2 bens (%) 14,8 -5,2 -2,0 21,6 15,1 10,9 4,2 7,8 6,2 7,2 9,6 ... - aicep … · 2016-11-11 · 2...

13
MONTEPIO Departamento de Estudos // junho 2015 EMIRADOS Previsões económicas e indicadores sociais e demográficos Unidade: taxa de crescimento % 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 PIB 3,2 -5,2 1,6 4,9 4,7 5,2 3,6 3,2 3,2 3,4 3,7 3,9 4,1 PIB Nominal 22,3 -19,6 12,8 21,5 7,2 8,1 -0,2 -9,4 7,8 6,0 5,9 6,2 7,3 PIB Nominal (10^9) 1 158,6 931,2 1 050,5 1 276,0 1 367,3 1 477,6 1 475,0 1 335,7 1 440,1 1 527,0 1 617,6 1 718,7 1 844,5 PIB Nominal (10^9 $) 315,5 253,5 286,0 347,5 372,3 402,3 401,6 363,7 392,1 415,8 440,5 468,0 502,3 Deflator do PIB 18,5 -15,2 11,0 15,8 2,4 2,7 -3,6 -12,2 4,5 2,5 2,1 2,3 3,1 Inflação (IPC) 12,3 1,6 0,9 0,9 0,7 1,1 2,3 2,1 2,3 2,5 2,7 2,8 3,0 Investimento (% PIB) 23,7 29,7 25,7 22,7 22,5 22,6 23,1 22,9 23,9 24,7 25,6 25,6 26,1 Poupança Nacional Bruta (% PIB) 30,8 32,8 28,2 37,4 41,0 38,7 35,1 28,2 31,1 31,9 32,6 32,6 32,8 Dívida Pública (% PIB) 12,5 24,1 22,2 17,6 17,1 11,7 12,1 14,7 15,1 15,6 16,1 16,4 16,5 Receitas Públicas (%) 30,3 -41,3 27,3 32,5 14,0 5,7 -7,8 -23,6 10,5 4,8 4,6 4,0 4,6 Despesas Públicas (%) 52,1 28,1 5,3 17,0 -0,1 8,4 3,0 0,4 0,8 0,7 0,7 0,8 1,0 Receitas Públicas (% PIB) 42,0 30,7 34,7 37,8 40,2 39,3 36,3 30,7 31,4 31,1 30,7 30,0 29,3 Despesas Públicas (% PIB) 22,0 35,0 32,7 31,5 29,3 29,4 30,3 33,6 31,4 29,9 28,4 27,0 25,4 Saldo Orçamental (% PIB) 20,1 -4,3 2,0 6,3 10,9 9,9 6,0 -3,0 0,0 1,2 2,3 3,1 3,9 Saldo Primário (% PIB) 20,1 -4,1 2,3 6,5 11,2 10,3 6,4 -2,5 0,4 1,6 2,6 3,4 4,2 Balança Corrente (10^9 $) 22,3 7,8 7,2 50,9 69,0 64,7 48,5 19,3 28,2 29,8 31,1 32,8 33,4 Balança Corrente (% PIB) 7,1 3,1 2,5 14,7 18,5 16,1 12,1 5,3 7,2 7,2 7,1 7,0 6,6 População (10^6) 8,1 8,2 8,3 8,5 8,8 9,0 9,3 9,6 9,9 10,1 10,4 10,7 11,1 População (%) 29,8 1,6 0,8 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 2,9 2,9 2,9 3,1 3,1 População 15-64 anos (% total) 84,7 85,5 85,8 85,7 85,2 84,3 - - - - - - - PIB PPP (10^9 $) 477,0 455,4 468,5 501,5 534,4 570,6 599,8 624,2 653,6 689,8 731,0 774,4 821,7 PIB per capita PPP $ 59 077 55 535 56 687 58 917 60 951 63 181 64 479 65 149 66 312 68 034 70 081 72 041 74 181 PIB per capita $ 39 075 30 920 34 612 40 817 42 464 44 552 43 180 37 962 39 787 41 009 42 229 43 538 45 341 Exportações (%) 14,2 -4,1 -1,8 20,1 15,2 11,1 4,6 8,4 6,3 7,3 9,7 11,4 9,4 Bens (%) 14,8 -5,2 -2,0 21,6 15,1 10,9 4,2 7,8 6,2 7,2 9,6 11,4 9,3 Importações (%) 22,2 -9,8 1,3 10,3 11,3 15,6 13,4 5,1 9,7 9,8 11,1 12,2 10,0 Bens (%) 23,3 -10,0 0,8 7,4 11,2 15,3 14,2 5,2 10,2 10,3 11,6 12,7 10,1 Agricultura (% PIB) 0,8 1,0 0,9 0,7 0,7 0,7 - - - - - - - Indústria (% PIB) 58,0 52,0 54,9 60,1 59,6 59,0 - - - - - - - Serviços (% PIB) 41,2 46,9 44,3 39,2 39,7 40,3 - - - - - - - Esperança Vida à nascença (anos) 76,2 76,4 76,6 76,8 77,0 77,1 - - - - - - - Fonte : FMI (World Economic Outlook - abril de 2015); Banco Mundial (restantes dados históricos sem previsões). Superfície 83 600Km 2 Densidade Populacional 108 Hab/Km 2 Reservas Externas 2,49 10^9 $

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Page 1: 2 Bens (%) 14,8 -5,2 -2,0 21,6 15,1 10,9 4,2 7,8 6,2 7,2 9,6 ... - AICEP … · 2016-11-11 · 2 Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015 Código Descrição

MONTEPIO

Departamento de Estudos / / junho 2015

EMIRADOS Previsões económicas e indicadores sociais e demográficos

Unidade: taxa de crescimento % 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

PIB 3,2 -5,2 1,6 4,9 4,7 5,2 3,6 3,2 3,2 3,4 3,7 3,9 4,1

PIB Nominal 22,3 -19,6 12,8 21,5 7,2 8,1 -0,2 -9,4 7,8 6,0 5,9 6,2 7,3

PIB Nominal (10^9) 1 158,6 931,2 1 050,5 1 276,0 1 367,3 1 477,6 1 475,0 1 335,7 1 440,1 1 527,0 1 617,6 1 718,7 1 844,5

PIB Nominal (10^9 $) 315,5 253,5 286,0 347,5 372,3 402,3 401,6 363,7 392,1 415,8 440,5 468,0 502,3

Deflator do PIB 18,5 -15,2 11,0 15,8 2,4 2,7 -3,6 -12,2 4,5 2,5 2,1 2,3 3,1

Inflação (IPC) 12,3 1,6 0,9 0,9 0,7 1,1 2,3 2,1 2,3 2,5 2,7 2,8 3,0

Investimento (% PIB) 23,7 29,7 25,7 22,7 22,5 22,6 23,1 22,9 23,9 24,7 25,6 25,6 26,1

Poupança Nacional Bruta (% PIB) 30,8 32,8 28,2 37,4 41,0 38,7 35,1 28,2 31,1 31,9 32,6 32,6 32,8

Dívida Pública (% PIB) 12,5 24,1 22,2 17,6 17,1 11,7 12,1 14,7 15,1 15,6 16,1 16,4 16,5

Receitas Públicas (%) 30,3 -41,3 27,3 32,5 14,0 5,7 -7,8 -23,6 10,5 4,8 4,6 4,0 4,6

Despesas Públicas (%) 52,1 28,1 5,3 17,0 -0,1 8,4 3,0 0,4 0,8 0,7 0,7 0,8 1,0

Receitas Públicas (% PIB) 42,0 30,7 34,7 37,8 40,2 39,3 36,3 30,7 31,4 31,1 30,7 30,0 29,3

Despesas Públicas (% PIB) 22,0 35,0 32,7 31,5 29,3 29,4 30,3 33,6 31,4 29,9 28,4 27,0 25,4

Saldo Orçamental (% PIB) 20,1 -4,3 2,0 6,3 10,9 9,9 6,0 -3,0 0,0 1,2 2,3 3,1 3,9

Saldo Primário (% PIB) 20,1 -4,1 2,3 6,5 11,2 10,3 6,4 -2,5 0,4 1,6 2,6 3,4 4,2

Balança Corrente (10^9 $) 22,3 7,8 7,2 50,9 69,0 64,7 48,5 19,3 28,2 29,8 31,1 32,8 33,4

Balança Corrente (% PIB) 7,1 3,1 2,5 14,7 18,5 16,1 12,1 5,3 7,2 7,2 7,1 7,0 6,6

População (10^6) 8,1 8,2 8,3 8,5 8,8 9,0 9,3 9,6 9,9 10,1 10,4 10,7 11,1

População (%) 29,8 1,6 0,8 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 2,9 2,9 2,9 3,1 3,1

População 15-64 anos (% total) 84,7 85,5 85,8 85,7 85,2 84,3 - - - - - - -

PIB PPP (10^9 $) 477,0 455,4 468,5 501,5 534,4 570,6 599,8 624,2 653,6 689,8 731,0 774,4 821,7

PIB per capita PPP $ 59 077 55 535 56 687 58 917 60 951 63 181 64 479 65 149 66 312 68 034 70 081 72 041 74 181

PIB per capita $ 39 075 30 920 34 612 40 817 42 464 44 552 43 180 37 962 39 787 41 009 42 229 43 538 45 341

Exportações (%) 14,2 -4,1 -1,8 20,1 15,2 11,1 4,6 8,4 6,3 7,3 9,7 11,4 9,4

Bens (%) 14,8 -5,2 -2,0 21,6 15,1 10,9 4,2 7,8 6,2 7,2 9,6 11,4 9,3

Importações (%) 22,2 -9,8 1,3 10,3 11,3 15,6 13,4 5,1 9,7 9,8 11,1 12,2 10,0

Bens (%) 23,3 -10,0 0,8 7,4 11,2 15,3 14,2 5,2 10,2 10,3 11,6 12,7 10,1

Agricultura (% PIB) 0,8 1,0 0,9 0,7 0,7 0,7 - - - - - - -

Indústria (% PIB) 58,0 52,0 54,9 60,1 59,6 59,0 - - - - - - -

Serviços (% PIB) 41,2 46,9 44,3 39,2 39,7 40,3 - - - - - - -

Esperança Vida à nascença (anos) 76,2 76,4 76,6 76,8 77,0 77,1 - - - - - - -

F o nte : FMI (Wo rld Eco no mic Outlo o k - abril de 2015); Banco Mundia l (res tantes dado s his tó rico s s em previs õ es ).

Superfície

83 600Km2

Densidade Populacional

108 Hab/Km2

Reserv as Ex ternas

2,49 10^9 $

Page 2: 2 Bens (%) 14,8 -5,2 -2,0 21,6 15,1 10,9 4,2 7,8 6,2 7,2 9,6 ... - AICEP … · 2016-11-11 · 2 Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015 Código Descrição

2

Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015

Código Descrição Valor (mM$) Peso (%)

27 Combustíveis minerais, óleos, produtos de destilação 138,1 68,4

71 Pérola, pedras preciosas, metais e moedas 23,1 11,4

76 Alumínio e suas componentes 5,5 2,7

39 Plásticos e suas componentes 4,5 2,3

84 Máquinas, reatores nucleares e caldeiras 3,2 1,6

Outros produtos 27,5 13,6F o nte : Interna tio nal Trade Centre (ITC) - Naçõ es Unidas .

Principais Exportações de Bens (2014)

Código Descrição Valor (mM$) Peso (%)

71 Pérola, pedras preciosas, metais e moedas 32,8 14,1

84 Máquinas, reatores nucleares e caldeiras 29,6 12,7

85 Equipamento elétrico e eletrónico 26,1 11,3

87 Veículos elétricos e ferroviários 21,7 9,3

27 Combustíveis minerais, óleos, produtos de destilação 15,8 6,8

Outros produtos 106,2 45,7F o nte : Interna tio nal Trade Centre (ITC) - Naçõ es Unidas .

Principais Importações de Bens (2014)

País Valor (mM$) Peso (%) País Valor (mM$) Peso (%)Países não especificados 50,4 23,9 Países asiáticos não especificados 95,5 37,8Índia 28,6 13,6 Países não especificados 65,7 26,0

China 15,0 7,1 Índia 24,2 9,6

EUA 14,5 6,9 Irão 14,2 5,6

Alemanha 8,3 4,0 Suíça 4,9 1,9Outros países 94,1 44,6 Outros países 48,0 19,0

F o nte : Naçõ es Unidas F o nte : Naçõ es Unidas

Principais Parceiros Comerciais de Exportações (2011)Principais Parceiros Comerciais de Importações (2011)

Tipo de Produto Valor (€)Share

(%)

TCMA09-14

(%)Tipo de Produto Valor (€)

Share

(%)

TCMA09-14

(%)

Produtos químicos 7 550 006 49,1 27,8Produtos informáticos, electrónicos e

ópticos 25 580 102 20,7 26,2

Metais de base 2 146 192 14,0 16,1 Equipamento eléctrico 10 195 364 8,2 11,4

Produtos têxteis 2 113 214 13,8 19,9 Papel e cartão e seus artigos 10 152 158 8,2 66,1

Máquinas e equipamentos, n.e. 948 706 6,2 68,1Veículos automóveis, reboques e semi-

reboques10 116 506 8,2 5,8

Artigos de borracha e de matérias plásticas 831 851 5,4 31,6 Artigos de vestuário 9 341 989 7,6 11,5

Produtos metálicos transformados, excepto

máquinas e equipamento 494 349 3,2 18,6 Máquinas e equipamentos, n.e. 7 443 120 6,0 3,9

Produtos informáticos, electrónicos e

ópticos 274 370 1,8 -28,6 Outros produtos minerais não metálicos 7 434 118 6,0 6,9

Artigos de vestuário 157 377 1,0 91,2 Couro e produtos afins 7 098 269 5,7 44,5

Outro equipamento de transporte 121 167 0,8 -34,7 Produtos alimentares 6 259 296 5,1 48,7

Outros produtos minerais não metálicos 101 989 0,7 32,8 Artigos de borracha e de matérias plásticas 5 950 687 4,8 8,6

Fonte: INE. Fonte: INE.

TOP 10 DAS IMPORTAÇÕES DE PORTUGAL dos EAU (2014) TOP 10 DAS EXPORTAÇÕES DE PORTUGAL PARA os EAU (2014)

2012 2013 2014 2012 2013 2014

Importações de Portugal deste país (milhares €) 22 963,2 49 571,3 15 364,6 Exportações de Portugal deste país (milhares €) 95 100,1 101 801,1 123 722,1

Importações totais de Portugal (milhares €) 56 374 083 56 906 067 58 745 986 Exportações totais de Portugal (milhares €) 45 213 016 47 266 500 48 180 643

Peso das importações do país (%) 0,04 0,1 0,0 Peso das exportações do país (%) 0,21 0,2 0,3

Fonte: INE. Fonte: INE.

PESO dos EAU NAS IMPORTAÇÕES DE PORTUGAL (2012/14) PESO dos EAU NAS EXPORTAÇÕES DE PORTUGAL (2012/14)

Page 3: 2 Bens (%) 14,8 -5,2 -2,0 21,6 15,1 10,9 4,2 7,8 6,2 7,2 9,6 ... - AICEP … · 2016-11-11 · 2 Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015 Código Descrição

3

Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015

MOHAMMED BIN

RASHID AL MAKTOUM

Primeiro-ministro dos EAU

CONJUNTURA Apesar da queda do petróleo, PIB continuará a crescer robustamente

POLÍTICA INTERNA

A cena política continuará a apresentar-se, de um modo

geral, estável no horizonte 2015/20. A crítica interna ao

Governo deverá continuar limitada e permanecerão os

apelos de maior pluralidade política.. O Governo

continuará a ser cauteloso sobre a influência regional da

Irmandade Muçulmana e de outros grupos islâmicos de

várias matizes.

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) são governados por

um Conselho Supremo, que compreende os líderes dos

sete emirados. O Conselho Nacional Federal de 40

membros (CNF) é um órgão consultivo do Conselho

Supremo e é responsável pela análise da legislação

federal que é proposta. Metade dos membros do CNF

são eleitos, sendo os outros 20 nomeados pelos

responsáveis dos sete emirados. Embora continuem a ser

negados poderes legislativos ao CNF, alguns dos

membros designados, principalmente dos emirados do

norte, mais pobres, têm clamado por reformas, de modo

a reforçar a influência do órgão. As próximas eleições

para o órgão serão realizadas em outubro deste ano, mas

não se espera qualquer alteração substancial das

competências do CNF.

É pouco provável que os EAU abracem a democracia

durante a próxima década, mas pode ser necessário

iniciar maiores reformas políticas a longo prazo. As

famílias dominantes são amplamente populares quer a

nível dos emirados, quer a nível federal, tendo

proporcionado décadas de paz e prosperidade. Existirão

mais apelos a uma maior pluralidade política, mas

enquanto os Emiratis (os cidadãos dos EAU) continuarem

a beneficiar de generosos programas sociais e da criação

de emprego, os riscos para a estabilidade política deverão

ser diminutos. Têm existido conversações para introduzir

o sufrágio universal para as eleições para o CNF, em

2019. O sufrágio universal pode vir a ser um catalisador

para a concessão de poderes legislativos parciais para o

CNF. Os EAU vão continuar a reformar as suas

instituições de Governo, embora os progressos não sejam

lineares, devendo a sociedade continuar a ser

predominantemente tribal e dominada por clãs e

compadrios. O Dubai vai provavelmente trazer uma

agenda mais reformista, impor metas de eficiência para

as instituições políticas e promover a redução da

burocracia, no sentido de aumentar o investimento do

setor privado. No entanto, é provável que o programa do

Governo denominado de “Emiratização” garanta que o

recrutamento e as promoções serão baseadas na

nacionalidade e não no mérito, o que poderá limitar as

melhorias na burocracia interna e potencialmente

condicionar as perspetivas de crescimento a longo prazo.

Existem intenções de introduzir

o sufrágio universal para as

eleições do CNF em 2019

EAU/ PREVISÕES ECONÓMICAS DO DEPARTAMENTO DE ESTUDOS DO MONTEPIO

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

PIB 3,2 -5,2 1,6 4,9 4,7 5,2 3,8 3,8 3,9 4,0 4,0 4,1 4,1

Inflação 12,3 1,6 0,9 0,9 0,7 1,1 2,3 3,0 3,2 2,5 2,7 2,8 3,0

Balança Corrente (% PIB) 7,1 3,1 2,5 14,7 18,5 16,1 12,1 5,3 7,2 7,2 7,1 7,0 6,6

Saldo Orçamental (% PIB) 20,1 -4,3 2,0 6,3 10,9 9,9 6,0 -3,0 0,0 1,2 2,3 3,1 3,9

Notas: Os dados históricos do Saldo Orçamental seguem a metodologia do FMI .

Page 4: 2 Bens (%) 14,8 -5,2 -2,0 21,6 15,1 10,9 4,2 7,8 6,2 7,2 9,6 ... - AICEP … · 2016-11-11 · 2 Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015 Código Descrição

4

Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015

POLÍTICA EXTERNA

O Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) continuará a

ser uma organização fraca e dividida. Os países do CCG

também discordam sobre uma série de outras questões e

espera-se que essas diferenças continuem a impedir uma

maior integração política e económica. Em todo o caso, a

união aduaneira entrou em vigor em janeiro e deverão

existir mais progressos parcelares ao nível da integração.

Além disso, a tensão interna dentro do CCG

relativamente ao apoio do Qatar à Irmandade

Muçulmana começou a desvanecer-se. A ameaça externa

do Estado Islâmico, um grupo extremista sunita, parece

ter galvanizado uma maior unidade dentro do CCG, pelo

menos em termos de segurança. Será importante

perceber como é que a sucessão monárquica na Arábia

Saudita (na sequência da morte do anterior rei) vai afetar

as relações dentro da CCG.

É improvável que os EAU sejam afetados pelos protestos

populares que varreram toda a região do Médio Oriente

e do Norte de Africa (MENA), não obstante perspetivar-se

que haja um aumento dos apelos a uma maior

participação política. Para os EAU, duas preocupações

principais deverão dominar. Em 2013/14 assistiu-se a um

progresso diplomático entre o Irão e o Ocidente,

reduzindo o risco de um conflito militar, o que teria um

impacto negativo sobre os EAU. No entanto, os EAU

permanecerão preocupados com o facto de a diplomacia

poder falhar mais uma vez. Se o Irão voltar à comunidade

internacional de forma duradoura, os EAU poderão

beneficiar do facto de poderem constituir um hub de

negócios para os investidores para o Irão. A potencial

consequência negativa é a pressão sobre os preços do

petróleo provocada pelo aumento das vendas de crude

iraniano. Além disso, o Governo continuará preocupado

que a influência da Irmandade Muçulmana na região leve

a protestos nos EAU, sendo que membros do braço

daquela organização (Al Islah) nos Emirados foram

condenados em 2013 por ameaçarem o sistema político

dos EAU.

ATIVIDADE

A economia dos EAU testemunhou um crescimento

notável, impulsionado por um aumento sustentado dos

preços do petróleo entre 2001 e meados de 2008. Este

facto permitiu aumentar as receitas públicas e,

consequentemente, os gastos públicos, com impacto

direto e indireto, por via do multiplicador dos gastos

públicos, na economia.

A crise financeira global, acoplada com a crise da dívida

do Dubai em 2009, trouxe o fim daquele boom, mas

todas as principais entidades relacionadas com o

Governo do Dubai obtiveram acordos de reestruturação

com os seus credores. Além disso, os EAU emergiram

como um local de investimento favorável para os

investidores, nomeadamente porque foi pouco afetado

pela turbulência política no resto da região.

A dependência dos EAU em relação à mão-de-obra

estrangeira não deverá diminuir significativamente no

longo prazo. O crescimento da força de trabalho

estrangeira continuará, assim, a criar desafios políticos.

Atividade económica continua a

crescer a bom ritmo

O crescimento do PIB acelerou para 5,2% em 2013,

impulsionado pelo aumento da procura interna. O

crescimento da extração de petróleo abrandou, mas o

crescimento do setor não-petrolífero foi robusto,

suportado pela aceleração dos serviços e pela

recuperação da construção, provocando um efeito

favorável para 2014. Com o crescimento do setor não-

petrolífero a fortalecer-se ainda mais, mas com o

crescimento do setor de petróleo a moderar novamente,

com o crescimento do PIB a desacelerar para 3,8% em

2014, prevendo-se o mesmo crescimento para 2015

(+3,8%) e um crescimento médio anual de 4,0% no

horizonte 2015/20. Após sólidas expansões nos últimos

anos, a produção de petróleo deverá cair em 2015, mas

deverá regressar ao crescimento em 2016. Já o setor não

petrolífero crescerá em torno de 5% nos próximos anos.

No entanto, há uma série de riscos ascendentes e

descendentes para estas perspetivas.

Os maiores riscos descendentes para o crescimento serão

a possibilidade de um ciclo de expansão e recessão

renovada nos preços dos ativos, especialmente no

mercado imobiliário, ou acontecimentos externos, como

um desempenho mais fraco do que o previsto pela

economia global, levando a uma menor procura dos

bens e serviços do setor não petrolífero e a uma redução

da procura e do preço do petróleo.

Os preços do petróleo deverão situar-se no horizonte

2015/20 em níveis inferiores aos que se esperavam no

final do verão passado, constituindo um desafio para as

perspetivas de crescimento para os EAU, que ainda está

muito dependente do petróleo. Todavia, enquanto

economia aberta e integrada no comércio mundial, com

um setor de turismo e de transportes em crescimento, a

prosperidade económica dos EAU permanecerá também

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Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015

fortemente ligada às tendências da economia global, que

têm um impacto sobre os EAU, por exemplo, através dos

fluxos de comércio mundial, mas também sobre o preço

do petróleo.

Os preços do petróleo têm exibido uma elevada

volatilidade nos últimos anos, mas os elevados preços

permitiram suportar os elevados saldos orçamentais e da

balança corrente dos EAU. Todavia, a queda do preço do

petróleo a partir da 2.ª metade de 2014, deverá conduzir

o país a apresentar um défice orçamental em 2015 (e ter

um saldo nulo em 2016), enquanto o excedente da

balança corrente deverá reduzir-se para apenas um

dígito. Os EAU (principalmente o emirado de Abu Dhabi)

acumularam vastas carteiras de investimento no exterior

desde os anos 1970. Os rendimentos dessas carteiras

também irão flutuar de acordo com o desempenho dos

mercados financeiros internacionais, mas as autoridades

deverão ser capazes de usá-los como um fundo de

estabilização durante as próximas décadas, aumentando

a carteira durante os períodos de fortes receitas do

petróleo e utilizando esses recursos quando as receitas

petrolíferas são mais fracas, como será o caso em 2015 e

2016.

Os EAU deverão manter-se prósperos até 2050. Estão

bem posicionados para ajudar a satisfazer a crescente

procura global de petróleo nas próximas duas décadas.

No final de 2013, os EAU produziram cerca de 4% do

crude do Mundo, mas possuem 6% das reservas

conhecidas. Além disso, os custos de produção nos EAU

estão entre os mais baixos do Mundo, já que o petróleo

de Abu Dhabi é extraído principalmente em grandes

campos terrestres e de fácil acesso, em campos offshore

a baixa profundidade nas águas calmas do Golfo Pérsico.

Dado o papel central que desempenham as receitas

petrolíferas a nível federal e dos emirados para a

economia dos EAU, as perspetivas continuam a ser

favoráveis. Além disso, as elevadas carteiras de

investimento financeiro que os EAU dispõem no exterior

permitem que o país continue a beneficiar do

crescimento económico global. O principal risco para as

perspetivas de longo prazo é que, com as crescentes

fontes não-convencionais de petróleo e de gás, o preço

do petróleo venha a cair ainda mais.

Em grande parte devido à força do setor dos

hidrocarbonetos e aos elevados níveis de liquidez

proporcionados por aquele setor, a economia não

petrolífera também deverá crescer fortemente e

aumentar a sua quota no total do PIB. Os esforços dos

EAU para desenvolver o setor do turismo e para se

promover como um centro regional de aviação e

transporte (entre outros setores) significa que irão

continuar a beneficiar, quer do investimento estrangeiro,

quer do de origem nacional. O papel dos cidadãos dos

EAU no setor privado deverá crescer gradualmente,

embora a grande maioria da força de trabalho

qualificada deva permanecer estrangeira.

Como referido, o PIB deverá crescer a uma taxa média

anual de 4,0% ao ano no horizonte 2015/20,

impulsionado por ganhos nos setores petrolífero e não

petrolífero. O crescimento vai desacelerar em 2019/30,

devido ao próprio abrandamento da população e da

força de trabalho. No horizonte em 2015/50, o

crescimento médio anual do PIB poderá situar-se perto

dos 2,5%. O investimento em tecnologia e em educação,

bem como mais algumas melhorias para o ambiente

empresarial e institucional, contribuirão para aumentar a

produtividade. Estes ganhos de produtividade vão ajudar

a manter a taxa de crescimento mesmo perante o

abrandamento da força de trabalho.

OPORTUNIDADES

Os EAU são um dos países mais ricos da região em

termos de PIB per capita. Segundo o FMI, o PIB per

capita em dólares deverá aumentar para cerca de 45 341

mil dólares em 2020, mas como as nossas previsões de

crescimento do PIB são um pouco mais otimistas, admite-

se que possa superar os 46 500 mil dólares. Segundo o

FMI, a população deverá crescer a um ritmo anual de

3,0% ao longo dos próximos cinco anos, com o foco na

atração de investimento estrangeiro de modo a

diversificar a economia da extração de petróleo, o que irá

criar novas oportunidades de crescimento e continuará a

atrair trabalhadores estrangeiros. O forte aumento na

população será impulsionado por uma série de projetos

de grande escala, que devem entrar em operação, em

conjunto com uma melhoria geral nas perspetivas para o

setor da construção.

EAU como importante base

regional para as empresas

estrangeiras

A economia dos EAU recuperou da crise económica em

2009 e será um mercado importante no período de

previsão para as empresas que procuram expandir as

suas operações no Médio Oriente. Os EAU têm sido

muito afetados pela instabilidade no Médio Oriente e

Norte de África com a sua atratividade como um

mercado estável para as empresas internacionais a

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Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015

aumentar. Segundo o FMI, a população deverá exceder

os 10 milhões em 2017, devendo situar-se em 11.1

milhões em 2020. A mais longo prazo, espera-se que o

crescimento anual da população desacelere a partir de

2020, depois de um rápido crescimento na década

anterior.

Nos EAU, as oportunidades podem repartir-se em três

áreas: consumidores, empresas e infraestruturas. Analisar

o mercado de consumo dos EAU pode ser um desafio, já

que os censos efetuados pelo Governo não descriminam

os dados da população por escala de rendimento. Uma

grande percentagem da população é estrangeira e é

composta por trabalhadores com baixos salários, não

qualificados e semiqualificados, em grande parte

provenientes da Ásia. Esta parte da população,

tipicamente de operários masculinos e de domésticas

femininas, tem como missão principal o envio de salários

para as suas famílias na Ásia e, como tal, o seu

rendimento tem apenas um pequeno impacto sobre o

consumo interno. No topo, existe uma elite rica. Um

relatório de 2013 do Boston Consulting Group estima

que 40 em cada 1 000 famílias nos EAU tinham riqueza

de pelo menos 1 milhão de dólares, a 9.ª maior

densidade global. De acordo com o Relatório de Riqueza

2014 da Knight Frank, o número de indivíduos ultra-

ricos nos EAU aumentou 8% em 2013. Entre esses

extremos, existe a população de rendimento médio que

está cada vez mais propensa a gastar o dinheiro dentro

dos EAU, dado que cada vez mais os estrangeiros de

rendimento médio permanecem por períodos mais

longos, o que os torna mais propensos a gastar,

principalmente em bens duradouros, como carros,

artigos para a casa e artigos eletrónicos. No entanto, o

aumento do custo de vida pode reduzir o rendimento

disponível real entre muitas famílias estrangeiras.

INFLAÇÃO

A inflação é baixa, mas a pressão sobre os preços está a

aumentar, com a inflação média a situar-se em 2,3% em

2014 (+1,1% em 2013), nomeadamente porque os

preços dos imóveis têm recuperado rapidamente

(especialmente no Dubai). Os preços contidos dos

alimentos e os subsídios garantiram que a inflação tenha

permanecido relativamente baixa.

No 1.º trimestre de 2015, a inflação homóloga subiu

para 3,9%, impulsionada por maiores tarifas de energia

elétrica e de água em Abu Dhabi e pelos custos da

habitação, que já tinham aumentado 6,3% em 2014. No

entanto, nos últimos meses as rendas residenciais têm

mostrado sinais de estabilização ou mesmo de queda,

algo que deverá sentir-se no índice de preços ao

consumidor com um certo desfasamento. A inflação foi

significativamente superior se nos restringirmos aos dois

principais emirados, Abu Dhabi (+5,0%) e Dubai

(+4,3%), em vez de ao conjunto dos EAU. No conjunto

de 2015, a inflação deverá ser de cerca de 3,0%.

Muitas empresas e consumidores queixam-se que os

custos têm subido mais rapidamente do que os números

da inflação oficial sugerem.

Aceleração da inflação, mas

moderadamente

POLÍTICA MONETÁRIA

Taxa de juro do banco central

encontra-se em 1,00% desde

2009

O facto de o banco central estar comprometido com o

peg do dirham ao dólar norte-americano implica que

deixe de ter uma política monetária verdadeiramente

autónoma, acompanhando, assim, as alterações de

taxas de juro efetuadas nos EUA. Assim, desde que a

Reserva Federal (Fed) americana, em 2009, colocou a

sua taxa dos fed funds em mínimos históricos, que a

taxa de referência do Banco Central dos EAU está

também em mínimos, neste caso, em 1,00%. Como se

espera que a Fed comece a subir taxas em 2015, o

Banco Central dos EAU deverá também acompanhar a

Fed.

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Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015

POLÍTICA CAMBIAL

O banco central continua comprometido com o atual

peg do dirham ao dólar. O peg tem proporcionado

estabilidade ao longo de décadas e, depois de se ter

livrado dos problemas associados a uma moeda fixa

(incluindo a falta de flexibilidade monetária), as

autoridades parecem comprometidas com o sistema.

Prevemos um fortalecimento do dólar em relação ao euro

em termos médios em 2015, dado o esperado aperto da

política monetária por parte da Fed americana. Não se

espera que o peg do dirham face ao dólar esteja

ameaçado.

Peg face ao dólar para manter

Sempre que os preços do petróleo estão baixos e o valor

do dólar dos EUA está elevado, os governos do Golfo

enfrentam críticas relativamente à manutenção do peg

face ao dólar (um dólar fraco, que é potencialmente

inflacionista, também leva alguns a questionar o peg). A

atual situação tem dado um novo impulso a essas críticas

nos EAU. O efeito do duplo golpe do dólar forte e das

receitas do petróleo mais baixo já teve um impacto na

redução da procura de imobiliário dos EAU, com volumes

de transação significativamente mais baixos no início de

2015. Mas, apesar de alguns bancos centrais do

Conselho de Cooperação do Golfo estarem à partida

dispostos a estudar o assunto, entre as quais as

autoridades do Qatar, o Banco Central dos EAU têm

publicamente rejeitado de uma forma firme tal

movimento.

Os EAU não têm intenção de abolir o peg face ao dólar

porque a paridade cambial garante estabilidade

económica, observou o Presidente do banco central,

Mubarak al-Mansouri, numa conferência em Abu Dhabi,

em março. Além disso, grande parte dos investimentos

dos EAU são denominados em dólares e o dólar mais

forte aumenta o poder de compra do dirham nos

mercados internacionais, mantendo, assim, baixos os

custos das importações.

No lado negativo, além de minar a procura por

imobiliário dos EAU, o dólar mais forte é negativo para a

competitividade das exportações não petrolíferas dos

EAU. Se a força do dólar persistir, portanto, isso pode-se

tornar um constrangimento para a diversificação da

economia dos EAU. Outra desvantagem comumente

citada do peg é que este reduz a flexibilidade da política

monetária, com o banco central a ser amplamente

compelido a seguir os movimentos das taxas de juro por

parte da Fed. Esta é uma questão relevante, dado que,

como referido os EUA deverão ainda este ano subir juros.

No entanto, este é um problema com o qual os EAU têm

vivido ao longo das últimas décadas.

POLÍTICA ORÇAMENTAL

Os EAU vêem-se como um centro financeiro regional e

um centro de comércio, transportes e turismo, que são

vitais para o crescimento e uma maior diversificação

económica, já que a economia ainda está excessivamente

concentrada na extração de petróleo. Os EAU também

vão investir no aumento gradual da sua capacidade de

refinação. Como parte dos seus investimentos para

melhorar as infraestruturas, os EAU estão a planear

completar a 1.ª fase do projeto ferroviário nacional de 40

mil milhões de dirhams (10,9 mil milhões de dólares),

entre Shah e Ruwais, em 2015 (que liga um novo campo

de gás a uma nova refinaria). Outros megaprojetos

também estão em andamento ou foram anunciados. No

Dubai, incluem o Mall of the World (um complexo de

uso misto incorporando o maior centro comercial do

mundo), o Mohammed bin Rashid City District One e as

Ilhas Deira (um cluster de 15,3 km de hotéis, áreas

residenciais, resorts e comércio a retalho). O Dubai

ganhou o concurso para sediar a Expo Mundial de 2020

e vai gastar 6,8 mil milhões de dólares em infraestruturas

conexas, incluindo a extensão do metropolitano. Esta

série de mega projetos planeados para o Dubai, embora

sejam o reflexo de uma forte tendência de crescimento

económico, acarreta um sério risco de emergir um

excesso de capacidade instalada.

Saldo orçamental deverá

apresentar um défice em 2015 e

um saldo nulo em 2016, devido à

queda das receitas do petróleo

O saldo orçamental registou um superavit de 9,9% do

PIB em 2013, impulsionado pelas receitas do petróleo,

mas estimando-se uma forte redução para 6,0% em

2014 e esperando-se que se observem défice em 2015 (-

3,0%) e um saldo nulo em 2016, devido às quedas das

receitas do petróleo. Para 2017 é esperado um

excedente de 1,2% e um excedente médio de 1,2% no

horizonte 2015/2020.

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CONTAS EXTERNAS

Estimamos que o excedente da balança corrente tenha

diminuído de 16,1% do PIB em 2013 para 12,1% em

2014, refletindo a queda dos preços de exportação dos

hidrocarbonetos e também um aumento dos custos dos

bens importados, levando também a um aumento do

défice de serviços. Neste ano de 2015, em resultado da

descida dos preços do petróleo, o excedente da balança

corrente deverá cair abaixo dos dois dígitos, cifrando-se

apenas em 5,3% do PIB, devendo subir em 2016 para

7,2% e flutuar nesses valores nos anos seguintes.

Deve-se continuar a assistir a fortes crescimentos das

importações e a um alargamento do défice da balança

de serviços. No entanto, os avanços com grandes

projetos de infraestruturas, como portos e zonas

económicas, deverão suportar as receitas de exportação

não-petrolíferas - como foi testemunhado em 2013 em

que assentou o elevado excedente comercial.

Balança corrente permanecerá

excedentária, mas este ano cairá

abaixo dos dois dígitos

POPULAÇÃO

Crescimento do investimento irá

atrair mão-de-obra estrangeira

Os dados populacionais para os EAU não são confiáveis,

já que os números oficiais são baseados em registos

administrativos e vistos de imigração. Estes dados,

portanto, não contabilizam os estrangeiros que deixaram

o país, mas não cancelaram os seus vistos, ou aqueles

que estão no país ilegalmente. O último censo oficial foi

realizado em 2005, sendo este o ponto de partida para

as diversas estimativas de população, para as previsões

de crescimento económico e para as estatísticas do

emprego. O próprio censo de 2005, com elevada

probabilidade, subestima a população, devido a

dificuldades em contar com precisão a população

constituída por estrangeiros transitórios. O FMI estima

que a população total nos EAU tenha atingido 9,3

milhões em 2014, sendo que os cidadãos dos EAU

representaram pouco menos de 20% da população total

em 2005, mas esta participação tem diminuído nos anos

seguintes (para menos de 15%), acentuada pela queda

da taxa de natalidade entre a população dos EAU.

Os EAU vão continuar a beneficiar do estatuto de porto-

seguro, pelo menos a curto prazo, uma perceção que foi

adquirida na sequência de protestos populares na região

do Médio Oriente e Norte da África (MENA), a partir da

qual os EAU conseguiram passar, até agora, incólumes.

Isso contribuiu para fluxos de investimento mais elevados

em 2012/13, ajudando a economia a recuperar. Os

preços elevados, embora mais moderados, do petróleo

em 2015/20, juntamente com um aumento das

exportações não-petrolíferas, devido aos planos de

diversificação dos competitivos emirados, ao nível das

infraestruturas, de Abu Dhabi e do Dubai, continuarão a

criar uma procura nos EAU de trabalhadores

estrangeiros. A retoma de uma série de megaprojetos,

incluindo a Expo 2020, também vai apoiar essa procura.

Segundo o FMI, a população total dos EAU deverá

crescer a uma média de 3,0% no período 2015/20.

Os EAU continuarão a enfrentar uma série de desafios

relacionados com a sua estrutura demográfica particular.

Uma das questões mais prementes é o crescente

sentimento de marginalização entre os cidadãos dos

EAU. Para resolver esse desafio, o Governo vai manter a

sua política generosa de redistribuição de rendimentos

para os cidadãos dos EAU, através da oferta de educação

gratuita, cuidados de saúde e uma série de subsídios aos

serviços básicos. As autoridades vão também manter

uma abordagem cautelosa para ampliar a cidadania a

estrangeiros.

À medida que a população de estrangeiros cresce e passa

a adotar os EAU como residência permanente, em vez de

um lugar para trabalhar em uma base de curto prazo, é

provável que estes comecem também a exigir mais

direitos políticos.

A comparativamente elevada taxa de desemprego entre

os habitantes locais também irá contribuir para o

sentimento de marginalização da população dos EAU. Os

dados oficiais estimam uma taxa de desemprego média

entre os Emiratis de 13%, de acordo com um relatório

divulgado em 2011 pela comissão de saúde, trabalho e

assuntos sociais do CNF. A taxa de desemprego entre os

jovens dos 20-24 anos é mais elevada, sendo estimada

em mais de 20%. Dada a instabilidade na região do

MENA, o Governo espera aprofundar o seu programa de

"Emiratização". Um exemplo disso foi a extensão da

quota dos Emiratis a partir de janeiro de 2011, que agora

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Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015

exige que todas as empresas, independentemente do

setor, tenham, pelo menos, 20% de sua força de

trabalho composta por cidadãos dos EAU. Em geral, isso

não é realista, já que os cidadãos dos EAU representam

menos de 5% da força de trabalho, e quase todos estão

empregados no setor público. No entanto, a longo

prazo, as autoridades esperam por meio da formação

profissional e da educação direcionada construir uma

força de trabalho local com as habilidades certas,

qualificações e ética de trabalho para competir por

empregos no setor privado.

Gerir a população estrangeira

continuará a ser um desafio

A análise das condições em que os trabalhadores

estrangeiros vivem e trabalham nos EAU por parte dos

meios de comunicação social e organizações de direitos

humanos vai continuar a colocar pressão sobre o

Governo para melhorar os direitos básicos dos

trabalhadores. O Dubai, por exemplo, estará sob os

holofotes no que se refere aos direitos laborais no

período de preparação para a Expo 2020, assim como o

Qatar, que apresenta um maior escrutínio internacional,

já que se prepara para sediar o Mundial de Futebol de

2022. O Governo poderá introduzir novas regras que

visam limitar a população estrangeira e melhorar a

precisão dos registos, mas, ao mesmo tempo, sem

dissuadir a experiente mão-de-obra estrangeira de entrar

no mercado. Os trabalhadores já estão autorizados a

mudar de emprego depois de dois anos sem o

consentimento do empregador e sem perder o direito de

trabalhar nos EAU. São esperados progressos em

conformidade com os requisitos da Organização Mundial

do Comércio e da Organização Internacional do

Trabalho. No entanto, a legalização das organizações

sindicais é improvável nos próximos cinco anos. O

Governo deverá reprimir as manifestações daqueles que

procuram melhorar as suas condições de trabalho, mas

adotar uma abordagem mais conciliadora aos

protestantes contra atrasos no pagamento dos salários.

A longo prazo espera-se que o Governo imponha um

limite máximo para o número de estrangeiros que

trabalham nos EAU, visto os projetos de trabalho

intensivo estarem concluídos e o país estar a concentrar-

se cada vez mais na evolução do conhecimento. No

entanto, dada a pequena proporção de Emiratis, o país

continuará a depender fortemente de trabalhadores

estrangeiros de baixa qualificação.

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Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015

ÍNDICE DE LIBERDADE ECONÓMICA

- The Heritage Foundation

Emirados Árabes Unidos são a

25.ª economia mais livre do

Mundo em 2015

A pontuação no índice de liberdade económica dos EAU

é de 72,4 pontos, sendo a 25.ª economia mais livre do

Mundo em 2015. Esta pontuação é 1,0 ponto superior à

do ano passado, impulsionada pelas melhorias na

liberdade de investimento, gestão dos gastos públicos e

da liberdade de corrupção, que superaram os pequenos

declínios da liberdade monetária, de comércio e fiscal. Os

EAU estão classificados em 2.º entre os 15 países da

região do Médio Oriente/Norte da África e a sua

pontuação total é superior às médias regional e mundial.

Ao longo dos últimos cinco anos a liberdade económica

dos EAU avançou 4,6 pontos, o maior aumento da

região, marcado por melhorias em sete das 10 liberdades

económicas, com ganhos consideráveis no ambiente

regulatório e na liberdade monetária. A melhoria na

liberdade económica tem correspondido a níveis

moderados de crescimento. As reformas económicas

cimentaram a posição dos EAU como um hub comercial,

financeiro e logístico do Golfo Pérsico. No entanto, as

reformas institucionais não foram abrangentes. O nível

de perceção de corrupção diminuiu, mas o sistema

judicial é relativamente ineficiente e continua vulnerável

à influência política.

Enquadramento

Os EAU são uma federação de sete monarquias: Abu

Dhabi, Ajman, Dubai, Fujairah, Ras Al Khaimah, Sharjah

e Umm al-Qaiwain. O Governo respondeu aos apelos das

reformas durante a "Primavera Árabe", iniciando um

programa de 1,6 mil milhões de dólares para melhorar as

infraestruturas nos emirados do norte mais pobres.

Também ampliou o número de pessoas autorizadas a

votar nas eleições de setembro de 2011 para o Conselho

Nacional Federal. Os EAU apertaram o cerco contra o

ativismo da internet em 2012 e prenderam 68 islamitas

por supostamente tentarem tomar o poder em 2013.

Abu Dhabi é responsável por cerca de 90% do petróleo,

ao passo que Dubai é o centro financeiro, comercial, de

transportes e do turismo. As zonas de livre comércio, que

permitem 100% de propriedade estrangeira com zero de

tributação, ajudam a diversificar a economia. As

exportações de petróleo e de gás representam cerca de

80% das receitas públicas.

Estado de Direito Eficácia da Regulação Embora os EAU sejam considerados um dos países menos

corruptos do Médio Oriente, a maioria das decisões

importantes são realizadas pelas famílias dominantes dos

vários emirados. De acordo com o The Heritage

Foundation, o sistema judicial não é independente e as

lideranças políticas influenciam as decisões judiciais, mas o

Estado de Direito está, de um modo geral, implantado.

Toda a terra em Abu Dhabi, o maior dos sete emirados, é

propriedade do Estado.

Os EAU não têm um imposto sobre o rendimento de

pessoas singulares (IRS), nem sobre pessoas coletivas

(IRC) a nível federal. Em alguns emirados existem

diferentes impostos sobre as empresas para determinadas

atividades empresariais. Existem poucos outros impostos.

As receitas fiscais globais são iguais a 7,2% do PIB. Os

gastos públicos, apoiados por receitas significativas de

petróleo e do gás, representam 21,8% do PIB. A dívida

pública é baixa, correspondendo apenas a 12% do PIB.

Intervenção do Governo Abertura Económica A eficiência da regulação tem melhorado. Para o

lançamento de um novo negócio são necessários seis

procedimentos, não existindo capital mínimo. Os requisitos

de licenciamento foram simplificados e são menos

dispendiosos. Os custos não salariais da contratação de um

trabalhador são moderados e o código do trabalho facilita,

de um modo geral, a eficiência do mercado de trabalho. O

Governo pretende reduzir os subsídios aos combustíveis e

à eletricidade para ajudar a limitar o consumo de energia e

as importações de gás natural.

A pauta aduaneira média é de 3,8%. As empresas estrangeiras estão em desvantagem nas compras

públicas. De um modo geral, a propriedade estrangeira de empresas está limitada a 49%. O setor financeiro é competitivo e moderno e oferece uma gama completa de

serviços, mas a presença do Estado continua a ser considerável. Os mercados de capitais são abertos e dinâmicos, com um número considerável de empresas

estrangeiras em operação.

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11

Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015

INDICADORES DE RISCO

C O U N T R Y ’ S S C O RE O V E R T IM E C O U N T R Y C O M PA R I SO N S

RATING DAS AGÊNCIAS

SCORE % 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Overall Score 65,2 62,2 62,6 62,6 64,7 67,3 67,8 69,3 71,1 71,4 72,4

Property Rights 50,0 50,0 40,0 40,0 40,0 50,0 50,0 55,0 55,0 55,0 55,0

Freedom from Corruption 52,0 61,0 62,0 62,0 57,0 59,0 65,0 63,0 68,0 66,4 69,0

Government spending 70,2 76,1 82,3 80,2 86,3 80,9 79,1 80,1 85,1 83,1 85,8

Fiscal Freedom 99,9 99,3 99,9 99,9 99,9 99,9 99,9 99,9 99,9 99,6 99,5

Business Freedom 70,0 49,0 49,3 48,2 57,4 67,4 67,3 68,0 74,0 74,4 74,7

Labor Freedom 74,3 74,3 73,9 74,1 76,2 79,3 72,4 78,8 77,6 82,9 83,8

Monetary Freedom 79,0 76,8 73,6 70,9 69,8 68,8 76,5 80,9 83,9 84,6 83,8

Trade Freedom 77,0 75,0 75,0 80,4 80,8 82,8 82,6 82,6 82,6 82,5 82,4

Investment Freedom 50,0 30,0 30,0 30,0 30,0 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 40,0

Financial Freedom 30,0 30,0 40,0 40,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0

F o nte : The Heritage Fo undatio n.

Rating Heritage Foundation

SCORE % 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2014 2015

Country Risk 29,0 30,0 30,0 37,0 44,0 41,0 40,0 44,0 37,0 36,0 38,0 BBB BBB

Sovereign* 22,0 22,0 24,0 30,0 45,0 41,0 44,0 43,0 37,0 37,0 40,0 BBB BB

Currency* 29,0 31,0 30,0 37,0 40,0 35,0 32,0 39,0 33,0 31,0 33,0 BBB BBB

Economic 35,0 33,0 35,0 38,0 45,0 50,0 55,0 55,0 55,0 55,0 55,0 B B

Political - - - - - - - - - - - - -

Banking* 36,0 36,0 35,0 45,0 48,0 46,0 44,0 50,0 41,0 41,0 41,0 BB BB

F o nte : EIU. No ta (*): Utilizado na co ntrução do "Co untry Ris k".

Rating EIU (The Economist Inteligence Unit)

Rating

S&P AA AA AA AA AA AA AA AA

Moody's AA AA AA AA AA AA AA AA

Fitch A A A A A A A A

Compósito AA- AA- AA- AA- AA- AA- AA- AA-

N o ta : O rating co mpó s ito res ulta da média das 3 agências .

201020092008 20152014201320122011

Page 12: 2 Bens (%) 14,8 -5,2 -2,0 21,6 15,1 10,9 4,2 7,8 6,2 7,2 9,6 ... - AICEP … · 2016-11-11 · 2 Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015 Código Descrição

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Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015

CHART BOOK

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

10

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

GDP Growth (%)

United Arab Emirates - GDP Grow th%

Source: IMF (April 2015)

30,000

32,000

34,000

36,000

38,000

40,000

42,000

44,000

46,000

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

Per Capita GDP

United Arab Emirates – Per Capita GDP$

Source: IMF (April 2015)

18

20

22

24

26

28

30

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

% GDP

United Arab Emirates – Investment (% GDP)%

Source: IMF (April 2015)

28

30

32

34

36

38

40

42

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

% GDP

United Arab Emirates – Gross National Saving (% GDP)%

Source: IMF (April 2015)

0

4

8

12

16

20

24

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

% GDP

United Arab Emirates – Current Account (% GDP)%

Source: IMF (April 2015)

0

2

4

6

8

10

12

14

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

Inflation Rate

United Arab Emirates – Inflation Rate%

Source: IMF (April 2015)

United Arab Emirates – Unemployment Rate

No data available in the WEO apr/2015

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

% GDP

United Arab Emirates – Public Debt (% GDP)%

Source: IMF (April 2015)

-5

0

5

10

15

20

25

30

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

% GDP

United Arab Emirates – Budget Balance (% GDP)%

Source: IMF (April 2015)

4

5

6

7

8

9

10

11

12

0

4

8

12

16

20

24

28

32

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

Population Growth Rate (%)

United Arab Emirates - Population10^6 %

Source: IMF (April 2015)

-8

-4

0

4

8

12

16

20

24

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

Exports Growth (%)

United Arab Emirates - Exports Grow th%

Source: IMF (April 2015)

-20

-10

0

10

20

30

40

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

2020

Imports Growth (%)

United Arab Emirates - Imports Grow th%

Source: IMF (April 2015)

Page 13: 2 Bens (%) 14,8 -5,2 -2,0 21,6 15,1 10,9 4,2 7,8 6,2 7,2 9,6 ... - AICEP … · 2016-11-11 · 2 Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015 Código Descrição

13

Departamento de Estudos // Canadá //maio 2015

Departamento de Estudos // Emirados Árabes Unidos // junho 2015

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS

Rui Bernardes Serra Chief Economist

[email protected]

José Miguel Moreira Senior Economist

[email protected]

Margarida Filipe Junior Economist

[email protected]

Artur Patrício Junior Economist

[email protected]

APOIO À INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS Florbela Cunha Head of Unit

[email protected]

Rita Marques Trade Finance

[email protected]

Luis Carvalho Africa Business

[email protected]

Carla Marques Mendes International Business Advisor

[email protected] Alexandra Neves International Business Advisor

[email protected]

AD VERTÊNCIA Este documento foi elaborado pelo Departamento de Estudos da Caixa Económica Montepio Geral e é disponibilizado com intuito e

para fins exclusivamente informativos.

Todos os dados, análises e considerações nele contidas estão simplesmente baseadas no que estimamos ser as melhores

informações disponíveis, recolhidas a partir de fontes oficiais e outras consideradas credíveis, não assumindo, todavia, qualquer

responsabilidade por erros, omissões ou inexatidões das mesmas.

As opiniões e previsões expressas refletem somente a perspetiva e os pontos de vista dos autores na data da sua elaboração,

podendo ser livremente modificadas a todo o tempo e sem aviso prévio.

Neste contexto, o presente documento não pode, em circunstância alguma, ser entendido como convite ao investimento, seja de

que natureza for, nem como proposta ou oferta de negócio de qualquer tipo.

Qualquer decisão de investimento deve ser devidamente ponderada, fundamentada na análise crítica, pelo investidor, de toda a

informação publicamente disponível sobre os ativos a que respeita, suas características e adequação ao perfil de risco assumido, e

devem ter em conta todos os documentos emitidos ao abrigo da regulamentação das entidades de supervisão, nomeadamente da

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Nem o Montepio, na qualidade de emitente do documento, nem nenhuma entidade sua dominante ou dominada ou qualquer

outra integrante do Grupo Montepio em que se insere, pode, consequentemente, ser responsabilizada por eventuais perdas ou

prejuízos decorrentes de decisões de investimento que, quem quer que seja, tenha tomado, mesmo que por levar em conta

elementos constantes deste documento.

Por outro lado, uma vez que este documento não contempla qualquer tipo de informação privilegiada ou reservada, nem constitui

nenhum conselho ou convite ao investimento, as empresas do Grupo Montepio mantêm o direito de, nos limites da lei, transacionar

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O relatório pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte.