2009 - linux magazine 58 (set)

PATENTES DE SOFTWARE p.22Temporariamente suspensas nos EUA

CRESCEU NA CRISE p.26 Red Hat relata como enfrentou e venceu a crise

DE HACKER A PROGRAMADOR p.30 Maddog explica a qualidade de software# 58 Setembro 2009

A REVISTA DO PROFISSIONAL DE TI

CASE ALFRESCO p.26 A Construcap agilizou seus projetos com o Alfresco

LINUX PARK 2008 p.28 Iniciada em Porto Alegre a temporada de seminrios Linux Park de 2008

CEZAR TAURION p.34 O Cdigo Aberto como incentivo inovao

#44 07/08 R$ 13,90 7,50

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A REVISTA DO PROFISSIONAL DE TI

GOVERNANA COM

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SEJA UM BOM GESTOR E UTILIZE AS MELHORES PRTICAS ADOTADAS E RECOMENDADAS PELOS PROFISSIONAIS MAIS EXPERIENTES NESSA REA p.36 O que dizem os prossionais certicados p.24 Cobit, CMMI, ITIL. Quais as melhores prticas? p.36 ITIL na prtica p.39 Novidades do ITIL v3. p.44

GRTIS

SEGURANA: DNSSEC p.69Com o DNSSEC, a resoluo de nomes ca protegida de ataques. Mas seu preo vale a pena?

VEJA TAMBM NESTA EDIO: Relatrios do Squid com o SARG p.60 Java, Ruby e Rails: conhea o JRuby on Rails p.74 Benchmarks do GCC 4.3? p.58 Becape de bancos de dados com a Libferris p.46 LPI nvel 2: Servidores NIS e DHCP p.52

REDES: IPV6 p.64Conhea as vantagens da nova verso do Internet Protocol, e veja por que difcil adot-la

WWW.LINUXMAGAZINE.COM.BR

TCNICAS E FERRAMENTAS DE SEO PODEM AJUD-LO A CONSEGUIR O TO SONHADO LUCRO NA INTERNET. p.33

Programe no Google com o App Engine p.34 SEO na fonte p.41 Seu Apache aguenta? p.46 CMS colaborativo p.51

REDES: SUBSTITUTO DO EXCHANGE! p.68O groupware Zarafa implementa todos os recursos do MS Exchange e pode at servir clientes Outlook.

No quinto artigo da srie, veja como o sistema da Sun trata os dispositivos fsicos e lgicos.

OPENSOLARIS p.64

VEJA TAMBM NESTA EDIO: Bash 4: ainda melhor p.58 Depurao profunda com o Strace p.74 Chrome OS na viso de Cezar Taurion p.32

WWW.LINUXMAGAZINE.COM.BR

NDICE

CAPASeu site contra a internet 33 Se a concorrncia pela ateno dos visitantes na Internet grande, aprimore seus conhecimentos e seu site para atra-los. Powered by Google Desenvolvedores web sonham em pr as mos no poder coletivo dos servidores do Google. O Google App Engine oferece um pedao desse universo de mquinas. SEO sim, senhor As Google Webmaster Tools oferecem a viso que o bot do Google tem do seu site. Use-as para melhorar a visibilidade de seu site. Apache tunado Na batalha por visitantes, milsimos de segundo contam. Algumas mudanas simples ajudaro a manter o seu site popular. Raio de vida na colaborao O Liferay um poderoso sistema de gerenciamento de contedo, facilmente customizvel e uma vez configurado uma ferramenta ideal para colaborao corporativa. 51 46 41 34

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http://www.linuxmagazine.com.br

Linux Magazine 58 | NDICE

COLUNASKlaus Knopper Charly Khnast Zack Brown Augusto Campos Alexandre Borges Kurt Seifried 08 10 12 14 16 18

ANLISEBash novo 58 Apesar da maturidade do Bash, seus desenvolvedores continuam aprimorando-o. A verso 4 do shell est cheia de novidades.

NOTCIASGeral Linux Foundation: quem escreve o Linux? Lanado o Slackware 13 RHEL 5.4 lanado com suporte ao KVM Google Chrome de 64 bits para Linux 22

TUTORIALOpenSolaris, parte 5 64 Na continuao da srie, veja como o sistema operacional de cdigo aberto da Sun identifica e reconhece dispositivos de hardware. 24

CORPORATENotcias EUA bane patentes de software Patentes e suporte no Ubuntu

REDESAlternativa ao Exchange O Zarafa oferece o que h de melhor em groupware: acesso nativo do MS Outlook, mobilidade com push e a confiabilidade de um servidor Linux. 68

Gartner recomenda Cdigo Aberto para ECM Acordo sobre patentes com a Microsoft IDC: Mercado Linux na casa dos bilhes

PROGRAMAODepurao profunda Depois do nosso Hello World, vamos examinar as chamadas de sistema mais detalhadamente. Neste artigo final, veremos a depurao no mundo real. 74

Novell tem lucro com Linux Entrevista com Michael Tiemann, Red Hat 26

SERVIOSEditorial Emails Linux.local Eventos Preview 03 06 78 80 82

Coluna: Jon maddog Hall Coluna: Cezar Taurion

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Linux Magazine #58 | Setembro de 2009

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Expediente editorialDiretor Geral Rafael Peregrino da Silva [email protected] Editor Pablo Hess [email protected] Revisora Aileen Otomi Nakamura [email protected] Editora de Arte Paola Viveiros [email protected] Coordenador de Comunicao Igor Daurcio [email protected] Centros de Competncia Centro de Competncia em Software: Oliver Frommel: [email protected] Kristian Kiling: [email protected] Peter Kreussel: [email protected] Marcel Hilzinger: [email protected] Centro de Competncia em Redes e Segurana: Jens-Christoph B.: [email protected] Hans-Georg Eer: [email protected] Thomas Leichtenstern: [email protected] Markus Feilner: [email protected] Nils Magnus: [email protected] Anncios: Rafael Peregrino da Silva (Brasil) [email protected] Tel.: +55 (0)11 4082 1300 Fax: +55 (0)11 4082 1302 Petra Jaser (Alemanha, ustria e Sua) [email protected] Penny Wilby (Reino Unido e Irlanda) [email protected] Amy Phalen (Estados Unidos) [email protected] Hubert Wiest (Outros pases) [email protected] Gerente de Circulao Claudio Bazzoli [email protected] Na Internet: www.linuxmagazine.com.br Brasil www.linux-magazin.de Alemanha www.linux-magazine.com Portal Mundial www.linuxmagazine.com.au Austrlia www.linux-magazine.ca Canad www.linux-magazine.es Espanha www.linux-magazine.pl Polnia www.linux-magazine.co.uk Reino Unido Apesar de todos os cuidados possveis terem sido tomados durante a produo desta revista, a editora no responsvel por eventuais imprecises nela contidas ou por consequncias que advenham de seu uso. A utilizao de qualquer material da revista ocorre por conta e risco do leitor. Nenhum material pode ser reproduzido em qualquer meio, em parte ou no todo, sem permisso expressa da editora. Assume-se que qualquer correspondncia recebida, tal como cartas, emails, faxes, fotografias, artigos e desenhos, sejam fornecidos para publicao ou licenciamento a terceiros de forma mundial no-exclusiva pela Linux New Media do Brasil, a menos que explicitamente indicado. Linux uma marca registrada de Linus Torvalds. Linux Magazine publicada mensalmente por: Linux New Media do Brasil Editora Ltda. Av. Fagundes Filho, 134 Conj. 53 Sade 04304-000 So Paulo SP Brasil Tel.: +55 (0)11 4082 1300 Fax: +55 (0)11 4082 1302 Direitos Autorais e Marcas Registradas 2004 - 2009: Linux New Media do Brasil Editora Ltda. Impresso e Acabamento: Parma Distribuda em todo o pas pela Dinap S.A., Distribuidora Nacional de Publicaes, So Paulo. Atendimento Assinante www.linuxnewmedia.com.br/atendimento So Paulo: +55 (0)11 3512 9460 Rio de Janeiro: +55 (0)21 3512 0888 Belo Horizonte: +55 (0)31 3516 1280 ISSN 1806-9428 Impresso no Brasil

Patentes, concorrncia e Software LivrePrezados leitores, Comea a dar sinais de enfraquecimento o polmico sistema de concesso de patentes dos EUA. Isso traz discusso muito mais que apenas a poltica de um nico pas com relao ao que ou no patentevel. Como principal superpotncia da atualidade, os Estados Unidos influenciam as regras para concesso de patentes em todo o planeta. No caso da indstria de software, bero da abordagem de produo colaborativa moderna, as patentes impem grandes dificuldades ao progresso. Claro que h quem defenda a concesso de patentes de software da forma como vinha sendo praticada na Amrica. Argumenta-se que a nica forma de incentivar uma empresa a fazer os investimentos necessrios ao avano tecnolgico conceder-lhe o monoplio sobre a explorao dos produtos desse investimento. Caso contrrio, os concorrentes imediatamente se aproveitariam das inovaes e as utilizariam em seus prprios produtos sem ter gasto um nico centavo. No entanto, como afirmou com propriedade Richard Stallman em entrevista recente Linux Magazine, as patentes de software so, sim, os maiores inimigos do Software Livre na atualidade. Ao adotar o paradigma colaborativo que define o modelo de desenvolvimento do Software Livre, o prprio conceito de concorrncia fortemente alterado. Fornecedores de Software Livre concorrentes no oferecem produtos radicalmente diferentes. Muitas vezes, na verdade, oferecem o mesmo software, ou ao menos softwares que compartilham grandes pores de cdigo. Desenvolver software dentro de casa, patente-lo e vender aos clientes a permisso de us-lo , por si s, um modelo que atrapalha o avano tecnolgico. A nova meta avanar em conjunto, acelerar a inovao de forma colaborativa e aprimorar o mercado como um todo de forma muito mais significativa do que se cada um caminhasse sozinho. Se todos derem um pequeno impulso na mesma direo, a resultante ser um movimento bem mais veloz rumo inovao. Com isso, o mercado avana, e com ele todos os players. Na ausncia das patentes de software, o modelo proprietrio no deixa de existir; contudo, os algoritmos neles contidos, protegidos por patentes, deixam de ser intocveis. Qualquer software, seja livre ou no, que desejar aprimorar ou simplesmente utilizar o algoritmo ter essa permisso. O mercado inteiro lucra. n

EDITORIAL

.

Pablo Hess Editor


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Emails para o editor

Permisso de EscritaSou leitor assduo das revistas Linux Magazine e Easy Linux h muitos anos, e percebo que vocs cometem o erro da maioria de no creditar o GNU ao se referir ao sistema como um todo (o GNU/Linux). Isso muito importante, principalmente na Revista Easy Linux (voltada ao pblico iniciante), pois vocs ensinam mais GNU do que Linux. O Linux no seria nada hoje em dia se no existisse o GNU. Apelo inclusive para o artigo publicado na Linux Magazine 56, de Alexandre Oliva: GNU e Linux, uma questo de renome para deixar-lhes pensar melhor no assunto. Claro que eu no estou falando do ttulo das revistas, que j so marcas registradas, mas sim do contedo dos artigos. Rafael Raposo. Nilpolis, RJ

CARTAS

Linux ou GNU/Linux

Resposta

Rafael, de fato estamos tentando reduzir a falta de referncias ao GNU. Concordamos, na maior parte, com as suas afirmaes. No entanto, nossos artigos so escritos por autores que podem ter e frequentemente tm pontos de vista diferentes. Sempre que possvel, buscamos fazer a referncia correta ao GNU/Linux. Contudo, nomes de distribuio tambm costumam ser marcas registradas, assim como o ttulo desta revista, e o prprio Richard Stallman no se ope ao uso de Ubuntu ou Slackware sem GNU/Linux em seguida, j que se tratam de sistemas operacionais completos baseados no kernel Linux, nos aplicativos GNU e em diversos outros programas. n

Escreva para ns!

Sempre queremos sua opinio sobre a Linux Magazine e nossos artigos. Envie seus emails para [email protected] e compartilhe suas dvidas, opinies, sugestes e crticas. Infelizmente, devido ao volume de emails, no podemos garantir que seu email seja publicado, mas certo que ele ser lido e analisado.

Agenda e contatos

Sugiro uma matria sobre alguma soluo GPL similar agenda e contatos compartilhados do Microsoft Outlook. Mauro de Souza Madela

Resposta

Mauro, muito obrigado por sua sugesto. Aos nossos contribuidores e leitores, fica a sugesto de um assunto altamente importante. n

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Coluna do Charly

COLUNA

Euforia l no altoImmenstadt, Alemanha, foi o local do 10 aniversrio do LUG Camp dos grupos de usurios Linux a que Charly pertence.

10 LUG Camp testemunhou a escalada dos fiis ao Linux montanha acima. Aproximadamente 120 fs, incluindo vosso interlocutor, encontraram-se num albergue-escola em Gschwend, prximo a Immenstadt. Ningum precisou ficar sem gua: a cachoeira do prprio albergue, alimentada pelo degelo das montanhas ainda mais altas, resfriou os barris de cerveja e at serviu de chuveiro para os mais corajosos. Embora o LUG Camp tradicionalmente se identifique como um encontro familiar geek com foco bvio em diverso, isso no significa uma total falta de contedo: l, qualquer um com o conhecimento necessrio pode fazer um exame LPIC, alm de haver algumas apresentaes muito boas. No por acaso, o ar rarefeito em Gschwend no preocupou os participantes nem um pouco aps a competio de chili expandir seus pulmes para pelo menos o dobro de sua capacidade normal.

O

fica lento porque os discos esto sendo acessados o tempo inteiro, mas no consigo identificar o processo que causa isso. O Iotop fornece exatamente essa informao. Esse programa em Python precisa do kernel 2.6.20 ou posterior, com as opes de configurao TASK_DELAY_ACCT e TASK_IO_ACCOUNTING ativadas. Ao iniciar, a primeira linha da sada exibe as taxas atuais de I/O, tanto de leitura quanto de escrita. Sob elas fica a lista de atividade de entrada e sada por processo (figura 1). O comando iotop -o facilita a leitura da sada. Neste modo, observa-se somente os processos causadores da I/O no momento. Para estender o intervalo de atualizao de 1 para 10 segundos, use a opo -d 10. O modo de lote do Iotop muito til. O comando:iotop -o -b -d10 -n30 > io.txt

Contos

Iotop

O processamento de dados tambm a rea da ferramenta que vou analisar hoje. O Iotop [1] resolve um problema que me incomoda h muito tempo: o sistema

faz o Iotop gravar o ltimo status de I/O 30 vezes num arquivo chamado io.txt em intervalos de dez segundos. Isso mostra como as taxas de dados se comportam ao longo de um perodo de cinco minutos.

Concluses

Se as luzes do seu disco rgido ficam permanentemente acesas, o Iotop indispensvel. Para mim, o LUG Camp igualmente indispensvel j me registrei para o evento do ano que vem. n

Mais informaes[1] Iotop: http://guichaz.free.fr/iotop/Charly Khnast administrador de sistemas Unix no datacenter Moers, perto do famoso rio Reno, na Alemanha. L ele cuida principalmente dos firewalls.

Figura 1 O Iotop lista a atividade de disco dos processos ativos.

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Coluna do Zack

COLUNA

Crnicas do kernelEste ms, temos conflitos (Xen), novidades (podcast) e intriga (Perl).

Jose Luis Perez Diez mostrou que o Perl 5 necessrio ao sistema de compilao do kernel Linux para criar a documentao, grficos e at cabealhos e firmware; porm, isso no estava documentado em lugar algum. Ento, ele postou um patch para o arquivo CHANGES listando a dependncia do Perl juntamente com alguns mdulos da linguagem. Imagino que vrios hackers do kernel ficaro irritadssimos com o patch, pois debateram durante anos sobre a introduo de uma dependncia do Perl e sempre decidiram contra essa dependncia. provvel que um fork do engine do Perl venha a ser embutido no kernel.

Kernel depende do Perl

Podcast do kernel!

Jon Masters criou o site kernelpodcast.org com um resumo semi-dirio dos eventos relacionados ao mundo do desenvolvimento do kernel sob a forma de podcasts e transcries de udio. Desejamos a ele muito boa sorte parece um timo projeto!

Status do Xen

A incorporao dos patches do sistema de virtualizao Xen ao kernel oficial atraiu muita ateno. Recentemente, Ingo Molnar sugeriu que isso seria uma boa ideia e, sem surpresa alguma, vrios desenvolvedores manifestaram interesse e comearam a discutir sobre quais elementos do Xen deveriam ser includos ou excludos de um conjunto inicial de patches. Ted Tso tambm aprovou a ideia e Steven Rostedt comparou a situao toda aos desenvolvedores do Xen pedirem uma ma e ganharem uma torta de ma no lugar. Alan Cox, entretanto, se mostrou contrrio incluso. Ele afirmou que preciso comear mudando a mentalidade. Neste momento, grande parte do cdigo parece ser Tomamos uma deciso h vrios anos quando criamos o Xen. Agora precisamos forar esse cdigo que escrevemos12

para dentro do Linux, de alguma forma. Ele sugeriu que incluir o Xen seria menos importante que criar a estrutura adequada no Linux para suportar o Xen. Alm disso, afirmou que a implementao do Xen talvez seja errada, sugerindo desligar alguns recursos do sistema de virtualizao para obter uma implementao mnima, que por sua vez seria arquitetada de forma correta e includa no kernel sem grandes problemas, para depois acrescentar mais recursos ao longo do tempo. Parte do problema, segundo Tso, que aceitar um projeto ruim no kernel poderia dificultar muito a tarefa de consert-lo no futuro. Ento, uma deciso mal tomada no incio da incluso do Xen poderia dificultar a manuteno ou depurao de vrias regies do kernel durante muito tempo. O pessoal do Xen, muito frustrado, no ficou calado. George Dunlap afirmou que uma reimplementao to fundamental, juntamente com a desativao de vrios recursos, significaria basicamente iniciar um projeto totalmente novo e bem diferente do Xen. Foi ento que Linus Torvalds entrou no debate dizendo: Vocs esto olhando o problema errado. Se o Xen fosse apenas um driver, no teramos essa discusso. Mas, da forma atual, o Xen emporcalha O CDIGO DE OUTRAS PESSOAS. Se essas pessoas no tm interesse no Xen, qual a surpresa no fato de as pessoas no estarem entusiasmadas?. E depois acrescentou, em outro tpico da discusso: O Xen polui o cdigo de arquitetura de uma forma que NENHUM OUTRO subsistema polui. E eu NUNCA vi os desenvolvedores do Xen assumirem isso para consertar o problema. nA lista de discusso Linux-kernel o ncleo das atividades de desenvolvimento do kernel. Zack Brown consegue se perder nesse oceano de mensagens e extrair significado! Sua newsletter Kernel Traffic esteve em atividade de 1999 a 2005.


Previses e imprevistosO Cdigo Aberto no dominou o cenrio dos netbooks como se previa, mas se encaminha para uma grande presena na rea dos sistemas embarcados.

Coluna do Augusto

COLUNA

ouve um momento, ao longo do ano passado, em que muitos analistas se arriscaram a prever um futuro em que o Linux e o Cdigo Aberto seriam predominantes no cenrio dos netbooks, uma novidade poca. Alguns meses se passaram e a realidade no foi bem assim: o Linux est presente em uma fatia deste nicho, mas esta fatia bem menor do que se antecipava de forma otimista. Curiosamente, entretanto, outra fatia parece crescer mais, tanto de forma absoluta quanto potencial: a do Linux nos dispositivos mveis e de pequeno porte, em categorias como a dos celulares, smartphones, games, set-top boxes, televisores e outros appliances domsticos. E isto me leva a uma reflexo com mais perguntas do que respostas definitivas, conforme detalharei a seguir.

H

Em muitos casos a prpria presena do Linux no visvel, ou ao menos no evidente para o usurio.Ocorre que a presena do Linux em vrios destes aparelhinhos tem caractersticas bem diferentes daquelas com que muitos de ns estamos acostumados nos servidores, desktops, notebooks e mesmo nos netbooks. Para comear, em muitos casos a prpria presena do Linux no visvel, ou ao menos no evidente para o usurio. Ele est l para discretamente dar suporte aplicao do aparelho, como no caso de algumas TVs Sony Bravia, em que o usurio atento s percebe sua14

presena se ler com ateno o manual e descobrir que ele vem acompanhado de uma cpia da GPL, e isto lev-lo a investigar a razo. Porm, se ele quiser tentar interagir com o kernel das formas como est acostumado por exemplo, abrindo um terminal, rodando um aplicativo ou conectando-se via SSH , descobrir que no h acesso. Adoes mais assumidas do Linux, como ocorre no Palm Pre ou nos aparelhos baseados no Android, tm graus variados de abertura, permitindo que o usurio tecnicamente inclinado desenvolva programas, acesse diretamente alguns recursos e, dependendo do caso, at mesmo chegando a contar com um shell de root. Uma categoria parte a dos aparelhos que no vm com Linux, mas permitem com (razovel) facilidade a instalao pelo usurio, como ocorre em aparelhos como o Dingoo ou a verso inicial do Playstation 3, cujo menu inclui oficialmente a opo que permite instalar e executar o Linux. E, fechando a fila, temos os aparelhos da Nokia (como o recm-anunciado N900) que vm com o Maemo, que de todos o que mais se aproxima de uma distribuio Linux tradicional, incluindo com possibilidade de maior acesso do usurio ao sistema. Vitria do Cdigo Aberto ou no? J vi pessoas duvidarem, baseadas em questionamentos sobre a conscincia do usurio de que est rodando o Linux, ou mesmo sobre o nvel de acesso e de abertura que ele tem ao lidar com o aparelho. Minha opinio, entretanto, que a presena do Linux nestes aparelhos est plenamente de acordo com os objetivos de seus desenvolvedores. Mas claro que a situao bem melhor em casos como o do Maemo e outros em que o usurio tem acesso mais amplo por opo de seus desenvolvedores. ;-) nAugusto Csar Campos administrador de TI e desde 1996 mantm o site BR-linux.org, que cobre a cena do Software Livre no Brasil e no mundo.


Linux Foundation:NOTCIASGreg Kroah-Hartman, Jonathan Corbet e Amanda McPherson publicaram em agosto o relatrio estatstico peridico de desenvolvedores do kernel Linux. O PDF, intitulado Linux Kernel Development, mostra com nmeros e grficos como tem ocorrido o desenvolvimento do Linux. Publicado pela primeira vez em 2008, o documento fornece uma viso sobre o processo nos ltimos quatro anos, entre as verses 2.6.11 e 2.6.30. Com relao ao nmero de desenvolvedores, no h dvidas sobre o crescimento nessa rea: 389 pessoas se envolveram no kernel 2.6.11, comparadas a 1.150 na verso 2.6.30.

quem escreve o Linux?Canonical criticadaUma surpresa para muitos foi a ausncia de menes Canonical, patrocinadora do Ubuntu. Sam Varghese, da iTWire.com, publicou o artigo Canonical, cad voc?, afirmando: Red Hat, IBM, Novell e Intel so mencionadas no estudo da Linux Foundation, mas no h meno to popular distribuio GNU/Linux. Crticas semelhantes j foram feitas pelo desenvolvedor do kernel e autor das estatsticas Greg Kroah-Hartman, da Novell. Em setembro do ano passado, Kroah-Hartman usou seu keynote na Linux Plumbers Conference para atacar a Canonical com relao sua contribuio para o desenvolvimento do kernel. Novamente, as rplicas s crticas vieram rpido um comentrio na notcia de Varghese mostra que o GNU/Linux no consiste apenas no kernel, e a Canonical faz um importante trabalho de marketing muito positivo para o GNU/Linux. n

Lanado o Slackware 13Patrick Volkerding, ditador benevolente da distribuio GNU/ Linux Slackware, lanou no dia 27 de agosto a verso 13.0 de seu sistema operacional. No anncio, Patrick afirma que este foi um dos perodos de desenvolvimento mais intensos na histria do Slackware. As alteraes em relao verso anterior, 12.2, so muitas, abrangendo desde o servidor grfico Xorg at o formato dos pacotes (.txz, compactados com o algoritmo LZMA, superior em poder ao gzip), passando pelos ambientes grficos KDE 4 (na verso 4.2.4) e Xfce 4.6 e pelos inmeros componentes mais bsicos do sistema. Patrick relembrou tambm que esta a primeira verso do Slackware com suporte nativo arquitetura de 64 bits x86-64. n22

RHEL 5.4 lanado com suporte ao KVM

Foi anunciada durante o Red Hat Summit em Chicago, no incio deste ms, a atualizao da verso 5 do Red Hat Enterprise Linux. O RHEL 5.4 tem seu maior foco nas reas de virtualizao e computao em nuvem. Ele deve tornar-se a base do produto Red Hat Enterprise Virtualization, cujo lanamento est planejado para este ano. Segundo o anncio da empresa, com esta verso, a Red Hat se torna a primeira a oferecer suporte tecnologia de virtualizao VT-d da Intel e tambm SR-IOV da PCI-SIG. Apesar da preferncia pelo sistema de virtualizao KVM conforme amplamente divulgado pela Red Hat nos ltimos meses , a companhia garante aos clientes usurios do Xen que estes podem continuar usando-o ao longo do ciclo de vida do RHEL 5. n

Apesar de o navegador Chrome, do Google, ainda no ter uma verso oficial e estvel para sistemas GNU/Linux, j comearam os trabalhos numa verso de 64 bits. O desenvolvedor Dean McNamee escreveu para a lista de desenvolvedores que j tem uma verso de 64 bits funcionando h algumas semanas aps algumas alteraes no Chromium. As instrues de compilao j foram includas no site do projeto. O mais surpreendente o fato de que os usurios de sistemas Windows no contaro to cedo com a verso de 64 bits. O desenvolvedor Mads Sig Ager afirmou, na mesma lista de desenvlvimento, que estamos nos concentrando em fazer a verso do V8 em 64 bits funcionar primeiro em Linux e Mac. n

Google Chrome de 64 bits para Linux


CORPORATE

EUA baneA Secretaria de Patentes dos Estados Unidos (USPTO, na sigla em ingls) publicou no incio deste ms uma nova determinao regulando a concesso de patentes. Segundo as novas regras temporrias, de acordo com o rgo , programas de computador no podero mais ser protegidos por esse tipo de expediente, a menos que haja uma tranformao efetiva de estado ou a produo de algo palpvel a partir de um objeto inicial. Alm das patentes de software, as de organismos naturais, textos de contrato, regras de jogos, modelos de negcios, em-

patentes de softwarepresas e pessoas tambm deixam de existir provisoriamente. A USPTO afirmou ainda que adotar, a partir de agora, as normas empregadas pela Unio Europia para a concesso de patentes. O motivo para a nova determinao foi a deciso do Tribunal Federal de Apelaes (Court of Appeals for the Federal Circuit), que negou ao inventor Bernard Bilski a concesso de uma patente sobre determinado modelo de negcios. Bilski e Rand Warsaw foram ento at a Suprema Corte, que est reunindo argumentos de proponentes e opositores da deciso para definir as novas regras a esse respeito. As patentes de software permanecero banidas at que a deciso da Suprema Corte seja promulgada. n

Patentes e suporte no UbuntuA loja da Canonical agora oferece trs pacotes de suporte para a verso desktop do Ubuntu. O pacote bsico, Starter Support, que oferece amplo suporte para a instalao por telefone e email, custa aproximadamente US$ 55,00 para um ano. O Advanced Support contm os mesmos servios, mas cobre mais que dificuldades de instalao por US$ 115,00 por ano. O pacote Professional custa quase US$ 220,00 e traz suporte para instalao e aplicativos, alm de cobrir a virtualizao e a integrao com redes Windows. Para pacotes de trs anos, h tambm pequenos descontos Alm disso, a Canonical apresentou uma nova poltica de patentes para ajudar os desenvolvedores e detentores de direitos a lidar com questes de patente de software. O lucro da loja do Ubuntu poderia ajudar a Canonical com quesques tes de patentes. Sua nova poltica de patentes foi projetada para evitar ao mximo tais problemas. n24

Gartner recomenda Cdigo Aberto para ECMO Gartner forneceu no final de agosto uma pequena lista de medidas para evitar problemas com aplicaes de gerenciamento de contedo corporativo (ECM, ou Enterprise Content Management). Quando organizaes tomam decises sobre ECM, muitas se decepcionam com a quantidade de concesses que precisam fazer, segundo o estudo do Gartnet. Por exemplo, sistemas ECM so caros, mas poucos funcionrios tm acesso a eles. Em outros casos, projetos de adoo de sistemas ECM fracassaram por no considerarem as mudanas que exigiam sobre o estilo de trabalho da empresa. O Gartner sugere que preciso usar a abordagem correta e oferece uma lista com seis sugestes tticas. O terceiro item da lista sugere incluir um provedor de contedo e ofertas de cdigo aberto na estratgia. O motivo para o Cdigo Aberto que ele j amadureceu e seu mercado se estabilizou. As organizaes de cdigo aberto competem com os tradicionais lderes do mercado de ECM pelos contratos de governos e educao superior. Tambm so muito teis os provedores de servios de contedo que aprimoram as ofertas de software com consultoria, implementao e suporte. Juntamente com esses pontos, o Gartner sugere perguntar desde o incio como as regras e metadados de polticas podem ajudar a eliminar a duplicao e a proliferao de documentos, assim como facilitar sua obteno. n

Canonical


Notcias | CORPORATE

Acordo sobre patentes com a MicrosoftA empresa finlandesa Tuxera, responsvel pelo driver de cdigo aberto NTFS-3G que permite ao kernel Linux realizar operaes em sistemas de arquivos NTFS, formalizou um acordo de patentes com a Microsoft sobre os drivers exFAT. Alm do Linux, o NTFS tambm utilizado por sistemas como FreeBSD, OpenSolaris e outros. O lder e desenvolvedor chefe do projeto NTFS, Szabolcs Szakacsits, fundou a Tuxera em 2008 com o objetivo de oferecer drivers para exFAT e NTFS em interoperabilidade com sistemas Windows. Outras empresas de cdigo aberto ficaram duvidosas quanto a seus acordos com a Microsoft com relao a patentes do FAT. A fabricante de softwares de navegao TomTom enfrentou recentemente problemas de legalidade de patentes com a Microsoft, a OIN (Open Invention Network) est reunindo provas contra Redmond, e os desenvolvedores de produtos baseados em Linux esto rapidamente retirando os cdigos do FAT de seus produtos. n

IDC: Mercado Linux na casa dos bilhesA empresa de pesquisas de mercado IDC anunciou em agosto a previso de que o Linux continuar crescendo firmemente nos prximos cinco anos, alcanando os bilhes de dlares em 2012. Num estudo intitulado Worldwide Linux Operating Environment 2009-2013 Forecast: Can Linux Prove Resilience in an Economic Slimp, a IDC pesquisou o desenvolvimento de mercado do sistema operacional livre sob as atuais presses. Al Gillen, vice-presidente do programa de estudo, descreveu a situao da seguinte forma: O Linux Comercial mostrou seu amadurecimento durante a crise econmica de 2001-2002, e agora o sapato est no outro p, conforme o ecossistema do Linux se esfora para se adaptar s novas condies do mercado. Ele v um futuro brilhante para o Linux no futuro: ...a boa notcia que quase garantido que o Linux far uma transio de sucesso ao longo desses tempos difceis. O pesquisador sustenta seu otimismo com algumas estatsticas: enquanto boa parte da indstria estagnou ou at diminuiu em 2008, as receitas com Linux cresceram 23,4%, chegando a US$ 267 milhes. Red Hat e Novell venderam o maior nmero de sistemas para servidores, e o analista v a continuao desse crescimento. Com relao aos sistemas Linux gratuitos, Gillen diz que o papel do Linux gratuito continua significativo em termos tanto de volume de unidades quanto de cultivo de uma maior base de usurios. Esta poro do mercado de sistemas operacionais Linux para servidores continua se expandindo. n

Novell tem lucro com LinuxAparentemente, apertar o cinto fez bem Novell. Aps demitir diversos funcionrios de sua diviso de Linux h poucos meses, a fabricante do Suse Linux Enterprise divulgou esta semana seu relatrio financeiro trimestral, demonstrando que a diviso faturou 38 milhes de dlares no ltimo trimestre. O lucro da empresa no ano fiscal de 2009, cujo terceiro trimestre acaba de terminar, foi de 17 milhes de dlares. A receita geral da empresa neste trimestre (US$ 216 milhes) foi menor que a do mesmo trimestre de 2008 (US$ 245 milhes). O lucro festejado foi possvel graas aos US$ 160 milhes provenientes de subscries e manuteno. Por um lado, licenas de software e servios (como suporte tcnico e treinamentos) contriburam com apenas US$ 27 milhes (em 2008) e US$ 25 milhes (em 2009). Por outro lado, a Novell lucrou US$ 30 milhes com produtos Linux, 22% a mais que no terceiro trimestre de 2008. Apenas um ano atrs, os proprietrios do Suse Linux Enterprise amargaram um prejuzo de US$ 15 milhes. Foi este o motivo para o corte geral de gastos na Novell. Vrias vagas foram cortadas, assim como o evento anual Brainshare de 2009. n


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Entrevista com Michael Tiemann, Vice-Presidente da Red Hat para Assuntos de Cdigo Aberto

CORPORATE

A Red Hat e o mercadoEm conversa exclusiva com a Linux Magazine, o executivo da Red Hat explica a relao da empresa com a comunidade Fedora, o CentOS, o Ubuntu e todo o mercado. por Luciano Siqueira, Rafael Peregrino da Silva e Pablo Hess

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ichael Tiemann um dos primeiros empreendedores de sucesso do mercado de Software Livre. A Cygnus Solutions, fundada por ele em 1989, foi possivelmente a primeira empresa em todo o planeta a se especializar no suporte comercial ao Software Livre. Em 1987, eu percebi que os softwares GNU eram alguns dos melhores disponveis, afirma Tiemann em sua pgina pessoal, e tambm que o Manifesto GNU era, na realiMontagem sobre foto de James Duncan Davidson/O'Reilly Media

dade, um plano de negcios disfarado. Nota-se rapidamente a viso privilegiada que o agora executivo, ex-desenvolvedor, tem dos negcios com base em Software Livre. Na aquisio da Cygnus pela Red Hat em 1999 (a terceira da empresa), Michael tornou-se CTO (Chief Technology Officer) da companhia, e cinco anos depois foi alado posio de vice-presidente de assuntos de Cdigo Aberto. Em sua passagem pelo Brasil durante o 10 FISL, Michael conversou com a Linux Magazine sobre a Red Hat, o Fedora, o Ubuntu, o CentOS em suma, sobre sua atual viso sobre o mercado do Software Livre.Linux Magazine co-

Michael Tiemann, Vice-Presidente da Red Hat para Assuntos de Cdigo Aberto da Red Hat

mum a percepo de que a Red Hat tem uma forte presena em grandes e mdias empresas. Existe alguma estratgia da empresa, envolvendo o Fedora ou o Red Hat Enterprise Linux, para fornecer servi-

os a pequenas empresas que no possam ou no precisem pagar por solues mais sofisticadas? Michael Tiemann Uma das melhores formas de entender o processo de adoo pelo mercado ler o livro de Geoffrey Moore, Crossing the Chasm. Ele explica que existem vrios tipos de subgrupos distintos em qualquer mercado: os inovadores (que trabalham com as ltimas novidades), os pioneiros da adoo (primeiros a adotar as tecnologias que devem tornar-se populares), os populares, os atrasados na adoo (aqueles que se encontram entre os ltimos a adotar tecnologias populares por escolha prpria) e os proteladores (que jamais adotaro a tecnologia, a menos que seja a nica opo). O livro de Moore foi escrito como um alerta s novas empresas que j tiveram sucesso nos grupos dos inovadores e dos pioneiros da adoo, mas cujos negcios so prejudicados quando sua tecnologia no cai no gosto popular. Porm, ele tambm ajuda a responder essa pergunta: os inovadores e pioneiros da adoo tm mais curiosidade que dinheiro, e normalmente tm muito mais interesse em descobrir se algo realmente funciona, em vez de como funcionaria

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CORPORATE | Red Hat

num contexto mais difundido, ou seja, com um modelo definido de operao, servios, atualizaes etc. A Red Hat acredita firmemente no modelo de desenvolvimento de cdigo aberto, principalmente na ideia de que a inovao promovida pelos usurios a fonte mais poderosa, escalvel e confivel de inovao. Porm, conforme a adoo de tecnologia alterna as necessidades dos inovadores e pioneiros da adoo para as necessidades populares, diversas empresas perdem interesse em se especializar na forma de gerenciar o contedo de software que direciona a empresa. Elas desejam uma fonte confivel capaz de acompanhar as plataformas de hardware mais recentes, aplicativos de ISVs, ameaas de segurana e, em alguns casos, certificaes de segurana. As duas abordagens (Red Hat Enterprise Linux e Fedora) podem conviver, como mostra o fato de que o Fedora cresceu mais de 100% (medido pelo nmero de visitantes nicos por ms) e tambm pelo fato de que a receita da Red Hat cresceu durante a crise, em vez de diminuir como muitas outras empresas de software.LM As certificaes profissionais da

O ciclo de lanamentos mais longo do RHEL (18 a 24 meses) oferece uma base de prazo mais longo para amortizar o custo do treinamento Red Hat. A realidade que o Fedora voltado para os inovadores e pioneiros da adoo que desejam resolver problemas que ningum jamais resolveu. difcil criar um programa de treinamento para isso. O treinamento em RHEL permite ao pblico popular aplicar as melhores prticas ao longo de vrios casos de uso, e essas prticas levam tempo para desenvolver. Ento, no caso do Fedora, o melhor treinamento Faa! Se no funcionar, que seja rpido para que o sucesso venha mais rpido!. a distribuio GNU/Linux padro para desktops, e o Fedora tambm tem o objetivo de alcanar os usurios no tcnicos. Com relao ao projeto, o que diferencia o Ubuntu do Fedora? MT Nem o Ubuntu nem o Fedora esto sozinhos: ambos dependem de outros projetos. O Fedora a resposta pergunta: como a Red Hat integra e testa todos os milhares de projetos, e como ela contribui para a inovao neles?. O Ubuntu fez um timo trabalho de trazer novos usurios para o Linux, mas acho que o Fedora pode enriquecer a base de desenvolvedores no Linux e no Cdigo Aberto.LM A instalao de pacotes ainda LM Fato: o Ubuntu est se tornando

O modelo de segurana do Linux protege os usurios mais ingnuos de si mesmos, evitando que comprometam seus sistemas imediata e constantemente. Abrir uma janela de terminal e digitar yum install blender no difcil a ponto de levar o usurio a dizer: jamais vou tentar aprender a usar o Blender porque o processo de instalao muito complicado. Quando descobri o projeto Miro no FISL, entrei no meu sistema Fedora e digitei yum install Miro e instalei o software. O que poderia ser mais fcil?LM Poderia existir alguma colabo-

Red Hat so bastante respeitadas pela comunidade e pelo mercado. Existem planos de algo semelhante para o Fedora? MT O melhor treinamento que podemos oferecer comunidade Fedora o de como ser um contribuidor. Nesse sentido, a Red Hat tem trabalhado no desenvolvimento de algumas receitas para comunidades, alm de realizar eventos como FUDcons, FADs e outros. Porm, a ideia de oferecer treinamento para que as pessoas usem o Fedora em contexto corporativo no faz sentido: assim que terminssemos de atualizar o treinamento para uma dada verso, a seguinte j a tornaria obsoleta.28

a tarefa mais complicada para novos usurios que adotam o GNU/ Linux. O Fedora tem alguma estratgia para facilitar essa etapa? MT Acho que existe um limite de complexidade que aceitvel no mundo real. Quantos usurios no Windows podem baixar um vrus ou outro software malicioso com um ou dois cliques sem jamais perceber?

rao entre o Fedora e o CentOS? E quanto a unificar os sistemas de gerenciamento de bugs com outras distribuies GNU/Linux para evitar resolver o mesmo problema vrias vezes? MT Eu costumava falar muito sobre isso, mas fui informado por vrias pessoas que mesmo que consegussemos unificar os sistemas de rastreamento de bugs num nico banco de dados, o verdadeiro problema seria fazer o mantenedor certo tomar a ao certa com relao a sua distribuio. Se ele tiver o relacionamento correto com os projetos originais (o que creio que o Fedora faz), os bugs no se multiplicaro desnecessariamente. Se um mantenedor de distribuio no puder gastar seu tempo relatando um bug para o projeto original, talvez ele no seja a pessoa mais adequada para essa funo. n

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Coluna do Taurion

CORPORATE

O Chrome OSO recm-anunciado Chrome OS, do Google, vem reforar o contraste entre a nova economia do grtis e o modelo tradicional de venda de licenas para PCs.

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algumas semanas, o Google anunciou um novo sistema operacional para PCs e netbooks, de cdigo aberto, baseado no kernel Linux, chamado de Chrome OS. Distribudo gratuitamente, o Chrome OS se insere no contexto da economia do grtis, proposto por Chris Anderson em seu ltimo livro, intitulado Free. A tese de Anderson muito interessante: dado que os custos de armazenamento e transmisso de informaes tornam-se desprezveis, veremos nos prximos anos o crescimento da economia das coisas sem custo direto, como o Google (onde o Chrome OS se insere), a Wikipdia e os softwares de cdigo aberto. Um exemplo deste barateamento o preo dos transistores, que em 1960 custavam cerca de 100 dlares e hoje custam zero ou 0,000015 centavos de dlar. O valor de mercado do Google, cone desta economia, de vinte bilhes de dlares, superior soma de todas as montadoras e as empresas areas dos EUA! O Chrome OS ajudar a gerar mais trfego na Internet, o que aumentar as chances de o Google vender mais anncios, que a sua fonte de receitas. O Chrome OS colide diretamente com o modelo estabelecido da indstria de sistemas operacionais para PCs, dominado hoje pela Microsoft com o Windows. A arquitetura do Chrome OS orientada ao modelo de computao em nuvem. Porm, na verdade, com base nas poucas informaes disponveis, parece-me que se trata do navegador Chrome rodando sobre um sistema de janelas em cima de um kernel Linux; ou seja, o Chrome OS uma plataforma para o navegador Chrome e suas aplicaes. O Google afirmou que seu cdigo ser aberto, e eu acredito que ser baseado na licena GPLv2. Usando o kernel Linux, o Chrome OS aproveita todo o desenvolvimento j feito em drivers e a sua imensa comunidade de desenvolvedores.32

O Chrome OS ser inicialmente centrado nos netbooks, um mercado que cresce a cada dia. Os netbooks, que so mquinas voltadas a operar em nuvens computacionais, na minha opinio esto um pouco fora do alvo da Microsoft. A maior base instalada de netbooks roda Linux, e a verso Windows disponvel um subset do XP, uma vez que o Vista muito grande para caber nestas mquinas. E o Windows XP vendido para esses computadores a preos menores que os comercializados nos PCs. O mesmo fenmeno ocorrer com o Windows 7 e sua verso simplificada para netbooks. O resultado que o crescimento do mercado de netbooks canibaliza a receita do Windows. Nos prximos anos assistiremos a uma batalha interessante pelo mercado de PCs e netbooks, quando dois modelos de negcio diferentes estaro em choque: o modelo tradicional, como o da Microsoft, e o modelo do grtis, baseado em nuvem, como proposto pelo Google. A rede de valor do Google baseada na economia do grtis, na qual o software um meio para vender mais anncios. Os exemplos esto se encaixando: o Chrome OS, o navegador Chrome, o Google Gears, Google Apps e o Google App Engine. Esta rede de valor diferente do modelo da Microsoft, que obtm sua receita exatamente da venda de licenas de seus softwares. Um ponto chave para o sucesso do Google ser a aceitao do modelo de computao em nuvem. Na minha opinio, esse modelo computacional vai se consolidar nos prximos anos e muitas das atuais limitaes e restries sero minimizadas ou at mesmo eliminadas. Vale uma aposta? nCezar Taurion ([email protected]) gerente de novas tecnologias aplicadas da IBM Brasil e editor do primeiro blog da Amrica Latina do Portal de Tecnologia da IBM developerWorks. Seu blog est disponvel em http://www-03.ibm.com/developerworks/blogs/page/ctaurion.


Aparea na Web

Seu site contra a InternetSe a concorrncia pela ateno dos visitantes na Internet grande, aprimore seus conhecimentos e seu site para atra-los. por Pablo Hess

CAPA

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Internet uma selva. Milhes ou at bilhes de pessoas competindo por fama, dinheiro fcil, sucesso e reconhecimento. No toa, o Google, pea que se tornou fundamental para encontrarmos algo na Web, um fenmeno de rentabilidade. Com uma infraestrutura composta por diversos data centers, cada um com vrios milhares de servidores, o gigante da Internet emprega seus amplos tentculos para servir aos clientes diversos outros servios alm das buscas, sempre com o intuito de exibir mais e mais anncios direcionados. Independentemente do questionamento sobre a tica da bisbilhotice do Google, no h quem no deseje aproveitar as facilidades oferecidas pela empresa para obter alguma receita. No entanto, o que primeira vista parece fcil se mostra muitas vezes uma tarefa herclea: ser visto. a

que nos lembramos de que, embora o Google seja o s da busca, so muitos os sites que concorrem pelas melhores posies em seu ndice. Felizmente para os alfabetizados, o prprio Google oferece uma grande ajuda na hora de nos candidatarmos ao posto de primeiro colocado das buscas. Esta edio da Linux Magazine aborda justamente as formas de aproveitar essa mozinha, juntamente com os poderes do Cdigo Aberto, para lanar seu site ou o da sua loja online, do seu grupo de usurios, da sua famlia em uma nova onda de visitao e, com sorte, lucro! Comearemos mostrando como tirar proveito da infraestrutura descomunal do Google para criar suas prprias aplicaes web. Basta um sistema GNU/Linux para montar sua aplicao, subi-la para as dezenas de milhares de servidores da empresa e comear a servir clientes.

Em seguida, explicaremos como utilizar as eficazes ferramentas online disponibilizadas gratuitamente pelo fenmeno da Internet para tornar seu site mais visvel e desejvel para os visitantes que voc deseja. No h forma mais rpida de atrair cliques. E quando os visitantes chegarem, bom seu servidor estar preparado. Veja como ajustar o poderoso Apache para fazer frente enxurrada de cliques e ao novo volume de trfego. Por ltimo, se voc procura um sistema nico para montar seu portal e tambm a intranet da empresa, conhea o CMS colaborativo Liferay e construa tudo com muito mais simplicidade e velocidade. Seja para realizar um novo projeto desenvolvido nas horas vagas ou para manter e aprimorar o site da empresa, as dicas desta edio so essenciais para voc aproveitar cada oportunidade oferecida na Web. Faa bom proveito! n

ndice das matrias de capaPowered by Google SEO, sim senhor Apache tunado Raio de vida na colaborao


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Explore a ltima verso do grande Bourne-again shell

ANLISE

Bash novoApesar da maturidade do Bash, seus desenvolvedores continuam aprimorando-o. A verso 4 do shell est cheia de novidades. por Bernhard Bablok e Nils Magnusyewkeo, 123RF

A

pesar da competio recente por parte de poderosas alter nativas como o Zsh [1], o Bourne-again shell (Bash) [2] ain da o rei do pedao no console do GNU/Linux. O Bash, que pode ser usado de forma interativa, tam bm serve como uma linguagem de script simples e prtica. O Bash faz parte do esqueleto de todo sistema GNU/Linux mais um motivo para investigar os benefcios de adotar a nova verso 4, lanada em fevereiro de 2009.

gostar de passar algum tempo com o Bash 4 j. A tabela 1 mostra um resumo de alguns novos recursos importantes; para uma listagem completa, verifi que o arquivo NEWS na documentao do Bash. Este artigo levanta algumas das mudanas mais importantes.

Vetores associativos

Linha de comando

Por que no?

Em sistemas em produo, talvez seja mais recomendvel avaliar se realmente necessrio atualizar o Bash para sua nova verso. Por um lado, as principais distribuies cer tamente difundiro a nova verso por meio de suas atualizaes, ento o novo Bash fatalmente vai chegar ao seu sistema mais cedo ou mais tarde. Programadores e usurios avanados, por outro lado, gostam de usufruir os benefcios oferecidos por novas verses o mais rpido possvel. Quem desejar j se familiarizar com o shell principal da maioria das distribuies do futuro certamente58

Usurios da linha de comando apre ciaro algumas extenses inconsp cuas, mas muito teis, incorporadas ao novo Bash. Por exemplo, a string ** expandida para uma lista de arquivos e caminhos sob o diretrio atual, de forma semelhante ao co mando externo find. Porm, os usu rios precisam ativar esse recurso por meio do comando shopt -s globstar. Os desenvolvedores agora ado taram uma tcnica mais amigvel para um dos maiores mistrios do Bash: o redirecionamento da sada de erro padro. Em vez do mantra 2>&1 1>arquivo, agora os usurios po dem usar simplesmente &> >arquivo para redirecionar as sadas padro e de erro para um nico arquivo. O atalho |&, que redireciona o erro padro de um comando para um pipe, outra novidade til.

A crena popular reza que scripts Bash criam muitos processos, que acabam prejudicando o desempe nho. Mas muitos dos aplicativos simples que costumavam ser usados com o Bash, incluindo sed, grep, basename e dirname, j no so mais necessrios; o Bash realiza essas tarefas to rpido quanto qualquer outra linguagem de script com fer ramentas embutidas. Apesar desses avanos, os programadores Bash continuam com olhares invejosos a Perl e Python, ambos com estruturas de dados mais versteis. Em sua verso 4, o Bash final mente acrescenta a seus vetores uni dimensionais os vetores associativos (semelhantes aos hashes em Perl e dicionrios em Python). Para muitos programadores, essa mudana, por si s, j motivo suficiente para ado tar a nova verso, pois ela oferece uma soluo bem mais elegante a vrios problemas. Por exemplo, os desenvolvedores podem usar textos arbitrrios como ndices de vetores associativos em vez de apenas intei ros. A listagem 1 mostra um exemplo. A listagem 2 contm um script que ordena arquivos em diretrios


Bash 4 | ANLISE

Tabela 1: Principais mudanasMudana Substrings PID autocd checkjobs read mapfile command_not_found_handle globstar Chaves Sada de erro padro Sada de erro padro case Descrio A extenso para parmetros de posio suporta o desvio zero O PID do shell atual est disponvel na varivel BASHPID Suporta navegao rpida por meio do nome do diretrio Verifica e relata trabalhos (jobs) ativos ou parados na sada Atribui entradas parciais a variveis e mantm seus valores mesmo que o comando tenha seu tempo expirado Facilita o processamento de arquivos O Bash 4 chama essa funo caso no consiga encontrar um comando Usa ** para realizar buscas recursivas ao longo de mltiplos diretrios A extenso cria uma lista de valores com zeros na frente Em vez de 2>&1 1>arquivo, o Bash agora suporta &> >arquivo Da mesma forma, |& substitui 2>&1 | Agora o Bash 4 suporta ;;, ;& e ;;& para terminar um case. O primeiro processa incondicionalmente as instrues do prximo grupo; o segundo verifica mais uma vez e, se adequado, continua processando o prximo grupo. Os operadores ^ e , alteram para caixa alta ou baixa declare -u e declare -l convertem automaticamente para caixa alta ou baixa ao atribuir valores Os ndices podem ser strings: $idade[fulano] Cria processos assncronos O comando read -t 0 -u fd verifica se o descritor de arquivo fd fornece dados

Expanso varivel Converso automtica Vetores associativos coproc Seleo

CompleteO objetivo da coleo trazer conhecimento convel e de alto nvel sempre com enfoque prtico e voltado para a utilizao do sistema Linux e de outras tecnologias livres.

a sua coleo

Mais informaesSite: www.linuxmagazine.com.br Linux Magazine #58 | Setembro de 2009 Tel: 11 4082-1300

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ANLISE | Bash 4

Listagem 1: Programao com vetores associativos01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 #!/bin/bash declare -A name nome[Linus]=Torvalds nome[Bill]=Gates nome[Steve]=Jobs nome[Richard]=Stallman # Mostrar todos os valores: echo Valores: ${nome[@]} # Mostrar todas as chaves: echo Chave: ${!nome[@]} # Acessar valores individuais for v in {!nome[@]}; do echo $v ${name[$v]} done

Listagem 2: Texto errado em listas01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 #!/bin/bash dirs= for f in $@; do d=`getDir $f` mkdir -p $d mv -f $f $d dirs=$dirs $d done for d in $dirs; do createIndex $d done

segundo suas propriedades por exemplo, a data de criao. O script possui dois problemas fundamen tais: primeiro, ele no funciona com diretrios que contenham espaos em branco, e segundo, ele pode processar cada diretrio mais de uma vez. As verses anteriores do Bash usavam tcnicas diferentes para re solver esse problema. No Bash 3.2, os programadores podem armaze nar os nomes de diretrios entre aspas num vetor. Um script poderia evitar o duplo processamento por meio de buscas no nome ou por meio de uma lenta busca linear no vetor. Nenhuma dessas tcnicas particularmente elegante. O Bash 4 lida com essa tarefa de forma bem mais simples (veja a listagem 3): o nome do diret rio serve como chave; o valor no tem importncia. Na linha 12, o loop itera por todas as chaves. A construo especial com alguns & entre aspas duplas faz o mesmo que em outros pontos do Bash: faz com que o shell processe os valo res como elementos individuais. Portanto, a soluo funciona com diretrios que contenham espaos em branco. A listagem 4 contm um padro de programao tpico. O loop while nas linhas 5 a 8 processa as linhas de um arquivo uma aps a outra e guarda o resultado num vetor. Essa construo ocorre com frequncia, mas infelizmente imperfeita. Caso a lima linha no termine com um caractere de nova linha, o loop no armazenar a linha. O comando read embutido no far a atribuio sem a nova linha. A nova verso do Bash no ape nas economiza teclas como tam bm oferece uma implementao mais limpa. Em vez do loop while, uma nica linha j faz todo o tra

balho sujo (linha 4 da listagem 5). O comando mapfile usa o apelido readarray, que descreve seu propsito de forma mais precisa. O comando mapfile pode at fazer mais que isso. Para mais detalhes, help mapfile e man mapfile devem ajudar bastante. O comando pode processar mltiplas linhas de uma nica vez e processlas uma a uma com uso de uma funo callback. Infelizmente, os desenvolvedores no forneceram uma implementao es pecialmente elegante dessa funo. O Bash 4 chama a funo callback antes de processla, e no depois. Essa tcnica oferece ao script um callback antes de o shell de fato ler algo, mas perde um callback aps a ltima linha. Apesar dessa com plicao, a funo ainda til para processar arquivos inteiros. Se voc j precisou implementar uma tcnica robusta para processa mento de arquivos de configurao ou entrada de usurios, j conhece o seguinte problema: o valor no ar quivo de configurao ou o resultado da operao read pode ser SIM, sim, Sim, YES, true ou eViDentemEnte. At o Bash 3.2, os autores de scripts usavam o utilitrio externo tr para converter o valor para caixa alta ou baixa. O Bash 4 facilita isso. A instruo declare -u Varivel converte auto maticamente todas as atribuies da varivel Varivel para caixa alta. De forma anloga, declare -l converte para caixa baixa. Essas ferramentas de converso economizam chamadas a programas externos e melhoram o desempenho do script. Para con verter apenas uma vez, em vez de globalmente, possvel usar a nova extenso de parmetro:foo=SIM echo ${foo^} echo ${foo^^}

Caixa alta e baixa

Arquivos

Listagem 3: Vetores associativos01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 #!/bin/bash declare -A dirs for f in $@; do d=`getDir $f` mkdir -p $d mv -f $f $d dirs[$d]=1 done for d in ${!dirs[@]}; do createIndex $d done

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Bash 4 | ANLISE

Quadro 1: Entrevista com o desenvolvedor do Bash 4 Chet RameyChat Ramey gerente do Grupo de Segurana e Engenharia de Redes da diviso de servios de TI da Case Western Reserve University. Ele o mantenedor do Bash desde 1990. A Linux Magazine fez algumas perguntas a ele com relao ltima verso do Bash.

A comunidade do Software Livre no via uma nova verso do Bash h algum tempo. Alguns dizem que a verso 3.2 era adequada para praticamente todas as tarefas necessrias. Ento, por que algo novo? Fico feliz que as pessoas tenham uma opinio to boa sobre o Bash 3.2. Eu no gosto de lanar novas verses com muita frequncia, pois o shell muito bsico para vrios distribuidores, mas j estava na hora. O Bash 4.0 oferece diversos recursos novos (normalmente eu no incluo grandes recursos novos em verses de atualizao), vrias correes de falhas que no entraram como patches no 3.2, e mais funcionalidades para os recursos j presentes. Quais os trs avanos ou novos recursos que voc acha mais interessantes? Vejamos. Essa difcil, porque h vrias que so boas. 1. Vetores associativos; 2. A correo para o ltimo trecho incompatvel com Posix. O shell no exige mais os parnteses balanceados ao processar substituies de comandos no estilo $(...) (por exemplo, ao processar uma instruo case dentro de uma substituio de comando). Estou empolgado com isso porque foi, certamente, a parte mais complicada para implementar. No foi fcil com um parser gerado pelo yacc. 3. As melhorias possveis com o bind -x. Ao executar um comando associado a uma sequncia chave com bind -x, esse comando ter acesso ao buffer do readline e posio atual do cursor e poder alter-la. Uma funo de shell poderia chamar um programa externo para rearranjar as palavras na linha de comando, por exemplo, e fazer com que se refletissem no buffer de edio. Acho que esse recurso ainda no foi muito usado, mas h vrias possibilidades. O Bash 4 acrescentou vrios novos recursos para facilitar a programao. Voc acha que ele j consegue competir com linguagens como Perl e Python? Acho que Perl e Python so linguagens mais sofisticadas, pois tm muito mais funes embutidas. Shells em geral so feitas para grudar programas externos ou funes de shell, alm de oferecerem um ambiente para facilitar essas tarefas. Porm, possvel escrever programas bastante complexos usando shell: veja o bash debugger, por exemplo.

O Bash 4 tambm acrescentou diversos novos recursos para usurios da linha de comando. Agora ele est pronto para competir com shells especializadas nisso, como o Zsh? Acho que sim. O Bash talvez no tenha tantas funcionalidades embutidas, mas acho que oferece ferramentas suficientes para torn-lo um ambiente interativo to bom quanto o Zsh. H algumas discusses sobre estilos de programao e uso de recursos em shell scripts. Enquanto alguns tradicionalistas exigem compatibilidade com o Bourne shell, outros usam inmeros recursos do Bash. Qual o seu ponto de vista? E a compatibilidade com o Bash 3.2? Voc recomenda adotar o 4.0 imediatamente ou deix-lo em paralelo com o 3.2 por certo tempo? Acho que depende dos seus objetivos. fato que quando pedem compatibilidade total com o Bourne shell, referem-se verso do sh presente em suas mquinas. H diferentes verses do Bourne shell: v7, SVR2, SVR3, SVR4, SVR4.2... E fornecedores distintos acrescentam diferentes conjuntos de recursos mesma verso do Bourne shell. difcil descobrir exatamente o que se quer dizer com Bourne shell original. Para quem se interessar em escrever scripts portveis, eu sugeriria seguir o padro Posix. Ele pode ser considerado uma linha de base que todos os shells padro implementam. Muitos seno todos fornecedores incluem um shell que obedece ao Posix. E se o seu fornecedor no incluir um, o Bash compatvel com praticamente todas as plataformas existentes. Com relao retrocompatibilidade com o Bash 3.2, tentei mant-la ao mximo. Em certos locais, achei que o comportamento do Bash 3.2 era errado e o corrigi, sacrificando a retrocompatibilidade. Tambm existe a noo do nvel de compatibilidade do shell, que preserva explicitamente certos comportamentos antigos quando ativado (veja as opes compat31 e compat32 do Bash). Creio que o nvel de compatibilidade com o Bash 3.2 bem alto e no deveria afetar a portabilidade dos scripts. Acho que a compatibilidade suficiente para os usurios atualizarem para o Bash 4.0 imediatamente e gradativamente acostumarem-se com os novos recursos.


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ANLISE | Bash 4

Listagem 4: Tcnica antiga para processar arquivos01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 #!/bin/bash inputFile=$1 i=0 while read line; do lines[$i]=$line let i++ done < $inputFile # Processamento das linhas...

difcil de ler. Porm, se for preciso ordenar esse tipo de sada, as verses anteriores do Bash no ajudavam, pois eram incapazes de inserir um zero frente dos nmeros menores que dez. O Bash 4 j faz isso:echo {05..15}

Listagem 5: Nova tcnica para processar arquivos01 02 03 04 05 06 #!/bin/bash inputFile=$1 mapfile -n 0 lines < $inputFile # Processamento das linhas...

O primeiro comando converte a primeira letra para caixa alta e imprime Sim. O segundo converte todas as letras, portanto retorna SIM. Se for necessrio converter para caixa baixa, podese usar:foo=SIM echo ${foo,} echo ${foo,,}

A sintaxe ${Var^Padro} suporta substituies ainda mais complexas.

cularmente til para shell scripts que tratam com processamento paralelo [5]. Listas de valores automticos, ou expanses de chaves, j existem h tempos, mas eram desconhecidas pela maioria dos usurios: o comando echo {5..15} conta do primeiro at o ltimo nmero. Muitos programa dores Bash ainda usam o programa externo seq para isso:echo $(seq -s 5 15)

Co-processos e listas

A maioria dos fabricantes de hardware atuais oferecem processadores com mltiplos ncleos, e j comeam a aparecer tcnicas para explorar essas funcionalidades. O Bash 4 permite ao programador executar o que se chama de coprocessos:coproc pipes comando

O comando seq no apenas mais lento, como seu resultado mais

A nova verso da shell padro do GNU/Linux oferece alguns recursos teis para os programadores e fs da linha de comando. Apesar de algu mas pequenas incompatibilidades, o mantenedor do Bash incentiva os usurios a fazer a atualizao (con fira a entrevista no quadro 1). A nova verso do Bash no exa tamente magra o binrio agora ocupa 730 KB, em lugar dos 590 KB da verso anterior. Ele mensuravel mente, mas no perceptivelmente, mais lento; os tempos de execuo mais longos dificilmente devem ser problemticos em hardwares atuais. Para usar as novas funes hoje, preciso ter controle total sobre o ambiente para substituir todo o Bash. Em algums scripts, talvez seja preciso consultar as variveis de ambiente BASH_VERSION e BASH_ VERSINFO para se assegurar da ver so em execuo. Caso a verso no seja a 4, simplesmente termi ne o script graciosamente e emita uma mensagem de erro explicando o motivo. n

Mais informaes[1] Zsh: http://www.zsh.org [2] Bash: http://tiswww.case.edu/php/chet/bash/bashtop.html [3] Bernhard Bablok, Shell paralelo: http://lnm.com.br/article/2586

Este comando retorna os descri tores de entrada e sada padro do comando nas variveis pipes[0] e pipes[1]. O processo principal do Bash os utiliza para se comunicar com o coprocesso, o que parti62

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Dispositivos fsicos e lgicos

TUTORIAL

OpenSolaris, parte 5Na continuao da srie, veja como o sistema operacional de cdigo aberto da Sun identifica e reconhece dispositivos de hardware. por Alexandre Borges

S

Agata Urbaniak www.sxc.hu

eguindo nossa srie, este artigo finalmente comea a entrar um pouco mais fundo no mundo do OpenSolaris. Deste ponto em diante, tenho certeza de que o leitor notar uma pequena ruptura no que diz respeito quantidade de informaes novas apresentadas. Comearemos a desvendar assuntos bem mais especficos deste fantstico sistema operacional e, com isto, a quantidade de informao ser um pouco mais densa. O leitor sabe, claro, que existem muitos dispositivos de armazenamento de dados que podem ser utilizados aps o processo de inicializao do OpenSolaris, como discos rgidos (SCSI, SATA, IDE), disquetes, pen drives, CDs e DVDs, para citar os mais comuns. A maneira como o OpenSolaris trata esses dispositivos muito peculiar e fundamental, por isso, focaremos nesse assunto de forma bastante incisiva. Como o disco rgido o dispositivo mais importante dentre estes citados, dedicaremos uma64

maior ateno a ele. Entretanto, de qualquer forma, abordaremos todos eles diretamente ou no para que seja possvel construir um conhecimento mais slido.

Dois diretrios

No OpenSolaris existem dois diretrios muito importantes que exercem um papel fundamental no gerenciamento de dispositivos e, mais especificamente, na administrao de discos. Qualquer componente importante da mquina (teclado, mouse, porta USB, processador, memria, discos rgidos, placa de rede, porta serial etc.) que esteja executando o OpenSolaris representado por um ou mais arquivos no sistema operacional, o qual concentra estas entradas em dois diretrios de grande importncia para o gerenciamento dos dispositivos. So eles: /dev/: contm uma ou mais entradas representando cada dispositivo de forma lgica;

entradas representando cada dispositivo de forma fsica. Em outras palavras, correto dizer que o diretrio /devices/ para uso do OpenSolaris, j que seu contedo bastante complicado (e dependente da arquitetura e do modelo da mquina), enquanto que o diretrio /dev/ destinado ao uso por seres humanos, pois representa os dispositivos de forma mais simples de entender. Existem, sim, formas de decodificar os caminhos fsicos (/devices/), mas essas tcnicas no so importantes no contexto deste artigo. A listagem 1 mostra o contedo do diretrio /devices/, incluindo detalhes importantes. importante saber que, via de regra, existem diferentes tipos de arquivos no OpenSolaris e estes podem ser identificados pelo primeiro caractere de cada linha da sada do comando ls -al (tabela 1). De forma bsica, os dispositivos raw (dados brutos) so aqueles aces-

/devices/: contm uma ou mais


OpenSolaris | TUTORIAL

sados como correntes (streams) de dados; ou seja, no caso de discos, o sistema de arquivos (e a organizao lgica que este impe aos dados) no levado em conta. Dispositivos de bloco so aqueles em que o filesystem levado em conta; ou seja, existem chamadas de sistema especficas baseadas no tamanho do bloco de dados, e esses dados, quando acessados, so transferidos primeiramente para uma rea de cache em memria (motivos de desempenho em caso de reutilizao da informao) e depois ao seu destino. Outro aspecto importante comparar os detalhes da listagem de um arquivo regular contra a listagem de um arquivo de dispositivo (seja ele de bloco ou bruto). Observe:a@lab2:/devices/pseudo# ls -al /etc/hosts lrwxrwxrwx (...) /etc/hosts -> ./inet/hosts

Listagem 1: Contedo de /devices/# ls/devices total 15 drwxr-xr-x 10 root drwxr-xr-x 25 root drwxr-xr-x 2 root crw-r--r-- 1 root drwxr-xr-x 2 root drwxr-xr-x 4 root drwxr-xr-x 2 root drwxr-xr-x 4 root crw- 1 root sys crw- 1 root sys crw- 1 root sys drwxr-xr-x 6 root crw- 1 root sys drwxr-xr-x 2 root crw-rw-rw- 1 root drwxr-xr-x 2 root crw- 1 root sys

sys root sys sys 219, sys sys sys sys 86, 255 86, 252 86, 253 sys 2, 0 sys sys 18, sys 28, 0

10 2009-08-19 02:14 . 26 2009-08-08 14:59 .. 2 2009-08-19 02:14 agpgart 0 2009-08-19 02:09 agpgart:agpgart 2 2009-08-19 02:14 cpus 4 2009-08-08 14:45 isa 2 2009-08-19 02:14 options 5 2009-08-08 14:51 pci@0,0 2009-08-19 02:09 pci@0,0:devctl 2009-08-19 02:09 pci@0,0:intr 2009-08-19 02:09 pci@0,0:reg 9 2009-08-19 02:11 pseudo 2009-08-19 02:09 pseudo:devctl 2 2009-08-08 14:51 scsi_vhci 0 2009-08-19 02:09 scsi_vhci:devctl 2 2009-08-19 02:14 xsvc@0,0 2009-08-19 02:09 xsvc@0,0:xsvc

crw- 1 root sys 2, 0 2009-08-19 02:09 pseudo:devctl

Um arquivo regular apresenta os seguintes campos, na seguinte ordem: permisses, nmero de hard links, usurio proprietrio, grupo proprietrio, tamanho do arquivo, hora de modificao e nome do arquivo. Para quem desconhece, um hard link a associao que existe entre o nome do arquivo e seu respectivo inode, que por sua vez a estrutura que detm as informaes do arquivo, assim como os ponteiros para os blocos de dados do arquivo. O inode pode ser associado a mais de um nome (semelhante s pessoas que tm um nome e alguns apelidos).

Os nmeros 2 e 0 so, respectivamente, os nmeros major e minor desse dispositivo de caracteres. Nmeros major e minor aparecem tanto em arquivos brutos quanto em arquivos de dispositivos de bloco. O

nmero major responsvel por indicar qual o driver necessrio para acessar o dispositivo em questo, e o nmero minor representa a instncia desse dispositivo pois podem existir mltiplos dispositivos do mesmo tipo que exigem o mesmo driver para acesso. Esta representao numrica no facilita muito a compreenso de

Major e minor

No caso de um arquivo de dispositivo, essa listagem quase igual, mas existe uma pequena diferena: no lugar do tamanho do arquivo aparece uma composio de dois nmeros que so o major number e o minor number. Veja:

Figura 1 Tpica listagem de um subdiretrio de /devices/ num sistema OpenSolaris.


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qual tipo de driver deve ser utilizado, entretanto, o leitor pode realizar dois passos para descobrir as informaes dos drivers:

O primeiro consiste em consultar o arquivo /etc/name_to_major:# more /etc/name_to_major

Tabela 1: Tipos de arquivosPrimeiro caractere da linha d l c b Significado diretrio arquivo regular link simblico dispositivo de caractere dispositivo de bloco

Este arquivo o responsvel pelo mapeamento de todos os nmeros major a seus respectivos drivers. Depois de descobrir qual o driver que corresponde ao nmero major, basta consultar a pgina de manual do driver:# man driver_em_questo

Figura 2 Contedo do diretrio /dev/ no OpenSolaris.

As figuras 1 e 2 ilustram a listagem dos diretrios /devices/ e /dev/, respectivamente. Perceba que o caminho que representa fisicamente um dispositivo (para uso do OpenSolaris, figura 1) bastante complicado e enigmtico. Neste caso, est em destaque um slice (fatia) do disco rgido interno da mquina veremos slices de disco no prximo artigo desta srie. J no caso da representao lgica (figura 2), as informaes tendem a ser mais fceis de interpretar. Com um pouquinho de conhecimento, possvel identificar alguns hardwares importantes da mquina: e1000g (placa de rede), diskette (disquete), kbd (teclado), cpu, mouse, nvidia0 (placa de vdeo), mem (memria) etc. Como dito antes, esta representao adequada para os administradores do OpenSolaris.

Reconhecimento

Figura 3 Linha do Grub responsvel por iniciar o kernel.

Agora que j conhecemos a representao dos dispositivos, necessrio aprender como possvel, ao adicionar um hardware novo no OpenSolaris, fazer o sistema reconhecer esse componente. As maneiras mais fceis so: Executar o comando devfsadm -v: este comando, apenas com o parmetro -v (verbose mode), procura todos os novos dispositivos que tenham sido adicionados mquina, sem necessidade de reinici-la. Caso a opo anterior no tenha funcionado, possvel, por meio do Grub, editar a linha

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do kernel associada inicializao (na figura 3, basta escolher o comando e para editar essa linha) e passar a opo -r ao final da linha, como um argumento. O inconveniente desta escolha a necessidade de reiniciar a mquina, o que causa transtornos por tirar do ar as aplicaes. Contudo, para alguns hardwares, esta a nica maneira de forar seu reconhecimento dentro do OpenSolaris. Independentemente da tcnica utilizada, quando novos dispositivos so encontrados, o sistema operacional cria novas entradas nos diretrios /dev/ e /devices/ e, inclusive, faz inseres no arquivo /etc/path_to_inst. No contedo deste arquivo, o OpenSolaris cria uma linha com os caminhos fsicos de cada dispositivo, seguido da instncia e, por fim, do nome lgico que ele designa para esses hardwares. Alguns exemplos de nomes lgicos: sd: discos SCSI dad: discos IDE cmdk: discos SATA e1000g, pcn: placas de rede Na sada seguinte (listagem 2), mostrado o arquivo /etc/path_ to_inst da mquina de teste (que consiste, para fins de esclarecimento, em uma mquina virtual sobre VMware). Este mesmo arquivo pode ser visualizado de forma indireta por meio do seguinte comando:prtconf | grep v not

trazem outras informaes muito interessantes, com as quais possvel, inclusive, descobrir caractersticas detalhadas do disco, como velocidade.

No prximo ms

No prximo artigo, vamos abordar em maiores detalhes os discos rgidos: slices, particionamento, sistemas de arquivos e muito mais. n

Listagem 2: Contedo de /etc/path_to_instroot@opensolaris:/# more /etc/path_to_inst # #Caution! This file contains critical kernel state # /pseudo 0 pseudo /scsi_vhci 0 scsi_vhci /xsvc@0,0 0 xsvc /options 0 options /agpgart 0 agpgart /isa 0 isa /isa/pit_beep 0 pit_beep /isa/i8042@1,60 0 i8042 /isa/i8042@1,60/keyboard@0 0 kb8042 /isa/i8042@1,60/mouse@1 0 mouse8042 /isa/lp@1,378 0 ecpp /isa/asy@1,3f8 0 asy /isa/asy@1,2f8 1 asy /isa/fdc@1,3f0 0 fdc /isa/fdc@1,3f0/fd@0,0 0 fd /ramdisk 0 ramdisk /cpus 0 cpunex /cpus/cpu@0 0 cpudrv /pci@0,0 0 pci /pci@0,0/display@f 0 vgatext /pci@0,0/pci8086,7191@1 0 pci_pci /pci@0,0/pci-ide@7,1 0 pci-ide /pci@0,0/pci-ide@7,1/ide@0 0 ata /pci@0,0/pci-ide@7,1/ide@0/cmdk@0,0 0 cmdk /pci@0,0/pci-ide@7,1/ide@1 1 ata /pci@0,0/pci-ide@7,1/ide@1/sd@0,0 0 sd /pci@0,0/pci1000,30@10 0 mpt /pci@0,0/pci1022,2000@11 0 pcn /pci@0,0/pci15ad,1976@7,2 0 uhci root@opensolaris:/#

Tudo reconhecido

Gostou do artigo?Queremos ouvir sua opinio. Fale conosco em [email protected] ou com o autor em [email protected] Este artigo no nosso site: http://lnm.com.br/article/2997

que apresenta apenas os dispositivos que esto presentes no sistema. Sugiro ao leitor que faa alguns testes com o comando prtconf usando as opes -p e -v, uma vez que elas


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Oracle do Brasil Sistemas Ltda. So Paulo Proelbra Tecnologia Eletrnica Ltda. Provider Red Hat Brasil Samurai Projetos Especiais SAP Brasil Simples Consultoria Smart Solutions Snap IT Stefanini IT Solutions Sun Microsystems Sybase Brasil The Source Unisys Brasil Ltda. Utah Visuelles Webnow WRL Informtica Ltda. Systech So Paulo So Paulo So Paulo So Paulo So Paulo So Paulo So Paulo So Paulo So Paulo So Paulo So Paulo So Paulo So Paulo So Paulo So Paulo So Paulo So Paulo Taquaritinga

Av. Juscelino Kubitschek, 510, 9 andar Itaim Bibi CEP: 04543-000 11 3046-7388


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Calendrio de eventosEvento Data10 a 12 de setembro 22 e 24 de setembro 13a14d eou tubro 13a16d eou tubro 22a24d eou tubro 24e25d eou tubro

ndice de anunciantesInforma eswww.pythonbrasil.org www.cnasi.com.br/ www.railssummit.com.br/ www.futurecom2009.com.br www.latinoware.org www.postgresql.org.br/ eventos/pgconbr www.plonesymposium.com.br www.solisc.org.br

LocalCaixasd oS ul, RS SoP aulo,S P SoP aulo,S P SoP aulo,S P Fozd eI guau , PR Campinas,S P

EmpresaIBM Latinoware Senac Locaweb Rittal Watchguard Digivoice Plus server UOL Innovus Futurecom Fuctura Unodata Zimbra Bull Locaweb

P g.2 7 9 11 13 15 17 19 21 23 27 29 57 75 83 84

SERVIOS

PythonBr asil CNASI RailsS ummit2009 Futurecom2009 Latinoware PGCONBr asil2009 PloneS ymposium Am ricadoS ul 4o SoLISC

24 e 25 de novembro 26 e 27 de novembro

SoP aulo,S P Florianp olis,S C

Nerdson Os quadrinhos mensais da Linux Magazine

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Inclua em seu currculo a principal certificao Linux no mundo LPI.Em tempos de crise, solues de cdigo aberto como o Linux se destacam na adoo por empresas de todos os tamanhos, como soluo ideal para aumentar eficincia nos negcios e reduzir custos. Atualmente h no mercado uma carncia por profissionais certificados para atender a essa demanda crescente. Aproveite essa oportunidade e inclua em seu currculo a principal certificao Linux no mundo.

As datas de realizao das provas so:29/08 Vitria , ES 12/09 So Paulo, SP 18/09 Curitiba, PR 03/10 So Paulo/SP

Inscries e mais informaes:[email protected] Tel (11) 4082-1305

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Linux Professional Institute

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Na Linux Magazine #59DESTAQUE TUTORIAL

Um dos invasores

Uma instruo fundamental para qualquer profissional que deseje se proteger contra invasores : conhea seu inimigo. Como bem sabemos, toda mquina ligada Internet est sujeita a ataques. Com o intuito de se preparar para defender os servidores contra intrusos, voc precisa aprender a usar as ferramentas de invaso e tornar-se, voc mesmo, um mestre da invaso. A Linux Magazine 59 vai explicar como usar as principais ferramentas disposio dos criminosos virtuais para saber os caminhos da invaso e fech-los antes que os meliantes tirem proveito. n

Adobe AIR no Linux

Com o advento do Adobe Integrated Runtime (AIR), os aplicativos em Flash agora rodam no desktop sim, at no Linux. Assim como Mac OS X e Windows, o Linux tambm oferece ferramentas para o desenvolvimento dos sofisticados RIA (Rich Internet Applications). Porm, so poucas as formas de desenvolver um nico cdigo que possa ser executado sem alteraes em todas as trs. O Flash j se tornou uma plataforma capaz de rodar aplicativos comparveis aos softwares de desktop, e o AIR permite utilizar todo esse poder em qualquer sistema operacional. Vamos mostrar como instalar todos os componentes necessrios para usar a plataforma da Adobe de forma fcil e rpida no GNU/Linux. n

Na EasyLinux #16A adoo do Twitter cresce a passos gigantescos. Com ele, voc no apenas fica por dentro das opinies mais recentes dos seus amigos reais e virtuais, como tambm acompanha as ltimas promoes das suas lojas preferidas, recebe informaes sobre seu time de futebol e se atualiza em velocidade estonteante. E o Linux, naturalmente, no fica de fora disso! Na Easy Linux 16, vamos mostrar as melhores formas de utilizar o Twitter no Linux. Seja com um programa especfico para essa tarefa ou por meio de complementos do Firefox e do Thunderbird, twittar no Linux muito fcil e rpido. Vamos apresentar tambm os melhores feeds para voc seguir e se atualizar com relao ao Linux, Ubuntu e tecnologia em geral. n82

Twittando no Linux

Verificar seus emails pelo navegador no ruim, mas tambm h muitas vantagens em adotar um cliente como o Evolution ou o Thunderbird. Ou o Sylpheed, o KMail, o Claws... Po

2009 - linux magazine 58 (set)

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