2ª sexta-feira de reflexão€¦ · pontos do “manifesto solidarista” alcançaremos a boa...

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PROGRAMA: até às 10h00, recepção e assina- tura da folha de participação, anotadas as presenças de Vera Lucia C. de Britto, José Teixeira Louzada, Paulo Roberto de Souza da Luz, Sérgio Boechat (VR), Manuel Martins Guedes, Patrícia dos Santos Fernandes, Francisco José Seghetto, Clemente Sebastião de Almeida Campos, Elizabeth Santos da Silveira, José Eduardo Valentim (NF), Imaculada Conceição Campos Valentim (NF). Sílvia Guédon (Pet), Marcus Antonio Curvelo da Silva (Pet), An- tonio Carlos Inácio de Souza (Jundiaí, SP), Paulo Henrique Paschoeto Cassimiro (NF), Lucia Arantes Guédon (Pet), Alcindo Gonçalves Cunha Jr (Uber- lândia, MG), Philippe Guédon (Pet) e Deivid Chibaia (Pet), em total de 19 sendo do Rio os Companheiros/ as não assinalados com origem distinta. Às 10h00 foram abertos os trabalhos, com leitura de poema de Dom Helder Câmara e entrega das bolsas contra recibos, no total de R$ 790,00. Marcus Curvelo deu as boas vindas, explicou que o tema de hoje seria o artigo 3º do Estatuto e os seis conceitos fundamen- tais do Solidarismo do Padre Fernando Bastos de Ávila, e que preferira fosse apresentado por Philippe Guédon, pela maior familiaridade com o tema desde as origens da fundação do PSN, antecessor do PHS. Philippe começou lembrando os seis conceitos: I – A PESSOA HUMANA, criada por Deus e considerada nas suas inalienáveis dignidade e liberdade, é a protagonista, o centro e o propósito de toda ação política; II – O DESTINO UNIVERSAL DOS BENS DA TERRA faz pesar sobre toda propriedade uma hi- poteca social; III – O BEM COMUM, crivo sob o qual devem ser avaliadas as mais diversas situações, é o conjunto das condições concretas que visam permitir a todos os membros de uma comunidade atingir condições de vida à altura da dignidade da pessoa humana, e constitui o sentido essencial do Estado; IV – A SUBSIDIARIEDADE, que manda delegar à instância mais próxima da base social todo o poder decisório que esteja em condições de exercer, é a chave da participação e assegura aos interessados o direito de manifestar-se a respeito das matérias que lhes digam respeito; V A PRIMA- ZIA DO TRABALHO (pessoas) SOBRE O CAPITAL (bens materiais) rege a organização da economia; VI – A SOLIDARIEDADE plena requer a presença de três fatores fundamentais: a Justiça (aliada à Legitimidade), a Liberdade, e o Amor fraterno, sem os quais não se assegurará eficácia e perenidade à organização social. A seguir, falou um pouco sobre o Solidarismo Comunitário. Lembrou que o Padre Ávila autorizou o PHS a reeditar o livro, o que ocorreu em 2.002. Quem tiver interesse, pode adquirir o livro no IPHS ou através de seu VP-FP por R$ 10,00. O Solidarismo, enquanto doutrina (doutrina é um ensinamento), é um esforço de sistematização da mensagem bíblico-cristã, centrada em torno da ca- tegoria da pessoa, ser racional, livre e social, sujeito de deveres e direitos, que tem direitos naturais (e não outorgas sociais) à vida digna, à educação, ao trabalho, à liberdade, à propriedade. Como sistema, é dominado pela categoria de comunidade como forma de associação da qual as pessoas participam como seres racionais livres, não pelo que têm mas pelo que são; o Solidarismo defere às Comunidades, e não aos indivíduos, nem ao Estado, a hegemonia dos processos social, político e econômico. Como ideologia (sistematização de idéias induzidas de um processo histórico concreto e dotado de eficácia operacional), propõe a solidariedade concreta, pela qual a promoção de um depende da promoção dos outros. Cada um supera os seus egoísmos para en- gajar os seus valores na promoção de todos. Vejam que a Comunidade é a formulação visível e o agente eficaz da solidariedade. Somente tendo claros esses pontos do “Manifesto Solidarista” alcançaremos a boa compreensão dos seis pontos que passamos a comentar. I – “A PESSOA, criada por Deus e considerada nas suas inalienáveis dignidade e liberdade, é a protagonista, o centro e o propósito de toda ação política”. Apresentação do tema: Partimos da DSC, que deduz das fontes cristãs as suas implicações sociais; se a pessoa tem para Deus uma tal impor- tância que Ele nos fez seus irmãos, é normal que a Igreja assuma esta pessoa como critério de sua Doutrina Social. A pessoa é um indivíduo racional, o que não se coaduna com nenhum totalitarismo.É moralmente bom tudo aquilo que é conforme à natureza da pessoa e ao seu desenvolvimento. Os fundamentos morais não evoluem (a violência e a mentirá são coisas más) mas as implicações sociais dos princípios morais evoluem. A pessoa realiza o seu destino transcendente, como quer que seja ele concebido, pela sua fidelidade à vocação terrena, pela sua presença no momento histórico. Cabe lembrar Dom Hélder Câmara, que fala dos “cristão pelas atitudes”, que é a vivência autêntica do se- gundo Mandamento: “amarás teu próximo como a ti mesmo”. A pessoa é sujeito de direitos naturais: à vida, à liberdade, ao trabalho e sua justa remune- ração, aos direitos de associação, de informação, de participação na vida política, de propriedade. Os “direitos humanos” da Revolução Francesa, da Declaração das Nações Unidas, de tantos debates recentes. Balizado o tema, passemos ao debate so- bre as aplicações práticas na vida do PHS: evolução da moral, direitos naturais, as diversas visões sobre direitos humanos, o papel da mulher na Sociedade, a “lei da palmada”, a transcendência das pessoas. “II – O DESTINO UNIVERSAL DOS BENS DA TERRA faz pesar sobre toda propriedade uma hipoteca social”. Apresentação do tema: Definição de propriedade: “é uma relação de prevalência so- bre a coisa” (De Lugo). A propriedade é um direito natural, anterior à constituição de qualquer Estado. Domínio sobre a coisa e de predomínio em relação às outras pessoas. Casos especiais de propriedade dos meios de produção e da apropriação do solo. As coisas foram feitas para as pessoas, não foram feitas para esta ou aquela pessoa. A lei natural reconhece ao indigente o direito de apoderar-se do pão de que necessita para mitigar a fome. Deve-se assegurar o acesso à propriedade; nenhuma pessoa é dona, mas mera administradora. A doutrina católica distingue os bens necessários à vida, os bens necessários à condição e os bens supérfluos. Debate sobre as aplicações práticas na vida do PHS: Reforma agrá- ria, MST, reservas de terras indígenas e quilombolas, bolsas de valores, dificuldades com formas diversas de propriedade como ações de propriedade dos trabalhadores, cooperativas. III – “O BEM COMUM, crivo sob o qual de- vem ser avaliadas as mais diversas situações, é o conjunto das condições concretas que visam permitir a todos os membros de uma comunidade atingir condições de vida à altura da dignidade da pessoa humana, e constitui o sentido essencial do Estado”. Apresentação do tema: o conjunto das circunstâncias concretas que permitem aos mem- bros da Comunidade atingirem um nível à altura da dignidade humana é um BEM. Ele é COMUM no sentido que dele têm o direito de participar todos os que lealmente contribuem para a sua realização. O bem-comum temporal é o conjunto das condições de ordem material, intelectual e moral, necessárias às aspirações das pessoas. O Estado é responsável por ele. Ele tem que intervir na economia, na educação, na ordem, na moralidade pública. O bem comum espiritual é responsabilidade das Igrejas e dos “cris- tãos por suas atitudes”. Debate sobre as aplicações práticas na vida do PHS: bem-comum temporal e bem-comum espiritual. O que será o nível à altura da dignidade humana. Ética e moral de cunho religioso e de ordem extra-religiosa Ficha limpa e corrupção. Competência para o exercício dos cargos públicos. Uso dos recursos públicos; orçamentos. IV – “A SUBSIDIARIEDADE, que manda delegar à instância mais próxima da base social 2ª Sexta-Feira de Reflexão IPHS – ATA DA 2ª SEXTA-FEIRA DE REFLEXÃO EM 20.08.2010

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Page 1: 2ª Sexta-Feira de Reflexão€¦ · pontos do “Manifesto Solidarista” alcançaremos a boa compreensão dos seis pontos que passamos a comentar. I – “A PESSOA, criada por

PROGRAMA: até às 10h00, recepção e assina-tura da folha de participação, anotadas as presenças de Vera Lucia C. de Britto, José Teixeira Louzada, Paulo Roberto de Souza da Luz, Sérgio Boechat (VR), Manuel Martins Guedes, Patrícia dos Santos Fernandes, Francisco José Seghetto, Clemente Sebastião de Almeida Campos, Elizabeth Santos da Silveira, José Eduardo Valentim (NF), Imaculada Conceição Campos Valentim (NF). Sílvia Guédon (Pet), Marcus Antonio Curvelo da Silva (Pet), An-tonio Carlos Inácio de Souza (Jundiaí, SP), Paulo Henrique Paschoeto Cassimiro (NF), Lucia Arantes Guédon (Pet), Alcindo Gonçalves Cunha Jr (Uber-lândia, MG), Philippe Guédon (Pet) e Deivid Chibaia (Pet), em total de 19 sendo do Rio os Companheiros/as não assinalados com origem distinta. Às 10h00 foram abertos os trabalhos, com leitura de poema de Dom Helder Câmara e entrega das bolsas contra recibos, no total de R$ 790,00. Marcus Curvelo deu as boas vindas, explicou que o tema de hoje seria o artigo 3º do Estatuto e os seis conceitos fundamen-tais do Solidarismo do Padre Fernando Bastos de Ávila, e que preferira fosse apresentado por Philippe Guédon, pela maior familiaridade com o tema desde as origens da fundação do PSN, antecessor do PHS. Philippe começou lembrando os seis conceitos: I – A PESSOA HUMANA, criada por Deus e considerada nas suas inalienáveis dignidade e liberdade, é a protagonista, o centro e o propósito de toda ação política; II – O DESTINO UNIVERSAL DOS BENS DA TERRA faz pesar sobre toda propriedade uma hi-poteca social; III – O BEM COMUM, crivo sob o qual devem ser avaliadas as mais diversas situações, é o conjunto das condições concretas que visam permitir a todos os membros de uma comunidade atingir condições de vida à altura da dignidade da pessoa humana, e constitui o sentido essencial do Estado; IV – A SUBSIDIARIEDADE, que manda delegar à instância mais próxima da base social todo o poder decisório que esteja em condições de exercer, é a chave da participação e assegura aos interessados o direito de manifestar-se a respeito das matérias que lhes digam respeito; V – A PRIMA-ZIA DO TRABALHO (pessoas) SOBRE O CAPITAL (bens materiais) rege a organização da economia; VI – A SOLIDARIEDADE plena requer a presença de três fatores fundamentais: a Justiça (aliada à Legitimidade), a Liberdade, e o Amor fraterno, sem os quais não se assegurará eficácia e perenidade à organização social. A seguir, falou um pouco sobre o Solidarismo Comunitário. Lembrou que o Padre Ávila autorizou o PHS a reeditar o livro, o que ocorreu em 2.002. Quem tiver interesse, pode adquirir o livro

no IPHS ou através de seu VP-FP por R$ 10,00. O Solidarismo, enquanto doutrina (doutrina é um ensinamento), é um esforço de sistematização da mensagem bíblico-cristã, centrada em torno da ca-tegoria da pessoa, ser racional, livre e social, sujeito de deveres e direitos, que tem direitos naturais (e não outorgas sociais) à vida digna, à educação, ao trabalho, à liberdade, à propriedade. Como sistema, é dominado pela categoria de comunidade como forma de associação da qual as pessoas participam como seres racionais livres, não pelo que têm mas pelo que são; o Solidarismo defere às Comunidades, e não aos indivíduos, nem ao Estado, a hegemonia dos processos social, político e econômico. Como ideologia (sistematização de idéias induzidas de um processo histórico concreto e dotado de eficácia operacional), propõe a solidariedade concreta, pela qual a promoção de um depende da promoção dos outros. Cada um supera os seus egoísmos para en-gajar os seus valores na promoção de todos. Vejam que a Comunidade é a formulação visível e o agente eficaz da solidariedade. Somente tendo claros esses pontos do “Manifesto Solidarista” alcançaremos a boa compreensão dos seis pontos que passamos a comentar.

I – “A PESSOA, criada por Deus e considerada nas suas inalienáveis dignidade e liberdade, é a protagonista, o centro e o propósito de toda ação política”. Apresentação do tema: Partimos da DSC, que deduz das fontes cristãs as suas implicações sociais; se a pessoa tem para Deus uma tal impor-tância que Ele nos fez seus irmãos, é normal que a Igreja assuma esta pessoa como critério de sua Doutrina Social. A pessoa é um indivíduo racional, o que não se coaduna com nenhum totalitarismo.É moralmente bom tudo aquilo que é conforme à natureza da pessoa e ao seu desenvolvimento. Os fundamentos morais não evoluem (a violência e a mentirá são coisas más) mas as implicações sociais dos princípios morais evoluem. A pessoa realiza o seu destino transcendente, como quer que seja ele concebido, pela sua fidelidade à vocação terrena, pela sua presença no momento histórico. Cabe lembrar Dom Hélder Câmara, que fala dos “cristão pelas atitudes”, que é a vivência autêntica do se-gundo Mandamento: “amarás teu próximo como a ti mesmo”. A pessoa é sujeito de direitos naturais: à vida, à liberdade, ao trabalho e sua justa remune-ração, aos direitos de associação, de informação, de participação na vida política, de propriedade. Os “direitos humanos” da Revolução Francesa, da Declaração das Nações Unidas, de tantos debates recentes. Balizado o tema, passemos ao debate so-

bre as aplicações práticas na vida do PHS: evolução da moral, direitos naturais, as diversas visões sobre direitos humanos, o papel da mulher na Sociedade, a “lei da palmada”, a transcendência das pessoas.

“II – O DESTINO UNIVERSAL DOS BENS DA TERRA faz pesar sobre toda propriedade uma hipoteca social”. Apresentação do tema: Definição de propriedade: “é uma relação de prevalência so-bre a coisa” (De Lugo). A propriedade é um direito natural, anterior à constituição de qualquer Estado. Domínio sobre a coisa e de predomínio em relação às outras pessoas. Casos especiais de propriedade dos meios de produção e da apropriação do solo. As coisas foram feitas para as pessoas, não foram feitas para esta ou aquela pessoa. A lei natural reconhece ao indigente o direito de apoderar-se do pão de que necessita para mitigar a fome. Deve-se assegurar o acesso à propriedade; nenhuma pessoa é dona, mas mera administradora. A doutrina católica distingue os bens necessários à vida, os bens necessários à condição e os bens supérfluos. Debate sobre as aplicações práticas na vida do PHS: Reforma agrá-ria, MST, reservas de terras indígenas e quilombolas, bolsas de valores, dificuldades com formas diversas de propriedade como ações de propriedade dos trabalhadores, cooperativas.

III – “O BEM COMUM, crivo sob o qual de-vem ser avaliadas as mais diversas situações, é o conjunto das condições concretas que visam permitir a todos os membros de uma comunidade atingir condições de vida à altura da dignidade da pessoa humana, e constitui o sentido essencial do Estado”. Apresentação do tema: o conjunto das circunstâncias concretas que permitem aos mem-bros da Comunidade atingirem um nível à altura da dignidade humana é um BEM. Ele é COMUM no sentido que dele têm o direito de participar todos os que lealmente contribuem para a sua realização. O bem-comum temporal é o conjunto das condições de ordem material, intelectual e moral, necessárias às aspirações das pessoas. O Estado é responsável por ele. Ele tem que intervir na economia, na educação, na ordem, na moralidade pública. O bem comum espiritual é responsabilidade das Igrejas e dos “cris-tãos por suas atitudes”. Debate sobre as aplicações práticas na vida do PHS: bem-comum temporal e bem-comum espiritual. O que será o nível à altura da dignidade humana. Ética e moral de cunho religioso e de ordem extra-religiosa Ficha limpa e corrupção. Competência para o exercício dos cargos públicos. Uso dos recursos públicos; orçamentos.

IV – “A SUBSIDIARIEDADE, que manda delegar à instância mais próxima da base social

2ª Sexta-Feira de ReflexãoIPHS – ATA DA 2ª SEXTA-FEIRA DE REFLEXÃO EM 20.08.2010

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02 PHS - Informativo Oficial do Partido Humanista da Solidariedade 15 de Setembro de 2010

INFORMATIVO PHS-31Órgão interno de informação oficial do Partido Humanista da Solidariedade

IPHS - Instituto de Pesquisas Humanistas e SolidaristasRua Visconde de Uruguai, nº 53 – Sala 108 – Valparaiso – Petrópolis – RJCEP: 25.655-111 – Tel./Fax: (24) 2243-2637 – E-mail: [email protected]

CNPJ: 00.078.601/0001-17 – Cadastro Municipal: 71728Banco: CEF Ag. 1651 Petrópolis – Op. 003 C/c: 00018690-0

Gerente Geral: Philippe GuedónPágina do Instituto: www.iphs.org.br

E-mail: [email protected] – Partido Humanista da Solidariedade

SDS bloco P nº 36 - Sala 408 - Edifício Venâncio III – Brasília – DF CEP: 70393-902 – Tel.: (61) 3321-3131 – Telefax: (61) 3224-0726

Página do Partido: www.phs.org.brE-mail: [email protected] e [email protected]

Editoração: Charles S. Santos - Tel.: (24) 2248-6671 / 8803-4491Impressão: Tribuna de Petrópolis

todo o poder decisório que esteja em condições de exercer, é a chave da participação e assegura aos interessados o direito de manifestar-se a respeito das matérias que lhes digam respeito”. Apresentação do tema: um dos segredos da força renovadora do Solidarismo Comunitário reside na existência de grupos intermediários entre a pessoa e o Estado, dotados de personalidade própria e sujeitos a deveres e direitos. Constituem muitas vezes, grupos naturais anteriores ao Es-tado Exemplo de grupos intermediários: família, comunidades locais, profissionais, de trabalho, grupos religiosos. O Estado deve reconhecer os seus direitos naturais, ajudá-los na realização de seus fins próprios e reconhecer em relação a eles o seu papel supletivo ou subsidiário. O Estado não deve pretender fazer o que essas comunidades reais podem fazer por si mesmos. O desconhe-cimento dessas comunidades leva ao Estado liberal individualista ou ao Estado totalitário. Em ambos os casos, as pessoas são esmagadas pela máquina estatal que elas mesmas criaram para seu bem comum...Debate sobre as aplicações práticas na vida do PHS: participação, LRF e Es-tatuto das Cidades, não cooptação, organização social, viabilizar o diálogo entre as pessoas e as comunidades e entre essas e o Estado. Quantas comunidades podemos imaginar em nossos Mu-nicípios? O papel da População e suas comunida-des na formulação das políticas públicas de médio e longo prazo (conceitos de administrador e dono). Às 13h15 foi feita uma pausa para um lanche.Às 14h15, recomeçaram os trabalhos.

V – “A PRIMAZIA DO TRABALHO (pessoas) SOBRE O CAPITAL (bens materiais) rege a or-ganização da economia”. Apresentação do tema, destacando que, como empresários ou quotistas/acionistas de algum empreendimento, costuma-mos viver sob a realidade contrária. Importância histórica do cooperativismo e sua presença sob os mais diversos regimes políticos, União Soviética, Israel, Europa, Canadá USA...Princípio do “one man, one vote” e repartição das sobras de acor-do com o trabalho aportado por cada cooperado.Debate sobre as aplicações práticas na vida do PHS. Aqui, mergulhamos na Economia Solidária. Falamos de redes de empreendedores individuais, de comércio justo, de micro-crédito, de EPCs, de cooperativas, de economia de comunhão, de co-gestão e de auto-gestão, de balanço social, até do funcionamento democrático de Bolsas de valores e de fundos de aplicação. Temos, entre nós, dois Companheiros que vivenciam o tema e que podem nos dar uma luz sobre eles, compatível com o tempo de que dispomos. Debate sobre as aplicações práticas na vida do PHS: Paulo Martins e Marcus Curvelo podem situar atividades práticas

do PHS no enorme campo, tão desguarnecido de “paladinos”.

VI – “A SOLIDARIEDADE plena requer a presença de três fatores fundamentais: a Justiça (aliada à Legitimidade), a Liberdade, e o Amor fra-terno, sem os quais não se assegurará eficácia e perenidade à organização social”. Apresentação do tema: As grandes escolas econômicas modernas nasceram junto com a Revolução Industrial. Fim do sistema de manufatura e artesanato, dos oficiais e mestres, da volta da França ou da Europa, nas sociedades de sua profissão, da disseminação da economia em inúmeros pequenos pólos, sem grandes concentrações. Nasce o Liberalismo, liberdade com menos Estado, o indivíduo superior às estruturas, a Justiça social pode ceder espaço à liberdade para alcançarmos um resultado melhor para todos. O Socialismo propõe, à vista dos ex-cessos, maior presença do Estado. Entre o forte e o fraco, é a Liberdade que oprime e o Estado deve intervir para assegurar a Justiça social A estrutura é mais importante que o indivíduo. DSC propõe o equilíbrio com a presença do amor fraterno, ou SO-LIDIARIEDADE como ideologia, sem a qual nada se construirá de sólido e perene. Debate sobre as aplicações práticas na vida do PHS: cuidados com os rótulos, identificação com o Solidarismo Comunitário, clareza de conceitos e de propostas (como a Eco Sol e a Participação). Qual de nossos mandatários tem clareza sobre a Solidariedade? Após as explanações, foram abertos, de manhã e à tarde, debates que assim foram anotados: LOU-ZADA: fala da importância da Formação Política e do conhecimento da Doutrina, Ideologia e Filosofia. SEGHETTO: Destaca a importância do Plano Dire-tor, Lei de Responsabilidade Fiscal e Estatuto das Cidades. TONINHO INÁCIO: Lembra a figura de D. Amauri Castanho, que faleceu em 2.004. Entende que a justificativa de mais um Partido reside no sonho comum de uma ferramenta embasada na Doutrina. PAULO LUZ: é normal que um partido po-lítico passe por altos e baixos, assim como é usual a tendência dos parlamentares se considerarem os donos do partido. Devemos pensar sobre a razão de termos poucos filiados, talvez por ser o nosso processo de filiação excessivamente burocratizado. Merece ser revisto.No interior do Partido, a informa-ção é sonegada, e sem informação não pode haver participação.Entendo que deve haver continuidade entre os Governos, mas cada um vem com idéias novas e abandona as anteriores. Devemos pensar se estamos sabendo apresentar o PHS à socieda-de. VERA: sinto falta de maior entusiasmo. Eu vivo o PHS com alma. Sempre falo de meu partido com entusiasmo. SÉRGIO: não temos tradição partidária no Brasil. Em verdade, não há partidos, há siglas. Muito menos há tradição de Formação Política. Nós

temos que insistir. Talvez não obrigando o filiado novo a fazer um Curso, mas convidando-o para assistir uma palestra e oferecer-lhe o Certificado ao final. Vamos também fazer um debate sobre o Estatuto das Cidades, outro sobre a LRF, depois a LOM... À medida em que formos caminhando, iremos atraindo os jovens. LOUZADA: Concorda. Fez o mesmo com “O Modo PHS de Governar” e funcionou bem. ELIZABETH: É difícil atrair as pes-soas para os partidos políticos. É na Municipal que o processo começa. O que trazem como contribui-ção os nossos representantes? Quem participa de reuniões na Câmara? Deveríamos debater temas em todas as oportunidades, inclusive nas Conven-ções. O que buscamos no PHS? Creio que uma boa definição seria: tomar atitude. ALCINDO: No processo político, vemos poucas caras novas. Não tem porque um cidadão acreditar que os partidos são diferentes entre si. É muito difícil falar sobre partidos nas ruas. Mas também podemos nos perguntar em que as instituições religiosas estão ajudando, em que a OAB, CREA, etc..., estão ajudando? Não é fácil mudar a mentalidade dos parlamentares; é mais fácil o partido se acomodar, como aconteceu com o PT. O PHS pode fazer a diferença. SEGHETTO: Não sou mais tesoureiro da Regional. Fiquei estarrecido ao ver que, nos gabinetes dos parlamentares, temos muitos asses-sores que não são do PHS; e há vereadores que nem conheço. PATRÍCIA: Muitas vezes, os filiados são usados pelos dirigentes, se tornam moeda de troca. É muito difícil, quando pedimos o voto de alguém, ouvirmos em resposta perguntarem o que temos a oferecer.Eu espero poder trazer algumas colegas para o PHS, e que elas se sintam bem no Partido e saiam à Prefeitas e Vereadoras em 2.012, identificadas com o PHS. MARCUS: Temos que constituir núcleos de resistência. O sistema político é profundamente injusto. Precisamos de reforma política e eleitoral, temos que mudar os raciocínios em torno dos quocientes eleitorais. Precisamos aprofundar a resistência no PHS e a partir do PHS. Precisamos nos preocupar com um Programa na-cional, debater as privatizações, a reforma agrária. Quem vamos apoiar para Presidente? O Partido tem que definir e passar essa orientação. Amorim (NF): Fala sobre seus mandatos de Vereador. Conseguiu três conquistas em favor da transparência. Foi Se-cretário de Planejamento, mas não o deixaram fazer Planejamento. IMACULADA CONCEIÇÃO (NF): Estou encantada com a reunião. Quero continuar uma caminhada partidária mas sem abrir mão dos rumos nem dos valores. Clemente: Eu saí do PHS e voltei. Deveria ter ficado e construído um núcleo de resistência. Eu sou movido pela paixão, quero participar dessa idéia do núcleo de resistência. Após as diversas colocações dos presentes, acima resumidas, confirmou-se a próxima reunião, 3ª Sexta Feira de Reflexão, dia 17 de setembro (a demora se dá em função da ida de Philippe à Teresina na semana precedente) para debate do tema “Estra-tégia para as eleições municipais de 2.012”, que terá lugar em VR, no horário habitual, com 4 vagas para VR, 4 para Petrópolis, 4 para São Paulo, 8 a 10 para o Rio de Janeiro. O detalhamento do tema, e talvez alguma alusão ao tema da rede, será acertado entre Sérgio, Coordenador da reunião, e Philippe. Procedeu-se à entrega dos Certificados, faltando os de Clemente, Alcindo e Imaculada Conceição, que serão remetidos pelo correio aos seus endereços. Foi lido, como invocação ao Senhor encerrando a reunião, um poema do livro “O Deserto é Fértil” de Dom Hélder, e a reunião foi declarada encerrada pontualmente às 16 horas.

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03PHS - Informativo Oficial do Partido Humanista da Solidariedade15 de Setembro de 2010

Pinga Fogo

Petrópolis, 13 de setembro de 2.010

Reunida em Petrópolis, no auditório do IPHS, a Comissão Executiva Nacional aprovou o tex-to a seguir, que passa a constituir a Diretriz nº 007/2.010, a ser publicada na página eletrônica do Partido e no Informativo PHS-31.

01 – Uma deliberação do E. Tribunal Superior Eleitoral, adotada em 29 de junho de 2.010, levou a Comissão Executiva Nacional a encaminhar à citada Corte Superior os pedidos de retirada das Candidaturas de Oscar Silva à Presidente da Re-pública e de Julio César Vianna a Vice Presidente da República, apresentados por ambos. Não nos restava, então, outra alternativa e todos os fatos ocorridos desde então, na campanha e fora dela, confirmaram o acerto da decisão, por dolorosa que tivesse sido.

02 – Um verdadeiro Partido Político considera que a abstenção e o voto nulo são posturas às quais só se deve recorrer em última instância. Um autêntico Partido Político, embasado em seus

conceitos doutrinários e no seu Projeto Histórico, existe para afirmar posições e não para retrair-se sob o manto do silêncio.

03 – Desde os tristes acontecimentos iniciados em 29 de junho de 2.010, a Comissão Executiva Nacional acompanhou com atenção as diversas Campanhas presidenciais e estudou o pensamen-to dos Candidatos e Candidatas, buscando lastro para a adoção de uma deliberação de livre apoio.

04 – Importa ressaltar que nossas reflexões foram conduzidas tendo por base documentos e declarações públicas, pois as Coordenações das principais Campanhas não deram guarida às nossas manifestações de interesse por con-tatos diretos. Como usam fazer as redações dos principais jornais, impressos, radiofônicos ou televisivos, procuramos o contato, sem lograr retorno. Constatamos, sem formular juízo de valor.

05 – Verificamos que nenhuma das Cam-panhas defende ideário próximo das XII Teses debatidas coletivamente pelas bases do PHS no Seminário de Caxambu/MG; também constata-

mos que nenhuma das Campanhas de maior res-paldo popular se norteia pelos mesmos princípios e valores que balizam nossos comportamentos no seio do Partido Humanista da Solidariedade. Acrescentamos que nos aflige a substituição de um verdadeiro e sólido sistema de Planejamento de médio e longo prazo por programas de parco conteúdo e bem maior preocupação com imedia-tista ressonância popular.

06 – Diante de tais evidências, o PHS decide manifestar o seu respeito pelos Candidatos e Candidatas à Presidência da República e não oferecer seu apoio ativo e sem contrapartida à nenhuma das Campanhas, por falta de mínima identidade essencial. Recomenda a Comissão Executiva aos Dirigentes, Mandatários e Filiados do PHS que escolham livre e conscientemente em quem votar. Sugerimos que considerem ser um segundo turno uma oportunidade derradeira e preciosa para que certos temas de máxima prioridade, como o do Planejamento, sejam objeto da atenção que não mereceram até aqui, para o bem do Povo brasileiro.

Diretriz CEN - Partido Humanista da Solidariedade: Comissão Executiva Nacional

1) Criaturas amargas resumiram assim a vida do PHS: um coloca um tijolo, outro coloca um segundo e o terceiro tira os dois para colocar o dele, com timbre como faziam as Legiões e os escravos coloniais. E a parede vai ficando mais mirradinha. Os medatários não tiram nem põem tijolo algum: erguem colunas em sua homenagem, com águias de asas abertas no topo. Esse é o PHS que estamos sabendo construir.

02) A redação do PINGA FOGO viajou para estância de águas e votou em qual candidato presidencial - com o atropelamento da candidatura Oscar, ai ai - deveria o PHS apoiar. Procedida a apuração, o voto foi aberto e lá estava o resul-tado: Marina Silva. 100% de apoio. O repórter do Informativo, que cobria o importante pleito, indagou o porque. As respostas foram lógicas: 1 - Dilma mente como respira; se vai ser nossa Presidente por quatro anos, por enquanto que dê um tempo; 2 - Serra é o mais incompetente candidato que nos foi dado aturar. Não acerta meia. Vamos ajudá-lo a ir para o segundo turno e perder com um mínimo de classe, mas vamos deixar-lhe claro que para ser ruim assim, o cara tem que ser muito preparado. 3 - Plínio de Arruda Sampaio, velho conhecido do PINGA-FOGO, é pessoa de imensas qualidades; mas defender o MST sem condições nem atenuantes, gerou o temor que nosso colega em senilidade estivesse um tanto à nossa frente. Com picaretagens à volta do Governo, com grana do Erário, o PINGA FOGO não quer papo. 5 - Os outros marcam posição ou garantem mais quatro anos de verbas do Fundo Partidário. 6 - Marina na cabeça, mesmo tendo que

aturar o PV na sombra da família Sarney.03) O desinteresse das Regionais por tudo

que diz respeito à Formação Política é uma grandeza. Mas o PINGA FOGO adverte (inveja do Temporão): não é a Formação Política que é chata, deve ser o cara que preparara os Cursos. E se montássemos um modelo mais moderno de apresentação? E a Redação vai propor que seja o tema da 4a Sexta Feira de Reflexão.

05) Ocês não sabem, mas as Sextas Feiras de Reflexão despertaram um interesse além da conta: é gente do Brasil todo querendo saber como faz para participar.

06) Um gaiato sugeriu o tema ideal para colo-car as Sextas Feiras nas paradas: “O mandatário, rei do pedaço”. A medicação necessária já estava na redação, foi só chamar o geriatra de plantão.

07) Uma pergunta que não quer calar: alguém lê o PINGA FOGO?

08) A sina do PHS é um cactus; é so espi-nho. Nós sabemos que o mapa da mina, em parte, passa pelos Movimentos de segmentos: Mulheres, jovens, professores, trabalhadores. Um primeiro Movimento saiu do limbo: o das Mulheres. E logo foi arrastado para o processo descrito no tema 01. O mundo feminino, em busca da completa igual-dade com seus colegas homens (nem repararam que já passaram os caras e estão lá na frente), adotaram o mesmo processo: duas constroem e dez implodem. Quem está com a esperança e a batata quente nas mãos é uma senhora chamada Nelita, por encargo da CEN. É bem possível que não consiga reverter o quadro, pois onde uma não quer, duas não se cumprimentam . Mas se Nelita

souber galvanizar as mulheres, saiam da frente de 2012. Podem me cobrar, se eu não passar antes no vestibular para Anjo.

09) O que tem de gente boa no PHS que os dirigentes ainda não identificaram, é uma coisa impactante. Gente sem peias, compromissos, gente afinada com o verdadeiro PHS, gente que até assinaria o INFORMATIVO se soubesse que existe, gente que faria Formação se não lhe fosse sonegada. O PNGA FOGO reconhece uma certa exasperação com mandatários e dirigentes: os primeiros só pensam nas suas carreira e os se-gundos em tornarem-se Presidentes Sol, Luíses XIV redivivos.

10) Se a CEN resolver distribuir títulos de nobreza: Barão de tal Estado ou Duque do DF, com direito a cetro e manto de pelo de marta, vai ter fila para ganhar. Rifa de coroa vai vender que nem pão quente às 18h00.

11) O PINGA FOGO, é sabido, é mau como pica-pau. Aí vem a pergunta valendo oitocentos pontos e uma estadia de três dias em Gramacho/RJ, com direito à hospedagem na Cooperativa: o que diabo é a Economia Solidária/

12) Cara, diriam meus netos, a parada é essa aí e é sinistra: alguém está usando o INFÔ, os sites, Luiz Fernando em Brasília, Paulo Martins e Marcus Curvelo em Petrópolis , Sérgio Boechat e Goivani Miguez em VR, alguém lê os blogs do pessoal do PMP?

13) Vamos reformular a pergunta: alguém está aí? Os nem aí, a gente já conhece às mampas. Os aí, ou inexistem ou estão mudos e impedidos de gritar. “Jesus Cristo, eu estou aqui!!”

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04 PHS - Informativo Oficial do Partido Humanista da Solidariedade 15 de Setembro de 201014) A julgar pela campanha dos candidatos do

RJ junto às Municipais do Interior, a ALERJ e a Câ-mara vão ter um monte de parlamentares do PHS eleitos pelas Capitais. Em Petrópolis/RJ bateu UM santinho (da Patrícia, Federal) e Zé fini.. Os nossos Deputados em mandato, que vieram UMA vez aqui cada um, preferiram passar ao largo e nem uma cartinha para a Municipal mandaram. O PINGA FOGO, cônscio que vai desagradar, per-gunta: o que a Municipal de Petrópolis tem a ver com esses senhores?

15) Essa nota é para Julio César, da Paraíba: CANDEREN 2.010: QUE PARTO! Inclusive na PB. Quem cuida do IPHS deve ser, antes de tudo, um porre, para ficar cobrando o acordado. As receitas do CANDEREN financiam tudo e mais algo em 9 entre 10 regionais. O IPHS é informado na véspera do dia de São Nunca.

16) Os demais Cursos, gratuitos em 2.010,

em época de campanha, são escanteados. É compreensível: Campanhas são MUITO MAIS importantes do que Formação. Pera aí...SÃO?

17) Felix Rivera, nuestro gran Felix Rivera, continua na sua luta solitária (e solidãria) pela Democracia Cristã nas Américas e sempre fala com carinho do PHS. Obrigado, Der Alte! Você fica sendo o Paladino do Solidarismo nas Américas, e o PINGA FOGO topa ser Sancho Pança.

18) E vai aqui uma idéia: por que não cria o Partido a medalha Padre Fernando Bastos de Ávila, com a autorizaçãao do venerando Sacerdote? Seria atribuída cada ano a quem tivesse amado, em atos e palavras, sentimentos e paixões, o SOLIDARISMO. A fita da medalha teria as três cores de nossa bandeira, e a me-dalha seria bolada pela CEN. Um Conselho de Atribuição se reuniria anualmente. A CEN, claro,

com referendo da Convenção Nacional. Sugiro, como primeiro candidato, ao Frei Luiz Maria Sar-tori, outro paladino esquecido. E a José Jesus Plana, o JJ (rrrróta rrrróta), professor da DC das Américas. Quem não cultua seu passado não merecer ter um futuro.

19) E os nosso Prefeitos, hein? Do ponto de vista do PHS, os 14 ainda não lograram valer UM. Se todos deixassem o PHS hoje, só perceberí-amos a sua saída dentro de uns cinco anos... O PINGA FOGO é duro? É não, ainda deixa barato. Para o PINGA DFOGO que vê nos Prefeitos man-datários de porte não menor que os Deputados federais, esse descaso é a maior dentre todas as mágoas.

20) Cá entre nós: o PHS é uma dor de cabeça permanente, né? Mas é um milhão de vezes me-lhor do que está por aí, PT, PMDB e PSDB, mais coadjuvantes, à testa.

O Brasil tem hoje 135.804.433 eleitores. Os números do eleitorado brasileiro apresentaram uma alta de 7,8,% em relação às últimas eleições gerais de 2006, quando foram registrados um pouco mais de 125 milhões de votantes.

As mulheres compõem a maioria, com 51, 8% do eleitorado, os homens representam 48% e ,2% não tem o sexo declarado no TSE. O Estado de São Paulo continua sendo o maior colégio eleitoral do país, com 23, 3% dos eleitores; seguidos por Minas Gerais, com 10, 6%; Rio de Janeiro com 8,5% e Bahia, com 7%.

O levantamento do TSE identificou também a queda de registro de jovens entre 16 e 17 anos que podem votar, são 2,391 milhões, em 2010. Em 2008, eram 2,923 milhões e já em 2006, tota-lizavam 2,536 milhões.

A faixa etária com maior número de votantes é daqueles com 25 a 34 anos, com 24,1%. Depois estão os que 45 a 59 anos, com 22,6% e os de 35 a 44 anos, com 19,7%.

Os eleitores aptos a votar que moram no exte-rior representam 0,148%, somando 200.392. Dos quais, a maioria é do sexo feminino (60,39%) em comparação com o masculino (39,6%).

METAS PARA A CÂMARA DOS DEPUTA-DOS EM 2.010

A CEN quer propor um quadro de metas para o Brasil e cada Regional, levando o máximo possível de fatores em conta.

O PHS não acredita em trabalho não pla-nejado, em improvisos, em frases de efeito. Os resultados nascem da clareza sobre a situação: onde estamos ao iniciar o esforço, o que ocorreu no passado, quais são as circunstâncias que vão marcar a próxima etapa, o que podemos razoa-velmente esperar de um esforço consistente e coordenado, e como podemos obter a indispen-sável adesão de cada vontade e cada talento do PHS. Sem o apoio de todos, nunca alcançaremos os cimos que estão ao nosso alcance.

Nesta hora, vemos como é importante o es-

O PHS e as Perspectivas Eleitoraisforço de cada um. Não se trata de um esforço de dirigentes, ou de mandatários, ou de candidatos somente. Mas de cada militante, de cada filiado, de cada simpatizante.

O primeiro dado a considerar é o quadro do efetivo eleitorado. Em 1.998, os votos váli-dos foram 61.436.037; em 2.002, alcançaram 87.474.543. Em 2.006, totalizaram 93.799.909. Se quiserem traduzir em índices, temos 100 em 1.998, 142 em 2.002 e 153 em 2.006. A média anual de crescimento dos votos válidos para Depu-tado Federal no período foi de espantosos 6,62%. Propomos admitirmos um crescimento mais con-servador, reduzido pela metade: 3, 31% ao ano. O que nos levaria a um total de votos válidos em 2.010 de 104.421.810 votos. A pretensão do PHS é alcançar 1,7% desse total. Não usamos como parâmetro os 5% da antiga cláusula de barreira, não sonhamos acima do que acreditamos poder pretender: um inteiro e sete décimos por cen-to. Em termos de votos, esse patamar razoável conduzirá a 1.775.170 votos.

VEJA TABELA AO LADO:

Como distribuiremos essa meta geral pelas Regionais?

Partimos da votação obtida por cada UF em 2.006 e adotamos as seguintes “correções” (acu-muláveis onde for o caso):

1) Às Unidades que contam com Deputados Federais, foi atribuído um coeficiente suplementar de 10%

2) Às Unidades que contam com Deputados Estaduais, foi atribuído um coeficiente suplemen-tar de 8% a cada um

3) Às Unidades que contarem com Prefeito ou Prefeitos, foi atribuído um coeficiente suplementar de 8%;

4) Às Unidades que contam com Vice Prefei-to ou Vice-Prefeitos, foi atribuído um coeficiente suplementar de 5%

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05PHS - Informativo Oficial do Partido Humanista da Solidariedade15 de Setembro de 20104) Às Unidades que contam com Vereadores

na Capital, foi atribuído um coeficiente suple-mentar de 5% a cada um

5) Às Unidades que contam com Vereadores no Interior, foi atribuído um coeficiente suple-mentar de 1% a cada um.

DADOS HISTÓRICOS DO DESEMPENHO PARTIDÁRIO

Olhemos a evolução dos resultados alcan-çados em 1.998, 2.002 e 2.006, as três eleições gerais das quais o PSN/PHS participou. Nossa primeira campanha, foi em 1.998, um ano após a obtenção do registro definitivo do PSN (março de 1.997). Alcançamos 136.834 votos, 0,22% do total, e não elegemos nenhum Deputado para a Câmara.

Quatro anos depois, em 2.002, pulamos para 294.928 votos. Estávamos em 0,34% do total, e não elegemos ninguém. Já em 2.006, o PHS alcançou 435.019 votos, e foi bater em 0,46% dos votos. Elegemos dois Deputados Federais, Miguel Martini em Minas Gerais e Felipe Bornier no Rio de Janeiro.

Notem que esse animador resultado de 2.006 foi obtido graças à superação dos fracos desem-

penhos de alguns Estados. O Acre e o Amapá não contribuíram com um único votinho; Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe, São Paulo e Tocantins, ficaram abaixo da metade do patamar alcançado, algo assim logo abaixo de 0,25%. Doze Regionais sobre 27, não alcançaram a metade do desempenho médio... Havia razões para tal, mas a maior parte delas foi enfrentada e equacionada desde então; apenas a título de exemplo, alguém acha que a Bahia do Presidente Miguel Rehem, agora contando com a presença do Deputado Federal Uldurico Pinto vai repetir o resultado dos 0,15% dos votos? Alguém acredita que São Paulo, nos-sa esplêndida Regional que atravessou tantas tormentas, deixará de aproveitar dez meses de paz para levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima, depois da última crise vivida (e vencida)? A CEN tem a mais absoluta certeza que os 0,151% de 2.006, graças aos esforços de toda essa Equipe maravilhosa, vão multiplicar-se diversas vezes.

Em contrapartida, e para que tenhamos um parâmetro sobre as reais possibilidades do PHS quando liberto de entraves, vale a pena destacar

o fato que algumas Regionais passaram bem do patamar de 1%: AM, com 1,368%; MG, com 1,113%; Rio, com 1,144% e RR com 1,178%. Reparem que Rio e Minas, duas entre as três maiores Regionais, superaram a casa do 1%, apontando para a nossa real possibilidade de alcançar bem mais do dobro de votos que con-seguimos em 2.006. Contamos com três Depu-tados Federais, o que jamais aconteceu antes no Partido. O PHS atravessa fase de trabalho fecundo e tranqüilo, sem qualquer dessas ma-rolas que tanto mal nos acarretou nas eleições anteriores.

Não nos iludamos: o Sistema Capitalista só se ocupa da Habitação Popular quando vislumbra possibilidades de endividar consumidores emer-gentes e auferir lucros. Da mesma forma, gover-nos populistas procuram obter votos com progra-mas habitacionais nem sempre bem intencionados ou controlados, para permitir o “apadrinhamento”.

Entretanto e felizmente, existem governos com visão humanista e vontade política guiada pela ética. Nessas condições a Habitação Popular representa uma ótima ferramenta para a melhoria da qualidade de vida da parcela mais pobre da população. Os programas habitacionais concebi-dos sob essa ótica devem ser abrangentes, não se limitando à edificação, mas objetivando tam-bém: a criação de emprego e renda; a dotação de saneamento básico; a proximidade de comércio e serviços públicos e privados; a facilidade de transporte público de qualidade.

A história do Brasil mostra vários programas habitacionais promovidos por órgãos governa-mentais ou corporativos, abrangendo desde as senzalas aos nossos dias, em que o programa “Minha Casa Minha Vida” é a vedete.

Na promoção e administração de programas

habitacionais de qualidade, alguns aspectos de-vem ser observados:

- A seleção dos mutuários – deve ser bem estruturada, de modo a evitar falsidades, fraudes e injustiças, bem como a desagregação de grupos familiares ou de apoio relacional;

- O tipo de solução jurídica e econômica – nem sempre a aquisição da casa própria e nova é a solução mais adequada, pois dependendo das condições locais, o aluguel, a reforma, o lote urbanizado, a regularização fundiária, o mutirão, podem atender melhor e evitar a prisão a um plano de longo prazo e a inadimplência;

- O projeto arquitetônico – a redução de medidas não é a única forma de viabilizar economicamente um projeto dessa natureza; a “dignidade espacial” deve ser protegida, assim como a repetição massiva da solução arquitetônica deve ser evitada; a verticali-zação, a vila, são soluções que podem ser adotadas como alternativa às casas ou blocos “iguaiszinhos”;

- O método construtivo – a escolha deve levar em consideração o pós-uso, as ampliações e reformas, o conforto térmico, a cultura local, os materiais disponíveis no mercado, etc.;

- As atividades correlatas – um bom programa

habitacional deve aproveitar o potencial de cria-ção de empregos e de aumento de renda, assim como a possibilidade de formar ou aperfeiçoar mão de obra;

- O atendimento pós-uso – a formação de asso-ciação de moradores, as soluções construtivas para ampliação do imóvel, a manutenção predial, o combate ao desperdício, etc., merecem assistência social, jurídi-ca, administrativa e construtiva, evitando a deterioração precoce dos imóveis e a dissensão social.

- A criação de uma Central de Materiais de Construção – medida interessante constitui ótimo apoio a programas que incluam a autoconstrução, permitindo o armazenamento organizado, o reparo e a reciclagem de materiais de construção, recebi-dos por doação ou adquiridos por cooperativa de mutuários. É, também, uma forma de criar alguns empregos no próprio grupo.

Essas e outras medidas simples podem fazer a diferença e transformar um programa, tratado em geral como evento construtivo e eleitoreiro, em instrumento de cidadania e promoção social.

Luiz Antonio Alves de SouzaAssessor do IPHS/FUNSOL.

Habitação Popular

Um ArtigoUma cidade é produto do jogo permanente de

interesses e da composição de poder dos grupos que a compõe. Empresários, profissionais liberais, investidores, entidades religiosas, assalariados e

patrões, pobres e ricos, crianças, jovens, idosos - enfim, todos - têm desejos próprios e em geral conflitantes. Cabe à Prefeitura administrar as de-mandas e à Câmara, a defesa dos grupos.

Se todos os interesses e interessados fossem respeitados e resolvidos sem prejuízo das partes envolvidas, a Cidade seria justa e democrática. Sabemos que não é assim, mas o esforço para

minimizar os danos é o exercício do Governo Democrático e depende da “Vontade Política”.

Uma utopia, diriam muitos. Um objetivo, dirão os mandatários do PHS. Sim, o “Modo PHS de Governar” não trata de outra coisa.

O PHS dirige poucos e pequenos municípios, mas a ação planejada, participativa e integrada pode fazer a diferença.

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06 PHS - Informativo Oficial do Partido Humanista da Solidariedade 15 de Setembro de 2010

José Roberto de ToledoO Estado de S.Paulo

Em se tratando de dinheiro, a desigual-dade entre os candidatos nas eleições de 2010 é maior do que na população brasileira. Muito maior. O patrimônio do 1% mais rico dos que disputam um cargo este ano chega a 61% do valor total declarado por todos os candidatos. Sim, 1% fica com 61% da grana. Em va lo res , a concen t ração pa t r imo-nial é a inda mais gr i tante: 129 pesso-as detêm R$ 8 ,858 b i lhões em bens. Já os 40% mais “pobres” ficam com apenas 1,6% da soma dos bens de todos os concorrentes. Em números absolutos: os 5.161 que formam a base da pirâmide patrimonial dos candidatos declara-ram ter, em conjunto, R$ 232 milhões, o que dá uma média inferior a R$ 45 mil por cabeça.

Para piorar, só entrou nessa conta quem declarou bens à Justiça eleitoral até 23 de julho. E 40% dos candidatos não o fizeram, seja porque não têm nada a declarar, seja porque omitiram essa informação.

Mais candidatos devem declarar bens aos tribu-nais eleitorais nos próximos dias e semanas. Não há limite de prazo para eles encaminharem aden-dos a suas fichas de candidatos. Ainda tem gente pedindo mudança na ficha de quatro anos atrás. Como se sabe, o Brasil é dos países com pior distribuição de renda no planeta. Mas, em compa-ração à desigualdade entre concorrentes ao pleito de 2010, o Brasil fica parecendo uma Noruega.

No conjunto da população, os 40% mais po-bres ficam com 12% da renda, enquanto o 1% mais rico fica com 13% dos rendimentos nacionais. No patrimônio dos candidatos, essa proporção é muito pior: os 40% da parte de baixo ficam com

1,6% dos bens; enquanto o 1% da cobertura abo-canha 61% do patrimônio.

Embora renda (uma medida de fluxo) e pa-trimônio (uma medida de estoque) sejam coisas diferentes, o único jeito de comparar a distribuição da riqueza entre candidatos e a população é esse. Não há dados de renda dos candidatos, nem da-dos de patrimônio da população.

Há algumas hipóteses para explicar uma dis-paridade tão absurda. A principal delas diz respeito à qualidade das informações prestadas pelos candidatos à Justiça eleitoral. Há de tudo. Desde os aplicados que mandam uma cópia de sua declaração de bens à Receita Federal até os que não declaram nada, ou bens com valores irrisórios. Entre os 60% que declaram alguma coisa, há quem apresente relações detalhadas, que incluem caras casas, carros, fazendas, apartamentos e até os valor de suas carteiras de ações e obras de arte. Na outra ponta há quem declare possuir casas, sítios, carros e terrenos avaliados em R$ 0,01. E não são poucos.

O problema é que não há histórico de sanção aplicada pela Justiça Eleitoral a candidatos que declaram bens por valores incompatíveis com a realidade. Sem punição, cada um escreve o que sua consciência manda. O valor da consciência dos candidatos parece oscilar tanto quanto seus patrimônios declarados.

O resultado dessa falta de regulamentação é que uma base que já seria naturalmente desigual, como a de bens, fique ainda mais mal distribuída.

Por outro lado, há uma diferença real entre o nível econômico dos candidatos. Na ponta da pirâmide estão alguns dos maiores empresários do País, grandes proprietários de terras, acionistas majoritários de grandes corporações. Na parte de

baixo há empregados domésticos, ambulantes, pequenos agricultores.

Mesmo que distorcido pela baixa represen-tação feminina, pela imprecisão das declarações de bens, o conjunto de fichas dos mais de 21 mil candidatos (o número exato varia diariamente) forma um retrato do País. Uma fotografia inclusive das omissões de sua legislação.

Sendo assim, não é de espantar que a desi-gualdade seja o que mais chama a atenção. Essa disparidade é sintetizada em uma proporção. O patrimônio declarado dos 129 candidatos mais ricos, o 1% do topo da pirâmide, é 38 vezes maior do que o total de bens dos 5.161 candidatos que formam os 40% mais pobres.

Escolaridade. Na média, 47% dos candi-datos às eleições de 2010 têm nível superior completo. Ou ao menos declaram ter. Porém há uma grande diferença entre o grau de es-colaridade dos candidatos dos vários partidos. As siglas com maior porcentual de detento-res de diploma universitário são PSDB (63%), PT (61%) e PSTU (60%). Na ponta oposta estão os candidatos do PTC e PHS, ambas com 33% de candidatos com nível superior. Na média geral, só 11% dos concorrentes decla-ram não ter ido além do ensino fundamental (isso inclui analfabetos, quem só lê e escreve, e com ensino fundamental completo ou não).

Esse índice varia de partido para partido. De 4% entre os candidatos do PSTU até 20% entre os do PRP. Nos grandes partidos, os can-didatos com escolaridade mais baixa são 10% no DEM, 8% no PMDB e no PT e 7% no PSDB. É JORNALISTA ESPECIALIZADO EM ESTATÍS-TICAS

Marcus Curvelo

Mais Desigual que o País

Permitam que lhes pergunte, caros amigos que não conheço: vocês estão participando do processo vital de seu Município?

Vejam: vocês devem ter lido a sua Lei de Diretrizes Orçamentárias no Diário Oficial de seu Município. Tinha que ser votada e devolvida ao Executivo até o final da primeira parte da sessão legislativa do ano, algo como 15 de julho. Pois, agora, certamente foi publicada.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias, LDO para os íntimos, vai balizar a montagem do Orçamento para 2.011, que o Executivo deverá remeter para a Câmara até o final deste mês; alguns Municípios prorrogaram o prazo até final de setembro. Não é o que diz a Constituição, mas se colar, colou. E, em geral, cola.

Olhem, o Orçamento Municipal é peça da maior importância. Deve levar em conta não só a LDO, como também o Plano Plurianual, que cobre de 2.010 a 2.013, ou seja, desde o segundo

ano do atual mandato até o primeiro do próximo (para evitar hiato). E o PPA, apelido do Plano Plurianual, deve seguir o que determina o Plano Diretor urbano, em verdade o único instrumento de planejamento a médio prazo de que dispõem os municípios e que deve cobrir todo o território mu-nicipal e todos os setores onde atua a Prefeitura.

A Sociedade precisa ter clareza: o Mandatário, eleito para o Executivo ou para o Legislativo, é um Administrador cujo horizonte não ultrapassa um quadriênio. Ora, as políticas públicas demandam bem mais de uma década para serem implemen-tadas; assim, fica evidenciado que não cabe ao Administrador definir as políticas públicas, mas sim à população, através dos mecanismos descritos no Estatuto das Cidades (Lei Federal 10.257/01).

Nunca foi tão fácil participar. Mas esse direito tem que ser exercido a partir da vontade e da iniciativa da População.

O que, infelizmente, raramente é o caso.

Vocês estão participando? AGU defende mais tempo para partidos maiores

PHS diz que divisão do tempo de propa-ganda fere princípio de igualdade. Para AGU, partidos políticos devem ser tratados de acor-do com tamanho

A Advocacia-Geral da União (AGU) encami-nhou nesta sexta-feira (27) documento ao Su-premo Tribunal Federal (STF) em que defende a distribuição de tempo no horário eleitoral gratuito aos partidos políticos, com base na representação das siglas na Câmara dos Deputados. Esse é o critério adotado atualmente.

A manifestação foi feita em resposta à ação protocolada no STF pelo Partido Humanista da Soli-dariedade (PHS). A legenda questiona o artigo da Lei das Eleições, segundo o qual dois terços do horário eleitoral deve ser distribuído proporcionalmente ao

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ESPAÇO ECONOMIA SOLIDÁRIA

07PHS - Informativo Oficial do Partido Humanista da Solidariedade15 de Setembro de 2010número de deputados federais que cada partido elegeu na última eleição.

Para o PHS, essa forma de di-visão do tempo contraria o princípio de igualdade, previsto na Constitui-ção Federal, porque exclui legendas sem representação na Câmara. A ação não tem data para ser analisa-da pelo plenário do Supremo.

Segundo a AGU, o critério atual não fere os princípios constitucionais. “Par-tidos políticos e coligações partidárias devem ser tratados desigualmente, na medida das suas desigualdades, ou seja, do tamanho de sua representação política”, afirmou a AGU no documento encaminhado ao STF.

G1

Quadro PHS para as Eleições 2010

Economia com Solidariedade ou seja: “Ninguém de fora”.

Ao nos depararmos com um modelo econômico que pro-move a reprodução da vida calcada numa lógica que acima de qualquer outra intenção, busca sempre a acumulação de riqueza em favor do capital, a competição, o ganho a todo

o custo, isentando-se de iniciativa que promova a distribuição justa, negando muitas vezes a existência de valores éticos universais, principalmente aque-les que estendem a todos os habitantes do planeta o direito à vida como um bem supremo, temos a tendência a considerar utópico qualquer tentativa de se buscar alguma alternativa.

Pensar em uma forma diferente, pensar, por exemplo, num sistema econô-mico onde a solidariedade, a propriedade coletiva dos meios de produção, a repartição justa das riquezas, a democracia e o compromisso com a natureza, pudessem caminhar juntas e unidas num mesmo ideal não cabe no formato de organização social ora vigente em nosso mundo.

Especialmente num país como o nosso que nunca conheceu, por exemplo,

índices de assalariamento justos e abrangentes a toda classe trabalhadora, a exemplo de outras economias e nem vivenciou de fato o que é experimentar uma rede social típica do Estado do Bem Estar Social, o desenvolvimento capitalista se apresenta como bom para um número limitado de pessoas, pois gera bem-estar, melhorias, mas sempre exclui um contingente enorme da população, representado pela força de trabalho que não é aproveitada.

Entretanto, temos que parar para pensar nesse contingente de pessoas. Indagando como é a situação de milhões de pessoas que vivem do trabalho realizado de forma individual ou familiar. Para esses trabalhadores, classifica-dos como “informais” e excluídos do sistema, representando entre nós cerca de 42 milhões de pessoas, o trabalho assalariado ofertado pelo emprego formal, nunca foi uma perspectiva realista e pelo andar da carruagem está ficando muito mais remota qualquer possibilidade de vir a ser.

Existe nesse grupo de trabalhadores apenas algo que os torna visíveis, a precariedade: pois o trabalho é precário, a moradia é precária, a saúde é precária, o consumo é precário. . . Enfim a vida é precária.

Se nos limitarmos a essa precariedade, vamos então perceber a neces-sidade de uma forma de organização social voltada a outro patamar. Que acima de tudo promova a inclusão e a distribuição da riqueza de forma justa e igualitária. Uma forma de organização que nunca permita que “alguém fique de fora”.

Essa forma de organização só poderá funcionar se nela estiver incorporada a iniciativa da solidariedade. Mas não uma solidariedade voltada para a ajuda aos necessitados e sim aquela simbolizada por “mãos que se unem e juntas vão a busca do bem comum”, capaz de imbuída de valores éticos universais, privilegiar a igualdade, promovendo o bem estar de todos e garantindo a vida como o bem supremo e universal.

Assentada nessa forma solidária de ação vamos então a busca de uma forma de relações de produção que garanta a todos, não deixando ninguém de fora, a reprodução da vida de forma plena, eliminando as precariedades. E quando os homens mudam as suas formas de produção, mudam também de maneira consistente a sua forma de organização social, ou seja: mudança na relação de produção significa mudança na sociedade. Assim temos a Eco-nomia Solidária apresentando os instrumentos necessários para uma radical transformação na vida do trabalhador, em especial daquele excluído pelo sistema econômico vigente, já que coloca em suas mãos a possibilidade da condução do seu destino, oportunizando gerir, junto com seus semelhantes as suas vidas, produtiva e social. Não podemos nunca individualizar a Economia Solidária, pois os seus fundamentos estão justamente no trabalho coletivo, na autogestão e na equidade quando da distribuição dos resultados.

Evidente que essa forma de produção necessária a reprodução da vida está disponível a todos, mas é nas camadas populares da sociedade, jus-tamente onde é mais visível a desigualdade e a falta de oportunidades, que sua ação deve se consolidar, pois ali o sistema econômico vigente interfere sempre do sentido de ampliar essa desigualdade. Por isso podemos entender como sinônimos, denominações como: economia popular e solidária ou so-cioeconômica solidária, figurando como recorrente a designação: Economia dos Setores Populares e que deve estar presente e atuando sempre junto aos movimentos que organizam empreendimentos econômicos populares e solidários.

Segundo o FBES (Fórum Brasileiro de Economia Solidária), por empre-endimentos econômicos solidários, devemos entender as organizações com as seguintes características:

Coletivas (organizações suprafamiliares, singulares e complexas, tais como associações, cooperativas, empresas autogestionárias, clubes de troca, redes, grupos produtivos, etc.);

Seus participantes, ou sócias/os são trabalhadores do meio urbano e/ou rural que exercem coletivamente a gestão das atividades, assim como a alocação dos resultados;

São organizações permanentes, incluindo os empreendimentos que estão em funcionamento e os que estão em processo de implantação, com o grupo de participação constituído e as atividades econômicas definidas;

Podem ter ou não registro legal, prevalecendo a existência real;Realizam atividades econômicas que podem ser de produção de bens,

prestação de serviços, de crédito (ou seja, de finanças solidárias), de comer-cialização e de consumo solidário(FBES,2007c:51).

A forma econômica mais representativa da Economia Solidária é a coope-rativa. Em especial a cooperativa de produção, pois neste ramo estão clara-mente presentes os seus elementos fundamentais: a presença do trabalhador no processo produtivo, sendo detentor dos meios de produção e participando efetivamente dos resultados do empreendimento, ao invés de simplesmente fazer parte de um processo em que emprega o seu trabalho, quase sempre

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08 PHS - Informativo Oficial do Partido Humanista da Solidariedade 15 de Setembro de 2010

EDITAIS

mal remunerado, sem possibilidade alguma de alcançar a mais-valia.

Dessa forma, a economia solidária é uma aposta, entre as muitas possibilidades de futuro, necessitando ser construída por sindicatos, par-tidos, movimentos sociais e todos aqueles que desejam outra sociedade.

Voltaremos ao tema.Sugestão de leitura sobre o tema Economia

Solidária:

Guia de Economia SolidáriaBárbara Heliodora França, Érica Barbosa,

Rafaelle Castro e Rodrigo Santos.Editora da Universidade Federal Fluminense

– Niterói - RJ – 2008.Contatos: Paulo Martins – Petró[email protected](Trabalho realizado por Luiz Antônio (IPHS)

Prefeitos do PHS - Parte 2

Notícia de Duque de Caxias/RJ

Notícia de Rondônia

VICE-PREFEITOS DO PHSMinas Gerais - Carangola – Lauro Rogério Murer – (32) 3741-2952; 3741-2473; 8419-3444; 8807-6132 [email protected]ção em 2009 – 33.182 hab.; 2007 – 32.068; 2000 - 31.921 PIB per capita/2007 –– R$ 6.022,00FPM/2007 – R$ 9.443.248,75Índice de Gini/2003 – 0,43Incidência de pobreza/2003 – 22,41%- Caxambu – Veríssimo Eduardo dos Santos Ar-naut – (35) 9115-8075 [email protected] População em 2009 – 21.431 hab.; 2007 - 21.009; 2004 - 23.482; 2000 – 22.129PIB per capita/2007 – R$ 6.259,00FPM/2007 – R$ 8.504.981,79Índice de Gini/2003 – 0,42Incidência de pobreza/2003 – 27,05%Audiência Pública LDO, em 8/6/2010, para definir as prioridades para 2011 Audiências Públicas marcadas, para discussão e aprovação de projetos de revisão da legislação urbanística, cuja última edição é datada de 2000:PD (revisão anual; a última lei data de 4/10/2000) – 12/8/2010Zoneamento, Parcelamento e Ocupação do Solo (a lei atual é de 2000) - 26/8/2010Código de Obras (também, de 2000) – 9/9/2010- Juatuba – Pedro Moacir dos Santos – (31) 9958-5977; 3535-5870 [email protected] População em 2009 – 20.978 hab.; 2007 - 19.528; 2000 – 16.389PIB per capita/2007 – R$ 32.211,00FPM/2007 – R$ 7.363.583,48Índice de Gini/2003 – 0,36Incidência de pobreza/2003 – 17,34%- Mário Campos – Luciney Campos da Silva – (31) 3577-2006; 3577-2200; 9209-8788População em 2009 – 12.029 hab.; 2007 - 11.421; 2000 – 10.535PIB per capita/2007 – R$ 4.767,00FPM/2007 – R$ 6.136.319,63Índice de Gini/2003 – 0,32Incidência de pobreza/2003 – 25,72%

- Materlândia – Leonardo Araújo Oliveira - (33) 3427-1440; 8839-2988 PauloPopulação em 2009 – 4.772 hab.; 2007 - 4.662; 2000 – 4.846PIB per capita/2007 – R$ 4.150,00FPM/2007 – R$ 3.681.791,78Índice de Gini/2003 – 0,39Incidência de pobreza/2003 – 43,69%- Riachinho – Marlei Luiz de Souza Oliveira – (38) 9903-4497População em 2009 – 8.437 hab.; 2007 - 8.126; 2000 – 7.973PIB per capita/2007 – R$ 4.998,00FPM/2007 – R$ 3.681.791,78Índice de Gini/2003 – 0,32Incidência de pobreza/2003 – 43,76%- Santa Fé de Minas – Wagner Chamone da Guedes – (38) 3632-1357; 3632-1131; 3632-1308; 3632-1140 Léia (esposa); 9911-8019; 9931-0210 Anderson; 9936-1359 AdrianaPopulação em 2009 – 4.129 hab.; 2007 - 4.034; 2000 – 4.192PIB per capita/2007 – R$ 4.587,00FPM/2007 – R$ 3.669.983,87Índice de Gini/2003 – 0,42Incidência de pobreza/2003 – 59,44%- Santo Antonio do Monte – Geraldo da Silva Dias - (37) 8819-2317; 3281-7566; 3281-1409 [email protected] assistê[email protected]ção em 2009 – 25.899 hab.; 2007 - 24.746; 2000 – 23.473PIB per capita/2007 – R$ 8.208,00FPM/2007 – R$ 6.849.943,38Índice de Gini/2003 – 0,41Incidência de pobreza/2003 – 28,09%- Santo Antonio do Rio Abaixo – Rosângela Siqueira de Almeida - (31) 9602-8771; 3867-1122População em 2009 – 1.794 hab.; 2007 - 1.753; 2000 – 1.823PIB per capita/2007 – R$ 4.583,00FPM/2007 – R$ 3.681.791,88Índice de Gini/2003 – 0,40Incidência de pobreza/2003 – 36,22%

Novo Blog para para informações do PHS do município de Duque de Caxias:

http://phs31duquedecaxias.blogspot.com/

Fabrício da Civil intensifica campanha e diz que sempre esteve ao lado da coerência

Foi um fim de semana de agenda intensa para o candidato a deputado estadual Fabrício da Civil (PHS). No sábado pela manhã em Cujubim, Fabrício fez visitas e caminhadas, percorrendo as principais ruas da cidade.

A tarde, Fabrício da Civil seguiu para Macha-dinho do Oeste, seu principal reduto eleitoral, onde saiu juntamente com o candidato a deputado federal Messias Fernandes (PHS), visitando a casa de populares num corpo a corpo intenso e a noite se reuniu com lideranças locais para pedir apoio à candidatura a deputado federal de Messias Fernandes (PHS), único candidato da região e da categoria dos Agentes Penitenciários, considerou o candidato a deputado estadual Fabrício da Civil.

No Domingo o candidato a deputado estadual Fabrício da Civil fez visitas no 5° BEC e a tarde participou da Festa da Garota Cachoeira, oportu-nidade que serviu para o candidato afirmar que além dos investimentos em estradas, agricultura, saúde e educação que defenderá para a região, vai incentivar o desenvolvimento do turismo local como alternativa de geração de emprego e renda.

Ainda de acordo com Fabrico da Civil, é impor-tante que a região polarizada por Ariquemes tenha realmente políticos defensores dos interesses do povo e do bem comum. “A minha identificação com o povo do meu Estado sempre existiu e continuará existindo, assim como os demais companheiros de partido. Nada mais que uma questão de respeito e coerência”, concluiu Fabrício da Civil.

PARNAMIRIM/RN - dia 17 de Setembro de 2010, as 19:00hs, sito a Rua Tenente Mário Jamal, nº.10, Cohabinal, Ricardo Wagner Martins Cruz - Presidente da CEM/PHS REGIONAL RIO DE JANEIRO - Reunião Ordinária, dia 05/10/2010 às 16:00hs - São Francisco, 26/910. Presidente Esdras Sousa REGIONAL RONDÔNIA - Reunião Extraordi-nária a ser realizada no dia 23 de agosto de 2010, segunda-feira, com início às 18:00 horas (dezoito horas) em primeira Convocação, com término às 23:00 horas (vinte e três horas), sito a Rua José Camacho, 1375 - Bairro São João Bosco, na Cidade de Porto Velho, Pres. Herbert Lins De Albuquerque SÃO GONÇALO/RJ – 08/09/2010 – das 18:00hs às 20:30hs, sito a Travessa José de Carvalho, 19 – Centro – Pres. Ronaldo Ornellas