2-tecnologia da soldagem
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apostila de noções de soldagemTRANSCRIPT
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REA TECNOLGICA:
Metalmecnica
Identificao do MDI:
Tecnologia da Soldagem
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VISO
Consolidar-se como o lder estadual em educao profissional e tecnolgica e ser
reconhecido como indutor da inovao e da transferncia de tecnologias para a indstria
brasileira, atuando com padro internacional de excelncia.
MISSO
Promover a educao profissional e tecnolgica, a inovao e a transferncia de tecnologias
industriais, contribuindo para elevar a competitividade da indstria brasileira.
VALORES
Transparncia
Iniciativa
Satisfao ao Cliente
tica
Alta Performance
Valorizao das Pessoas
POLTICA DA QUALIDADE
Satisfazer as necessidades dos clientes com produtos competitivos reconhecidos pelo
mercado.
Intensificar aes de aperfeioamento e valorizao de competncias dos empregados.
Assegurar o aprimoramento contnuo dos processos e servios com padres de
qualidade, para o alcance de resultados.
Servio Nacional de Aprendizagem Industrial
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FEDERAO DAS INDSTRIAS NO ESTADO DE MATO GROSSO FIEMT
Jandir Jos Milan
Presidente
CONSELHO REGIONAL
Jandir Jos Milan
Presidente
SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
Llia Rocha Abadio Brun
Diretora Regional do Departamento Regional de Mato Grosso
Rubens de Oliveira
Gerente de Educao e Tecnologia GETEC
Silvnia Maria de Holanda
Coordenadora da Unidade de Desenvolvimento em Educao Inicial e Continuada -
UEDE
Eveline Pasqualin Souza
Coordenadora da Unidade de Desenvolvimento em Educao Tcnica e Tecnolgica -
UNETEC
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2012 SENAI/MT Departamento Regional.
proibida a reproduo total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o
prvio consentimento do editor.
EQUIPE TCNICA DE ORGANIZAO
Elizngela Farias de Oliveira
Luiza Maria Aparecida de Queiroz
SENAI - MT
Servio Nacional de Aprendizagem Industrial
Av. Historiador Rubens de Mendona, 4.301
Bairro Bosque da Sade - CEP 78055-500 Cuiab/MT
Tel.: (65) 3611-1500 - Fax: (65) 3611-1557
www.senaimt.com.br
S477s
SENAI/MT
Servio Nacional de Aprendizagem Industrial. Material Didtico da
Metalmecnica Curso: Soldagem no Processo TIG. Departamento Regional. Cuiab - MT, 2012.
1. Soldagem. 2. Terminologia e Simbologia da Soldagem. 3.
Posies de Soldagem. 4. Noes de Eletricidade Aplicada a
Soldagem. 5. Fontes de Energia para Soldagem. 6. Fontes
Convencionais. 7. Equipamentos e Ferramentas para
Soldagem. CDU 621.7
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APRESENTAO
Caro(a) Estudante, com prazer que apresentamos este material didtico que foi desenvolvido para facilitar
seu aprendizado nos cursos de Educao Profissional do Servio Nacional de
Aprendizagem Industrial SENAI de Mato Grosso.
Este material tem o objetivo de atender as demandas industriais e satisfazer as
necessidades de pessoas que buscam atualizao e conhecimentos atravs de cursos
profissionalizantes.
Os contedos formativos deste material foram concebidos para atender as reas
Tecnolgicas de atuao do SENAI, alinhados aos Perfis Profissionais Nacionais elaborados
por Comits Tcnicos Setoriais do SENAI Departamento Nacional e com a Classificao
Brasileira de Ocupaes CBO.
Esperamos que este material didtico desperte sua criatividade, estimule seu gosto pela
pesquisa, aumente suas habilidades e fortalea suas atitudes. Requisitos fundamentais para
alcanar os resultados pretendidos em um determinado contexto profissional.
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INFORMAES GERAIS
- Objetivo do Material Didtico:
Visa proporcionar o desenvolvimento de capacidades referente tecnologia da soldagem, bem
como, capacidades sociais, organizativas e metodolgicas, de acordo com a atuao do
profissional no mundo do trabalho.
- rea Tecnolgica:
Metalmecnica
- Eixo Tecnolgico:
Controle e processos industriais
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CONES DE ESTUDOS Durante a leitura deste material voc encontrar alguns cones para chamar sua ateno
sobre um assunto destacado. Para contribuir com a eficcia destas reflexes,
recomendamos ao aluno que realize seus estudos e registre suas concluses,
possibilitando sua auto-avaliao e reforo do aprendizado. Veja o significado dos cones:
Prazo de entrega de tarefas ou exerccios propostos pelo professor
Proposio de trabalhos de pesquisa ou leitura de outros referenciais sobre o
tema.
Traz dicas importantes sobre um assunto
Indicao de site para pesquisa e maior aprofundamento sobre o tema
Questionrio proposto pelo professor sobre um assunto ou tema
importante de ser trabalhado pelo estudante.
Resumo dos pontos importantes abordados no desenvolvimento de um tema.
Tarefas prticas propostas pelo professor a serem realizadas pelo estudante
visando consolidar o aprendizado de um determinado assunto.
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Sumrio
CAPITULO I ........................................................................................................................10
TECNOLOGIA DA SOLDAGEM .............................................................................. 10 classificao dos processos de soldagem ....................................................................11
CAPITULO II .......................................................................................................................13
TERMINOLOGIA E SIMBOLOGIA DA SOLDAGEM ..................................................... 13 classificao .................................................................................................................13 tipos de junta e exemplos de chanfros .........................................................................15 smbolos de soldagem ..................................................................................................16 posicionamento dos smbolos ......................................................................................16 smbolos bsicos de solda ...........................................................................................17 smbolos suplementares de solda ................................................................................18 representao dos smbolos ........................................................................................18 dimensionamento das soldas .......................................................................................19 soldas em chanfro combinada com solda em ngulo ...................................................22
CAPITULO III .....................................................................................................................23
POSIES DE SOLDAGEM .................................................................................. 23 posio plana ...............................................................................................................23 posio horizontal.........................................................................................................23 posio vertical (descendente) .....................................................................................24 posio vertical (ascendente) .......................................................................................24 posio sobre cabea ...................................................................................................24 movimentos laterais do eletrodo ...................................................................................25 na posio horizontal (plano vertical) ...........................................................................26 tipos de junta ................................................................................................................27
CAPITULO IV ......................................................................................................................31
NOES DE ELETRICIDADE APLICADA A SOLDAGEM ............................................. 31 corrente eltrica ............................................................................................................31 tipos de corrente eltrica ..............................................................................................31 intensidade da corrente eltrica ...................................................................................32 tenso eltrica ..............................................................................................................32 resistncia eltrica ........................................................................................................33 materiais condutores ....................................................................................................34 materiais isolantes ........................................................................................................34 arco eltrico ..................................................................................................................34 obteno da corrente eltrica na soldagem ..................................................................35 efeito de tenso eltrica ...............................................................................................36 polaridades ...................................................................................................................36 sopro magntico ...........................................................................................................36
CAPITULO V .......................................................................................................................38
FONTES DE ENERGIA PARA SOLDAGEM ............................................................... 38 requisitos bsicos das fontes .......................................................................................38 fontes convencionais ....................................................................................................39
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CAPITULO VI ......................................................................................................................43
EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS PARA SOLDAGEM ............................................. 43 Correntes mximas admissveis em ampres ..............................................................44
CAPITULO VII .....................................................................................................................48
METAIS DE BASE E CONSUMVEIS ...................................................................... 48
CAPITULO VIII ....................................................................................................................51
SOLDABILIDADE DOS AOS-CARBONO COMUNS SEGUNDO A NORMA DIN 17100 ..... 51
CAPITULO IX ......................................................................................................................52
INTERPRETAO DE DESENHO .......................................................................... 52
CAPITULO X .......................................................................................................................57
SEGURANA E HIGIENE NO PROCESSO DE SOLDAGEM ......................................... 57 Condies de uso .........................................................................................................57 Perigos especficos da operao de soldagem ............................................................62
CAPITULO XI ......................................................................................................................64
QUALIFICAO DE PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM E DE SOLDADORES .................. 64 Especificaes de procedimento de soldagem (eps) ...................................................64 Procedimento de soldagem ..........................................................................................64 Principais cdigos e especificaes .............................................................................65 Registro de qualificao de soldadores ........................................................................65 Registro de qualificao de procedimentos e soldadores ............................................66
REFERNCIAS ...................................................................................................................68
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CAPITULO I
Neste captulo estudaremos o conceito, as normas, simbologias, fontes de energia para
soldagem, equipamentos e ferramentas para soldagem, metais de base e consumveis,
abertura do arco eltrico, preparao de junta, segurana e higiene no processo de
soldagem. Buscando oferecer fundamentos bsicos para realizar servios de instalaes
eltricas, conforme normas padres.
TECNOLOGIA DA SOLDAGEM
CONCEITO
A soldagem ou solda um processo que visa a unio localizada de materiais, similares ou
no, de forma permanente, baseada na ao de foras em escala atmica semelhantes s
existentes no interior do material e a forma mais importante de unio permanente de
peas usadas industrialmente.
Existem basicamente dois grandes grupos de processos de soldagem. O primeiro se
baseia no uso de calor, aquecimento e fuso parcial das partes a serem unidas, e
denominado processo de soldagem por fuso.
O segundo se baseia na deformao localizada das partes a serem unidas, que pode ser
auxiliada pelo aquecimento dessas at uma temperatura inferior temperatura de fuso,
conhecido como processo de soldagem por presso ou processo de soldagem no estado
slido.
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Vantagens Desvantagens
1. Juntas de integridade e eficincia elevadas
2. Grande variedade de processos
3. Aplicvel a diversos materiais
4. Operao manual ou automtica
5. Pode ser altamente porttil
6. Juntas podem ser isentas de vazamentos
7. Custo, em geral, razovel
8. Junta no apresenta problemas de perda de aperto.
1. No pode ser desmontada
2. Pode afetar microestrutura e propriedades das partes
3. Pode causar distores e tenses residuais
4. Requer considervel habilidade do operador
5. Pode exigir operaes auxiliares de elevado custo e durao (ex.: tratamentos trmicos)
6. Estrutura resultante monoltica e pode ser sensvel a falha total
Tabela 1 Vantagens e desvantagens da soldagem
CLASSIFICAO DOS PROCESSOS DE SOLDAGEM
Os diferentes processos de soldagem podem ser agrupados em dois grandes gurpos:
Soldagem por presso
Soldagem por fuso
Soldagem por presso Energia aplicada para produzir calor capaz de fundir o material
de base. Diz-se neste caso que a solubilizao ocorre na fase lquida que caracteriza o
processo de soldagem por fuso.
Assim, na fuso, a soldagem obtida pela solubilizao na fase lquida das partes a unir, e
subsequentemente, da solubilizao da juno.
Figura 1 Soldagem por presso.
Disponvel em: www.ufmg.br/soldagem. Consultado em: 17/10/2011
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Soldagem por fuso - Energia aplicada para provocar uma tenso no material de base,
capaz de produzir a solubilizao na fase slida, caracterizando a soldagem por presso.
H casos onde no ntida a diferena da soldagem por fuso e por presso.
Abaixo os principais processos de soldagem, considerando os dois grandes grupos:
Figura 2 Principais processos de soldagem. Disponvel em: www.cimm.com.br/soldagem.
Consultado em: 17/10/2011
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CAPITULO II
TERMINOLOGIA E SIMBOLOGIA DA SOLDAGEM
Terminologia o campo do conhecimento que estuda a linguagem especfica de um
campo de conhecimento. No caso da soldagem, apresenta aplicaes muito variadas que
abrangem deste a construo de itens simples, de baixa sofisticao, at estruturas e
componentes sofisticados.
CLASSIFICAO
Metal Base (base metal): Material da pea que passa pelo processo de soldagem.
Quando possvel procura-se escolher, para uma dada aplicao, o metal base mais
fcil de soldar (de melhor soldabilidade) que seja adequado para a aplicao.
Em alguns casos, por exemplo, na recuperao de uma dada pea por soldagem,
esta escolha impossvel. De qualquer forma, o modo como uma solda ser
produzida (isto , o procedimento de soldagem usado) deve levar em
considerao as caractersticas do metal base, particularmente os seus aspectos
metalrgicos.
Metal de Adio (filler metal): Material adicionado, no estado lquido durante a
soldagem por fuso (ou a brasagem). O metal de adio deve ser selecionado de
acordo com o metal base, as caractersticas e a aplicao da junta (ver definio
abaixo) a ser soldada.
Figura 3 Exemplo de soldagem.
Disponvel em: www.ufmg.br/soldagem. Consultado em: 17/10/2011
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Poa de Fuso - (weld pool): Regio em fuso, a cada instante, durante uma soldagem
por fuso. Em alguns processos de soldagem que no usam a fuso, pode-se considerar a
existncia de uma regio de processamento de caractersticas similares poa de fuso.
Penetrao - (penetration): Distncia da superfcie original do metal base ao ponto em
quetermina a fuso, medida perpendicularmente mesma.
Junta - (joint): Regio entre duas ou mais peas que sero unidas.
Os tipos usuais de junta so:
De topo (butt).
De ngulo (tee).
De canto (corner).
Sobreposta (lap).
De aresta (edge).
Figura 4 Exemplo de tipo de junta
Disponvel em: www.ufmg.br/soldagem. Consultado em: 17/10/2011
Soldas em juntas de topo e ngulo podem ser de penetrao total (penetrao em toda a
espessura de um dos componentes da junta) ou parcial. Soldas de penetrao total
apresentam um melhor comportamento mecnico, contudo, tendem a ser de execuo
mais difcil. Assim, quando o melhor desempenho destas no for necessrio, o usual se
trabalhar com soldas de penetrao parcial.
Figura 5 Exemplo de solda.
Disponvel em: www.ufmg.br/soldagem. Consultado em: 17/10/2011
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Chanfro (groove): Corte efetuado na junta para possibilitar/facilitar a obteno de uma
solda com a penetrao desejada. usado quando a espessura dos componentes da junta
impede a obteno da penetrao desejada sem o chanfro. O uso de um chanfro diferente
do tipo I (ver figura 6 abaixo) implica na necessidade de se usar metal de adio.
A escolha do tipo de chanfro e suas dimenses dependem de muitos fatores como a
material base, sua espessura, o tipo de junta, o processo de soldagem, a possibilidade de
se acessar os dois lados da junta, a posio de soldagem e as caractersticas desejadas
para a junta.
Figura 6 Uso de chanfro diferente.
Disponvel em: www.ufmg.br/soldagem. Consultado em: 17/10/2011
TIPOS DE JUNTA E EXEMPLOS DE CHANFROS
Figura 7 Tipos de junta e exemplo de chanfro.
Disponvel em: www.ufmg.br/soldagem. Consultado em: 17/10/2011
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SMBOLOS DE SOLDAGEM
Os smbolos de soldagem constituem um importante meio tcnico em engenharia para
transmitir informaes. Os smbolos fornecem todas as informaes necessrias
soldagem, tais como: geometria e dimenses do chanfro, comprimento da solda, se a
solda deve ser executada no campo, etc.
Este item se baseia nas normas AWS A2.1, AWS A2.4 e NBR 5874, que tratam
especificamente deste assunto.
Figura 8 A figura mostra os locais padronizados para os vrios elementos de um smbolo de soldagem.
Disponvel em: www.ufmg.br/soldagem. Consultado em: 17/10/2011
POSICIONAMENTO DOS SMBOLOS
Os smbolos de soldagem so posicionados acima ou abaixo da linha de referncia,
dependendo da localizao da seta em relao junta, a saber:
Smbolo abaixo da linha de referncia corresponde a uma solda realizada no mesmo
lado que a seta aponta.
Smbolo acima da linha de referncia corresponde a uma solda realizada do lado
oposto ao que a seta aponta.
Figura 9 Posicionamento do smbolo de soldagem.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
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SMBOLOS BSICOS DE SOLDA
A simbologia bsica referente soldagem divide as soldas em: solda em chanfro, solda em
ngulo, solda de fechamento ou de aresta, solda de suporte e outros tipos de soldas. Em
geral, os smbolos so semelhantes configurao da solda a ser realizada.
Os smbolos de solda em ngulo, soldas em chanfros em meio V, em K, e, J, em duplo J e
com uma face convexa e soldas de fechamento ou de arestas entre uma pea curva ou
flangeada e uma pea plana so, sempre indicados com uma perna perpendicular
esquerda do smbolo.
A figura abaixo apresenta os desenhos dos smbolos bsicos de soldagem, os quais, na
pratica, podem ser executados por meio de um esquadro e alguns gabaritos
correspondentes.
Figura 10 Smbolos de solda.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
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SMBOLOS SUPLEMENTARES DE SOLDA
Os smbolos suplementares so aqueles que detalham ou explicam alguma caracterstica
do cordo de solda. Em geral, so representados na linha de referncia junto linha de
chamada.
A figura 11 abaixo apresenta os smbolos suplementares de solda.
Figura 11 Smbolos suplementares.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
REPRESENTAO DOS SMBOLOS
A linha de referncia deve estar na horizontal e a linha de chamada deve fazer um ngulo
de 60 com esta, segundo a figura 3.6
Figura 12 Representao das linhas.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
Quando a linha quebrada, significa que a mesma aponta para um membro especfico
da junta que deve ser chanfrado. Veja os exemplos abaixo.
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Figura 13 Exemplos de aplicaes de seta..
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
DIMENSIONAMENTO DAS SOLDAS
A seguir veremos alguns exemplos prticos do dimensionamento de juntas soldadas:
JUNTAS DE NGULO SOLDAS EM NGULO
a) A penetrao da raiz da solda em ngulo vir indicada entre parnteses.
b) As pernas da solda esto indicadas ao lado do smbolo de solda em ngulo.
Figura 14 Exemplos de dimensionamento de solda em ngulo.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
c) No caso de pernas desiguais, os valores sero indicados conforme a figura a
seguir.
Figura 15 Exemplos de dimensionamento de solda em pernas desiguais.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
d) A abertura da raiz em todo tipo de solda deve ser representada dentro do
smbolo de solda, de acordo com a figura abaixo.
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Figura 16 Exemplos de dimensionamento de abertura da raiz.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
e) Dimenses de solda descontnua so indicadas direita do smbolo. Indica-
se primeiro o comprimento da solda, e a seguir o espaamento entre os
centros destas.
Figura 17 Dimensionamento de solda descontnua.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
SOLDAS EM CHANFROS
Figura 18: Exemplos de dimensionamento de solda de chanfro.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
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FIQUE POR DENTRO
Observar que a profundidade de preparao do bisel vem indicada
esquerda da penetrao da junta, e sem parnteses.
Nas soldas em chanfro a penetrao da junta e a dimenso da solda
so idnticas.
JUNTAS DE TOPO
Figura 19 Exemplo de dimensionamento junta de topo.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
FIQUE POR DENTRO
A dimenso da solda indicada entre parnteses esquerda do
smbolo de solda.
A profundidade de preparao do bisel indicada esquerda da
dimenso da solda, fora dos parnteses.
Para juntas com chanfros simples ou chanfros duplos, quando no
houver indicao quanto dimenso da solda e profundidade de
preparao do
bisel, significa que a solda dever ser executada com penetrao total.
SOLDA EM NGULO DESCONTNUA
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Figura 20 Exemplo de dimensionamento para smbolos de solda descontnua.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
SOLDAS EM CHANFRO COMBINADA COM SOLDA EM NGULO
Figura 21 Exemplo de dimensionamento de solda em chanfro combinadas com solda em ngulo.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
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CAPITULO III
POSIES DE SOLDAGEM
a disposio que as partes das peas a serem soldadas ficam em relao a um plano de
referncia. Nem sempre a pea que vai ser soldada pode ser colocada na posio mais
cmoda, devido a sua forma, tamanho, etc.
claro que uma solda executada na posio sobre cabea exige maior habilidade do
soldador que uma solda executada na posio plana. A ABNT
(Associao Brasileira de Normas Tcnicas), estabeleceu normas e critrios de
qualificao de soldadores, baseando-se, em partes, nessas dificuldades.
Da a necessidade do soldador conhecer as posies de soldagem. Existem quatro
posies bsicas, a saber: plana, horizontal (plano vertical), vertical (descendente ou
ascendente) e sobre cabea.
POSIO PLANA
aquela em que o metal base se encontra na posio plana e a deposio tambm feita
na posio plana (figura 25 abaixo). a que apresenta menores dificuldades de operao,
podendo ser executada com todos os tipos de eletrodos.
Figura 22 Exemplo de posio plana.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
POSIO HORIZONTAL
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aquela em que o metal base se encontra no plano vertical e o depsito feito no plano
horizontal. No apresenta maiores dificuldades na sua execuo podendo ser realizada
com quase todos os tipos de eletrodo.
Figura 23 Exemplo de posio horizontal.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
POSIO VERTICAL (DESCENDENTE)
aquela em que o metal base se encontra no plano vertical e o depsito tambm feito
na vertical de cima para baixo.
Figura 24 Exemplo de posio vertical descendente.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
aplicada onde se pretende pouca penetrao e um bom aspecto, sendo muito
empregada na soldagem de chapas de pequena espessura.
POSIO VERTICAL (ASCENDENTE)
aquela em que o metal base se encontra no plano vertical e o depsito tambm feito
na vertical, de baixo para cima.
Figura 25 Exemplo de posio vertical ascendente.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
Essa posio adotada com vantagem em trabalhos de grande responsabilidade, por
raramente apresentar defeitos (porosidade, incluses de escria, etc.) e, tambm pela
grande penetrao que se consegue.
POSIO SOBRE CABEA
Consiste em soldar peas colocadas horizontalmente acima da cabea
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Figura 26 Exemplo de posio sobre cabea.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
a mais difcil de todas as posies de soldagem, por isso, sempre que possvel, deve ser
evitada.
Para qualquer posio, as peas podero variar de inclinao at 15 aproximadamente,
em todos os sentidos, que ainda sero consideradas na posio.
MOVIMENTOS LATERAIS DO ELETRODO
Na soldagem a arco eltrico, toda posio de solda tem um movimento lateral de melhor
aceitao.
A seguir, vamos mostrar alguns dos movimentos laterais mais aconselhados.
Nessa posio podemos recorrer a vrios tipos de movimentos laterais, os mais comuns
so vistos nas figuras abaixo.
Figura 27 Movimento do eletrodo.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
Aplicando movimentos laterais deve-se parar ou diminuir a velocidade de avano quando
chegar extremidade do cordo, o que convencionado pelos pontos nas figuras.
FIQUE POR DENTRO
No aconselhvel fazer movimentos laterais maiores que trs (3)
vezes o dimetro do eletrodo, principalmente quando se trabalha com
eletrodo bsico.
O movimento mostrado na figura a seguir pode ser usado em alguns
casos, porm, no aconselhvel por aquecer demasiadamente a zona
da solda, podendo inclusive, ocasionar poros e incluses de escria na
passagem do cordo.
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NA POSIO HORIZONTAL (PLANO VERTICAL)
Esta posio tem seus movimentos laterais definidos.
Figura 28 Eletrodo em movimento definido. Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE.
Consultado em: 17/10/2011
NA POSIO VERTICAL (DESCENDENTE)
Nesta posio temos poucos recursos e o movimento aplicado visto na figura ao lado.
Esta posio especificamente usada em soldagens de chapas finas e em alguns casos
especiais, onde o acabamento o mais importante.
Figura 29 Movimento do eletrodo na posio vertical descendente. Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE.
Consultado em: 17/10/2011
NA POSIO VERTICAL (ASCENDENTE)
Os movimentos laterais mais usados so:
Movimento usado principalmente para primeiros cordes em soldas de canto e,
tambm para unir pea de raiz irregular ou unio de raiz.
Figura 30 Movimento do eletrodo posio vertical ascendente.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
Movimento usado para cordes intermedirios e primeiros cordes.
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Figura 31 Movimento usado para primeiro cordo.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
Movimentos muito usados para cobertura ou acabamento final.
Figura 32 Movimento usado para cobertura.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
NA POSIO SOBRE CABEA
Essa posio uma das mais evitadas pela dificuldade que oferece. Os movimentos
usados so vistos nas figuras abaixo.
Figura 33 Movimento na posio sobre cabea. Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE.
Consultado em: 17/10/2011
Ao soldar nessa posio, devemos nos precaver dos respingos. Para diminuir estes
respingos devemos manter o arco eltrico estvel e, sempre que possvel curto.
JUNTAS
Junta a regio onde duas ou mais peas sero unidas por um processo de soldagem.
TIPOS DE JUNTA
As juntas podem ser:
De topo.
Sobreposta.
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Em T (ou em ngulo).
De quina.
JUNTA DE TOPO
o tipo em que os dois componentes esto no mesmo plano.
Figura 34 - Posio de junta de topo.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
JUNTA SOBRE POSTA
Tipo em que um dos componentes se sobrepe ao outro ou aos outros.
Figura 35 Posio de junta sobre posta.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
JUNTA EM T (OU EM NGULO)
o tipo em que os dois componentes esto prximos e em ngulo, tendo a seco
transversal o formato de um T.
Figura 36 Posio de junta em T.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
JUNTA DE QUINA
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Tipo em que os dois componentes esto prximos e em ngulo.
Figura 37 Posio de junta de quina.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
Qualquer dos tipos de juntas vistas anteriormente pode ser sem chanfro ou chanfrada.
JUNTA SEM CHANFRO
aquela em que as bordas das peas a serem soldadas no necessitam de chanfros.
Figura 38 Posio de junta sem chanfro.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
Geralmente essas juntas so usadas em materiais de at 6 mm. Quando a soldagem
requer penetrao total, deve-se deixar entre uma chapa e a outra uma abertura igual ao
dimetro do ncleo do eletrodo. Verifique na figura 42 abaixo.
Figura 39 Soldagem com penetrao.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
JUNTACHANFRADA
aquela em que as bordas das peas a serem soldadas necessitam de chanfro. Na
maioria dos casos, quando a espessura dos materiais tem mais de 6 mm.
Figura 40 Posio de junta chanfrada. Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE.
Consultado em: 17/10/2011
PREPARAO DA JUNTA
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Antes de se iniciar uma solda necessrio preparar a junta. Para isso, devemos:
Em primeiro lugar, limpar a parte da pea que vai ser soldada, eliminando gordura,
tinta, leo ou qualquer tipo de impureza que possa prejudicar a solda;
Em segundo lugar, verificar o tipo da junta conveniente e, se for junta chanfrada,
escolher o tipo e dimenso do chanfro que atende economia, viabilidade,
empenamento, etc.
Chanfro pode ser preparado por mquinas operatrizes (plaina, frezadora, torno, etc.)
ou atravs de corte oxi-acetilnico.
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CAPITULO IV
NOES DE ELETRICIDADE APLICADA A SOLDAGEM
CORRENTE ELTRICA
Chamamos de corrente eltrica ao movimento ordenado de cargas eltricas atravs de um
corpo.
TIPOS DE CORRENTE ELTRICA
CORRENTE CONTNUA ( = )
aquela que circula sempre no mesmo sentido. A fonte fornecedora de corrente (figura 44
abaixo) mantm constante sua polaridade, ou seja:
O borne negativo sempre ser negativo;
O borne positivo sempre ser positivo.
Figura 41 Fonte fornecedora de corrente.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
CORRENTE ALTERNADA ( )
aquela que passa atravs de um corpo sofrendo inverso de sentido em intervalos
regulares de tempo, caminhando primeiro num sentido e depois no outro. Cada borne, ora
ser negativo, ora ser positivo.
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Vemos nas figuras abaixo, o sentido da corrente em um transformador.
Figura 42 Sentido de corrente de um transformador. Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE.
Consultado em: 17/10/2011
INTENSIDADE DA CORRENTE ELTRICA
A corrente eltrica, seja ela alternada ou contnua pode ter sua intensidade medida. Para
medir a intensidade da corrente usa-se a unidade de medida chamada ampre, que
representada pela letra A. Portanto, correto dizer que num determinado instante a
intensidade da corrente circulante pelo eletrodo de 200 A.
TENSO ELTRICA
J foi visto que corrente eltrico um movimento ordenado de cargas eltricas atravs de
um corpo. Estas cargas, porm, no se movem sem que haja uma fora atuando sobre
elas, fazendo-as circular.
A essa fora atuante d-se o nome de tenso eltrica. Portanto, tenso eltrica a fora
que movimenta as cargas eltricas atravs de um corpo e que tem como unidade de
medida o volt., que representado pela letra V.
Figura 43 Exemplo de tenso eltrica.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
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RESISTNCIA ELTRICA
a dificuldade que um corpo oferece passagem da corrente eltrica e sua unidade de
medida o ohm, que representado pela letra grega W.
A corrente eltrica ao atravessar um corpo encontra dificuldade e gera calor.
Este calor pode ser desejvel, como no caso do chuveiro eltrico, ou indesejvel como no
caso de um mau contato numa conexo eltrica.
Na soldagem eltrica devemos evitar o aquecimento indesejvel em:
Mau contato entre o grampo terra e massa.
Figura 44 Exemplo de mau contato entre o grampo e a massa.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
Mau contato entre o cabo eltrico e o porta-eletrodo.
Figura 45 Exemplo de mau contato entre o cabo eltrico e o porta eletrodo.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
Mau contato entre os terminais do cabo eltrico e os bornes da mquina.
Figura 46 Exemplo de mau contato entre terminais e bornes.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
Seccionamento parcial dos cabos eltricos.
Figura 47 Seccionamento parcial dos cabos.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
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Grampo terra danificado
Figura 48 Exemplo de grampo terra danificado.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
Ao fazer uma conexo eltrica deve-se tomar o cuidado de faz-la corretamente para que
no ocorra mau contato e a conseqente perda de energia eltrica em gerao de
aquecimento indesejvel.
MATERIAIS CONDUTORES
So corpos que permitem a passagem da corrente eltrica com relativa facilidade.
MATERIAIS ISOLANTES
So corpos que, dentro de uma determinada faixa de tenso, no permitem a passagem
da corrente eltrica (figura 52 abaixo). Os mais usados so a borracha, a mica, a porcelana
e a baquelita.
Figura 49 Exemplo de materiais isolantes.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
ARCO ELTRICO
a passagem da corrente eltrica de um plo (pea) para o outro (eletrodo), desde que
seja mantido entre eles um afastamento conveniente. Esse afastamento chamado de
comprimento do arco.
Figura 50 Exemplo de arco eltrico.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
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35
O comprimento do arco deve ter aproximadamente o dimetro do ncleo do eletrodo. O
arco eltrico produz calor intenso que funde a ponta do eletrodo e parte da pea tocada por
este, formando a solda.
Alm do seu papel de fonte de calor, o arco eltrico ainda conduz as gotas de metal,
depositando-as de encontro pea, o que permite executar soldas sobre cabea.
OBTENO DA CORRENTE ELTRICA NA SOLDAGEM
Nas soldagens, a corrente eltrica pode ser obtida por meio de:
Mquina de solda geradora.
Figura 51 Exemplo de mquina de solda gerador.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE.
Consultado em: 17/10/2011.
Mquina de solda transformadora.
Figura 52 Exemplo de mquina de solda transformadora.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
Mquina de solda retificadora.
Figura 53 Exemplo de mquina de solda retificadora.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
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EFEITO DE TENSO ELTRICA
A tenso faz com que a corrente eltrica prossiga circulando, mesmo depois que o eletrodo
afastado da pea, fazendo com que o arco eltrico se mantenha. O arco produz alta
temperatura fundindo o material do eletrodo e da pea formando a solda.
Figura 54 Exemplo de efeito de tenso.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
SENTIDO DE CIRCULO DA CORRENTE ELTRICA
A corrente sempre circula do plo negativo (-) para o plo positivo (+).
POLARIDADES
No processo de soldagem, quando a mquina de solda est operando, a corrente eltrica
sai pelo borne A; desloca-se pelo cabo at a pea que est sendo soldada, provoca a
fuso do material da pea com o material do eletrodo atravs do arco eltrico; passa pelo
eletrodo e retorna ao borne B atravs do cabo; entra novamente na mquina e, pelo
circuito interno, torna a sair pelo borne A.
Figura 55 Exemplo de processo de soldagem.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE. Consultado em: 17/10/2011
SOPRO MAGNTICO
Nas soldagens, quando trabalhamos com altas amperagens em corrente contnua, ocorre
o efeito chamado de sopro magntico. Este efeito provoca o desvio das gotas de metal
fundido para um dos lados da pea que est sendo soldada. O desvio feito para o lado
onde for maior a fora do campo magntico, fora esta, provocada pela falta de
uniformidade da distribuio desse campo.
Este problema pode ser resolvido de vrias formas. A seguir apresentamos algumas delas:
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Mudando o ngulo do eletrodo;
Deslocando a fixao terra;
Colocando um material de maior condutibilidade eltrica como terra (cobre).
SITES: www.esab.com.br/solda-eletrica
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CAPITULO V
FONTES DE ENERGIA PARA SOLDAGEM
Desde as ltimas dcadas do sculo passado, tem ocorrido um vigoroso desenvolvimento
(ou mesmo uma revoluo) no projeto e construo de fontes para soldagem associados
com a introduo de sistemas eletrnicos para o controle nestes equipamentos.
Atualmente, podem-se separar as fontes em duas classes bsicas:
As mquinas convencionais, cuja tecnologia bsica vem das dcadas de 1950 e 60
(ou antes).
As mquinas "eletrnicas", ou modernas, de desenvolvimento mais recente
(dcadas de 1970, 80, 90 e 2000).
No Brasil, ainda a grande maioria das fontes fabricadas so convencionais que so as que
abordaremos neste captulo.
REQUISITOS BSICOS DAS FONTES
Existem trs requisitos bsicos que uma fonte de energia para soldagem a arco deve
atender:
produzir sadas de corrente e tenso nos valores desejados e com caractersticas
adequadas para o processo de soldagem;
permitir o ajuste destes valores de corrente e/ou tenso para aplicaes especficas;
variar a corrente e tenso durante a operao de acordo com os requerimentos do
processo de soldagem e aplicao.
Adicionalmente, o projeto da fonte precisa atender outros requisitos tais como:
estar em conformidade com exigncias de normas e cdigos relacionados com a
segurana e funcionalidade.
apresentar resistncia e durabilidade em ambientes fabris, com instalao e
operao simples e segura.
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possuir controles/interface do usurio de fcil compreenso e uso;
quando necessrio, ter interface ou sada para sistemas de automao.
Figura 56 Produo relativa de diferentes tipos de fontes.
Disponvel em: www.ufmg.br/soldagem Consultado em: 17/10/2011
FONTES CONVENCIONAIS
Para produzir os tipos de correntes necessrios soldagem so utilizados trs
equipamentos, conforme descrito no esquema a seguir:
TRANSFORMADOR
Veja na figura a seguir os componentes dessa fonte de corrente.
Figura 57 Diagrama de recursos de um transformador.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI RJ. Consultado em: 17/10/2011
REGULAGEM
A regulagem da corrente de soldagem pode ser realizada tanto pelo interruptor gradual
quanto por meio do ncleo de disperso.
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Interruptor Gradual por meio desse interruptor que se altera o numero de espiras no
primrio. Dessa forma, a relao entre o primrio e o secundrio acaba se modificando
tambm.
Figura 58 Diagrama de regulagem com interruptor gradual. Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI RJ.
Consultado em: 17/10/2011
Ncleo de Disperso mediante o movimento desse ncleo, seja para dentro ou para fora,
altera-se o fluxo magntico no secundrio para mais ou para menos. Veja a figura abaixo.
Figura 59 Diagrama de regulagem com ncleo de disperso.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI RJ. Consultado em: 17/10/2011
Ligao observem na figura abaixo as indicaes para efetuar a ligao correta do
transformador de solda, sem partes rotativas, tanto pelo eletricista quanto pelo soldador.
Figura 60 Indicao para efetuar a ligao correta do transformador de solda.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI RJ. Consultado em: 17/10/2011
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41
RETIFICADOR
PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO
Na figura abaixo se pode observar que o elemento retificador possibilita a passagem da
corrente eltrica somente em uma direo e pode ser compreendido como uma vlvula
eltrica de reteno.
Figura 61 Exemplo de funcionamento de um retificador. Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI RJ.
Consultado em: 17/10/2011
Ligao - o retificador de solda apresenta, quase sempre, com ventilao interna e fendas
para ventilao na carcaa. Agora, observem na figura 65 abaixo, as indicaes para
efetuar a ligao corretada do equipamento, tanto pela eletricidade quanto pelo soldador.
Figura 62 Ligao do retificador de solda.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI RJ. Consultado em: 17/10/2011
A passagem do ar no pode ser obstruda. O fluxo da
refrigerao deve ser observado. A entrada e a sada do ar
devem ser sinalizadas. Caso o fluxo de ar esteja invertido,
chame o eletricista
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42
GERADOR
O gerador de soldagem (ou motor-gerador) um dos tipos mais antigos de fonte de
energia para soldagem a arco e , ainda hoje, uma das fontes mais versteis. Podem ser
projetados para gerar qualquer tipo de curva caracterstica e, embora geralmente
produzam corrente contnuas, existem equipamentos de corrente alternada, a qual pode ter
uma freqncia diferente de 50 ou 60Hz (valores usuais em redes de alimentao).
O motor pode ser eltrico ou de combusto interna, tendo, como combustvel, gasolina,
leo diesel, gs natural.
Figura 63 Diagrama esquemtico de um motor-gerador.
Disponvel em: www.ufmg.br/soldagem. Consultado em: 17/10/2011
FIQUE POR DENTRO
O transformador de solda produz corrente alternada e seu smbolo :
O retificador de solda produz corrente contnua e o smbolo do equipamento
:
O gerador produz corrente contnua e seu smbolo :
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43
CAPITULO VI
EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS PARA SOLDAGEM
Alm da fonte de energia que chamamos de mquina de soldar, outros acessrios e
ferramentas so utilizados para executar as operaes de soldagem. Uns servem para
transportar a corrente da fonte at o local de soldagem, outros para preparao da solda e
outros ainda, para a limpeza durante a execuo da solda.
So acessrios necessrios nas operaes de soldagem:
cabo de solda;
porta-eletrodo;
grampo terra (ligao massa).
CABO DE SOLDA
constitudo por um ncleo, formado de grande quantidade de fios de cobre, recoberto
com material isolante. Serve para fazer a ligao do porta-eletrodo e do grampo terra
fonte de energia.
Figura 64 Cabo de solda.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI SP. Consultado em: 17/10/2011
A grande quantidade de fios de cobre permite ao cabo maior flexibilidade nos
movimentos executados nas operaes de soldagem. O dimetro do cabo
depende da intensidade da corrente a ser utilizada e da distncia entre a mquina
e o posto de soldagem.
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44
Conhecendo-se a distncia entre a mquina e o posto de trabalho e a intensidade da
corrente a usar, recorre-se tabela abaixo para encontrar a bitola conveniente do cabo,
evitando, com isso, perda de corrente, aquecimento ou super-dimensionamento do cabo.
CORRENTES MXIMAS ADMISSVEIS EM AMPRES
Tabela 2 Distancias da mquina ao eletrodo.
Encontrada a bitola do cabo obteremos outras caractersticas atravs da seguinte tabela:
Tabela 3 Bitolas do cabo.
Na coluna Formao voc encontrar o nmero de fios do cabo e o dimetro em
milmetros de cada fio.
Exemplo de leitura:
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45
666 = nmero de fios do cabo 0,254 = dimetro em mm de cada fio.
PORTA ELETRODO
um acessrio que serve para prender o eletrodo atravs de suas garras de contato.
construdo de cobre com suas partes externas totalmente isoladas.
Seu tamanho e isolao variam de acordo com a intensidade da corrente a ser utilizada.
Figura 65 Exemplo de porta eletrodo.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE Consultado em: 17/10/2011
O porta-eletrodo conhecido tambm como alicate porta-eletrodo ou pina porta-eletrodo.
GRAMPO TERRA
um acessrio de conexo do cabo terra pea, construdo de cobre ou alumnio.
Figura 66 Exemplo de grampo terra.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE Consultado em: 17/10/2011
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46
MARTELO PICADOR
Ferramenta usada para remover a escria e os respingos da solda.
Figura 67 Exemplo de martelo picador.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE Consultado em: 17/10/2011
Martelo picador = picadeira ou martelo bate-escria. Em grandes empresas,
para remover escria usam-se dispositivos pneumticos.
GABARITO
uma ferramenta construda de chapa de ao, de forma geomtrica varivel de acordo
com o tipo de trabalho a ser executado. So utilizadas em substituio a instrumentos de
preciso, para padronizar dimenses de cordes, filetes, verificao de esquadro, ngulos
de chanfros, etc.
Na figura 68 abaixo mostramos os principais tipos de gabaritos utilizados nas operaes de
soldagem e suas aplicaes.
Figura 68 Principais tipos de gabarito.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE Consultado em: 17/10/2011
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47
ESCOVA DE AO
Ferramenta usada para remover o xido de ferro (ferrugem) das chapas a serem soldadas
e tambm para fazer uma melhor limpeza nos cordes de solda.
Figura 69 Exemplo de escova de ao.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE Consultado em: 17/10/2011
TENAZ
Ferramenta semelhante a um alicate, porm com cabos mais longos. Serve para segurar
peas quentes
Figura 70 Exemplo de martelo picador.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI PE Consultado em: 17/10/2011
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48
CAPITULO VII
METAIS DE BASE E CONSUMVEIS
PROCESSO DE FUNDIO DO AO
Figura 71 Exemplo de martelo picador.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI MG Consultado em: 17/10/2011
Para processamento posterior atravs de laminao ou forjamento
TIPOS DE AO FUNDIDO
No acalmado
Figura 72 Exemplo de ao no aclamado.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI MG Consultado em: 17/10/2011
Acalmado
Figura 73 Exemplo de ao aclamado.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI MG Consultado em: 17/10/2011
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49
Caractersticas: Com silcio e mangans.
Especialmente Acalmado
Figura 74 Exemplo de ao especialmente aclamado.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI MG Consultado em: 17/10/2011
Caractersticas: Com silcio e mangans e alumnio
ELEMENTOS INDESEJVEIS PRESENTES NO AO
Tabela 4 Elementos indesejveis encontrados no ao.
ELEMENTOS DESEJVEIS PRESENTES NO AO
Tabela 5 Elementos desejveis encontrados no ao.
Possveis perigos devidos ao carbono, fsforo, enxofre, nitrognio e oxignio na junta
soldada.
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50
ELEMENTOS DE LIGA NO AO
Tabela 6 Elementos de liga no ao.
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51
CAPITULO VIII
SOLDABILIDADE DOS AOS-CARBONO COMUNS SEGUNDO A NORMA DIN 17100
Tabela 7 Soldabilidade dos aos-carbono.
Aos-carbono comuns e de baixa liga, segundo a norma DIN 17100, apresentam boa
soldabilidade para teores de carbono at 0,22%.
Boa soldabilidade: St 37, St 44, St 52.
Soldabilidade limitada: St 50, St 60, St 70.
Soldabilidade restrita: St 33.
Os aos que apresentam soldabilidade limitada podem apenas ser soldados mediante
autorizao do responsvel tcnico pela obra. Chapas finas apresentam sempre boa
soldabilidade.
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52
CAPITULO IX
INTERPRETAO DE DESENHO
Figura 75 Desenhos e seus significados.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI MG Consultado em: 17/10/2011
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53
Figura 76 Desenhos e seus significados.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI MG Consultado em: 17/10/2011
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54
Figura 77 Desenhos e seus significados.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI MG Consultado em: 17/10/2011
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55
Figura 78 Desenhos e seus significados.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI MG Consultado em: 17/10/2011
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Continuao
Figura 79 Desenhos e seus significados.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI MG Consultado em: 17/10/2011
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57
CAPITULO X
SEGURANA E HIGIENE NO PROCESSO DE SOLDAGEM
MSCARAS
Os arcos eltricos de soldagem ou corte emitem raios ultravioletas e infravermelhos.
Exposies de longa durao podem provocar queimaduras graves e dolorosas da pele e
danos permanentes para os olhos.
TIPOS
H mscaras de soldar de diferentes desenhos e materiais com adaptao protetora para
os olhos usada quando se limpa a escria (A). As mscaras de sustentao manual (B)
tm aplicao em trabalhos de armao e ponteao por soldagem. Seu uso no
conveniente em trabalhos em alturas ou onde o operador necessite segurar peas ou
ferramentas. Tambm existem as mscaras de solda com filtro de escurecimento
automtico de tonalidade varivel (C).
Figura 80 Exemplos de mscaras para soldagem.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI SC Consultado em: 17/10/2011
CONDIES DE USO
As mscaras devem ser usadas em posio correta e com jogo completo de vidros.
Figura 81 Conjunto de vidros.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI SC Consultado em: 17/10/2011
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58
O vidro neutralizador deve ser selecionado de acordo com a amperagem utilizada. Deve
manter uma boa visibilidade trocando o vidro protetor, quando este apresente excesso de
projees. Evite as infiltraes de luz na mscara. Esta no deve ser exposta ao calor nem
a golpes.
Devem ser leves e sua braadeira ajustada para segur-la bem na cabea. Requerem um
mecanismo que permita acion-las comodamente. A substituio dos vidros deve ser feita
mediante um mecanismo de fcil manejo.
A tabela abaixo orienta quanto opacidade recomendada para a proteo em funo do
processo e da faixa de corrente usada. Como regra geral, iniciar com uma opacidade alta
demais para que se veja a zona do arco; reduzir ento a opacidade que se tenha uma
viso adequada da rea de soldagem, sem problema para os olhos.
Tabela 8 Filtros recomendados pela norma de segurana ANSIz 49,1
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59
CULOS DE SEGURANA
Os culos de segurana so elementos utilizados para proteger os olhos do operador,
quando este realiza trabalhos de limpeza, esmerilhado, torneado, retificado, soldagem, ou
outra operao onde se requer a proteo da vista.
Existem vrios tipos de culos.
Figura 82 Exemplo de culos de segurana.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI SC Consultado em: 17/10/2011
Geralmente a armao est constituda de plstico ou metal, permitindo a substituio do
vidro ou plstico transparente quando este se estraga. Os culos de proteo devem ser
de fcil colocao, resistentes e adaptveis configurao do rosto.
Existem tambm elementos de proteo em forma de mscara, que alm dos olhos
tambm protege o rosto; esta mascara deve ajustar-se cabea com firmeza para evitar
sua queda
Figura 83 Outro elemento de proteo.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI SC Consultado em: 17/10/2011
CONDIES DE USO
Limpar os culos antes de us-lo para obter melhor visibilidade;
Trocar seu elstico quando perder a elasticidade.
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CUIDADOS
Guardar os culos em seu estojo aps o uso; assim os proteger em caso de quedas
ou golpes;
Deve-se evitar por os culos em contato direto com peas quentes.
OBSERVAES
Em soldagem oxiacetilnicas utilizam-se culos de tonalidade verde cuja graduao
encontra-se numerada, sendo a mais utilizada a de n 6;
Em tratamento trmico devem-se usar culos com a tonalidade azul.
VESTIMENTA DE COURO
constituda por elementos confeccionados em couro, que so usados pelo soldador para
proteger-se do calor e das irradiaes produzidas pelo arco eltrico. composta por:
luvas, avental, casaca, mangas e polainas.
LUVAS
So de couro ou asbestos e sua forma vria conforme exemplos abaixo. As luvas de
asbesto justificam seu uso somente em trabalhos de grande temperatura.
Deve evitar-se segurar peas muito quentes com as luvas, devido ao calor porque elas se
deformam e perdem sua flexibilidade
Figura 84 Exemplos de luvas de proteo.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI SC Consultado em: 17/10/2011
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AVENTAL
de forma comum ou com protetor para pernas. usado para proteger a parte anterior do
corpo e as pernas at os joelhos
Figura 85 Exemplos de aventais de proteo.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI SC Consultado em: 17/10/2011
CASACA
Utiliza-se para proteger especialmente os braos e parte do peito. Seu uso freqente
quando se realizam soldagens em posio vertical, horizontal e sobre cabea.
Figura 86 Exemplo de casaca.
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI SC Consultado em: 17/10/2011
MANGAS
Esta vestimenta tem a finalidade de proteger somente os braos do soldador. Tem maior
uso em soldagens que se realizam em bancadas de trabalho e em posio horizontal.
Existe outro tipo de manga em forma de jaleco que cobre tambm parte do peito.
Figura 87 Exemplo de mangas
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI SC. Consultado em: 17/10/2011
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POLAINAS
Este elemento utilizado para proteger parte das pernas e os ps do soldador. As polainas
podem ser substitudas por botas altas e lisas com biqueiras de ao.
Figura 88 Exemplo de polainas
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI SC. Consultado em: 17/10/2011
CARACTERSTICAS
So confeccionados com couros cromados, flexveis, leves e curtidos com sais de chumbo
para impedir as radiaes do arco eltrico.
CONSERVAO
importante manter estes elementos em boas condies de uso, sem furos e rasgos, e
sua abotoadura em perfeito estado. Deve-se conserv-los limpos e secos, para assegurar
um bom isolamento eltrico.
PERIGOS ESPECFICOS DA OPERAO DE SOLDAGEM
So considerados perigosos os raios, a luminosidade, as altas temperaturas e os
respingos lanados durante a soldagem.
Figura 89 Luminosidade e respingos so considerados perigosos
Disponvel em: Banco de Recursos Didticos SENAI DN/SENAI SC. Consultado em: 17/10/2011
Dos raios emitidos os mais nocivos so o ultravioleta e o infravermelho.
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63
RAIO ULTRAVIOLETA
Provoca:
Queimaduras graves, com destruio das clulas e com isso a destruio prematura
da pele;
Ataque severo ao globo ocular podendo resultar em conjuntivite catarral,
lcera da crnea, etc.
RAIO INFRAVERMELHO
responsvel por danos como:
Queimaduras de 1 e 2 graus;
Catarata (doena dos olhos que escurece a viso);
Freqente dor de cabea; vista cansada.
RESPINGOS
So pequenas gotas de metal fundido que saltam no ato da soldagem, em todas as
direes. Podem estar entre 100 e 1700C e seu dimetro para chegar at 6 mm. So
responsveis por queimaduras no soldador e tambm por incndios, se carem sobre
material combustvel.
Observao:
Os riscos acima citados deixam de existir se o soldador se proteger com o EPI e trabalhar
em local que oferea condies seguras.
Pesquise outros EPI que no foram citados neste captulo
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64
CAPITULO XI
QUALIFICAO DE PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM E DE SOLDADORES
ESPECIFICAES DE PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM (EPS)
um documento no qual os valores permitidos esto registrados e devem ser adotados
pelo soldador ou operador de soldagem, durante a fabricao da junta soldada.
Este processo visa demonstrar que soldas adequadas possam ser obtidas atravs do
procedimento proposto, de acordo com os requisitos da norma ou estabelecidos em
contratos.
Variveis importante de um procedimento de soldagem e que devemconstarr em um EPS
so:
A composio, classe e espessura dos metais base;
Processo de soldagem;
Tipos de consumveis e suas caratersticas
Caracterstica da junta;
Posio de soldagem;
Temperatura de pr-aquecimento e entre passes, corrente, tenso e velocidade de
solodagem;
Nmero aproximado de passes e tcnica operatria.
PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM
Para que possa ser utilizada na produo uma EPS deve ser previamente testada e
qualificada. Para isto, amostras devem ser preparadas e soldadas.
Algumas normas apresentam procedimento de soldagem pr-qualificados cuja utilizao
dispensa a necessidade de sua qualificao.
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65
Como testes que pode ser requeridos pode-se citar:
Ensaio de trao;
Ensaio de impacto;
Ensaio de dureza;
Macrografia;
Ensaios no destrutivos
Teste de corroso.
PRINCIPAIS CDIGOS E ESPECIFICAES
ASME Boiler and Pressure Vessel Code
API STD 1104 Standard American Petroleum Intitute
AWS D1.1 Structural Welding Code
Os resultados dos testes devem ser colocados em Registros de Qualificao de
Procedimento (RQP), associado a uma EPS, servindo como um atestado de sua
adequao aos critrios estabelecidos.
Os originais do EPS e RQP devem permanecer guardados e cpias devem ser
encaminhadas para execuo. Durante a fabricao, os valores indicados na EPS devero
ser seguidos.
REGISTRO DE QUALIFICAO DE SOLDADORES
Para diversas aplicaes, o soldador deve demonstrar que possui habilidades necessrias
para executar diferentes servios. Para isso, ele dever soldar corpos de prova
especficos, sob condies preestabelecidas e baseada em uma EPS qualificada, que
sero examinados para se determinar sua integridade e confirmar a habilidade de quem o
soldou.
Como impossivel avaliar o soldador em todas as situaes possveis de serem
encontradas a produo, o exame de qualificao gerlamente engloba uma determinada
condio de soldagem e no uma situaa especfica.
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Segundo o cdigo ASME, as variveis que determinam a qualificaao de um soldador
so:
Processos de soldagem;
Posio de soldagem;
Classe do metal de base;
Classe do consumvel;
Espessurada junta;
Situao da raiz (presena de cobre junta).
A qualificao de um soldador ou de um operador para uma determinada condio de
soldagem no garante a este qualificaoo para qualquer situao e novas especificaes
podem ser necessrias numa nova situao.
A qualificao tem uma durao definida, podendo, em alguns casos, ser renovada, desde
que o soldador se mantenha trabalhando regularmente com o processo para qual foi
qualificado e no gere motivos para se duvidar da sua habilidade.
REGISTRO DE QUALIFICAO DE PROCEDIMENTOS E SOLDADORES
As qualificaes de procedimentos e soldadores fazem parte do sistema de garantia de
qualidade em soldagem. Dessa forma, trs etapas podem ser consideradas. So elas:
Controle antes da soldagem que abrange, por exemplo, a anlise do projeto,
credenciamento de fornecedores ou controle da recepo de material (metal de base e
consumveis), qualificao de procedimento e de soldadores, calibrao e manuteno de
equipamentos de soldagem e auxiliares.
Controle durante a soldagem que inclui o controle dos materiais utilizados, da
preprarao, montagem e ponteamento das juntas e daexecuo da soldagem.
Controle aps a soldagem pode ser realizado atravs de inspees no destrutivas e
deensaios destrutivos de componentes selecionados por amostragem ou de corpos de
prova soldados juntamente com a pea.
CLASSIFICAO, QUALIFICAO E CERTIFICAO
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Classificao tem por objetivo enquadrar o produto em uma determinada diviso
por grupos previstos em normas tcnicas, com base, normalmente, em sua
composio qumica e propriedades mecnicas. As vezes um mesmo produto pode
ser enquadro em mais de uma classificao.
Qualificao de consumveis ou de pessoal normamente envolve a realizao de
testes para averiguar que um produto ou profissional possui determinadas
qualidades ou atributos. No caso de consumveis, comum o usurio fazer testes
especficos para verificar a adequao de um produto ou uma determinada condio
de fabricao.
Certificao a emisso de um documento por uma entidade competente e
reconhecida, atestando uma determinada qualificao.
Deve-se observar que tanto a qualificao como a certificao de pessoal ede
produtos envolvem despezas, muitas vezes elevadas, e sua necessidade deve ser
bem avaliada, a fim de no encarecer desnecessariamente a fabricao por
soldagem.
A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) possui algumas
normas na rea de soldagem. Faa uma pesquisa sobre essas normas
para complementar seu estudo.
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REFERNCIAS
Smbolos de Solda. Disponvel em: . Banco de Recursos Didticos do
SENAI DN. Departamento SENAI/PE. Acesso em: 17/10/2011.
Tipos de Solda. Disponvel em: . Banco de Recursos Didticos do
SENAI DN. Departamento SENAI/PE. Acesso em: 17/10/2011.
Posio de Soldagem. Disponvel em: . Banco de Recursos Didticos
do SENAI DN. Departamento SENAI/PE. Acesso em: 17/10/2011.
Noes de Eletricidade Aplicada a Soldagem. Disponvel em: . Banco
de Recursos Didticos do SENAI DN. Departamento SENAI/PE. Acesso em: 17/10/2011.
Fontes de Energia para Soldagem. Disponvel em: . Banco de
Recursos Didticos do SENAI DN. Departamento SENAI/RJ. Acesso em: 17/10/2011.
Equipamentos e Ferramentas. Disponvel em: . Banco de Recursos
Didticos do SENAI DN. Departamento SENAI/SP. Acesso em: 17/10/2011.
Metais de Base e Consumveis. Disponvel em: . Banco de Recursos
Didticos do SENAI DN. Departamento SENAI/MG. Acesso em: 17/10/2011.
Soldabilidade do Ao. Disponvel em: . Banco de Recursos Didticos
do SENAI DN. Departamento SENAI/MG. Acesso em: 17/10/2011.
Interpretao de Desenhos. Disponvel em: . Banco de Recursos
Didticos do SENAI DN. Departamento SENAI/MG. Acesso em: 17/10/2011.
Segurana e Higiene no Processo de Soldagem. Disponvel em: .
Banco de Recursos Didticos do SENAI DN. Departamento SENAI/SC. Acesso em:
17/10/2011.
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Qualificao do processo de soldagem e soldadores. Disponvel em:
. Acesso em: 20/10/2011.
Tecnologia de Soldagem. Disponvel em: . Acesso em:
20/10/2011.