2008 11 05 - estatuto camaragibe - definitivo

Upload: dick-junior

Post on 08-Jul-2015

796 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

As observaes insertas na forma de comentrios restringem-se a questes de cotedo, que demonstram aspectos conflitantes entre o pensamento manifestado pela equipe responsvel pela elaborao da proposta e a posio da Administrao em face do interesse e convenincia do servio. As questes relativas tcnica legislativa, linguagem e pertinncia vernacular no foram ainda abordadas.

LEI COMPLEMENTAR N

/2007

DE

XX

DE 2007

Dispe sobre o Estatuto dos Servidores Pblicos Municipais de Camaragibe e adota outras providncias. O Prefeito Municipal de Camaragibe, Estado de Pernambuco, Fao saber a todos os habitantes deste Municpio que a Cmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

TITULO I CAPTULO NICO DAS DISPOSIES PRELIMINARES Art. 1 O Estatuto dos Servidores Pblicos Municipais de Camaragibe, institudo pela LEI n xxxx,de xx de xxxx de 2007, passa a ser regido pelas disposies da presente Lei Complementar. 1 Para os efeitos desta Lei Complementar, servidor a pessoa legalmente investida em cargo, emprego ou funo pblica e os que adquiriram estabilidade pelo art.19 das Disposies Constitucionais Transitrias da Constituio Federal. 2 Os cargos, empregos e funes pblicas acessveis a todos os brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei, so criados por lei, com denominao prpria e vencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo, temporrio ou em comisso. Art. 2 Para efeito desta Lei Complementar considera-se : I - cargo efetivo: o conjunto de atribuies e responsabilidades, previsto no Plano de Cargos, cometidos a servidor atravs de concurso pblico, de provas e/ou provas e ttulos, respeitada a legislao pertinente, com denominao prpria e vencimentos pagos pelos cofres pblicos municipais; II - cargo em comisso: conjunto de funes e responsabilidades, ligadas s

1

atividades de planejamento, orientao, coordenao e controle regidos pelo critrio de confiana, de livre nomeao e exonerao; III - funo gratificada: atribuio ou conjunto de atribuies que a Administrao confere individualmente a determinados servidores para execuo de servio de chefia; IV- quadro de pessoal: conjunto de cargos e funes integrantes da estrutura organizacional da administrao, observadas a natureza, as atribuies e habilitao profissional; V- piso municipal: valor monetrio definido em lei, que serve de base para a remunerao na tabela de vencimento dos servidores municipais; VI- lotao: nmero de servidores pblicos municipais, fixados no quadro de Pessoal; VII - vencimento: retribuio pecuniria pelo exerccio de cargo publico, fixada em lei; VIII- remunerao: vencimento acrescido de vantagens pecunirias a que o servidor tenha direito, sendo referido valor irredutvel, devendo ser observado o princpio da isonomia. IX- grupo: conjunto de cargos reunidos segundo formao, qualificao, atribuio, grau de complexidade e responsabilidade; X-classe: o conjunto de cargos da mesma complexidade e/ou especificaes exigidas; XI- nvel: o indicativo do valor mensal do vencimento do respectivo cargo. Pargrafo nico Os cargos pblicos, acessveis a todos os brasileiros, so criados por Lei Municipal, com denominao prpria e vencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo, temporrio ou em comisso. Art. 3 proibida a prestao de servios gratuitos, salvo os casos previstos em lei. TTULO II DO PROVIMENTO, VACNCIA E MOVIMENTAO CAPTULO I DO PROVIMENTO Seo I Disposies Gerais Art. 4 So requisitos bsicos para investidura em cargo pblico:

2

I- a nacionalidade brasileira; II- o gozo dos direitos polticos; III- a quitao com as obrigaes militares e eleitorais; IV- o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo; V- a idade mnima de dezoito anos; VI- aptido fsica e mental. 1 As especificidades das atribuies do cargo podem justificar a exigncia de outros requisitos estabelecidos em lei. 2 s pessoas portadoras de deficincias assegurado o direito de se inscrever em concurso pblico para provimento de cargo, cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que so portadoras, sendo que para tais pessoas sero reservadas at 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. Art. 5 O provimento dos cargos pblicos far-se- mediante ato da autoridade competente da cada Poder. Art. 6 A investidura em cargo pblico ocorrer com a posse. Seo II Do Concurso Pblico Art. 7 O concurso ser de provas ou de provas e ttulos, podendo ser realizado em etapas, conforme dispuser o edital, condicionada a inscrio do candidato ao pagamento do valor fixado no ato convocatrio, quando indispensvel ao seu custeio e ressalvadas as hipteses de iseno nele expressamente previstas. Pargrafo nico O concurso para ingresso no magistrio pblico ser de provas e ttulos. Art. 8 O concurso pblico ter validade de at 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo. 1 O prazo de validade do concurso e as condies de sua realizao sero fixados em edital, que ser publicado no Dirio Oficial do Estado e em jornal de grande circulao. 2 Durante o prazo de validade previsto no edital de convocao, aquele aprovado em concurso pblico ser convocado com prioridade sobre os novos concursados para assumir o cargo. Seo III Formas de provimento Art. 9 So formas de provimento de cargos pblicos: I - nomeao;

3

II- readaptao; III- reconduo IV - reverso; V- reintegrao; VI- aproveitamento; VII- promoo. Subseo I Da Nomeao Art. 10 A nomeao far-se-: I- em carter permanente, quando se tratar de cargo de provimento efetivo; II- em comisso, inclusive na condio de interino, para cargos declarados em lei de livre nomeao e exonerao. Art. 11 A nomeao para cargo de provimento efetivo depende de prvia habilitao em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, obedecidos a ordem de classificao e o prazo de sua validade. Pargrafo nico Os demais requisitos para o ingresso sero estabelecidos pela lei que instituir o plano de cargos e remunerao e pela lei que fixa as diretrizes do sistema de carreira da Administrao Pblica Municipal. Subseo II Da Readaptao Art. 12 Readaptao a investidura do servidor em cargo de atribuies e responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental, verificada em inspeo mdica. 1 A readaptao ser efetivada em cargo de atribuies afins, respeitada a habilitao exigida, nvel de escolaridade e equivalncia de vencimentos e, na hiptese de inexistncia de cargo vago, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga. 2 - Se julgado incapaz para o servio pblico, o readaptando ser aposentado. Subseo III Da Reconduo Art. 13 - Reconduo o retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocupado e decorrer de:

4

I inabilidade em estgio probatrio relativo a outro cargo; II reintegrao do anterior ocupante. Pargrafo nico Inexistindo vaga, sero cometidas ao servidor as atribuies do cargo de origem, assegurados os direitos e vantagens decorrentes, at o regular provimento. Subseo IV Da Reverso Art. 14 Reverso o retorno atividade de servidor aposentado por invalidez, quando a junta mdica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria. 1 A reverso far-se- no mesmo cargo ou no cargo resultante de transformao. 2 O tempo em que o servidor estiver em exerccio ser considerado como para concesso da aposentadoria. 3 Encontrando-se provido o cargo, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga. Subseo V Da Reintegrao Art. 15 A Reintegrao a reinvestidura do servidor estvel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformao, quando invalidada a sua demisso por deciso administrativa ou judicial, com ressarcimento de todos os direitos inerentes. Pargrafo nico - Encontrando-se provido respectivo cargo, o seu eventual ocupante, se estvel, ser reconduzido ao cargo de origem sem direito indenizao ou aproveitado em outro cargo ou, ainda, posto em disponibilidade com remunerao proporcional ao tempo de servio. Subseo VI Do Aproveitamento Art. 16 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estvel ficar em disponibilidade, com remunerao proporcional ao tempo de servio, at seu adequado aproveitamento em outro cargo. Pargrafo nico - vedado prover o cargo declarado desnecessrio ou criar cargo com atribuies iguais ou assemelhados ao extinto, pelo prazo de quatro anos. Art. 17 O retorno atividade de servidor em disponibilidade far-se- mediante

5

aproveitamento obrigatrio em cargo de atribuies e vencimentos compatveis com o anteriormente ocupado. Art. 18 O servidor em disponibilidade ser aproveitado em vaga que vier a ocorrer nos rgos ou entidades da Administrao Pblica Municipal. Art. 19 Ser tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade, se o servidor no entrar em exerccio no prazo legal, salvo doena comprovada por junta mdica oficial. Subseo VII Da Promoo Art. 20 As promoes obedecero s regras estabelecidas na lei que dispuser sobre os planos de carreira dos servidores municipais. Seo IV Da Posse do Exerccio Art. 21 A posse dar-se- pela assinatura do respectivo termo, no qual devero constar as atribuies, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que no podero ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofcio previstos em Lei. 1 A posse ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicao do ato de nomeao. 2 Em se tratando de servidor que esteja, na data de publicao do ato de provimento, em licena, exceo da licena para o tratamento de interesses particulares, ou em afastamento legalmente concedido, o prazo ser contado do trmino do impedimento. 3 A posse poder ser tomada mediante procurao especfica. 4 No ato da posse, o servidor apresentar declarao de bens e valores que constituem seu patrimnio e declarao quanto ao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica. 5 Ser tornado sem efeito o ato de provimento, se a posse no ocorrer no prazo previsto no 1 deste artigo. Art. 22 A posse em cargo pblico depender de prvia inspeo mdica oficial. 1 S poder ser empossado aquele que for julgado apto fsica e mentalmente para o exerccio do cargo. 2 Ao ser empossado o servidor apresentar ao rgo competente os elementos necessrios ao seu assentamento funcional.

6

Art. 23 - Os servidores sero lotados nas unidades que integram a estrutura administrativa municipal. Art. 24 - Exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo pblico ou da funo de confiana. 1 O servidor empossado em cargo pblico ter prazo de 10 (dez) dias para entrar em exerccio, contados da data da posse. 2 O servidor ser exonerado do cargo ou ser tornado sem efeito o ato de sua designao para funo de confiana, se no entrar em exerccio no prazo previsto neste artigo. 3 A autoridade competente para dar exerccio ao servidor empossado, bem como para alter-lo, o Chefe do Poder Executivo ou servidor com delegao de poderes para tanto. Art. 25 - O incio, a suspenso, a interrupo e o reincio do exerccio sero registrados no assentamento funcional do servidor. Seo V Da Estabilidade Art. 26 - O servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo adquirir estabilidade no servio pblico ao ser aprovado em estgio probatrio com durao de 03 (trs) anos, durante o qual sero aferidas sua aptido e capacidade, para o desempenho do cargo. Pargrafo nico A forma e os procedimentos de avaliao de que trata este artigo sero estabelecidos por ato do Chefe do Poder Executivo. Art. 27 Os servidores sero submetidos avaliao permanente na forma da lei, observando-se os seguintes requisitos, assegurados o contraditrio e ampla defesa: I- disciplina; II- assiduidade; III- pontualidade; IV- eficincia; V- responsabilidade. Art. 28 O servidor estvel somente ser afastado do servio pblico, com conseqente perda do cargo, nas seguintes hipteses: I- em virtude de sentena judicial transitada em julgado; II- em decorrncia de resultado de processo administrativo disciplinar, no qual lhe tenha sido assegurado ampla defesa;

7

CAPTULO II DA VACNCIA Art. 29 A vacncia do cargo pblico decorrer de: I- demisso; II- exonerao; III- readaptao; IV- aposentadoria; V falecimento; VI posse em outro cargo inacumulvel. Art. 30 - A demisso de servidor ocupante de cargo efetivo dar-se- nos casos previstos nesta Lei Complementar. Art. 31 A exonerao de servidor efetivo dar-se- a pedido ou de ofcio. Pargrafo nico - A exonerao de ofcio ser aplicada: I por inaptido verificada no estgio probatrio; II nomeado, no tomar posse o servidor, ou no entrar em exerccio no prazo estabelecido; Art. 32 - A exonerao do cargo em comisso dar-se- a juzo da autoridade competente ou a pedido do servidor.

CAPTULO III DA MOVIMENTAO Seo I Da Remoo Art. 33 Remoo o deslocamento do servidor efetivo estvel, a pedido ou de ofcio, com ou sem mudana de sede. Art. 34 Dar-se- a remoo a pedido, para outra localidade, independentemente de vaga, para acompanhar cnjuge ou companheiro, ou por motivo de sade do servidor, cnjuge, companheiro ou dependente, condicionado comprovao por junta mdica oficial do Municpio. Art. 35 A remoo poder ocorrer por permuta, vista de pedido conjunto dos interessados, desde que ocupantes de mesmo cargo, observadas a compatibilidade de rea de atuao e carga horria. Art. 36 A remoo de ofcio, no interesse do servidor pblico, ser fundada na necessidade de pessoas, respeitada a compatibilidade com a localidade de residncia do servidor, nos seguintes caso:

8

I por imperativo de convnio ou cedncia para outras secretarias municipais; II para ajustamento de pessoal s necessidades de servio Seo II Da Redistribuio Art. - 37 Redistribuio o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no mbito do quadro geral de pessoal, para as autarquias ou fundao pblicas do mesmo poder, observados: I interesse da administrao; II equivalncia de vencimentos; III manuteno de essncia da atribuies de cargo; IV vinculao entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; V mesmo nvel de escolaridade, especialidade ou habilitao profissional; VI compatibilidade entre as atribuies do cargo e as finalidades institucionais das entidades. 1 A redistribuio ocorrer de ofcio para ajustamento de lotao e da fora de trabalho s necessidades dos servios, inclusive nos casos de reorganizao, extino ou criao de entidade. 2 A redistribuio de cargos efetivos vagos se dar mediante ato do Poder Executivo Municipal. 3 Os ocupantes de cargos de direo tero substitutos eventuais, na conformidade do que estabelecer o Plano de Cargos e Carreiras. 4 Nos casos de reorganizao ou extino de rgos ou entidade, os cargos vagos, declarados desnecessrios, sero extintos. Seo III Da Substituio Art. - 38 O servidor investido em cargo de provimento efetivo ou em comisso poder ser substitudo durante o perodo de afastamento, de impedimento legal ou regulamentar do titular, mediante ato da autoridade competente. 1 O substituto assumir cumulativamente, sem prejuzo do exerccio das funes do cargo que ocupa, o exerccio das funes de outro cargo, hiptese em que dever optar pela remunerao de um deles durante o respectivo perodo. 2 Em se tratando de cargos acumulveis na atividade e havendo compatibilidade de horrios, o servidor substituto perceber a remunerao do seu cargo e daquele que est ocupando em carter de substituio.

9

3 Os ocupantes de cargos de direo tero substitutos eventuais, na conformidade do que estabelecer o Plano de Cargos e Carreiras.

TTULO III CAPTULO NICO DO REGIME DE TRABALHO Seo I Da jornada de trabalho Art. - 39 Os servidores cumpriro jornada de trabalho fixada em razo das suas atribuies pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a durao mxima do trabalho semanal de 40 (quarenta) horas e observados os limites mnimos e mximos de 6(seis) horas dirias. 1 Em caso de turno nico, a jornada de trabalho ser de no mximo 06 (seis) horas dirias. 2 O chefe do Poder Executivo poder estabelecer jornada especial de trabalho, de acordo com a necessidade do servio pblico, respeitado o limite fixado no caput deste artigo. 3 O servio noturno, prestado em horrio compreendido entre as 22:00 (vinte e duas) horas de um dia e 05:00 (cinco) horas no dia seguinte, ter o valor de hora acrescida de 50% (cinquenta por cento), computando-se cada hora como de 50 minutos e 30 segundos. 4 O ocupante de cargo em comisso ou funo de confiana submete-se a regime de integral dedicao ao servio podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administrao. Art. - 40 A carga horria ser fixada na legislao especfica, observadas as peculiaridades dos respectivos cargos e funes, assegurados os direitos adquiridos. Pargrafo nico. A carga horria poder ser ampliada ou reduzida, por ato do Chefe do Poder Executivo, conforme interesse da Administrao, com adequao proporcional do vencimento, assegurados os direitos adquiridos. Seo II Trabalho Extraordinrio Art. - 41 Para atender as necessidades excepcionais e temporrias ser permitido o trabalho extraordinrio, desde que previamente autorizado pela autoridade competente, observando-se o limite fixado no ato que autorizar a sua realizao.

10

1 As horas de trabalho extraordinrio de que trata o caput podero ser compensadas at o final do ms subsequente ao da sua realizao, mediante ato do Chefe do Poder Executivo, observado o interesse pblico. 2 O trabalho extraordinrio ser remunerado com acrscimo de 50% (cinquenta por cento), calculado sobre o valor da hora normal de trabalho. 3 O trabalho extraordinrio realizado em domingos e feriados ser remunerado com acrscimo de 100% (cem por cento) sobre o valor da hora normal.

TTULO IV DOS DIREITOS E VANTAGENS CAPTULO I DO VENCIMENTO E DA REMUNERAO Art. - 42 Como retribuio ao exerccio das atribuies do cargo, emprego ou funo pblica, o servidor far jus ao pagamento de valor pecunirio mensal, na forma de vencimento, remunerao ou subsdio nos termos da lei especifica. 1 O vencimento mensal poder ser acrescido de vantagens pecunirias, nas condies e forma estabelecida em lei. 2 O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de carter permanente, irredutvel. 3 Nenhum servidor receber, a ttulo de vencimento, importncia inferior ao valor do salrio mnimo. Art. - 43 A remunerao e o subsdio dos ocupantes de cargo, emprego e funo pblicos da administrao direta, autrquica e fundacional, includas as vantagens pessoais ou de qualquer natureza, no poder exceder o limite fixado na Lei Orgnica. Art. - 44 O servidor perder: I a remunerao do dia em que faltar sem justificativa ao servio; II a parcela de remunerao diria, proporcional aos atrasos e ausncias justificadas. Pargrafo nico. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de fora maior podero ser compensadas a critrio de chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exerccio. Art. - 45 Salvo por imposio legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidir sobre a remunerao ou provento. Pargrafo nico. Mediante autorizao do servidor, poder haver consignao

11

em folha de pagamento a favor de terceiros, a critrio da administrao e com reposio de custos, na forma definida em regulamento. Art. - 46 As reposies e indenizaes ao errio sero previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo mximo de 30 (trinta) dias, podendo ser parceladas. 1 O valor de cada parcela no poder exceder a 10% (dez por cento) do valor de remunerao, do provento ou da penso. 2 Quando o pagamento indevido houver ocorrido no ms anterior ao do processamento da folha, a reposio ser feita imediatamente, em uma nica parcela. 3 Na hiptese de valores recebidos em decorrncia de cumprimento deciso liminar, tutela antecipada ou sentena que venha a ser revogada ou rescindida, sero eles atualizados at a data de reposio. Art. - 47 O servidor em dbito com o errio, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ter o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar o dbito. Pargrafo nico. A no quitao do debito no prazo previsto implicar sua inscrio em dvida ativa, observado o devido processo legal. Art. - 48 A remunerao e o provento no sero objetos de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestao de alimentos resultante de deciso judicial. Art. - 49 Aos servidores abrangidos pela Lei Complementar ser assegurado o pagamento anual do 13 (dcimo terceiro) salrio, que corresponder a 1/12 (um doze avos) da remunerao a que o servidor fizer jus no ms de dezembro, por ms de exerccio no respectivo ano. 1 Para o clculo do 13, frao igual ou superior a 15 (quinze) dias ser considerada como ms inteiro. 2 O 13 salrio dever pago at o final do ms de dezembro de cada ano. 3 O 13 salrio poder ser pago em duas parcelas, nos meses de junho e dezembro, por solicitao do servidor, podendo inclusive ser paga em parcela nica, no ms de aniversrio de servidor. 4 O 13 salrio no ser considerado para clculo de qualquer vantagem pecuniria. 5 O servidor exonerado ter direito pagamento do 13 salrio proporcional aos meses de efetivo exerccio, calculado sobre a remunerao do ms da exonerao. CAPTULO II DAS FRIAS

12

Art. - 50 A cada 12 (doze) meses de exerccio o servidor far jus a 30 (trinta) dias de frias remuneradas, conforme escala organizada de acordo com o interesse da Administrao, podendo ser acumuladas, at o mximo de dois perodos, se assim o exigir o interesse pblico. 1 O perodo de frias de que trata o caput deste artigo poder ser ampliado, na forma da lei. 2 A remunerao das frias ter valor equivalente quele percebido no ms imediatamente ao da sua concesso, acrescido do adicional de 1/3 (um tero). 3 O pagamento da remunerao das frias ser efetuado at 03 (trs) dias teis antes do respectivo perodo. 4 As frias podero ser concedidas em dois perodos de no mnimo 10 (dez) dias cada, desde que assim requeridas pelo servidor. 5 A requerimento do servidor, havendo interesse da Administrao, um tero das frias poder ser convertido em pagamento pecunirio. 6 vedado levar conta de frias qualquer falta ao servio. Art. - 51 As frias somente podero ser interrompidas em situaes excepcionais e de relevante interesse pblico, devidamente justificado. Pargrafo nico: O restante do perodo interrompido ser gozado de uma s vez, assim que cessar a necessidade que deu causa a interrupo. Art. - 52 A indenizao de frias, devida ao servidor exonerado ou demitido, ser calculada sobre a remunerao do ms correspondente ao da exonerao ou demisso. Pargrafo nico: A indenizao ser calculada na proporo de 1/12 (um doze avos) por ms trabalhado ou frao de ms igual ou superior a 15 (quinze) dias, acrescida do respectivo adicional de frias. Art. - 53 A Administrao Municipal poder conceder, presente o interesse pblico, frias coletivas a todos ou a uma parte de seus servios. Ao professor da sede municipal em face de determinao legal das frias escolares, gozaro frias coletivas independente do perodo aquisitivo, que dever ser completado ao final do exerccio ativo na Prefeitura. CAPTULO III DAS VANTAGENS PECUNIRIAS Art. - 54 Alm do vencimento, podero ser atribudas ao servidor vantagens pecunirias, estabelecidas , na forma de:

13

I - beneficios; II - gratificaes; III - adicionais. Seo I Dos Beneficios Art. - 55 Os auxlios a serem concedidos sero definidos atravs de plano de benefcios que constar obrigatoriamente do Plano de Cargos e Carreiras. Pargrafo nico: At a implantao do Plano de Cargos e Carreiras sero mantidos os atuais benefcios em conformidade com regulamentao vigente. Seo II Das Gratificaes Art. 56 Alm dos vencimentos e de outras vantagens previstas nesta lei sero deferidas aos servidores as seguintes gratificaes: I De funo; II Pela participao como integrante ou auxiliar de comisso, de Grupo Especial de Trabalho, de grupo de pesquisa, de apoio ou de assessoramento tcnico e de rgo de deliberao coletiva; III De produtividade; IV De monitoragem de cursos especiais ou de treinamento a servidores municipais; V De representao a ser paga a ocupantes de cargos comissionados. Art. 57 Gratificao de Funo a retribuio pecuniria mensal pelo desempenho de encargos adicionais, representados pela execuo de tarefas especficas, determinada pela administrao. Art. 58 Gratificao de Produtividade representada pela produo de um funcionrio relativamente aos demais membros do grupo, quando executando a mesma tarefa. Art. 59 A gratificao de monitoragem ou cursos especiais ou de treinamento a servidores municipais ser concedida, por tempo determinado a servidor, desde que esta atividade no seja inerente ao exerccio do seu cargo. Art. 60 A gratificao de representao ser atribuda a ocupante de cargo comissionado, quando em efetivo exerccio do cargo, a ser regulamentado por decreto, o qual ser editada dentro de 30 (trinta) dias contados da publicao desta lei. Art. 61 A estabilidade financeira ficar assegurada quando a gratificao de qualquer natureza, percebidas ininterruptamente h 5 (cinco) anos ou intercaladamente a 7 (sete) anos. Art. 62 A gratificao pela participao como integrante ou auxiliar, em

14

comisso ou grupo de trabalho, ou grupos de pesquisas, de apoio ou assessoramento tcnico e em rgo de deliberao coletiva, a vantagem contingente e a assessoria de vencimento, atribuda por tempo certo e na forma disposta na regulamentao. Art. 63 As gratificaes prevista neste Estatuto so vantagens contingentes e assessorias do vencimento e a sua concesso condicionando-se a interesse da administrao e aos seus requisitos fixados em lei, somente podendo ser percebidas cumulativamente, na forma em que dispuser suas respectivas regulamentaes.

Art. 64 As gratificaes e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condies indicados em lei. Art. 65 O afastamento para tratamento de sade, no interrompe a percepo das gratificaes previstas neste Estatuto. Subseo I Da gratificao de incentivo a formao superior Art. 66 Ser concedida ao servidor efetivo, cuja formao superior no constituir pr-requisito para investidura no cargo que ocupa, uma gratificao de incentivo a formao de nvel superior no valor de 50% (cinqenta por cento) do valor referencial. Pargrafo nico: A gratificao ser paga a partir do ms seguinte ao que o servidor apresentar o documento de comprovao da formao superior. Seo III Dos adicionais Art. 66 Conceder-se- adicionais: I Por tempo de Servios II Por servio noturno; III Por insalubridade e periculosidade. IV Por frias. Subseo I Dos adicionais por tempo de servios Art. 67 O adicional por tempo de servios dividido razo de 1,5% ( um meio por cento) por ano de servio pblico prestado ao Municpio, incidente sobre o vencimento do servidor ocupante de cargo efetivo. Pargrafo nico: O servidor far jus ao adicional a partir do ms em que completar um ano de servio prestado ao Municpio de Camaragibe.

15

Subseo II Dos adicionais por servio noturno Art. 68 O servidor que prestar trabalho noturno far jus a um adicional de 20% (vinte por cento) sobre o vencimento do cargo. 1 Considera-se trabalho noturno, para efeito deste artigo, o executado entre s 22 horas de um dia e s 05 horas do dia seguinte. 2 Nos horrios mistos entendidos os que abrangem perodos diurnos e noturnos, o adicional ser pago proporcionalmente s horas de trabalho noturno Subseo III Dos adicionais de penosidade, insalubridade e periculosidade Art. 69 Os servidores que executem atividades insalubres ou perigosas fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo. Pargrafo nico: As atividades insalubres ou perigosas sero definidas em lei prpria do Municpio. Subseo IV Dos adicionais por frias Art. 70 Independentemente de solicitao ser pago ao servidor, por ocasio das frias, um adicional de 1/3 (um tero) da remunerao.

CAPTULO IV DAS INDENIZAES Art. - 71 Constituem indenizaes ao servidor. I compensaes financeiras; II auxlios pecunirios. Pargrafo nico: As indenizaes de que trata este artigo no incorporam ao vencimento ou provento, para qualquer efeito.

Seo I Das Compensaes Financeiras

16

Art. - 72 Constituem as compensaes financeiras ao servidor: I ajuda de custo; II dirias. Art. - 73 Os valores das compensaes financeiras, assim como as condies para as suas concesses sero estabelecidas em regulamento prprio, condicionado a existncia de recursos consignados no oramento municipal. Subseo I Da ajuda de Custo Art. - 74 A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de viagem e instalao do servidor que, no interesse da administrao, passe a ter exerccio em nova sede, com mudana de domiclio, em carter permanente ou temporrio. Pargrafo nico: A ajuda de custo corresponder ao valor da despesa a que se refere o caput deste artigo. Art. - 75 No ser concedida a ajuda de custo ao servidor que: I afastar-se de cargo ou reassumi-lo em virtude de mandato eletivo; II esteja posto disposio para ter exerccio em outro rgo ou entidade; III - seja removido, a pedido ou por permuta. Pargrafo nico: No afastamento previsto no incio II, a ajuda de custo ser paga pelo rgo cessionrio, quando cabvel. Art. - 76 O servidor ficar obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustamente, no se apresentar na nova sede no prazo determinado. Pargrafo nico: No haver obrigao de restituir a ajuda de custo nos casos de exonerao de ofcio, de retorno por motivo de doena comprovada ou quando o regresso obedecer determinao superior. Subseo II Das Dirias Art. - 77 O servidor que, a servio, se afastar de sede do Municpio em carter eventual ou transitrio, far jus, alm do transporte, a dirias a ttulo de indenizao de despesas. Pargrafo nico: A tabela e regulamento de dirias sero fixados por lei prpria. Art. - 78 O servidor que receber a diria e no se afastar da sede, por qualquer motivo, ficar obrigado a restitu-la integralmente, no prazo de 15 (quinze)

17

dias. Pargrafo nico: Na hiptese de o servidor retornar sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento restituir as dirias recebidas em excessos, em igual prazo. 1 considerado a servio, o afastamento do servidor para participao em cursos, congressos, seminrios, simpsios e congneres, quando do interesse do servio pblico e indicado pela autoridade competente. Seo II Dos Auxlios Pecunirios Art. 79 Dever ser concedido: I auxlio educao. II auxlio cursos de aperfeioamento tcnico. III - auxlio-natalidade por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor vencimento do servio pblico, inclusive no caso de natimorto. IV - auxlio-funeral famlia do servidor falecido na atividade ou aposentado, em valor equivalente a um ms da remunerao ou provento. V auxilio recluso famlia do servidor ativo, nos seguintes valores: a) dois teros da remunerao, quando afastado por motivo de priso, em flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade competente, enquanto perdurar a priso; b) metade da remunerao, durante o afastamento, em virtude de condenao, por sentena definitiva, a pena que no determine a perda de cargo. Pargrafo nico: A concesso dos Auxlios de que trata este artigo, sero regulamentadas por lei especficas.

CAPTULO V DAS LICENAS Seo I Das disposies gerais Art. 80 - Conceder-se- licena ao servidor: III IIIIVVVIpor motivo de doena em pessoa da famlia; por motivo de afastamento de cnjuge ou companheira (o); para o servio militar; para atividade poltica; para tratar de interesse particular; para desempenho de atividade classista;

18

VII- para tratamento de sade; VIII- licena gestante ou adotante; IX- licena prmio; Art. 81. Ser considerada como prorrogao da primeira, a licena, da mesma espcie, concedida dentro do prazo de 60 dias do inicio desta. Art. 82. O servidor no poder permanecer em licena da mesma espcie por perodo superior a 24 meses, salvo nos casos dos incisos II, III, IV e VI. Seo II Da Licena por Motivo de Doena da Famlia. Art. 83. Poder ser concedida licena ao servidor por motivo de doena do cnjuge ou companheira (o), dos pais, dos filhos, do padrasto ou da madrasta, e enteado, ou dependente que viva as suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovao medica. 1 A licena somente ser deferida se a assistncia direta ao servidor for indispensvel e no puder ser prestado simultaneamente com o exerccio do cargo ou por outra pessoa, o que dever ser apurado atravs de acompanhamento de assistente social. 2 A licena ser concedida sem prejuzo da remunerao do cargo efetivo, at 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogada por igual perodo, mediante parecer da junta mdica oficial. 3 Sendo os membros da famlia servidores regidos por este estatuto, a licena ser concedida, no mesmo perodo, apenas a um deles. Seo III Da Licena por motivo de Afastamento do Cnjuge ou Companheira (a) Art. 84. Poder ser concedida a licena, sem remunerao e por prazo de at 24 (vinte e quatro) meses, prorrogvel por igual perodo, ao servidor, para acompanhamento ao cnjuge ou companheira (o) que for deslocado para outro ponto do territrio nacional, para o exterior ou para o exerccio do mandato eletivo.

Seo IV Da Licena para o Servio Militar Art. 85. Ao servidor convocado para o servio militar ser concedida a licena, visita de documento oficial comprobatrio, na forma e condies previstas na legislao especifica, sem remunerao.

19

Pargrafo nico. Concludo o servio militar, o servidor ter at 30 (trinta) dias, sem remunerao, para reassumir o exerccio do cargo.

Seo V Da Licena para Atividade Poltica Art. 86. O servidor ter direito licena, sem remunerao, durante o perodo que mediar entre a sua escolha em conveno partidria, como candidato a cargo eletivo, e a vspera do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral. 1 - O servidor candidato a cargo eletivo no Municpio de Camaragibe, ser afastado do cargo que ocupa, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral, at o dcimo til seguinte ao do pleito. 2 - A partir do registro da candidatura e at o dcimo dia seguinte ao da eleio, o servidor far jus licena, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo perodo de 03 (trs) meses.

Seo VI Da Licena para Tratar de Interesse Particular Art. 87. A critrio da Administrao Municipal, poder ser concedida ao servidor, licena para o trato de assuntos particulares, sem remunerao, pelo prazo de 02 (dois) anos, podendo ser renovado por igual perodo. 1 A licena no ser concedida ao servidor: I que responda a processo disciplinar; II que esteja em estgio probatrio; III quando a qualquer titulo, esteja obrigado s reposies ou indenizaes ao errio publico. 2 A licena poder ser interrompida a qualquer momento, a pedido do servidor ou no interesse do servio. Neste caso, comprovado o interesse pblico, o servidor ser cientificado e dever assumir o exerccio no prazo de 30 (trinta) dias. Findos, os quais, sua ausncia ser computada como falta ao servio. 3 No caso de interrupo, por comprovado o interesse pblico, uma nova licena poder ser concedida at a complementao do prazo previsto nesse artigo. Art. 88. Ficar caracterizado o abandono de cargo pelo servidor que no reassumir suas funes at 30 (trinta) dias aps o termino da licena.

20

Seo VII Licena para desempenho de atividade classista Art. 89. assegurado ao servidor o direito a licena no remunerada para o desempenho do mandato em Confederao, Federao ou Associao, ou entidade fiscalizadora da profisso. 1 Somente podero ser licenciados com direito a remunerao, servidores eleitos para cargo De direo no rgo sindical representativo da categoria, at o Maximo de oito servidores da Prefeitura. 2 A licena ter durao igual a do mandato, podendo ser prorrogado no caso de reeleio Seo VIII Da Licena para Tratamento de Sade Art.90. Ser concedida ao servidor licena remunerada para tratamento de sade, por perodo de at 24 (vinte e quatro) meses, mediante percia mdica de responsabilidade do municpio. Pargrafo nico - Para licena de at 03 (trs) dias ser exigido apenas o atestado mdico do profissional que atendeu o paciente, e entregue ao chefe imediato do local de trabalho. Seo IX Da Licena Gestante Art.91. Ser concedida licena servidora gestante por 180 (cento e oitenta) dias consecutivos, sem prejuzo da remunerao. 1 - A licena poder ter incio no primeiro dia do nono ms da gestao, salvo antecipao por prescrio mdica. 2 - No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora ser submetida a exame mdico, e se julgada apta, reassumir o exerccio. 3 - A servidora que adotar ou obter guarda judicial de criana at 02 (dois) anos de idade, sero concedidos 180 (cento e oitenta) dias de licena remunerada. 4 - Em caso de adoo ou de guarda judicial de criana com mais de 02 (dois) anos, o, prazo de licena remunerada ser de 120 (cento e vinte) dias.

Seo X Da Licena Prmio

21

Art.92. Aps 05 (cinco) anos de servio pblico prestado ao municpio, o servidor efetivo, far jus a uma licena com remunerao integral, como prmio, pelo perodo de 90 dias. 1 No ser concedida licena prmio a servidor que tenha, no respectivo perodo aquisitivo: I Sofrido qualquer penalidade disciplinar; II Ter afastado do cargo em virtudes de licena. 2 A requerimento do servidor, havendo interesse pblico, at 60 (sessenta) dias antes do gozo da licena prmio, esta poder ser convertido em pecnia, com pagamento da remunerao integral. 3 A contagem do qinqnio suspensa nos perodos em que o servidor estiver em licena para tratar de interesse particular. 4 O servidor que tiver licencia prmio no gozada, perceber na aposentadoria, por cada uma, o correspondente a 45 (quarenta e cinco) dias de remunerao integral. 5 Em caso de falecimento, os beneficirios do servidor faro jus aos direitos estabelecidos no pargrafo anterior. 6 A requerimento do interessado, a licena prmio poder ser gozada em perodo mnimo de 30 (trinta) dias. Capitulo VI Afastamento Art. 93. O servidor poder ser cedido mediante requisio, para ter exerccio em o rgo da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, nas seguintes hipteses. I para exerccio de cargo em comisso; II nos casos previstos em convnios ou leis especficas; III em caso de relevante interesse pblico municipal. 1 Na hiptese do inciso I e II deste artigo o nus da remunerao ser do rgo ou entidade para a qual o servidor for cedido. 2 Na hiptese do inciso III deste artigo e sempre que o nus for do municpio, o servidor devera comprovar a este, semestralmente o efetivo exerccio de suas

22

funes, junto ao rgo, para o qual foi cedido. Capitulo VII Das concesses Art. 94 - Sem qualquer prejuzo, inclusive quanto ao pedido de licenas, poder o servidor se ausentar do servio; I por um dia semestral, para doao de sangue. II dois dias, para se alistar como eleitor; III sete dias consecutivos por motivo de: a) casamento b) Falecimento do cnjuge, companheiro, pais, madrastas ou padrastos, filhos, enteados, irmos, av ou av, sogro ou sogra e netos. IV nos dias de realizao de provas finais, em colgios e universidades, bem como exames vestibulares a que estiver sujeito. Em estabelecimento oficial de ensino, somente durante os dias de avaliao das mesmas atravs de declaraes e solicitando com at 72 haras de antecedncia. V por at 2 (dois) anos para realizao de curso de especializao, mestrado, doutorado Art. 95 - Dever ser concedido horrio especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horrio escolar e o da repartio, sem prejuzos do servio e do cargo. Art. 96 - Alm das ausncias nas concesses do artigo 94, so considerados como de efetivo exerccio os afastamentos em virtude de: I frias II exerccio de cargo em comisso, no municpio; III convocado para o servio militar; IV jri e outros servios obrigatrios por lei; VI licena: a) Gestante, adotante e, paternidade b) Para tratamento de sade, inclusive por acidentalmente em servio ou molstia profissional: c) Para tratamento para pessoa da famlia quando remunerada e d) Licena prmio e) Licena para desempenho de mandato classista. VII- congressos, seminrios e conferncias. TITULO V DO REGIME DISCIPLINAR CAPTULO I DOS DEVERES Art.97 - So deveres do servidor entre outros:

23

I exercer com zelo e dedicao as atribuies do cargo; II ser leal s instituies a que servir; III observar as normas legais e regulamentares; IV cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; V levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver cincia em razo do cargo; VI zelar pela economia do material e a conservao do patrimnio pblico; VII guardar sigilo sobre o assunto da administrao pblica; VIII manter conduta compatvel com a moralidade administrativa; IX representar contra ilegalidade, omisso ou abuso de poder. Pargrafo nico. A representao de que trata o inciso IX ser encaminhada pela via hierrquica e apreciada pela autoridade superior aquela contra a qual formulada, assegurando-se ao representado ampla defesa. CAPITULO II DA ACUMULAO Art.98. Ressalvados os casos previstos na Constituio Federal, vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos. 1 A proibio de acumular estende-se a cargos, empregos e funes em autarquias, fundaes pblicas, empresas pblicas, sociedades de economia mista, suas subsidirias e sociedades controladas, diretamente ou indiretamente pelo Poder Pblico. 2 A acumulao de cargos, ainda que lcita, fica condicionada comprovao da compatibilidade de horrios. Art.99. Considera-se acumulao proibida a percepo de vencimento de cargo ou emprego pblico com proventos da inatividade, salvos quando os cargos de que decorram essas remuneraes forem acumulveis na atividade. Art.100. O servidor no poder exercer mais de um cargo em comisso, exceto no cargo previsto no pargrafo nico do art.11, nem ser remunerado pela participao, como membro, em rgo de deliberao coletiva. Art.101. O servidor vinculado ao regime desta Lei Complementar, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargos de provimento em comisso, ficar afastado em ambos os cargos efetivos, salvo na hiptese em que houver compatibilidade de horrio e local com o exerccio de um deles, declarada pelas autoridades mximas dos rgos ou entidades envolvidos. CAPITULO III DAS RESPONSABILIDADES

Art.102. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exerccio irregular de suas atribuies.

24

Art.103. A responsabilidade administrativa decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuzo ao errio ou a terceiros, no desempenho no cargo ou funo. 1 Tratando-se de dano causado a terceiros, responder o servidor, perante a Fazenda Pblica, em ao regressiva. 2 a proibio de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles ser executada, at o limite do valor da herana recebida. Art.104. As sanes civis e penais no excluem as administrativas. Art.105. A responsabilidade administrativa do servidor ser afastada no caso de absolvio criminal que negue a existncia do fato ou de sua autoria.

CAPTULO IV DAS PENALIDADES Art.106 So penalidades disciplinares: I advertncias; II suspenso; III demisso simples e qualificada; IV destituio de cargo em comisso; V destituio de funo comissionada. Art.107 A advertncia ser aplicada por escrito e registrada nos assentos funcionais dos servidores nos seguintes casos: a) Inobservncia de dever funcional previsto em Lei, regulamento ou norma interna; b) Descumprimento de ordem de superior hierrquico, exceto quando manifestamente ilegal; c) No tratar com urbanidade as pessoas de seu relacionamento profissional e ao pblico; d) Apresentar-se, reiteradamente, ao seu local de trabalho de forma no condizente com as suas atividades profissionais. e) No ser assduo e pontual ao servio. Art. 108 A suspenso de 10 (dez) dias ocorrer nas seguintes casos: a) deixar de atender: 1. as requisies para defesa da Fazenda Pblica; 2. aos pedidos de certides para a defesa de direito subjetivo, devidamente indicado; b) retirar, sem autorizao superior, qualquer documento ou objeto da repartio, salvo se em benefcio do servio pblico; c) deixar de atender nos prazos legais, sem justo motivo, sindicncia ou

25

processo disciplinar ou negligencias no cumprimento das obrigaes concernentes; d) exercer, mesmo fora das horas de expediente, funes em entidades privadas que dependam, qualquer modo, de sua repartio; Art. 109 A suspenso de 30 (trinta) dias se dar nas seguintes hipteses: a) ofensa moral contra qualquer pessoa no recinto da repartio; b) dar causa instaurao de sindicncia ou processo disciplinar, imputando a qualquer servidor infrao de que o sabe inocente; c) indisciplina ou insubordinao; d) faltar com a verdade, com m f, no exerccio das funes; e) obstar o pleno exerccio da atividade administrativa vinculada a que esteja sujeito o servidor; f) deixar de cumprir ou de fazer cumprir, reiteradamente, na esfera de suas atribuies, as normas legais a que esteja sujeito; g) deixar, por condescendncia, de punir subordinado que tenha omitido infrao disciplinar ou se for o caso de levar o fato ao conhecimento da autoridade superior; h) fazer afirmao falsa, negar ou calar a verdade, como testemunha ou perito, em processo disciplinar; Art. 110 - A demisso ocorrer nas seguintes hipteses: I - crime contra a administrao pblica; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - incontinncia pblica e conduta escandalosa, na repartio; VI - insubordinao grave em servio; VII - ofensa fsica, em servio, a servidor ou a particular, salvo em legtima defesa prpria ou de outrem; VIII - aplicao irregular de dinheiros pblicos; IX - revelao de segredo do qual se apropriou em razo do cargo; X - leso aos cofres pblicos e dilapidao do patrimnio nacional; XI - corrupo; XII - acumulao ilegal de cargos, empregos ou funes pblicas; XIII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da funo pblica; XIV - participar de gerncia ou administrao de sociedade privada, personificada ou no personificada, salvo a participao nos conselhos de administrao e fiscal de empresas ou entidades em que a Unio, Estado de

26

Pernambuco ou Municpio de Camaragibe detenha, direta ou indiretamente, participao no capital social ou em sociedade cooperativa constituda para prestar servios a seus membros, e exercer o comrcio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditrio; XV - atuar, como procurador ou intermedirio, junto a reparties pblicas, salvo quando se tratar de benefcios previdencirios ou assistenciais de parentes at o segundo grau, e de cnjuge ou companheiro; XVI - receber propina, comisso ou vantagem, em razo de suas atribuies; XVII - aceitar comisso, emprego ou penso de estado estrangeiro; XVIII - praticar usura sob qualquer de suas formas; XIX - proceder de forma desidiosa; XX - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartio em servios ou atividades particulares. Pargrafo Primeiro - Configura abandono de cargo a ausncia intencional do servidor ao servio por mais de trinta dias consecutivos. Pargrafo Segundo - Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao servio, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o perodo de doze meses. . Art.111. Ser destitudo o ocupante de cargo em comisso que pratique infrao disciplinar punvel com suspenso e demisso. Art.112. So circunstncias agravantes da pena: I premeditao; II reincidncia; III o conluio; IV o cometimento de ilcito: a) b) c) d) mediante dissimulao ou outro meio que dificulte o processo disciplinar; com abuso de autoridade; durante o cumprimento da pena; em pblico.

Art.113. So circunstncias atenuantes da pena: I tenha sido mnima a cooperao do servidor no cometimento da infrao; II tenha agente: a) procurado espontaneamente e com eficincia, logo aps o cometimento da infrao, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqncias ou ter, antes do julgamento, reparado o dano civil; b) cometido a infrao sob coao de superior hierrquico a quem no tenha podido resistir, ou sob influencia de emoo violenta provocada por ato injusto de terceiros;

27

c) confessado a autoria de infrao espontaneamente; d) contar com mais de 5 (cinco) anos de servio com bom comportamento antes da infrao. Art.114. As penalidades sero aplicadas pela autoridade competente para nomear e exonerar. I em dois anos, quantos aos fatos punidos com advertncia, suspenso, ou destituio de cargo de confiana; II em cinco anos, quanto aos fatos punidos com pena de demisso, de cassao, de disponibilidade: 1 O prazo de prescrio comea a correr: I desde o dia que o ilcito se tornou conhecido da autoridade competente para agir; II desde o dia em que cessa a permanncia ou a continuao, em casos de ilcitos permanentes ou continuados. 2 O curso de prescrio interrompe-se: I com a instaurao do processo disciplinar; II com o julgamento do processo disciplinar. 3 Interrompida a prescrio, todo prazo comea a correr novamente a partir do dia da interrupo. Art.115. Constitui inflao disciplinar toda ao ou omisso de servidor que atente contra os princpios da administrao pblica, que comprometa a dignidade e o decoro da funo pblica, fira a disciplina e a hierarquia, prejudique a eficincia dos servidores pblicos ou cause prejuzo, de qualquer natureza, Administrao. Pargrafo nico No julgamento e aplicao das penalidades, devero sempre ser levado em considerao a natureza e a gravidade da infrao cometida, os danos que provierem para o servio pblico, as circunstncias atenuantes e agravantes e antecedentes do servidor.

TTULO VI DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR CAPTULO I Disposies Gerais Art.116. O processo administrativo disciplinar o instrumento destinado a apurar responsabilidades de servidor por infrao praticada no exerccio de suas atribuies, ou que tenha relao com as atribuies do cargo em que se encontre investido.

28

Pargrafo nico: O processo de que trata o caput abrange o inqurito administrativo (sindicncia) e o processo disciplinar. Art.117. A autoridade que tiver cincia de irregularidade no servio pblico obrigada a promover a sua apurao imediata, mediante processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado o contraditrio e a ampla defesa. Art.118. As denncias sobre irregularidades sero objeto de apurao, desde que contenham a identificao e o endereo do denunciante e sejam formuladas por escrito, com exposio dos fatos. Pargrafo nico. Quando o fato narrado no configurar evidente infrao disciplinar, a denncia ser arquivada, por falta de objeto. Art.119. Os procedimentos para o processo administrativo disciplinar e para o inqurito administrativo so aqueles estabelecidos por esta Lei Complementar, podendo ser subsidiariamente aplicadas, no que couber, as normas do processo penal e civil. Art.120. Sempre que for desconhecida a autoria da infrao ou da irregularidade administrativa, o processo disciplinar ser procedido de inqurito administrativo, o qual ser instrudo pela mesma comisso. Art.121. Como medida cautelar e a fim de que o servidor no venha a influir na apurao da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poder determinar o seu afastamento do exerccio do cargo, pelo prazo de at 60 (sessenta) dias, sem prejuzo da remunerao. Pargrafo nico. O afastamento poder ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessaro os seus efeitos, ainda que no concludo o processo. Art.122. O processo administrativo disciplinar ser conduzido por comisso composta de 04 (quatro) servidores, sendo trs designados pela autoridade competente e um (01) indicado pela Entidade Sindical a qual o indiciado faz parte. Dentre aqueles, dois devero pertencer ao quadro efetivo dos servidores municipais. Pargrafo nico. Os autos do processo disciplinar sero autuados, com remunerao das pginas, obedecendo-se a ordem cronolgica dos autos e procedimentos. CAPTULO II INQURITO ADMINISTRATIVO

Art.123. A autoridade responsvel pela unidade administrativa em que tenha ocorrido a irregularidade ou infrao, cuja autoria seja desconhecida, requisitar, autoridade superior, a instaurao do inqurito administrativo, com exposio dos fatos e circunstncias.

29

Pargrafo nico. A autoridade superior dever baixar o ato de instaurao do inqurito administrativo no prazo de dez dias teis. Art.124. A comisso de inqurito ter o prazo de 30 (trinta) dias,contados da publicao do ato de sua criao para apresentar relatrio conclusivo quanto autoria dos fatos, sendo-lhe vedado apresentar concluso sobre a tipificao da infrao ou responsabilidade do servidor. Pargrafo nico. O prazo previsto no caput poder ser prorrogado, desde que justificadamente. Art.125. Na instruo do inqurito administrativo a comisso poder colher todas as provas necessrias para a apurao da autoria da infrao, ouvindo testemunhas, fazendo acareaes, requisitando documentos e informaes, entre outras. Art.126. A concluso da comisso de inqurito ser remetida autoridade superior para a adoo das medidas cabveis. Art.127. Do inqurito administrativo poder resultar: I a instaurao de processo disciplinar; II arquivamento do processo. 1 O arquivamento do inqurito administrativo somente se dar quando no for comprovada a autoria ou quando o fato apurado no caracterizar infrao administrativa. 2 Na hiptese do pargrafo anterior, a autoridade superior determinar a instaurao de processo disciplinar, se a concluso dada pela comisso for manifestamente contraria prova dos autos. Art.128. Aplicam-se, ao inqurito processo disciplinar, no que couber. administrativo, os procedimentos do

CAPTULO III DO PROCESSO DISCIPLINAR

Art.129. De posse da denncia, ou da concluso do inqurito administrativo, a autoridade competente, no prazo de 5 (cinco) dias teis, baixar o ato de instaurao do processo disciplinar, e designao da comisso disciplinar. Art.130. Os servidores designados sero notificados de sua incumbncia e se reuniro para a eleio do presidente e relator da comisso e instalao dos trabalhos, no prazo de dois dias teis, contados da notificao. Pargrafo nico. As autoridades a que esto subordinados os servidores membros da comisso sero informadas desta incumbncia.

30

Art.131. Durante os trabalhos da comisso, os servidores membros priorizaro as atividades relativas ao processo disciplinar, cabendo Administrao Municipal viabilizar tais condies. Art.132. A comisso exercer suas atividades com independncia e imparcialidade, assegurando-se o sigilo necessrio elucidao do fato e a preservao do interesse pblico. Art.133. A comisso ter o prazo de 60 dias para apresentar relatrio conclusivo sobre a responsabilidade ou no do servidor acusado, relativamente aos fatos investigados. Pargrafo nico: O prazo previsto no caput poder ser prorrogado, desde de que devidamente justificado, e submetido apreciao da autoridade competente. Art.134. No poder participar de comisso disciplinar o cnjuge, companheiro ou parente do acusado, consangneo ou afim, em linha reta ou colateral, at o terceiro grau. CAPTULO IV DA INSTRUO

Art.135. Instalada a comisso, esta, no prazo 3 (trs) dias teis, notificar o servidor acusado, o qual ter o prazo de 10 (dez) dias para, pessoalmente ou atravs de procurador devidamente habilitado, apresentar sua defesa prvia. 1 O ofcio de notificao ser acompanhado da denuncia e respectiva documentao. 2 Os autos do inqurito administrativo faro parte da pea acusatria do processo punitivo. Art.136. A notificao do servidor ser pessoal, mediante ofcio, e poder ser realizada por qualquer um dos membros da comisso. Pargrafo Primeiro. Achando-se o servidor em lugar incerto e no sabido, ser citado por Edital, publicado no Dirio Oficial do Municpio e em jornal de grande circulao na localidade do ltimo domiclio conhecido. Pargrafo Segundo. Na hiptese do Pargrafo acima, o prazo para defesa ser de 15 (quinze) dias a partir da ltima publicao do edital. Art. 137. Em defesa prvia o acusado poder o que for de interesse de sua defesa, podendo arrolar at 05 (cinco) testemunhas. Art.138. Apresentada pelo servidor ou procurador a defesa prvia, a Comisso apresentar no prazo de at 03 (trs) dias teis, parecer prvio acerca do prosseguimento ou no do processo.

31

1 Se o parecer prvio for pelo arquivamento, este ser submetido apreciao da autoridade competente para deciso final, no prazo de cinco dias. Caso, regularmente citado, o servidor, no prazo legal, no apresentar a defesa prvia, ser considerado revel, oportunidade em que a autoridade instauradora do processo, no prazo mximo de 2 (dois) dias teis, designar um servidor como defensor dativo, o qual que dever ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nvel, ou ter nvel de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. Nesta hiptese, abrir novo prazo para a defesa. 2 Se o parecer pelo arquivamento for manifestamente contrrios s provas dos autos, a autoridade competente determinar o prosseguimento do feito, podendo, quando for o caso, nomear outra comisso disciplinar. 3 Se o parecer for pelo prosseguimento realizar a instruo do processo. Art.139. Na fase de instruo, a comisso poder ouvir testemunhas, requisitar documentos, realizar vistorias in loco, requisitar percias, entre outros meios legalmente admitidos. 1 As testemunhas sero intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comisso disciplinar. 2 Quando a testemunha for servidor pblico, a expedio do mandado ser imediatamente comunicada autoridade a qual est subordinado o servidor, com a indicao do dia e hora marcados para inquirio. Art.140. assegurado ao acusado o direito ampla defesa e ao contraditrio, devendo ser intimado de todos os atos da comisso, pessoalmente ou atravs de seu procurador, podendo formular perguntas s testemunhas e requerer o que de seu interesse, vedado, porm, interferir nas perguntas e respostas. 1 A comisso poder indeferir, fundamentadamente os pedidos manifestamente protelatrios, ou que no guardem relao com os fatos investigados. 2 Ser indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovao do fato independer de conhecimento especial de perito. Art.141. Na tomada de depoimento sero ouvidas primeiramente as testemunhas arroladas na denncia ou convocadas pela comisso e, por ultimo, as testemunhas arroladas pelo acusado. 1 Na hiptese do denunciante e da defesa arrolarem a mesma testemunha, esta ser ouvida na oportunidade em que forem tomados os depoimentos das testemunhas de defesa. 2 No caso de mais de um acusado, cada um deles ser ouvido separadamente, se sempre que divergirem em suas declaraes sobre fatos ou circunstancias, ser promovida a acareao entre eles. O acusado sempre ser ouvido aps as testemunhas. 3 O depoimento ser prestado oralmente, no sendo lcito testemunha .traz-lo por escrito.

32

4 Os depoimentos, as acareaes e as vistorias in loco sero reduzidos a termo. Art.142. Terminada a fase de instruo, o acusado ser notificado para oferecer as alegaes finais, no prazo de dez dias, sendo-lhe assegurada vistas dos autos no local designado pela comisso. Pargrafo nico - Caso, regularmente citado, o servidor, no prazo legal, no oferecer suas alegaes finais, ser considerado revel, devendo a autoridade instauradora do processo, no prazo mximo de 2 (dois) dias teis, designar um servidor como defensor dativo, o qual que dever ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nvel, ou ter nvel de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. Nesta hiptese, abrir novo prazo para a defesa Art.143. Findo o prazo estabelecido no artigo 124 a comisso elaborar relatrio minucioso e mencionar as provas em que se baseou para formar a sua convico. 1 O relatrio ser responsabilidade do servidor. sempre conclusivo quanto inocncia ou

2 Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comisso indicar o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstncias agravantes ou atenuantes. Art.144. O processo disciplinar, com o relatrio da comisso, ser remetido autoridade que determinou a sua instaurao para julgamento. CAPTULO V DO JULGAMENTO

Art.145 De posse do relatrio da comisso disciplinar, a autoridade competente para o julgamento proferir a sua deciso, no prazo mximo de 30 (trinta) dias. Pargrafo nico - O julgamento acatar o relatrio da comisso, salvo quando contrrio s provas dos autos. Quando o relatrio da comisso contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poder, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrand-la ou isentar o servidor da responsabilidade Art.146 Verificada a ocorrncia de vcio insanvel, a autoridade que determinou a instaurao do processo declarar a sua nulidade, total ou parcial, e ordenar, no mesmo ato, a constituio de outra comisso para instaurao de novo processo. 1 O julgamento fora do prazo legal no implicar nulidade do processo. 2 A autoridade julgadora que der causa prescrio ser responsabilizada na forma prevista na presente Lei Complementar.

33

Art.147 Extinta a punibilidade pela prescrio, a autoridade julgadora determinar o registro do fato nos assentamentos individuais do servidor. Art.148. Quando a infrao estiver capitulada como crime, o processo disciplinar ser remetido ao Ministrio Pblico para instaurao de ao penal, permanecendo cpia do mesmo na repartio. Art.150. O servidor que responder a processo disciplinar s poder ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, aps a concluso do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada. Pargrafo nico Ocorrida a exonerao, o ato ser convertido em demisso, ser for o caso. CAPTULO VI DA REVISO DO PROCESSO

Art.151. O processo disciplinar poder ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de oficio, quando se aduzirem fatos novos ou circunstncias suscetveis de justificar a inocncia do punido ou inadequao da penalidade aplicada. 1 Em caso de falecimento, ausncia ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da famlia poder requerer a reviso do processo. 2 No caso de incapacidade mental do servidor, a reviso ser requerida pelo respectivo curador. Art.152. A simples alegao de injustia da penalidade no constitui fundamento para a reviso, que requer elementos novos, ainda no apreciados no processo originrio. Art.153. O requerimento de reviso do processo ser dirigido ao Prefeito Municipal, ou ao Presidente da Cmara Municipal de Vereadores, que, se autorizar a reviso, encaminhar o pedido ao dirigente do rgo ou entidade onde se originou o processo disciplinar. Art.154. A reviso ocorrer em apenso ao processo originrio. Pargrafo nico: Na petio inicial, o requerente pedir dia e hora para a produo de provas e inquirio das testemunhas que arrolar. Art.155. A comisso revisora ter 60 (sessenta) dias para a concluso dos trabalhos. Art.156. Aplicam-se aos trabalhos da comisso revisora, no que couber as normas e procedimentos prprios da comisso de processo disciplinar.

34

Art. 157. O julgamento caber autoridade que aplicou a penalidade. Pargrafo nico: O prazo para julgamento ser de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poder determinar diligncias. Art. 158. Julgada procedente a reviso, ser declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor. Pargrafo nico: Da reviso do processo no poder resultar agravamento de penalidade. TTULO VI DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR Art. 159. O regime previdencirio dos servidores abrangidos por esta lei complementar regime de previdncia prprio do municpio.

TITULO VII CAPITULO NICO DAS DISPOSIES GERAIS

Art.160. O dia dos servidores pblicos municipais de Camaragibe ser comemorado no dia 28 (vinte e oito) de outubro, sendo considerado como ponto facultativo. Art.161. Os prazos previstos nesta Lei Complementar sero contados em dias corridos, excluindo-se o dia do comeo e incluindo-se o do final, ficando prorrogado para o primeiro dia til seguinte, o prazo vencido em dia em que no haja expediente. Art.162 So assegurados ao servidor os direitos de associao profissional ou sindical, na forma da lei. 1 O direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei. 2 As associaes ou sindicatos de que trata o caput tero faculdade de representar coletivamente, os seus associados perante as autoridades administrativas, em matria de interesse da classe. Art.163. Consideram-se da famlia do servidor, alm de cnjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam s suas expensas e constem do seu assentamento funcional.

35

Pargrafo nico: Equiparam-se ao cnjuge, a companheira ou companheiro que comprove unio estvel como entidade familiar.

TITULO VIII CAPITULO NICO DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS

Art.164. Ficam submetidos ao regime jurdico institudo por essa Lei Complementar, todos os servidores efetivos, estveis, ocupantes de cargos em comisso ou funo de confiana. Art.165. No preenchimento de cargos comissionados, sero aproveitados no mnimo 10% (dez por cento) do pessoal efetivo do Municpio. Art.166. Legislao prpria dispor sobre os cargos, remunerao e carreira do magistrio pblico municipal, bem como os servidores do quadro geral. Art.167. Em caso de permuta entre servidores, na mesma funo, com outras entidades pblicas, a mesma dar-se- com todos os direitos e vantagens. Art. 168. O tempo de servio anterior vigncia desta Lei ser computado para todos os efeitos legais. Art. 169. As despesas decorrentes desta Lei correro por conta de dotao oramentria prpria. Art. 170. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao. Art.171. Fica revogada a Lei n 112/1992 . Gabinete do Prefeito Municipal, em XX de XXXXXX de 2008.

Joo Lemos Prefeito Municipal

36