que operassem serviços aéreos entre esses Estados deveriam adotar as tarifas aéreas aprovadas por ambos os Estados. O acordo atribuiu, ainda, à Associação Internacional das Empresas de Transporte Aéreo (IATA) a definição e indicação de tarifas de referência para aprovação pelos Estados.

A maioria dos países que, desde então, firmaram acordos de serviços aéreos adotaram o modelo do Acordo de Bermudas que, devido à conjuntura da época, tinham características restritivas e protecionistas.

Com a evolução da aviação, houve uma tendência à liberalização da regulamentação dos serviços internacionais, com a assinatura de acordos multilaterais e a alteração da política tarifária para a aprovação somente pelo país de origem. No Brasil, a aprovação das tarifas pelo DAC continuou, porém, a utilizar a tarifa de referência da IATA.

Em 1993, o então Departamento de Aviação Civil publicou a Norma de Serviço Aéreo Internacional (NOSAI) TP-033, que flexibilizou a adoção da tarifa de referência da IATA, permitindo a concessão de descontos sobre a tarifa de referência.

Assim, foram estabelecidos pisos tarifários, calculados a partir dos descontos máximos estabelecidos pelo governo a serem aplicados às tarifas de referência da IATA.

Com a publicação da Lei de criação da ANAC, Lei n° 11.182/2005, foi legalmente instituído o regime de liberdade tarifária, expresso em seu art. 49:

Art. 49. Na prestação de serviços aéreos regulares, prevalecerá o regime de liberdade tarifária. § 1º No regime de liberdade tarifária, as concessionárias ou permissionárias poderão determinar suas próprias tarifas, devendo comunicá-las à ANAC, em prazo por esta definido.

Apesar do imperativo legal, por alguns anos continuou-se a adotar a política tarifária da NOSAI TP-033.

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Histórico da regulamentação

Tarifas Aéreas Internacionais 16

Em 2008 a ANAC publicou a Resolução n° 16/2008, que regulamentou a liberdade tarifária para os voos internacionais com destino aos países da América do Sul. A Resolução estabeleceu um cronograma com incrementos graduais dos descontos máximos permitidos em relação a uma tabela de tarifas especificadas na própria norma. O último estágio do cronograma foi a completa liberdade tarifária, a partir de 1º de setembro do mesmo ano.

Processo semelhante ocorreu com a política tarifária para voos internacionais com destino aos demais países, por meio da Resolução ANAC n° 83/2009. A partir de 23 de abril de 2010 passou a vigorar a completa liberdade tarifária para voos internacionais com origem no Brasil.

Paralelamente à liberdade tarifária, a ANAC regulamentou o registro das tarifas aéreas, por meio da Resolução n° 140/2010, com o objetivo de permitir o acompanhamento e a divulgação dos dados do mercado de transporte aéreo.

No mesmo ano foi publicada a Portaria ANAC n° 1.887/SRE, que estabeleceu os procedimentos para o registro das tarifas comercializadas correspondentes aos serviços de transporte aéreo internacional regular de passageiros. Assim, em 2011 iniciou-se o registro das tarifas efetivamente comercializadas das empresas que prestam serviços dessa natureza, cujos dados são apresentados neste Relatório.

O Quadro a seguir apresenta um resumo do histórico da regulamentação de tarifas aéreas internacionais no Brasil.

1946

• Assinado o Acordo de Bermudas, para os serviços aéreos entre os Estados Unidos e o Reino Unido. O acordo estabelece que as tarifas requerem aprovação de ambos os Estados e atribui à IATA a indicação das tarifas de referência.

• O Acordo de Bermudas é seguido como modelo para diversos acordos bilaterais, inclusive os assinados pelo Brasil.

1993

• Com a NOSAI TP-033, o DAC flexibilizou as tabelas de tarifas, estabelecendo descontos máximos permitidos em relação aos valores de referência publicados pela IATA.

2008• Entra em vigor a liberdade tarifária para voos internacionais com destino

nos países da América do Sul, com a Resolução ANAC nº 16/2008.

2010• Entra em vigor a liberdade tarifária para voos internacionais para

qualquer destino, com a Resolução ANAC nº 83/2009.

2011• Entra em vigor o registro de tarifas aéreas internacionais comercializadas,

com a Resolução ANAC n° 140/2010 e Portaria ANAC n° 1887/SRE/2010.

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Metodologia de acompanhamento

Tarifas Aéreas Internacionais 17

Metodologia de acompanhamento das tarifas aéreas internacionais no Brasil

O registro de tarifas aéreas é composto pelos preços das passagens emitidas para voos internacionais com origem no Brasil. São registradas tanto as passagens de trecho único, ou seja, aquelas que somente se referem ao voo de saída do Brasil, quanto as de ida e volta, desde que ambos os trechos sejam adquiridos em uma única compra.

Apenas são registradas as passagens cujos itinerários estejam inteiramente constantes nas autorizações de voos da ANAC para a empresa que as comercializou. Assim, passagens que se refiram a itinerários com conexões, seja no Brasil ou no exterior, com voos que não sejam aprovados pela ANAC ou operados pela própria empresa, não são passíveis de registro.

Além disso, os dados de passagens aéreas comercializadas nas seguintes condições não compõem o registro:

i. transporte aéreo não regular; ii. tarifa cujo contrato de transporte aéreo esteja vinculado a um pacote terrestre,

turístico ou outros serviços similares; iii. tarifas decorrentes de acordos corporativos firmados entre a empresa aérea e

outras organizações para a prestação do serviço de transporte aéreo com condições diferenciadas ou exclusivas;

iv. assentos oferecidos a tripulantes ou a outros empregados da empresa aérea de forma gratuita ou mediante tarifa com desconto individual, exclusivo ou diferenciado;

v. assentos oferecidos gratuitamente ou mediante tarifa com desconto individual, exclusivo ou diferenciado ou decorrente de programas de milhagem, pontuação, fidelização ou similares;

vi. assentos oferecidos gratuitamente ou mediante tarifa diferenciada a crianças; vii. tarifa diferenciada para criança que não ocupe assento; e viii. passagens emitidas por outra empresa aérea.

Assim, a utilização dos dados deste relatório deve levar em consideração essa metodologia de coleta. O objetivo para a delimitação do universo de registro foi o de uniformizar e viabilizar o recebimento das informações, tendo em vista o propósito de acompanhar a evolução das tarifas aéreas comercializadas para o passageiro adulto em geral em ofertas públicas para em voos internacionais com origem no Brasil. Ressalta-se que as condições excludentes representam uma parte significativa das passagens internacionais.

Adicionalmente, os dados divulgados neste Relatório se restringem às passagens de ida e volta na classe econômica.

A tabela a seguir apresenta a proporção da quantidade de passagens cujos dados foram considerados para a composição deste Relatório em relação ao movimento de passageiros pagos transportados apurados com base nos dados estatísticos de voos fornecidos pelas empresas aéreas em cumprimento à Resolução nº 191/2011, para cada ano e continente de destino.

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Metodologia de acompanhamento

Tarifas Aéreas Internacionais 18

Ano África América Central

América do Norte

América do Sul

Ásia Europa

2011 8,7% 6,1% 9,2% 14,7% 4,2% 6,1%

2012 8,9% 3,7% 11,7% 11,3% 1,5% 4,9%

2013 7,0% 4,8% 14,3% 11,2% 1,6% 5,3%

2014 6,8% 4,1% 15,1% 12,2% 1,8% 5,3%

2015 9,7% 5,3% 13,3% 8,8% 1,6% 5,8%

2016 9,1% 5,0% 16,9% 9,3% 1,4% 6,8%

Ressalva-se que tais bases de dados foram concebidas com distintos propósitos, público-alvo e metodologia de apuração que ocasionam diferenças significativas em termos quantitativos.

Detalhes a respeito do registro de tarifas aéreas internacionais podem ser consultados na Resolução ANAC n°. 140/2010 e na Portaria ANAC n°. 1.887/SRE/2010, disponíveis na página www.anac.gov.br/assuntos/legislacao.

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