2.-estomaterapia

50
ESTOMATERAPIA Francisca Pinto, 2013 1

Upload: ruben-ferreira

Post on 17-Jan-2016

2 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

enfermagem

TRANSCRIPT

Page 1: 2.-Estomaterapia

ESTOMATERAPIAFrancisca Pinto, 2013

1

Page 2: 2.-Estomaterapia

ESTOMATERAPIA

• É a Ciência de conhecimentos técnicos eprincípios de relação de ajuda, que permitem aoostomizado reencontrar a sua independência noautocuidado, o mais rapidamente possível, apósa cirurgia, para poder retomar a sua vidapessoal, profissional e social.

(World Council of Enterostomal Therapists - WCET, 2000)

Francisca Pinto, 2013

2

Page 3: 2.-Estomaterapia

ESTOMATERAPEUTA

• É definido como aquele que possui competênciascognitivas, técnicas e relacionais, específicas paracuidar de pessoas ostomizadas, portadores deferidas agudas e/ou crónicas, fístulas eincontinência urinária

(World Council of Enterostomal Therapists - WCET, 2000)

Francisca Pinto, 2013

3

Page 4: 2.-Estomaterapia

ESTOMA

• Consiste numa saída artificial, pela pele, de um órgão ou víscera num ponto diferente de um orifício natural de excreção

Temporárias ou permanentes

OSTOMIAS

Francisca Pinto, 2013

4

Page 5: 2.-Estomaterapia

ESTOMAS

TRAQUEOSTOMIAS

UROSTOMIAS

COLOSTOMIAS E ÍLEOSTOMIAS

GASTROSTOMIA

Francisca Pinto, 2013

5

Page 6: 2.-Estomaterapia

Francisca Pinto, 2013

6

Page 7: 2.-Estomaterapia

OSTOMIAS INTESTINAIS

ÍLEOSTOMIA

• De Brook

▫ Método tradicional

• Continente

▫ Cria-se um reservatório para armazenar fezes, com a porção do ílio terminal

▫ Faz-se esvaziamento através de uma sonda e no intervalo fica com penso

COLOSTOMIA

• Ascendente

• Transverso

• Descendente

• Sigmóideia

Francisca Pinto, 2013

7

Page 8: 2.-Estomaterapia

UROSTOMIAS

CONTINENTE

• Bolsa ileal de Kock

▫ Formada por ansas do delgado

• Bolsa ileocecal ou Indiana

▫ Formada por ansas do cólon e do íleo

Francisca Pinto, 2013

8

Page 9: 2.-Estomaterapia

UROSTOMIASCUTÂNEA

• Os uretres são removidos da bexiga e comunicam com o exterior da pele, no flanco ou na parede abdominal anterior.

• Pode ter 2 estomas (cada ureter) ou apenas um (união dos ureteres)

Francisca Pinto, 2013

9

Page 10: 2.-Estomaterapia

UROSTOMIASBRICKER

• Os uretres são removidos da bexiga e transplantados para uma das extremidades de um segmento do ílio (15-20cm), que foi dissecado do seu mesentérico.

• Uma das extremidades do ílio dissecado é suturada e a outra é exteriorizada, para formar o estoma

Francisca Pinto, 2013

10

Page 11: 2.-Estomaterapia

CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS

FÍSICA

PSICOLÓGICA

ENSINO

Francisca Pinto, 2013

11

Page 12: 2.-Estomaterapia

PREPARAÇÃO DA PELE

Selecção e marcação do local do estoma

No rectoabdominal, afastado de cicatrizes, proeminências ósseas e pregas cutâneas

• Não colidir com a forma e contorno da prega cutânea do abdómen quer na posição de pé quer na de sentado

• Visível ao doente quer na posição de pé quer sentado

•Nunca na cintura do doente

Francisca Pinto, 2013

12

Page 13: 2.-Estomaterapia

LOCALIZAÇÃO DO ESTOMA

Francisca Pinto, 2013

13

Page 14: 2.-Estomaterapia

CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS

PSICOLÓGICA ENSINO

• Identificação dos saberes relacionados com a proposta cirúrgica e seus resultados

• Avaliação de ansiedade, medos e receios e permitir a verbalização

• Adopção de estratégias de coping

• Informar sobre as associações e grupos de apoio

• Dirigido ao cuidado ao estoma por forma a restabelecer a independência no autocuidado

• Fazer treino de cuidados –controverso

• Está dependente do estado psicológico da pessoa

• Entregar materiais escritos sobre

Francisca Pinto, 2013

14

Page 15: 2.-Estomaterapia

PÓS-OPERATÓRIO

AVALIAÇÃO DO ESTOMA

• Hiperemia▫ Reflecte a perfusão do estoma

▫ Estoma escuro, acastanhado/preto é indicativo de isquémia e necrose

• Edema ▫ Inicial – é uma resposta

esperada

▫ Desaparece entre o 5º e o 7º dia

Francisca Pinto, 2013

15

Page 16: 2.-Estomaterapia

PÓS-OPERATÓRIO

AVALIAÇÃO DO ESTOMA

• Hemorragia

▫ Resposta esperada se pequena

• Drenagem ▫ Início

Mucosa e sero-hemática

▫ Após início de peristaltismo(2-4dias)

Gases/ar

Conteúdo fecal

Francisca Pinto, 2013

16

Page 17: 2.-Estomaterapia

PÓS-OPERATÓRIO

CUIDADOS AO ESTOMA

• Selecção do dispositivo

• Higiene e cuidados cutâneos

• Controlo do odor

Francisca Pinto, 2013

17

Page 18: 2.-Estomaterapia

SELECÇÃO DO DISPOSITIVO

• Para ser eficaz deve:

▫ Proteger a pele

▫ Armazenar fezes e odor

▫ Adaptar-se aos contornos do corpo

▫ Permitir o movimento e ser imperceptível do exterior

• Selecção baseia-se em:

▫ Tipo de ostomia

▫ Tamanho e contorno do abdómen

▫ Condições da pele periestomal

▫ Condições financeiras e preferências pessoais

Francisca Pinto, 2013

18

Page 19: 2.-Estomaterapia

MODELOS/CARACTERÍSTICAS DO

DISPOSITIVO

DESCARTÁVEIS

REUTILIZAVEIS

DRENAVEIS

UMA OU DUAS PEÇAS

Colostomiamuda de 3-7 dias, se não

houver fugas

Íleostomiamuda de 5-7 dias, se

drenado em cada 4-6h

Francisca Pinto, 2013

19

Page 20: 2.-Estomaterapia

EXEMPLOS DE DISPOSITIVOS

Francisca Pinto, 2013

20

Page 21: 2.-Estomaterapia

AJUSTAMENTO DO DISPOSITIVO

• Requer a medição do estoma

▫ Em cada mudança do dispositivo nas 1ªs semanas do pós-operatório

▫ Após um ano, ocasionalmente

▫ Utilizar o guia de medição de diâmetro e cortar o disco cutâneo 3-5mm>que o estoma

• Deve rodear estreitamente o estoma, s/ compressão ou fricção

Francisca Pinto, 2013

21

Page 22: 2.-Estomaterapia

SUBSTITUIÇÃO DO DISPOSITIVO

• Capacidade máxima do saco = 1/3 ou 1/2

• Imediatamente se houver fugas

• Durante o período inativo e antes das refeições

▫ Minimiza a possibilidade de drenagem de conteúdo fecal durante a substituição

• Em cada substituição – avaliação do estoma e pele periostomal

Francisca Pinto, 2013

22

Page 23: 2.-Estomaterapia

REMOÇÃO DO DISPOSITIVO

• Drenáveis

▫ Esvaziar o saco para evitar derramamentos

• Duas peças

▫ Separar o saco do disco cutâneo

• Uma peça

▫ Desprender suavemente o disco da pele começando pela parte superior

Francisca Pinto, 2013

23

Page 24: 2.-Estomaterapia

SUBSTITUIÇÃO DE DISPOSITIVO DE UMA

PEÇA

Francisca Pinto, 2013

24

Page 25: 2.-Estomaterapia

SUBSTITUIÇÃO DE DISPOSITIVO DE

DUAS PEÇAS

Francisca Pinto, 2013

25

Page 26: 2.-Estomaterapia

HIGIENE E CUIDADOS CUTÂNEOS

• Higiene ▫ Limpeza com água tépida e secar cuidadosamente▫ Uso de sabão neutro apenas na presença de fezes

aderentes à pele

• Barreira cutânea ▫ Pó, pasta, loção, disco

• Selantes cutâneos▫ Vaporizadores, líquidos, gel, loção líquida

Francisca Pinto, 2013

26

Page 27: 2.-Estomaterapia

LESÕES DA PELE PERIOSTOMAL

• Factores predisponentes

▫ Drenagem contínua e erosiva

▫ Alergias ao produto da barreira cutânea

▫ Remoção violenta

▫ Infeção

Candida albicans

Francisca Pinto, 2013

27

Page 28: 2.-Estomaterapia

CONTROLO DO ODOR

• Sistema adequadamente aplicado é isento de odor, excepto na mudança

• Odor persistente é indicativo de limpeza inadequada do tubo de drenagem ou deficit na selagem do saco

• Manter a integridade do dispositivo

• Odor desagradável de uma íleostomia pode ser indicativo de infeção ou obstrução

Francisca Pinto, 2013

28

Page 29: 2.-Estomaterapia

CONTROLO DO ODOR

• Sacos reutilizáveis

▫ Bem lavados com água morna após o esvaziamento e o orifício de saída limpo com papel higiénico

▫ Podem ser colocados soluções ou pastilhas desodorizantes, no saco

• Descartáveis

▫ Filtro de carvão – liberta e desodoriza

Francisca Pinto, 2013

29

Page 30: 2.-Estomaterapia

ALIMENTAÇÃO• Restrições apenas em função da tolerância

alimentar

• A introdução de novos alimentos deve ser feita gradualmente e em pequenas quantidades

• Cuidados alimentares

▫ Produtores de gases - ovos, feijão, bebidas gasosas

▫ Amolecedores das fezes - verduras e frutas cruas, lentilha, ervilhas, gomos de laranja

▫ Obstipantes - batata, maçã cozida, banana, arroz branco

▫ Produtores de odores fortes - cebola, alho cru, ovos cozidos, repolho, frutos do mar

▫ Neutralizadores de odores fortes - cenoura, chuchu, espinafre, maizena

Francisca Pinto, 2013

30

Page 31: 2.-Estomaterapia

TR

AQ

UEO

STO

MIA

Abertura cirúrgica na parede anterior da traqueia

O estoma cicatricial permanente obtido com a fixação datraqueia à pele.

Francisca Pinto, 2013

31

Page 32: 2.-Estomaterapia

TIPOS DE TARQUEOSTOMIAS

• Temporárias

▫ Percutâneas c/ cânula

▫ Cirúrgicas

• Permanentes

▫ Cirúrgicasc/ ou s/ cânula

Francisca Pinto, 2013

32

Page 33: 2.-Estomaterapia

TRAQUEOSTOMIA

CIRÚRGICA PERMANENTE SEM CÂNULA COM CÂNULA

Francisca Pinto, 2013

33

Page 34: 2.-Estomaterapia

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À

LOCALIZAÇÃO DA ABERTURA

ALTA

• Abertura feita acima da glândula da tiróide, nos 2 anéis traqueais

MÉDIA

• Abertura através do istmo tireoidiano; utilizados em portadores de bócio

BAIXA

• Abertura na altura do 3º e 4º anéis traqueais, com tracção do istmo tireoidiano.

Francisca Pinto, 2013

34

Page 35: 2.-Estomaterapia

LOCALIZAÇÃO DA TRAQUEOSTOMIA

Francisca Pinto, 2013

35

Page 36: 2.-Estomaterapia

NU

LA

S M

ET

ÁLIC

AS

Francisca Pinto, 2013

36

Page 37: 2.-Estomaterapia

CÂNULAS PLÁSTICAS

PEÇA ÚNICA DUAS PEÇAS

Francisca Pinto, 2013

37

Page 38: 2.-Estomaterapia

CÂNULAS PLÁSTICAS

DUAS PEÇAS SEM “CUFF”

Francisca Pinto, 2013

38

Page 39: 2.-Estomaterapia

INTRODUÇÃO DA CÂNULA

TRAQUEAL

Francisca Pinto, 2013

39

Page 40: 2.-Estomaterapia

CUIDADOS À PESSOA COM

TRAQUEOSTOMIA

MATERIAL

• Material de aspiração de secreções

• Luvas estéreis• Compressas estéreis 4x4• Soro fisiológico• Água oxigenada• Cuvete • Escovilhão • Nastro• Tesoura limpa• Espátula c/ compressa• Saco de sujos

Francisca Pinto, 2013

40

Page 41: 2.-Estomaterapia

CUIDADOS À PESSOA COM

TRAQUEOSTOMIA

ASPIRAR SECREÇÕES

• Lavagem das mãos e calçar luvas

• Aspirar secreções▫ Técnica de aspiração

endotraqueal

▫ Desinsuflar o “cuff” sempre que aspirar e 1x turno, para confirmar que está fechado

▫ Aspirar até 20-30cm de profundidade

Francisca Pinto, 2013

41

Page 42: 2.-Estomaterapia

CUIDADOS À PESSOA COM

TRAQUEOSTOMIA

HIGIENE DO ESTOMA E CÂNULA

• Remover a cânula interna e mergulhá-la em H2O2

• Limpar a cânula com o escovilhão e, no final, deitá-lo no saco de sujos

• Lavar cuidadosamente a cânula com SF

• Secar o interior da cânula e reintroduzi-la

Francisca Pinto, 2013

42

Page 43: 2.-Estomaterapia

CUIDADOS À PESSOA COM

TRAQUEOSTOMIA

HIGIENE DO ESTOMA E CÂNULA

• Remoção das secreções aderentes à pele com H2O2

• Limpar com a espátula, embebida em H2O2, as partes expostas da cânula externa

• Limpar cuidadosamente a pele com SF à volta do estoma

• Secar delicadamente a pele periostomal

• Substituir a fita de nastro

Francisca Pinto, 2013

43

Page 44: 2.-Estomaterapia

FIX

ÃO

DA C

ÂN

ULA

• Fixar correctamente a cânula ao pescoço evitando:

• pressão insuficiente ou excessiva

• posicionamento do laço sobre as vértebras e a carótida.

• Utilizar fita de nastro e não colocá-la muito apertada, de forma a que não magoe o pescoço

•Na colocação do nastro, evitar a deslocação da cânula – 2 pessoas ou só retirar o anterior após colocação do novo

Francisca Pinto, 2013

44

Page 45: 2.-Estomaterapia

FIXAÇÃO DA CÂNULA

Francisca Pinto, 2013

45

Page 46: 2.-Estomaterapia

FIXAÇÃO DA CÂNULA

Prender firmemente onastro e dar um laço ao lado do pescoço, por forma a evitar queeste fique sobre vértebras ou sobre as carótidas.

Francisca Pinto, 2013

46

Page 47: 2.-Estomaterapia

CUIDADOS À PESSOA COM

TRAQUEOSTOMIA

HIGIENE DO ESTOMA E CÂNULA

• Colocar compressa fina, ou substituto, por baixo da aleta da traqueostomia

• Retirar as luvas

• Lavar as mãos

Francisca Pinto, 2013

47

Page 48: 2.-Estomaterapia

Francisca Pinto, 2013

48

Page 49: 2.-Estomaterapia

BO

O D

E T

RA

QU

EO

STO

MIA

O botão consiste em duas partes principais: um pequeno tubo externo que se encaixa à incisão e atinge a traquéia, e uma cânulainterna sólida, que completa a vedação. É mais usado quando não se deseja ou precisa mais manter a cânula(traqueostomia intermitente ou descontínua) mas ainda é necessário deixar aberta a incisão - para o caso de uma intercorrência

Francisca Pinto, 2013

49

Page 50: 2.-Estomaterapia

GASTROSTOMIA

Francisca Pinto, 2013

50